Cenário Econômico Nacional – 22/08/2022

Cenário Econômico Nacional – 22/08/2022

Cenário Econômico Nacional – 22/08/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

IBC-Br: Prévia do PIB sobe 0,69% em junho, bem acima das previsões

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,69% em junho na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo BC na segunda-feira (15).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de um crescimento de 0,25% no mês, e o resultado levou o índice a fechar o segundo trimestre com expansão de 0,57% sobre os três meses anteriores.

Na comparação com junho do ano anterior, o IBC-Br registrou alta de 3,09%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,18%, de acordo com números observados.

Previsão para inflação continua em queda, enquanto Selic permanece estável

O cenário para o PIB e a inflação estão um pouco mais positivos, segundo os economistas consultados pelo Banco Central para o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 15, enquanto o dólar e a Selic permanecem estáveis novamente.

Confira abaixo as expectativas para IPCA, PIB, Selic e dólar:

Inflação

Os economistas consultados reduziram as estimativas para o IPCA neste ano de 7,11% para 7,02%, enquanto há quatro semanas estavam em 7,54%. Essa é a 7ª semana seguida de queda, mas a estimativa do IPCA continua acima tanto da meta de 3,5% como do teto de 5%.

A projeção para 2023 do IPCA, cujo centro da meta será de 3,25%, passou de 5,36% para 5,38%, enquanto para 2024, as estimativas passaram de 3,30% para 3,41%.

Para 2025, as perspectivas continuaram em 3%.

Selic

A taxa Selic não sofreu alterações nesta semana, com a expectativa para 2022 permanecendo em 13,75% pela 8ª semana seguida. O mesmo aconteceu com as previsões para 2023, que permaneceram em 11%.

Para 2024, a perspectiva se manteve em 8% e para 2025, continuou em 7,50%.

PIB

Os economistas subiram as expectativas para o PIB em 2022 de 1,98% para 2%, enquanto há quatro semanas estavam em 1,75%. Para 2023, a previsão também subiu de 0,40% para 0,41%, e para 2024, passou de 1,70% para 1,80%.

Para 2025, as previsões permaneceram em 2%.

Mercado prevê crescimento de 2% da economia brasileira neste ano

Pela sétima semana seguida, os analistas do mercado financeiro consultados pelo BC (Banco Central) elevaram as previsões de alta do PIB (Produto Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, neste ano.

Com a nova atualização, a projeção de crescimento econômico subiu de 1,98% para 2%. Há quatro semanas, a expectativa era de uma alta na casa dos 1,75%, conforma dados divulgados pelo Relatório Focus.

As novas previsões acontecem com uma perspectiva maior de investimento direto no Brasil, de US$ 57,2 bilhões para US$ 58 bilhões. Para a balança comercial, a nova expectativa sinaliza um saldo de exportações US$ 66,4 bilhões maior do que as importações, volume menor do que o previsto na última semana (US$ 68 bilhões).

A aposta mais otimista para o desempenho da economia nacional neste ano veio também seguida por expectativas melhores para 2023 e 2024, com as expectativas passando, respectivamente, de, 5,36% para 5,38% e de 3,3% para 3,41%. Já para 2025, a previsão de crescimento econômico do Brasil permanece estável em 2% há 40 semanas.

Governo vai reduzir projeção para balança comercial em 2022, mas vê recorde em exportações

O Ministério da Economia revisará mais uma vez para baixo sua projeção para o desempenho da balança comercial neste ano, diante de reflexos da guerra na Ucrânia, que estão provocando forte alta dos valores importados pelo país, de acordo com uma fonte da equipe econômica.

Embora também esteja sendo impulsionado por preços mais altos, o ritmo das exportações está crescendo em velocidade inferior. Mesmo assim, as vendas do Brasil devem encerrar o ano em patamar recorde, disse a autoridade à Reuters.

Segundo o relato, a estimativa para a balança no fechamento de 2022 ficará abaixo dos 81,5 bilhões de dólares previstos em julho pela pasta, mas ainda é possível que o resultado do ano supere o superávit recorde de 61,4 bilhões de dólares registrado no ano passado.

“A exportação está crescendo como a gente previa. Exportamos 280 bilhões de dólares ano passado, este ano achamos que chega em 350 bilhões de dólares, está acontecendo exatamente como na projeção. O que está descolando é a importação”, disse essa autoridade, que falou sob condição de anonimato porque as previsões não são públicas.

As importações brasileiras têm sido especialmente impactadas pelo aumento expressivo nos preços de fertilizantes e combustíveis em meio ao conflito no leste europeu.

No acumulado de janeiro a julho, as importações de adubos e fertilizantes cresceram 175,3% na comparação com o mesmo período de 2021, enquanto foi observada uma alta de 98,5% nas compras de óleos brutos de petróleo e de 106,9% de gás natural, segundo dados do Ministério da Economia.

Em maio, a pasta chegou a projetar um saldo positivo de 111,6 bilhões de dólares para a balança brasileira no ano, mas a estimativa foi revista para 81,5 bilhões de dólares em julho, já com previsão de alta nas importações desses insumos, com o salto nas cotações internacionais.

A nova projeção oficial da pasta será divulgada apenas no início de outubro.

Economia brasileira cresceu 1,1% no 2º trimestre, aponta FGV

O Monitor do PIB, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), aponta crescimento de 1,1% na atividade econômica no segundo trimestre em comparação ao primeiro e 0,1% em junho comparado a maio, considerando-se dados com ajuste sazonal.

Na comparação interanual, a economia cresceu 3,0% no segundo trimestre e 2,7% em junho, segundo o levantamento, que antecipa dados sobre o desempenho da economia brasileira. O dado é superior à previsão do Banco Central, que estimou uma expansão de 0,57% na economia brasileira de abril a junho na comparação com os três meses anteriores.

Os dados oficiais sobre o PIB serão divulgados no dia 1º de setembro pelo IBGE.

“O crescimento de 1,1% do PIB no 2º trimestre é reflexo do desempenho positivo das três grandes atividades econômicas, embora seja esperada uma redução do ritmo da atividade econômica no segundo semestre devido aos juros que estão em patamares elevados, e a despeito da expectativa de redução do ritmo inflacionário”, diz Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

Pela ótica da demanda, a alta foi puxada pelo consumo das famílias e pelos investimentos (formação bruta de capital fixo).

A coordenadora da pesquisa aponta que houve efeitos positivos dos estímulos econômicos, como a liberação dos saques de até R$ 1 mil do FGTS e a redução dos preços de alguns produtos considerados essenciais.

Ministro: teto do ICMS pode ser revisto se estados perderem receita

A equipe econômica poderá rever o teto do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), caso os estados provem perda de arrecadação, disse o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele participou de audiência de conciliação entre estados e a União, promovida pelo ministro Gilmar Mendes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

A participação de Paulo Guedes não estava prevista na agenda oficial. Durante o discurso, o ministro disse que as unidades da Federação continuam com o caixa cheio e que eventuais perdas de receita com a fixação do teto do ICMS poderão resultar numa revisão da proposta.

“Vamos ver o saldo antes de a gente brigar. É extraordinariamente sábia a decisão do ministro Gilmar Mendes. Vamos ver os números? Se os números mostrarem que houve aumento de arrecadação forte, apesar da redução das alíquotas, então segue o jogo. Se, ao contrário, mostrar que houve prejuízo à Federação, eu mesmo vou ficar envergonhado e vou querer rever”, declarou Guedes. “Ninguém sacrificou [os gastos em] saúde e educação”, continuou.

Em junho, o Congresso aprovou a fixação do teto do ICMS de 17% a 18% sobre combustíveis, energia elétrica, transportes e comunicações. O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), que representa as Secretarias Estaduais de Fazenda, rechaça a versão do governo e alega que as unidades da Federação perderão R$ 92 bilhões por ano com o teto.

Segundo Guedes, a redução de impostos indiretos (que incidem sobre o consumo), como o ICMS está sendo compensada pela falta de correção da tabela do Imposto de Renda, cuja receita é partilhada com estados e municípios. “A arrecadação de Imposto de Renda está subindo bastante, o que acaba equilibrando a balança”, declarou.

IGP-10 tem 1° recuo mensal desde final de 2021 com redução do ICMS e alívio de commodities

A redução do ICMS sobre os setores de energia elétrica e combustíveis seguiu fazendo efeito e o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) teve em agosto sua primeira deflação desde o final do ano passado, também refletindo queda nos custos de commodities importantes.

Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram na quarta-feira (17) que o índice caiu 0,69% neste mês, depois de subir 0,60% em julho. A deflação mensal foi a primeira desde dezembro de 2021 (-0,14%) e a mais intensa desde dezembro de 2018 (-1,23%).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,60%, e, com o resultado do mês, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 8,82%, primeira leitura de um dígito desde julho de 2020 (+8,57%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve queda de 0,65% em agosto, depois de subir 0,57% em julho.

“Importantes commodities sustentam a queda do indicador (IPA), com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5,93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, disse em nota André Braz, coordenador dos índices de preços.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, teve forte baixa de 1,56% no mês, contra alta de 0,42% em julho.

Essa leitura ainda repercute a lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre vários setores econômicos, entre eles combustíveis e energia, explicou Braz, embora tenha alertado que seu efeito “deve perder força ao longo do mês de agosto”.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez subiu 0,74% em agosto, abaixo da taxa de 1,26% no período anterior.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Foco do Banco Central no início de 2024 não muda alvo de inflação e é temporário, diz Campos Neto

A decisão de focar a política monetária na inflação acumulada em 12 meses no primeiro trimestre de 2024 é temporária e não muda o alvo da inflação, disse na quinta-feira (18) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em evento promovido pelo banco BTG, Campos Neto disse que a medida prioriza um período com menor incerteza, com menos efeitos das medidas temporárias implementadas pelo governo, e não altera objetivos do BC.

“Estamos falando sobre horizonte relevante, não sobre meta de inflação”, disse.

Ao dizer que a autoridade monetária tem afirmado que busca levar a inflação para o redor da meta, Campos Neto ressaltou que variações de 0,10 ou 0,15 ponto percentual em relação à meta são “uma sintonia fina”.

Intenção de consumo das famílias tem maior nível desde início da pandemia

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1% entre julho e agosto, com expansão de 17% ante agosto de 2021, para 82,1 pontos, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na quinta-feira (18).

Com o aumento, o ICF atingiu maior patamar desde abril de 2020 (95,6 pontos), ou seja, desde começo de pandemia de Covid-19, pontuou a entidade. De acordo com a CNC, o desempenho foi impulsionado por famílias com renda mais alta, mais otimistas e dispostas a consumir em agosto.

Dos sete tópicos usados para cálculo do indicador, seis apresentaram alta em agosto, como emprego atual (0,9%); renda atual (1,9%); acesso ao crédito (1,3%); nível de consumo atual (2,8%) perspectiva de consumo (0,8%) e momento para duráveis (1,2%). Nessa comparação, o único recuo foi observado em perspectiva profissional (-0,3%).

Também na comparação com agosto de 2021 seis tópicos mostraram aumento. É o caso das elevações observadas, nessa comparação, em emprego atual (26,1%), perspectiva profissional (27,3%), renda atual (23,8%), acesso ao crédito (4,9%), nível de consumo atual (18%) e perspectiva de consumo (10,4%). A única queda foi registrada em momento para duráveis (-1,3%).

A CNC destacou que, em agosto, as famílias com maior renda, com ganhos mensais acima de dez salários mínimos, na faixa de renda pesquisada pelo levantamento, se mostraram satisfeitas com o acesso ao crédito, com indicador acima dos 100 pontos, o que não acontecia desde março deste ano.

“Apesar do aumento do auxílio para as famílias de menor renda, esses consumidores estão cautelosos, principalmente pela inflação em nível ainda elevado, alto endividamento e custo do crédito crescente”, ressaltou a economista responsável pela pesquisa Catarina Carneiro.

Mansueto: aperto monetário deve começar a fazer efeito mais claro no 4º trimestre

O ex-secretário do Tesouro Nacional Mansueto Almeida acredita que os reflexos do aperto monetário na atividade devem ser percebidos mais claramente a partir do último trimestre de 2022, levando a um crescimento baixo da economia no ano que vem.

Por outro lado, ele disse que, com a taxa de juros terminando o ano que vem em 10,5%, o que significa um juro real ainda alto, a tendência é a inflação convergir para a meta.

“No último trimestre, a política monetária começa a fazer efeito mais claro. O crescimento do ano que vem deve ser baixo por política monetária funcionar”, afirmou Mansueto, que é economista-chefe do BTG Pactual, durante o Macro Day 2022, evento promovido pelo banco.

O ex-secretário do Tesouro destacou que o ambiente é de elevada incerteza, dada a indefinição, independentemente do resultado das eleições, sobre qual será a regra fiscal a partir de janeiro. A avaliação dele é que, com a dívida novamente em alta a partir de 2023, seria importante o País preservar um limite aos gastos, bem como a meta ao resultado das contas primárias. “Gostava muito do teto de gastos. Ainda é uma regra necessária devido o país ter dívida alta”, disse Mansueto.

“Não sabemos se o mercado vai acreditar em regra que só tem resultados no longo prazo”, complementou o ex-secretário, acrescentando que o governo deve voltar a apresentar déficit fiscal expressivo se os pagamentos de programas sociais atuais forem mantidos.

Ao lado de Cláudio Castro e Malafaia, Bolsonaro diz que quer entregar País melhor

Ao lado do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do pastor Silas Malafaia, o presidente Jair Bolsonaro participou no sábado (13), da “Marcha para Jesus”, evento promovido anualmente pelo Conselho de Pastores do Rio de Janeiro (Comerj) e que levou milhares de pessoas ao Sambódromo, no Rio de Janeiro.

Acompanhado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que foi mais ovacionada do que o próprio presidente, Bolsonaro iniciou o breve discurso reconhecendo que o Brasil está passando por momentos difíceis nos últimos três anos, mas afirmou que nas últimas semanas começou a resolver as questões materiais.

“Quero bem lá na frente entregar para aquele que pegar a Presidência uma situação melhor do que peguei em 2019”, disse a uma plateia entusiasmada pelos diversos shows gospel que se apresentaram antes da fala de Bolsonaro.

O presidente falou depois de Malafaia, que criticou a fragilidade das urnas eletrônicas afirmando que é fácil um hacker entrar nas urnas – apesar de as urnas não serem ligadas à internet, e que se isso acontecer será necessário realizar novas eleições.

“Os que saquearam essa nação não vão voltar”, bradou, sem citar o nome do principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas.

Bolsonaro lembrou passagens da Bíblia na sua fala, que frequentemente repete, e afirmou que “se o poder vem do povo, é porque o povo escolheu bem seu representante”.

Ele frisou ainda, que o Brasil está “condenado a ser cristão, a ser livre”, que é preciso “liberdade para decidir o futuro”. Não deixou de citar também a facada que levou na campanha anterior para a presidência, em 2018, e se vangloriou de ter escapado com vida.

“Estive com a equipe médica que me operou em Juiz de Fora e disseram que de 100 que levam uma facada como aquela, apenas um escapa”, concluiu, observando que nunca viu a “Marcha” tão grandiosa. “E olha que já vim aqui mais de dez vezes”, afirmou.

Lula: Não há como acabar com auxílio emergencial sem resolver a economia do País

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alegou que o auxílio emergencial dado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) foi aprovado até dezembro como medida para garantir a reeleição. Ele participou de transmissão ao vivo no Facebook com o deputado federal André Janones (Avante-MG).

“Enquanto não acabar com a fome e a miséria não pode acabar com o auxílio emergencial. Você pode inclusive criar uma convulsão nesse país se tirar o pouquinho de possibilidade que esse povo tem”, afirmou Lula. “Não há como tirar o benefício sem que a gente recupere a economia brasileira, sem gerar emprego, sem resolver a fome.”

O ex-presidente criticou ainda a postura de Bolsonaro diante das mais de 680 mil mortes por Covid-19 e afirmou que o governo “tentou fazer uma fábrica de corrupção com as vacinas”.

Janones, que retirou sua candidatura à presidência para apoiar o petista no primeiro turno, disse que fará outras transmissões com Lula, com espaço para comentários de eleitores. O deputado tem mais de oito milhões de seguidores no Facebook.

Pesquisa Ipec: Lula tem 44% das intenções de voto e Bolsonaro soma 32%

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida ao Palácio do Planalto com 44% das intenções de voto, seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 32%, apontou pesquisa do instituto Ipec, divulgada no dia em que se encerrou o prazo para o registro de candidaturas junto à Justiça Eleitoral.

A sondagem também é divulgada um dia antes do início oficial da campanha eleitoral e logo depois do início do pagamento do Auxílio Brasil com valor mensal ampliado, de 400 para 600 reais, que deve ser pago até dezembro.

No chamado segundo pelotão, a pesquisa traz o candidato do PDT, Ciro Gomes, com 6%, e a senadora Simone Tebet (MDB), que registrou 2% da preferência dos entrevistados. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, os dois estão no limite do empate técnico.

Em seguida vem a candidata Vera Lúcia (PSTU), com 1%, em empate técnico com Tebet.

Os candidatos José Maria Eymael (DC), Felipe d’Avila (NOVO), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (UNIÃO) foram citados, mas não atingiram, individualmente, o patamar de 1% das intenções de voto.

Os que disseram que votarão em branco ou anularão o voto somaram 8%, enquanto os indecisos e os que não responderam chegaram a 7%.

O Ipec simulou um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Nesse cenário, o petista venceria com 51% das intenções de voto, contra 35% de Bolsonaro.

O instituto também trouxe a avaliação da gestão de Bolsonaro. Dentre os entrevistados, 29% classificaram como ótima ou boa, 26% consideraram regular e outros 43% responderam que a administração é ruim ou péssima.

A pesquisa Ipec nacional anterior a esta, divulgada em dezembro do ano passado, foi realizada em um cenário diferente do atual e incluía nomes que já não participam da disputa, o que impede a comparação com a sondagem desta pesquisa.

Instituto novo liderado por ex-integrantes do Ibope Inteligência, o Ipec entrevistou presencialmente 2.000 eleitores em 130 cidades, entre 12 e 14 de agosto.

Sondagens recentes de outros institutos também não podem ser comparadas diretamente, mas ajudam a dar uma noção do atual quadro eleitoral.

Pesquisa Datafolha divulgada em 28 de julho trazia o petista na liderança da corrida presidencial com 47%, ante 29% do atual presidente. A margem de erro dessa pesquisa era de 2 pontos percentuais.

Pesquisa Quaest divulgada em 3 agosto mostrava Lula com 44% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro somava 32%. A margem de erro da pesquisa também era de 2 pontos percentuais.

Saiba quem são os candidatos à Presidência nas eleições 2022

O Brasil terá 12 candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. Com o fim do prazo para registro das candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já estão definidos os nomes dos postulantes a ocupar o Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos.

Vale lembrar que o TSE ainda julgará todos os registros de candidatura. Isso deverá ocorrer até o dia 12 de setembro. No entanto, os candidatos estão em campanha oficialmente a partir de hoje (16). São eles:

Ciro Gomes (PDT)

Ciro foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Também exerceu dois mandatos de deputado estadual no Ceará. Tem 64 anos e quatro filhos.

A candidata a vice-presidente na chapa é Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, eleita em 2020 na chapa encabeçada por Bruno Reis (União Brasil).

Constituinte Eymael (DC)

Nascido em Porto Alegre, José Maria Eymael cursou filosofia e direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). É advogado com especialização em direito tributário e atua como empresário há 50 anos nas áreas de marketing, comunicação e informática. Nas urnas, será identificado como Constituinte Eymael.

O vice na chapa é o economista João Barbosa Bravo, de 75 anos, natural de São Gonçalo (RJ), registrado como Professor Bravo.

Felipe D’Avila (Novo)

Felipe D’Avila, nascido em São Paulo, é cientista político, mestre em administração pública pela Universidade de Harvard e coordenador do movimento Unidos Pelo Brasil.

O candidato a vice-presidente na chapa é o deputado federal Tiago Mitraud (Novo-MG). Nascido em Brasília, participou intensamente do Movimento Empresa Júnior, chegando à Presidência da Brasil Júnior, a Confederação Brasileira de Empresas Juniores.

Jair Bolsonaro (PL)

Jair Messias Bolsonaro é militar reformado, chegando a capitão do Exército. É o 38º presidente do Brasil, cargo que assumiu em 1º de janeiro de 2019.

O candidato a vice-presidente na chapa é o militar da reserva Walter Souza Braga Netto. Ele nasceu em Belo Horizonte em 1957 e alcançou o posto de general no Exército.

Léo Péricles (Unidade Popular–UP)

Leonardo Péricles é o único homem negro na disputa presidencial. Natural de Belo Horizonte, ele é técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas.

A candidata a vice-presidente na chapa é a dentista Samara Martins, de 34 anos, também natural de Belo Horizonte.

Lula (PT)

Luiz Inácio Lula da Silva, de 76 anos, nasceu em Garanhuns (PE) e iniciou sua trajetória política como sindicalista em 1966. Foi presidente da República por dois mandatos a partir de 2003, depois de ser eleito em 2002, em disputa no segundo turno das eleições com José Serra (PSDB).

O candidato a vice-presidente na chapa é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Nascido em Pindamonhangaba (SP), tem 68 anos, é médico e professor.

Pablo Marçal (Pros)

Esta é a primeira vez que Marçal disputa a um cargo público. Bacharel em direito e empresário, o goiano de 35 anos é casado e tem quatro filhos.

A candidata a vice na chapa é Fátima Pérola Neggra, de 54 anos. Ela é policial militar de São Paulo, escritora e poetisa, nascida em Iporã (PR).

Roberto Jefferson (PTB)

Advogado nascido em Petrópolis (RJ), Roberto Jefferson tem 69 anos e circula há décadas na política nacional. Antes de fazer carreira na política, chegou a participar de programas de televisão na década de 1980. Participou dos programas Aqui e Agora, em uma espécie de júri simulado, na TV Tupi; e do programa Domingo à Noite, na TVS, atualmente SBT. Também foi apresentador do programa O Povo na TV, também na TVS.

A chapa terá Padre Kelmon, do mesmo partido, como candidato a vice-presidente. Ele lidera atualmente o Movimento Cristão Conservador do PTB (MCC) e o Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla).

Simone Tebet (MDB)

Simone Tebet tem 52 anos. Nascida em Três Lagoas (MS), é formada em direito e começou a carreira política em 2003 como deputada estadual. De 2005 a 2010, foi prefeita de sua cidade natal por dois mandatos.

A candidata a vice-presidente na chapa é a também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). Senadora pelo PSDB de São Paulo, Mara tem 53 anos, é publicitária e psicóloga.

Sofia Manzano (PCB)

A candidata à Presidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) é a professora e economista Sofia Manzano, nascida em 1971 na cidade de São Paulo. Graduada em ciências econômicas pela PUC de São Paulo, é mestra em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em história econômica pela Universidade de São Paulo (USP).

A chapa tem como candidato a vice-presidente o sindicalista Antônio Alves, de 43 anos, jornalista, natural do Recife, filiado ao PCB há 20 anos.

Soraya Thronicke (União Brasil)

Soraya Thronicke tem 49 anos e é advogada, natural de Dourados (MS). Estreante como candidata, foi eleita senadora pelo seu estado em 2018 pelo então Partido Social Liberal (PSL), hoje União Brasil.

O candidato à Vice-Presidência é Marcos Cintra, de 76 anos. Formado em economia, Cintra tem especialização em planejamento econômico pela Universidade de Campinas.

Vera (PSTU)

Vera Lúcia tem 54 anos e é natural de Inajá (PE). Operária sapateira, é formada em ciências sociais pela Universidade Federal de Sergipe.

A candidata à Vice-Presidência é a indígena da etnia Tremembé, Kunã Yporã (Raquel Tremembé). Kunã tem 39 anos e é pedagoga.

Moraes faz defesa enfática do sistema eleitoral e da democracia em posse no TSE

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, usou seu discurso de posse, na terça-feira (16), para fazer uma defesa enfática da democracia e do sistema eleitoral brasileiro com urnas eletrônicas, e afirmou que Justiça Eleitoral dará resposta célere e implacável àqueles que extrapolarem as regras.

A fala de Moraes ocorreu em evento com a presença, entre outras autoridades, do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que constantemente lança ataques infundados ao sistema eleitoral e questiona a segurança das urnas eletrônicas, tendo afirmado, inclusive, que não aceitará o resultado de eleições que não considere limpas.

“A cerimônia de hoje simboliza o respeito pelas instituições como único caminho de crescimento e fortalecimento da República e a força da democracia como único regime político onde todo o poder emana do povo e que deve ser exercido pelo bem do povo”, disse o magistrado em discurso de posse.

“A intervenção da Justiça Eleitoral será mínima, porém será célere, firme e implacável no sentido de coibir práticas abusivas ou divulgações de notícias falsas ou fraudulentas, principalmente daquelas escondidas no covarde anonimato das redes sociais, as famosas fake news”.

Ao comentar a adoção do sistema eletrônico, afirmou que a Justiça Eleitoral e as urnas eletrônicas passam por melhorias a todo tempo para garantir garantia e segurança totais ao eleitorado, rebatendo umas das acusações sem embasamento feitas por Bolsonaro.

“O aperfeiçoamento foi, é e continuará sendo constante”, garantiu.

Moraes fez questão de agradecer, em mais de uma ocasião, a presença de Bolsonaro, a quem cumprimentou após seu discurso. Os acenos, no entanto, não diminuíram o climão com o presidente, que manteve um semblante sério e evitou olhar para o magistrado, mesmo quando os dois estavam sentados lado a lado na mesa de autoridades do plenário.

O ministro conduz investigações sensíveis no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente, como o das fake news e milícias digitais, que busca desbaratar um esquema de financiamento e divulgação de notícias falsas e ataques a integrantes do Supremo.

No auge dos embates, durante ato no feriado de 7 de Setembro do ano passado, Bolsonaro chamou Moraes de “canalha” e chegou a dizer que não iria mais cumprir ordens determinadas pelo magistrado.

PRE contesta candidatura de Eduardo Cunha à Câmara dos Deputados

A Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE-SP) contestou o registro da candidatura do ex-deputado Eduardo Cunha, que tenta disputar o cargo novamente.

No final de julho, a Justiça suspendeu a resolução da Câmara que tornava Eduardo Cunha inelegível e ele pode se candidatar.

Para a Procuradoria, Cunha segue inelegível, seguindo a decisão que cassou o seu mandato em 2016.

Ao todo, o Ministério Público entrou com ações de impugnação contra 83 candidatos apresentados à Justiça Eleitoral em São Paulo.

Dentre eles também está Geninho Zuliani (União), vice de Rodrigo Garcia (PSDB) na chapa que disputa a reeleição ao governo de São Paulo, além dos candidatos ao Senado, Edson Aparecido (MDB), e a deputado federal, Kim Kataguiri (União).

A maioria dos pedidos impugnados ocorreu por conta da ausência da apresentação de documentos para habilitação dos candidatos, como certidão criminal.

Outro ponto foi a ausência da certidão de quitação eleitoral, que abrange a plenitude do gozo dos direitos políticos, o regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral.

Bolsonaro: servidores públicos terão reajuste em 2023, não definimos porcentual

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse na quarta-feira (17), que o governo ainda não definiu qual será o porcentual do reajuste salarial a servidores públicos federais em 2023, mas que a medida está garantida.

“Quero dizer aos servidores públicos federais que terão reajuste no ano que vem. Não definimos o porcentual ainda. Bem como teremos reestruturação de carreiras”, disse o candidato à reeleição, em evento com prefeitos no Hotel Royal Tulip, em Brasília.

Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, Bolsonaro vetou dar reajuste específico para policiais vinculadas ao Ministério da Justiça, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Penal Federal, bem como a reestruturação das carreiras da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com a sugestão de veto do Ministério da Economia, a proposta original da do governo para a LDO de 2023 já previa a autorização para reajustes e reestruturações de carreiras para “toda a administração pública, o que, por óbvio, inclui os órgãos mencionados”.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023 precisa ser enviado ao Congresso até o final deste mês. Como mostrou o Broadcast, contudo, o governo ainda não definiu que valor virá previsto no texto para o Auxílio Brasil em 2023, apesar do prazo curto para finalizar a peça orçamentária.

TSE manda remover vídeos de Damares que vinculam governo Lula a incentivo ao uso de drogas

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou remover quatro vídeos publicados nas redes sociais por Damares Alves, ex-ministra dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro e agora candidata a senadora pelo Distrito Federal, que apontavam que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT teria criado uma cartilha para incentivar jovens a usar drogas.

A defesa de Lula alegou que é sabidamente inverídico relacionar a imagem de Lula a uma distribuição equivocada de um folheto em 2011 pela prefeitura de Sorocaba, no interior paulista, o que foi relatado por Damares no vídeo.

A decisão do TSE, que atende a chapa presidencial encabeçada por Lula, destacou que a edição “toda descontextualizada” do vídeo com referência ao ex-presidente gera interferência negativa no pleito, o que é objeto de preocupação da Justiça Eleitoral.

“Assim, é plausível a tese da representante de que o vídeo editado divulga fato sabidamente inverídico em que o conteúdo da publicação acaba por gerar desinformação. Portanto, preenchidos os requisitos para a concessão da tutela de urgência”, decidiu o magistrado.    

Segundo a defesa de Lula, a decisão do TSE “reforça a importância do combate à desinformação e às fake news que mais uma vez se fazem presentes durante o processo eleitoral”.

Câmara do Rio cassa mandato de Gabriel Monteiro

O vereador Gabriel Monteiro (PL) teve o seu mandato cassado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A sessão foi realizada na quinta-feira (18) e durou seis horas e meia. O placar final foi de 48 votos favoráveis à cassação e 2 votos contrários. Era necessário um mínimo de 34 votos, do total de 50 parlamentares presentes.

Monteiro foi julgado por quebra do decoro parlamentar, por três motivos: encenação com uma menor de idade em um shopping, agressão contra um morador de rua convidado para a encenação de um roubo na Lapa e relação sexual gravada em vídeo com uma menor de idade, que posteriormente teve as imagens vazadas na internet.

Também houve, durante os trabalhos da Comissão de Ética, denúncias de assessores do vereador por importunação sexual e estupro, mas esses crimes, como não faziam parte da denúncia inicial, não foram inseridos no relatório final.

A defesa de Monteiro sustentou que a encenação com a adolescente no shopping foi consentida pela mãe da jovem, que a gravação com o morador de rua era um experimento social e que ele teria sido agressivo, e que o vereador não sabia que a menina com quem se relacionava era menor de idade.

O advogado Sandro Figueredo também argumentou que Monteiro estava sendo vítima de uma conspiração da chamada máfia do reboque, empresa que teria sido denunciada por ele.

A quase totalidade dos vereadores que ocuparam a tribuna criticou Monteiro, famoso em seu canal de YouTube por fiscalizações em hospitais, abrigos e escolas públicas, além de supostas ações contra criminosos, por ter sido contra os princípios que devem nortear a conduta parlamentar.

Monteiro foi o último a falar. Ele disse que havia errado por não aprender com os colegas mais velhos e que era muito jovem. Monteiro disse que não havia cometido crimes nos fatos narrados e pediu para não ser jogado na cova dos leões.

Paralelo ao processo de cassação, os supostos crimes de Monteiro correm na justiça criminal. O vereador deve concorrer a deputado federal, quando esses crimes migrarão, caso ele seja eleito, para instância superior, pelo foro especial por prerrogativa de função. Com isso, poderá levar ainda alguns anos até que ele perca o mandato, caso condenado.

Ministro do TSE suspende repasse de verbas públicas para candidatura de Roberto Jefferson

O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou na sexta-feira (19) a suspensão de repasses de recursos públicos para o financiamento da campanha do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) para a presidência da República.

O ministro atendeu a um pedido do Ministério Público Eleitoral, que defende a rejeição do registro de candidatura de Jefferson.

Segundo o MP, o político está inelegível até dezembro de 2023 como consequência de ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, no julgamento do mensalão.

A pena criminal de Roberto Jefferson foi perdoada, mas o Ministério Público defende que isso não afeta os “efeitos secundários” da condenação, ou seja, que o perdão não restaurou a possibilidade de o político se candidatar.

Na impugnação, o MP Eleitoral pede que o caso seja decidido com urgência para evitar que a campanha de Roberto Jefferson acesse os recursos públicos do Fundo Eleitoral.

Em sua decisão, Hobarch suspendeu o uso de recursos do fundo eleitoral e do fundo partidários, que são abastecidos com verbas públicos e podem ser usados para financiar campanhas, até que a impugnação do registro seja analisada pelo TSE.

O ministro citou que a Justiça Eleitoral tem entendimento pacificado de que o indulto não atinge os efeitos secundários da condenação.

Novos ônibus chegam ao mercado mais tecnológicos e menos poluentes

Tecnologias disponíveis em automóveis chegam agora aos ônibus. A nova geração de veículos rodoviários e urbanos, que começa a ser vendida neste semestre, terá recursos que oferecem mais segurança e conforto. Além disso, os veículos são menos poluentes e mais econômicos, conforme as novas normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para motores a diesel, que entram em vigor em janeiro.

As novas tecnologias foram apresentadas na Lat.Bus, feira que terminou na quinta-feira, em São Paulo, e apresentou também vários lançamentos de ônibus elétricos para uso urbano. Só a capital paulista projeta ter 1,5 mil unidades até 2023.

Parte das novidades será restrita aos ônibus rodoviários. Os urbanos são vendidos a prefeituras por meio de licitações e novas tecnologias resultariam em custos maiores, que teriam de ser repassados às tarifas, cujos preços são controlados.

Os modelos da Mercedes-Benz, líder em vendas no País, terão sistema de frenagem de emergência ao detectar objetos e pedestres em movimento, controle inteligente de farol alto (que diminui a luminosidade ao cruzar com veículos no sentido contrário), freio de estacionamento com comando eletrônico, assistente de ponto cego e sistema anticapotamento. “São itens que vão salvar mais vidas”, diz Valter Babosa, diretor de vendas e marketing da Mercedes. Já Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da empresa, ressalta a redução de 50% de emissões de poluentes, 15 ônibus Euro 6 equivalem às emissões de um Euro 3, compara ele.

Nos modelos da Scania, que também têm sistema de controle de velocidade – reduzida automaticamente, via dados de GPS, quando em áreas de restrição, como hospitais -, o consumo de diesel cai 8% (para os rodoviários) e 10% (para os urbanos) em relação à geração atual, a Euro 5. A marca ainda terá opções de motores a biodiesel e HVO (óleo vegetal hidrotratado conhecido como diesel verde). A montadora já dispõe de modelos a gás e biometano.

A Volkswagen Caminhões e Ônibus, por sua vez, oferece modelos com câmbio automático, assistente de partida em rampa e bloqueio de partida enquanto as portas estiverem abertas.

Luciano Resne, diretor de engenharia da Marcopolo (BVMF:POMO4), reforça a transferência de tecnologias dos automóveis para os ônibus, como o aviso sonoro para uso do cinto de segurança. Nas poltronas, a empresa já usa no modelo G8 “espumas de travesseiros da Nasa”. Tecnologias adotadas em razão da pandemia também passaram a ser de série, como a luz ultravioleta que é acionada quando o passageiro sai do banheiro para higienização contra bactérias.

O presidente da Volvo Buses América Latina, Fabiano Todeschini, diz que as mudanças nos chassis da marca permitem economia de 9% em combustível em relação aos antecessores. Os ônibus também são mais confortáveis. “O passageiro não sente a mudança de marcha”, diz ele, sobre o fim dos trancos.

Movimentação do setor portuário cai 3,3% no 1º semestre, mostra Antaq

A movimentação do setor portuário no primeiro semestre de 2022 sofreu uma redução 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 581,3 milhões de toneladas de cargas movimentadas. Os dados foram divulgados na segunda-feira (15), pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em balanço sobre os dados dos primeiros seis meses do ano. De acordo com o órgão, a queda é atribuída principalmente ao desaquecimento no mercado global e aos desafios enfrentados pela economia chinesa, importante parceiro comercial do Brasil.

“Setor sempre veio batendo recordes de movimentação de cargas. Entendemos que a redução neste semestre ocorre em função provavelmente dos problemas ocorridos na China, de lockdowns, fechamento de indústrias e portos. Isso impactou granel sólido, mineral e vegetal, e a movimentação de contêineres apresentou redução também”, disse o diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery.

Como o setor vem apresentando recordes de movimentação anualmente, mesmo com a redução registrada, o primeiro semestre fechou, em dados absolutos, com o segundo maior número da história do setor portuário, de acordo com a agência.

A expectativa ainda é a de que o setor cresça em movimentação portuária no segundo semestre. A Antaq estima um volume de 631 milhões de toneladas para a segunda metade do ano, uma alta de 2,9% em relação aos últimos seis meses de 2021.

Para todo o ano de 2022, o órgão prevê uma estabilidade da movimentação em comparação com o ano passado, fechando os 12 meses com 1,212 bilhão de toneladas movimentadas, pouco menor que o registrado em 2021, 1,214 bilhão de toneladas, recorde nacional do setor.

No primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2021, a movimentação de contêineres caiu 4,4%, mesma redução registrada no granel sólido. O granel líquido apresentou queda de 4,5%, enquanto a carga geral subiu 18,6%.

Lançamentos e vendas de imóveis residências no País caem no 2º trimestre, diz CBIC

O mercado imobiliário passou por uma retração entre os meses de abril e junho ao redor do Brasil, de acordo com levantamento divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A pesquisa mostrou que os lançamentos residenciais caíram 15,4% na comparação entre o segundo trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, passando de 75.533 para 63.878 casas e apartamentos.

Em termos de valor geral de vendas (VGV), os lançamentos cresceram 6,5% na mesma base de comparação anual, avançando de R$ 31 bilhões para R$ 33 bilhões.

No acumulado dos últimos 12 meses (entre julho de 2021 e junho de 2022), os lançamentos tiveram alta de 4,89% em relação aos 12 meses anteriores (julho de 2020 a junho de 2021), totalizando 301.108 unidades.

O levantamento da CBIC leva em conta dados de 197 cidades em todas as regiões do País.

A pesquisa da CBIC registrou que as vendas de imóveis residenciais no País recuaram 5,5% na comparação entre o segundo trimestre de 2022 ante o mesmo período de 2021, passando de 77.128 para 72.861.

As vendas movimentaram R$ 34 bilhões, montante 25,9% maior que um ano antes.

No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas caíram 2,1%, para 297.755 unidades.

O total de imóveis residenciais (na planta, em obras ou recém-construídos) disponíveis para venda chegou a 245.663 unidades no fim do segundo trimestre, montante 3,2% maior que um ano antes, quando estava em 237.967 unidades.

Considerando a média de vendas dos últimos 12 meses, se não houver novos lançamentos, esse estoque se esgotaria em 9,9 meses.

Movimentação de cargas cresce 2,3% no trimestre no Porto de Santos

A movimentação de cargas no Porto de Santos cresceu 2,3% no segundo trimestre deste ano, alcançando 42 milhões de toneladas, informou a Santos Port Authority (SPA), estatal que administra o maior porto do país. A comparação é com o mesmo período do ano passado.

Segundo a estatal, todos os indicadores financeiros de produtividade avançaram no segundo semestre e são, segundo ela, “fruto da revisão e modernização dos processos e da cultura de eficiência e austeridade implantada na companhia”.

Em relação aos contêineres, onde são transportadas as cargas de maior valor agregado, o aumento de movimentação foi de 3,3%, somando 1,2 milhão de TEU (unidade padrão de um contêiner de 20 pés).

Já o lucro líquido trimestral foi recorde, totalizando R$ 144,8 milhões, o valor representou alta de 46,4% sobre o segundo trimestre de 2021.

Vendas nos shoppings crescem 38,2% no 2º trimestre ante 2º trimestre de 2021

O setor de shopping centers registrou um aumento de 38,2% nas vendas no segundo trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021. Já na comparação com o mesmo intervalo de 2019 (período anterior à pandemia), as vendas tiveram um crescimento de 4,3%.

Os dados foram divulgados na quarta-feira (17), pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) com base em levantamentos do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS).

A pesquisa mostrou que os brasileiros gastaram, em média, R$ 126,27 em produtos e serviços nos shoppings entre abril e junho deste ano. O valor é praticamente o mesmo do trimestre anterior (janeiro a março), que foi de R$ 126,09.

O aumento nas vendas foi impulsionado pela volta do público. Foi registrado um aumento no fluxo de pessoas de 58,7% no segundo trimestre de 2022 ante o mesmo intervalo de 2021.

O presidente da Abrasce, Glauco Humai, avaliou que os bons resultados do ano são a confirmação de que o segmento não está apenas se recuperando dos danos sofridos pela pandemia da Covid-19, mas entrando em uma rota de avanço sustentável.

“A nossa expectativa é de que o aumento nas vendas no setor será gradual e contínuo no segundo semestre de 2022, alavancado, ainda, por datas comemorativas como o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal”, afirmou o executivo em nota.

Pesquisa aponta redução de 404 mil trabalhadores no comércio em 2020

Com as medidas de isolamento social impostas pela pandemia de Covid-19, o setor do comércio perdeu 404,1 mil trabalhadores, em 2020, em comparação a 2019, das quais 90,4% eram referentes ao comércio varejista (-365,4 mil pessoas), queda de 4,8%. Houve perda também no pessoal ocupado na atividade de comércio de veículos, peças e motocicletas (-76,6 mil), retração de 8,5%. O comércio por atacado foi o único a ampliar o número de funcionários, contratando 37,9 mil pessoas (+2,2%).

Os dados fazem parte da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), divulgada hoje (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que confirmam os efeitos negativos do surto sanitário global sobre o emprego nessa atividade.

Em 2020, primeiro ano da pandemia, 73,7% da mão de obra do setor comercial estavam empregadas no comércio varejista (7,2 milhões de pessoas); 17,8% no comércio por atacado (1,7 milhão); e 8,5% no comércio de veículos, peças e motocicletas (829,4 mil).

Das nove atividades que compreendem o segmento de comércio varejista, apenas dois contrataram mão de obra, em 2020: o de hipermercados e supermercados (+1,8 mil pessoas) e o de comércio varejista de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (+318 pessoas). Já no comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho, a perda de postos de trabalho foi de 176,6 mil, o que representou redução de 15,3% do volume de pessoas ocupadas em relação a 2019.

De acordo com a sondagem, na comparação com 2011, a distribuição de pessoas ocupadas entre as atividades comerciais apresentou relativa estabilidade – destaque para o comércio de veículos, peças e motocicletas, com redução de 1 ponto percentual, patamar mais baixo em dez anos (de 9,5% para 8,5%). Dentro desse segmento, o principal componente, em termos de variação positiva, foi o comércio de peças para veículos que, em 2020, representou 63,2% das pessoas ocupadas, com ampliação da participação em 6,8 pontos percentuais. Por outro lado, tanto o comércio de veículos automotores, que representou 27,5% desse segmento, como o comércio de motocicletas, peças e acessórios (participação de 9,3%) tiveram quedas, em dez anos, de 5,7 pontos percentuais e 1,1 ponto percentual, respectivamente.

Prosus compra controle total do iFood em negócio de até R$ 9,4 bilhões

A gigante holandesa Prosus, controladora da Movile, fechou acordo para comprar a fatia remanescente de 33,3% no iFood, que pertencia ao acionista minoritário Just Eat Holding Limited.

Com o negócio, a gigante holandesa de serviços de internet passará a deter agora 100% do iFood.

O acordo prevê o pagamento de 1,5 bilhão e euros em dinheiro, além de um valor adicional de até 300 milhões de euros, o correspondente a R$ 9,4 bilhões, sendo R$ 7,8 bilhões pela participação da Just Eat no iFood e um potencial adicional de R$ 1,6 bilhão.

Na prática, os termos do negócio avaliam o iFood, a empresa dona do principal aplicativo de delivey de comida no mercado brasileiro entre R$ 23 bilhões e R$ 28 bilhões.

“Em um ambiente cada vez mais competitivo, o investimento da Movile reforça que seguimos no caminho certo e que estamos fazendo a diferença como empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online na global e em impacto no ecossistema”, afirma Fabricio Bloisi, fundador da investidora Movile.

Além da entrega de alimentos, o iFood investe no delivery de mercado e em fintech, com o iFood Benefícios.

A Prosus investiu pela primeira vez no iFood por meio da Movile em 2013. Em agosto do ano passado, a Movile recebeu aporte no valor de R$ 1 bilhão da Prosus para acelerar o crescimento das startups do grupo: iFood, Zoop, MovilePay, Mensajeros Urbanos, Moova e Afterverse, entre outras.

O iFood informa reunir atualmente 330 mil estabelecimentos parceiros (entre restaurantes e mercados), 200 mil entregadores, mais de 40 milhões de consumidores, em um total de 70 milhões de pedidos por mês espalhados em 1.700 municípios brasileiros.

Aena leva aeroporto de Congonhas em leilão por R$ 2,45 bilhões

A empresa Aena, que já administra aeroportos na região Nordeste do país, levou o leilão do aeroporto de Congonhas e mais 10 outros terminais em Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul. A companhia foi a única proponente. O valor pago foi de R$ 2,45 bilhões o mínimo obrigatório para participar do certame. Ágio de 232%.

Até o início da semana era esperado que o Grupo CCR também entrasse no leilão, mas desistiu. O contrato será de 30 anos com expectativa de investimento de R$ 5,8 bilhões em todo bloco, sendo R$ 3,3 bilhões somente em Congonhas.

Hoje, Congonhas é o 2º aeroporto mais movimentado do país, ficando atrás de Guarulhos (SP). Em 2019, último ano antes da pandemia, Congonhas transportou 22 milhões de passageiros. A expectativa é que passe a transportar 30 milhões de pessoas por ano depois da concessão.

SELIC

A Selic, taxa básica de juros da economia, foi elevada para 13,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O aumento da Selic fez com que o Brasil continuasse em terceiro lugar no ranking global de juros nominais realizado pela Infinity Asset em parceria com o MoneYou, atrás apenas da Argentina e da Turquia.

Segundo o levantamento, que inclui 167 países, 45% mantiveram seus juros, enquanto 51% elevaram e 4% cortaram as taxas no último ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O IGP-M caiu 0,57% na segunda leitura de agosto, após alta de 0,52% na prévia de julho, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Trata-se do Índice Geral de Preços – Mercado, divulgado na manhã de sexta-feira (19). Confira os destaques dos dados informados:

  • IPA-M cai -0,50% após alta de 0,52% na prévia de julho;
  • IPC-M cai -1,43% ante alta de +0,19% na prévia do mês anterior;
  • INCC-M desacelera a 0,54% ante +1,23% na prévia de julho.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção para o IGP-M ficou em 10,78%, ante 11,12% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Após combustíveis e energia elétrica puxarem os índices de preços para baixo em julho e agosto, os alimentos devem seguir o mesmo movimento no restante do ano, espera a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória. A especialista disse à CNN que isso deve provocar novas revisões para baixo das expectativas do mercado para a inflação de 2022.

“A gente ainda deve ver mais revisões para baixo do IPCA, por conta da redução nos preços dos alimentos”, diz.

Em relatório divulgado na terça-feira (16), o Inter revisou a projeção para o IPCA de 2022 de 7,5% para 6,5%. A mudança reflete a queda recente dos preços da gasolina e diesel, seguindo o movimento no mercado internacional do petróleo. Já para 2023, o banco elevou a estimativa de 4,4% para 4,7%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 6,82%, ante 7,02% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Dando continuidade à onda de revisões das previsões para o desempenho da economia brasileira neste ano, a divisão global de pesquisas do Bank of America (BofA) elevou de 1,5% para 2,5% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A nova projeção, mais otimista do que o mercado, é resultado, em grande parte, do pacote de estímulos fiscais do governo que estão sendo adotados desde o primeiro trimestre e que foi turbinado por meio da PEC Kamikaze, apelido dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Os estímulos, pelas estimativas da instituição financeira, somam 3,5% do PIB.

O crescimento do Brasil será maior do que o esperado este ano, impulsionado, principalmente, pelos recentes desenvolvimentos domésticos. Isso se deve ao estímulo fiscal mais forte anunciado pelo governo, por meio da PEC de Combustíveis e aos recentes cortes de impostos, que aumentarão a demanda agregada”, destacou o relatório do banco norte-americano divulgado na quinta-feira (18).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção para o PIB ficou em 2,02%, ante 2,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (15), o Ibovespa fechou em alta, chegando a superar os 113 mil pontos no melhor momento, com ações de varejo entre as maiores altas, enquanto IRB Brasil RE caiu mais de 9% em meio a preocupações com uma potencial oferta de ações. O índice Ibovespa teve alta de 0,24%, a 113.031,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,2 bilhões.

Na terça-feira (16), o Ibovespa fechou em alta, ajudado por Vale, após trocar de sinal várias vezes durante o pregão, com agentes financeiros analisando a última tranche de balanços de empresas brasileiras do segundo trimestre. O índice Ibovespa teve alta de 0,43%, a 113.512,38 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,5 bilhões.

Na quarta-feira (17), o Ibovespa fechou em alta, após superar os 114 mil pontos pela primeira vez desde abril no melhor momento do dia, em mais uma sessão sem tendência definida, marcada pela ata do Fed e queda de braço entre as ações da Vale e da Petrobras. O índice Ibovespa teve alta de 0,29%, a 113.840,03 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,4 bilhões.

Na quinta-feira (18), o Ibovespa fechou em alta, apoiado no avanço das ações da Petrobras, mas não teve fôlego para fechar acima dos 114 mil pontos em meio a movimentos de realização de lucros. O índice Ibovespa teve alta de 0,09%, a 113.812,87 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,6 bilhões.

Na sexta-feira (19), por volta das 12h20, o índice Ibovespa operava em queda de 1,95%, a 111.590,54 pontos. A aversão ao risco no mercado internacional é quem motiva as ordens de venda, que são puxadas principalmente pelas ações do setor de commodities, em sintonia com as perdas dos preços das matérias-primas no exterior. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 2,04%, a 111.496,21 pontos pontos. O volume financeiro somou R$ 28,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (19), por volta das 12h35, o dólar registrava alta de 0,68%, cotado a R$ 5,207 na venda. O dólar subia ligeiramente frente ao real e ficava a caminho de forte avanço semanal, em linha com um salto recente da divisa norte-americana no exterior, em meio a temores econômicos generalizados diante de sinalizações mais duras de autoridades do Banco Central dos Estados Unidos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (19) cotado a R$ 5,1680, o dólar teria registrado alta significativa nos negócios, se não fossem os ingressos de recursos externos ao País. Em vez disso, a moeda norte-americana terminou o dia em perto da estabilidade, com leve sinal de baixa, na contramão da tendência predominante no mercado internacional.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
22/08/2022