Cenário Econômico Internacional – 10/06/2022

Cenário Econômico Internacional – 10/06/2022

Cenário Econômico Internacional – 10/06/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Crises mundiais não devem tirar a atenção do clima, insiste a ONU

As crises que abalam o mundo não devem atrapalhar a luta contra a crise climática, já muito tímida, afirmou na segunda-feira (06) a chefe da ONU-Clima, abrindo negociações que devem dar impulso à próxima conferência climática em novembro no Egito.

Representantes de cerca de 200 países estão reunidos para 11 dias de “sessão intermediária” em Bonn, sede da agência especializada da ONU, para tentar concretizar a ambição apresentada há seis meses, durante a COP26 em Glasgow. A comunidade internacional reafirmou então o objetivo, por enquanto fora de alcance, de conter o aquecimento global a 1,5°C quando já estamos em 1,1°C desde que a humanidade começou a usar industrialmente as energias fósseis.

Desde então, o mundo foi abalado pela invasão russa da Ucrânia e suas consequências nos mercados de energia e alimentos, muitas vezes empurrando a crise climática para segundo plano, apesar da divulgação de um novo relatório alarmante do IPCC, os especialistas em clima da ONU. “Não é aceitável dizer que estamos vivendo tempos difíceis” para justificar a inação, porque “a mudança climática não é um assunto que podemos adiar para mais tarde”, martelou na abertura das negociações a mexicana Patricia Espinosa, chefe da ONU-clima. Porque pontos-chaves continuam em suspenso a poucos meses da próxima COP27, de 7 a 18 de novembro em Sharm al-Sheikh, no Mar Vermelho.

E em primeiro lugar a redução das emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global. “Estamos longe de onde a ciência nos diz que deveríamos estar”, insistiu Espinosa, alertando “que teremos que tomar decisões muito difíceis”.

O “pacto climático” alcançado em Glasgow convocou os países a “revisitar e fortalecer” seus objetivos para “alinhá-los” com os do acordo de Paris “até o final de 2022”. “Precisamos desses planos!” lançou a chefe da ONU-Clima, pedindo “avanços mais rápidos”.

Banco Mundial reduz previsão de crescimento global para 2,9% e alerta para risco de “estagflação”

O Banco Mundial reduziu na terça-feira (07) sua previsão de crescimento global em 1,2 ponto percentual, para 2,9% em 2022, e alertou que a invasão da Ucrânia pela Rússia agravou os danos da pandemia de Covid-19, o que fará com que muitos países provavelmente entrem em recessão.

A invasão russa da Ucrânia ampliou a desaceleração da economia global, que está agora entrando no que pode se tornar “um período prolongado de crescimento fraco e inflação elevada”, disse o Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais.

O presidente da instituição, David Malpass, afirmou que o crescimento global atualmente é prejudicado pela guerra, novos bloqueios relacionados à Covid-19 na China, interrupções na cadeia de suprimentos e o risco de estagflação, um período de crescimento fraco e alta inflação visto pela última vez na década de 1970.

“O perigo de estagflação é considerável hoje”, escreveu Malpass no prefácio do relatório. “O crescimento moderado provavelmente persistirá ao longo da década por causa do fraco investimento na maior parte do mundo. Com a inflação agora atingindo máximas em várias décadas em muitos países e a oferta devendo crescer lentamente, existe o risco de que a inflação permaneça mais pressionada por mais tempo.”

Entre 2021 e 2024, o crescimento global deverá desacelerar em 2,7 pontos percentuais, disse Malpass, mais que o dobro da desaceleração observada entre 1976 e 1979.

O relatório alertou que as elevações das taxas de juros necessárias para controlar a inflação no fim da década de 1970 foram tão acentuadas que desencadearam uma recessão global em 1982 e uma série de crises financeiras em mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

Embora existam semelhanças com as condições da época, também há diferenças importantes, incluindo a força do dólar norte-americano e preços do petróleo de forma geral mais baixos, bem como balanços geralmente fortes nas principais instituições financeiras.

Para reduzir os riscos, autoridades devem trabalhar para coordenar a ajuda à Ucrânia, combater o aumento dos preços do petróleo e dos alimentos, intensificar o alívio da dívida, fortalecer os esforços para conter o Coronavírus e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, afirmou Malpass.

O banco prevê forte desaceleração no crescimento global de 5,7% em 2021 para 2,9% em 2022, com crescimento próximo desse nível em 2023 e 2024. O organismo internacional disse que a inflação global deve moderar no próximo ano, mas provavelmente permanecerá acima das metas em muitas economias.

O crescimento nas economias avançadas deve desacelerar acentuadamente para 2,6% em 2022 e 2,2% em 2023, após 5,1% em 2021.

Os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento devem marcar expansão de apenas 3,4% em 2022, abaixo da taxa de 6,6% de 2021 e bastante aquém da média anual de 4,8% observada entre 2011 e 2019.

As repercussões negativas da guerra mais do que compensariam qualquer impulso de curto prazo obtido pelos exportadores de commodities com os preços mais altos da energia, com as previsões de crescimento de 2022 revisadas para baixo em quase 70% dos mercados emergentes e economias em desenvolvimento.

Espera-se que a economia regional da Europa e da Ásia Central contraia 2,9%, após crescimento de 6,5% em 2021, recuperando-se ligeiramente para um aumento de 1,5% em 2023. A Ucrânia deve registrar um mergulho de 45,1% em sua produção econômica, enquanto o PIB da Rússia deve despencar 8,9%.

Na América Latina e Caribe, a expectativa é de que a atividade econômica deslize para um crescimento de apenas 2,5% neste ano e desacelere ainda mais para 1,9% em 2023, disse o banco.

O Oriente Médio e o Norte da África se beneficiariam do aumento dos preços do petróleo, com crescimento de 5,3% em 2022, antes de um enfraquecimento para 3,6% em 2023, enquanto o sul da Ásia veria alta de 6,8% neste ano e de 5,8% em 2023.

Espera-se que o crescimento da África Subsaariana desacelere um pouco para 3,7% em 2022, de 4,2% em 2021.

Itália alerta que bloqueio a porto na Ucrânia pode matar ‘milhões’

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, alertou na quarta-feira (08) que milhões de pessoas podem morrer de fome a menos que a Rússia desbloqueie os portos da Ucrânia, enquanto ele promove conversas entre ministros do Mediterrâneo sobre a crise alimentar.

“As próximas semanas serão cruciais para resolver a situação”, disse Di Maio após uma reunião virtual envolvendo Turquia e Líbano entre outros países, assim como o presidente do G7, Alemanha, e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

“Quero dizer claramente que esperamos sinais claros e concretos da Rússia, porque bloquear as exportações de grãos significa manter reféns e condenar à morte milhões de crianças, mulheres e homens.”

Navios carregados de grãos continuam bloqueados na Ucrânia, que antes da invasão da Rússia em fevereiro era considerada um celeiro global como principal exportador de sementes de milho, trigo e girassol.

O Ministro das Relações Exteriores do Líbano, Abdallah Bou Habib, disse na reunião que os aumentos no preço do combustível e outros itens básicos estão exacerbando a crise em seu país.

A guerra na Ucrânia deve parar a qualquer custo”, disse ele, acrescentando que, se não puder, as partes interessadas devem ser pressionadas a permitir a exportação segura de grãos e outras commodities sem demora.

“O mundo não pode continuar à mercê de crises militares na Europa ou em outras regiões do mundo.”

Agência nuclear da ONU: Irã remove 27 câmeras de vigilância

O chefe da agência de vigilância nuclear da ONU disse na quinta-feira (09) que o Irã está removendo 27 câmeras de vigilância de instalações nucleares no país, aumentando o risco de seus inspetores não conseguirem rastrear os avanços de Teerã à medida que enriquece mais do que nunca.

Rafael Mariano Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, fez os comentários em uma coletiva de imprensa repentinamente convocada em Viena, ao lado de um exemplo das câmeras instaladas em todo o Irã.

Grossi disse que a medida representa um “sério desafio” aos seus esforços, alertando que em três a quatro semanas, seria incapaz de manter uma “continuidade de conhecimento” sobre o programa do Irã.

“Isso seria um golpe fatal” para as negociações sobre o esfarrapado acordo nuclear do Irã com as potências mundiais, disse Grossi.

“Quando perdemos isso, ninguém sabe”, acrescentou.

O Irã não reconheceu imediatamente que estava removendo as câmeras.

Grossi disse que isso deixaria câmeras de “40 e poucos” ainda no Irã. Os locais que veriam as câmeras removidas incluem sua instalação subterrânea de enriquecimento nuclear de Natanz, bem como sua instalação em Isfahan, disse Grossi.

“Estamos em uma situação muito tensa com as negociações sobre o (acordo nuclear) em baixa”, acrescentou Grossi. “Agora estamos adicionando isso ao quadro; como você pode ver, não é muito bom.”

Na quarta-feira (08), o Irã disse que desligou dois dispositivos que a AIEA usa para monitorar o enriquecimento em Natanz. Grossi reconheceu isso, dizendo que entre os dispositivos removidos estava um medidor crucial que rastreia o quão alto o Irã está enriquecendo urânio em Natanz.

Autoridades iranianas ameaçaram na quarta-feira tomar mais medidas em meio a uma crise de anos que ameaça se ampliar para novos ataques.

Isso ocorreu antes de uma votação perante o conselho da AIEA que censura o Irã pelo que a agência chama de falha do Irã em fornecer “informações confiáveis” sobre material nuclear fabricado pelo homem encontrado em três locais não declarados no país.

A AIEA disse na quinta-feira que Grossi disse aos membros que o Irã informou à agência que planeja instalar duas novas cascatas do IR-6 em Natanz. Uma cascata é uma série de centrífugas conectadas para girar rapidamente o gás de urânio para enriquecê-lo.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (06), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, em dia marcado por uma tentativa de recuperação em grande parte da sessão. O apoio veio da Ásia, com o índice de gerentes de compras (PMI) composto da China subindo em maio, refletindo relaxamento de restrições contra a Covid-19 no país. No entanto, ao longo dia, os índices perderam fôlego e chegaram a operar mistos, enquanto ainda pesam as preocupações com o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) na semana da divulgação da inflação ao consumidor norte-americano (CPI) de maio. O índice Dow Jones teve alta de 0,05%, a 32.915,78 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,31%, a 4.121,43 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,40%, a 12.061,37 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, apoiadas nos setores de tecnologia e energia, enquanto o alerta da Target Corp sobre excesso de estoques pesou sobre papéis de varejo por grande parte do pregão. O índice Dow Jones teve alta de 0,80%, a 33.180,14 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,95%, a 4.160,68 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,94%, a 12.175,23 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, conforme os rendimentos dos títulos do Tesouro superaram o nível psicologicamente importante de 3% e os preços do petróleo saltaram, o que alimentou preocupações com a inflação e as perspectivas para as taxas de juros. O índice Dow Jones teve queda de 0,81%, a 32.910,90 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,08%, a 4.115,77 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,73%, a 12.086,27 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, com os papéis de tecnologia e crescimento lutando por direção diante do aumento dos rendimentos dos títulos, enquanto o apetite por risco estava mais fraco devido a preocupações com o salto da inflação e dos juros. Por volta das 13h02, o índice Dow Jones registrava queda de 0,34%, a 32.800,22 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,46%, a 4.096,66 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,57%, a 12.017,94 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 03.06.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (03) cotado a R$ 4,7787 com queda de 0,20%. Segundo operadores, entrada de fluxo estrangeiro (comercial e financeiro) e desmonte parcial de posições defensivas no mercado futuro, em meio à redução dos temores de que o governo opte por decretar estado de calamidade, serviram de contrapeso à aversão ao risco.

Na segunda-feira (06) – O dólar à vista registrou alta de 0,36%, cotado a R$ 4,7962 na venda. O câmbio respondeu a um dia de dólar mais fortalecido lá fora, tanto ante moedas fortes quanto frente aos pares do real, com os investidores no aguardo de uma semana cheia de indicadores, com dados de inflação aqui e nos Estados Unidos, além de decisão de juros na Europa. O dólar oscilou entre R$ 4,7962 na máxima e R$ 4,7957 na mínima.

Na terça-feira (07) – O dólar à vista registrou alta de 1,63%, cotado a R$ 4,8742 na venda. O dólar contabilizou a alta mais forte em um mês e fechou num pico em mais de duas semanas contra o real, dia de forte instabilidade nas praças domésticas em meio ao recrudescimento de temores fiscais após propostas do governo para zerar imposto visando baixar os preços dos combustíveis. O dólar oscilou entre R$ 4,9341 na máxima e R$ 4,8084 na mínima.

Na quarta-feira (08) – O dólar à vista registrou alta de 0,32%, cotado a R$ 4,8901 na venda. O dólar se acomodou no fechamento das operações do mercado à vista nesta quarta-feira (08), depois da forte alta da véspera, mas ainda teve ganho moderado e suficiente para marcar nova máxima em quase três semanas, em dia de pouco apetite por risco nos mercados externos. O dólar oscilou entre R$ 4,9078 na máxima e R$ 4,8483 na mínima.

Na quinta-feira (09) – Por volta das 13h02, o dólar operava em queda de 0,06% cotado a R$ 4,8884 na venda. Conforme investidores digeriam a mais recente decisão de política monetária do Banco Central Europeu. Participantes do mercado também reagiam a dados de inflação domésticos mais fracos que o esperado e continuavam avaliando as perspectivas fiscais do país, enquanto aguardavam mais pistas sobre os próximos passos de política monetária do banco central dos Estados Unidos antes de sua reunião da semana que vem.

EUA avaliam suspender algumas tarifas sobre China para conter inflação

A secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, disse no domingo (05) que o presidente Joe Biden pediu que analise suspender algumas tarifas sobre a China que foram impostas pelo ex-presidente Donald Trump, para combater a atual alta inflação.

“Estamos analisando isso. Na verdade, o presidente pediu que nós analisemos isso. E estamos no processo de fazer isso e ele terá que tomar essa decisão”, disse Raimondo à CNN, ao ser perguntada se o governo Biden estava avaliando o levantamento de tarifas sobre a China para aliviar a inflação.

“Existem outros produtos, utensílios domésticos, bicicletas, etc., e pode fazer sentido” pesar o levantamento de tarifas sobre eles, disse ela, acrescentando que o governo decidiu manter algumas das tarifas sobre aço e alumínio para proteger os trabalhadores dos EUA e a indústria siderúrgica.

Biden disse que está considerando remover algumas tarifas impostas a centenas de bilhões de dólares em produtos chineses por seu antecessor em 2018 e 2019, em meio a uma amarga guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

A China também tem argumentado que as reduções de tarifas reduziriam os custos para os consumidores americanos.

Raimondo também disse que sentiu que a escassez de chips semicondutores provavelmente poderia continuar até 2024.

“Existe uma solução (para a escassez de chips semicondutores)”, acrescentou. “O Congresso precisa agir. Não sei por que eles estão adiando.”

Uma proposta visa aumentar a fabricação de semicondutores nos EUA para dar aos país mais competitividade contra a China.

Presidente do México anuncia que não irá à Cúpula das Américas, nos EUA

O governo dos Estados Unidos confirmou na segunda-feira (06) à agência de notícias Reuters que não convidou os líderes de Cuba, Venezuela e Nicarágua para participar da Cúpula das Américas de 2022, que acontece esta semana em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Em retaliação, o presidente do México, López Obrador, anunciou que também não irá ao encontro. Obrador seria uma das principais presenças da reunião, que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, participará.

O líder mexicano alegou que não irá à reunião em protesto contra o fato de os Estados Unidos não terem convidado representantes de Cuba, Venezuela e Nicarágua. Na semana passada, ele e líderes de países como Bolívia, Guatemala e Honduras já haviam ameaçado faltar à cúpula em retaliação.

O governo dos Estados Unidos alegou que os países não convidados violam a Carta Democrática Interamericana.

Na semana passada, Washington expressou que se preocupava especificamente com a ausência de Obrador, com que o presidente dos EUA, Joe Biden, que debater sobre migração.

“Nossa relação com o México é e continuará sendo positiva, e o presidente quer pessoalmente que López Obrador compareça”, disse na semana passada o principal conselheiro da Casa Branca para as Américas, Juan González.

Em seu lugar, Obrador enviará o ministro de Relações Exteriores, Marcelo Ebrard.

Déficit comercial dos EUA diminui com força em abril

O déficit comercial dos Estados Unidos diminuiu com força em abril uma vez que as importações recuaram, sugerindo que o comércio pode contribuir para o crescimento econômico neste trimestre pela primeira vez em dois anos.

O Departamento de Comércio disse nesta terça-feira que o déficit comercial caiu 19,1% para 87,1 bilhões de dólares. As importações de bens e serviços recuaram 3,4% para, 339,7 bilhões, enquanto as exportações aumentaram 3,5%, para 252,6 bilhões.

Um déficit comercial recorde tirou 3,23 pontos percentuais do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre, resultando na contração do PIB a uma taxa anualizada de 1,5%, após crescer a um ritmo robusto de 6,9% no quarto trimestre.

O comércio vem pesando sobre o PIB há sete trimestres consecutivos.

Biden anunciará parceria econômica para Américas, diz autoridade dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta semana na Cúpula das Américas uma parceria econômica para o hemisfério ocidental com foco na promoção da recuperação econômica por meio de acordos comerciais existentes, disseram autoridades do governo norte-americano.

Apelidado de “Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica”, o plano abrangerá cinco áreas, incluindo mobilização de investimentos, revigoramento de instituições, empregos em energia limpa, cadeias de suprimentos resilientes e comércio sustentável.

“O objetivo geral é construir nossas economias de baixo para cima e do meio para fora, com base estabelecida por nossos acordos de livre comércio com a região para lidar melhor com a desigualdade e a falta de oportunidades econômicas”, disse uma autoridade graduada do governo a repórteres em teleconferência.

O plano visaria oferecer uma alternativa em uma região onde a China vem ampliando sua esfera de influência. Não ficou claro, no entanto, quantos países da América Latina aceitariam tal acerto.

Os Estados Unidos estão sediando a Cúpula das Américas em Los Angeles, um encontro onde Biden pretende abordar a imigração regional e os desafios econômicos. Na segunda-feira, a Casa Branca disse que não convidaria Cuba, Venezuela e Nicarágua, levando o presidente do México a não comparecer ao evento.

Chile: BC eleva juros básicos em 0,75 ponto, a 9% ao ano, e sinaliza novas altas

O Banco Central do Chile elevou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto porcentual, de 8,25% para 9,0% ao ano, informou a instituição. A decisão foi unânime entre os membros do Conselho, que observaram que, para que a inflação caía para a meta de 3% em até dois anos, serão necessários ajustes adicionais de menor magnitude nos juros básicos.

Em comunicado, o BC chileno destaca que a inflação mundial e suas perspectivas seguiram subindo desde a reunião anterior, com aumentos de preços mais amplos e persistentes. Com a guerra da Rússia na Ucrânia, a autoridade monetária nota a alta de preços nas matérias-primas, em especial em energia e alimentos, mais duradoura do que anteriormente previsto. “As expectativas de crescimento mundial se deterioraram, diante do agravamento das condições financeiras mundiais, à evolução do conflito na Europa e ao enfraquecimento da economia chinesa”, observam os dirigentes.

Na avaliação do BC, os mercados financeiros mundiais têm se mostrado mistos, com níveis elevados de volatilidade. Paralelamente, as taxas de juros a longo prazo têm moderado suas tendências de altas nas semanas recentes. “O preço do petróleo continuou subindo (+10% desde a última reunião, para a média WTI-Brent), enquanto o preço do cobre oscilou, chegando a cerca de US$ 4,3 por libra-peso (-4% desde a última reunião)”. O mercado chileno, por sua vez, tem mostrado um desempenho mais favorável do que seus pares externos, avalia a instituição.

O conselho de dirigentes garantiu que se manterá atento à evolução da inflação e suas determinantes.

EUA: Importações caem pela 1ª vez em 9 meses em abril em meio a estoques altos

As importações da economia dos EUA caíram em abril pela primeira vez em nove meses, em meio a sinais de que a desaceleração da demanda dos consumidores está deixando os vendedores finais de mercadorias com muito estoque.

As importações de bens caíram US$ 13 bilhões, para US$ 283,8 bilhões, com bens de consumo respondendo por metade desse declínio, disse o Escritório de Análise Econômica. Somente as importações da China caíram US$ 10,1 bilhões, em parte, reflexo dos crescentes problemas no envio de produtos de Xangai, que entrou em um período de bloqueio de dois meses no mês.

As exportações, por sua vez, se mantiveram melhor, subindo 3,5% no mês, para US$ 252,6 bilhões. As exportações de gás natural e produtos petrolíferos aumentaram, à medida que os compradores europeus cada vez mais se voltavam para os EUA em busca de alternativas ao suprimento de energia russo após a invasão da Ucrânia pela Rússia. Como tal, o déficit comercial diminuiu de um recorde de US$ 107,7 bilhões em março para US$ 87,1 bilhões em abril.

Os números corroboram uma tendência crescente em todo o setor de varejo, que reclamou de novos problemas na cadeia de suprimentos na aquisição de produtos da China. Vários varejistas também lutaram para vender tudo o que conseguiram, com a inflação mais alta em 40 anos pressionando cada vez mais a renda disponível e os níveis de gastos.

Separadamente na terça-feira, a varejista Target foi forçada a revisar pela segunda vez em três semanas a orientação de lucro, depois de ficar com muito estoque não vendido após o final do seu primeiro trimestre.

“No curto prazo, a demanda de exportação continuará enfrentando fortes ventos contrários das frágeis condições econômicas na Europa em meio à guerra em andamento na Ucrânia”, disse o analista da Oxford Economics Mahir Rasheed em nota aos clientes, acrescentando que “a ameaça de novos bloqueios continuará. A perspectiva de crescimento da China é incerta, apesar da reabertura de Xangai.”

Ele disse esperar que o déficit comercial, que aumentou acentuadamente à medida que a pandemia e a resposta política a ela criaram uma demanda dinâmica por bens de todos os tipos, deve moderar ao longo do ano, à medida que o Federal Reserve aumenta as taxas de juros para sufocar o que vê como excesso de demanda.

“O aperto agressivo do Fed e a moderação da demanda doméstica provavelmente promoverão fluxos comerciais mais equilibrados à medida que as importações esfriam e as exportações melhoram gradualmente”, disse Rasheed.

BC do Chile melhora previsão de crescimento econômico em 2022

A economia do Chile deve expandir entre 1,5% e 2,25% este ano, após a sólida recuperação no ano passado do impacto da pandemia do Coronavírus, disse o Banco Central na quarta-feira (08).

Em seu Relatório de Política Monetária de março, o banco central havia projetado uma expansão menor, de 1,0% a 2,0% este ano.

“O ajuste da atividade ocorre com uma diferença marcada entre o comportamento do consumo e do investimento, em que o primeiro ainda se mantém em níveis elevados”, disse o banco.

O banco observou que existem cenários nos quais o crescimento poderia sair da faixa de projeções se as condições externas piorarem, como o conflito na Ucrânia ou uma maior deterioração das condições financeiras globais.

Para 2023, o banco espera contração de 1% ou estagnação, enquanto que para 2024 estabeleceu uma faixa positiva de 2,25% a 3,25%.

O banco central disse que a persistência de custos externos mais altos e um consumo mais dinâmico do que o previsto levou a uma revisão significativa da trajetória da inflação.

Isto elevará a inflação média anual para 10,8% este ano, acima da faixa de tolerância. A estimativa anterior era de 8,2%.

Na terça-feira (07), o banco central decidiu por outro aumento na taxa de juros de referência para 9%, em meio à forte pressão inflacionária.

Gopinath, do FMI, vê risco de desancoragem em expectativas de inflação nos EUA

A inflação nos Estados Unidos pode permanecer acima das metas do Federal Reserve por um longo tempo com base nas projeções atuais, e existe o risco de as expectativas para a alta dos preços “desancorarem”, disse nesta quarta-feira a primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath.

Com base nas estimativas atuais de qual pode ser a trajetória da taxa de juros, a inflação ficará acima da meta de 2% do Fed “por um longo tempo”, disse Gopinath em evento online organizado pelo Financial Times.

“Esse é um ambiente ao qual não estamos acostumados, você pode ficar sob risco de que expectativas de inflação deles desancorem”, disse ela.

Gopinath citou um caminho “incrivelmente estreito” que permitiria que o aperto nos mercados de bens e trabalho se desfizesse sem que as taxas subissem muito mais.

No entanto, ela disse que, “no geral, os riscos são para a possibilidade de que isso exigirá aumentos muito mais acentuados nos juros”.

O Fed elevou os custos dos empréstimos duas vezes neste ano e aumentos de 50 pontos básicos estão precificados tanto para a reunião da próxima semana quanto para a seguinte, em julho.

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse separadamente nesta quarta-feira que a atual taxa de inflação anual de 8% é “inaceitável” para os Estados Unidos e que 2% é uma “meta apropriada”.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (06), as bolsas europeias fecharam em alta, ajudadas por bancos e setores ligados a commodities, enquanto investidores ficavam à espera de dados de inflação dos Estados Unidos e detalhes de uma reunião desta semana do Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,92%, a 444,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,98%, a 6.548,78 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,34%, a 14.653,81 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,82%, a 6.273,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,28%, a 8.836,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,00%, a 7.608,22 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas europeias fecharam mistas, com os investidores preocupados com o impacto no crescimento econômico do aperto agressivo da política monetária dos principais Bancos Centrais conforme eles tentam domar a inflação crescente, enquanto papéis de varejo cederam após um aviso sombrio da varejista norte-americana Target. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,28%, a 442,88 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,74%, a 6.500,35 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,66%, a 14.556,62 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,21%, a 6.349,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,06%, a 8.841,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,12%, a 7.598,93 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, em meio a temores renovados com o crescimento econômico após relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortar a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) mundial este ano. Na véspera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), o mercado acompanhou indicadores econômicos importantes do Velho Continente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,57%, a 440,37 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,80%, a 6.448,63 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,76%, a 14.445,99 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,23%, a 6.334,92 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,01% a 8.842,70 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,08%, a 7.593,00 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, depois que o Banco Central Europeu (BCE) sinalizou um aumento mais alto da taxa de juros em setembro, ao elevar sua previsão de inflação e reduzir as expectativas de crescimento econômico para o ano. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,36%, a 434,38 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,40%, a 6.358,46 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,71%, a 14.198,80 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,52%, a 6.301,73 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 1,49%, a 8.711,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 1,54%, a 7.476,21 pontos.

Bancos de investimento aumentam previsões de altas dos juros pelo BCE

O BofA Securities espera agora que o Banco Central Europeu aumente as taxas de juros em 1,50 ponto percentual este ano, incluindo movimentos de 0,50 ponto em julho e setembro, disse o banco em uma nota na segunda-feira (06).

O Banco, que anteriormente esperava 1,0 ponto percentual de altas este ano, disse na semana passada que a leitura da inflação da zona do euro, que 1,0 ponto percentual é o mínimo que o banco irá entregar.

“Nossa previsão já era mais ‘hawkish’ (inclinada a reduzir estímulos) do que o consenso, e é ainda mais agora. Continuamos a nos preocupar que isto seja muito e rápido demais”, disseram os analistas na nota.

Em nota separada, o Barclays disse na segunda-feira (06) que agora espera que o BCE aumente os juros em 0,25 ponto em cada reunião de julho a dezembro.

Ele espera mais uma alta depois disso no primeiro trimestre do próximo ano, o que elevaria a taxa de depósito do BCE para 0,75%.

O BCE subiu pela última vez os juros em 2011 e sua taxa de depósito está atualmente em -0,50%.

Os mercados monetários precificam atualmente mais de 1,30 ponto de aumentos até o final do ano, com um movimento de 0,50 ponto em uma única reunião até outubro.

Rússia ataca Kiev pela primeira vez em semanas, com batalha no Leste

A Rússia atacou a capital da Ucrânia, Kiev, com mísseis pela primeira vez em mais de um mês, enquanto autoridades ucranianas disseram que um contra-ataque no principal campo de batalha no Leste retomou metade da cidade de Sievierodonetsk.

Fumaça escura pode ser vista a muitos quilômetros de distância após o ataque a dois distritos periféricos de Kiev. A Ucrânia disse que a greve atingiu obras de reparo de vagões; Moscou disse que destruiu tanques enviados por países do Leste Europeu para a Ucrânia.

Pelo menos uma pessoa foi hospitalizada, embora não houvesse relatos imediatos de mortes. O ataque foi um lembrete repentino da guerra em uma capital onde a vida normal voltou em grande parte desde que as forças russas foram expulsas de seus arredores em março.

“O Kremlin recorre a novos ataques insidiosos. Os ataques de mísseis de hoje em Kiev têm apenas um objetivo, matar o maior número possível”, tuitou o conselheiro presidencial ucraniano Mikhailo Podolyak.

A Ucrânia disse que a Rússia realizou o ataque usando mísseis lançados do ar de longo alcance disparados de bombardeiros pesados ​​até o Mar Cáspio, uma arma muito mais valiosa do que os tanques que a Rússia alega ter atingido.

A operadora de energia nuclear da Ucrânia disse que um míssil de cruzeiro russo voou “criticamente baixo” sobre a segunda maior usina nuclear do país.

O ataque de domingo foi o primeiro grande ataque em Kiev desde o final de abril, quando um míssil matou um jornalista. Nas últimas semanas, a Rússia concentrou seu poder destrutivo principalmente nas linhas de frente no Leste e no Sul, embora Moscou ocasionalmente ataque outros lugares no que chama de campanha para degradar a infraestrutura militar da Ucrânia e bloquear remessas de armas ocidentais.

Ucrânia reivindica metade de Sievierodonetsk.

A Rússia concentrou suas forças nas últimas semanas na pequena cidade industrial oriental de Sievierodonetsk, realizando uma das maiores batalhas terrestres da guerra em uma tentativa de capturar uma das duas províncias orientais que reivindica em nome de representantes separatistas.

Confiança dos investidores da zona do euro melhora, mas a economia ainda está em queda

A confiança dos investidores na zona do euro subiu mais do que o esperado em junho, o primeiro aumento após a invasão russa da Ucrânia, mostrou pesquisa na terça-feira (07), já que muitas empresas ainda não sentiram tanto impacto da inflação e dos gargalos de fornecimento quanto temiam.

O índice Sentix para a zona do euro subiu para -15,8 pontos em junho de -22,6 em maio, que tinha sido o valor mais fraco desde junho de 2020.

Pesquisa da Reuters apontavam para uma leitura de -20,0 em junho.

“Por mais impressionante que a melhora da situação e os valores das expectativas possam parecer à primeira vista, é pouco provável que isso marque uma reviravolta”, disse Manfred Huebner, diretor administrativo da Sentix.

Embora os consumidores já estejam sofrendo com o aumento dos preços, muitas empresas têm sido capazes de repassar seus custos em forte ascensão para seus clientes e se beneficiaram da corrida para comprar bens e serviços antes do aumento dos preços, disse Huebner.

No entanto, esta fase parece destinada a terminar, já que os consumidores finais terão que reduzir em algum momento, e a política monetária pode se tornar mais restritiva na zona do euro a partir de julho, disse o economista.

O subíndice das condições atuais melhorou para -7,3 em junho de -10,5 em maio, e o de expectativas foi a -24,0 em junho de -34,0 em maio.

O Sentix entrevistou 1.225 investidores entre 2 de junho e 4 de junho.

Putin ordena novas regras orçamentárias para impulsionar crescimento da Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou na terça-feira (07) que o governo elabore novas regras orçamentárias até o final de julho para impulsionar o crescimento e ajudar a proteger a economia de uma grave recessão.

“Já começaram os trabalhos sobre o orçamento federal para os próximos três anos. Uma questão fundamental aqui é a construção de regras orçamentárias que não apenas garantam a estabilidade das finanças públicas, mas também contribuam para aumentar a taxa de crescimento da economia russa”, disse Putin em uma reunião televisionada.

A Rússia suspendeu uma regra orçamentária sob a qual canalizava a receita extra do petróleo e gás para o Fundo de Riqueza Nacional durante a pandemia de Coronavírus, há dois anos.

O Ministério das Finanças planejava restabelecer neste ano a regra, sob a qual também comprava moeda estrangeira para o Fundo, mas desistiu após a imposição de sanções ocidentais que impedem o país de acessar cerca de metade de suas reservas de ouro e câmbio.

As sanções têm o objetivo de interromper o que a Rússia chama de “operação militar especial” na Ucrânia. Em vez de ampliar o Fundo, a receita adicional do petróleo e gás pode agora ser gasta em qualquer objetivo que o governo escolha.

Putin não forneceu detalhes das novas regras, mas disse que o empréstimo hipotecário e corporativo precisa de impulso, sugerindo que as diretrizes podem ser relaxadas ainda mais para permitir mais financiamento estatal com o objetivo de reanimar a atividade econômica.

A regra existente limita a maneira como os 198 bilhões de dólares do Fundo podem ser gastos e onde, no momento em que o governo precisa cada vez mais de dinheiro para atender às promessas de Putin de aposentadorias e benefícios sociais mais altos, além de ajuda a grandes empresas.

Operadores precificam aumento de 0,75 p.p. nos juros pelo BCE até setembro

Os mercados monetários aumentaram suas apostas em altas dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) na quarta-feira (08) para precificar um aumento acumulado de 0,75 ponto percentual até setembro.

Com a expectativa de que o banco comece a subir os juros em julho, os operadores esperam agora que os movimentos incluam uma rara elevação a de 0,50 ponto em uma única reunião até setembro, antecipando a perspectiva ante outubro, como era calculado na sexta-feira (03).

A próxima reunião de política monetária do BCE será realizada na quinta-feira (09).

Os operadores têm aumentado constantemente suas apostas em aumentos do BCE após dado de inflação acima do esperado na semana passada, o que impulsionou os argumentos a favor de movimentos maiores do banco central. Várias autoridades disseram que estão abertas a um movimento de 0,50 ponto.

“Pareceu-me inevitável que as apostas de alta de 50 pontos-base se tornariam mais populares, dado que é amplamente entendido que o BCE está atrás da curva e que outros bancos centrais também começaram a se mover em incrementos de 50 pontos”, disse Antoine Bouvet, estrategista sênior de juros do ING, referindo-se ao Banco Central da Austrália.

Crescimento do PIB da zona do euro acelera no primeiro 1º trimestre apesar da guerra da Ucrânia

A economia da zona do euro cresceu muito mais rapidamente no primeiro trimestre do que nos três meses anteriores apesar do impacto da guerra na Ucrânia, informou a agência de estatísticas da União Europeia na quarta-feira (08), revisando suas estimativas anteriores com força para cima.

O crescimento do emprego na zona do euro também foi revisado para cima, para mostrar uma aceleração mais forte no período de janeiro a março em comparação com o trimestre anterior.

Em sua leitura final para o período janeiro-março, a Eurostat disse que o Produto Interno Bruto (PIB) dos 19 países que compartilham o euro subiu 0,6% em relação ao trimestre anterior, para uma expansão de 5,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os números foram significativamente revisados para melhor em relação à preliminar anterior divulgada em meados de maio, quando o crescimento trimestral da zona do euro foi estimado em 0,3% e a expansão anual em 5,1%.

A Eurostat disse que suas estimativas anteriores se baseavam em um conjunto de dados mais limitado e em estimativas preliminares dos governos da UE agora revisadas pelos órgãos nacionais de estatística.

Os dados finais mostram que o crescimento da zona do euro ganhou velocidade no primeiro trimestre depois de um final de 2021 sem brilho, apesar da invasão russa da Ucrânia em 24 de fevereiro, que perturbou as cadeias de abastecimento, atingiu a confiança e fez com que os preços da energia disparassem.

Pico de inflação na França deve durar várias semanas ou mesmo meses, diz ministro

O Ministro da Economia da França, Bruno Le Maire afirmou que o pico de inflação no país “deve durar semanas ou mesmo meses”. Durante entrevista à rede de TV local BFM, ele comentou que o quadro inflacionário deve começar a melhorar e ficar mais próximo do normal no país no início de 2023.

Le Maire ainda ressaltou o trabalho do governo do presidente Emmanuel Macron para proteger a população contra a inflação. Questionado, ele disse que aumentos salariais não devem resultar em mais imposto sobre a renda da população, no quadro atual.

BCE encerra compra de títulos e sinaliza alta de juros em julho e setembro

O Banco Central Europeu confirmou na quinta-feira (09) que encerrará o esquema de compra de títulos em 1º de julho e sinalizou uma série de aumentos dos juros a partir de julho, conforme combate a inflação alta.

Com o salto dos preços subindo no mês passado para um recorde de 8,1% e com a inflação se disseminando rapidamente, o BCE está retirando as medidas de estímulo que adotou durante a maior parte da última década.

O objetivo é impedir que o rápido crescimento dos preços se infiltre na economia em geral e se perpetue através de uma espiral de preços e salários difícil de quebrar.

Seguindo um movimento há muito prometido, o BCE disse que encerrará seu Programa de Compra de Ativos, principal ferramenta de estímulo desde a crise da dívida da zona do euro, e que aumentará os juros em 0,25 ponto percentual em julho. Em setembro fará novo movimento, possivelmente por uma margem maior.

“O Conselho do BCE pretende os juros-chave em 25 pontos-base em sua reunião de política monetária de julho”, disse o BCE.

“O Conselho espera aumentar novamente os juros básicos em setembro“, disse. “Se as perspectivas de inflação a médio prazo persistirem ou se deteriorarem, um aumento maior será apropriado na reunião de setembro.”

A taxa de depósito do BCE está agora em -0,5% e a chefe do BCE, Christine Lagarde, disse que ela pode voltar a zero ou ligeiramente acima disso no final do terceiro trimestre.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (06), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após a melhora em dado de atividade na China aumentar otimismo em relação ao relaxamento das restrições contra a Covid-19 no país. Em destaque, Hong Kong saltou quase 3%, na esteira da notícia sobre afrouxamento do cerco de Pequim contra a DiDi Global e outras gigantes de tecnologia. O índice Xangai teve alta de 1,28%, a 3.236,37 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,56%, a 27.915,89 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,71%, a 21.653,90 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,87%, a 4.166,08 pontos.

Na terça-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, à medida que investidores ponderaram o otimismo quanto ao relaxamento de restrições na China com preocupações sobre inflação e política monetária. Na Austrália, o banco central aumentou juros em 50 pontos-base, a 0,85%, em ajuste mais agressivo que o esperado. O índice Xangai teve alta de 0,17%, a 3.241,76 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,10%, a 27.943,95 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,56%, a 21.531,67 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,31%, a 4.179,13 pontos.

Na quarta-feira (08), as bolsas asiáticas fecharam em alta, em meio ao alívio no cerco da China contra empresas do setor de tecnologia. O relaxamento das restrições para controlar o Coronavírus no país asiático também ajudou a atenuar os efeitos das preocupações sobre a economia global nas mesas de operações da região. O índice Xangai teve alta de 0,68%, a 3.263,79 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,04%, a 28.234,29 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,24%, a 22.014,59 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,97%, a 4.219,81 pontos.

Na quinta-feira (09), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, investidores avaliaram dados da balança comercial da China e também relatos de novas restrições no país por causa da Covid-19. A Bolsa de Tóquio, porém, registrou ganho modesto, com ações de exportadoras ajudadas pela fraqueza recente do iene. O índice Xangai teve queda de 0,76%, a 3.238,95 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,04%, a 28.246,53 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,66%, a 21.869,05 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,05%, a 4.175,68 pontos.

Presidente do BC japonês promete postura inabalável na manutenção de política monetária ultrafrouxa

O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse na segunda-feira (06) que a principal prioridade é apoiar a economia, enfatizando o compromisso inabalável de manter um estímulo monetário “poderoso”.

Ao contrário de seus pares dos Estados Unidos e da Europa, o Banco do Japão não enfrenta dilema entre a necessidade de domar a inflação e apoiar a economia, já que a alta dos preços no país continua modesta e impulsionada por fatores temporários, como o aumento dos custos das matérias-primas, disse Kuroda.

“O Japão absolutamente não está numa situação que justifique o aperto monetário, pois a economia ainda está se recuperando do impacto da pandemia”, disse Kuroda em um discurso.

À medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia aumenta os custos das matérias-primas, as famílias japonesas estão aceitando melhor os preços mais altos, disse Kuroda, descrevendo isso como uma “mudança importante” da perspectiva da meta de inflação do Banco Central.

Mas a inflação ao consumidor do Japão deve atingir 2% em média, e não de uma forma apenas temporária e impulsionada pelo lado dos custos, disse Kuroda.

“Para que a inflação acelere de forma estável para 2%, o crescimento dos salários e dos preços devem subir mutuamente em um ciclo positivo”, disse ele.

“O Banco do Japão será inabalável em sua postura de manter um poderoso afrouxamento monetário, de modo que mudanças recentes, como um aumento nas expectativas de inflação… levem a um crescimento sustentável dos preços”, disse ele.

Atividade de serviços da China contrai em maio pelo 3º mês, mostra PMI do Caixin

A atividade de serviços da China contraiu em maio pelo terceiro mês seguido, indicando uma recuperação lenta à frente apesar do afrouxamento de alguns lockdowns contra a Covid-19 em Xangai e cidades vizinhas, mostrou na segunda-feira (06) uma pesquisa privada.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Caixin subiu a 41,4 em maio de 36,2 em abril, avançando ligeiramente conforme as autoridades começam a reduzir algumas das restrições que paralisaram o centro financeiro de Xangai e afetaram as cadeias globais de abastecimento.

No entanto, a leitura permaneceu bem abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Analistas dizem que a fraqueza no setor de serviços, que responde por cerca de 60% da economia da China e metade dos empregos urbanos, deve persistir sob a política de Covid zero do governo.

Uma pesquisa oficial na terça-feira também mostrou o setor de serviços em contração.

O levantamento do Caixin mostrou que os novos negócios, incluindo novas encomendas de exportação, caíram pelo quarto mês seguido em maio já que as restrições à mobilidade mantiveram os clientes em casa.

O PMI Composto da China apurado pelo Caixin, que inclui tanto indústria quanto serviços, subiu a 42,2 de 37,2 no mês anterior.

Presidente do BC do Japão pede desculpas por dizer que as pessoas estão começando a aceitar altas de preços

O chefe do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, pediu desculpas na terça-feira (07) por afirmar na véspera que as famílias estavam se tornando mais receptivas aos aumentos de preços, o que provocou críticas e ressaltou a sensibilidade do público ao aumento do custo de vida.

O comentário foi feito em um momento sensível para o governo do primeiro-ministro Fumio Kishida, que enfrenta críticas crescentes para enfrentar o aumento dos custos de alimentos e combustível antes da eleição para a câmara alta no próximo mês.

“Lamento que a expressão tenha causado algum mal-entendido”, disse Kuroda a repórteres, acrescentando que havia sido inapropriado para ele dizer que as famílias estavam se tornando mais receptivas aos aumentos de preços.

Mais cedo, o legislador da oposição Kenji Katsube, um dos vários políticos que questionaram Kuroda no Parlamento, disse que a declaração do presidente do Banco do Japão mostrou que ele “não entende como o público se sente” sobre os aumentos de preços.

Segundo a agência de notícias Kyodo, o ministro do Comércio, Koichi Hagiud, afirmou, em resposta às perguntas dos repórteres sobre o comentário: “Desvia um pouco da realidade”.

A observação também provocou críticas nas mídias sociais, com respostas usando a hashtag “Não podemos aceitar aumentos de preços”.

Um usuário escreveu: “Estamos comprando mercadorias porque são necessidades diárias, não porque estamos aceitando” preços mais altos. “Todos estão sofrendo.”

Outro escreveu: “Somente pessoas ricas como você puderam poupar durante a pandemia do Coronavírus”.

Embora tenha admitido que suas palavras possam ter sido inadequadas, Kuroda disse que a observação se destinava a ajudar a explicar a necessidade de mais crescimento salarial.

O núcleo dos preços ao consumidor no Japão subiu 2,1% em abril na base anual, excedendo a meta de inflação do banco central pela primeira vez em sete anos, devido principalmente ao aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis.

Sri Lanka busca urgentemente US$ 6 bilhões para manter a economia à tona

O Sri Lanka, sem dinheiro, pediu na terça-feira (07) ao Fundo Monetário Internacional que organize uma reunião de credores para US$ 6 bilhões em empréstimos para ajudar a manter o país à tona durante sua crise econômica sem precedentes.

Meses de apagões diários, longas filas de gasolina e inflação recorde tornaram a vida cotidiana uma miséria na nação insular do sul da Ásia de 22 milhões de pessoas.

O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe disse que seria difícil obter alguns itens essenciais para as próximas três semanas. Ele também pediu que as pessoas sejam unidas e pacientes, usem os suprimentos escassos com o maior cuidado possível e evitem viagens não essenciais.

“Portanto, peço a todos os cidadãos que se abstenham de pensar em acumular combustível e gás durante este período. Após essas três semanas difíceis, tentaremos fornecer combustível e alimentos sem mais interrupções. As negociações estão em andamento com várias partes para garantir que isso aconteça”, acrescentou.

O governo já deu calote em sua dívida externa de US$ 51 bilhões, e uma escassez crítica de moeda estrangeira deixou os comerciantes incapazes de importar suprimentos adequados de alimentos, combustível e outros bens essenciais.

Wickremesinghe disse que o país precisa de US$ 5 bilhões para suas necessidades diárias nos próximos seis meses, juntamente com outro bilhão para estabilizar a rúpia em rápida depreciação do Sri Lanka.

O Sri Lanka deve pagar US$ 7 bilhões este ano dos US$ 25 bilhões em empréstimos estrangeiros que está programado para pagar até 2026.

“Pedimos ao Fundo Monetário Internacional que realize uma conferência para ajudar a unir nossos parceiros de empréstimo”, disse o primeiro-ministro ao parlamento.

BC da Índia eleva taxa de juros em meio percentual devido à inflação elevada

O Banco Central da Índia se tornou o último grande Banco Central a apertar a política monetária mais do que o esperado, elevando sua principal taxa de recompra em meio ponto percentual para 4,90% em sua reunião regular de política monetária.

O movimento do RBI (sigla em inglês para Reserve Bank of India, a autoridade monetária indiana) segue passo semelhante dado por seus homólogos na Austrália e Nova Zelândia nas últimas semanas, e aumenta a evidência de que os bancos centrais em todo o mundo estão tomando passos cada vez mais dramáticos para conter a inflação.

O índice de preços ao consumidor na Índia subiu mais rápido em oito anos em abril, em 7,79%, bem acima do limite superior de 6% da faixa tolerada pelo banco. Em sua declaração de política, o governador Shatikanta Das disse que provavelmente permanecerá acima da meta nos três primeiros trimestres do ano até março de 2023.

Das atribuiu o movimento do RBI em grande parte às consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia, que causou aumentos acentuados e sustentados nos preços de alimentos, energia e outras commodities.

“A guerra levou à globalização da inflação”, disse Das. “Não é de surpreender que os bancos centrais estejam reorientando e recalibrando suas políticas monetárias. As economias de mercado emergentes estão enfrentando desafios maiores com o aumento da turbulência do mercado, mudanças na política monetária nas economias avançadas e suas repercussões”.

Os Bancos Centrais tailandeses e poloneses também estão realizando reuniões de política na quarta-feira (08). Tailândia, como esperado, manteve sua taxa básica inalterada, mas o Banco Nacional da Polônia deve subir 75 pontos base para 6%. O Banco Central Europeu realizará sua reunião de política regular na quinta-feira, mas ainda não deve aumentar sua taxa básica por mais um mês.

Apesar dos ventos contrários, o banco ainda espera que a economia cresça a uma taxa relativamente rápida no próximo ano. O RBI manteve sua previsão de crescimento este ano em 7,2%, desacelerando de mais de 16% no trimestre atual para 6,2%; 4,1% e 4% nos trimestres subsequentes. Os riscos para suas perspectivas são “amplamente equilibrados”, disse.

A rupia, que perdeu mais de 4% em relação ao dólar até agora este ano, já que o Federal Reserve mudou para um aperto mais agressivo de sua política, recuperou 0,3% às 07h54 para negociar em 77,696.

PIB do Japão cai menos no 1º trimestre do que o calculado antes com consumo mais forte

A economia do Japão encolheu um pouco menos do que inicialmente calculado no primeiro trimestre uma vez que o consumo privado permaneceu resiliente diante do ressurgimento das infecções de Covid-19 e as empresas reconstruíram seus estoques, compensando uma queda nos gastos empresariais.

Embora a contração mais lenta seja uma boa notícia para as autoridades que esperam que a economia retorne ao crescimento neste trimestre, as persistentes rupturas na cadeia de abastecimento continuam sendo um risco para o ímpeto econômico no segundo trimestre.

Os dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Escritório do Gabinete na quarta-feira (08) mostraram que a economia do Japão encolheu 0,5% em taxa anualizada entre janeiro e março. Foi uma queda menor do que a leitura preliminar de uma contração de 1,0% divulgada no mês passado.

Na comparação trimestral, o PIB perdeu 0,1%, superando as expectativas do mercado para uma queda de 0,3%.

O consumo privado, que representa mais da metade do PIB do Japão, aumentou 0,1% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, ante leitura anterior de estabilidade, graças a uma contribuição mais forte das tarifas de telefonia móvel e das vendas de automóveis.

Um aumento nos estoques também sustentou o crescimento, num sinal de que as montadoras e outros fabricantes estavam procurando maneiras de lidar com as pressões da cadeia de fornecimento, disse Takumi Tsunoda, economista sênior do Shinkin Central Bank Research Institute.

Isso ajudou a compensar uma queda de 0,7% nos gastos de capital, mas poderia indicar um menor crescimento do PIB no trimestre atual, à medida que o crescimento dos estoques esfria.

Exportações da China aumentam com alívio em restrições contra Covid, mas cenário ainda é frágil

As exportações da China cresceram a um ritmo de dois dígitos em maio, superando as expectativas em um sinal encorajador para a segunda maior economia do mundo, à medida que as fábricas retomam o trabalho e as dificuldades logísticas diminuem depois que as autoridades relaxaram algumas restrições de combate à Covid-19 em Xangai.

As importações também expandiram pela primeira vez em três meses, proporcionando um alívio às autoridades chinesas conforme elas tentam traçar uma trajetória econômica para sair do choque do lado da oferta que abalou o comércio global e os mercados financeiros nos últimos meses.

No entanto, as perspectivas para as exportações chinesas, observadas de perto pelos investidores como um indicador da saúde econômica mundial, ainda apontam para os riscos de uma guerra de meses na Ucrânia e para o aumento dos custos das matérias-primas. Esses mesmos fatores, juntamente com o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa, levantaram preocupações sobre uma recessão global.

As exportações saltaram 16,9% em relação ao ano anterior, o crescimento mais rápido desde janeiro deste ano, e mais do que o dobro da expectativa de analistas de um aumento de 8,0%. As exportações haviam aumentado 3,9% em abril.

“Acreditamos que esta recuperação pode continuar se não houver mais lockdowns”, disse Iris Pang, economista-chefe no ING, acrescentando que a recuperação tanto das exportações quanto das importações se deveu principalmente à recuperação do porto de Xangai na última semana de maio.

A atividade econômica chinesa esfriou bruscamente em abril enquanto o país enfrentava o pior surto de Covid-19 desde 2020. Medidas severas de lockdown, às vezes excessivamente aplicadas pelas autoridades locais, afetaram estradas e portos, deixaram trabalhadores em casa e fecharam fábricas.

Os dados desta quinta-feira mostraram ainda que as importações aumentaram 4,1% em maio em relação ao ano anterior, o primeiro ganho em três meses, impulsionadas pelo alívio dos gargalos logísticos e das importações de matérias-primas e bens intermediários à medida que a produção interna era retomada.

Em abril as importações ficaram estagnada, e a expectativa para maio era de alta de 2,0%.

A China registrou um superávit comercial de 78,76 bilhões de dólares no mês passado, contra previsão de superávit de 58 bilhões de dólares. Em abril o país reportou um excedente de 51,12 bilhões de dólares.

Ministro dos Emirados Árabes Unidos inicia visita ao Japão

O ministro da Indústria e Tecnologia Avançada dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Al-Jaber, visitará o Japão por três dias, disse o Ministério das Relações Exteriores em Tóquio no domingo (05).

Durante sua estada, Al-Jaber, que também é enviado especial para o Japão e CEO da Abu Dhabi National Oil Company (ADNOC), fará uma visita de cortesia ao secretário-chefe do gabinete Matsuno Hirokazu e ao vice-secretário-chefe do gabinete KIHARA Seiji e conversará com o vice-chanceler Odawara Kiyoshi.

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas e “espera-se que as boas relações entre o Japão e os Emirados Árabes Unidos sejam reforçadas ainda mais com esta visita”, disse o ministério em comunicado.

Ministro do Egito pede integração econômica com Jordânia e Iraque

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, pediu a integração econômica entre seu país, Iraque e Jordânia.

Isso seria de benefício econômico e político, disse ele durante uma entrevista coletiva com seus colegas iraquianos e jordanianos em Bagdá.

“A integração econômica entre nós é importante para projetos conjuntos e beneficia os povos desses países em termos de oportunidades de trabalho e avanço da economia”, acrescentou, citando a integração de infraestrutura como particularmente importante.

Shoukry e seu colega jordaniano Ayman Safadi se reuniram com líderes e altos funcionários na capital iraquiana.

Arábia Saudita gastará US$ 100 milhões para treinar 100.000 habitantes locais para ingressar no setor de turismo

A Arábia Saudita destinou US$ 100 milhões para fornecer treinamento para 100.000 pessoas para trabalhar no setor de turismo e sustentabilidade, enquanto o Reino continua sua jornada constante para se tornar um centro global de turismo até o final desta década, de acordo com o ministro do turismo.

Ao falar no 116º Conselho Executivo da Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas, Ahmed Al-Khateeb revelou que a Arábia Saudita está trabalhando para tornar a indústria do turismo mais resiliente e sustentável do que nunca.

“Não queremos construir a indústria como era em 2019. Queremos ir além desse ponto”, disse Al-Khateeb.

O ministro acrescentou que a Arábia Saudita destinou uma soma de US$ 800 bilhões para serem gastos no setor de turismo até 2030.

Al-Khateeb afirmou que 90 hotéis foram lançados no Reino como parte de sua estratégia de turismo, e deixou claro que mais hotéis serão lançados no futuro, sendo 70% financiados pelo setor privado.

Ele também acrescentou que a Arábia Saudita criará um recorde em termos de visitantes em 2022.

O ministro disse que o setor de turismo é responsável por 8% das emissões globais de carbono e pediu a todos que se concentrem na sustentabilidade, que por sua vez ajudará a alcançar o zero líquido até 2050.

Como o setor de turismo está se recuperando da pandemia, Al-Khateeb disse que o setor deve estar preparado para eventos semelhantes como o Covid, que podem acontecer no futuro.

Moody’s afirma rating de crédito ‘A’ para Arábia Saudita com perspectiva estável

A agência de classificação de crédito Moody’s Investors Service afirmou o rating da Arábia Saudita em ‘A’ para a Arábia Saudita com perspectiva estável, impulsionada principalmente pela eficácia da política fiscal do governo.

O centro nacional de gestão da dívida saudita disse em um comunicado de imprensa citando a Moody’s que esta última espera que o PIB da Arábia Saudita cresça a uma taxa média de 5% no período 2021-2023, apoiado por uma maior recuperação pós-pandemia, progresso na diversificação econômica, projetos de capital e desenvolvimento, e uma nova redução dos cortes na produção de petróleo.

Segundo o centro, a Moody’s acrescentou que o crescimento das instituições financeiras no Reino destaca o impacto positivo das medidas estruturais e reformas tomadas pelo governo nos últimos cinco anos.

O relatório observou ainda que o governo da Arábia Saudita demonstra uma estrutura de política fiscal cada vez mais, mesmo durante o período de aumento dos preços do petróleo.

Irã condena resolução ‘política e não construtiva’ da AIEA

O Irã denunciou nesta quinta-feira como “política” e “não construtiva” uma resolução adotada pelo órgão de vigilância nuclear da ONU que o censura por não cooperar.

“O Irã condena a adoção da resolução apresentada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha na reunião do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica como uma ação política, não construtiva e incorreta”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

O Irã já anunciou que desligou algumas câmeras da AIEA que monitoram suas instalações nucleares em antecipação à adoção da moção de censura elaborada pelo ocidente.

A moção, a primeira a criticar o Irã desde junho de 2020, foi aprovada por 30 membros do conselho de governadores da AIEA, com apenas Rússia e China votando contra.

A resolução veio depois que a AIEA, com sede em Viena, levantou preocupações sobre vestígios de urânio enriquecido anteriormente encontrados em três locais que Teerã não havia declarado como sede de atividades nucleares.

“A adoção da resolução, que se baseia no relatório precipitado e desequilibrado do diretor-geral da AIEA e em informações falsas e fabricadas do regime sionista (Israel), apenas enfraquecerá o processo de cooperação e interação entre a República Islâmica do Irã e da agência”, disse o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

“O Irã tomou medidas práticas recíprocas devido à abordagem não construtiva da agência e à adoção da resolução, incluindo a instalação de centrífugas avançadas e a desativação de câmeras”.

Em um comunicado na quarta-feira (08), a Organização de Energia Atômica do Irã enfatizou que continua a cumprir o acordo de salvaguarda com a AIEA.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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10/06/2022