Eleições nos Estados Unidos

Eleições nos Estados Unidos

Eleições nos Estados Unidos 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Diferente de outras repúblicas presidencialistas, os EUA adotaram um sistema chamado de Colégio Eleitoral (também utilizado por Burundi, Cazaquistão, Estônia, França – apenas para o Senado- , Hong Kong, Macau, Índia, Madagáscar, Suriname, Nepal, Paquistão, Trinidad e Tobago), no qual cada estado ganha um peso, de acordo com o tamanho de sua população.

Entenda melhor abaixo, o passo a passo do sistema eleitoral dos EUA:

1º – Pesquisando a região

Antes que qualquer campanha se inicie, os candidatos viajam, sondam e pesquisam sobre suas chances, conversam com possíveis eleitores, financiadores etc.

2º – Pré-candidatura

As primárias – ou prévias – são como uma campanha eleitoral comum. A única diferença é que a disputa nas primárias ocorre dentro dos partidos, entre vários pré-candidatos. Vale lembrar que os dois principais partidos dos Estados Unidos são o partido democrata e o partido republicano. Os pré-candidatos disputam, entre si, para a vaga do candidato que representará o partido nas eleições presidenciais.

3º – A escolha dos delegados

Nos EUA, o voto é indireto. A população escolhe pessoas que irão votar em seu nome, assim como, em alguns estados, o partido escolhe o membro que irá votar por eles. Esses representantes são chamados de delegados. A quantidade de delegados será definida pela população de cada estado-membro. Por essa razão, alguns estados têm maior relevância que outros. Quanto mais delegados, maior o número de votos. Os votos da população, assim como nas primárias, serve como direcionamento para que os delegados votem por eles.

4º – Sistemas da primeira fase de escolhas de candidatos

A escolha dos candidatos, ainda na primeira fase, pode ser feita por meio de dois sistemas, a critério de cada Estado: os caucus e as primárias simples. O caucus ocorre quando a comunidade se reúne em prédios públicos ou de uso coletivo, para escolher alguém que possua a mesma inclinação política da maioria de tal comunidade e possa votar por eles em um candidato em comum. Aqueles que são escolhidos localmente estarão aptos a serem escolhidos na reunião da cidade, depois do estado, e por fim, para irem à convenção nacional

A segunda forma de escolha de candidato de cada partido são as primárias abertas e fechadas. Como se sabe, nos EUA, os estados-membros possuem grande autonomia. Em razão deste motivo, o formato das eleições prévias é determinado por cada um deles.

As primárias abertas permitem que as pessoas votem em qualquer pré-candidato, de qualquer partido, independentemente de serem ou não filiadas a ele. Já as primárias fechadas são restritas aos partidos: apenas pessoas filiadas ao partido que realiza as primárias votam, e as escolhas se limitam aos pré-candidatos dos respectivos partidos.

Ou seja, para que um candidato à presidência dos Estados Unidos ganhe, precisa conquistar a maioria dos votos dos delegados que compõem o Colégio Eleitoral. Ou seja, pelo menos 270 dos 538 em disputa.

Isso porque, quando os eleitores norte-americanos votam, eles na verdade estão decidindo para quem vão entregar os delegados de seus estados. E estados com mais habitantes têm mais delegados no Colégio Eleitoral.

A Califórnia, por exemplo, estado mais populoso do país, com quase 40 milhões de habitantes, está dividida em 53 distritos eleitorais. Já o Kansas, um estado pequeno, com menos de 3 milhões de pessoas, tem apenas quatro distritos eleitorais.

Considerando que cada estado ganha um delegado por distrito e mais dois (um para cada senador que possui no Congresso), a Califórnia tem no total 55 delegados e o Kansas seis – o que deixa bem clara a influência de cada um.

O sistema do Colégio Eleitoral existe justamente para que estados mais populosos tenham peso maior na decisão. Por isso os candidatos lutam tanto para se dar bem em estados como Califórnia, Flórida e Texas, por exemplo, que, juntos, têm 133 delegados – quase 25% do total.

Já no Brasil, o voto é direto; ou seja, o candidato, caso alcance mais de 50% dos votos, é eleito. Com menos da metade dos votos válidos, a disputa segue para o 2º turno, com os 2 primeiros colocados.

Nos EUA, o cargo é vitalício. No Brasil, termina quando o ministro completa 75 anos.

Mandato presidencial

Nos EUA, as eleições ocorrem de 2 em 2 anos, sempre em anos pares. Uma junto da presidencial e outra no meio do mandato –as chamadas Mid-Terms.

No Brasil, o mandato dura 4 anos.

Gostou? Então fique de olho, pois em breve falaremos mais sobre os Regimes Governamentais de outros continentes!

FONTES

www.g1.com.br | www.politize.com.br | www.brasildefato.com.br | www.veja.abril.com.br |

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
02/09/2021