Cenário Econômico Internacional – 08/07/2022

Cenário Econômico Internacional – 08/07/2022

Cenário Econômico Internacional – 08/07/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

FMI diz que criptomoedas são mais eficientes que o sistema financeiro atual

Apesar de sempre expressar repúdio em relação às criptomoedas, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse recentemente que os ativos digitais podem ser alternativas eficazes em relação ao sistema financeiro tradicional.

Em um artigo do FMI, a organização disse que as criptomoedas podem ser uma solução de pagamento “mais eficaz” do que cartões de crédito e débito, especialmente no consumo de energia.

O FMI, que foi criado em 27 de dezembro de 1945, trabalha para alcançar o crescimento sustentável e a prosperidade para todos os seus 190 países membros ao “apoiar políticas econômicas que promovam a estabilidade financeira e a cooperação monetária, que são essenciais para aumentar a produtividade, a criação de empregos, e bem-estar econômico”.

O atual sistema de pagamentos, incluindo os sistemas legados dos Bancos Centrais, consome muita energia. Assim, a mudança para energias renováveis ​​em todo o setor financeiro deve ser uma prioridade, de acordo com analistas do FMI.

O FMI revelou que alguns Bancos Centrais estão considerando criar moedas digitais disponíveis em cartões físicos; portanto, deve haver uma solução para reduzir o consumo de energia. A entidade afirmou que a integração de criptomoedas e CBDCs com cartões físicos ajudará na adoção em massa.

“Dependendo dos detalhes específicos de como eles são configurados, as CBDCs e algumas criptomoedas podem ser mais eficientes em termos de energia do que grande parte do cenário de pagamento atual, incluindo cartões de crédito e débito.”

A organização reconheceu que, embora o futuro do dinheiro ainda seja desconhecido, os formuladores de políticas que consideram a adoção de CBDCs e criptomoedas devem analisar o fator de energia de forma abrangente.

“Baseamo-nos em estimativas acadêmicas e do setor para comparar as moedas digitais entre si e com os sistemas de pagamento existentes. Esta pesquisa está na interseção de moedas digitais e mudanças climáticas, dois assuntos importantes para os formuladores de políticas, e as conclusões são especialmente pertinentes para muitos bancos centrais que planejam novas moedas digitais ao mesmo tempo em que consideram seu impacto ambiental. Nossa pesquisa mostra como as escolhas de design tecnológico para moedas digitais fazem uma grande diferença no consumo de energia.”

De acordo com o FMI, o consumo de energia será fundamental para determinar o futuro do dinheiro, especialmente com sistemas de pagamento que adotam blockchain.

Apesar disso, o FMI apontou que criptomoedas que usam algoritmo de prova de trabalho (PoW) como Bitcoin consomem mais energia do que cartões de crédito e recomendou focar em ativos digitais com mecanismo de consenso ou sistemas autorizados.

O órgão observou que “esses avanços colocam o consumo de energia da criptomoeda bem abaixo do consumo de cartões de crédito”.

Fórum de Alto Nível da ONU busca avanços nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

A partir de terça-feira (05), líderes de todo o mundo se reúnem para o Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. O evento vai até dia 15 de julho e deve buscar as melhores formas de seguir com a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.

De acordo com o presidente do Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, o embaixador Collen Vixen Kelapile, uma declaração ministerial está sendo negociada e deve ser adotada no encerramento do evento para guiar a revisão e implementação dos ODS.

Na próxima quinta-feira (07), é aguardado o lançamento de um novo relatório do secretário-geral da ONU, António Guterres, sobre o avanço dos ODS e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Segundo o presidente do Ecosoc, o documento mostrará o impacto da pandemia de Covid-19 e demais crises atuais sobre as metas globais. Ele lembra que o progresso dos ODS foi reduzido nos últimos anos, incluindo o objetivo de erradicar a pobreza.

Kelapile destaca que o Fórum de oito dias ocorre quando várias crises no mundo ameaçam a própria viabilidade de alcançar os ODS até 2030, o que afeta principalmente os mais pobres e vulneráveis.

Para os organizadores, um esforço urgente de resgate e ações coletivas são necessários para colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável com o multilateralismo e a cooperação internacional.

Na avaliação de Collen Vixen Kelapile, existem uma desigualdade contínua de vacinas, inflação crescente, grandes interrupções na cadeia de suprimentos e incertezas geopolíticas que podem prejudicar as gerações futuras se nenhuma ação for tomada.

Milhares de participantes, incluindo Chefes de Estado, mais de 100 ministros e líderes e representantes do sistema da ONU, empresas e sociedade civil devem debater formas de responder aos impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia, incluindo a inflação econômica global, as crises na segurança alimentar, no abastecimento de energia e nas finanças.

Os Estados-membros discutirão quais ações devem ser tomadas para reconstruir melhor e garantir a implementação acelerada da Agenda 2030 durante a Década de Ação para o desenvolvimento sustentável.

OMS confirma mais de 5 mil casos de varíola dos macacos em todo o mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta semana o balanço de 5.322 casos confirmados em laboratório de varíola dos macacos em todo o mundo.

O número representa um aumento de mais de 50% em relação ao relatório anterior, de 22 de junho. Até agora, foi registrada apenas uma morte provocada pela doença, de acordo com o porta-voz da organização.

“A OMS continua pedindo aos países que prestem atenção especial aos casos de varíola, para tentar limitar a contaminação”, afirmou a porta-voz Fadela Chaib em entrevista coletiva em Genebra.

O comitê de emergência da OMS sobre o assunto, no entanto, não tem previsão de uma nova reunião para tratar do assunto, após um primeiro encontro ocorrido no dia 23 de junho.

A agência de saúde havia divulgado, na semana passada, que o atual surto de casos de varíola, embora muito preocupante, não constituía “uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, termo usado para o nível mais alto de alerta da organização.

O número de casos aumentou drasticamente nos últimos dias: esta última avaliação, datada de 30 de junho, representa uma alta de 55,9% em relação à contagem anterior, que havia registrado 3.413 casos, oito dias antes.

A Europa continua sendo a região mais afetada pelo vírus, com 85% dos casos. A doença, inicialmente endêmica em dez países africanos, começou a se multiplicar no continente europeu e já atinge ao todo 53 países. Um aumento incomum nos casos de varíola dos macacos foi detectado desde maio fora dos países da África Ocidental e Central, onde o vírus normalmente circula.

Chefe do FMI diz que “não pode descartar” possível recessão global

A chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) disse que as perspectivas para a economia global “obscureceram significativamente” desde abril e que ela não pode descartar uma possível recessão global no próximo ano devido aos elevados riscos.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse à Reuters que o Fundo cortará nas próximas semanas sua previsão de 3,6% para o crescimento econômico global em 2022 pela terceira vez neste ano, acrescentando que os economistas do FMI ainda estão finalizando os novos números.

O FMI deve divulgar sua estimativa atualizada para 2022 e 2023 no fim de julho, depois de ter reduzido sua previsão em quase 1 ponto percentual em abril. A economia global cresceu 6,1% em 2021.

“Estamos em águas muito agitadas”, comentou ela. Quando questionada sobre uma recessão global, Georgieva disse que “o risco aumentou, então não podemos descartá-lo”.

Georgieva afirmou que “vai ser um ‘22 difícil, mas talvez um 2023 ainda mais difícil”, acrescentando que “os riscos de recessão aumentaram para 2023”.

Ela disse que um aperto mais duradouro nas condições financeiras complicará as perspectivas econômicas globais, mas acrescentou ser crucial controlar a alta dos preços.

A perspectiva global está mais heterogênea agora do que há apenas dois anos, com países exportadores de energia, incluindo os Estados Unidos, numa situação melhor, enquanto os importadores estão passando por dificuldades, disse Georgieva.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (04), as bolsas de valores de Nova York não tiveram operações, devido ao feriado do Dia da Independência.

Na terça-feira (05), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, depois de passarem a maior parte da sessão no vermelho. Preocupações sobre uma possível recessão nas maiores economias do mundo pesou sobre os índices acionários, que conquistaram apoio no avanço dos papéis ligados à tecnologia. O índice Dow Jones teve queda de 0,42%, a 30.967,82 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,16%, a 3.831,39 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,75%, a 11.322,24 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, sem muito impulso. Investidores avaliaram indicadores e também a ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve, enquanto entre os setores do S&P 500 o de energia esteve mais pressionado, em nova jornada de queda para o petróleo. O índice Dow Jones teve alta de 0,23%, a 31.037,68 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,36%, a 3.845,08 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,35%, a 11.361,85 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com os investidores avaliando as perspectivas para a política monetária em meio a preocupações crescentes sobre uma retração econômica após aumentos agressivos dos juros para combater a inflação. Por volta das 14h00, o índice Dow Jones registrava alta de 0,86%, a 31.304,71 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,22%, a 3.892,02 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 2,04%, a 11.593,58 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 01.07.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (01) cotado a R$ 5,3212 com alta de 1,65%. A busca global pela moeda norte-americana diante de sinais de perda de fôlego da atividade na Europa e nos Estados Unidos, aliada ao aumento da percepção de risco fiscal com a tramitação da PEC dos Combustíveis no Congresso, pautou os negócios no mercado de câmbio local na sessão.

Na segunda-feira (04) – O dólar à vista registrou alta de 0,09%, cotado a R$ 5,3257 na venda. Em um dia de poucas negociações por causa do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, o dólar fechou praticamente estável, após passar boa parte da sessão em baixa. O dólar oscilou entre R$ 5,3342 na máxima e R$ 5,2885 na mínima.

Na terça-feira (05) – O dólar à vista registrou alta de 1,19%, cotado a R$ 5,3893 na venda. O dólar deu um salto nesta terça-feira e fechou no maior patamar em mais de cinco meses, chegando a operar acima de 5,40 reais, catapultado pela busca por segurança que ditou alta generalizada da moeda no exterior em meio à intensificação de temores de recessão global. O dólar oscilou entre R$ 5,404 na máxima e R$ 5,3495 na mínima.

Na quarta-feira (06) – O dólar à vista registrou alta de 0,63%, cotado a R$ 5,4231 na venda. O dólar avançou frente ao real pela quinta sessão consecutiva nesta quarta-feira (06) e marcou uma nova máxima para encerramento desde o fim de janeiro, estendendo um rali alimentado por temores internacionais de recessão e crescentes incertezas fiscais domésticas. O dólar oscilou entre R$ 5,4624 na máxima e R$ 5,3938 na mínima.

Na quinta-feira (07) – Por volta das 14h00, o dólar operava em queda de 1,47% cotado a R$ 5,3427 na venda. O dólar recuava contra o real nesta quinta-feira (07), fazendo pausa para respirar depois de um rali que levou a moeda norte-americana a novo pico desde o final de janeiro na véspera, em linha com sinais de alívio pontual na força do dólar nos mercados internacionais.

Setor de manufatura dos EUA desacelera em junho; novas encomendas têm contração, aponta ISM

A atividade manufatureira dos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em junho, com uma medida de novas encomendas contraindo pela primeira vez em dois anos, mais evidências de que a economia está esfriando em meio a um aperto da política monetária agressiva por parte do Federal Reserve.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) disse que seu índice de atividade industrial nacional caiu para 53,0 no mês passado, a menor leitura desde junho de 2020, quando o setor estava se recuperando dos danos causados pela Covid-19.

Em maio o índice ficou em 56,1. Uma leitura acima de 50 indica expansão na manufatura, que responde por 11,8% da economia dos Estados Unidos. Economistas consultados pela Reuters haviam projetavam queda do índice para 54,9.

Embora parte da moderação na atividade industrial reflita uma mudança nos gastos de bens de volta aos serviços, ela está de acordo com dados recentes que mostram que o aumento das taxas de juros vem afetando a demanda.

Os gastos dos consumidores subiram modestamente em maio, enquanto que o início de construção de moradias, as licenças de construção e a produção industrial diminuíram.

O subíndice de novos encomendas da pesquisa ISM caiu para 49,2, de 55,1 em maio. Apesar do primeiro declínio abaixo do nível 50 desde maio de 2020, as indústrias têm muito trabalho para manter as fábricas funcionando.

Analistas preveem corte de juros do Fed no próximo ano

Em meio aos temores de uma possível recessão enfrentada pelas economias da América e da Europa, crescem as opiniões de analistas de que, muito provavelmente, o Fed e o BCE terão que não apenas adiar o início do aperto da política monetária, mas também reverter, a saber: para começar a baixar a taxa, escreve CNBC.

O Federal Reserve dos EUA iniciou um ciclo de alta de juros em março, depois continuou em junho e elevou sua taxa básica de juros em 75 pontos base na faixa de 1,5% a 1,75%, e seu chefe, Jerome Powell, disse que outra alta poderia acontecer em julho.

“Há uma chance muito alta de que o Fed corte as taxas no final do próximo ano”, disse Eric Nielsen, economista-chefe do UniCredit.

Ele faz uma pergunta lógica: você pode realmente aumentar as taxas de juros durante uma recessão, mesmo que a inflação esteja alta? Seria incomum.

O Banco Mundial recentemente rebaixou sua previsão de crescimento global e alertou que a economia mundial corre o risco de entrar em um período de estagflação, como aconteceu na década de 1970.

Se isso acontecer, alguns analistas estão confiantes de que novos aumentos de juros no próximo ano podem ser esquecidos por enquanto, pois podem afetar ainda mais a economia.

Michael Yoshikami, fundador da Destination Wealth Management, acredita inclusive que haverá um corte de juros este ano.

“A inflação agora é galopante. O Federal Reserve dos EUA sinalizou que busca controlar a inflação, o que significa mergulhar a economia em um crescimento lento, estagflação ou recessão. Então acho que o Fed cortará as taxas novamente no final deste ano.”

Alguns funcionários do Fed não dizem diretamente que um corte de juros é possível, embora possam sugerir isso. Por exemplo, quando perguntaram a Loretta Mester, chefe do Cleveland Federal Reserve Bank, se haveria um corte de juros nos EUA no próximo ano devido a uma possível recessão, ela disse: “Não vejo isso na previsão de base, mas teremos que avaliar as condições econômicas à medida que avançamos.”

Mester não espera que a economia dos EUA entre em recessão (ou seja, uma contração econômica por dois trimestres consecutivos), mas acredita que o crescimento econômico vai desacelerar este ano.

Presidente da Argentina nomeia nova ministra da Economia após saída de Guzmán

O presidente argentino, Alberto Fernández, nomeou Silvina Batakis como ministra da Economia para substituir Martín Guzmán, que deixou a pasta em meio a uma séria disputa política na coalizão governista.

A economista esteve à frente da pasta de Finanças da poderosa província de Buenos Aires entre 2011 e 2015, e atualmente atua como secretária de Províncias no Ministério do Interior do país.

O anúncio foi feito pela porta-voz presidencial Gabriela Cerruti no Twitter.

A luta pelo poder na coalizão governista entre Fernández e sua influente vice Cristina Kirchner, o que poderia exacerbar as dificuldades financeiras e acelerar a alta inflação, afeta o cenário, concordam analistas.

Uma fonte do governo disse à Reuters que nas últimas horas do dia os dois se conversaram por telefone de forma amigável, na qual apenas o nome para a pasta foi discutido.

“Estamos enfrentando uma crise política complexa, agravada pela luta pelo poder. Quem assumir o ministério terá uma tarefa complicada”, disse Rosendo Fraga, analista político.

A saída de Guzman no sábado pegou de surpresa o governo de centro-esquerda, que está enfrentando os mais baixos índices de aprovação após tomar posse no final de 2019.

“A avaliação positiva do desempenho do governo continua caindo, e as preocupações com a inflação continuam a atingir níveis recordes”, relatou a Synopsis Consultores.

A Argentina enfrenta uma inflação mínima projetada de 70% para 2022, déficits fiscais elevados, emissão monetária excessiva e um colapso do mercado, colocando a terceira maior economia da América Latina entre as piores das nações emergentes.

Uma fonte oficial disse à Reuters que a saída de Guzmán se deveu à falta de apoio político que ele sentiu para aprofundar uma série de medidas, em um momento em que o risco país alcançou um recorde histórico.

“O novo ministro precisa ter o apoio de Cristina (Kirchner), caso contrário, ele ou ela será um fracasso antes de tomar posse”, disse o analista político Lucas Romero.

Líderes financeiros da Argentina prometem programa fiscal “sustentável”

A nova ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, e o presidente do Banco Central do país, Miguel Pesce, prometeram seguir um “programa fiscal sustentável”, buscando responder às preocupações de investidores após a saída abrupta do ex-chefe da pasta econômica.

Batakis foi nomeada ministra da Economia depois que Martín Guzmán renunciou inesperadamente ao cargo no fim de semana, em meio a crescentes tensões dentro do governo sobre como lidar com a economia, preocupando investidores sobre uma possível mudança para conduta populista.

“Batakis e Pesce concordaram com a importância de continuar trabalhando em um programa fiscal sustentável e no acúmulo de reservas”, disse o Banco Central em comunicado, acrescentando que os dois também convergem sobre a necessidade de fortalecer os mercados de capitais locais.

Plebiscito em setembro vai definir se chilenos querem ou não uma nova Constituição

O texto da nova Constituição finalizado pelos 154 membros da assembleia constituinte do Chile foi entregue ao presidente Gabriel Boric.

O rito marca o fechamento de um ciclo de um ano de redação dos 390 artigos que pretendem substituir a atual constituição vigente, que foi promulgada pelo ditador Augusto Pinochet, em 1980.

A cerimônia ocorreu no antigo Congresso Nacional, no centro de Santiago, e o texto final foi entregue pelos atuais presidente e vice-presidente da assembleia, María Elisa Quinteros e Gaspar Domínguez.

Um plebiscito vai consultar os cidadãos chilenos sobre a nova constituição no dia 4 de setembro, e será o primeiro processo com voto obrigatório desde que se estabeleceu no país o voto voluntário, em 2012.

De acordo com a mais recente pesquisa da consultoria Cadem, realizada na última quinzena de junho, 47% dos possíveis votantes disseram que irão “rechaçar” a nova constituição, enquanto que 44% disseram que vão “aprovar” o texto.

Desde abril, as pesquisas de intenção de voto têm mostrado vantagem da opção de rejeição da nova constituição.

Outra pesquisa, organizada pela Fundação Instituto de Estudos Laborais, apontou tendência parecida: 42% dos entrevistados votariam pelo “rechaço”, enquanto que 38% aprovariam o texto da nova constituição.

Em discurso na TV, Boric afirmou que o mundo agora acompanha os passos chilenos. “A partir de agora, serão dois meses de ampla conversa sobre nosso futuro. A conversa está aberta. Neste novo projeto de constituição há mudanças e atualizações e também muitos elementos de continuidade com nossa tradição republicana e democrática. Independentemente das opções de cada grupo ou pessoa, somos capazes de instalar uma conversa livre de falsidades e desinformação. O mundo está nos observando”.

Trigo do Canadá atinge máxima de 9 anos com impulso dos preços

O Canadá, um grande exportador de trigo e canola, está se recuperando da grave seca do ano passado e espera suprir algumas das carências globais. Os agricultores canadenses plantaram a maior área de trigo nesta primavera em nove anos, uma vez que os gargalos no abastecimento global impulsionaram os preços dos grãos e dos alimentos, mostrou um relatório do governo.

Os agricultores semearam mais trigo e canola do que pretendiam inicialmente, de acordo com o Statistics Canada.

A guerra Rússia-Ucrânia bloqueou estoques ucranianos de trigo e óleo de girassol, impulsionando as cotações globais. O Canadá, um grande exportador de trigo e canola, está se recuperando da grave seca do ano passado e espera suprir algumas das carências globais que estão aumentando os riscos de fome.

O órgão canadense previu as plantações de todo o trigo do país em 25,4 milhões de acres, uma máxima desde 2013, ficando um pouco acima de sua estimativa de abril de 25 milhões. A área representa um aumento de 9% em relação ao ano passado e se situou na parte superior de uma série de estimativas da indústria.

O governo afirmou que os agricultores plantaram 21,4 milhões de acres de canola, mais do que eles pretendiam anteriormente quando a StatsCan previu 20,9 milhões de acres, mas quase 5% abaixo do ano passado.

Em ata, Fed sinaliza alta de juros de 50 ou 75 pontos-base na próxima reunião

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) consideram uma elevação de juros de 50 ou 75 pontos-base como “apropriada” na próxima reunião de política monetária, de acordo com a ata da reunião anterior do Fed, publicada na quarta-feira (06).

O documento mostra que, na avaliação dos dirigentes, o quadro econômico, com inflação bem acima da meta de 2%, exige uma “postura restrita” na política monetária.

Os dirigentes admitem que o aperto monetário pode reduzir o ritmo do crescimento da atividade “por um tempo”, mas consideram “crucial” que a inflação retorne à meta, a fim de que se possa conseguir máximo emprego “em uma base sustentada”.

Ao avaliar o quadro recente nos mercados, o Fed aponta que a trajetória implícita para os juros nos EUA avançou também nos horizontes mais longos. “Os participantes do mercado notaram incerteza elevada sobre a perspectiva econômica e da política monetária”, afirma ainda a ata.

A deterioração da situação da inflação e a preocupação com a perda de confiança no poder do Federal Reserve de torná-la melhor levaram as autoridades do Banco Central norte-americano a convergir em torno de um aumento desproporcional da taxa de juros e a uma repetição firme da intenção do BC de manter os preços sob controle, mostrou a ata da reunião de política monetária de 14 e 15 de junho.

Com base nos dados divulgados nos dias anteriores à sessão, “os participantes concordaram que as perspectivas de inflação de curto prazo se deterioraram desde o momento da reunião de maio”, afirma a ata, justificando o aumento de 0,75 ponto percentual nos juros e um movimento para uma política monetária “restritiva”.

S&P Global reafirma rating “BBB” do México e altera perspectiva de negativa para estável

A S&P Global Rating revisou a perspectiva estrutural do rating de longo prazo do México de negativa para estável. A agência também reafirmou a nota em moeda estrangeira em “BBB” e em moeda local em “BBB+”, ambos de longo prazo.

Em relatório, a instituição avalia que, apesar do choque global de preços e o crescente risco de recessão nos Estados Unidos, a execução “cautelosa” das políticas monetária e fiscal mexicanas deve continuar durante o governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, o que manterá a dívida pública estabilizada.

Com o cenário de polarização política no Congresso, a S&P não espera a aprovação de legislações que possam pesar sobre o ambiente de negócios.

“A perspectiva estável incorpora os complexos desafios fiscais na Petróleos Mexicanos e na Comissão Federal de Eletricidade, cautela na execução fiscal soberana, menos incerteza sobre a política energética e avanços no investimento do setor privado relacionado ao comércio”, avalia.

A agência prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) mexicano crescerá 1,7% este ano, 1,9% no próximo e 2,1% tanto em 2024 e em 2025.

Já o PIB per capita deve subir a US$ 10 mil em 2022, mas a economia do país ainda não atingiu os níveis pré-pandemia, de acordo com a análise.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (04), as bolsas europeias fecharam mistas, em uma sessão marcada por uma liquidez mais baixa devido ao feriado de Dia da Independência nos Estados Unidos, que mantém os mercados americanos fechados. As bolsas, que tentaram se recuperar das perdas recentes, foram favorecidas pela desaceleração da inflação ao produtor na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,53%, a 409,30 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,40%, a 5.954,65 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,31%, a 12.773,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,04%, a 6.054,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,17%, a 8.161,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,89%, a 7.232,65 pontos.

Na terça-feira (05), as bolsas europeias fecharam em queda, conforme a alta dos preços de energia alimentou preocupações com a inflação, o que fez o euro afundar em meio a temores de recessão, enquanto a concessionária de energia alemã Uniper estendeu sua queda em meio a preocupações com seu plano de resgate financeiro. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 2,11%, a 400,68 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 2,68%, a 5.794,96 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 2,91%, a 12.401,20 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,89%, a 5.879,42 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 2,48%, a 7.959,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 2,86%, a 7.025,47 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, o clima é de recuperação após as perdas da véspera, apesar de temores com a possibilidade de recessão ainda persistirem. Investidores monitoraram indicadores econômicos da região e a escalada de demissões de integrantes do governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,66%, a 407,34 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 2,03%, a 5.912,38 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,56%, a 12.594,52 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,08%, a 5.884,09 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,14%, a 7.948,60 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,17%, a 7.107,77 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, o clima é de recuperação após as perdas da véspera, apesar de temores com a possibilidade de recessão ainda persistirem. Investidores monitoraram indicadores econômicos da região e a escalada de demissões de integrantes do governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,97%, a 415,37 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,60%, a 6.006,70 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,97%, a 12.843,22 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,41%, a 5.967,19 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 2,19%, a 8.122,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,14%, a 7.189,08 pontos.

BCE vai reformular carteira de dívida corporativa para favorecer empresas mais verdes

O Banco Central Europeu planeja renovar gradualmente sua carteira de dívida corporativa de 344 bilhões de euros para favorecer empresas mais verdes, disse o banco na segunda-feira (04), dando mais um passo no alinhamento da política monetária com as metas da mudança climática.

O BCE já disse que a luta contra a mudança climática é crucial para manter a estabilidade financeira e seu braço de supervisão bancária tem pressionado os maiores credores do bloco para melhorar a gestão de risco e a divulgação.

Em um de seus maiores movimentos até agora, o BCE disse que, a partir de outubro, destinará os reinvestimentos da dívida corporativa para empresas com menores emissões de gases de efeito estufa, metas mais ambiciosas de redução de carbono e melhores divulgações relacionadas ao clima.

“O eurosistema irá gradualmente descarbonizar seus títulos corporativos e isto será feito destinando os resgates, que se espera que ultrapassem em média 30 bilhões de euros anuais nos próximos anos”, disse Isabel Schnabel, membro do Conselho do BCE.

O BCE comprou dívida corporativa durante grande parte da última década como parte de sua política monetária ultrafrouxa e, embora novas compras já tenham terminado, o dinheiro dos títulos vencidos será reinvestido no mercado indefinidamente.

O BCE, entretanto, não excluirá nenhuma empresa de sua carteira de investimentos, na esperança de dar um incentivo aos grandes poluidores.

“As empresas que hoje são as menos verdes terão que fazer a maior parte da transição, portanto, dissemos que as excluir completamente não é a abordagem correta”, disse Schnabel, chefe das operações de mercado do BCE. “Queremos dar a todas essas empresas um incentivo para se tornarem mais verdes.”

Ao tomar decisões reais de investimento, o BCE analisará o desempenho das empresas no passado, suas metas de redução de carbono planejadas e os dados divulgados publicamente.

O BCE somente confiará nas informações disponíveis ao público e não divulgará quais as carteiras que cortou ou aumentou.

Inflação anual da Turquia dispara para cerca de 79%

A taxa de inflação anual da Turquia saltou para uma máxima de 24 anos de 78,62% em junho, mostraram dados na segunda-feira (04), pouco acima das expectativas, impulsionada pelo impacto da guerra da Ucrânia, aumento dos preços das commodities e a queda na lira desde a crise em dezembro.

A inflação vem aumentando desde que a lira caiu depois de o Banco Central cortar gradualmente sua taxa de juros em 500 pontos base, para 14%, em um ciclo de flexibilização defendido pelo presidente Tayyip Erdogan para impulsionar o crescimento econômico.

Os últimos números mostraram que os preços ao consumidor subiram 4,95% em junho, ante expectativa em pesquisa da Reuters de 5,38%. Na base anual, a inflação ao consumidor era projetada em 78,35%.

A inflação dos preços ao consumidor em junho foi impulsionada pelos preços de transporte, que subiram 123,37%, e pelos preços de alimentos e bebidas não-alcoólicas, que saltaram 93,93%, mostraram dados do Instituto Turco de Estatística (TUIK).

Foi a maior taxa de inflação anual desde setembro de 1998, quando ela atingiu 80,4% e a Turquia estava lutando para encerrar uma década de inflação cronicamente alta.

A inflação tem sido alimentada este ano também pelas consequências econômicas da invasão russa da Ucrânia.

Erdogan disse na semana passada que espera que a inflação desça para níveis “apropriados” até fevereiro-março do próximo ano. O Banco Central, que manteve a taxa de juros em 14%, disse que a inflação cairá para 42,8% até o final de 2022.

Confiança do investidor da zona do euro cai com piora das expectativas, diz Sentix

A confiança dos investidores da zona do euro caiu neste mês para seu nível mais baixo desde maio de 2020, indicando uma recessão “inevitável” no bloco monetário de 19 países, mostrou uma pesquisa.

O índice Sentix para a zona do euro caiu para -26,4 de -15,8 em junho. Pesquisa da Reuters apontava para uma leitura de -19,9 em julho.

“A crise energética … está levando a distorções econômicas consideráveis”, disse Manfred Huebner, diretor administrativo do Sentix, em comunicado.

“Em todos os aspectos, a dinâmica lembra a crise do ano de 2008, e o que era então o colapso do sistema financeiro é agora o perigo do colapso do abastecimento energético europeu”, acrescentou ele.

A Alemanha, a maior economia da Europa, passou no mês passado para a segunda fase de seu plano emergencial de gás de três níveis depois que a Rússia reduziu as entregas através do gasoduto Nord Stream 1.

O subíndice da Sentix sobre a situação atual na zona do euro caiu para seu ponto mais baixo desde março de 2021, enquanto o subíndice de expectativas foi ao patamar mais fraco desde dezembro de 2008.

Alemanha registra primeiro déficit comercial em 30 anos com crise de energia

A Alemanha registrou seu primeiro déficit comercial em mais de 30 anos em maio, diante da disparada das suas importações de petróleo e gás por causa da guerra da Rússia na Ucrânia.

A maior economia da Europa, cujo modelo econômico foi construído com base em superávits comerciais consideráveis após a Segunda Guerra Mundial, teve um déficit de 1 bilhão de euros em maio, por conta do aumento de quase 28% em sua conta de importações, em comparação com o mesmo período do ano passado. As importações subiram 2,7% em abril.

Ao mesmo tempo, as exportações caíram 0,5% pela terceira vez em cinco meses, em termos ajustados, porém, mesmo assim, sobem 11,7% no ano.

Os dados ilustram de maneira veemente os problemas enfrentados pela Alemanha, cuja dependência à energia russa foi brutalmente exposta pela guerra. O déficit deve se ampliar em junho, refletindo um corte de 60% na oferta de gás da Rússia, que forçou os importadores a cobrirem suas obrigações comprando no mercado à vista a preços muito mais elevados. Diversos analistas alemães temem uma completa parada do fornecimento russo no segundo semestre do ano.

A notícia saiu no início de um dia em que o chanceler alemão, Olaf Scholz, deve realizar tratativas de crise com sindicatos e representantes de trabalhadores em Berlim sobre o estado da economia.

“Indústrias inteiras sofrem o risco de colapsar para sempre por causa dos gargalos do gás”, afirmou Yasmin Fahimi, que está à frente da Federação de Sindicatos da Alemanha, em entrevista ao jornal Bild am Sonntag no fim de semana, destacando as indústrias de químicos, fabricação de vidro e alumínio, grandes fornecedoras do setor automotivo. “Tal colapso teria graves consequências para toda a economia e os empregos na Alemanha”, concluiu.

O euro já recuou cerca de 7,4% contra o dólar desde o início da guerra, atingindo a mínima de cinco anos em maio.

Crescimento dos negócios da zona do euro desacelera com força em junho, diz PMI

O crescimento dos negócios em toda a zona do euro desacelerou ainda mais no mês passado, de acordo com uma pesquisa na qual os indicadores antecedentes sugerem que a região poderia entrar em declínio neste trimestre já que a crise do custo de vida mantém os consumidores cautelosos.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) Composto final da S&P Global, visto como um bom guia para a saúde econômica, caiu para uma mínima de 16 meses de 52,0 em junho em relação aos 54,8 de maio, pouco acima da preliminar de 51,9. Qualquer coisa acima de 50 indica crescimento.

“A forte deterioração da taxa de crescimento da atividade empresarial da zona do euro aumenta o risco de a região cair em declínio econômico no terceiro trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global.

“O setor manufatureiro já está em declínio, pela primeira vez em dois anos, e o setor de serviços sofreu uma acentuada perda de impulso de crescimento em meio à crise do custo de vida. Os gastos das famílias com bens e serviços não essenciais sofreram uma pressão especial devido ao aumento dos preços”

O PMI do setor de serviços afundou de 56,1 para 53,0, apesar de um pouco acima da preliminar de 52,8. O PMI da indústria divulgado na semana passada mostrou que a produção industrial caiu em junho pela primeira vez desde a onda inicial da pandemia de Coronavírus dois anos atrás.

Enquanto isso, embora as pressões inflacionárias tenham se moderado um pouco no mês passado, o subíndice de preços de produção de serviços permaneceu perto de um recorde de 63,2, abaixo dos 64,6 de maio.

Encomendas à indústria da Alemanha têm leve alta em maio e invertem tendência

As encomendas à indústria da Alemanha tiveram leve alta em maio, superando as expectativas e revertendo a tendência após três meses consecutivos de declínios devido à guerra na Ucrânia, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (06).

As encomendas à indústria da Alemanha tiveram leve alta em maio, superando as expectativas e revertendo a tendência após três meses consecutivos de declínios devido à guerra na Ucrânia, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira.

As encomendas de bens industriais aumentaram 0,1% em maio sobre o mês anterior em termos sazonalmente ajustados, após uma queda revisada para cima de 1,8% em abril, mostraram números da Agência Federal de Estatística mostraram.

Pesquisa da Reuters com analistas apontavam expectativa de recuo de 0,6% no mês.

Apesar da estabilização, o Ministério da Economia não viu motivos para otimismo, citando a incerteza contínua causada pela guerra da Ucrânia e a ameaça de um congelamento no fornecimento de gás russo.

As encomendas para exportação cresceram 1,3% em maio em comparação com o mês anterior, com aquelas de fora da zona do euro crescendo 3,7%. Isso contrastou com uma queda nas encomendas internas de 1,5% e o recuo nos de 2,4% nos novos pedidos da zona do euro de 2,4%.

Economista-chefe do BC britânico diz não ver crescimento da economia e alerta para altas fortes de juros

O economista-chefe do Banco Central britânico, Huw Pill, alertou na quarta-feira (06) que a economia do Reino Unido vai desacelerar ao longo dos próximos 12 meses e repetiu sua preferência por uma abordagem “de mão firme” para aumentar a taxa de juros.

Com a inflação caminhando para os dois dígitos e o crescimento da economia perdendo força rapidamente, Pill disse que o Banco da Inglaterra está tentando traçar um caminho estreito entre essas duas forças e fazer com que o aumento dos preços ao consumidor volte para sua meta de 2%.

Instituições internacionais, como o Fundo Monetário Internacional e a OCDE, dizem que o Reino Unido é mais suscetível à recessão e à inflação persistentemente alta do que outros países ocidentais que se debatem com choques nos mercados globais de energia e commodities.

A turbulência política com o primeiro-ministro Boris Johnson se recuperando da renúncia de seus ministros da Saúde e das Finanças na terça-feira (05), aumentou a sensação de tumulto no Reino Unido.

“Não esperamos realmente ver nenhum crescimento na economia ao longo do próximo ano”, disse Pill após um discurso em uma conferência organizada pelo King’s College London’s Qatar Centre for Global Banking & Finance.

No mês passado, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra disse que estava pronto para “agir com força se necessário” para enfrentar a inflação que provavelmente irá exceder 11% este ano.

Por enquanto, ele manteve sua abordagem preferida “de mão firme” e alertou que grandes movimentos na taxa de referência do Banco Central poderiam ser contraproducentes.

“Movimentos ousados isolados podem ser perturbadores em termos de seu impacto sobre os mercados financeiros”, disse Pill, respondendo às perguntas do público.

Boris Johnson renuncia e Reino Unido terá um novo primeiro-ministro

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson anunciou na quinta-feira (07) sua renúncia à liderança do Partido Conservador, o que abre o caminho para que o partido faça uma eleição interna para escolher um novo líder e, consequentemente, um novo primeiro-ministro.

Johnson permanecerá no cargo até a escolha do novo premiê.

“Está clara agora a vontade do partido conservador que haja um novo líder desse partido e, portanto, um novo primeiro-ministro”, disse ele no início de seu discurso.

“Eu concordei com Sir Graham Brady, líder dos parlamentares, que o processo de escolha desse novo líder deveria começar agora e o cronograma será anunciado na próxima semana”, disse. “E hoje eu nomeei um Gabinete para servir, como farei, até que um novo líder esteja no lugar”.

A renúncia ocorre após uma intensa crise no governo que fez com que mais de 50 membros, entre ministros, secretários e auxiliares, deixassem seus postos alegando “falta de confiança” em sua gestão.

A crise foi desencadeada após apresentar desculpas pela enésima vez, ao admitir que cometeu um “erro” por ter nomeado para um cargo parlamentar importante Chris Pincher, um conservador que renunciou na semana passada e reconheceu ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.

Johnson sobreviveu ao voto de desconfiança movido pelo partido no mês passado em decorrência do processo do “partygate”, que avaliou festas em Downing Street, sede do poder britânico, durante o lockdown nacional pela Covid-19. Por isso, Boris Johnson estava imune a um novo voto de desconfiança por mais um ano. Mas essa garantia não foi o suficiente.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (04), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após a China decretar restrições à mobilidade em duas regiões que enfrentam um surto de Coronavírus. As medidas reavivam as incertezas sobre a rígida estratégia de Pequim no combate à doença, que tem provocado considerável desaceleração da segunda maior economia do planeta. O índice Xangai teve alta de 0,53%, a 3.405,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,84%, a 26.153,81 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,13%, a 21.830,35 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,66%, a 4.496,03 pontos.

Na terça-feira (05), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após novos dados de atividade confirmarem que a economia chinesa voltou a se expandir e em meio a esperanças de que os EUA possam cortar tarifas para produtos da China. O índice Xangai teve queda de 0,04%, a 3.404,03 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,03%, a 26.423,47 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,10%, a 21.853,07 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,14%, a 4.489,54 pontos.

Na quarta-feira (06), as bolsas asiáticas fecharam mistas, em meio a temores renovados com a situação da Covid-19 na China e a possibilidade de uma recessão mundial. Embora investidores venham tentando precificar que o pior da pandemia na China já passou, qualquer leve avanço nos casos vai trazer à tona os riscos de restrições econômicas, o que levará à reversão de algumas apostas de alta. O índice Xangai teve queda de 1,43%, a 3.355,35 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,20%, a 26.107,65 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,22%, a 21.586,66 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,46%, a 4.423,97 pontos.

Na quinta-feira (07), as bolsas asiáticas fecharam em alta, seguindo Wall Street, que encerrou os negócios de quarta-feira (06) em leve tom positivo após a última ata de política monetária do Federal Reserve não trazer novidades. O índice Xangai teve alta de 0,27%, a 3.364,40 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,47%, a 26.490,53 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,26%, a 21.643,58 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,44%, a 4.443,47 pontos.

Cingapura não espera recessão ou estagflação em 2023, mas ventos contrários significativos permanecem

Cingapura não espera que sua economia entre em recessão ou estagflação no próximo ano, disse o ministro de Estado do Comércio e Indústria Alvin Tan no Parlamento na segunda-feira (04), embora tenha alertado que, globalmente, permanecem ventos contrários “significativos”.

Até agora este ano, a atividade econômica local permaneceu “resiliente” apesar do aumento da inflação, acrescentou ele em resposta a perguntas parlamentares de parlamentares (MPs) sobre as perspectivas econômicas.

A atual previsão de crescimento para 2022 é que a economia de Cingapura se expanda no limite inferior de uma faixa de 3% a 5%. No próximo ano, os formuladores de políticas “esperam que o crescimento se modere ainda mais”, mas “não esperam uma recessão ou estagflação” neste estágio, disse Tan.

A estagflação, uma combinação de estagnação econômica e inflação, refere-se a uma situação em que uma economia enfrenta os desafios duplos de crescimento econômico lento e desemprego em meio à inflação crescente.

Dito isso, Tan observou que riscos “significativos” permanecem na economia global, como novas escaladas no conflito Rússia-Ucrânia, interrupções mais graves no fornecimento global, aperto da política monetária mais rápido do que o esperado nas economias avançadas e a Covid-19.

Cingapura, sendo uma economia pequena e aberta, não pode ser isolada de desenvolvimentos cada vez mais desafiadores no ambiente externo, acrescentou.

Em particular, o país experimentou um aumento significativo na inflação devido ao aumento dos custos de alimentos e energia.

“A inflação deve aumentar ainda mais nos próximos meses, mas deve começar a moderar no final do ano se as pressões inflacionárias externas retrocederem”, disse Tan.

Hacker alega ter roubado 1 bilhão de registros de cidadãos chineses da polícia

Um hacker alegou ter obtido uma coleção de informações pessoais da polícia de Xangai sobre 1 bilhão de cidadãos chineses, o que especialistas em tecnologia dizem que, se for verdade, seria uma das maiores violações de dados da história.

O internauta anônimo, identificado como ChinaDan, postou no fórum de hackers Breach Forums na semana passada oferecendo a venda de mais de 23 terabytes (TB) de dados por 10 bitcoins, o equivalente a cerca de US$ 200.000.

“Em 2022, o banco de dados da Polícia Nacional de Xangai (SHGA) vazou. Esse banco de dados contém muitos TB de dados e informações sobre bilhões de cidadãos chineses”, disse o post.

“Os bancos de dados contêm informações sobre 1 bilhão de residentes nacionais chineses e vários bilhões de registros de casos, incluindo: nome, endereço, local de nascimento, número de identidade nacional, número de celular, todos os detalhes do crime/caso”.

A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade da postagem.

O governo de Xangai e o departamento de polícia não responderam aos pedidos de comentários na segunda-feira (04).

A Reuters também não conseguiu alcançar o autoproclamado hacker, ChinaDan, mas a postagem foi amplamente discutida nas plataformas de mídia social chinesas Weibo e WeChat no fim de semana, com muitos usuários preocupados que pudesse ser real.

Banco Central da China atualiza swap de moeda com HKMA e expande tamanho

O Banco Central da China disse que atualizou um mecanismo de troca de moeda com Hong Kong para um acordo permanente e ampliou o tamanho para 800 bilhões de yuans (US$ 119,40 bilhões) de 500 bilhões de yuans.

O acordo, assinado pelo Banco Popular da China (PBOC) e a Autoridade Monetária de Hong Kong, é o primeiro acordo de troca permanente do PBOC, de acordo com um comunicado publicado em seu site.

O PBOC disse que o acordo atualizado pode fornecer suporte de liquidez de longo prazo ao mercado de Hong Kong, ajudar a estabilizar as expectativas do mercado e promover o desenvolvimento do mercado offshore de yuans de Hong Kong.

O acordo ocorreu no momento em que Hong Kong comemora 25 anos desde seu retorno ao domínio chinês.

“Este ano marca o 25º aniversário do retorno de Hong Kong à pátria. A assinatura do acordo ajudará a consolidar o status de Hong Kong como um centro financeiro global e promoverá o desenvolvimento próspero e de longo prazo do setor financeiro de Hong Kong”, diz um texto separado.

O presidente da China, Xi Jinping, disse na quinta-feira, durante uma rara visita ao centro financeiro global, que a cidade superou seus desafios e “ressuscitou das cinzas”.

Xi também disse que a China apoiará o papel de Hong Kong como um centro internacional de finanças e comércio.

Os reguladores da China continental e de Hong Kong também criarão um novo programa para permitir o acesso mútuo entre os mercados de swap de taxas de juros de Hong Kong e do continente, disseram eles em comunicado conjunto.

Atividade de serviços da China tem em junho maior expansão em quase um ano, mostra PMI do Caixin

A atividade de serviços da China entrou interrompeu três meses de declínios em junho e cresceu ao ritmo mais rápido em quase um ano, já que a flexibilização das restrições contra a Covid-19 reanimou a demanda, embora as empresas tenham permanecido cautelosas quanto às contratações, mostrou uma pesquisa do setor privado na terça-feira (05).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços subiu para 54,5 em junho, indicando o crescimento mais rápido desde julho do ano passado e a primeira expansão desde fevereiro.

Em maio o índice havia ficado em 41,4. A marca de 50 pontos separa o crescimento da contração numa base mensal.

Os resultados positivos estão em linha com os de uma pesquisa oficial que mostrou que o setor de serviços registrou a recuperação mais rápida em 13 meses, com setores que foram duramente atingidos pelas restrições contra a Covid, como o varejo e o transporte rodoviário, alcançando a demanda anteriormente deprimida.

A pesquisa do Caixin desta terça-feira mostrou que o subíndice para novos negócios saltou para 52,4, o maior deste ano, de 44,8 no mês anterior, enquanto a queda nos pedidos de exportação também diminuiu. As pressões sobre os preços também mostraram alívio, com os preços de insumos praticamente inalterados em relação ao mês anterior.

Entretanto, o emprego continuou a diminuir em junho pelo sexto mês consecutivo, com empresas de serviços citando iniciativas de redução de custos e demissões em meio à Covid.

Vendas no varejo de Cingapura aumentam 17,8% em maio, acima da base baixa em 2021

As vendas no varejo de Cingapura em maio aumentaram 17,8% em relação ao ano anterior, ampliando o aumento de 12,1% em abril, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Estatística (SingStat) na terça-feira (05).

“O aumento ano a ano nas vendas no varejo em maio de 2022 foi atribuído principalmente à base baixa em maio de 2021, quando medidas como restrições de viagens internacionais estavam em vigor”, disse a SingStat.

Em maio passado, o tamanho das reuniões de grupo permitidas foi reduzido de cinco para duas pessoas, após um aumento nos casos comunitários da Covid-19. O jantar também foi suspenso.

Excluindo veículos automotores, as vendas no varejo aumentaram 22,6%, acima do aumento de 17,4% em abril.

A maioria das indústrias de varejo registrou um aumento nas vendas em maio em comparação com um ano atrás.

Indústrias discricionárias, como vestuário e calçados, tiveram aumento de 98,2%. As lojas de departamento registraram um salto de 73,1% nas vendas, enquanto os relógios e joias tiveram um crescimento de 60,7%.

No entanto, as vendas de veículos a motor caíram 10,2 por cento. Supermercados e hipermercados, bem como minimercados e lojas de conveniência também registraram menores vendas, caindo 10,3% e 4,8%, respectivamente.

O valor total das vendas no varejo em maio foi estimado em US$ 3,9 bilhões, com vendas no varejo online representando cerca de 12%, abaixo dos 12,4% registrados no mês anterior.

As vendas de serviços de alimentação e bebidas cresceram 40,1% em maio em relação ao ano anterior, em comparação com o aumento de 11,6% no mês anterior.

“O crescimento significativo nas vendas de alimentos e bebidas em maio de 2022 foi atribuído principalmente à base baixa em maio de 2021, quando as medidas da Fase 2 (alerta intensificado) estavam em vigor, com refeições em estabelecimentos de alimentos e bebidas não permitidas durante metade do mês”, disse a SingStat.

China planeja fundo de infraestrutura de US$ 75 bilhões para revitalizar economia, dizem fontes

A China criará um fundo estatal de investimento em infraestrutura no valor de 500 bilhões de iuanes (74,69 bilhões de dólares) para estimular gastos com infraestrutura e reanimar uma economia em desaceleração, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.

A segunda maior economia do mundo iniciou uma recuperação lenta ante os choques de oferta causados por extensos lockdowns no segundo trimestre, embora persistam vários desafios ao crescimento, incluindo um mercado imobiliário ainda frio, gastos moderados do consumidor e o medo de ondas recorrentes de infecções por Covid-19.

O fundo de investimento deve ser criado no terceiro trimestre, disseram as fontes, sem fornecer mais detalhes.

O Ministério das Finanças e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China não responderam imediatamente a pedidos de comentário da Reuters.

A China anunciou uma série de medidas de apoio econômico nas últimas semanas, embora analistas digam que a meta oficial de crescimento de cerca de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano será difícil de alcançar sem o fim da estrita estratégia de “Covid zero” do país asiático.

Banco Central do Japão vai revisar para cima previsão de inflação

O Banco do Japão deve aumentar sua previsão de inflação, mas manter os juros ultrabaixos na reunião de política monetária deste mês, disseram fontes, uma vez que os temores de recessão nos Estados Unidos e o aumento dos custos de insumos afetam as perspectivas para sua frágil recuperação econômica.

Em um relatório trimestral a ser divulgado na reunião de 20 e 21 de julho, o Banco Central japonês provavelmente projetará que o núcleo da inflação ao consumidor vai superar ligeiramente a meta de 2% no atual ano fiscal que termina em março de 2023, acima da previsão atual de 1,9% feita em abril, segundo as fontes.

O banco pode também oferecer uma visão mais otimista sobre as expectativas de inflação em comparação com a avaliação atual de que elas estão “subindo principalmente no horizonte de curto prazo”, disseram as fontes.

Mas com a inflação ainda muito mais modesta do que nos países ocidentais, o Banco do Japão vê pouca necessidade de ajustar sua postura “dovish” da política monetária, ou mais inclinada a estímulos, permanecendo isolado entre uma onda global de bancos centrais que estão aumentando os juros, disseram três fontes familiarizadas com seu pensamento.

“Os aumentos de preços estão se ampliando e as expectativas de inflação estão aumentando. Mas a incerteza econômica é muito alta”, disse uma das fontes, com uma visão ecoada por uma segunda.

“O que é importante é que os salários e os preços dos serviços aumentem mais, o que dependerá em grande parte da força da economia no futuro”, disse uma terceira fonte.

O Banco do Japão deverá projetar que o núcleo da inflação vai desacelerar para cerca de 1% no ano fiscal de 2023 à medida que o efeito do aumento dos custos de combustível se dissipar, disseram as fontes.

A previsão de crescimento econômico deste ano fiscal deve ainda ser reduzida frente aos atuais 2,9%, refletindo principalmente o impacto na produção das interrupções de fornecimento causadas pelos estritos lockdowns Covid-19 da China, disseram eles.

Analistas consultados pela Reuters preveem que a economia do Japão vai expandir 2,2% e que o núcleo da inflação atingirá 2,1%, no atual ano fiscal.

Empréstimos imobiliários de bancos sauditas crescem para US$ 161 bilhões no primeiro trimestre

Os empréstimos imobiliários dos bancos sauditas testemunharam um aumento anual de SR131 bilhões (US$ 34,9 bilhões) para SR605,5 bilhões no primeiro trimestre de 2022, de SR474,5 durante o mesmo período do ano passado, de acordo com os números mais recentes divulgado pelo Banco Central Saudita, também conhecido como SAMA. Dados compilados pela Arab News mostram um crescimento anual de 27,6% no total de empréstimos imobiliários, mas a taxa de crescimento diminuiu em comparação com 44,1% no mesmo período do ano passado.

Em uma base trimestral, o crédito total de empréstimo aumentou em 36,7 bilhões de SR, ou 6,4% no primeiro trimestre de 2022, de 568,9 bilhões de SR no quarto trimestre de 2021. O crédito de empréstimo cresceu pelo 15º mês consecutivo.

Na repartição dos empréstimos imobiliários, 79% dos empréstimos foram concedidos a particulares e os restantes 21% constituíam empréstimos a empresas.

Em uma base anual, o segmento de varejo apresentou um aumento de 33% em relação ao ano anterior, enquanto os empréstimos corporativos cresceram 11%.

Além disso, o valor total dos empréstimos imobiliários concedidos a pessoas físicas registrou um crescimento trimestral de 6,8% para SR476,2 bilhões, enquanto os empréstimos corporativos aumentaram 5,1% no mesmo período.

Nos últimos dois anos, os empréstimos corporativos sofreram uma queda de 10 pontos percentuais em termos de participação no total de empréstimos imobiliários dos bancos sauditas. Seria pertinente mencionar aqui que qualquer percentual perdido no setor corporativo significa um percentual ganho no segmento de varejo.

Independentemente disso, os empréstimos corporativos parecem estar em alta, já que cresceram 3,2 pontos percentuais neste trimestre. Este é um crescimento de 5,1% no primeiro trimestre de 2022 contra um crescimento de 1,9% registrado no quarto trimestre de 2021.

Rei Salman aprova US$ 5,32 bilhões para ajudar cidadãos afetados pelo aumento dos preços globais de commodities

O rei Salman, da Arábia Saudita, emitiu uma ordem real aprovando a alocação de SR20 bilhões (US$ 5,32 bilhões) para ajudar os cidadãos a mitigar os impactos do aumento dos preços globais.

Metade do dinheiro destinado será destinado aos beneficiários do seguro social e ao Programa Conta do Cidadão.

Mais cedo, ao presidir uma reunião do Conselho de Assuntos Econômicos e de Desenvolvimento, o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman enfatizou a necessidade de se concentrar nos cidadãos mais necessitados do Reino, após o aumento do custo de algumas necessidades básicas.

Ele enfatizou os importantes papéis dos ministérios e agências governamentais no monitoramento dos desenvolvimentos internacionais, informou a Agência de Imprensa Saudita.

Inclui questões relacionadas às cadeias de abastecimento de alimentos, monitoramento de mercados, disponibilidade de produtos e níveis de preços, proteção e incentivo à concorrência leal, bem como combate e prevenção de práticas monopolistas que afetem a concorrência legítima ou o interesse dos consumidores.

Durante a reunião realizada em Jeddah, o conselho analisou várias questões econômicas e de desenvolvimento. Os ministérios do comércio, meio ambiente, água e agricultura e economia e planejamento fizeram uma apresentação conjunta sobre os níveis de preços de diferentes produtos no Reino.

O Ministério da Saúde também informou o conselho sobre os desenvolvimentos relacionados à doença de Coronavírus. A apresentação do ministério incluiu uma atualização após a decisão de suspender as medidas de precaução relacionadas a Covid-19 e atualizações sobre a administração de vacinas. O conselho também foi informado sobre os preparativos do Hajj deste ano e o estado da situação epidemiológica internacionalmente.

O órgão superior também deu seguimento à apresentação periódica apresentada pelo Ministério da Economia e Planeamento contendo a análise das atividades económicas e o impacto da pandemia.

O conselho tomou as recomendações necessárias sobre essas questões, disse a SPA.

Primeiro-ministro de Israel visita a França com agenda de destaque da disputa de gás no Líbano

O primeiro-ministro israelense Yair Lapid partiu em sua primeira viagem ao exterior no cargo na terça-feira (05) para a França, onde pedirá apoio em uma disputa de gás com o Líbano que dias atrás viu Israel derrubar três drones do Hezbollah.

Lapid assumiu o cargo de primeiro-ministro na sexta-feira após o colapso do governo de coalizão de Israel, que fará com que o país retorne às urnas em novembro para sua quinta eleição em menos de quatro anos.

O novo líder foi confrontado com seu primeiro teste um dia depois, quando o movimento libanês Hezbollah lançou três drones em direção a um campo de gás offshore no Mediterrâneo oriental.

Falando antes de sua partida de Tel Aviv, Lapid disse que abordará o assunto com o presidente francês Emmanuel Macron.

“Também discutiremos, é claro, o que ocorreu recentemente na costa do Líbano”, disse Lapid.

“Houve repetidos ataques a plataformas de gás israelenses. Israel não aceitará esse tipo de ataque à sua soberania”.

O Líbano rejeita a afirmação de Israel de que o campo de gás Karish está dentro de suas águas territoriais.

Israel e Líbano retomaram as negociações em sua fronteira marítima em 2020, embora o local de Karish fique fora da área disputada e seja marcado como israelense em mapas anteriores das Nações Unidas.

As negociações apoiadas pelos EUA foram paralisadas pela exigência de Beirute de que os mapas da ONU fossem modificados.

Os apoiadores do Hezbollah, o Irã, também estarão na agenda das negociações bilaterais em Paris, já que Israel se opõe firmemente aos esforços internacionais para reviver um acordo nuclear com Teerã.

“É importante que nossa posição contra este acordo seja ouvida”, disse Lapid na terça-feira (05).

Autoridades israelenses temem que o alívio das sanções ao Irã em troca de restrições em seu programa nuclear possa permitir que Teerã aumente o financiamento ao Hezbollah, bem como ao grupo militante palestino Hamas.

Um alto funcionário israelense disse que a questão do gás do Líbano estará no topo da agenda durante as negociações no Palácio do Eliseu em Paris.

“Vamos pedir à França que intervenha para garantir as negociações que queremos liderar até o fim das questões do gás”, disse o funcionário a jornalistas que viajam com o primeiro-ministro.

A visita de Lapid a Paris ocorre dias antes da viagem do presidente dos EUA, Joe Biden, a Israel e aos territórios palestinos, antes de voar para a Arábia Saudita para negociações sobre energia.

Saudi Aramco assina 55 acordos em uma grande expansão de seu programa de investimento industrial

A Saudi Aramco assinou 55 acordos nos setores de sustentabilidade, digital, industrial, manufatura e inovação social, como parte de uma grande expansão de seus programas de investimento industrial Namaat.

Crescendo de 32 para 55 investimentos desde o ano passado, o Namaat apoia parcerias de investimento industrial para criar empregos para os sauditas e contribuir para o crescimento nacional e capacitação, de acordo com um comunicado.

“A Namaat permite que a Aramco seja um catalisador de mudanças na economia do Reino, mantendo nossa confiabilidade como fornecedor global de energia em um momento de incerteza do mercado”, disse Ahmad Al-Sa’adi, vice-presidente sênior de serviços técnicos da Aramco.

Reforçando a estratégia de crescimento de longo prazo da Aramco e as cadeias de valor de energia e produtos químicos em expansão do Reino, os acordos incluem:

– Honeywell, para estabelecer uma Joint Venture para desenvolver e implementar soluções de tecnologia digital em instalações industriais.

– Armorock e AlKifah Precast, para estabelecer uma joint venture para localizar o uso de polímeros na produção de concreto.

– Shell & AMG Recycling e United Company for Industry, a assinatura do contrato de venda de concentrado de vanádio, permitindo a construção de uma instalação de recuperação de metais e fabricação de catalisadores no Reino.

Além do acordo do conglomerado saudita Al Rushaid Group entre ARPIC, Samsung e Aramco para criar uma joint venture nacional de engenharia, aquisição e construção na Arábia Saudita.

A nova Joint Venture EPC visa aumentar os níveis de Saudização e implantar tecnologias de construção líderes em alinhamento com o programa Saudi Aramco Namaat.

Startups da MENA levantam US$ 1,8 bilhão no primeiro semestre de 2022

As startups na região do Oriente Médio e Norte da África arrecadaram US$ 1,8 bilhão no primeiro semestre de 2022, atingindo uma alta histórica de US$ 974 milhões apenas no primeiro trimestre, disse um relatório da MAGNiTT.

A região viu três startups nas 10 principais rodadas de investimento na região MENA, Paquistão, Turquia e África Subsaariana, graças à Foodics da Arábia Saudita, Pure Harvest Smart Farms dos Emirados Árabes Unidos e Rain do Bahrain.

O relatório também indicou que 33 fusões e aquisições foram registradas na região MENA.

O setor de fintech continuou sendo o setor de maior atração de capital, arrecadando quase US$ 1,7 bilhão e respondendo por 34% do financiamento total garantido em todos os mercados. Transporte e logística e comércio eletrônico ficaram em segundo e terceiro lugar, cada um levantando, respectivamente, US$ 1 bilhão e US$ 501 milhões.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
08/07/2022