Cenário Econômico Nacional – 21/11/2022

Cenário Econômico Nacional – 21/11/2022

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado eleva projeção para inflação este ano a 5,82%, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram pela terceira semana seguida a expectativa para a inflação neste ano e ajustaram levemente para cima o cenário para a atividade, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (14).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2022 passou agora a 5,82%, de 5,63% antes. Para 2023 e 2024 não houve mudança nos cálculos, com a inflação calculada respectivamente em 4,94% e 3,50%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5%, para 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano foi ajustada para cima em 0,01 ponto percentual, chegando a 2,77%, mas para 2023 seguiu em 0,70%.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deverá encerrar este ano nos atuais 13,75% e o próximo a 11,25%, sem alterações.

IBC-Br fica quase estável em setembro, mas aponta crescimento da atividade no 3º trimestre

A economia brasileira ficou praticamente estável em setembro, em resultado bem mais fraco do que o esperado, mas ainda assim terminou o terceiro trimestre com expansão, de acordo com dados do Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) registrou variação positiva de 0,05% em setembro na comparação com o mês anterior, de acordo com o dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado volta a ficar no azul depois de ter contraído em agosto 1,13%, em dado que não foi revisado pelo BC, mas ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,20%.

Ainda assim, o IBC-Br terminou o terceiro trimestre com crescimento de 1,36% em relação aos três meses anteriores, depois de uma expansão de 0,69% no segundo trimestre.

O IBGE divulgará os dados oficiais do PIB do terceiro trimestre no dia 1 de dezembro, depois de informar que a economia teve no segundo trimestre crescimento de 1,2%.

Na comparação com setembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 4,00%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,34%, de acordo com números observados.

“Apesar da estabilidade do IBC-Br em setembro, os indicadores mensais reforçam atividade econômica robusta no país, liderado pelo setor de serviços. Os estímulos fiscais implementados aliados a sazonalidade do final do ano devem continuar sustentando o forte desempenho do segmento de serviços, além de trazer fôlego adicional para o comércio”, avaliou Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal.

Em setembro, a produção industrial brasileira voltou a cair, a uma taxa de 0,7%, e encerrou o terceiro trimestre com perda de ritmo.

Por outro lado, as vendas no varejo do Brasil cresceram bem mais do que o esperado no mês, 1,1%, mas ainda assim encerraram o terceiro trimestre com perdas.

Já o setor de serviços, principal motor da economia brasileira, viu o volume aumentar pela quinta vez seguida em setembro e acima do esperado, atingindo o melhor nível da série histórica iniciada em 2011.

No entanto, a expectativa para o final deste ano é de enfraquecimento da economia, mesmo diante de estímulos fiscais, conforme os efeitos defasados do forte aperto monetário adotado pelo Banco Central começam a aparecer.

“Esses resultados (dos setores) reforçam a expectativa de acomodação do ritmo de crescimento da atividade econômica no terceiro trimestre, condizente com nossa projeção de expansão ao redor de 0,5% no período e de 2,7% no ano”, disse o Bradesco em nota.

Com a inflação pesando nos bolsos dos consumidores este ano, o BC elevou a taxa básica de juros Selic para os atuais 13,75%, patamar em que deve encerrar 2022.

Uma das grandes preocupações envolve os planos de gastos extra-teto para o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente. Investidores estão à espera da definição do texto da PEC de Transição, para permitir gastos extra-teto em 2023.

A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC com uma centena de economistas aponta que a expectativa é de que o PIB cresça 2,77% neste ano, desacelerando a uma expansão de 0,70% em 2023.

Tesouro apresenta nova proposta de âncora fiscal que condiciona alta da despesa à dívida líquida

A Secretaria do Tesouro divulgou uma nova proposta de âncora fiscal que visa substituir três regras atualmente em vigor por apenas uma, que limita o crescimento real dos gastos do governo federal à trajetória da dívida líquida.

Em linhas gerais, a regra propõe que quanto menor o nível da dívida líquida do governo, maior pode ser a taxa de crescimento real das suas despesas, e essa flexibilidade para gastar aumenta mais quando a dívida está em trajetória de queda na comparação com o período recente e também quando as contas forem superavitárias.

Atualmente, a principal âncora fiscal em vigor é o teto constitucional de gastos, que desde 2017 limita o crescimento das despesas públicas à inflação do ano anterior.

Ao longo do mandato do presidente Jair Bolsonaro o teto foi ignorado em diferentes ocasiões, contribuindo para o descrédito da regra.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que toma posse em 1º de janeiro, já afirmou que vai abolir o teto de gastos, mas ainda não apresentou uma proposta alternativa de âncora fiscal, provocando especulações nos mercados sobre suas futuras políticas econômicas.

Pelo menos desde 2019 o Tesouro discute a criação de uma regra para estabelecer uma âncora fiscal com base na evolução da dívida pública. Em agosto deste ano, técnicos do órgão anunciaram que o novo modelo poderia ser apresentado ainda em 2022, após as eleições.

Uma segunda proposta estava em elaboração no Ministério da Economia por encomenda do ministro Paulo Guedes, mas ainda não foi apresentada oficialmente. Segundo apresentação técnica feita por membro da equipe do ministro em evento fechado, a qual a Reuters teve acesso, essa regra autorizaria aumento real de gastos a depender do avanço do PIB e do nível da dívida pública bruta. Em períodos de recessão, a elevação das despesas seria liberada independentemente do nível de endividamento.

Em texto para discussão divulgado na manhã desta segunda, o Tesouro ressaltou que a dívida líquida, e não a dívida bruta, “reflete melhor os impactos da política fiscal e minimiza constrangimentos na gestão da política monetária ou na gestão da dívida pública”.

Atualmente, a dívida líquida brasileira, que também leva em conta os ativos do governo, com destaque para as reservas internacionais, é de 58,3% do PIB.

De acordo com a proposta do Tesouro, com o indicador acima de 55% do PIB, as despesas poderiam crescer 0,5% ao ano em termos reais, mas apenas se a trajetória do endividamento estiver em queda. Caso ela esteja em alta, não poderia haver crescimento real dos gastos.

Com a dívida entre 45% e 55% do PIB, o crescimento real da despesa pode chegar a 1% ao ano se a trajetória for de queda, mas poderá ser apenas de 0,5% em caso de alta. Para dívidas abaixo desse patamar, o crescimento autorizado será de 2% ou 1% ao ano. Em todos os casos, o governo ganha um “bônus” no seu limite de crescimento da despesa de 0,5% se o resultado primário das suas contas for superavitário ou estiver acima de um determinado patamar.

A ideia é que os limites sejam estabelecidos a cada dois anos. A trajetória da dívida será considerada crescente quando a média do endividamento dos últimos 12 meses for superior à observada nos 24 meses anteriores.

Inflação mostra melhora qualitativa, mas é cedo para comemorar, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na terça-feira (15) que a inflação mostra sinais “incipientes” de melhora, mas reforçou que é cedo para comemorar e que o país precisa persistir no combate à inflação.

Durante participação na conferência Lide, em Nova York, Campos Neto também reiterou a importância do equilíbrio fiscal para a inclusão social, em fala feita em um momento em que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem sido criticado por minimizar a importância do equilíbrio das contas públicas.

“Apesar de grande parte da melhora da inflação recente ser devido a medidas do governo, existem indicadores incipientes que mostram uma melhora qualitativa. É cedo para comemorar, nós precisamos persistir no combate à inflação, precisamos persistir em atingir as nossas metas porque essa é a melhor forma de contribuir com o crescimento sustentável”, disse Campos Neto.

O presidente do BC afirmou, ainda, que o país precisa mostrar a quem investe no Brasil que o país tem disciplina fiscal, e que o controle das contas públicas também é importante para a inclusão social.

“O fiscal tem uma relação direta com a credibilidade do país, e existe um ponto de inflexão em que tentar mais em prol dos mais necessitados pode gerar resultados contrários ao desejado, colocando em risco a estabilidade financeira e a geração de empregos”, disse Campos Neto.

“Entendemos que só um plano coeso, com coerência fiscal e continuidades das reformas, vai assegurar uma trajetória de crescimento sustentável com inflação baixa e juros baixos”, acrescentou.

O mercado teve forte reação negativa na última quinta-feira após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fazer críticas à austeridade fiscal e à regra do teto de gastos, com o dólar disparando mais de 4% no fechamento do dia, enquanto o Ibovespa caiu 3,61%.

No fim da semana, Campos Neto já havia feito um discurso com aparentes recados a Lula, afirmando que promover gastos sociais sem mirar o equilíbrio fiscal acaba trazendo prejuízos aos mais pobres.

Brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos neste ano

Os brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em impostos desde o início deste ano. O valor foi atingido às 3h07 de quarta-feira (16), segundo cálculo do Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Em 2021, a marca só foi alcançada em 20 de dezembro.

O valor corresponde ao total pago para a União, estados e municípios na forma de impostos, taxas, multas e contribuições.

De acordo com a avaliação do economista da ACSP, Marcel Solimeo, a antecipação do montante está relacionada aos efeitos da inflação, uma vez que os tributos indiretos, tais como ICMS, incidem sobre o preço final. Além disso, esse resultado também se explica por fatores como a recuperação da atividade econômica e bons resultados de grandes empresas.

“O maior crescimento da arrecadação ocorreu na esfera do governo federal, que fica com cerca de 66% da tributação total, embora redistribua parcela dessa receita para estados e municípios. Além da carga tributária da ordem de 40% do Produto Interno Bruto (PIB), muito elevada para um país emergente como o nosso, onde os contribuintes têm ainda um alto custo para pagar os tributos, além de se sujeitar a multas, devido à complexidade da tributação”, disse.

Ainda segundo Solimeo, os dados mostram um crescimento da ordem de 11% na arrecadação total. Ele avalia, ainda, que a arrecadação seria maior se não tivesse ocorrido, nos últimos meses, a redução das alíquotas dos tributos sobre energia, telecomunicações e combustíveis, que têm peso relevante na receita dos estados.

O impostômetro foi criado em 2005 e busca estimar o valor total de impostos, taxas, contribuições e multas que a população brasileira paga para a União, os estados e os municípios.

Expectativa de crescimento de 2,7% do PIB em 2022 e de 0,7% em 2023

A economista do Itaú Unibanco Julia Gottlieb disse na quarta-feira (16), que a expectativa da instituição para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022 é de 2,7%, com desaceleração marginal no segundo semestre deste ano. Para 2023, em virtude das taxas de juros mais altas e a perda de fôlego mundial, a previsão é de alta de 0,7%.

Ainda na visão da equipe econômica do banco, ela afirma que a expectativa é de que o Banco Central mantenha a Selic em 13,75% até o segundo semestre de 2023, quando deve começar um ciclo de baixa.

Ela afirmou que a desaceleração global tem indicado queda do preço de commodities, o que ajuda no processo de “desinflação” no Brasil. Por outro lado, esse mesmo efeito pressiona o real. “É difícil ter apreciação da moeda em cenário de dólar forte”, afirma.

IGP-10 de novembro cai 0,59%, quarta deflação seguida, diz FGV

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 0,59% em novembro ante outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas. No mês anterior, o índice também havia registrado variação negativa (-1,04%), assim como em setembro (-0,90%) agosto (-0,69%). Com esse resultado, o índice acumula alta de 5,70% no ano e de 5,55% em 12 meses.

Em novembro de 2021, o índice havia subido 1,19% no mês e acumulava elevação de 19,78% em 12 meses.

A queda veio um pouco maior que esperada pelo mercado: o consenso Refinitiv apontava para uma deflação de 0,55%.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, os três índices componentes do IGP registraram avanço da inflação. “O índice ao produtor apresentou queda menos intensa, dada a atual estabilidade dos preços dos combustíveis. No âmbito do consumidor, a inflação acelerou refletindo a alta dos preços dos alimentos. E, por fim, na construção civil, houve aumento mais forte nos preços dos serviços e da mão-de-obra”, afirmou.

Desemprego fica estável em 20 estados e no DF no 3º trimestre, diz IBGE

Apenas seis unidades da Federação acompanharam a redução registrada na taxa de desocupação no país no terceiro trimestre frente ao 2º trimestre. Enquanto o índice nacional recuou de 9,3% para 8,7% no período, 21 UFs permaneceram estáveis.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Trimestral, divulgada na quinta-feira (17) pelo IBGE.

Já na comparação com o 3º trimestre do ano anterior, houve queda na taxa de desocupação em todas as unidades da Federação.

“No segundo trimestre, a taxa de desocupação havia caído 1,8 ponto percentual [9,3%, ante 11,1% no 1º trimestre], com disseminação da queda por 22 unidades da Federação. Já no terceiro trimestre, a queda foi menos intensa, de 0,6 ponto percentual [de 9,3% no 2º trimestre para 8,7%], e isso repercutiu nos resultados locais por estado”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

Na média nacional, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 8,7% no terceiro trimestre deste ano, menor taxa desde o trimestre encerrado em junho de 2015, mas com a falta de trabalho ainda atingindo 9,5 milhões de brasileiros, conforme já divulgado anteriormente pelo IBGE.

Fluxo cambial total em novembro até o dia 11 é positivo em US$ 1,8 bilhão

Depois de encerrar outubro com entradas líquidas de US$ 1,254 bilhão, o país registrou fluxo cambial positivo de US$ 1,889 bilhão em novembro, até o dia 11, informou o Banco Central.

O canal financeiro apresentou entradas líquidas de US$ 1,126 bilhão no período. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 19,012 bilhões e retiradas no total de US$ 17,886 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo de novembro, até o dia 11, foi positivo em US$ 763 milhões, com importações de US$ 7,052 bilhões e exportações de US$ 7,815 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 824 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 1,324 bilhão em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 5,667 bilhões em outras entradas.

O fluxo cambial do ano até 11 de novembro ficou positivo em US$ 20,479 bilhões. Em igual período do ano passado, o resultado era positivo em US$ 15,780 bilhões. Já no ano fechado de 2021, houve entrada líquida de US$ 6,134 bilhões.

A saída líquida pelo canal financeiro foi de US$ 14,689 bilhões. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 499,403 bilhões e de retiradas no total de US$ 514,092 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo anual acumulado ficou positivo em US$ 35,168 bilhões, com importações de US$ 203,933 bilhões e exportações de US$ 239,101 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 30,342 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 53,287 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 155,472 bilhões em outras entradas.

Dívida com cartão de crédito segue como principal causa de inadimplência

O número de pessoas com dívidas em atraso no Brasil voltou a bater recorde pelo nono mês consecutivo e, de acordo com dados do Serasa Experian, em setembro o país contava com 68,39 milhões de inadimplentes.

Segundo a instituição, o cartão de crédito segue sendo o principal motor das dívidas entre os inadimplentes. “Em linha com o ano anterior, as dívidas de cartão de crédito impactam 53% dos brasileiros endividados”, destaca a pesquisa, divulgada na quinta-feira (17).

Dentro das dívidas com cartão, a maioria delas, 65%, é realizada em supermercados, com compras de alimentos. Na sequência, 48% das pessoas relatam dívidas com compra de roupas, calçados e eletrodomésticos, e outros 41% têm dívidas com remédios ou tratamentos médicos. Outras razões para o endividamento no cartão são as compras de alimentos por delivery e os gastos com transportes e combustíveis, ambos presentes em 22% das respostas.

Para evitar a inadimplência, especialistas da Serasa orientam os usuários de cartões de crédito a fazerem uma análise da vida financeira e reorganizar todos os seus gastos.

Portaria confirma nomeação de Lara Resende, Barbosa e Persio Arida para transição

O vice-presidente eleito da República, Geraldo Alckmin, coordenador do Gabinete de Transição, oficializou a nomeação dos economistas André Lara Resende, Guilherme Santos Mello, Nelson Barbosa e Persio Arida para a Coordenação do Grupo Técnico de Economia do Gabinete de Transição Governamental. Os nomes estão publicados em edição extra do Diário Oficial da União.

Também foram nomeados para a Coordenação do Grupo Técnico de Planejamento, Orçamento e Gestão da Transição: Antônio Carlos Lacerda, Enio Verri, Esther Dweck e o ex-ministro Guido Mantega.

A mesma edição do DOU traz a nomeação dos integrantes da coordenação do Grupo Técnico de Comunicação da Transição, confirmando o nome do ex-ministro Paulo Bernardo Silva, de Alessandra Orofino, Cézar Santos Alvarez, Jorge Bittar e Helena Martins.

Para o Grupo Técnico de Direitos Humanos, foram nomeados Janaina Oliveira, Luiz Alberto Silva dos Santos, Maria do Rosário Nunes, Margarida Quadros, Maria Vitória Benevides, Rubinho Linhares e Sílvio Luiz de Almeida.

Também estão nomeados os integrantes para a coordenação do Grupo Técnico de Mulheres: Anielle Franco, Aparecida Gonçalves, Eleonora Menicucci de Oliveira, Maria Helena Guarezzi, Roberta Eugênio e Roseli Faria.

Segundo as portarias, os grupos técnicos terão coordenação, relator, assessor administrativo e integrantes permanentes ou eventuais convidados pela coordenação.

Governo encaminha ao Senado indicações para Anatel, Antaq, ANTT, ANM e ANPD

O presidente da República, Jair Bolsonaro, encaminhou ao Senado, para apreciação, várias indicações para cargos na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Mineração (ANM) e Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). As mensagens estão publicadas em edição extra do Diário Oficial da União.

Para exercer o cargo de membro do conselho diretor da Anatel, foi indicado o nome de Alexandre Reis Siqueira Freire. Ele está sendo indicado para a vaga decorrente do término do mandato de Emmanoel Campelo de Souza Pereira.

Alber Furtando de Vasconcelos Neto e Caio César Farias Leôncio foram indicados para o cargo de diretor da Antaq.

Para a vaga decorrente do término do mandato de Davi Ferreira Gomes Barreto na diretoria da ANTT, foi indicado o nome de Lucas Asfor Rocha Lima. Também para a diretoria da ANTT, para a vaga decorrente do término do mandato de Fábio Rogério Teixeira Dias de Almeida Carvalho, foi indicado o nome de Felipe Fernandes Queiroz.

O nome de Ronaldo Jorge da Silva Lima foi indicado para diretoria da ANM. Além dessas indicações, o presidente encaminhou para apreciação do Senado a recondução de Miriam Wimmer para o cargo de diretora do conselho diretor da ANPD, com mandato de quatro anos.

Todas as indicações têm de ser apreciadas pelo Senado e aprovadas para que a nomeação seja enfim efetivada.

Para Lewandowski, Defesa deve ser chefiada por civil

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski defendeu a indicação de um nome civil para ocupar o Ministério da Defesa no futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado foi um dos palestrantes da Brazil Conference, evento organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que reuniu cinco ministros e um ex-ministro do STF em Nova York.

Depois de fazer um preâmbulo no qual elogiou a postura dos militares desde a redemocratização, Lewandowski afirmou: “Estou convencido de que o Ministério da Defesa deve ser ocupado por um civil”.

Durante o debate, o ministro foi questionado pelo jornalista Merval Pereira sobre um suposto convite para ocupar a pasta da Defesa de Lula no ano que vem, quando irá se aposentar da Corte. “Li pelos jornais, mas minha expectativa é cuidar dos netos. Fora de cogitação, até porque não fui convidado”, afirmou.

Mais tarde, porém, Lewandowski foi indagado novamente por jornalistas, na saída do evento, se aceitaria ou não o convite caso fosse feito. “O futuro a Deus pertence”, desconversou o ministro.

Luiz Antônio Fleury Filho, ex-governador de São Paulo, morre aos 73 anos

O ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho, morreu na terça-feira (15), aos 73 anos de idade, na capital paulista. A causa da morte ainda não foi divulgada. A morte foi confirmada em publicação divulgada pelo MDB em uma rede social.

Promotor de Justiça, Fleury foi secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo na gestão de Orestes Quércia e exerceu dois mandatos como deputado federal pelo PMDB.

Um dos episódios que marcaram a gestão de Fleury a invasão na Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, pela Polícia Militar, durante uma rebelião em 2 de outubro de 1992. Morreram 111 presos, e o episódio ficou conhecido como massacre do Carandiru.

Em mensagem no Twitter, o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do MDB, lamentou a morte de Fleury, que era membro da Executiva Estadual do partido, e enviou condolências a parentes e amigos do ex-governador.

Na COP-27, Lula vai unir combate à fome e mudanças climáticas

Em discurso na COP-27, o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, vai afirmar que o combate às mudanças climáticas anda de mãos dadas com o combate à fome e à pobreza.

Em suas falas desde que foi eleito, em 30 de outubro, Lula tem afirmado que combater a fome é sua prioridade. Na semana passada, chegou a se emocionar ao tocar no tema, durante discurso em Brasília.

Segundo pessoas próximas a Lula que ajudaram na preparação do discurso, Lula deve aproveitar o holofote internacional para reafirmar pontos trazidos no seu discurso de vitória, em 30 de outubro. Entre eles, a busca pelo desmatamento zero e o foco em atrair investimentos em bioeconomia e em energia limpa e renovável.

O futuro governo aposta nos recursos e investimentos estrangeiros voltados para o combate às mudanças climáticas como forma de impulsionar a economia nos próximos anos.

Lula chegou ao Egito, onde se realiza a Conferência, na segunda (15). Ele terá reuniões bilaterais, solicitadas por autoridades e organizações estrangeiras.

Seu discurso é muito esperado pela sinalização que dará sobre a agenda ambiental que o Brasil irá tomar a partir do próximo ano, em especial depois da gestão de Jair Bolsonaro, que reduziu o papel dos órgãos ambientais e estimulou o desmatamento, o garimpo ilegal e desmonte da legislação ambiental.

Além de Lula, estão na COP 27 governadores e representantes do parlamento brasileiro, inclusive o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O governo Bolsonaro também tem comitiva na COP, e o representante oficial do país é o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.

Mourão nega que vá passar a faixa a Lula: ‘Não sou o presidente’

O senador eleito e vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), rejeitou assumir a entrega da faixa presidencial ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), diante da possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) se recusar a fazer esse gesto. Segundo o general da reserva, a passagem do adereço “é do presidente que sai para o presidente que entra”. A falta da solenidade não é impeditiva para a posse do petista.

“Não adianta dizer que eu vou passar. Eu não sou o presidente. Eu não posso botar aquela faixa, tirar e entregar. Então, se é para dobrar, bonitinho, e entregar para o Lula, qualquer um pode ir ali e entregar”, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a transmissão do adereço não passa de uma solenidade, ou seja, o gesto não é imprescindível para que o presidente eleito tome posse. O novo chefe do Executivo passa a ocupar formalmente o cargo após fazer juramento à Constituição no Congresso Nacional.

O jornal O Estado de S. Paulo também mostrou que a próxima primeira-dama, Rosângela “Janja” da Silva, quer organizar uma cerimônia simbólica e fora dos protocolos no próximo 1º de janeiro, e não conta com a presença de Bolsonaro no dia.

A ideia da socióloga é que pessoas comuns, sem cargos, entreguem a faixa presidencial para Lula no Parlatório do Planalto.

TCU entrega à transição de governo série de diagnósticos sobre a máquina pública

O presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, entregou ao vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin (PSB), uma série de documentos com diagnósticos sobre a máquina pública.

A equipe de transição utilizará os dados reunidos pelo TCU como uma das fontes para embasar relatórios sobre cada área da administração federal. A previsão é que relatório final da transição fique pronto em 10 de dezembro.

Foram, ao todo, quatro grandes relatórios:

  • “Lista de Alto Risco da Administração Pública”;
  • “Relatório de Fiscalização de Políticas Públicas de 2021”;
  • “Parecer prévio sobre as Contas do Presidente da República de 2021”;
  • “TCU e o Desenvolvimento Nacional”.

“Todos esses relatórios consolidam informações que já foram julgadas pelo plenário. O que estamos fazendo e faremos ao longo das próximas semanas são atualizações que a equipe de transição pedir para auxiliar no funcionamento do próximo governo”, afirmou Dantas, após se reunir com Alckmin para a entrega dos documentos.

Relator do Orçamento diz que governo Lula deverá cortar subsídios, fazer reforma tributária e taxar lucros e dividendos

O relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou na quinta-feira (17) que o futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá cortar subsídios, fazer a reforma tributária e taxar lucros e dividendos ao destacar que a PEC da Transição, apresentada na véspera, é de caráter emergencial e o mínimo para que o país “continue respirando”.

“Nós precisamos fazer todas essas reformas e o futuro governo deverá fazer para fazer um Orçamento com todas essas reformas juntas para 2024”, disse em entrevista à GloboNews.

“O que estamos fazendo hoje é de caráter emergencial, o mínimo que estamos fazendo para o novo governo respirar”, reforçou.

Aliado de Lula, Castro defendeu que já nos primeiros dias o futuro governo priorize as reforças necessárias para fazer com que elas avancem ainda no primeiro semestre de 2023.

O senador, que tem participado ativamente das negociações em torno da PEC da Transição, disse que a proposta tem por objetivo retirar de forma permanente do teto de gastos recursos para serem investidos no Bolsa Família, indicando que isso é um pacto da sociedade brasileira com os mais vulneráveis.

Questionado sobre o fato de que a proposta deve abrir um espaço fiscal de 200 bilhões de reais para gastos, Castro negou que seja um cheque em branco e que haverá a indicação de onde cada recurso será empregado.

“Não vou ter um cheque em branco, uma ação ilimitada para poder colocar o recurso onde eu quiser não, a comissão de transição que vai dizer”, destacou.

Guido Mantega pede desligamento da equipe de transição

O ex-ministro Guido Mantega comunicou na quinta-feira (17), sua renúncia ao trabalho voluntário na equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O afastamento foi confirmado no fim da tarde. Segundo a assessoria do governo de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, coordenador-geral dos trabalhos, telefonou para o ex-ministro e “o agradeceu pela colaboração, cooperação e gesto de desprendimento”.

Mantega foi titular dos ministérios da Fazenda e do Planejamento, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff. Ele também ocupou outros cargos importantes, como o de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ex-ministro foi anunciado na equipe de transição na semana passada, como voluntário não-remunerado do grupo temático da área de planejamento, orçamento e gestão.

Mantega responde a procedimento administrativo do Tribunal de Contas da União (TCU) que o proíbe de exercer cargos públicos. A investigação se refere à suposta postergação de pagamento de despesas do governo quando foi ministro, no caso que ficou conhecido como pedaladas fiscais e que foi uma das bases do processo que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.

Até o momento, 285 pessoas foram incorporadas à equipe de transição, a maioria são voluntários não remunerados e servidores públicos requisitados, e 13 nomeados para cargos comissionados previstos na legislação, além do coordenador-geral, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Ao todo, são 31 grupos temáticos.

Bolsonaro completa duas semanas recluso e com compromissos apenas na residência oficial

O presidente Jair Bolsonaro (PL) completou duas semanas sem aparições públicas. Nesse período, os encontros que ele teve foram dentro do Palácio da Alvorada, que é a residência da Presidência da República.

Nas redes sociais, em que costumava ser ativo, Bolsonaro diminuiu o ritmo de publicações.

Na porta do palácio, diminuiu também o movimento de apoiadores, com os quais Bolsonaro conversava quase diariamente, o que também não tem acontecido nos últimos dias.

A reclusão do presidente coincide com a derrota na eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No dia 31 de outubro, um dia após a derrota na eleição, Bolsonaro foi ao Palácio do Planalto, local de trabalho da Presidência, para uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

No dia seguinte, em 1º de novembro, Bolsonaro fez duas aparições públicas. Primeiro, ele deu um pronunciamento no Alvorada para falar sobre o resultado das eleições. Na ocasião, disse que respeitará a Constituição.

Depois, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para uma reunião com os ministros da Corte.

Ainda naquela semana, na quinta-feira (03), o presidente esteve no Palácio do Planalto para um encontro com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB).

O pronunciamento, a interação com Alckmin e a conversa no STF não constam na agenda oficial. Depois desses eventos, Bolsonaro não teve mais aparições públicas.

Uber lança em SP e no Rio serviço ‘fura fila’ pagando mais caro pelas viagens

A Uber lançou na segunda-feira (14) em São Paulo e no Rio de Janeiro, o seu serviço de prioridade pagando um valor extra. Com a nova modalidade, os clientes podem “furar a fila” e tentar embarcar mais rápido em viagens pelo aplicativo.

O serviço é oferecido no Brasil desde o último trimestre de 2021 e já estava disponível em 12 capitais (Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Recife, Salvador, São Luis e Vitória), além de Campinas e Santos.

A empresa não diz quanto vai custar o Uber Prioridade, apenas que “o valor das viagens será um pouco maior do que as do UberX”. Diz também que, “por enquanto, o novo produto será limitado a momentos de maior demanda para viagens com até 10 km de distância”.

A Uber não garante que o cliente conseguirá embarcar mais rápido com o serviço, pois “o Uber Prioridade é opcional” e “os parceiros têm liberdade para decidir se querem ou não aceitar as viagens”, mas diz que ele “aumenta as chances de um tempo de espera menor”.

“A nova modalidade da plataforma oferece a possibilidade de embarques mais rápidos para os usuários e, para os motoristas parceiros, mais uma oportunidade de ganhos”, afirma a empresa. “Basta acessar o aplicativo da Uber, digitar os locais de início e destino da viagem e escolher a opção Prioridade”.

CNC: Copa deve gerar R$ 864,49 milhões a bares e restaurantes

A Copa do Mundo de Futebol, que começa no dia 20, deve injetar R$ 864,49 milhões no faturamento de bares e restaurantes brasileiros, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Se confirmado, o montante representará um aumento de 8,3% em relação ao campeonato mundial disputado na Rússia, em 2018, já descontada a inflação do período. Em relação à Copa realizada no Brasil, em 2014, o faturamento previsto ainda é 2,6% menor.

Como consequência do maior movimento, o setor deve abrir 7,7 mil vagas de trabalho temporárias, calculou o economista Fabio Bentes, responsável pelo estudo da CNC. Ele estima que o salário médio de admissão de funcionários seja de R$ 1,5 mil. Nas edições do mundial em 2014 e em 2018, os salários médios de admissão foram de R$ 920 e R$ 1,2 mil, respectivamente.

Vagas para garçons e auxiliares devem responder pela maioria das oportunidades temporárias, o equivalente a 23,4% dos novos empregos previstos. Outros 15,6% dos postos seriam para a função de cozinheiro e 15% para atendentes de lanchonete.

Segundo a CNC, o faturamento de bares e restaurantes costuma crescer 2,52% nos meses de Copa do Mundo.

“Além disso, o fato de que o campeonato será disputado no período de pagamento da primeira parcela do 13º salário favorece a expansão dos gastos neste ano”, apontou o estudo.

Índice de varejo da Cielo mostra alta de 1% nas vendas reais em outubro

As vendas no varejo brasileiro subiram 1% em outubro ante mesma etapa de 2021, descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que acompanha 1,1 milhão de varejistas credenciados à maior empresa de meios de pagamentos.

Em termos nominais, o índice que espelha a receita de vendas observadas pelo varejista, houve alta de 10,5%, divulgou a Cielo na segunda-feira (14).

As vendas em termos reais aceleraram em relação a setembro (+0,3%), enquanto perderam fôlego ante o mês anterior quando não é descontada a inflação (+13%).

Além disso, a Cielo citou eleições em dois domingos no mês, que também atrapalharam o comércio levemente. O Dia das Crianças numa quarta-feira, ante terça-feira no ano passado, esticou o feriadão, tornando o cenário um pouco mais favorável.

Para Felipe Baran, chefe de Inteligência da Cielo, o comércio segue em recuperação. “É o décimo segundo mês consecutivo de alta nas vendas”, afirmou, destacando que segmentos como postos de gasolina, que haviam desacelerado em setembro, voltaram a evoluir.

Ele ressaltou que a Black Friday, no fim de novembro, pode ajudar na recuperação de bens duráveis e semiduráveis, que apareceu negativo nos últimos cinco meses na visão deflacionada, uma vez que a data costuma favorecer as vendas de móveis, eletro e departamento, além de vestuário.

BNDES informa aprovação de R$ 2,2 bilhões em financiamento para Embraer; empresa reduz prejuízo líquido no 3º trimestre

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, em comunicado há pouco, aprovação de R$ 2,2 bilhões em financiamento à Embraer. Segundo informe da instituição de fomento, os recursos serão usados para produção e exportação de aeronaves comerciais fabricadas pela empresa brasileira.

Em informe sobre o tema, o BNDES detalhou que o crédito será concedido por meio do programa BNDES Exim Pré-Embarque. Essa é uma linha de crédito direto do banco para produção de bens nacionais destinados à exportação.

No comunicado, o banco informou que, em seu entendimento, a operação reforça captação de crédito rotativo, anunciado recentemente pela Embraer, de US$ 650 milhões com conjunto de instituições financeiras estrangeiras.

A instituição detalhou, ainda, que a consumação do financiamento está sujeita, dentre outros, ao cumprimento de condições prévias fixadas pelo BNDES e à assinatura do respectivo contrato.

Ao falar sobre o crédito em nota sobre o tema, Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES, comentou que as operações de crédito são importantes para retomada da produção de aeronaves pela Embraer nos patamares pré-pandemia, antes da Covid-19, a crise sanitária começou em 2020.

No entendimento de Aranha, o financiamento também reforça parceria estratégica entre o BNDES e a Embraer iniciada em 1997, “consolidando o apoio do BNDES à indústria aeronáutica e à exportação de aeronaves brasileiras”, destacou o diretor, no comunicado.

Já o diretor financeiro, ou CFO, da Embraer, Antonio Carlos Garcia também citou na mesma nota a longevidade da parceria entre Embraer e BNDES. Para ele, a ligação “ilustra a solidez dessa relação que estimula as exportações do Brasil e beneficia a sociedade como um todo”.

GPA quer incorporar James Delivery para elevar vendas e cortar custos

O GPA, dono do Pão de Açúcar, disse na noite de quarta-feira (16) que pretende incorporar seu negócio de entrega de comida James Delivery com o objetivo de expandir as vendas online do grupo e reduzir custos.

O aplicativo de delivery foi adquirido em 2018 e é detido pelo GPA através de investimento no capital social. Caso a mudança proposta seja executada, os elementos do ativo e passivo do James seriam incorporados ao GPA.

“A decisão da administração pela incorporação de James está fundamentada e totalmente alinhada à estratégia do Novo GPA Brasil de expandir suas vendas na modalidade de e-commerce, aprimorar seu modelo de delivery e, consequentemente, melhorar a experiência de compra dos clientes do grupo”, disse o GPA em fato relevante ao mercado.

O GPA passa por reestruturação recente de seus negócios, tendo decidido no ano passado sair do segmento de hipermercados, no qual operava pela bandeira “Extra Hiper”, e neste ano anunciado estudos para segregar a bandeira Éxito, que opera em países da América do Sul.

O grupo varejista disse na quarta-feira (16) que a ideia da transação é ampliar o volume de entregas especialmente sob a modalidade em até 90 minutos. A empresa ainda mira cortar custos em áreas administrativas e destravar valor estratégico da unidade, “mantendo-se a estrutura e know-how que James possui em entregas express dentro da estrutura do GPA”.

O GPA não divulgou estimativas de sinergias para a incorporação.

Os termos do negócio foram aprovados pelo conselho de administração do GPA e assinados pelas administrações de ambas as empresas, enquanto sua efetivação depende de aval dos acionistas do grupo em assembleia marcada para 16 de dezembro, segundo o documento.

O custo da incorporação é estimado em 226,1 mil reais, incluindo com publicações, auditores, avaliadores, advogados e outros profissionais contratados para assessoria na operação, disse o GPA.

Como o GPA já é dono do James, não será necessário um aumento de capital, segundo a varejista.

Raphael de Carvalho renuncia à presidência do IRB; Marcos Falcão é eleito para o cargo

O IRB Brasil informou que Raphael de Carvalho renunciou ao cargo de presidente-executivo, após pouco mais de um ano na posição, na esteira de meses difíceis para a empresa de resseguros.

O conselho de administração do IRB elegeu em reunião extraordinária o conselheiro Marcos Falcão como novo presidente e, interinamente, vice-presidente de subscrição, acrescentou a companhia em fato relevante ao mercado.

Falcão assumirá as rédeas em um momento difícil para o IRB. A companhia concluiu em setembro uma nova oferta de ações, com desconto de 28,5%, após sucessivos prejuízos mensais levarem analistas a alertar sobre o nível de capital da resseguradora.

No terceiro trimestre, o IRB quase dobrou seu prejuízo líquido em comparação a igual período de 2021, com impactos de questões climáticas em seu negócio de seguro rural.

Falcão já trabalhou como executivo na seguradora e gestora de ativos Icatu, tendo sido presidente da Icatu Seguros e sócio e diretor-executivo do Banco Icatu. Ele é conselheiro do IRB desde maio de 2020.

O IRB entrou em uma espiral descendente em 2020, quando a gestora Squadra Investimentos, com sede no Rio de Janeiro, descobriu irregularidades contábeis na empresa, forçando uma reformulação administrativa.

Em abril de 2022, um ex-executivo sênior do IRB foi acusado de plantar de forma fraudulenta uma história falsa de que a Berkshire Hathaway, empresa do bilionário Warren Buffett, havia feito um investimento significativo na resseguradora brasileira.

Pirataria triplicou prejuízos à economia brasileira em 7 anos, mostra pesquisa

A falsificação de mercadorias é um fenômeno que acontece mundialmente. Dos itens comercializados globalmente em 2019, 2,5% estavam ligados a produtos piratas, segundo dados mais recentes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Já no Brasil, conforme dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), em 2014, a soma dos prejuízos de 15 setores produtivos brasileiros mais os impostos que deixaram de ser arrecadados pelo governo atingiram R$ 100 bilhões em perdas. Em 2021, este número triplicou e subiu para R$ 300 bilhões.

No mundo, ainda conforme OCDE, a categoria de calçados representa 25% do total das vendas ilegais, seguida pelo vestuário, com pouco menos de 20%. Essa tendência por roupas piratas também se reflete por aqui.

Em outubro de 2022, uma operação da Prefeitura de São Paulo, em um shopping da Avenida Paulista, apreendeu bolsas piratas das marcas Louis Vuitton e Prada, que eram vendidas a R$ 200. Segundo relato da operação, os produtos originais têm valor entre R$ 15 mil e R$ 35 mil.

E esse é o principal motivo para a compra de produtos piratas: o preço baixo. Uma pesquisa realizada pela Fecomercio do Rio de Janeiro revelou que 75% dos consumidores de produtos piratas em 2021, apontaram o preço baixo como a principal razão para comprá-los.

Confiança das micro e pequenas empresas cai em outubro, mas segue acima de um ano antes, diz Sebrae

A confiança das micro e pequenas empresa registrou leve queda em outubro, de 0,8 ponto, em relação ao mês anterior, segundo dados antecipados pelo Sebrae ao G1. Foi a segunda queda mensal consecutiva do indicador.

De acordo com o levantamento, a piora foi puxada pela queda no indicador de expectativas, que recuou 2,5 pontos, para 96,7.

Entre os setores, houve queda na confiança do comércio (-2,7 pontos) e dos serviços (-2,1). Já a indústria viu a confiança crescer 0,8 ponto.

Os dados fazem parte da pesquisa “Sondagem de Micro e Pequenas Empresas”, realizada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“A percepção de piora, ainda que de forma modesta, é maior neste momento para as empresas de comércio e de serviços, mas todos os setores projetam agravamento nas perspectivas futuras, considerando o cenário econômico desafiador previsto para 2023, com uma política monetária restritiva, inflação acima da meta e uma desaceleração da economia internacional”, avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

SELIC

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, disse em entrevista à Bloomberg que a chance de um corte próximo da taxa Selic pode “desaparecer” se o governo eleito insistir num ‘waiver’ (licença para gastar) muito maior do que o estimado pelo mercado.

Mesquita aponta que o “waiver” sinalizado atualmente no texto da PEC da Transição, acima de R$ 175 bilhões, poderia levar a dívida bruta em 2023 para próximo dos 80% do PIB, a inflação para 5,6% e o dólar para R$ 6.

Além disso, o economista estima os juros básicos chegando no fim do ano que vem a 13%, apenas 0,75 ponto a menos do que o patamar atual. Ele, no entanto, não vislumbra agora um cenário em que o Banco Central tenha que aumentar juros.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (21), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 13,75%, ante 13,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Boletim Focus, divulgado na manhã de segunda-feira (14), pelo Banco Central, mostrou que o mercado financeiro continua revisando para baixo o cenário para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) este ano. A mediana saiu de alta de 6,35% para 6,32%, a 20ª queda consecutiva da estimativa. Há um mês, a mediana era de 7,55%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (21), a projeção para o IGP-M ficou em 6,01%, ante 6,32% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Ministério da Economia reduziu a estimativa de inflação medida pelo IPCA. Saiu de 6,01% para 6,32%. O motivo é a queda dos combustíveis por causa da queda do barril de petróleo no mercado internacional e pela diminuição de impostos federais e estaduais.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (21), os economistas aumentaram as estimativas do IPCA para 5,88%, ante 5,82% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Ministério da Economia manteve em 2,7% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. É o mesmo valor da última projeção feita pelo ministério, divulgada em setembro.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para o mercado financeiro, de acordo com dados colhidos na semana passada, o PIB deve registrar alta de 2,77% em 2022.

Para 2023, o governo reduziu a projeção de alta do PIB, de 2,5% para 2,1%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (21), a projeção para o PIB ficou em 2,80%, ante 2,77% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (14), o Ibovespa fechou em alta, endossado principalmente pelo avanço de Petrobras e Vale, em sessão de ajustes, com agentes financeiros também atentos ao noticiário sobre a PEC da Transição, que aumenta o espaço para gastos públicos em 2023. O índice Ibovespa teve alta de 0,81%, a 113.161,28 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,8 bilhões.

Na terça-feira (15), feriado, sem operações na bolsa de valores.

Na quarta-feira (16), o Ibovespa fechou em queda, pressionado pelos rumores sobre o conteúdo da PEC da Transição. O mercado também aguarda o anúncio da equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O índice Ibovespa teve queda de 2,58%, a 110.243,33 pontos. O volume financeiro somou R$ 51 bilhões.

Na quinta-feira (17), o Ibovespa fechou em queda, chegando ao patamar dos 107 mil pontos no pior momento, diante de receios de deterioração fiscal após detalhamento da PEC da Transição, que visa excluir da regra do teto de gastos os desembolsos com o Bolsa Família e outras mudanças orçamentárias. O índice Ibovespa teve queda de 0,49%, a 109.702,78 pontos. O volume financeiro somou R$ 42,3 bilhões.

Na sexta-feira (18), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,18%, a 109.905,39 pontos. O índice chegou a testar os 111 mil pontos na abertura, com discussões sobre enxugamento da PEC da transição após forte aversão ao risco no mercado, mas caiu para a faixa dos 109 mil pontos, e agora oscila entre perdas e ganhos. Sem indicadores relevantes, investidores monitoram cenário de juros nos EUA e negociações da PEC da Transição, sobretudo seus impactos fiscais. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,76%, a 108.870,17 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,4 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (18), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,64%, cotado a R$ 5,3674 na venda. O dólar caía frente ao real na sexta-feira (18), revertendo ganhos da véspera após tentativas do governo eleito de tranquilizar os mercados quanto ao risco de descontrole fiscal sob a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto a possibilidade de a PEC da Transição ser enxugada no Congresso fornecia alívio adicional.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (18) cotado a R$ 5,3748, profissionais do mercado atribuem a baixa de hoje a ajustes para correção de exageros recentes, quando investidores promoveram uma “reprecificação” da taxa de câmbio em meio a temores de piora do quadro fiscal e a especulações sobre o perfil da futura equipe econômica.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
21/11/2022