Cenário Econômico Nacional – 06/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 06/06/2022

Cenário Econômico Nacional – 06/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Corte do imposto de importação do arroz, feijão e carne não impacta preços, dizem especialistas

A nova redução de 10% das alíquotas de importação do arroz, feijão e carne bovina, anunciada na última segunda-feira, não terá efeitos em queda de preços para o consumidor, afirmam especialistas e associações consultados pelo G1.

Em novembro do ano passado, o governo já havia feito um corte da mesma magnitude, o que resultou em uma diminuição total de 20% das taxas de importação de mais de 6 mil itens até dezembro de 2023.

Tarifas de três produtos tiveram as seguintes reduções:

  • feijão: de 10% para 8%;
  • arroz: de 12% e 10% para 9,6% e 8% – a depender das variedades;
  • carne bovina: de 12% e 10% para 9,6% e 8% – a depender dos cortes.

A redução das alíquotas tem o objetivo de combater a escalada da inflação, porém, além de ter sido pequena, o Brasil já tem uma produção capaz de abastecer a população e importa muito pouco desses alimentos, de acordo com os especialistas.

Para Lüders, do Ibrafe, o ideal seria o governo estimular a produção de feijão nacional em vez de reduzir a alíquota.

O valor do carioca já subiu 14,6% em 12 meses para o consumidor na prévia da inflação de maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Cerca de 70% do feijão colhido no Brasil é do tipo carioca, o que é um problema, porque, se a gente produz mais que o consumo interno, não tem para onde mandar, porque só o brasileiro come. E, quando falta, você não tem de onde trazer, porque nenhum país do mundo produz”, diz Lüders.

“Portanto, nem que o governo zerasse a alíquota de importação faria alguma diferença”, acrescenta.

Índice usado em contratos de aluguel, IGP-M, tem inflação de 0,52% em maio

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado no reajuste dos contratos de aluguel, registrou inflação de 0,52% em maio deste ano. A taxa ficou abaixo das observadas no mês anterior (1,41%) e em maio de 2021 (4,10%).

Com o resultado, o IGP-M acumula taxas de inflação de 7,54% no ano e de 10,72% em 12 meses. Em maio de 2021, o IGP-M acumulava alta de 37,04% em 12 meses.

A queda da taxa de abril para maio foi puxada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, caiu de 1,45% em abril para 0,45% em maio.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, passou de 1,53% em abril para 0,35% em maio.

Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) recuou de 0,87% para 1,49% no período.

Real virou destaque positivo e vamos ver efeito nos dados nos próximos meses, diz diretor do BC

O real passou a ser um destaque positivo desde a virada do ano na comparação com moedas de outros países e o efeito na inflação será visto nos próximos meses, disse o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra.

“Vai ser interessante olhar em três ou quatro meses, eu espero, a gente vai olhar para o Brasil, vai ter reversão do choque do câmbio, vai performar mais e começar a bater nos dados, essa valorização recente vai começar a bater daqui a alguns meses”, disse.

Em videoconferência organizada pela gestora Kinea, Serra também ponderou que é difícil imaginar que o PIB do Brasil vá crescer em 2023 acima do potencial, “seja lá o que ele for”, porque o ciclo de política monetária traz a demanda para baixo.

O diretor disse não haver uma regra sobre qual o nível ideal para a taxa básica de juros, ressaltando que isso vai depender da conjuntura.

“A minha visão é que uma taxa de 13% é uma taxa de um período específico que precisamos manter o hiato aberto para trazer inflação para baixo numa economia indexada e com o mundo vivendo inflação alta também”, disse.

Serra destacou que depois dos choques, a tendência é que a inflação global cairá, e o Brasil vai convergir para um nível de taxa de juros considerado neutro, por volta de 7% (3,5% real).

O BC agora está focado em levar à meta a inflação de 2023, disse o diretor, ressaltando que eventuais novos choques de preços de petróleo serão sentidos nas projeções até o final deste ano, com os efeitos secundários se fazendo presentes no ano que vem.

“Esse modelo já suaviza bastante para uma boa condução de política monetária”, afirmou Serra.

Ele ressaltou que o Brasil tem indexação muito presente na economia, o que amplia a inércia da inflação. Em serviços, setor que também vem incorporando choques, a inércia está “gigantesca”, disse.

No caso da venda de bens, Serra apontou que os preços domésticos estão sendo impactados por pressão externa. “O consumo de bens no Brasil já caiu, mas não caiu no mundo. O preço aqui respeita pressão de demanda global”.

O diretor disse que tem sido difícil para todos os bancos centrais prever as movimentações de preços das commodities. Depois de o BC incluir em suas projeções um cenário com comportamento menos volátil para o petróleo, ele citou dificuldade nessa avaliação, mencionando que diesel e gasolina têm comportamentos específicos.

Na apresentação, o diretor disse que a economia brasileira está com hiato aberto, ou seja, ainda roda abaixo de seu potencial, e ressaltou que é preciso manter esse hiato aberto para a inflação cair.

Cofres públicos ‘perderam’ R$ 210 bilhões em 22 anos com renegociação de dívidas de empresas e pessoas físicas

Em 22 anos, os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 210 bilhões em renegociação de dívidas de empresas e pessoas físicas, mais que o dobro do orçamento anual do Auxílio Brasil. Entre 2000 e 2022, foram lançados 40 programas de refinanciamento, aponta o Sindifisco Nacional, entidade que reúne os auditores da Receita Federal.

As grandes empresas, segundo o levantamento, têm sido as principais beneficiadas. Companhias com faturamento anual superior a R$ 150 milhões representam quase 70% de todos os contribuintes que fizeram uso três ou mais vezes dos parcelamentos especiais.

Ao propor um programa, governo ou Congresso Nacional se valem do discurso de que a renegociação vai trazer um duplo benefício. De um lado, o poder público pode ver uma melhora na arrecadação ao negociar com devedores. De outro, as empresas afetadas por um período de crise econômica, por exemplo, podem encontrar um caminho para se tornarem adimplentes.

Mas o que os analistas dizem é que esses objetivos, na maioria das vezes, acabam não sendo alcançados. Isso porque os programas, segundo eles, não proporcionam uma expressiva melhora nas contas públicas e acabam gerando um baixo incentivo para que empresas e pessoas físicas se mantenham adimplentes.

Segundo o Sindifisco, nos processos de renegociação a União abre mão, em média, de 60% da dívida das empresas, mas acaba recebendo apenas 10% da fatia do valor que foi parcelado.

“Do montante parcelado, somente 10% é recolhido. Os outros 90% não são pagos. Então, esses parcelamentos não representam um incremento de arrecadação. Pelo contrário. São perdas muito grandes”, diz Isac Falcão, presidente do Sindifisco Nacional.

A leitura dos especialistas é a que a complexidade do sistema tributário brasileiro induz as empresas a criarem grandes passivos. Ou seja, elas acabam postergando o pagamento de impostos diante das incertezas provocadas pelas normas em vigor, que mudam constantemente.

“O sistema (tributário) é muito complexo, além de inseguro. A jurisprudência vai variando. Em certos momentos, a conduta (das empresas) é considerada legal e, depois, passa a ser ilegal”, afirma Marcos Neder, professor do Instituto Brasileiro de Direito Tributário (IBDT). “Isso vai gerando uma incerteza, e as empresas preferem recorrer (do pagamento) e criar esses grandes passivos.”

Presidente do Banco Central cita previsões de que PIB pode crescer de 1% a 2%

Em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, citou previsões de instituições financeiras que projetam crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 1,5% a 2%. A previsão atual é de aumento em torno de 1%. Na audiência, o presidente do BC apresentou as perspectivas da autoridade monetária para juros e inflação no país.

“A gente tem visto revisões para cima no PIB brasileiro. O Brasil é um dos poucos países que tiveram revisão do PIB para cima. Já ouvimos muita gente falar em crescimento de 1,5% e 2%”, disse Campos Neto, que citou como indicativo da recuperação a reação nos setores de serviços, e de comércio e em parte da indústria.

Aos deputados, Campos Neto voltou a dizer que a pandemia de Covid-19 resultou em aumento na demanda por bens, tendência que se manteve mesmo após a retomada das atividades no país. Somado a uma maior demanda por energia, com manutenção de um baixo investimento no setor, isso ajudou na manutenção da inflação global, afirmou.

Como forma de enfrentar a persistência da inflação, os diferentes bancos centrais começaram a subir a taxa de juros, lembrou o presidente do BC. Ele lamentou a alta na taxa de juros e disse que o ciclo de aumento da Selic está perto do fim.

“O mundo começa a subir os juros, e o Brasil foi bem na frente. Subiu os juros bem, foi um dos primeiros países a dizer publicamente que entendia que o problema da inflação seria mais persistente”, afirmou Campos Neto. “Muitos países ainda estão com juros reais negativos. Por isso, o mercado ainda espera que os países desenvolvidos subam muito os juros nos próximos meses”, acrescentou.

Ao comentar os dados sobre a taxa de desemprego de 10,5% no trimestre, divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Campos Neto manifestou surpresa e disse esperar que, até o fim do ano, o percentual fique abaixo de dois dígitos.

“Foi uma surpresa bastante positiva. Em termos de taxa de desocupação, quando a gente olha o trimestre, deu 10,5%. A gente está começando a falar que o desemprego este ano vai ser abaixo de dois dígitos. Lembrando que antes da pandemia, estava em 12%, então a gente já está em um nível bem melhor do que antes da pandemia”, afirmou.

Apesar de ter registrado queda no desemprego, o IBGE também apontou perda na capacidade de renda do trabalhador. Segundo o instituto, o rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 2.569, com redução de 7,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021, quando o apurado foi de R$ 2.790.

O presidente do BC disse que, com a convergência entre o aumento no número de empregos e a diminuição de renda, o resultado fica estável.

“A gente tem gerado mais emprego com renda menor e continua com a massa salarial mais ou menos estável.”

IPC-S desacelera alta a 0,50% em maio com arrefecimento generalizado, mostra FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a alta a 0,50% em maio, sobre 1,08% no mês anterior, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (01) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com várias classes de despesa mostrando decréscimo em suas taxas de variação.

Apesar do arrefecimento visto no mês passado, o índice geral ainda acumula alta de 10,28% nos últimos 12 meses.

Entre os destaques do mês, o grupo Alimentação desacelerou a alta para 0,45% em maio, contra taxa de 1,58% registrada em abril. Os Transportes também avançaram a ritmo mais moderado no mês passado, de 1,02%, frente a 2,13% anteriormente.

Já o grupo Habitação aprofundou as perdas, registrando baixa de 1,37% em maio, ante queda de 0,69% vista no mês anterior.

Outras classes de despesa também apresentaram decréscimo em sua taxa de variação, como Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais e Comunicação, embora o arrefecimento tenha sido menos expressivo que o dos grupos anteriores.

Crescimento da indústria brasileira acelera a máxima em 8 meses em maio, segundo PMI

O crescimento da indústria brasileira acelerou em maio para o nível mais alto em oito meses diante do aumento das novas encomendas e da produção, e apesar dos fortes aumentos tanto nos custos de insumos quanto nos preços cobrados, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da S&P Global.

O PMI, divulgado nesta quarta-feira, foi a 54,2 em maio de 51,8 em abril, na mais forte melhora das condições operacionais desde setembro e afastando-se da marca de 50 que separa crescimento de contração.

“O setor industrial se recuperou da desaceleração no crescimento vista no início do segundo trimestre, com o PMI melhorando para máxima de oito meses graças a aumentos mais fortes nas novas encomendas, produção e emprego”, avaliou a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.

Em meio ao fortalecimento da demanda e lançamentos de novos produtos, as encomendas à indústria aumentaram pelo terceiro mês seguido em maio, à maior taxa desde julho de 2021.

Com o crescimento das vendas ganhando ritmo, o setor industrial brasileiro intensificou a produção, no ritmo mais forte em dez meses.

No entanto, as encomendas internacionais recuaram pelo terceiro mês seguido, com os entrevistados citando demanda fraca dos clientes na América do Sul.

Os fabricantes também citaram dificuldades para receber insumos em maio, atribuindo os atrasos ao lockdown na China, à guerra na Ucrânia e à escassez global de matérias-primas.

O desencontro entre a oferta de insumos e a demanda, bem como a volatilidade dos preços da energia e os fatores internacionais levaram a uma intensificação das pressões de custos.

Com isso os custos dos insumos subiram a uma taxa acelerada, e consequentemente os fabricantes aumentaram seus preços de venda também com força.

Em relação ao futuro, os produtores mostraram intensa confiança na produção ao longo dos próximos 12 meses. Algumas indústrias esperam mais melhora das vendas e maiores investimentos, enquanto outras demonstraram intenção de lançar novos produtos e expandir a capacidade.

A projeção de crescimento ajudou na criação de empregos em maio, que aumentaram com a maior intensidade em sete meses.

“O sentimento predominante para o cenário de médio prazo é positivo, com quase 71% dos produtores prevendo níveis mais altos de produção nos próximos 12 meses”, disse De Lima.

IPC-Fipe sobe 0,42% em maio

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo desacelerou a alta a 0,42% em maio, depois de subir 1,62% em abril, uma vez que os custos de Habitação registraram queda.

De acordo com os dados informados na quinta-feira (02) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os preços de Habitação tiveram forte impacto negativo no índice do mês ao apresentarem recuo de 1,18%. Em abril esse grupo havia subido 0,44%.

Por outro lado, a maior influência positiva veio de Despesas Pessoais, cujos custos subiram 2,18% em maio, acelerando ante alta de 1,71% no mês anterior.

Os preços de Alimentação também se destacaram, com avanço de 1,15%, embora tenham desacelerado depois de subir 3,38% em abril.

O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.

PIB do primeiro trimestre avança, mas fica abaixo da previsão do mercado

O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre avançou 1%, na comparação trimestral, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (02). O resultado veio abaixo expectativa do mercado, que era de um alta de 1,2%. O número, porém, veio acima dos números prévios de 0,5%.

No acumulado dos 12 meses terminados no final do 1T22, o PIB avançou 1,7%, menor que a previsão de 1,8%, mas acima do resultado anterior de 1,6%.

Segundo Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, o resultado veio brevemente acima do esperado. “Apesar de o mercado ter de ajustar marginalmente para baixo suas expectativas para o ano, em função de um primeiro trimestre tão positivo, é inegável o processo de recuperação brasileiro visto que estamos falando de uma aceleração na margem do crescimento frente aos 0,7% exibidos no último trimestre do ano passo”, afirma.

“É um número abaixo do esperado com cara de acima”, acredita Raone Costa, economista-chefe da Alphatree Capital. De acordo com ele, as surpresas vieram no agronegócio e extração mineral. “Esses são setores da atividade econômica que tendem a ser muito voláteis e não muito responsivos à política econômica. O que é mais sensível à atividade econômica teve bom resultado, até um pouco acima do que imaginávamos”, completa.

Economia segue em recuperação com crescimento robusto, diz Secretaria de Política Econômica

A economia brasileira segue em processo de recuperação, após retomada em 2021, mesmo com os impactos do conflito do Leste Europeu e os efeitos remanescentes da pandemia de Covid-19. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, que avaliou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a economia do país cresceu 1,7%.

“Após a vigorosa retomada da atividade em 2021, quando a economia brasileira registrou alta de 4,6% no PIB e confirmou a recuperação econômica em “V”, o início de 2022 manteve o robusto crescimento da atividade apesar do ambiente de incerteza gerado pelos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia”, diz a secretaria, na Nota Informativa – Consolidação da retomada econômica, divulgada.

A SPE destaca ainda que a atividade econômica brasileira “mostrou-se positiva no primeiro trimestre de 2022 em vários ramos, em especial na indústria e nos serviços, confirmando o reaquecimento da atividade e de melhora no ambiente de negócios”. “Esse movimento trouxe reflexos positivos na expectativa de empresários e consumidores para os trimestres seguintes”, acrescentou.

A secretaria diz ainda que o crescimento de longo prazo da economia brasileira depende “fundamentalmente da consolidação fiscal” (redução da relação entre dívida e PIB) e de “importante agenda de reformas pró-mercado: abertura econômica, privatizações e concessões, melhora dos marcos legais e aumento da segurança jurídica, melhor ambiente de negócios e redução da burocracia, correção da má alocação de recursos e facilitação da realocação de capital e trabalho na economia”.

Guilherme Boulos lança pré-candidatura a deputado federal em evento em SP

O PSOL lançou a pré-candidatura de Guilherme Boulos a deputado federal por São Paulo, durante evento realizado na região central da capital paulista e transmitido pelas redes sociais.

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) seria candidato ao governo de São Paulo, mas desistiu da disputa por conta da aliança nacional do seu partido com o PT, que lançará Fernando Haddad ao Palácio dos Bandeirantes.

O acordo entre os partidos também prevê que o PT apoie a candidatura de Boulos à Prefeitura de São Paulo em 2024, o que já foi confirmado por Lula.

Ao anunciar, em março, que sairia como deputado federal, Boulos disse nas redes sociais que a decisão foi tomada para fortalecer a esquerda no Congresso.

“Tomei a decisão de ser candidato a Deputado Federal por uma razão: ajudar a construir uma grande Bancada de Esquerda no Congresso. Hoje o Centrão governa o Brasil. Precisamos ter força para a Reforma Trabalhista, o Teto de Gastos e aprovar mudanças populares”, postou Boulos.

As candidaturas ao Congresso Nacional nesta eleição se tornaram uma prioridade para os partidos por conta das verbas do fundo eleitoral. Atualmente o PSOL conta com uma bancada de oito parlamentares federais.

Coordenador do MTST e membro da direção do movimento de esquerda “Frente Povo Sem Medo”, Guilherme Boulos tem 39 anos e nasceu em São Paulo. Em 2020, ele foi o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo. Em 2018, Boulos também concorreu à Presidência da República pelo partido.

Filósofo, professor, ativista e psicanalista, graduou-se em filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Especializou-se em Psicologia Clínica pela PUC/SP e também é mestre em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP.

Inflação pode mudar voto da metade dos jovens e de 3 em cada 10 eleitores, aponta Datafolha

O aumento da inflação pode mudar a intenção de voto de 3 a cada 10 brasileiros até o dia das eleições, no dia 2 de outubro, aponta pesquisa Datafolha divulgada no domingo (29) pela “Folha de S.Paulo”.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, 51% indicam que mudariam o voto em razão do avanço dos preços.

Na prévia de maio, os preços acumularam alta de 12,20%. Com este resultado, já são 9 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos.

Para a pesquisa, o Datafolha ouviu 2.556 pessoas acima de 16 anos em 181 municípios nos dias 25 e 26 de maio. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Do total dos eleitores, 12% indicam grande possibilidade de alterar a escolha em razão da inflação, enquanto para 11% essa probabilidade é média, e, para 8%, pequena.

A pesquisa mostra ainda que os simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) são os mais suscetíveis a mudar o voto por causa da inflação (33%), enquanto entre eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas 23% estão propensos à mudança.

Os entrevistados avaliaram também a influência da alta do desemprego e da piora da economia na escolha do voto até o dia 2 de outubro.

Entre os simpatizantes de Bolsonaro, uma elevação maior do desemprego não alteraria a intenção de 67%. Já entre os eleitores de Lula, esse percentual é de 78%.

Quando questionados sobre a piora da economia, os percentuais de respostas de que “não há nenhuma chance” de mudança de voto foram iguais às do desemprego entre os eleitores de Lula e Bolsonaro.

Bolsonaro critica Alexandre de Moraes por suspensão de parte do corte de IPI

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez por causa de uma liminar concedida pelo magistrado que suspendeu o corte do IPI para produtos produzidos no País como um todo, incluindo os que são fabricados na Zona Franca de Manaus. As declarações do chefe do Executivo foram dadas durante entrevista ao programa Alerta Nacional, da Rede TV, gravada no último sábado, 28, em Manaus, e exibida na segunda-feira (30).

“Qualquer coisa que entra na mão do Alexandre Moraes, ele dá contra mim. O que queremos com a redução do IPI? A reindustrialização do Brasil. A solução para ajudar o Brasil é aumentar o imposto em Manaus?”, declarou o presidente. Bolsonaro também criticou uma fala do senador Omar Aziz (PSD-AM), crítico do governo do corte no IPI, e negou que a medida possa gerar desemprego no Amazonas.

A liminar concedida por Moraes em 6 de maio suspendeu parte do decreto de Bolsonaro que havia ampliado de 25% para 35% a redução de alíquotas do IPI. A decisão, que vale para produtos no País que também são produzidos na ZFM, ainda precisa ser analisada pelo plenário da Corte.

Padilha: Confaz irá debater média móvel de ICMS dos últimos 60 meses

Como um sinal de “boa vontade” para manter as negociações com o Senado, os Estados irão debater a adoção da média móvel do ICMS dos últimos 60 meses (cinco anos) para o diesel. A medida, que está no centro de uma disputa judicial entre o governo federal e os governos estaduais, está na pauta da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de terça-feira (31).

Em março, o Confaz estabeleceu uma alíquota máxima de R$ 1,0060 por litro do diesel S10, que entrará em vigor a partir de 1º de julho. Já o Ministério da Economia reclama que essa alíquota é superior ao imposto cobrado por boa parte dos Estados e foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) cobrar a adoção do regime de transição que usa a média do ICMS cobrado sobre o diesel nos últimos 60 meses – com a expectativa de um impacto de R$ 0,30 nas bombas.

Agora, em meio ao debate sobre o projeto que limita as alíquotas do ICMS sobre os combustíveis, aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada, os Estados se propuseram a pautar a adoção da média móvel.

“Em vez de ficarem lutando, os Estados vão buscar convergência. O Confaz irá debater amanhã a adoção da média móvel de ICMS dos últimos 60 meses para o diesel como um sinal de boa vontade. Não adianta os Estados só ficarem criticando projetos, temos que ser propositivos”, afirmou o secretário de Fazenda de Pernambuco e presidente do Comsefaz, Décio Padilha, após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Outro sinal de boa vontade apresentado pelos secretários estaduais de Fazenda a Pacheco é pautar no Confaz a prorrogação do congelamento do ICMS sobre a gasolina, GLP e álcool combustíveis, que acabaria no fim de junho. Padilha não informou, porém, por quanto tempo a medida – em vigor desde novembro do ano passado, pode ser estendida.

“Os Estados não se apropriaram de aumento dos combustíveis, já que o ICMS está congelado”, reconheceu Pacheco, após o encontro.

Câmara aprova urgência para PL de energia que destina crédito tributário a consumidor

A Câmara aprovou na terça-feira (31) o requerimento de urgência apresentado pela deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP) para a tramitação do projeto de lei que destina créditos tributários cobrados indevidamente de consumidores para abater a conta de luz. Foram 371 votos favoráveis e nenhum contrário. O mérito da proposta, contudo, não será analisado ainda.

O projeto é defendido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que lidera uma ofensiva do Congresso contra os aumentos de preços, num momento em que a alta da inflação ameaça as perspectivas eleitorais dos políticos.

O texto determina que os créditos tributários cobrados de forma indevida, que somam R$ 60 bilhões, sejam devolvidos aos consumidores integralmente. Os valores são referentes à cobrança de ICMS na base de cálculo de PIS/Cofins pagos a mais pelos brasileiros nas contas de luz nos últimos anos, reconhecida como indevida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Dos R$ 60 bilhões de créditos gerados com a decisão – referentes às ações judiciais movidas por distribuidoras, R$ 48,3 bilhões já estão habilitados pela Receita Federal, sendo que R$ 12,7 bilhões já foram revertidos para atenuar reajustes tarifários nos últimos anos.

A discussão na Câmara pode pôr fim a um debate no setor elétrico e que ainda não foi definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De um lado, estão os que defendem que todos os recursos sejam usados para reduzir reajustes, mas há também no setor quem acredite que as empresas devem ficar com parte da verba.

Sem reforma tributária, Senado quer focar em mudança do IR e Refis

Com a proposta de uma reforma tributária ampla sem chances de emplacar neste ano, o Senado avançou na estratégia de enxugar o projeto de mudança do Imposto de Renda defendido pela equipe econômica em troca da aprovação de um novo programa de refinanciamento de dívidas (Refis) para pessoas físicas e grandes empresas na Câmara.

A alternativa é defendida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não conseguiu apoio suficiente para aprovar uma mudança ampla no sistema tributário do País em ano eleitoral. Pacheco propôs ontem mudanças no projeto do IR em uma reunião com o relator da proposta, Angelo Coronel (PSD-BA).

A votação da reforma tributária ampla, contida na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110, foi adiada ontem pela quarta vez na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Os senadores agiram para derrubar a reunião, não registrando presença no colegiado. Nem mesmo o presidente da comissão, Davi Alcolumbre (DEM-AP), marcou participação.

Informado sobre o clima logo pela manhã, Pacheco resolveu não insistir na votação e admitiu a derrota. A avaliação do comando do Senado é de que a tentativa mostrou que não há chance de votação da PEC em período pré-eleitoral.

Defensores da proposta, no entanto, acusam o presidente da CCJ de ter feito uma manobra para não ter quórum na sessão. O relator da PEC, senador Roberto Rocha (PTB-MA), criticou a decisão que mandou não computar como presença o registro feito de maneira remota na sala virtual da CCJ.

Sem a votação na CCJ, o presidente do Senado quer aprovar a reforma do IR, que passou na Câmara no ano passado, mas com uma versão mais enxuta, após receber uma sugestão do Ministério da Economia para destravar o projeto – que enfrenta resistência de senadores e governadores.

A proposta ficaria apenas com o aumento da isenção do imposto para pessoas físicas, de R$ 1 mil para R$ 2,5 mil; a redução da carga para pessoas jurídicas, de 34% para 30% (e não mais para 26%); e a tributação de dividendos com uma alíquota de 15% (em vez do porcentual de 10% previsto no texto da Câmara).

Na semana passada, Angelo Coronel chegou a dizer que, “enquanto eu estiver vivo”, o projeto ficaria na gaveta. Após o apelo de Pacheco, o senador admitiu que pode rever a posição. “Estamos estudando a melhor maneira que atenda o mercado e os entes federativos”, disse Coronel ao Estadão.

Com a reforma do IR, o Senado espera destravar o projeto que prevê um Refis amplo para médias e grandes empresas que está na Câmara. Enquanto o IR tem resistência no Senado, o Refis enfrenta críticas de deputados. Dessa forma, um acordo poderia destravar as duas medidas no Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), só aceita tocar o Refis se o projeto do IR for aprovado.

Comissão da Câmara convoca ministro da Justiça para esclarecer morte de Genivaldo

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para que preste esclarecimentos sobre a morte por asfixia de Genivaldo de Jesus Santos no porta-malas de uma viatura durante uma abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no interior de Sergipe.

O colegiado aprovou mais de um requerimento de convocação do ministro, assim como do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques.

O vídeo da morte por asfixia de Genivaldo, de 38 anos, em que agentes da PRF improvisaram uma “câmara de gás” em uma viatura da polícia viralizaram e provocaram fortes reações de entidades dentro e fora do país exigindo providências.

A PRF informou por meio de nota que “instaurou processo disciplinar para elucidar os fatos e os agentes envolvidos foram afastados das atividades de policiamento”.

O presidente Jair Bolsonaro, que chegou a generalizar a conduta dos agentes da PRF e criticou a cobertura da imprensa do caso, afirmou que a Justiça vai “decidir” sem “exageros e sem pressão por parte da mídia”.

E em meio à repercussão negativa, o governo dispensou dois diretores da cúpula PRF: o diretor-executivo da PRF, Jean Coelho, e o diretor de inteligência da instituição, Allan da Mota Rebello.

Brasil tem instituições eleitorais robustas, diz diplomata norte-americano

O governo dos Estados Unidos confia nas instituições eleitorais brasileiras, que se provaram robustas, disse o diretor-sênior do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental, Juan Gonzalez, em entrevista a jornalistas que acompanharão a próxima Cúpula das Américas.

Questionado se as preocupações com a retórica antidemocrática adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, já manifestadas ao governo brasileiro por mais de um emissário do governo norte-americano, seriam tratadas no encontro entre Biden e Bolsonaro, na próxima semana, o diplomata norte-americano negou.

“O tema das eleições brasileiras é para os brasileiros decidirem, e os Estados Unidos têm confiança nas instituições eleitorais brasileiras, que já se provaram robustas”, afirmou.

“A conversa entre o presidente Biden e o presidente Bolsonaro cobrirão uma vasta gama de tópicos que são bilaterais e, sinceramente, globais, dada a importância da relação entre Estados Unidos e Brasil”, disse.

Entre esses temas, Gonzalez colocou assuntos que são considerados como prioritários nesta cúpula por Joe Biden, como a resposta econômica à pandemia, insegurança alimentar e insegurança na área de saúde, três dos temas que têm compromissos que estão sendo preparados por diplomatas para que sejam assinados pelos presidentes.

Outros dois temas destacados pelos norte-americanos enfrentam resistência no governo brasileiro. Um deles são as mudanças climáticas, que envolvem diretamente o desmatamento da Amazônia, um assunto que Bolsonaro não quer tratar.

O outro, governança democrática, inclui, nas palavras de Brian Nichols, secretário de Estado adjunto para Assuntos do Hemisfério Ocidental, “um plano de ação para estabelecer mecanismos para atacar novos desafios para a democracia”. Entre as medidas, “o apoio ao trabalho de missões observadoras eleitorais”.

Recentemente, o governo brasileiro criou problemas para a presença de uma missão observadora da União Europeia, durante as eleições. Incomodado com a possibilidade de ver a UE, com quem tem uma relação difícil, no Brasil durante as eleições que ele indica que poderá contestar, Bolsonaro forçou um recuo do convite feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De qualquer forma, o tribunal aponta para uma presença recorde de observadores no país, em outubro, mesmo sem os europeus e à revelia da vontade de Bolsonaro.

Partido Novo é único a renunciar recursos do Fundo Eleitoral

O prazo para que os partidos políticos comuniquem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a renúncia aos recursos do Fundo Eleitoral se encerrou no dia (01), e o Partido Novo foi a única sigla que rejeitou o dinheiro público reservado para financiar a campanha das Eleições 2022.

A legenda informou no último dia do prazo que renunciaria a R$ 87,7 milhões. O Novo tem entre suas bandeiras a mínima dependência de recursos públicos, e já renunciou ao Fundo Eleitoral em outras ocasiões. A quantia agora deve ser redirecionada às demais agremiações.

O TSE tem até 16 de junho para divulgar a quantia exata a que cada partido terá direito, de acordo com os critérios legais. Neste ano, o valor aprovado no Congresso para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, nome oficial do Fundo Eleitoral, é de R$ 4,9 bilhões.

Os recursos devem ser divididos em 2% igualitariamente para cada legenda apta a disputar as eleições e que não tenham renunciado ao dinheiro. Em seguida, o restante deve ser distribuído de acordo com os seguintes critérios:

– 35% são destinados às agremiações que elegeram pelo menos um deputado federal, na proporção dos votos obtidos na última eleição geral;

– 48% são distribuídos proporcionalmente à representação de cada legenda na Câmara dos Deputados;

– Os 15% restantes são divididos entre os partidos com base na proporção da representação no Senado Federal.

Bolsonaro acusa TSE de decisões arbitrárias e comenta restituição de mandato de aliado por Nunes Marques

O presidente Jair Bolsonaro acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de tomar decisões arbitrárias, ao comentar decisão liminar do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou decisão da corte eleitoral que cassava o mandato de um deputado estadual bolsonarista por divulgação de fake news.

Em mais um de seguidos ataques à corte eleitoral, Bolsonaro aproveitou a live semanal nas redes sociais desta quinta-feira para também questionar convite do presidente do TSE, Edson Fachin, a observadores internacionais para acompanharem as eleições de outubro, prática comum não apenas nas eleições realizadas no Brasil, mas em outros países.

“Nós sabemos aqui que o TSE está tendo medidas arbitrárias contra o Estado Democrático de Direito, atacam a democracia, não querem a transparência do sistema eleitoral”, afirmou o presidente, acusando o tribunal de não acatar sugestões das Forças Armadas feitas em comissão de transparência criada pela corte.

“É uma coisa inacreditável essa cassação desse parlamentar”, comentou.

A decisão de Nunes Marques, que foi indicado por Bolsonaro para o STF, derrubou decisão do plenário do TSE que havia cassado o mandato do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (PR) por divulgação de informações falsas sobre supostas irregularidades das urnas eletrônicas nas eleições de 2018.

Bolsonaro e aliados vêm insistindo na estratégia de questionar a segurança e a lisura das eleições e das urnas eletrônicas, sem a apresentação de provas.

O TSE tem reiterado, seja por meio de ministros, seja por meio de testes das urnas e divulgação de dados, que o sistema de votação é seguro, confiável e que as urnas eletrônicas são invioláveis.

“O TSE, o senhor Fachin, se reuniu nesta semana com vários embaixadores de outros países preparando-os para o seguinte ‘ó quando aparecer o resultado, no final da tarde do primeiro domingo de outubro que os seus países reconheçam imediatamente o resultado das eleições’. É bastante curioso isso que ele está fazendo. Há questão de poucos dias o ministro Fachin também convidou, disse que deve convidar 200 observadores internacionais para acompanhar as eleições aqui. Eu pergunto para acompanhar o que?”, questionou o presidente, voltando a mencionar o que chama de “sala secreta” onde os votos seriam apurados, o que é negado pelo TSE.

Em publicação de julho do ano passado, a corte eleitoral já negou a existência de tal sala.

“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclarece que é falsa a afirmação de que ‘a apuração dos votos é feita por meia dúzia de pessoas, de forma secreta (…) em uma sala lá do TSE’. Em verdade, a apuração dos resultados é feita automaticamente pela urna eletrônica logo após o encerramento da votação”, diz texto no site do tribunal.

Otimismo dos comerciantes melhora em maio, diz CNC

Os comerciantes se mostraram mais otimistas em maio. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 120,2 pontos, após o volume de vendas no varejo apresentar altas consecutivas e surpreendentes. Este é o maior nível desde dezembro de 2021. O indicador chegou ao patamar com elevação de 5,7% na passagem mensal. Já na comparação com maio de 2021 o avanço é ainda maior: 31,6%.

Segundo a CNC, ao chegar a 102,2 pontos, o indicador de avaliação dos comerciantes sobre as condições atuais voltou à zona favorável. É o maior patamar desde abril de 2020. Houve resultado positivo também no índice Expectativas do Empresário do Comércio, que com o percentual de 3,7% teve a primeira alta depois de quatro meses consecutivos de queda.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados indicam que os comerciantes esperam um segundo semestre mais favorável diante do contexto atual. “As variações positivas, entre janeiro e março, do volume de vendas, com mais pessoas circulando nas lojas, e o crescimento da Intenção de Consumo das Famílias, a despeito da inflação e dos juros altos, melhoraram a percepção dos empresários sobre as condições correntes”, afirmou.

Segundo a CNC, apesar de os preços no atacado ainda comprimirem as margens e, dessa forma, alterarem a dinâmica de reabastecimento do comércio, a percepção sobre o nível dos estoques, no indicador Intenções de Investimento registrou a melhor pontuação desde abril de 2020. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, entendeu que esse movimento demonstra que o comércio sentiu, em maio, mais facilidade de repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o país ainda superava a segunda onda da pandemia de Covid-19.

Conforme a CNC, a melhora da confiança das empresas de pequeno porte foi outro fator positivo no indicador. O otimismo do grande varejo cresceu 10,2% no ano encerrado em maio, mas nos pequenos empresários cresceu 32%. “A normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril animou os pequenos lojistas, já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas”, mostrou a avaliação da entidade.

De acordo com Izis Ferreira, diante desse cenário, a CNC revisou para cima a projeção de crescimento das vendas em 2022 e estima um avanço de 1,5%. “Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas na segunda metade do ano”, analisou.

Com festas ‘represadas’, mercado de casamento deve girar R$ 40 bilhões

A pandemia de Covid-19 atrasou os planos de milhares de brasileiros de subir ao altar. Com o retorno das festas, o mercado de casamentos vive uma retomada, impulsionada pela demanda reprimida na pandemia e pelos novos casais que decidiram “dizer sim”.

Levantamento da plataforma Casar.com estima que, este ano, o setor deve faturar cerca de R$ 40 bilhões. Se confirmado, o desempenho será bem superior aos R$ 3,5 bilhões registrados em 2021, quando ainda havia restrições à realização de eventos e parte dos casamentos já tinha sido paga em anos anteriores. Segundo a empresa, entre março de 2020 e setembro de 2021, estima-se que o setor tenha deixado movimentar cerca de R$ 24 bilhões com cancelamentos e adiamentos de cerimônias.

De acordo com a presidente da Casar.com, Camila Piccini, o resultado expressivo deste ano deve ser puxado pelos eventos que tinham sido adiados. “As pessoas ficaram muito tempo sem poder se reunir e agora elas querem celebrar essas uniões”, avalia.

Conforme a Associação Brasileira de Eventos (Abrafesta), anualmente são realizados aproximadamente 1,1 mil casamentos no País. Em 2022, o número deve crescer 45%, chegando a 1,6 mil cerimônias.

Mas quem decidiu se casar este ano foi surpreendido com o reajuste dos contratos, já que, como apontam entidades do setor, a inflação média dos serviços matrimoniais foi de 30%, em comparação ao valor praticado pré-pandemia. Mesmo com a alta nos preços, empresários ouvidos pelo Estadão relatam que, até o momento, não é possível repassar integralmente os custos para os consumidores, em especial nos casos de contratos feitos nos anos anteriores.

Índices de Confiança de Serviços e do Comércio sobem em maio, diz FGV

Os índices de Confiança de Serviços (ICS) e do Comércio (ICC) cresceram de abril para maio deste ano, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O ICC subiu 7,4 pontos e atingiu 93,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (94,2 pontos).

Já o ICS teve alta de 2,1 pontos e chegou a 98,3 pontos, o maior patamar também desde outubro de 2021 (99,1 pontos).

Os seis principais segmentos do ICC, que mede a confiança do empresariado do comércio do país, tiveram alta de abril para maio. O Índice da Situação Atual, que avalia a percepção dos empresários sobre o presente, subiu 8,2 pontos. O Índice de Expectativas, que avalia a confiança no futuro, avançou 6,1 pontos.

Já no ICS, que mede a confiança do empresariado de serviços, a alta atingiu 9 dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual avançou 2,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas subiu 1,9 ponto.

Consumo de bens industriais cresceu 1,1% em março, diz Ipea

O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais, medido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cresceu 1,1% em março deste ano, na comparação com fevereiro.

De acordo com o indicador do Ipea, a produção brasileira destinada ao consumo nacional cresceu 0,8% em março. Já as importações de bens industriais avançaram 2,7% no mesmo período, após uma sequência de quatro quedas consecutivas.

No acumulado primeiro trimestre deste ano, o indicador recuou 0,6% na margem, com alta de 0,1% na produção de bens nacionais e redução de 5,4% nas importações de bens industriais.

Na análise das grandes categorias econômicas, o Ipea aponta crescimento generalizado em março, com destaque para os segmentos de bens de capital (bens que servem para produção de outros) e de bens intermediários (produtos para fabricação de máquinas ou equipamentos), que avançaram 3,8% e 1,6%, respectivamente, sobre fevereiro.

Na comparação com março de 2021, todos os segmentos apresentaram queda. “O fraco desempenho observado em janeiro explica o resultado adverso no primeiro trimestre deste ano”, aponta o instituto.

A demanda interna por bens da indústria de transformação avançou 1% sobre fevereiro, mas acumula queda de 1,2% no trimestre encerrado em março deste ano. A extrativa mineral teve alta de 4% em março, e acumula alta 5,2% no primeiro trimestre de 2022. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas subiram 21,3%.

Na análise setorial, 14 dos 22 segmentos tiveram variação positiva. Os segmentos de outros equipamentos de transporte e de veículos apresentaram os melhores resultados em março, com altas de 7,2% e 5,4%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2022, oito segmentos registraram crescimento, com destaque para o consumo aparente de outros equipamentos de transporte, com alta de 5,3%.

Alta de matérias-primas atinge indústrias em março de modo inesperado

Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado na quarta-feira (01) mostra que a alta dos preços de insumos e de matérias-primas atingiu o setor industrial de modo inesperado em março. Segundo o levantamento, o aumento dos custos de insumos e matérias-primas nacionais superou as expectativas de 71% das empresas, na indústria extrativa e de transformação, e de 73% no caso específico da indústria da construção civil.

Segundo a CNI, 58% das empresas na indústria extrativa e de transformação e 68% na construção relataram aumento de preços de insumos importados acima do esperado. Para a confederação, o resultado coincide com o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que agravou a desestruturação das cadeias de suprimento. Como consequência, além dos atrasos e interrupções no fornecimento de insumos, também houve elevação de preços.

“Em cinco setores, o aumento generalizado dos preços nacionais surpreendeu mais de 80% das empresas. São eles: produtos de borracha, biocombustíveis, metalurgia e veículos automotores e produtos de limpeza. A alta de custos nos insumos importados superou as expectativas de 100% das empresas de biocombustíveis, de 94% das indústrias de produtos de borracha, de 75% do setor de impressão e 73% da indústria química”, informou a CNI.

De acordo com a pesquisa, o cenário de atrasos nas cadeias de suprimentos gerou uma reconfiguração na produção das indústrias brasileiras, especialmente nas que dependem de insumos importados, com reflexos em 40% da indústria geral (extrativa e de transformação) e 54% da indústria da construção.

Essas indústrias tiveram que mudar a estratégia de aquisição de insumos e matérias-primas e buscar fornecedores no Brasil. Entre as empresas que já compram no Brasil, 43% da indústria geral (extrativa e de transformação) e 50% da indústria da construção afirmam que buscam outros fornecedores no país.

A parcela de empresas nacionais que busca fornecedores alternativos fora do país é de 18% na indústria extrativa e de transformação e de 3% na construção civil.

O levantamento mostra que a proporção de empresas na indústria extrativa e de transformação que preveem normalização da oferta de insumos e matérias-primas, ainda em 2022, é de 39%. O percentual de empresas da indústria geral e da construção que esperam normalização apenas em 2023 é de 25%, de 36% para produtos nacionais e 31% e 45% para importados.

Marcos Molina aproveita queda de ações da Marfrig e volta a ter 50% da empresa

Depois de investir pesado na rival BRF, o empresário Marcos Molina retomou o controle absoluto na empresa em que fundou décadas atrás, o frigorífico Marfrig. Aproveitando a queda recente das ações da companhia na Bolsa, Molina acaba de ultrapassar novamente a fatia de 50%, por meio da MMS, holding que detém junto com sua esposa, Márcia Marçal dos Santos.

A retomada do controle absoluto por Molina veio depois de um investimento de cerca de R$ 30 milhões em papéis da companhia. Assim, sua participação passou de 49,7% para 50,04%. O frigorífico, apesar da queda recente, vale cerca de R$ 10 bilhões na B3, a Bolsa brasileira.

Há um pouco mais de dois anos, essa fatia estava na casa de 34%, quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ainda era sócio da empresa de alimentos. Desde então, o empresário investiu cerca de R$ 1 bilhão na aquisição de papéis da Marfrig. O aumento de posição foi bem visto pelos investidores e a ação subia mais de 5%.

Foi uma boa mudança de direcionamento, já que, neste ano, a queda das ações da Marfrig está em torno de 25%, ao passo que a concorrente Minerva acumula alta de cerca de 35%. A JBS, outra empresa do ramo, cai 2%. Para interlocutores, Molina tem dito que acredita na valorização das ações, sempre lembrando do atual endividamento controlado da empresa.

Apesar disso, as ações da companhia têm sofrido por conta de questionamentos de investidores sobre sua geração de caixa nos Estados Unidos. Em relatório recente, o BTG Pactual, contudo, afirmou que as margens da operação da Marfrig seguem fortes. No ano passado, a Marfrig registrou uma receita líquida de R$ 85,4 bilhões, sendo R$ 62,8 bilhões nos Estados Unidos.

Com o movimento, Molina quer também mitigar dúvidas de investidores de que a Marfrig possa ser aos poucos “abandonada”. A empresa já é o maior investidor da dona da Sadia, da qual possui hoje uma participação de 33%. O dono da Marfrig é hoje o presidente do conselho de administração da BRF.

Confiança dos empresários sobe pelo terceiro mês seguido, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 2,9 pontos de abril para maio deste ano. Essa foi a terceira alta consecutiva do indicador, que atingiu 97,4 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (100,4 pontos).

O ICE consolida os índices de confiança de empresários brasileiros de quatro setores pesquisados pela FGV: indústria, construção, serviços e comércio.

O Índice da Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 2,4 pontos e atingiu 98,1 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro, atingiu o mesmo patamar, após avançar 3,7 pontos.

Entre os quatro setores, o melhor resultado do ICE na passagem de abril para maio foi registrado pelo comércio, que teve alta de 7,4 pontos. Apesar disso, o segmento ainda tem a menor confiança: 93,3 pontos.

Com alta de 2,3 pontos de abril para maio, a indústria continua com a maior confiança (99,7 pontos). Os serviços subiram 2,1 pontos e chegaram a 98,3 pontos. A construção foi o único setor com queda de abril para maio (-1,4 ponto) e chegou a 96,3 pontos.

Atividade e nível de emprego da indústria caem em abril, mostra CNI

Depois de um período de crescimento no início do ano, a indústria começou o segundo trimestre com sinais de fadiga. Segundo a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), todos os indicadores analisados caíram em abril, afetando negativamente o desempenho do setor.

O faturamento real da indústria de transformação recuou 0,6% em abril, praticamente revertendo a alta de 0,7% registrada em março. Em relação a abril do ano passado, a queda chega a 5,8%.

As horas trabalhadas na produção caíram 2,2% em abril, o segundo mês consecutivo de queda. O indicador registrou quatro crescimentos seguidos, de novembro de 2021 a fevereiro de 2022, mas começou a cair em março. Na comparação com abril do ano passado, o número de horas trabalhadas está 0,2% menor.

O desempenho negativo na atividade refletiu-se no mercado de trabalho. O emprego industrial caiu 0,5% em abril na comparação com março. Esse foi o primeiro recuo após uma sequência de altas que tinha começado no segundo semestre de 2020, quando a economia começava a recuperar-se das medidas de distanciamento social da pandemia de Covid-19. Apesar da queda, o nível de emprego na indústria acumula crescimento de 1,6% em relação a abril de 2021.

A massa salarial também caiu, recuando 0,5% em abril, após cinco meses de alta ou de estabilidade. Em relação a abril de 2021, a massa salarial real mostra crescimento de 0,2%.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de maio desacelerou a 0,52%, um percentual menor do que o registrado em abril, quando foi de 1,41%. No ano, o acumulado é de 7,54%. Nos últimos 12 meses, de 10,72%. O índice é conhecido como “inflação do aluguel” por ser usado no reajuste de contratos do setor. Os dados são da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e foram divulgados na segunda-feira (30).

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 0,59% em maio, a maior alta para o mês desde 2016 (0,86%).

PIB

O Brasil iniciou 2022 com aceleração do crescimento econômico, registrando entre janeiro e março expansão por três trimestres seguidos com a ajuda da retomada do setor de serviços, mesmo com o cenário de inflação e juros elevados e incertezas externas.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve crescimento de 1,0% na comparação com os últimos três meses de 2021, mostrando aceleração em relação ao fim do ano passado, quando avançou 0,7% sobre o trimestre anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (30), o Ibovespa fechou em queda, após abertura positiva, à medida que novo recuo de Petrobras e baixa de Banco do Brasil ofuscavam os ganhos nos mercados internacionais devido ao relaxamento de restrições contra a Covid-19 em cidades importantes na China. Vale e B3 eram as principais influências positivas ao índice. O índice Ibovespa teve queda de 0,81%, a 111.032,11 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,4 bilhões.

Na terça-feira (31), o Ibovespa fechou em alta, após ficar boa parte do pregão no positivo, mesmo com queda em Nova York. A perda de terreno ocorreu diante de mudança de direção do petróleo, que passou à queda após notícia de que países discutem uma potencial suspensão da Rússia de acordo de produção da commodity. O movimento impactou as ações da Petrobras, que até então eram destaque de alta. O índice Ibovespa teve alta de 0,29%, a 111.350,51 pontos. O volume financeiro somou R$ 15,8 bilhões.

Na quarta-feira (01), o Ibovespa fechou em alta, após uma sessão volátil, com a fraqueza em Wall Street contrabalançando o avanço da Vale, na esteira da alta do preço do minério de ferro, e da disparada da Hypera, após acordo com autoridades. O fôlego no pregão foi contido pelas bolsas em Nova York, após dados dos Estados Unidos, particularmente sobre a indústria, corroborarem as preocupações com o ritmo de aperto monetário da economia norte-americana. O índice Ibovespa teve alta de 0,01%, a 111.359,94 pontos. O volume financeiro somou R$ 15,8 bilhões.

Na quinta-feira (02), o Ibovespa fechou em alta, acompanhando o dia positivo nos mercados dos Estados Unidos e da Europa, e depois que dados do IBGE mostraram que o crescimento da economia brasileira acelerou no primeiro trimestre. O índice Ibovespa teve alta de 0,93%, a 112.392,91 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,4 bilhões.

Na sexta-feira (03), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,87%, a 111.418,71 pontos. O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nesta sexta-feira (03), após números mais fortes de emprego dos Estados Unidos, que corroboravam apostas em um ciclo de aperto monetário mais duro da economia norte-americana. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,15%, a 111.102,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,1 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (03), por volta das 12h03, o dólar registrava alta de 0,18%, cotado a R$ 4,7975 na venda. Após saltar brevemente na esteira de dados fortes sobre o mercado de trabalho norte-americano, conforme participantes do mercado avaliavam se a notícia pode fazer com que o Federal Reserve se sinta mais confortável em apertar a política monetária agressivamente.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (03) cotado a R$ 4,7787, apesar do sinal predominante de alta da moeda norte-americana no exterior, na esteira de dados fortes de geração de emprego nos Estados Unidos, o dólar apresentou bastante instabilidade no mercado doméstico de câmbio na sessão desta sexta-feira, 3. Segundo operadores, entrada de fluxo estrangeiro (comercial e financeiro) e desmonte parcial de posições defensivas no mercado futuro, em meio à redução dos temores de que o governo opte por decretar estado de calamidade, serviram de contrapeso à aversão ao risco.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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06/06/2022