Cenário Econômico Nacional – 30/01/2023

Cenário Econômico Nacional – 30/01/2023

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado vê inflação mais alta e aumenta previsão para Selic em 2024

O mercado voltou a elevar as perspectivas para a inflação tanto este ano quanto no próximo, passando a calcular a taxa básica de juros mais alta em 2024, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada na segunda-feira (23).

Segundo o levantamento semanal, a Selic deve terminar este ano a 12,50%, sem alterações, mas 2024 fechará com uma taxa de 9,50%, de 9,25% projetados antes.

Atualmente a taxa está em 13,75%, nível que deve ser mantido na reunião de política monetária do BC de 31 de janeiro e 1 de fevereiro de acordo com a mediana das expectativas no Focus.

As contas para a alta do IPCA na pesquisa, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, seguiram aumentando. A inflação agora é calculada em 5,48% em 2023 e 3,84% em 2024, de respectivamente 5,39% e 3,70% na semana anterior.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto, a projeção de crescimento este ano melhorou em 0,02 ponto percentual, a 0,79%, enquanto que para 2024 permaneceu em 1,50%.

Inadimplência na cidade de São Paulo recua a 25,5% em dezembro, aponta pesquisa

A inadimplência das famílias que moram na cidade de São Paulo atingiu 25,5% em dezembro de 2022, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (FecomercioSP). Ao todo, 1,03 milhão de lares paulistanos estavam inadimplentes em dezembro.

O total foi menor do que o registrado em novembro, quando 25,8% das famílias paulistanas estavam inadimplentes, mas representa um acréscimo de 223 mil lares (5,3%) em relação a dezembro de 2021. Apesar da queda ainda pequena na margem, o cenário mostra o início de um ciclo de redução das famílias com contas em atraso, na avaliação da FecomercioSP.

Segundo a federação, a maior redução no número de lares com contas em atraso foi registrada entre famílias que possuem renda de até dez salários mínimos, de 31,8% em novembro para 31,2% em dezembro. Entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, a inadimplência passou de 11,0% em novembro para 11,1% em dezembro.

A pesquisa apurou que 74,0% das famílias paulistanas estavam endividadas em dezembro, menor que o volume registrado em novembro (76,3%). Ao todo, são 2,98 milhões de lares da cidade de São Paulo com algum tipo de dívida. O total de famílias endividadas também apresentou queda em relação a dezembro de 2021, quando havia atingido 74,5%.

O número de endividados no cartão de crédito caiu de 85,0% em novembro para 84,6% em dezembro. Também houve queda no endividamento em carnês (15,6% para 15,1%). Em contrapartida, a FecomercioSP apurou avanço no endividamento com financiamento de carro (11,7% para 12,0%).

A retração do endividamento foi puxada pelas famílias de renda mais baixa, avalia a FecomercioSP, passando de 79,9% em novembro para 76,9% em dezembro. Entre famílias com renda mais elevada, a taxa passou de 65,8% para 65,5%.

IPCA-15 sobe 0,55% em janeiro, diz IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, atingiu 0,55% em janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã de terça-feira (23).

Em dezembro, o índice subiu 0,52%. O resultado de janeiro vem acima das projeções de uma alta de 0,52%.

Com o resultado, o indicador anual é de 5,87%, sendo que o consenso indicava 5,83%. Em dezembro, era de 5,90%.

Arrecadação federal atinge R$ 210,19 bilhões em dezembro de 2022

A arrecadação total das Receitas Federais fechou o mês de dezembro de 2022 em R$ 210,19 bilhões, informou na terça-feira (24) a Receita Federal. O valor representa um acréscimo real de 2,47% em relação a dezembro de 2021, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No período acumulado de janeiro a dezembro de 2022, a arrecadação alcançou o valor de quase R$ 2,22 trilhões. O Ministério da Fazenda disse que este é o melhor desempenho arrecadatório para o mês de dezembro desde 2000.

Em relação às Receitas Administradas, o valor arrecadado em dezembro de 2022 foi de R$ 204 bilhões, representando um acréscimo real de 2,04%. No período acumulado de janeiro a dezembro, a arrecadação alcançou R$ 2,09 trilhões, registrando acréscimo real (IPCA) de 6,64%.

De acordo com a Receita, o aumento observado no mês de dezembro pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

No acumulado do ano, o IRPJ e a CSLL totalizaram uma arrecadação de R$ 489,6 bilhões, com crescimento real de 17,73%. Esse desempenho é explicado pelos acréscimos de 82,09%% na arrecadação relativa à declaração de ajuste do IRPJ e da CSLL, decorrente de fatos ocorridos ao longo de 2021, e ao acréscimo de 16,9% na arrecadação da estimativa mensal.

“Destaca-se crescimento em todas as modalidades de apuração do lucro. Além disso, houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 42 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, no período de janeiro a dezembro do ano passado, e de R$ 40 bilhões, no mesmo período de 2021”, diz a Receita Federal.

O resultado de dezembro de 2022, quando comparado ao mesmo período do ano passado, mostra um recuo de 3,91% no IRPJ (R$ 17,2 bilhões e de 1,11% na CSLL (R$ 9,2 bilhões), resultantes basicamente do decréscimo real de 6,64% na arrecadação da estimativa mensal, principalmente das empresas não financeiras.

A Cofins e o PIS/Pasep apresentaram uma arrecadação conjunta, no período de janeiro a dezembro de 2022, de R$ 406,7 bilhões, representando um acréscimo real de 0,07%.

Esse desempenho é explicado pelo acréscimo real de 8,59% no volume de serviços, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PMC-IBGE), e do decréscimo real de 0,88%, no volume de vendas (PMC-IBGE), ambos no período compreendido entre dezembro de 2021 e novembro de 2022 relativamente ao período compreendido entre dezembro de 2020 e novembro de 2021.

Também contribuíram para o resultado, o desempenho de algumas atividades econômicas, especialmente comércio varejista e entidades financeiras e a redução a zero das alíquotas dessas contribuições sobre os combustíveis, instituídas pelas leis n.º 192 e n.º 194 de 2022.

Em dezembro do ano passado, a arrecadação dos dois tributos foi de R$ 26,4 bilhões para a Cofins e de R$ 7,3 bilhões para o PIS/Pasep, com decréscimos de 12,73% e de 10,04%, respectivamente.

Inflação pelo IPC-S sobe 0,62% na terceira quadrissemana de janeiro de 2023

O IPC-S da terceira quadrissemana de janeiro de 2023 sobe 0,62% e acumula alta de 4,42% nos últimos 12 meses. A evolução recente da variação acumulada em 12 meses encontra-se no gráfico do release.

Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Transportes cuja taxa de variação passou de 0,18%, na segunda quadrissemana de janeiro de 2023 para 0,61% na terceira quadrissemana de janeiro de 2023. Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cujo preço variou 0,82%, ante -0,24% na edição anterior do IPC-S.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (1,45% para 2,14%), Comunicação (0,54% para 0,75%), Habitação (0,04% para 0,11%) e Despesas Diversas (0,17% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: cursos formais (3,27% para 4,75%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,53% para 1,38%), condomínio residencial (-0,12% para 0,56%) e conselho e associação de classe (0,53% para 0,73%).

Em contrapartida, os grupos Vestuário (0,71% para 0,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,66% para 0,52%) e Alimentação (0,68% para 0,63%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: roupas femininas (0,44% para -0,33%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,73% para 0,07%) e óleos e gorduras (1,51% para 0,98%).

Confiança do consumidor no Brasil inicia 2023 em queda, diz FGV

Os consumidores brasileiros iniciaram 2023 com queda na confiança em janeiro devido ao pessimismo em relação aos próximos meses, mostraram dados da Fundação Getúlio Vargas divulgados na quarta-feira (25).

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV teve no mês queda de 2,2 pontos, atingindo 85,8 pontos.

“O resultado reflete o pessimismo em relação aos próximos meses, embora as famílias de menor poder aquisitivo ainda se mantenham otimistas”, ressaltou em nota a coordenadora das sondagens, Viviane Seda Bittencourt.

“A percepção sobre a situação atual não se altera muito em relação aos meses anteriores, ou seja, há uma desaceleração do mercado de trabalho, endividamento e taxa de juros elevados que continuam diminuindo as intenções de compras nos próximos meses”, completou.

O Índice de Situação Atual (ISA) subiu ligeiramente de 70,9 em dezembro para 71,1 em janeiro, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 3,6 pontos, para 96,7 pontos, retornando a nível abaixo da neutralidade.

Fluxo cambial total em janeiro até o dia 20 é negativo em US$ 992 milhões, mostra Banco Central

Depois de encerrar dezembro com saídas líquidas de US$ 12,482 bilhões, o país registrou fluxo cambial negativo de US$ 992 milhões em janeiro, até o dia 20, informou na quarta-feira (25), o Banco Central. Em 2022, o saldo foi positivo em US$ 9,574 bilhões.

O canal financeiro apresentou saídas líquidas de US$ 909 milhões no período. Isso é o resultado de aportes no valor de US$ 29,780 bilhões e retiradas no total de US$ 30,689 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo de janeiro, até o dia 20, foi negativo em US$ 83 milhões, com importações de US$ 12,619 bilhões e exportações de US$ 12,536 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 1,388 bilhão em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,276 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 8,872 bilhões em outras entradas.

O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 666 milhões na semana passada, de 16 a 20 de janeiro, informou o Banco Central.

Consumo nos lares brasileiros encerra 2022 com alta de 3,89%

O Consumo nos Lares Brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou 2022 com alta de 3,89%% na comparação com o ano anterior. No último trimestre, o indicador permaneceu em patamar acima de 3%, com altas acumuladas em outubro (3,02%), novembro (3,52%), dezembro (3,89%). Em dezembro, houve alta de 15,19% ante novembro. Na comparação com dezembro de 2021, a alta é de 6,23%.

O resultado contempla os formatos de loja: atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“As medidas de estímulo à economia, adotadas pelo governo federal sustentaram o consumo nos lares brasileiros ao longo de 2022. No cenário macroeconômico, a deflação no preço dos alimentos básicos, o pagamento do pacote de benefícios sociais, e o aumento do emprego formal deram impulso ao consumo de forma ainda mais expressiva no último trimestre”, diz a Abras.

De acordo com a entidade, o resultado superou as projeções estimadas entre 3% e 3,30%. Essas estimativas foram revistas em agosto após a liberação do pacote de benefícios de cerca de R$ 42 bilhões pelo governo federal para os programas auxílios Brasil, Gás, Caminhoneiro e Taxista. Analistas da entidade calcularam, na época, que cerca de 50% do montante seria destinado à compra de alimentos nos supermercados.

“A previsibilidade nos recebimentos dos auxílios e ampliação do número de beneficiários ao longo do ano foram decisivos para a impulsionar o consumo dos gêneros alimentícios, principalmente para famílias com menor poder aquisitivo devido à elevada inflação que impactou a cesta de alimentos”, afirmou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

De acordo com os dados da associação, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) encerrou o ano em alta de 7,69%. No recorte da cesta básica com 12 alimentos, houve aumento de 0,39% em dezembro ante novembro e o preço médio ficou em R$ 317,56. As principais quedas foram puxadas por leite longa vida (-3,83%), farinha de trigo (-1,76%), carne (-0,71%), queijo (-0,39), café moído (-0,31%).

Dentre os alimentos que mais pressionaram o preço da cesta de alimentos no ano os destaques são batata (+56,89), cebola (+51,10%), queijo muçarela (+48,05%), farinha de mandioca (+43,34%), refrigerante (+35,66%), farinha de trigo (+33,98).

No sentido contrário, a carne bovina registrou deflação no acumulado do ano e encerrou o período em queda de 4,77% para os cortes dianteiro e de 3,96 para traseiro%. Outras variações negativas foram registradas no biscoito cream cracker (-8,03%), leite longa vida (-4,83%), açúcar refinado (-4,55%), óleo de soja (-4,41%).

Na categoria de higiene e beleza, os produtos com maior variação nos preços foram: sabonete (+27,15%), papel higiênico (+19,07%), creme dental (+15,06%), xampu (+14,72). Na cesta de limpeza, as maiores variações foram puxadas por sabão em pó (+28,93%), detergente líquido para louças (+18,10%) e desinfetante (+13,32%).

Na análise regional, a menor variação no acumulado do ano foi registrada na Região Nordeste (+6,53%), seguida pelo Norte (+8,25%), Sul (+9,12%), Centro-Oeste (+9,48%), Sudeste (12,56%). Quanto ao preço médio, a Região Sul registrou em dezembro a cesta mais cara do país (R$ 843,36), seguida pelo Norte (R$ 832,62), Sudeste (R$ 760,26), Centro-Oeste (R$ 703,47) e Nordeste (R$ 684,51).

Dívida pública federal cresce 6% em 2022 e Tesouro vê estoque de até R$ 6,8 trilhões no final deste ano

A dívida pública federal subiu 6% em 2022 em relação ao ano anterior, para 5,951 trilhões de reais, mas ficou abaixo da meta estabelecida para o ano, informou o Tesouro Nacional na quinta-feira (26), prevendo que ao final de 2023 o estoque poderá subir a até 6,8 trilhões de reais.

Em valores absolutos, o crescimento no ano passado foi de 337,8 bilhões de reais. Com isso, o estoque ficou fora do intervalo de 6,0 trilhões a 6,4 trilhões de reais estabelecido como meta no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro para 2022.

De acordo com o subsecretário da Dívida Pública no Tesouro, Otávio Ladeira, o descumprimento do parâmetro, o único entre os sete objetivos do ano a não ser atingido, ocorreu por conta de um resgate líquido de 219 bilhões de reais no ano.

Segundo ele, o Tesouro optou por reduzir as emissões de títulos no ano passado, período marcado por fatores que dificultaram a gestão da dívida, como a guerra na Ucrânia, a trajetória de alta nos juros e as incertezas fiscais.

Ainda assim, ele afirmou que uma série de ganhos para o caixa do Tesouro não previstos anteriormente ajudaram a reforçar o colchão de liquidez para gestão da dívida. Entre os fatores, estão recursos recebidos do Banco Central e de bancos públicos, além da desvinculação de fundos.

“Havia uma série de eventos que foram dificultando a rolagem daqueles papeis que estávamos ofertando. Nós poderíamos ter encurtado (os prazos da dívida), decidimos não encurtar em função do caixa que recebemos”, disse.

Ao fim desse balanço, a reserva de liquidez da dívida pública ficou relativamente estável no fechamento do ano, em 1,176 trilhão de reais, ante 1,186 trilhão de reais em 2021. O valor é suficiente para bancar 8,4 meses de vencimentos à frente.

Em relação ao custo médio do estoque da dívida, o nível subiu para 10,21% ao ano, ante 8,91% no encerramento do ano anterior. O custo médio das emissões da dívida interna, por sua vez, atingiu 12,08%, ante 8,49% em dezembro de 2021.

Ladeira disse que o custo da dívida foi pressionado para cima, de um lado, pela elevação da taxa básica de juros e, puxado para baixo, por outro lado, pela queda da inflação, os dois fatores são os principais indexadores de títulos do Tesouro.

Estrangeiros investem US$ 90 bilhões no Brasil em 2022, maior valor em dez anos

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira totalizaram US$ 90,5 bilhões no ano de 2022, informou o Banco Central.

Trata-se do maior patamar para um ano fechado desde 2012 (US$ 92,5 bilhões), ou seja, em dez anos.

Em 2021, o ingresso de investimentos diretos totalizou US$ 46,4 bilhões. A série histórica do BC para esse indicador tem início em 1995.

A entrada de investimentos no país está relacionada com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), apesar da desaceleração que vem sendo registrada por conta da alta dos juros básicos da economia.

Em 2021, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5%. O resultado oficial para 2022 ainda não foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas a expectativa do mercado financeiro é de uma expansão de cerca de 3% no ano passado.

O ingresso de recursos por essa modalidade revela que os estrangeiros estão realizando investimentos produtivos no país, o que denota confiança na economia brasileira.

Joaquim Barbosa reage a Mourão: ‘poupe-nos da sua hipocrisia’

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, reagiu duramente às declarações dadas pelo ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que criticou o governo Lula pela troca de comando no Exército.

Nas redes sociais, Joaquim Barbosa pede a Mourão que o agora senador eleito pelo Republicanos “poupe-nos da sua hipocrisia, do seu reacionarismo, da sua cegueira deliberada e do seu facciosismo político”. Barbosa afirma que “fatos são fatos!” e pede “mais respeito a todos os brasileiros!”

Os comentários foram feitos após Mourão divulgar uma entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, no sábado (21), em que Mourão critica a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter determinado a demissão do comandante do Exército, Júlio Cezar Arruda, por insubordinação e resistência em anular a nomeação do ex-braço direito de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que seria enviado para o comando de um batalhão do Exército em Goiânia (GO).

Mourão afirmou que, “se o motivo foi tentativa de pedir a cabeça de algum militar, sem que houvesse investigação, mostra que o governo realmente quer alimentar uma crise com as Forças e em particular com o Exército. Isso aí é péssimo para o país”, disse Mourão à Folha.

Joaquim Barbosa respondeu. “Mais respeito a todos os brasileiros! ‘Péssimo para o país’ seria a continuação da baderna, da ‘chienlit’ (termo francês para se referir à baderna ou confusão, em tradução livre) e da insubordinação claramente inspirada e tolerada por vocês, militares”, escreveu, mandando um conselho para Mourão, que agora será senador.

“Senhor Mourão, assuma o mandato e aproveite a oportunidade para aprender pela primeira vez na vida alguns rudimentos de democracia! Não subestime a inteligência dos brasileiros!”

A reportagem enviou uma mensagem a Hamilton Mourão, para que o senador eleito se manifestasse a respeito das declarações de Joaquim Barbosa. Não houve resposta até a publicação deste texto.

Segundo relatos colhidos pela reportagem no Exército e no Planalto, o general Júlio Cezar Arruda foi demitido por três fatores principais. Primeiro, Lula ficou irritado com a resistência no Comando do Exército de permitir a prisão no acampamento de bolsonaristas em frente ao Quartel-General em Brasília, na noite da invasão e depredação das sedes dos Poderes. Pesou também para a demissão do comandante os fortes indícios de que o Comando Militar do Planalto, ligado ao Exército, falhou significativamente na contenção dos ataques.

Na Argentina, Lula faz 1ª viagem internacional com moeda comum em foco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve na segunda-feira (23) as suas primeiras agendas públicas no exterior desde que tomou posse. Em Buenos Aires na companhia de ministros como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda), Lula pretende reaproximar o Brasil da nação vizinha em meio à motivação de recuperar a imagem do País lá fora ao longo do mandato. Ao longo das bilaterais, um assunto em foco: a possibilidade de criar, com a Argentina, uma moeda comum para transações financeiras e comerciais.

O primeiro compromisso de Lula em Buenos Aires, que deve acontecer perto das 10h30, tem caráter simbólico. Será a entrega de flores aos pés do monumento de José de San Martín, símbolo da independência da Argentina em relação à Espanha. Em seguida, o petista segue para reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na Casa Rosada. Como antecipou a reportagem, para além da moeda comum, estará em pauta a discussão sobre como levar gás de xisto da região de Vaca Muerta para o Brasil.

O único acordo formal já anunciado para a viagem será assinado logo em seguida, e envolve cooperação científica na Antártida. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está na comitiva de Lula. No mais, serão firmados apenas compromissos de pretensão de ajuda mútua em outras áreas, seguidos de uma declaração conjunta à imprensa. Na sexta-feira, o Itamaraty reconheceu que a visita à Argentina tem dimensão “claramente política”.

Após almoço com Fernández, a tarde de Lula será reservada a encontros com lideranças de direitos humanos, como o movimento Mães da Plaza de Mayo. Depois, segue para encontro com empresários locais no Museu do Bicentenário.

À noite, o presidente brasileiro participa de evento cultural no Centro Cultural Kirchner (CCK) batizado de “Concerto da Irmandade Argentino-brasileira”, com direito a uma exposição fotográfica sobre povos originários assinada por Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial de Lula e secretário de audiovisual do governo brasileiro.

Na terça-feira, dia 24, estão previstas a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a realização de bilaterais com outros líderes mundiais, como os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

Ao financiar exportação à Argentina Brasil defende seu mercado, diz Haddad, que nega risco para BB

A proposta de uma moeda comum para transações comerciais com a Argentina, em processo que terá como um primeiro passo a implantação de um mecanismo de financiamento às exportações do país vizinho, visa enfrentar um problema de falta de divisas da economia argentina e permitir que o Brasil recupere terreno na relação comercial com um importante consumidor de produtos industrializados do país, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Quem está oferecendo financiamento de médio e longo prazo está levando um comércio que seria natural entre Brasil e Argentina”, disse Haddad a jornalistas em Buenos Aires, citando a China como principal competidor, não na qualidade dos produtos, mas no prazo de financiamento.

“Nossas exportações de manufaturados são para América do Sul. Se a gente perder esse espaço aumenta a desindustrialização na região”, complementou.

A Argentina é o terceiro principal destino das exportações do Brasil e a terceira principal origem das importações brasileiras. Em 2022, do total de 15,4 bilhões de dólares exportados pelo Brasil à Argentina, 91% foram em produtos industrializados.

Depois de afirmar em discurso que parte dessa nova engenharia envolverá o financiamento de exportações pelo Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) por meio de cartas de crédito, o que derrubou as ações do banco, Haddad negou que haverá risco para o banco estatal ou qualquer outra instituição financeira.

“O Banco do Brasil não vai tomar risco nenhum com essa operação de crédito de exportação. Nós vamos ter um fundo garantidor, que é um fundo soberano, que vai garantir as cartas de crédito emitidas pelo BB para os exportadores brasileiros”, repetindo que está sendo negociado um sistema de garantias com a Argentina.

O risco para o banco, diz Haddad, é apenas o de conversão entre o peso e o real. Hoje, com 30 dias, a perda do banco é pequena. Com o aumento do prazo, pode passar a ser maior, mas aí, explica, entra o fundo garantidor de exportações.

Ao mesmo tempo, o governo brasileiro negocia que, a cada operação, o governo argentino irá oferecer colaterais com liquidez internacional, que podem ser títulos da dívida de países estáveis ou contratos futuros de venda de commodities, por exemplo. No caso de a empresa argentina não honrar seu compromisso com o banco brasileiro e o fundo garantidor tiver que ser acionado, o governo brasileiro teria como recuperar os recursos.

PDT confirma apoio à reeleição de Pacheco ao comando do Senado

Com dois senadores, a bancada do PDT no Senado anunciou apoio à reeleição do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na Casa. O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, afirmou que a decisão interna de apoiar Pacheco já tinha sido tomada em dezembro.

“Mesmo sem o senhor pedir, nós já tínhamos fechado apoio”, afirmou o ministro da Previdência Social de Luiz Inácio Lula da Silva, que discursou ao lado de Pacheco na sede do Diretório Nacional da sigla, em Brasília. Os dois representantes do PDT na Casa, Weverton Rocha (MA) e Leila Barros (DF), também participaram.

Lupi destacou os feitos da gestão de Pacheco à frente da Casa, com seriedade e respeito às minorias e à democracia. “Externamos nosso respeito, admiração e gratidão por seu papel desempenhado no Senado”, disse o presidente do PDT. “Nossa declaração formal de apoio nada mais é do que ser justo, correto.”

Pacheco é o nome do governo na disputa e já conseguiu reunir, até o momento, o apoio formal de sete partidos: PSD, PT, Rede, Cidadania, PSB, Pros e PDT. Se todos os integrantes dessas legendas votarem no senador, ele já acumula 25 votos dos 41 necessários para vencer.

Aliados de Pacheco esperam que o MDB também feche questão. A bancada do partido elegeu 10 senadores. O presidente do Senado ainda busca apoio do União Brasil (12) e do PSDB (4).

A votação, contudo, é secreta, o que facilita as “traições”. Além disso, pode haver ausências. O placar do Estadão aponta que Pacheco tem 22 votos declarados.

O principal adversário de Pacheco na campanha para a presidência do Senado é o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), candidato da ala bolsonarista da Casa. Conforme mostrou o Broadcast Político, aliados e até opositores de Pacheco avaliam que ele ganhou novo fôlego frente a Marinho para se reeleger ao cargo após os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Pacheco esteve ao lado do Judiciário durante toda sua gestão, enquanto o candidato do PL tem mantido o discurso bolsonarista como mote de campanha.

Em 3º encontro com Lula, Tarcísio vai pedir recursos para saúde e mobilidade

O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reúne pela terceira vez com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sexta-feira (27), em Brasília, em uma reunião convocada pelo chefe do Executivo junto com os governadores dos 27 Estados do País. Na ocasião, Tarcísio pedirá recursos para financiamento da saúde e mobilidade urbana de São Paulo.

De acordo com Tarcísio, filas para cirurgia ortopédica e queda na saúde financeira da rede filantrópica serão temas abordados no encontro. “O maior credor dos hospitais filantrópicos é a Caixa Econômica, então a gente tem que ou perdoar dívida pequena ou alongar prazo para pagamento de dívida, diminuir taxa de juro”, afirmou o governador nesta manhã a jornalistas.

Tarcísio abordará, ainda, a necessidade de revisão da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma tabela congelada há muito tempo e ela que remunera os procedimentos”, emendou. Ele também vai pedir apoio aos projetos de mobilidade urbana do Estado, como o trem intercidades, expansão das linhas de metrô para a Grande São Paulo e obras na Baixada Santista.

A privatização do Porto de Santos, prioridade na pauta de Tarcísio, não deve ser tratada no encontro. O governador deve se reunir ainda com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), para avançar no tema. O ministro, no entanto, descarta a ideia de vender a autoridade portuária, mas ressalva que outros serviços possam ser privatizados.

No encontro bilateral com Lula, realizado no início do mês, Tarcísio defendeu a desestatização do Porto de Santos. De acordo com ele, o presidente não fechou as portas sobre o megaleilão, que foi desenhado ainda durante a gestão do governador como ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro. “Não descartou, pelo contrário, abriu o diálogo”, disse na época em exclusividade ao Estadão/Broadcast.

Moraes multa Telegram em mais de R$ 1 milhão por se negar a bloquear conta de Nikolas Ferreira

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), multou a rede social Telegram em R$ 1,2 milhão por não seguir a determinação da Corte de bloquear a conta do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

A penalidade acontece após a rede solicitar, por meio de ofício, que o ministro Alexandre de Moraes reconsidere da decisão. O Telegram tem um prazo de cinco dias para efetivar o pagamento.

O aplicativo de mensagens foi intimado pelo STF a bloquear as contas de usuários por divulgarem falsas informações. As contas a serem bloqueadas pertencem aos influenciadores Monark e Paula Marisa e o deputado federal eleito em Belo Horizonte, Nikolas Ferreira.

O Telegram cumpriu parcialmente o bloqueio dos canais dos influenciadores, mas solicitou que a decisão sobre o deputado fosse reconsiderada.

Na decisão que aplicou a multa, o ministro afirma que a empresa, ao não cumprir a determinação judicial, questiona a autoridade da Corte e que, como uma entidade privada que atua no Brasil, ela “deve respeitar e cumprir, de forma efetiva, comandos diretos emitidos pelo Poder Judiciário relativos a fatos ocorridos ou com seus efeitos perenes dentro do território nacional”.

“A liberdade de expressão é consagrada constitucionalmente e balizada pelo binômio liberdade e responsabilidade, ou seja, o exercício desse direito não pode ser utilizado como verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas. Não se confunde liberdade de expressão com impunidade para agressão”, afirmou Moraes.

Na decisão, o ministro afirmou ainda que “o descumprimento doloso pelos provedores implicados indica, de forma objetiva, a concordância com a continuidade do cometimento dos crimes em apuração, e a negativa ao atendimento da ordem judicial verdadeira colaboração indireta para a continuidade da atividade criminosa, por meio de mecanismo fraudulento”.

Senado pede reforço de policiamento para a posse dos parlamentares

O diretor da Secretaria de Polícia do Senado Federal, Alessandro Morales Martins, pediu, na semana passada, o reforço do policiamento ostensivo nas imediações do Congresso Nacional e entorno para a posse dos senadores, em cerimônia marcada para 1º de fevereiro, e a abertura dos trabalhos legislativos, marcada para o dia seguinte.

O documento com o pedido ao interventor na Segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, foi divulgado na quarta-feira (25) pela assessoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Ambas as cerimônias contam com projeção política, característica cuja sensibilidade foi incrementada em razão dos últimos acontecimentos ligados à invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro último. Ressalte-se que eventos dessa magnitude contam com a previsão de participação de diversas autoridades, e no caso da cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos, há ainda a expectativa de comparecimento dos Chefes dos Três Poderes da República”, diz o diretor da Secretaria de Polícia do Senado no documento.

Martins também pede que sejam tomadas “as demais providências que a Secretaria de Segurança Pública do DF julgar pertinentes para auxiliar esta Secretaria de Polícia em eventual enfrentamento” em alguns cenários de violência.

“Cumpre ainda adiantar que diante da conjuntura nacional, esta Secretaria de Polícia identificou como cenários de riscos a invasão em áreas não autorizadas, a tomada de refém, a presença de atirador ativo, ameaça de explosivo e ainda, a sabotagem em infraestruturas críticas”, afirma.

Cappelli já declarou que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também pediram “atenção especial” em relação à segurança no dia dos eventos.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, prorrogou na segunda-feira (23) o uso da Força Nacional em Brasília após os atos criminosos de 8 de janeiro. A prorrogação se estende até o dia 4 de fevereiro.

PL, PP e Republicanos fecham bloco para apoiar Rogério Marinho no Senado

O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, fechou um acordo com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, e com a senadora Tereza Cristina (PP-MS) para fechar um bloco de apoio à candidatura de Rogério Marinho a presidência do Senado.

Todos se reuniram na sede do PL para fechar o acordo, que deverá ser anunciado oficialmente no sábado (28).

Somados, eles reúnem 23 senadores. Para ser eleito, ele precisa de 41 votos.

O favorito na disputa é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem o apoio do Palácio do Planalto.

Em conversa com a CNN no dia 17 de janeiro, Marinho sinalizou que a linha de sua campanha é apostar na eventual falta de condições de Pacheco de liderar o Senado frente ao fortalecimento do Judiciário.

“Houve invasão de prerrogativas por parte do Judiciário. Hoje você vê alinhamento do Judiciário com o governo Federal e a vitória do Pacheco manterá isso”, afirmou.

Nos cálculos do Partido Liberal (PL), hoje Pacheco conta com 34 votos e Marinho tem 31.

Portanto, existem 16 votos a serem conquistados.

Interlocutores de Pacheco apontam que a candidatura de Marinho representa o fortalecimento do bolsonarismo e acusam apoiadores dos adversários de promoverem uma guerra digital contra o atual presidente do Senado.

PT oficializa apoio à reeleição de Rodrigo Pacheco no Senado

A seis dias das eleições que vão definir a sucessão do comando do Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), candidato à reeleição. O encontro, fora da agenda, durou quase três horas e serviu para ratificar o apoio do bloco governista à candidatura de Pacheco.

Lula levou para a reunião o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT). A conversa ocorreu no mesmo dia em que o PT oficializou o apoio à candidatura de Pacheco. Dois bolsonaristas vão enfrentá-lo: Eduardo Girão (Podemos-CE) e o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), que foi ministro do Desenvolvimento Regional. A campanha de Marinho nas redes sociais associa Pacheco a Lula e explora o antipetismo.

Na sexta-feira da semana passada, dia 20, antes de viajar à Argentina para participar da Cúpula dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), Lula também teve um encontro a portas fechadas com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como mostrou o Estadão.

Enquanto Lula se reunia com o presidente do Senado, integrantes do PT e do governo, como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e a deputada Maria do Rosário (RS), jantavam na residência oficial da Câmara com Lira. Ficou definido ali que Maria do Rosário terá uma vaga na Mesa Diretora da Câmara, ainda a ser definida.

Governadores vão cobrar de Lula a compensação por perdas com ICMS

Os governadores dos 26 estados e do Distrito Federal terão uma nova reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sexta-feira (27), no Palácio do Planalto. No início do mês, eles vieram em peso a Brasília, mas para prestar solidariedade e condenar os atos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes. Agora, o encontro é de trabalho e havia sido solicitado pelo próprio presidente da República, como forma de relançar o pacto federativo no novo mandato.

Na tarde de quinta-feira (26), em evento preparatório, o Fórum de Governadores se reuniu em um hotel da capital federal para definir as demandas que levarão ao governo federal. O principal assunto deve ser a perda de arrecadação com a redução das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um tributo estadual, sobre combustíveis e outros serviços essenciais.

“Estamos destacando um tema urgente, que diz respeito à recomposição da receita dos estados, em decorrência da perda brutal, originada da mudança na legislação, consignada na Lei Complementar 192 e na Lei Complementar 194. Legislações essas que foram aprovadas no ano passado, sem nenhum debate com os estados e que ocasionou e vem ocasionando uma queda brutal na receita dos nossos estados”, disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ao final da reunião.

A Lei Complementar 194 determina a aplicação de alíquotas de ICMS pelo piso (17% ou 18%) para produtos e serviços essenciais quando incidir sobre bens e serviços relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Já a Lei Complementar 192 unificou a forma de apuração do ICMS, especificamente sobre combustíveis, que passou a ser por unidade de medida, em vez de um percentual sobre o preço médio do produto vendido nos postos.

Segundo o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, somente em 2022, após a entrada em vigor das legislações, as perdas de arrecadação nos cofres dos estados ultrapassaram R$ 33 bilhões. Ele afirmou que o Fórum de Governadores vai pedir que o governo federal regulamente um dispositivo da Lei Complementar 194 que estabelece compensação, por parte da União, quando a perda de receita de um estado exceda 5% em relação à arrecadação de 2021.

“O caminho é regulamentar a lei, que diz que se passar de 5% de perda de receita, a União tem que compensar os estados. Não teve a recomposição de receita no ano passado, e é preciso que haja recomposição”, observou.

A pedido do próprio presidente da República, os governadores também deverão apresentar, na reunião de sexta-feira (27), uma lista de obras e ações prioritárias em cada estado e região. Os consórcios interestaduais também apresentarão suas demandas.

Americanas diz que vendas e entregas não foram afetadas após recuperação judicial

A Americanas publicou um comunicado aos clientes no sábado (21) em que diz não terem sido afetadas as compras e entregas de pedidos feitos pelos consumidores. Em nota, a empresa disse que “segue operando normalmente” e “nada mudou”.

“Recomendamos que o cliente acompanhe a entrega do seu pedido, que seguirá dentro dos prazos estipulados no ato da compra. Se tiver qualquer dúvida, procure um dos nossos canais de atendimento”.

A companhia entrou com um pedido de recuperação judicial na quinta-feira (19), oito dias após anunciar ao mercado um rombo bilionário devido a “inconsistências contábeis”.

A recuperação judicial da Americanas já se torna a quarta maior do país, no ano em que a lei das recuperações judiciais (Lei 11.101), de 2005, completa 18 anos. Desde a descoberta, a ação da empresa foi de R$ 12,00 para menos de R$ 1,00.

Déficit comercial do setor químico sobe em 2022 e atinge valor recorde, diz Abiquim

O Brasil registrou, em 2022, déficit recorde na balança comercial de produtos químicos, foram US$ 63 bilhões, valor 36,4% superior ao total registrado em 2021, até então recorde de US$ 46,2 bilhões, e mais do que o dobro daqueles registrados no período anterior à pandemia (de US$ 32,0 bilhões em 2013 e de US$ 31,5 bi em 2019). Os números fazem referência à coleta de dados feita pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) desde 1989.

O déficit é resultado de US$ 80,3 bilhões de importação pelo País (equivale à aquisição de 57,4 milhões de toneladas), também o maior valor registrado ao longo de toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial pela Abiquim, e US$ 17,3 bilhões de exportações.

Na comparação com 2021, as importações cresceram 32,3%, em que pese uma redução de 5,1% nas quantidades físicas adquiridas. No consolidado de 2022, foram registrados relevantes aumentos de valores importados em praticamente todos os grupos de produto – 75,1% em defensivos agrícolas, 63,2% em produtos químicos inorgânicos e 27,9% em produtos químicos orgânicos diversos.

Já as exportações tiveram um aumento de 19,5% na comparação com o ano anterior, o que se deve, em grande medida, ao aumento de 23,7% dos preços médios e à “satisfatória performance nas vendas aos países europeus e latino-americanos, mesmo com as dificuldades econômicas de alguns vizinhos do Mercosul”, de acordo com a associação.

Exportação do Brasil para a Liga Árabe alcança receita recorde em 2022

As exportações do Brasil para a Liga Árabe, bloco de 22 países no Oriente Médio e no Norte da África, alcançaram receita recorde de US$ 17,743 bilhões em 2022. O valor é 23,06% em relação ao ano anterior, segundo dados compilados pelo Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A liderança dos embarques foi constituída por produtos do agronegócio, responsáveis por 70,87% das receitas ao longo do ano.

A Câmara Árabe informa, em nota, que o açúcar liderou a lista de receita cambial, com US$ 3,443 bilhões, alta de 24,73% ante 2021, seguido por derivados de aves (US$ 3,164 bi, +30,58%), minério de ferro (US$ 2,914 bi, -24,03%), milho (US$ 2,013 bi, +92,12%), soja (US$ 1,107 bi, +73,53%) e derivados bovinos (US$ 1,044 bi, +13,55%).

Em 2022, os principais destinos dos produtos brasileiros para o bloco foram: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Argélia, Bahrein, Marrocos, Omã e Catar.

Segundo a Câmara, houve também aumento nas vendas árabes para o Brasil, com crescimento de 53,37% ante 2021, para US$ 15,037 bilhões. Com o resultado, o comércio entre Brasil e Liga Árabe alcançou a inédita marca de US$ 32,780 bilhões, com saldo para o lado brasileiro de US$ 2,706 bilhões, de acordo com a entidade.

Americanas contrata Alvarez & Marsal para recuperação judicial

A Americanas informou que contratou a Alvarez & Marsal para ajudar a coordenar o processo de recuperação judicial da varejista.

Em fato relevante, a Americanas afirmou que a Alvarez & Marsal atuará em coordenação com o Rothschild & Co como interlocutor da companhia na renegociação da dívida financeira.

A empresa pediu recuperação judicial na semana passada, com uma dívida de R$ 43 bilhões, após ter detectado “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões mais cedo neste mês.

A A&M atuará em coordenação com o Rothschild & Co, interlocutor da companhia na renegociação da dívida financeira. O objetivo é assegurar que a equipe executiva tenha todo apoio e ferramentas de referência no mercado para atingir os objetivos estratégicos do negócio.

Segundo o documento, “a Companhia manterá seus acionistas e o mercado em geral atualizados acerca dos assuntos objeto do presente Fato Relevante”.

Montadoras conseguiram desconto de 10% em preços de aços de usinas, diz Inda

Os fabricantes de veículos do país com contratos de preços de aço com siderúrgicas vencendo em janeiro conseguiram neste mês uma redução de cerca de 10% nos valores cobrados pelas usinas, afirmou o presidente da associação de distribuidores de aços planos, Inda, Carlos Loureiro.

Loureiro afirmou ainda que “a maioria dos contratos” foi fechada com prazos menores em relação ao período tradicional de um ano comumente utilizado no setor.

“O desconto de 9% a 12% para as montadoras com contratos em janeiro ficou dentro do esperado. A novidade foi que a grande maioria deles deixou de ser anual e passou a ser semestral”, disse o presidente do Inda. “Uma das usinas fechou só trimestral”, acrescentou sem dizer nomes.

A CSN manifestou alguns meses atrás interesse em reduzir a periodicidade dos contratos de fornecimento de aço às montadoras de veículos. Procurada, a empresa não comentou o assunto.

Loureiro afirmou que vê pouco espaço para as usinas declararem aumentos de preços de aço para a distribuição em fevereiro diante de um quadro em que há sobra de oferta no Brasil, apesar de a situação de prêmios não favorecer importações. Além disso, acrescentou, os estoques dos distribuidores estão em nível baixo. O setor terminou dezembro 817 mil toneladas estocadas, praticamente estável sobre um ano antes e queda de 1,7% ante novembro.

Segundo o presidente do Inda, o aço nacional está 10% mais caro que a liga importada, diferença conhecida no setor como “prêmio”, e este nível não é suficiente para compensar o risco de se acertar contratos de importação.

Em 2022, as importações de aço plano pelo Brasil caíram 17,2%, para 1,68 milhão de toneladas, segundo dados do Inda divulgados.

As vendas de aço pelos distribuidores em 2022 subiram 3,9%, para 3,73 milhões de toneladas. Em dezembro apenas, as vendas caíram 1,7% sobre um ano antes, para 257 mil toneladas, recuando 11,6% ante novembro, num desempenho melhor que os 20% de queda esperados pelo Inda. Para janeiro, a expectativa é de crescimento de 11% nas vendas, para 285 mil toneladas.

Para este ano, a entidade espera expansão de 2% a 3% nas vendas. “O mercado não está brilhando…devemos crescer ao redor de 2,5% este ano, o que é muito baixo”, disse Loureiro.

Apesar disso, ele afirmou que vários setores da economia consumidores de aço – energia eólica e solar, saneamento, máquinas agrícolas e de construção – “estão performando bem”.

Mais de R$ 85 bilhões em investimentos foram gerados pelos leilões da B3 em 2022

Em 2022, a B3 realizou 50 leilões, no qual foram gerados mais de R$ 85 bilhões em investimentos e beneficiadas, direta e indiretamente, às populações de 20 estados.

Do total de concessões, 84 ativos públicos foram alienados ou concedidos à iniciativa privada, informou a B3.

Dentre os destaques citados pela B3 estão a sétima rodada de leilões da Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac), que leiloou a concessão de 15 aeroportos, entre eles o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), e a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), a primeira do setor de saneamento.

Os processos licitatórios no ano passado foram responsáveis pela concessão de 2,9 mil quilômetros de rodovias à iniciativa privada.

No setor de energia, que contou com R$ 19 bilhões em investimentos, os leilões garantiram a construção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica e um desconto médio de 58% nos valores a serem pagos pelos municípios em iluminação pública.

Inédito no Brasil, a área de saneamento beneficiou cerca de 34 municípios com R$ 8 bilhões em investimento. Além disso, foram concedidos seis parques que recebem mais de 4 milhões de visitantes por ano, e duas linhas de metrô, que transportam mais de 1 milhão de passageiros por dia.

CNC estima que carnaval movimente R$ 8,1 bilhões em todo o país

O carnaval deste ano deverá movimentar R$ 8,18 bilhões em receitas, um resultado 26,9% acima do obtido no ano passado. A estimativa foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o economista da CNC, Fabio Bentes, o setor de turismo vem se recuperando nesse ritmo nos últimos meses, nas comparações anuais. No setor de serviços, especialmente no turismo, por conta da demanda reprimida, a questão da retomada da circulação tem sido forte nesses comparativos anuais. “E isso deve acontecer no carnaval deste ano”, disse Bentes, em entrevista à Agência Brasil.

O carnaval é a data comemorativa mais importante do turismo. “Até quem não gosta de carnaval acaba gastando dinheiro em viagens para o interior, para fora do Brasil”, destacou o economista. Mesmo com o fim das restrições de circulação de pessoas, adotadas no período mais crítico da pandemia de Covid-19, o volume de receitas no carnaval de 2023 deve ficar 3,3% abaixo do registrado em 2020, quando o turismo faturou R$ 8,47 bilhões. “É uma evolução que só não igualou o carnaval de 2020 [período anterior à pandemia] porque as condições econômicas pioraram entre o carnaval de 2022 e o de 2023”.

Um desses fatores é o aumento dos juros, que afeta aqueles que optam por pacotes turísticos financiados, bem como os reajustes de preços, principalmente de passagens aéreas, que subiram 23,53% nos últimos 12 meses encerrados em dezembro, em comparação a 2021. Também aumentaram serviços muito demandados nesta época do ano, como hospedagem (8,21%) e pacotes turísticos (7,16%), cujos reajustes ficaram bem acima da variação do nível geral de preços medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de +5,79%.

“Se a gente estivesse com situação mais favorável ao consumo, seguramente o setor de turismo conseguiria, pelo menos, empatar o volume de receitas no carnaval de 2023”, afirmou o economista.

Com o cancelamento do carnaval em diversas regiões do país nos dois últimos anos, por causa da pandemia, o volume de receitas no carnaval de 2021 caiu 43% em relação ao de 2020, ficando 24% em 2022, abaixo do resultado do carnaval pré-pandemia.

Segundo a pesquisa da CNC, outro termômetro importante do nível da atividade turística foi a entrada de visitantes estrangeiros que, em fevereiro de 2020, ficou em 672 mil, caiu para 254,2 mil em 2022 e 36,1 mil, em 2021, de acordo com dados da Polícia Federal.

Confiança da indústria do Brasil inicia 2023 com leve queda e mostra acomodação em janeiro, diz FGV

A confiança da indústria no Brasil apresentou ligeiro recuo em janeiro, com o setor iniciando 2023 em acomodação, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira (27).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 0,2 ponto na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados da FGV, chegando a 93,1 pontos em janeiro.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, recuou 0,7 ponto e foi a 93,1 pontos, segundo a FGV, diante da percepção de novo enfraquecimento da demanda que se reflete num aumento do nível dos estoques, explicou o economista a FGV Ibre Stéfano Pacini.

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, subiu 0,4 ponto, alcançando 93,2 pontos, uma vez que empresários projetam melhora da tendência dos negócios gerada por alguma reação da demanda e alguma recuperação das contratações, completou Pacini.

“Mesmo com resultados menos pessimistas, isso não se refletiria uma melhora da produção nos próximos meses, o que pode estar relacionado ao nível de estoques”, explicou o economista do FGV IBRE.

SELIC

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne pela primeira vez no ano, na terça-feira (31), para decidir sobre a taxa Selic. De acordo com o Paraná Banco, a taxa deverá ser mantida em 13,75%.

De acordo com o tesoureiro do Paraná Banco, Pedro Oliveira, o Copom deverá repercutir a piora nas expectativas de inflação e juros desde a última reunião do colegiado.

“Neste contexto de desancorarem das expectativas inflacionárias, fica cada vez mais difícil o Copom iniciar o ciclo de corte. Nossa projeção é que a discussão sobre corte de juros inicie na reunião de agosto, quando a inflação de 2025 entra no horizonte relevante do Banco Central, levando a Selic a 12,50% até o final do ano”. destaca Oliveira.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (30), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,50%, ante 12,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O enfraquecimento da segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), de 0,77% para 0,35% de dezembro para janeiro confirma tendência dos Índices Gerais de Preços (IGPs) no primeiro mês do ano, de taxas positivas, mas baixas, segundo o economista André Braz, responsável pelo indicador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Com o resultado, é possível que o IGP-M encerre o mês com taxa abaixo de 1%. Em dezembro, o indicador subiu 0,45%. Na prática, uma menor taxa mensal contribui para redução em taxa acumulada do índice. Até a segunda prévia do mês, o indicador acumula alta de 3,93% em 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (30), a projeção para o IGP-M ficou em 4,67%, ante 4,69% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15), considerado uma prévia da inflação, ficou em 0,55% em janeiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em dezembro, o índice ficou em 0,52%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em janeiro, com acelerações maiores nos grupos de Saúde e cuidados pessoais e Comunicação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (30), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,74%, ante 5,48% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 subiu de 0,77% para 0,79%, enquanto a de 2024 foi mantida em 1,50%, a de 2025 permaneceu em 1,90% e a de 2026 continuou em 2,0%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (30), a projeção para o PIB ficou em 0,80%, ante 0,79% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (23), o Ibovespa fechou em queda, diante da baixa relevante de papéis de bancos, com Bradesco recuando 4%, enquanto alta de Petrobras atenuou a pressão de baixa. O índice Ibovespa teve queda de 0,15%, a 111.873,54 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,3 bilhões.

Na terça-feira (24), o Ibovespa fechou em alta, mesmo diante das baixas dos preços de petróleo, que derrubou os papéis da Petrobras. Além do setor financeiro, o fortalecimento das ações ligadas ao consumo ajudou a puxar a alta da Bolsa, devido à queda generalizada dos juros futuros. O índice Ibovespa teve alta de 1,16%, a 113.028,15 pontos. O volume financeiro somou R$ 21 bilhões.

Na quarta-feira (25), o Ibovespa fechou em alta, o maior nível no fechamento desde 8 de novembro (116.160,35 pontos). Agentes do mercado atribuem o desempenho ao fluxo de capital estrangeiro para a Bolsa brasileira, devido ao ambiente externo favorável e aos baixos preços do País na comparação com os pares emergentes. O índice Ibovespa teve alta de 1,10%, a 114.270,07 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,1 bilhões.

Na quinta-feira (26), o Ibovespa fechou em queda, após renovar máxima do ano perto de 115 mil pontos, com a queda das ações da Petrobras pesando após eleição do novo presidente da estatal, enquanto os papéis de Vale e siderúrgicas fizeram contrapeso. O índice Ibovespa teve queda de 0,08%, a 114.177,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,2 bilhões.

Na sexta-feira (27), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,27%, a 112.726,44 pontos. Com pressão dos papéis de commodities e de bancos. Os indicadores dos Estados Unidos divulgados pela manhã e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ficaram no radar. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,63%, a 112.316,16 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,8 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (27), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,24%, cotado a R$ 5,0865 na venda. O dólar alternava entre leves quedas e altas, à medida que investidores digeriam dado de inflação dos Estados Unidos em linha com o esperado e declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (27) cotado a R$ 5,1120, apesar do repique hoje, a divisa termina a semana com recuo de 1,84%, atribuído por analistas, sobretudo, à perspectiva de desaceleração do ritmo de elevação de juros nos Estados Unidos e à valorização das commodities com a reabertura da economia chinesa.

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FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
30/01/2023