Cenário Econômico Nacional – 06/02/2023

Cenário Econômico Nacional – 06/02/2023

Cenário Econômico Nacional – 06/02/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado eleva estimativa para inflação este ano pela 7ª vez seguida, a 5,74%

Os especialistas consultados pelo Banco Central elevaram pela sétima vez seguida a projeção para a inflação neste ano, afastando-se ainda mais do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira (30).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 subiu a 5,74%, de 5,48% antes.

O movimento se dá na esteira de um aumento para a perspectiva de alta dos preços administrados este ano, calculada agora em 8,39%, contra 7,25% na pesquisa anterior.

Para 2024 a conta para o IPCA também subiu, pela segunda semana seguida, indo a 3,90% de 3,84% antes.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2023 melhorou em 0,01 ponto percentual, a 0,80%, foi mantida em 1,50% para 2024.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que, apesar da perspectiva maior pressão inflacionária, não houve mudanças nas estimativas de que a taxa básica de juros Selic encerrará este ano a 12,50% e o próximo a 9,50%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nesta semana e a expectativa é de que anuncie a manutenção da Selic no atual patamar de 13,75%.

IGP-M desacelera alta em janeiro com pressão menor ao produtor, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) iniciou o ano com desaceleração da alta a 0,21% em janeiro por conta do arrefecimento das pressões inflacionárias ao produtor, depois de fechar 2022 com avanço de 0,45% em dezembro.

O dado divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters, e com isso o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 3,79%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 0,10% em janeiro, de uma alta de 0,47% no mês anterior.

“O preço das matérias-primas brutas desacelerou de 2,09% para 1,55% e, entre os bens intermediários, cuja taxa passou de -0,30% para -1,06%, a queda foi intensificada diante do comportamento de combustíveis e lubrificantes para a produção, cujos preços recuaram ainda mais passando de -2,26% para -5,05%”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.

Na contramão, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,61% em janeiro, de alta de 0,44% em dezembro.

Isso se deveu principalmente ao reajuste das mensalidades de escolas e cursos, cujos preços subiram 4,55% no primeiro mês do ano, levando o grupo Educação, Leitura e Recreação a uma alta de 2,04%, de -0,26% em dezembro.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou o avanço a 0,32% no período, de 0,27% antes.

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Setor público tem superávit de R$ 125,994 bilhões em 2022 e dívida bruta fica em 73,5% do PIB

O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário de 11,813 bilhões de reais em dezembro, com o resultado acumulado de 2022 atingindo um saldo positivo de 125,994 bilhões de reais, informou o Banco Central na segunda-feira (30), equivalente a 1,28% do PIB.

A dívida bruta do país ficou em 73,5% do PIB em dezembro, ao passo que a dívida líquida foi a 57,5% do PIB.

FMI vê crescimento do PIB do Brasil de 1,2% em 2023 e 1,5% em 2024

A perspectiva de crescimento do Brasil este ano teve ligeira melhora nas contas do Fundo Monetário Internacional, que destacou um “suporte fiscal” maior do que o esperado no país em seu relatório Perspectiva Econômica Global.

A atualização das projeções divulgada, mostra que o Produto Interno Bruto do Brasil deve crescer 1,2% este ano segundo o FMI, de alta de 1,0% estimada em dezembro e bem abaixo da expansão de 3,1% projetada para 2022.

Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu em 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia.

O cenário do FMI para este ano é melhor do que aquele esperado por analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que veem expansão de apenas 0,8% do PIB segundo a pesquisa mais recente. Mas para 2024 as contas coincidem.

Já o Banco Central projetou em dezembro uma expansão de 1,0% do PIB em 2023, depois de um crescimento estimado em 2,9% em 2022. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve divulgar suas primeiras estimativas para a atividade em março.

Brasil cria 2 milhões de empregos formais em 2022, 26,6% a menos que em 2021

O Brasil encerrou 2022 com um saldo positivo de 2,038 milhões de empregos formais, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego, número 26,6% menor do que o observado no ano anterior.

Em 2021, ano marcado pela retomada da atividade após o período mais agudo de impacto da pandemia de Covid-19 sobre a economia, haviam sido abertos 2,777 milhões de postos em termos líquidos, conforme série ajustada.

O resultado do ano passado é reflexo de 22,6 milhões de admissões, 8,1% acima do observado no ano anterior, e 20,6 milhões de desligamentos, alta de 13,4%.

“A gente teve mais admissões e mais desligamentos, um saldo menor que significa também um aumento da rotatividade no mercado de trabalho no ano”, disse o subsecretário de Estudos e Estatísticas do Trabalho, Felipe Pateo.

Em dezembro, mês que normalmente tem elevado volume de desligamentos de trabalhadores contratados temporariamente para as festas de fim de ano, foram fechados 431.011 postos.

O resultado do mês passado veio pior do que o fechamento líquido de 371,5 mil vagas de trabalho projetado por analistas em pesquisa Reuters, e foi resultado de 1.382.923 admissões contra 1.813.934 desligamentos.

O estoque de empregos formais do Brasil subiu 5,01% no ano passado em relação a 2021, a 42,7 milhões de trabalhadores. Em dezembro de 2021, o patamar estava em 40,7 milhões.

Todos os grupamentos de atividades econômicas do Caged tiveram saldo positivo no ano passado. O destaque ficou com o setor de serviços, que abriu 1,177 milhão de vagas. Em seguida, aparecem comércio (+350 mil), indústria (+252 mil), construção (+194 mil) e agropecuária (+65 mil).

No recorte regional, foram criados 979 mil empregos no Sudeste e 385 mil no Nordeste. A lista segue com 309 mil postos no Sul, 232 mil no Centro-Oeste e 119 mil na região Norte.

O ministério agora passou a fazer um recorte entre o que chamou de postos de trabalho “típicos” e “não típicos”, este último grupo dizendo respeito a trabalhadores como aprendizes, intermitentes, temporários e com carga horária de até 30 horas.

De acordo com Pateo, cerca de 14% das vagas líquidas criadas no ano passado dizem respeito a trabalhadores considerados não típicos.

O ministério também apresentou esse recorte em relação ao estoque de trabalhadores no país, iniciando a medição em dezembro de 2018, imediatamente antes do início do governo Jair Bolsonaro.

Tesouro: subsídios de natureza financeira ficam em R$ 618 milhões

O Tesouro Nacional informou que os subsídios de natureza financeira reduziram de R$ 634,6 milhões em 2021 para R$ 618,3 milhões em 2022 em valores correntes. Segundo o Tesouro, a queda desses subsídios ao longo do tempo é uma tendência, porque eles decorrem de “equalização de taxas de juros no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), em que não há mais contratação de novas operações desde 2015.

Os números constam do boletim bimestral do programa e descrevem o impacto fiscal das operações do Tesouro Nacional com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A análise considera o custo de captação do governo federal e o valor devido pela União, e valores inscritos em restos a pagar nas operações de equalização de taxa de juros no âmbito do PSI.

O documento aponta que, por outro lado, subsídios creditícios do Tesouro Nacional no âmbito do PSI e dos empréstimos ao BNDES aumentaram de R$ 2,0 bilhões em 2021 para R$ 3,5 bilhões no mesmo período de 2022, em valores correntes.

“Apesar das liquidações antecipadas realizadas pelo BNDES ao longo de 2022 (R$59 bilhões), que contribuíram para redução dos subsídios creditícios por reduzirem a base sobre a qual incidem, não ocorreu efetivamente a esperada queda, em comparação a 2021. Isso ocorreu devido à elevação do custo médio das emissões em oferta pública da Dívida Pública Mobiliária Federal interna – DPMFi, sem a correspondente elevação na Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, referente à remuneração paga ao Tesouro Nacional sobre a maior parte dos saldos desses contratos”, informou o Tesouro.

Segundo o boletim, a projeção dos subsídios financeiros e creditícios, de 2022 até 2041 e 2040, respectivamente, vai alcançar R$ 1,2 bilhão, a valor presente, na posição de 31/12/2022. Já os subsídios creditícios alcançam o montante de R$ 4,7 bilhões, a valor presente, na posição de 31/12/2022.

“Sem a amortização antecipada de R$ 45,0 bilhões pelo BNDES, em dezembro de 2022, os subsídios alcançariam R$ 10,0 bilhões, em razão dos cenários de taxas de juros e projeções de saldos do BNDES. Considerando as curvas de juros utilizadas na estimativa, essa amortização antecipada de R$ 45,0 bilhões ajudou a reduzir em R$ 5,3 bilhões o subsídio creditício estimado até 2040, a valor presente”, disse o Tesouro.

Banco Central mantém juros em 13,75% e ressalta custo de desinflação diante das incertezas fiscais

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Central decidiu na quarta-feira (01) manter a Selic em 13,75% ao ano e ressaltou que a incerteza fiscal e a deterioração nas expectativas de inflação do mercado elevam o custo para que a autoridade monetária atinja suas metas.

“A conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal e com expectativas de inflação se distanciando da meta em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária”, informou o comunicado da reunião do Copom.

“Tal conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional”, acrescentou.

Nesse cenário, com uma “deterioração em prazos mais longos” das expectativas para a inflação, o comunicado “reafirma que conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas”, ressaltando novamente que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste nos juros caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.

A manutenção da taxa básica de juros pela quarta reunião consecutiva foi decidida por unanimidade pela diretoria do BC e está em linha com a expectativa do mercado, de acordo com pesquisa Reuters, segundo a qual todos os 30 economistas consultados esperavam continuidade da Selic no mesmo nível.

O BC também endureceu o tom em outro trecho do comunicado. Em dezembro, afirmava que seguiria avaliando se a estratégia de manutenção da Selic por período “suficientemente prolongado” seria capaz de assegurar a convergência da inflação. Agora, diz que está avaliando se a manutenção da taxa “por período mais prolongado do que no cenário de referência” será capaz de atingir o objetivo.

O cenário de referência do BC leva em conta a trajetória para os juros sinalizada por analistas do mercado na pesquisa Focus, a qual tem apontado a expectativa de corte de juros a partir de setembro deste ano.

Apesar dos alertas, o BC manteve equilibrado seu balanço entre fatores de risco de alta e de baixa para a inflação, sem alteração significativa em relação ao comunicado de dezembro, mas destacou que a decisão para a Selic considerou um balanço de riscos “com variância ainda maior do que a usual” para a inflação prospectiva.

Com a decisão, o BC manteve a Selic a um patamar 11,75 pontos acima da mínima histórica de 2% ao ano, atingida em meio à pandemia de Covid-19 e que vigorou até março de 2021. A taxa básica segue no nível mais alto desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano.

Na avaliação do colegiado, apesar de “algum arrefecimento” nos níveis de preços, a inflação ao consumidor e a inflação subjacente (que desconsidera fatores de maior volatilidade) seguem acima do intervalo compatível com a meta.

O BC ponderou que a atividade econômica no Brasil segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom.

Balança comercial deste ano deve superar a de 2022 com recuo nas importações, estima MDIC

O saldo da balança comercial do Brasil ao fim de 2023 deverá ser maior do que o resultado de 2022, estimou o diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Herlon Brandão.

De acordo com Brandão, esse movimento deve ocorrer por conta de uma redução no valor total importado pelo Brasil, consequência de um recuo nos preços de commodities, especialmente de combustíveis.

A exportação, segundo ele, deve ficar estável no ano. O diretor afirmou que números mais precisos das projeções serão apresentados “mais à frente”.

Em 2022, o Brasil registrou um superávit comercial de 62,310 bilhões de dólares, com exportação recorde de 335 bilhões de dólares e importação também no maior nível da série, de 272,7 bilhões de dólares.

Crédito imobiliário com recursos da poupança recua 16,4% em dezembro, diz Abecip

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas de poupança somaram 14 bilhões de reais em dezembro, um acréscimo de 0,2% frente a novembro, mas recuo de 16,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a entidade que representa as financiadoras do setor, Abecip.

“Mesmo assim, foi o terceiro maior volume para um mês de dezembro na série histórica”, afirmou a entidade.

Em todo o ano de 2022, o volume financiado com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somou 179,2 bilhões de reais, redução de 12,8% frente a 2021.

Alertas do Banco Central reforçam apostas do mercado em juro alto por mais tempo

Alertas do Banco Central sobre os riscos da incerteza fiscal e seu impacto na deterioração nas expectativas de inflação reforçaram entre agentes do mercado a aposta num cenário de juros mais altos por mais tempo, com várias instituições financeiras revisando para cima seus prognósticos para a taxa Selic ao final de 2023.

Há inclusive quem já preveja novas elevações da Selic este ano, embora essa parcela do mercado seja uma minoria.

Depois de manter os custos dos empréstimos inalterados pela quarta reunião seguida, o BC sinalizou na quarta-feira que está considerando deixar a Selic no nível atual de 13,75%,o mais elevado em seis anos, por mais tempo do que os mercados esperam, enfatizando que as expectativas de inflação estão se afastando das metas em meio às incertezas ligadas à expansão fiscal patrocinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Ainda há um longo caminho pela frente, mas podemos esquecer qualquer ação de flexibilização na frente monetária em 2023”, disse o economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central.

William Jackson, economista-chefe de mercados emergentes, disse que o comunicado do Copom deixou claro que o BC está cada vez mais preocupado com o fato de a inflação não cair em direção à meta com rapidez suficiente, sugerindo que os juros podem ser mantidos no nível atual até 2024.

“Recentemente adiamos (a projeção para) o momento do primeiro corte de juros em nosso perfil para o quarto trimestre, que é mais tarde do que a maioria espera. Mas o risco é que as autoridades possam nem mesmo cortar este ano”, acrescentou.

Probabilidades implícitas em contratos futuros de juros mostravam nesta quinta-feira cerca de 28% de chance de o BC elevar sua taxa básica em 0,25 ponto percentual na reunião de política monetária de março, contra 72% de chance de manutenção no nível atual.

As taxas dos principais DIs chegaram a operar em alta acentuada na curva até janeiro de 2026 na primeira parte dos negócios desta quinta-feira, refletindo o tom duro do Copom, embora tenham perdido fôlego desde então. No final da manhã, as taxas dentro desse intervalo mostravam alta de 0,5 a 7 pontos-base.

Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, acredita que a possibilidade de uma nova alta da Selic é “baixa” por enquanto. “Obviamente que esse plano de voo pode mudar se a situação fiscal piorar, se tiver algum choque que faça com que as expectativas de inflação se deteriorem ainda mais, mas, neste momento, a sinalização é de manutenção dos juros por um prazo mais longo”, disse ele à Reuters.

Alexandre de Moraes rejeita suspender posse de deputados bolsonaristas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou no domingo (29), o pedido para suspender a posse de 11 deputados bolsonaristas eleitos, por suposto envolvimento nos atos golpistas na Praça dos Três Poderes. A cerimônia está marcada para quarta-feira, dia 1º. Moraes também negou abrir um inquérito para investigar se os parlamentares participaram ou incentivaram os protestos radicais. Ele disse que não há “justa causa” para a investigação.

“Até o presente momento não há justa causa para instauração de investigação em relação aos demais deputados federais diplomados e que não estão sendo investigados nos inquéritos instaurados nesse Supremo”, escreveu. O ministro mandou notificar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para a “adoção das providências que entender cabíveis” no Conselho de Ética da Casa.

A decisão vai na linha do que defendeu no sábado, 28, a Procuradoria-Geral da República (PGR), que opinou pelo arquivamento do pedido de investigação. Quando o Ministério Público Federal, que é o titular da ação penal, se manifesta pela rejeição da abertura de uma investigação, é de praxe que os ministros arquivem o pedido.

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, disse que não encontrou indícios de que os parlamentares tenham incitado os protestos extremistas do dia 8 de janeiro. “Não há justa causa para a instauração de inquérito ou para a inclusão, a princípio, dos parlamentares nos procedimentos investigatórios já instaurados para apurar a autoria dos atos atentatórios ao Estado Democrático de Direito”, opinou.

O procurador defendeu que, caso apareçam “novos elementos” que indiquem a participação dos deputados, eles serão investigados e eventualmente processados, mas que a abertura de uma investigação neste momento configuraria “constrangimento ilegal”.

O pedido para barrar a posse dos deputados foi feito por membros do Grupo Prerrogativas, coletivo de advogados ligados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles alegaram que os deputados endossaram os protestos extremistas na Praça dos Três Poderes.

A representação foi contra André Fernandes (PL-CE), Carlos Jordy (PL-RJ), João Henrique Catan (PL-MS), Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Rafael Tavares (PRTB- MS), Silvia Waiãpi (PL-AP), Sargento Rodrigues (PL-MG) e Walber Virgolino (PL-PB).

André Fernandes e Silvia Waiãpi já são investigados pela PGR por terem feito publicações sobre os protestos extremistas nas redes sociais. A Procuradoria também abriu um inquérito sobre a conduta da deputada eleita Clarissa Tércio (PP-PE).

Lula recebe chanceler alemão e tem encontro com ministros na segunda-feira (30)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e vários ministros no Palácio do Planalto na segunda-feira (30). A agenda oficial tem início às 9h, com José Múcio (Defesa), Silvio Almeida (Direitos Humanos), Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, e a futura presidente da Funai, a deputada federal Joenia Wapichana. A reunião ocorrerá um pouco mais de uma semana depois que Lula foi até Roraima para verificar pessoalmente a situação dos povos ianomâmis, que passam por problemas de saúde e desnutrição.

Às 11h, o presidente atenderá o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho. Às 15h, a agenda é com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

No restante do dia, Lula dará atenção especial a Scholz. Está prevista uma cerimônia para a chegada do chanceler às 15h30, no Palácio do Planalto. Quinze minutos depois, os dois têm uma reunião bilateral e, às 18h, o encontro é ampliado com as delegações empresariais de Brasil e Alemanha.

Às 18h30, está prevista uma declaração à imprensa e, às 19h, haverá um jantar em homenagem ao chanceler no Palácio do Itamaraty.

Na Fiesp, Haddad é cobrado por redução de impostos e promete reforma tributária

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou como convidado de honra de uma reunião com membros da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo.

No encontro, o ministro disse que o foco da agenda do ministério, a curto prazo, é trabalhar pela aprovação de um novo arcabouço fiscal, a revisão do sistema de crédito no Brasil e reforma tributária após a retomada das atividades do Congresso.

Haddad não quis antecipar informações sobre o arcabouço fiscal, mas disse que estão sendo colhidas informações de estudos internacionais que serão avaliados por diversas aéreas do Executivo.

Haddad acredita num clima favorável para discussão do tema com os parlamentares, sem postergações, após as eleições das mesas diretoras. A intenção é propor alterações na tributação sobre o consumo, sem alterar o Simples, na primeira parte da reforma. No segundo semestre serão tratados outros temas.

Ele também afirmou que aposta na reindustrialização com uso de fontes limpas de energia, num casamento de políticas fiscais e monetárias para um reequilíbrio de variáveis que levem ao desenvolvimento econômico e ao fortalecimento da participação do Brasil no Mercosul.

O presidente da Fiesp, Josué Gomes, pediu que o governo reveja, de imediato, a cobrança do IPI, o Imposto sobre produtos industrializados, e a depreciação imediata do investimento dentro da indústria de transformação.

Para Gomes, menos impostos vão ajudar no crescimento e mais geração de empregos. Ele reclamou que o setor de transformação encolheu nos últimos 40 anos e disse que os empresários vão apoiar a reforma tributária que permita o combate às altas da taxa Selic e spreads bancários mais altos no país que comparados a outros países competidores no setor industrial.

Rogério Marinho afirma que quer “estabelecer independência” do Senado

O candidato à presidência do Senado Federal pelo Partido Liberal (PL), Rogério Marinho (RN), disse que o mais importante é o sentimento de “estabelecermos a independência e o tamanho do Senado”.

A declaração foi concedida a jornalistas na chegada do senador ao jantar de boas-vindas oferecido pelo PL aos deputados e senadores eleitos. Para Marinho, “muita coisa pode acontecer” até a eleição no Senado, marcada para quarta-feira (1º), e afirma que “tem procurado todo o colegiado”.

“Faltam dois dias ainda para o pleito, estamos animados. Acredito que, se a eleição fosse hoje, a gente teria condições de vencer. Até quarta-feira muita coisa pode acontecer, mas o mais importante é que há um sentimento no Senado de que é necessário estabelecermos a independência, o tamanho do Senado”, disse.

“Estou conversando com todas [as bancadas] que querem nos ouvir, e tenho procurado todo o colegiado”, completou o senador.

Marinho foi perguntado sobre a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em viagem nos Estados Unidos, nas articulações da candidatura do potiguar à presidência do Senado. O senador, que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente ajuda “na medida do possível”.

Após encontro com Febraban, Mercadante defende redução na TLP

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse em São Paulo, que propôs que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o governo discutam um projeto de lei para reduzir a Taxa de Longo Prazo (TJP), principalmente para as micro e pequenas empresas.

“Nós não vamos retomar a TJLP [Taxa de Juros de Longo Prazo]. O BNDES não precisa e não tem condições de receber subsídios do Tesouro, mas tem espaço para reduzir essa taxa e queremos fazer isso em conjunto com a Febraban. Tem que ser um projeto de lei. Tem que ser aprovado pelo Congresso Nacional. Então, precisa de um debate técnico cuidadoso”, defendeu.

A TLP substituiu a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e é composta pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pela taxa de juros prefixada das Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) vigente no momento da contratação do financiamento. Ela entrou em vigor nos contratos firmados pelo BNDES a partir de janeiro de 2018.

Segundo o ministro, a reindustrialização do país é uma prioridade do governo atual, e o BNDES pode contribuir para que ela aconteça. “O BNDES ajudaria com recursos. Temos várias linhas de financiamento que já trabalham com muitas dessas empresas. Hoje já temos uma carteira muito forte na parte de energia eólica. O Brasil já está produzindo aerogeradores e outros equipamentos. O esforço agora é na fotovoltaica e solar. Queremos fazer mais e fazer especialmente para micro e pequena empresa”, disse ele.

Para Mercadante, um dos caminhos para essa reindustrialização seria a economia verde. “O Brasil terá uma nova fonte de energia e pode ser um dos principais produtores de hidrogênio verde do mundo. Mas nós temos que ter um carro que gere energia junto com essas fontes sustentáveis e renováveis, não só ônibus e caminhões. Essa agenda da economia verde é muito promissora para a reindustrialização do Brasil”, afirmou.

Congresso empossa 513 deputados e 27 senadores

Os 513 deputados e 27 senadores eleitos em outubro de 2022 foram empossados na quarta-feira (01), em Brasília. Após a posse, serão eleitas as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

A mesa é responsável pela direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos de cada uma das casas. Entre suas atribuições, está a promulgação de emendas à Constituição pelas mesas de Câmara e Senado. A mesa diretora é composta pela presidência (presidente e dois vice-presidentes) e secretaria, formada por quatro secretários e quatro suplentes.

Os deputados federais tomaram posse em sessão às 10 horas, no plenário Ulysses Guimarães. À tarde, às 16h30, foi iniciada a sessão para a eleição do novo presidente da Câmara e da mesa diretora para o biênio 2023/2024.

Segundo o regimento interno, os blocos partidários determinam a composição da mesa. Quanto maior o bloco, maior o número de cargos. Os cargos são distribuídos entre os partidos integrantes de cada bloco. Se preferirem, os partidos podem atuar sozinhos, sem integrar nenhum bloco.

O andamento das eleições é coordenado pelo deputado mais idoso com o maior número de legislaturas. A votação só será iniciada quando houver, pelo menos, 257 deputados no plenário.

A apuração é realizada por cargo, iniciando-se pelo presidente da Câmara. Para ser eleito, o candidato precisa de maioria absoluta dos votos em primeira votação ou ser o mais votado no segundo turno. Depois de eleito o novo presidente, serão apurados os votos dos demais integrantes da mesa diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes.

Câmara e Senado reelegem Lira e Pacheco em vitória para Lula na estreia do novo Congresso

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu o que queria em seu primeiro teste no Congresso ao ver reeleitos Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidente do Senado, ainda que a oposição bolsonarista tenha demonstrado relativa força política entre os senadores.

Os dois parlamentares, que contaram com o apoio do governo nas disputas pelo comando das Casas, reafirmaram seu compromisso com a reforma tributária e com pautas econômicas propostas pelo governo para a recuperação econômica, sem deixar de mencionar a questão fiscal que terá um novo arcabouço.

As vitórias, que eram esperadas, marcam o primeiro triunfo do governo Lula no Legislativo após a posse do presidente no começo do ano. Antes, a então equipe de transição negociou com o Congresso anterior para a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que abriu espaço para o pagamento do Bolsa Família no valor de 600 reais, entre outras medidas para o início do governo.

O Planalto tem muito interesse em um bom relacionamento com os comandos das duas Casas para fazer avançar sua agenda, e Lula telefonou de imediato a ambos os presidentes reeleitos para parabenizá-los, já que tem pela frente votações como a medida provisória do Bolsa Família e o conjunto de medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para reduzir o déficit fiscal.

Depois de contar com forte apoio do governo para derrotar o bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), Pacheco garantiu em discurso que será “colaborativo” com o governo, reiterando o compromisso de submeter a votação reformas e proposições “necessárias e imprescindíveis para o desenvolvimento do país”.

“Temos um desafio agora pela frente: a reforma tributária, um novo arcabouço fiscal, porque não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a responsabilidade fiscal no nosso país, que é uma conquista da modernidade”, disse o presidente do Senado após a confirmação de seu nome.

Lira também mencionou a importância da reforma tributária, dizendo que o “momento pede reformas importantes para o Brasil continuar se desenvolvendo”.

“Sabemos que o cobertor é curto e as necessidades sociais gigantes. Mas é justamente para isso que o Brasil conta com a gente. Somos 513 cabeças que, com maturidade, diferentes ângulos de visão e trajetórias de vida, vamos ajudar a construir soluções que evitem o populismo fiscal e melhorem a vida dos brasileiros”, afirmou.

MP Eleitoral vai reavaliar prestação de contas de ministro Juscelino Filho

O Ministério Público Eleitoral no Maranhão vai reanalisar a prestação de contas da campanha do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. A decisão dos procuradores de fazer um pente-fino nas despesas do então candidato a deputado pelo União Brasil ocorre após o Estadão revelar que ele prestou informações falsas à Justiça para justificar despesas com voos de helicóptero.

Na terça-feira (31), reportagem do jornal mostrou que a lista de passageiros apresentada pelo ministro incluía um casal e a filha de dez anos, de São Paulo. A família disse que não conhece Juscelino nem trabalhou para ele. Os três aparecem em 23 supostos deslocamentos de helicóptero, de um total de 77, pagos com dinheiro público do fundo eleitoral. “Não tenho nenhuma ligação com campanha no Maranhão. Nunca fiz nada ligado ao Maranhão, nem tenho ligação com nenhum político”, afirmou à reportagem o empresário Daniel Pinheiro de Andrade. O ministro disse ter gasto R$ 385 mil com uma empresa de táxi aéreo. O então candidato a deputado gastou, ao todo, R$ 2,8 milhões na sua campanha à reeleição.

De forma reservada, integrantes do MP maranhense disseram que a revelação traz elementos novos ao caso que exigem uma reanálise dos documentos da campanha de Juscelino. Os procuradores entendem que ele não demonstrou vínculo “formal” ou “informal” com os passageiros.

As contas de Juscelino já tinham sido aprovadas, com ressalvas, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão. Entretanto, o Ministério Público insistiu que havia irregularidade e apresentou um recurso especial à decisão do plenário do TRE. A defesa de Juscelino Filho argumentou, no processo, que não havia falhas na documentação e que não cabiam mais questionamentos.

Para especialistas, os documentos falsos podem resultar em ação por falsidade ideológica, se comprovado o dolo do candidato, isto é, a intenção de ludibriar a Justiça Eleitoral.

Empresas de amigos de ministro recebem R$ 36 milhões de prefeitura

Ao menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire (MA). O Estadão apurou que o município governado pela irmã de Juscelino contratou as firmas com verbas do orçamento secreto e de emendas parlamentares destinadas por ele.

Há aspectos em comum entre as beneficiadas. Todas intensificaram os negócios a partir de 2015, quando Juscelino assumiu pela primeira vez uma cadeira de deputado, três foram abertas no início do mandato.

Duas ex-assessoras que trabalharam no gabinete de Juscelino tornaram-se sócias da Arco Construções. Anne Jakelyne Silva Magalhães deixou o cargo comissionado na Câmara para ser uma das donas da empresa. Por sua vez, Candida Santana fundou a companhia e depois virou assessora do deputado.

O portal da transparência de Vitorino Freire registra que a Arco fechou pelo menos nove contratos, no valor total de R$ 16,2 milhões, entre 2017 e 2022, para a recuperação de estradas, reformas de prédios, locação de caminhões e construção de praças e de uma escola.

Hoje, a Arco é administrada por Antonio Tito, marido de Candida. No emaranhado de nomes que formam a rede de empresas, Tito é irmão de um outro dono de companhia beneficiada pelas verbas. Na terça-feira, reportagem do Estadão mostrou que Diogo Tito é sócio oculto da Mubarak, que ganhou R$ 2,9 milhões para obras de estradas vicinais. Ao todo, a firma acumulou R$ 4,8 milhões em contratos. Na segunda semana como ministro, Juscelino recebeu o empresário no gabinete sem registrar na agenda oficial.

A quarta empresa ligada ao ministro de Lula que ganhou contratos com a prefeitura de Vitorino Freire é a Maranhão Asfaltos. Atualmente, a firma tem como sócia-administradora Aline Cavalcanti Fialho Vale, irmã da mulher de Juscelino, Lia Cavalcanti. A firma ganhou três contratos de R$ 1,3 milhão, entre 2017 e 2018, para o fornecimento de concreto para estrada.

Outra obra executada por empresário ligado ao ministro é o asfaltamento de uma estrada de 19 quilômetros que beneficia oito fazendas da família de Juscelino em Vitorino Freire, como revelou o Estadão. O contrato de R$ 5 milhões foi firmado com a Construservice, de Eduardo Imperador, amigo do ministro há 20 anos. No total, a firma ganhou R$ 14,1 milhões.

O Estadão mostrou ainda que Juscelino Filho apresentou dados falsos à Justiça Eleitoral ao prestar contas de sua campanha a deputado, no ano passado. Para justificar um gasto de R$ 385 mil com táxi aéreo, ele apresentou listas de passageiros de voos de helicóptero sem relação com a campanha. Uma família de São Paulo aparece em 23 dos 77 relatórios de viagens pagas com dinheiro público.

PF faz buscas no Senado contra policial legislativo suspeito de colaborar com atos golpistas

Equipes da Polícia Federal cumpriram na sexta-feira (03) mandados de busca e apreensão contra um policial legislativo do Senado suspeito de ajudar golpistas envolvidos nos atos de terrorismo do dia 8 de janeiro em Brasília.

Segundo apurou a TV Globo, os mandados são cumpridos na própria sede do Senado Federal e na casa do agente.

A Procuradoria-Geral da República diz que a ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e prevê, também, o afastamento do cargo e o recolhimento das armas do policial legislativo.

A identidade do suspeito não foi divulgada até a última atualização desta reportagem.

O objetivo dos mandados é apreender materiais que possam comprovar a violação do dever funcional, por instigação e facilitação da ação ocorrida no último dia 8.

O policial legislativo também teria deixado de combater os invasores do Congresso no último dia 8, o que caracterizaria omissão imprópria.

O agente já foi denunciado ao STF pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da Procuradoria-Geral da República. O coordenador do grupo, Carlos Frederico Santos, pediu que o policial seja afastado da função durante as investigações.

O MP também pediu que o policial legislativo tenha os bens bloqueados, seja impedido de deixar o país e proibido de usar as redes sociais. Os pedidos foram todos acolhidos pelo STF.

O policial está, também, proibido de se aproximar do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.

Confiança de serviços do Brasil inicia 2023 no menor patamar em quase um ano, diz FGV

A confiança do setor de serviços do Brasil iniciou 2023 no menor nível em quase um ano, diante do maior pessimismo em relação aos próximos meses e da perda de fôlego da demanda atual, mostraram os dados divulgados na segunda-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,7 pontos e foi a 89,5 pontos, marcando o menor nível desde fevereiro de 2022 (89,2 pontos) e o quarto mês consecutivo de queda.

“A confiança de serviços inicia 2023 mantendo tendência de desaceleração iniciada em outubro de 2022”, explicou o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, perdeu 0,7 ponto, para 93,6 pontos, patamar mais baixo desde março de 2022 (90,9 pontos).

Já o Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, teve queda de 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021 (81,3 pontos).

“O cenário para os próximos meses não parece ser facilmente revertido dado que as questões macroeconômicas envolvidas nessa desaceleração devem permanecer por algum tempo. A cautela dos empresários é percebida em suas projeções para o curto prazo com queda na demanda prevista, contratações e na tendência dos negócios para os próximos seis meses”, completou Tobler.

Temporada de balanços começa em meio a caso Americanas

A temporada de balanços financeiros das empresas de capital aberto na bolsa de valores começa em meio ainda aos desdobramentos do caso da Americanas, uma das maiores e mais antigas varejista brasileira que, em 11 de janeiro, divulgou fato relevante sobre inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões em suas planilhas, o que resultou na abertura de um processo de recuperação judicial e dívidas reportadas de R$ 43 bilhões.

Segundo especialistas consultados pela CNN, o fator Americanas vai deixar investidores mais sensíveis às demonstrações contábeis das companhias, além de voltarem a atenção para aquelas mais sensíveis à taxa de juros alta.

O momento de desaceleração do varejo e o fortalecimento do minério de ferro também deve ficar no radar dos investidores neste início de ano, com base nas demonstrações do fim de 2022 apresentadas pelas companhias ligadas a esses setores.

Na quinta-feira (26), a Cielo iniciou o período de divulgações financeiras. A partir desta semana, começando pelo Santander, tem início a rodada dos bancos, Itaú, Bradesco e Banco Pan.

Os analistas acreditam que, por um lado, as instituições financeiras devem registrar bons ganhos neste último trimestre de 2022 devido aos juros altos, mas, por outro, as perspectivas podem não ser das melhores em razão dos desdobramentos do caso Americanas.

“Como resultado do último período do ano passado, os bancos não terão impacto com relação a Americanas. Mas, a partir do primeiro trimestre de 2023, a coisa muda e eles devem sofrer”, afirmou Paulo Gala.

Flávio Conde, analista de Ações, diz que passa a ter uma dúvida sobre os bancos, se eles vão conceder ou não provisões para devedores duvidosos depois do que houve com a Americanas, uma das principais empresas do país e com acionistas majoritários respeitados e conhecidos.

“Vai haver um questionamento com todos a partir de agora. Vão querer entender como isso aconteceu, e, provavelmente, as instituições devem falar que questionavam a Americanas, mas a resposta que tinham era de que a dívida estava aumentando porque o banco em questão estava sendo priorizado em relação aos demais”, argumentou.

Brasil mantém 3ª posição entre maiores produtores de ração do mundo

O Brasil manteve o terceiro lugar entre os países que mais produzem ração animal no mundo. Em 2022, foram 81,948 milhões de toneladas métricas produzidas. O resultado representa um leve crescimento na comparação com 2021: 0,87%.

A China, que mantém a primeira colocação no ranking, viu cair a produção em 2,83%. Já os Estados Unidos, que estão na vice-liderança, observaram crescimento de 1,02%. O ranking é composto ainda por Índia, em 4º lugar, seguida por México, Rússia, Espanha, Vietnã, Argentina e Alemanha.

Os dados fazem parte da pesquisa Perspectivas do Setor Agroalimentar da Altech, multinacional que fornece tecnologia inteligente e sustentável para o agronegócio. O levantamento é anual e está em sua 12ª edição. Os dados levam em conta 28 mil fábricas, localizadas em 142 países.

Um dos pontos que chama a atenção na pesquisa é o aumento expressivo na produção de ração para animais de estimação. Enquanto houve queda de produção da ração para suínos (-2,98%), bovinos de leite (-1,32%), bovinos de corte (-0,34%), o segmento pets cresceu em 7,25%. Uma das respostas para esse cenário é o aumento de bichinhos de estimação nos lares em todo mundo, especialmente depois da pandemia de Covid-19.

A produção de ração cresceu ligeiramente também para outros animais: aquicultura (2,72%), aves de corte (1,27%), equinos (0,83%) e aves de postura (0,31%), que são destinadas à produção de ovos.

Vendas totais da indústria de máquinas caem 5,9% em 2022 ante 2021, diz Abimaq

A receita líquida total da indústria brasileira de máquinas e equipamentos caiu 5,9% em 2022 em relação a 2021, informou na terça-feira (31) a Abimaq, associação que representa o setor. O montante total foi de R$ 310,442 bilhões. O desempenho é resultado de uma queda de 7,0% da receita líquida interna, que somou R$ 245,825 bilhões no ano, parcialmente compensada por um aumento de 21,0% das exportações, a US$ 12,185 bilhões.

Em dezembro, a receita líquida total atingiu R$ 23,187 bilhões, uma queda de 4,1% na comparação com novembro e de 9,8% em relação ao mesmo mês de 2021. A receita líquida interna somou R$ 17,003 bilhões, 10,4% menor do que a do mês anterior e 7,4% aquém de dezembro de 2021. As exportações atingiram US$ 1,179 bilhão, em alta de 19,6% na comparação com novembro e de 1,2% na base interanual.

O balanço da Abimaq mostra que o consumo aparente de máquinas no Brasil somou R$ 389,283 bilhões em 2022, uma queda de 6,8% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, o consumo aparente atingiu R$ 29,449 bilhões, 8,1% abaixo do montante observado em novembro e 8,3% aquém do nível de igual mês de 2021.

As importações de máquinas e equipamentos somaram US$ 24,886 bilhões em 2022, 13,8% acima do observado em 2021. Em dezembro, atingiram US$ 2,219 bilhões, uma queda de 3,1% na comparação com novembro, mas 11,8% acima do montante registrado no mesmo mês do ano anterior. Como as importações superaram as exportações no ano, a balança comercial do setor mostrou déficit de US$ 12,701 bilhões em 2022.

Produção de minério de ferro da Vale cai 1,6% em 2022 e fica abaixo da meta

A Vale produziu 307,79 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022, queda de 1,6% ante o ano anterior, com recuo ainda maior nas vendas, diante de atrasos em licenciamentos em Serra Norte e performance operacional na importante mina S11D, no Pará, informou a gigante mineradora.

O volume ficou abaixo da meta recentemente revista pela companhia para o ano, de 310 milhões de toneladas, mostraram dados do boletim trimestral de produção e vendas da companhia.

A queda foi parcialmente compensada, no entanto, por um avanço contínuo da produção em Vargem Grande e maior produção via processamento a seco em Brucutu, ambos os ativos em Minas Gerais, além de maior compra de terceiros, pontuou a Vale.

As vendas da commodity somaram 260,66 milhões de toneladas no ano passado, uma queda de 3,8% na comparação com 2021.

A produção de pelotas, por sua vez, totalizou 32 milhões de toneladas em 2022, um aumento de 1,3% na comparação com o ano anterior, com um melhor mix de pelotas de redução direta (49% do total da produção vs. 41% em 2021), “alavancado pelo feed de maior qualidade e aproveitando maiores prêmios de mercado”.

O volume de pelotas produzido, porém, também ficou levemente abaixo da meta para o ano, que indicava 33 milhões de toneladas.

A Vale tem reforçado sua estratégia para focar mais em valor do que em quantidade, buscando avançar na produção de produtos com maior valor agregado.

Já a produção de minério de ferro no quarto trimestre de 2022 foi de 80,85 milhões de toneladas, queda de 1% ante o mesmo período do ano anterior e recuo de 9,9% em relação ao terceiro trimestre.

As vendas do minério no último trimestre do ano do ano passado somaram 81,20 milhões de toneladas, uma queda de 0,7% na comparação com um ano antes, mas alta de 24,2% na comparação com o terceiro trimestre, com impulso da conversão dos estoques formados no trimestre anterior em vendas.

Americanas dispensa trabalhadores terceirizados de SP, Rio e Porto Alegre

A Americanas encerrou contratos com 50 prestadores de serviço na área de tecnologia da informação em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, de acordo com o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah. Os cortes acontecem em meio à crise financeira da varejista, em recuperação judicial desde 20 de janeiro, com dívida de R$ 43 bilhões.

Até o momento, não há relatos de funcionários demitidos na Americanas, de acordo com os sindicatos do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os salários dos empregados referentes ao mês de janeiro estão sendo pagos em dia, segundo o presidente da UGT.

Procurada, a Americanas confirmou o corte de terceirizados. “A Americanas informa que não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários. A companhia apenas interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados”, informou, em nota.

Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que as demissões em massa são inevitáveis para a reestruturação da companhia. A própria empresa sinalizou sobre a possibilidade cortes no comunicado enviado aos empregados, logo após a entrada do pedido de recuperação judicial.

No comunicado, a empresa esclarece que neste momento está focada na manutenção das operações. Em seguida, acrescenta que “um plano estratégico de otimização dos recursos está em andamento para que decisões que garantam a sustentabilidade da companhia tenham efeitos em curto prazo”. No entanto, pondera que “em processos como esse, é comum que haja reestruturação”.

A varejista tem 45 mil funcionários, mas o número chega 100 mil quando considerados funcionários diretos e indiretos da empresa.

Portanto, os cortes de contratos de terceirizados podem levar a um efeito dominó no mercado de trabalho. Fornecedores no Rio de Janeiro já iniciaram demissões de funcionários por causa da crise na Americanas.

Preços ao produtor caem em dezembro pelo 5º mês seguido e fecham 2022 com alta de 3,13%

Os preços ao produtor no Brasil recuaram 1,29% em dezembro, registrando taxa negativa pelo quinto mês seguido e encerrando 2022 com alta acumulada de 3,13%.

Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 0,52%.

O resultado do ano passado, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi o terceiro menor desde o início da série histórica, em 2014.

Também ficou muito abaixo da alta de 28,45% vista em 2021.

“Esse resultado consolida a trajetória deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre, que pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado internacional”, explicou Felipe Câmara, gerente do IPP, destacando barril de petróleo, minério de ferro e insumos fertilizantes.

“A redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma redução de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos, com reflexo no preço final praticado nesses setores”, completou.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 15 registraram recuo de preços ante novembro, sendo as maiores variações de indústrias extrativas (-7,21%), refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%), madeira (-2,96%) e outros produtos químicos (-2,79%).

Somente o setor de refino de petróleo e biocombustíveis foi responsável por -0,68 ponto percentual de influência na variação do mês.

Já no acumulado do ano passado as maiores variações foram apresentadas por papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Produção industrial no Brasil fica estável em dezembro, diz IBGE

A produção industrial brasileira registrou estabilidade em dezembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (03).

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 1,3%. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de estabilidade na variação mensal e de queda de 1,1% na base anual.

SELIC

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, na quarta-feira (01), manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, patamar em vigor desde o início de agosto de 2022.

É também a quinta vez consecutiva em que o Copom se encontra e fixa a Selic em 13,75%, o resultado já era esperado pelo mercado.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (06), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,50%, ante 12,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) variou 0,21% em janeiro, após alta de 0,45% no mês anterior. Com este resultado o índice acumula alta de 3,79% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice variara 1,82% e acumulava alta de 16,91% em 12 meses. 

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (06), a projeção para o IGP-M ficou em 4,60%, ante 4,67% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A Bradesco Asset elevou na terça-feira (31) as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 de 5,3% para 5,7% e em 2024 de 3,8% para 3,9%, conforme revisão de cenário antecipada com exclusividade ao Broadcast.

Segundo o economista-chefe, Marcelo Cirne de Toledo, a revisão na estimativa do IPCA em 2023 decorreu da surpresa no item Emplacamento e Licença, assim como o reajuste recente dos preços de gasolina. “Ao mesmo tempo, a elevação das expectativas de inflação apontada pela Focus nos levaram a revisar a projeção de 2024 de 3,8% para 3,9%”, destaca, em texto.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (06), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,78%, ante 5,74% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O desempenho da economia brasileira pode ter sido melhor do que o esperado em 2022 e a expectativa de crescimento do PIB para este ano aumentou, de acordo com previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas na manhã de terça (31).

O órgão estima que o PIB brasileiro tenha crescido 3,1% no ano passado. A previsão em outubro era de 2,8%. A sinalização para a expansão da economia nacional em 2023 passou de 1,0% para 1,2%. Mas para 2024, o panorama piorou: a expectativa de crescimento caiu de 1,9% para 1,5%.

O número para 2023 é melhor do que as últimas projeções do mercado financeiro, levantadas pelo boletim Focus, do Banco Central (BC). O ponto médio (mediana) das expectativas para o crescimento do PIB em 2023 estão em 0,8%. E para 2024, em 1,5%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (06), a projeção para o PIB ficou em 0,79%, ante 0,80% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (30), o Ibovespa fechou em queda, em mais uma sessão de ajustes, com Raízen entre as maiores quedas após venda de participação de acionista, enquanto Arezzo&Co capitaneou as altas apoiada em perspectivas favoráveis de curto e longo prazos. O índice Ibovespa teve queda de 0,04%, a 112.273,01 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,8 bilhões.

Na terça-feira (31), o Ibovespa fechou em alta, confirmando desempenho positivo no primeiro mês do ano, que foi apoiado principalmente pelo fluxo de capital externo para a bolsa paulista, em sessão também marcada por expectativa para decisões de política monetária no Brasil e Estados Unidos. O índice Ibovespa teve alta de 1,26%, a 113.691,16 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,3 bilhões.

Na quarta-feira (01), o Ibovespa fechou em queda, com as blue chips entre as maiores pressões de baixa, notadamente Vale, enquanto nos Estado Unidos o Banco Central reduziu o ritmo do aperto monetário, mas prometeu “aumentos contínuos” na taxa de juros. O índice Ibovespa teve queda de 1,2%, a 112.073,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,12 bilhões.

Na quinta-feira (02), o Ibovespa fechou em queda, pressionado pelo declínio de Vale e da Petrobras, enquanto bancos privados tiveram dia positivo, apesar do resultado frustrante do Santander Brasil. O índice Ibovespa teve queda de 1,72%, a 110.140,64 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,2 bilhões.

Na sexta-feira (03), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,14%, a 110.294,57 pontos. Em meio à recuperação de Petrobras e da Vale, que ajudavam a atenuar a pressão vinda do ambiente desfavorável a risco no exterior, após dados fortes do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,47%, a 108.523,47 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,5 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (03), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 1,10%, cotado a R$ 5,1010 na venda. Depois que um relatório de emprego surpreendentemente forte do governo dos Estados Unidos reduziu esperanças de abrandamento do aperto monetário do Federal Reserve, enquanto investidores continuavam repercutindo críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à independência do Banco Central.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (03) cotado a R$ 5,1476, o estresse mais forte na reta final do pregão ocorreu em meio mínimas do Ibovespa e à forte aceleração dos ganhos da moeda norte-americana no exterior, em especial na comparação com o euro.

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FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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06/02/2023