Cenário Econômico Internacional – 19/05/2023

Cenário Econômico Internacional – 19/05/2023

Cenário Econômico Internacional – 19/05/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

Declaração da cúpula do G7 visa a “coerção econômica” da China, diz fonte

Os líderes dos países do Grupo dos Sete (G7) estão preparando uma declaração de preocupação sobre o uso da influência econômica da China no exterior para quando se reunirem na próxima semana, de acordo com uma autoridade dos Estados Unidos familiarizada com as discussões.

A expectativa é de que essa declaração, um provável componente do comunicado geral que será divulgado pelos líderes durante a cúpula de 19 a 21 de maio em Hiroshima, Japão, seja combinada com uma proposta escrita mais ampla de como as sete economias desenvolvidas trabalharão juntas para combater a “coerção econômica” de qualquer país.

A declaração principal do G7 deve incluir “uma seção específica para a China” com uma lista de preocupações que incluem “coerção econômica e outros comportamentos que vimos especificamente da [República Democrática da China]”, de acordo com a autoridade.

Uma “declaração de segurança econômica” separada “falará mais sobre as ferramentas” usadas para combater esses esforços, que incluem planejamento e coordenação, disse a fonte. Em cada caso, a expectativa é de que essas declarações vão além das declarações anteriores do G7 sobre o assunto.

O presidente norte-americano, Joe Biden, tem feito da China um foco de sua política externa, trabalhando para evitar que a tensa e competitiva relação se transforme em um conflito aberto, inclusive em relação a autogovernada Taiwan.

O G7, que também inclui Canadá, França, Alemanha, Itália e Reino Unido, está intimamente ligado economicamente à China, o principal exportador mundial e um mercado-chave para muitas de suas empresas.

OMS adverte contra preconceito e desinformação no uso de IA nos cuidados de saúde

A Organização Mundial da Saúde pediu cautela na terça-feira (16) ao usar inteligência artificial para cuidados de saúde pública, dizendo que os dados usados ​​pela IA para tomar decisões podem ser tendenciosos ou mal utilizados.

A OMS disse estar entusiasmada com o potencial da IA, mas tem preocupações sobre como ela será usada para melhorar o acesso a informações de saúde, como uma ferramenta de apoio à decisão e para melhorar o atendimento diagnóstico.

A OMS disse em comunicado que os dados usados ​​para treinar IA podem ser tendenciosos e gerar informações enganosas ou imprecisas e os modelos podem ser mal utilizados para gerar desinformação.

Era “imperativo” avaliar os riscos do uso de grandes ferramentas de modelo de linguagem (LLMs), como o ChatGPT, para proteger e promover o bem-estar humano e proteger a saúde pública, disse o órgão de saúde da ONU.

Sua nota de advertência ocorre quando os aplicativos de inteligência artificial estão ganhando popularidade rapidamente, destacando uma tecnologia que pode mudar a maneira como as empresas e a sociedade operam.

ONU prevê crescimento econômico mundial de 2,3% em 2023

O crescimento econômico global deve ser de 2,3% em 2023, 0,4 ponto percentual acima da previsão de janeiro, e a previsão para 2024 caiu 0,2 ponto percentual, para 2,5%, de acordo com um relatório da ONU.

“Apesar desse aumento, a taxa de crescimento ainda está bem abaixo da taxa média de crescimento nas duas décadas anteriores à pandemia de 3,1%”, disse o relatório Situação e Perspectivas Econômicas Mundiais, emitido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.

As previsões da ONU são inferiores às do Fundo Monetário Internacional, que disse no início deste ano que o crescimento global cairia para 2,9% em 2023, de 3,4% em 2022 e para 2024 aumentaria ligeiramente para 3,1 por cento.

A ONU disse que, embora as perspectivas para os EUA, UE e China tenham melhorado, “para muitos países em desenvolvimento, as perspectivas de crescimento se deterioraram em meio ao aperto das condições de crédito e ao aumento dos custos do financiamento externo”.

“Prevê-se que os países menos desenvolvidos cresçam 4,1% em 2023 e 5,2% em 2024, muito abaixo da meta de crescimento de 7% estabelecida na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse o relatório da ONU.

Ásia-Pacífico deve contribuir com 70% do crescimento econômico global em 2023

O recém-lançado Economic Outlook do FMI para a Ásia-Pacífico pintou um quadro mais otimista para a região e espera que as economias da Ásia e do Pacífico contribuam com cerca de 70% do crescimento econômico global em 2023, uma parcela significativamente maior do que a dos últimos anos.

No relatório, o FMI também elevou sua previsão para o crescimento econômico da Ásia-Pacífico para 4,6% em 2023, o que reflete em grande parte a recuperação da China, bem como o desenvolvimento resiliente da Índia.

Funcionários da organização também dizem que a reabertura da China neste ano aumentou as perspectivas de crescimento e deu impulso ao crescimento de curto prazo na Ásia-Pacífico.

Falando em uma coletiva de imprensa do FMI em Pequim na quinta-feira, Thomas Helbling, vice-diretor do Departamento da Ásia e Pacífico do FMI, disse que a Ásia-Pacífico será a mais dinâmica das principais regiões do mundo em 2023, impulsionada pelas perspectivas dinâmicas para China e Índia.

“A inflação global está diminuindo, mas continua teimosamente alta, e as tensões bancárias nos Estados Unidos e na Europa injetaram maior incerteza em um ambiente econômico já complexo. Dito isso, apesar desse cenário sombrio, a região da Ásia-Pacífico permanece dinâmica e carrega grande parte do crescimento global este ano”, disse Helbling.

Enquanto isso, quando questionado sobre os riscos potenciais causados ​​pela recente turbulência bancária nos Estados Unidos e em outros lugares, Krishna Srinivasan, diretor do Departamento da Ásia e Pacífico do FMI, reconheceu que o próximo ano será desafiador para a economia global, mas enfatizou a visão de que o A região da Ásia-Pacífico está bem posicionada para lidar com essas questões.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (15), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após o avanço de ações de bancos e de tecnologia e se contrapor ao cenário de persistentes incertezas, entre elas o impasse sobre o teto da dívida e os próximos passos do aperto monetário do Federal Reserve (Fed). O índice Dow Jones teve alta de 0,14%, a 33.348,60 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,30%, a 4.136,28 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,66%, a 12.365,21 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, a ameaça de um default do governo americano prossegue, enquanto negociadores de um acordo deram sinalizações negativas ao longo do dia sobre a proximidade de um acerto. O índice Dow Jones teve queda de 1,01%, a 33.012,14 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,64%, a 4.109,90 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,18%, a 12.343,05 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após sinais de avanços nas negociações para solucionar o impasse sobre o teto da dívida. O índice Dow Jones teve alta de 1,24%, a 33.420,77 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,19%, a 4.158,77 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,28%, a 12.500,57 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, em meio a expectativas de avanço nas negociações sobre o teto da dívida dos EUA e a dados fortes de emprego, sugerindo manutenção dos juros no nível atual por mais tempo. Por volta das 13h20, o índice Dow Jones registrava queda de 0,36%, a 33.300,90 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,26%, a 4.169,78 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,84%, a 12.605,40 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 12.05.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (12) cotado a R$ 4,9234 com queda de 0,27%. Com as perdas, a divisa emendou o terceiro pregão seguido de queda no mercado doméstico, período em que acumulou desvalorização de 1,49%. O real brilhou ao ser a única moeda entre divisas fortes e emergentes relevantes a ganhar força frente ao dólar.

Na segunda-feira (15) – O dólar à vista registrou queda de 0,71%, cotado a R$ 4,8882 na venda. Para o menor nível de fechamento desde junho de 2022, favorecido pelo diferencial de juros entre o Brasil e o exterior e com investidores na expectativa pela divulgação do parecer sobre o novo arcabouço fiscal no Congresso. O dólar oscilou entre R$ 4,9327 na máxima e R$ 4,8877 na mínima.

Na terça-feira (16) – O dólar à vista registrou alta de 1,12%, cotado a R$ 4,9428 na venda. Influenciado pelo exterior, onde a moeda norte-americana também subia ante outras divisas, e pela percepção de que a mudança na política de preços da Petrobras pode segurar a inflação e, no limite, reduzir o diferencial de juros entre o Brasil e o exterior. O dólar oscilou entre R$ 4,9542 na máxima e R$ 4,8871 na mínima.

Na quarta-feira (17) –O dólar à vista registrou queda de 0,17%, cotado a R$ 4,9345 na venda. Em meio à expectativa por um acordo para ampliação do teto da dívida nos EUA e ao otimismo com a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso brasileiro. O dólar oscilou entre R$ 4,9715 na máxima e R$ 4,924 na mínima.

Na quinta-feira (18) – Por volta das 13h20, o dólar operava em alta de 0,69% cotado a R$ 4,9685 na venda. Acompanhando a alta da divisa norte-americana no exterior à medida que investidores monitoravam as negociações em torno do teto da dívida dos Estados Unidos e recalibravam expectativas para os próximos passos do Federal Reserve.

Depósitos bancários caem novamente nos EUA, gerando preocupações com crédito

Os depósitos em bancos comerciais dos EUA registraram nova queda na semana encerrada em 5 de maio, assim como as concessões de crédito, gerando preocupações em relação a um aperto maior das condições financeiras, capaz de ameaçar o crescimento econômico do país.

Os depósitos nos grandes bancos dos EUA caíram para US$ 17,150 trilhões em relação a US$ 17,167 trilhões na semana anterior, em termos ajustados sazonalmente, conforme dados divulgados pelo Federal Reserve.

Os empréstimos dos bancos comerciais diminuíram para US$ 15,70 bilhões em termos ajustados sazonalmente durante a semana. Em termos não ajustados, empréstimos e arrendamentos aumentaram quase US$ 4 bilhões.

Os financiamentos de imóveis residenciais tiveram uma queda de US$ 2,6 bilhões, os empréstimos imobiliários comerciais aumentaram US$ 2,9 bilhões e os empréstimos ao consumidor caíram quase US$ 2,5 bilhões em relação à semana anterior. Os empréstimos comerciais e industriais caíram cerca de US$ 6 trilhões.

O relatório saiu alguns dias após a Pesquisa de Opinião de Agentes de Crédito do Fed em abril, que mostrou que os principais bancos continuaram restringindo os padrões de empréstimos corporativos, além do fato de que a demanda por crédito no primeiro trimestre registrou uma contração.

Um aperto mais rápido nas condições de crédito, especialmente nos bancos regionais, pode limitar o crédito e o crescimento econômico, o que muitos acreditam que ajudará o Fed a reduzir a inflação.

“As empresas americanas recorrem a bancos pequenos e médios para obter empréstimos, e será mais difícil levantar esses recursos nessas condições. Se as empresas não conseguirem empréstimos ou tiverem mais dificuldades para obtê-los, haverá menos gastos e o efeito cascata se propagará”, declarou Robert Conzo, CEO da The Wealth Alliance, em entrevista a Yasin Ebrahim, da Investing.com.

Argentina planeja novo aumento de juros e mais intervenção cambial à medida que a inflação sobe

O governo da Argentina anunciou um pacote de medidas para conter a alta da inflação e apoiar o cambaleante peso cambial no domingo, incluindo ajustes nas taxas de juros, mais intervenções no mercado de câmbio e acordos acelerados com os credores.

As medidas incluem um aumento da taxa de juros pelo Banco Central, disse o Ministério da Economia em um comunicado. O ministério não deu mais detalhes, mas uma fonte oficial disse à Reuters que o aumento seria de 600 pontos-base, elevando a taxa para 97%.

O aumento da taxa entrará em vigor na segunda-feira (15), acrescentou a fonte.

O país está lutando para reduzir a inflação, que atingiu 109% anualmente em abril. A Argentina também enfrenta a queda da confiança no peso e a diminuição das reservas em moeda estrangeira, que ameaçam as finanças do governo.

O Banco Central também aumentará sua intervenção no mercado de câmbio e dobrará seu plano de desvalorização da moeda, disse o ministério. Um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para distribuir fundos para o país também será acelerado, acrescentou o ministério.

Mais medidas devem ser anunciadas nos próximos dias, segundo o ministério.

O governo do presidente Alberto Fernandez está tentando controlar a situação econômica à medida que as eleições se aproximam, com pesquisas de opinião mostrando apoio fraco ao partido peronista no poder.

O próprio Fernandez já anunciou que não será candidato, mas o governo tenta melhorar a situação econômica para evitar uma vitória da oposição.

Economia dos EUA “está em risco” conforme impasse sobre dívida se arrasta, diz Yellen

O impasse sobre o limite da dívida federal já está tendo consequências terríveis para a economia dos Estados Unidos, elevando os custos dos empréstimos e aumentando o peso da dívida do país, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em comentários preparados na terça-feira (16).

Yellen transmitirá a mensagem a um grupo de banqueiros comunitários em Washington, lembrando-os sobre a “atitude temerária de última hora” sobre o teto da dívida em 2011, que levou ao primeiro rebaixamento da classificação de crédito dos EUA.

“O tempo está se esgotando. Cada dia que o Congresso não age, estamos enfrentando custos econômicos crescentes que podem desacelerar a economia dos EUA”, disse Yellen em comentários preparados para um evento organizado pela Independent Community Bankers of America.

“A economia dos EUA está em risco. A subsistência de milhões de norte-americanos também. Não há tempo a perder. O Congresso deve abordar o limite da dívida o mais rápido possível.”

Yellen disse na segunda-feira (15) ao Congresso que o Tesouro espera poder pagar as contas do governo dos EUA somente até 1º de junho sem um aumento no limite da dívida, aumentando a pressão sobre os republicanos no Congresso e na Casa Branca para chegar a um acordo nos próximos dias.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve se reunir nesta terça-feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, e os outros três principais líderes do Congresso para elaborar um plano para evitar o primeiro calote da história do país.

Yellen disse que a crise de 2011, quando os parlamentares aumentaram o limite da dívida pouco antes de o governo ter que parar de fazer pagamentos, mostrou as sérias repercussões de não agir com antecedência.

Como resultado, a confiança do consumidor caiu mais de 20%, enquanto o índice de ações S&P 500 caiu 17% e os custos de hipotecas e empréstimos para automóveis subiram, disse ela.

Permitir que os EUA entrem em default desencadearia uma catástrofe econômica e financeira, colocando em risco a reputação do país e minando a base da liderança econômica global dos EUA, disse ela.

Banco Central da Argentina eleva taxa básica de juros em 600 pontos-base, para 97% ao ano, diz porta-voz

O Banco Central da Argentina elevou sua taxa de juros referencial em 600 pontos-base, para 97%, devido à forte escalada inflacionária registrada em abril, disse um porta-voz da entidade.

A medida faz parte de uma série de novas diretrizes econômicas anunciadas no domingo pelo governo do presidente Alberto Fernández para lidar com a instabilidade financeira sofrida pelo país sul-americano.

A nova taxa anual de 97% aplica-se à negociação de títulos “Leliq” e depósitos a prazo, disse, enquanto a autoridade monetária ordenou uma redução de 200 pontos na taxa aplicada aos cartões, disse o porta-voz.

Um retorno de 97% TNA (taxa nominal anual) equivale a 154,2% de taxa efetiva anual (TEA) e a 8,1% ao mês.

O índice de preços ao consumidor da Argentina subiu 8,4% em abril e atingiu 108,8% nos últimos 12 meses, informou a agência de estatísticas Indec na semana passada.

No final de abril, o Banco Central havia elevado a taxa de referência em 1.000 pontos, para 91%.

Vendas no varejo dos EUA ficam abaixo das expectativas em abril

As vendas no varejo dos Estados Unidos aumentaram menos do que o esperado em abril, mas a tendência subjacente foi sólida, sugerindo que os gastos do consumidor provavelmente permaneceram fortes no início do segundo trimestre, apesar dos riscos crescentes de uma recessão neste ano.

As vendas no varejo subiram 0,4% no mês passado, informou o Departamento de Comércio na terça-feira (16). Os dados de março foram revisados ligeiramente para baixo para mostrar que as queda de 0,7%, em vez de 0,6% conforme relatado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam uma alta de 0,8% nas vendas.

As vendas no varejo são principalmente mercadorias, que normalmente são compradas a crédito e não são ajustadas pela inflação. Serviços de alimentação e locais para beber são a única categoria de serviços no relatório de vendas no varejo.

O aumento nas vendas no varejo somou-se ao forte crescimento do emprego em abril, sugerindo que a economia estava passando por uma recuperação na primavera após a desaceleração da atividade em fevereiro e março. Os gastos estão sendo sustentados por fortes ganhos salariais, graças a um mercado de trabalho apertado.

Algumas famílias ainda têm poupanças acumuladas durante a pandemia de Covid-19. Os economistas estão prevendo uma recessão à medida que os efeitos acumulados e defasados da campanha de aumento mais rápido da taxa de juros do Federal Reserve desde a década de 1980 para domar a inflação começam a ter um impacto mais amplo na economia.

Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas no varejo tiveram alta de 0,7% no mês passado. Os dados de março foram revisados ligeiramente para baixo para mostrar queda de 0,4% dessa medida, em vez de 0,3% conforme relatado anteriormente.

O núcleo das vendas no varejo corresponde mais de perto ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto. Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aceleraram no primeiro trimestre, compensando o empecilho ao crescimento do PIB decorrente da liquidação de estoques.

Presidente do Equador dissolve parlamento e convoca novas eleições no país

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, assinou na quarta-feira (17) a chamada “morte de cruz”, com a qual dissolveu a Assembleia Nacional e poderá governar por decretos-lei de urgência econômica enquanto se realizam eleições para presidente e legisladores, segundo ao decreto publicado nesta quarta-feira pela Presidência da República.

A medida surge um dia depois de ter início um processo político contra ele na Assembleia Nacional por suposta participação no crime de peculato, acusações que sempre foram rejeitadas pelo presidente.

A “morte de cruz” é uma figura jurídica que permite ao presidente dissolver a Assembleia Nacional para depois convocar eleições, a fim de renovar os Poderes Legislativo e Executivo. A medida, protegida pela Constituição equatoriana, permite que os poderes tenham a capacidade de se dissolverem apenas uma vez nos três primeiros anos da gestão presidencial, o que provocaria novamente eleições gerais.

Segundo a oposição, o presidente não rescindiu contrato entre a Frota Petroleira do Equador (Flopec) e o consórcio Amazonas Tankers para transporte de derivados de petróleo, o que supostamente teria representado prejuízo aos cofres do Estado.

Na terça-feira (16), os legisladores iniciaram o debate sobre o impeachment contra Lasso, que negou as acusações contra ele e disse que o julgamento tem motivação política.

“Eu vim aqui para dizer isto aos meus acusadores: eu os acuso. Eu os acuso de terem abandonado seu papel de legisladores. Agora vocês são antilegisladores desta república, porque vocês não criam leis, mas sim as destroem”, disse Lasso aos legisladores.

A Assembleia Nacional do Equador suspendeu o debate na noite de terça-feira sem chegar a uma votação.

Relatório do Fed de Nova York aponta declínio em riscos econômicos negativos

Os riscos para as perspectivas econômicas em um momento de rápidos aumentos na taxa básica de juros do Federal Reserve permanecem altos, mesmo que tenham diminuído um pouco, de acordo com um relatório divulgado pelo Federal Reserve de Nova York.

O braço regional do Banco Central norte-americano fez sua avaliação como parte de uma nova série de dados que busca medir os vários riscos enfrentados pela economia, segundo um comunicado em seu site.

A instituição disse que mudanças nas condições financeiras são fundamentais para o trabalho e destacou que “o risco de queda na atividade real diminuiu ao longo de 2023, mas permanece elevado”.

O estudo também apontou que os riscos de aumento do desemprego avançaram substancialmente no ano passado, mas este ano também diminuíram, embora ainda permaneçam “elevados”. O relatório também mostrou que as decisões do Fed reduziram o risco de uma inflação mais alta.

Biden se encontra com primeiro-ministro do Japão e reforça laços entre países antes do G7

O presidente Joe Biden chegou ao Japão na quinta-feira (18) para uma visita encurtada à Ásia, destinada a fortalecer aliados em meio às crescentes ambições militares e econômicas da China.

A viagem, antes planejada para oito dias, foi reduzida pela metade; duas das três paradas de Biden foram canceladas para que ele pudesse retornar a Washington para negociações sobre o aumento do teto da dívida dos EUA.

Com apenas uma parada no Japão para a cúpula do Grupo dos Sete, Biden está tentando unir os líderes de algumas das maiores economias do mundo em torno de um compromisso de enfrentar as agressões de Pequim e apoiar a Ucrânia em meio à invasão da Rússia.

Os líderes mundiais também convocarão uma discussão sobre inteligência artificial, um sinal de que os rápidos avanços na tecnologia têm sido motivo de preocupação.

No entanto, é a preocupação com a possibilidade de calote dos EUA que representa a ameaça mais urgente à estabilidade global, e os líderes devem questionar Biden sobre os riscos quando começarem as reuniões na sexta-feira (19).

O presidente dos EUA se encontrou pela primeira vez com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na véspera da cúpula do G7 em Hiroshima, enfatizando as relações estreitas entre os EUA e o Japão em meio às crescentes ambições militares e econômicas da China, bem como a guerra em curso na Ucrânia.

“O ponto principal, senhor primeiro-ministro, é que quando nossos países estão juntos, nós ficamos mais fortes. E acredito que o mundo inteiro fica mais seguro quando o fazemos”, disse Biden ao seu anfitrião.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (15), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com os investidores avaliando as incertezas em torno das negociações do teto da dívida dos Estados Unidos e do segundo turno da eleição na Turquia, enquanto analisavam dados em busca de pistas sobre o estado da economia global. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,25%, a 466,67 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,05%, a 7.418,21 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,02%, a 15.917,24 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,33%, a 6.094,77 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,35%, a 9.201,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,30%, a 7.777,70 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, em uma sessão com uma série de sinalizações que levantam cautela sobre a economia global. Indicadores na Europa e na China geraram desconfiança sobre a resiliência da atividade. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,41%, a 464,76 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,16%, a 7.406,01 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,12%, a 15.897,93 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,31%, a 6.113,80 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,06%, a 9.196,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,34%, a 7.751,08 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas europeias fecharam mistas, em uma sessão na qual a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro seguiu dando perspectivas de uma continuidade na alta de juros pelo Banco Central Europeu (BCE). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,18%, a 463,88 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,09%, a 7.399,44 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,34%, a 15.951,30 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,29%, a 6.089,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,16%, a 9.206,10 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,36%, a 7.723,23 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, após negociações mais cautelosas no início da semana. Com as negociações do teto da dívida dos EUA progredindo e vários setores obtendo fortes ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,43%, a 465,99 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,64%, a 7.446,89 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,33%, a 16.163,36 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,55%, a 6.056,56 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,17%, a 9.226,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,25%, a 7.742,30 pontos.

Ministros da UE apoiam plano para reduzir dependência econômica da China

Ministros da União Europeia apoiaram estratégia de reduzir a dependência econômica do bloco em relação à China, mas agora terão que descobrir como tornar isso uma realidade, disse o chefe da diplomacia do bloco, Josep Borrell.

Borrell disse que os ministros das Relações Exteriores deram amplo apoio a um plano para ajustar a política em relação à China, dando maior ênfase ao seu papel como rival político, ao mesmo tempo em que continuam a ver Pequim como um parceiro em questões globais e um concorrente econômico.

“Os colegas receberam bem o documento que apresentamos. Eles concordam com as linhas básicas dessa recalibração de nossa estratégia em relação à China”, disse Borrell a repórteres após a reunião dos ministros em Estocolmo.

“Quando uma dependência é muito grande, é um risco”, declarou.

Borrell disse que a UE precisa aprender com o “erro estratégico” que cometeu nos anos anteriores à guerra de Moscou na Ucrânia, tornando-se muito dependente do gás russo.

Ele disse que, atualmente, a UE é ainda mais dependente da China em relação a tecnologias essenciais, como painéis solares e materiais essenciais, do que da energia russa.

’’De-risking’ é apenas uma palavra. Mas, por trás dessa palavra, há muito trabalho, que levará tempo, para rever todas as nossas relações econômicas com a China”, disse ele.

Borrell enfatizou que o objetivo não é “desacoplar” as economias europeia e chinesa, mas reequilibrar o relacionamento.

As autoridades agora refinarão a proposta para apresentá-la aos líderes da UE, que devem discutir a China em uma cúpula em junho.

O plano é a mais recente tentativa de encontrar um equilíbrio entre as opiniões dos 27 países membros da UE, manter uma abordagem distinta da UE em relação a Pequim e preservar uma parceria próxima com Washington, que está pressionando por uma linha mais dura em relação à China.

O documento afirma que a coordenação com os Estados Unidos “continuará sendo essencial”.

Produção da indústria da zona do euro cai com força em março

A produção industrial da zona do euro caiu muito mais do que o esperado em março, uma vez que a fabricação de bens de capital caiu, embora a redução acentuada pareça ser resultado dos números da Irlanda, que são tipicamente voláteis.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse na segunda-feira (15) que a produção industrial nos 20 países que usam o euro caiu 4,1% em março em relação ao mês anterior, com uma queda de 1,4% na comparação anual.

Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda mensal de 2,5% e um ganho de 0,9% na comparação anual.

A produção industrial na Irlanda despencou 26,3% no mês e 26,1% em relação ao ano anterior. A Eurostat observou que o Escritório Central de Estatísticas da Irlanda estava revisando sua metodologia para calcular o ajuste sazonal da produção industrial.

A Eurostat disse que a produção de bens de capital, bens como prédios e equipamentos usados para fabricar produtos e prestar serviços – caiu 15,4% no mês. Na comparação anual, a queda foi de 2,1%.

Todos os outros componentes da produção industrial recuaram, exceto bens de consumo duráveis, que subiram 2,8% no mês, mas recuaram 0,8% em relação ao ano anterior.

Turquia confirma disputa de segundo turno entre Erdogan e opositor; votação será em 28 de maio

O presidente Turquia Recep Tayyip Erdogan e seu opositor Kemal Kilicdaroglu disputarão o segundo turno da eleição presidencial do país, confirmou o chefe do Alto Conselho Eleitoral da Turquia. O segundo turno está marcado para 28 de maio.

Com cerca de 35 mil votos a serem contados, Erdogan tinha 49,51% de apoio e Kilicdaroglu, que integra uma aliança de oposição de seis partidos e também lidera o Partido Republicano do Povo, 44,88%. Nenhum candidato alcançou a maioria necessária para a vitória em primeiro turno.

No começo da apuração, os primeiros resultados colocavam o atual presidente confortavelmente à frente, mas conforme a contagem continuou, sua vantagem diminuiu e ficou abaixo dos 50% necessários para garantir a vitória.

A corrida representa o maior desafio até agora para o líder turco há 20 anos, Erdogan, que enfrentou ventos econômicos contrários e críticas devido ao impacto do devastador terremoto de 6 de fevereiro.

Ele chegou ao poder em 2003, como primeiro-ministro, e se tornou o presidente em 2014, ampliando os poderes do cargo a partir de uma reforma constitucional três anos depois. Ele foi reeleito em 2018.

Pela primeira vez, a oposição da Turquia se uniu em torno de um único candidato, Kilicdaroglu, que representa uma coalizão eleitoral de seis partidos da oposição.

A perspectiva de mais cinco anos de governo de Erdogan vai perturbar os ativistas dos direitos civis que fazem campanha por reformas para desfazer o dano que dizem que ele causou à democracia turca. Milhares de presos políticos e ativistas podem ser libertados se a oposição prevalecer.

Trata-se de uma das eleições mais importantes nos 100 anos de história do país, uma disputa que poderia acabar com o governo imperioso de 20 anos e repercutir muito além das fronteiras do país. A participação eleitoral foi de 88,8%.

Crescimento econômico alemão permanecerá fraco no curto prazo, diz FMI

A economia alemã mostrou resiliência no ano passado graças a uma forte resposta com medidas econômicas e a um inverno ameno, mas o crescimento permanecerá fraco no curto prazo, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira (16).

As condições financeiras mais apertadas e o choque do preço da energia começaram a pesar no crescimento de curto prazo, alertou o FMI em seu relatório sobre a Alemanha.

A instituição prevê que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha fique próximo de zero em 2023, antes de se fortalecer gradualmente para entre 1% e 2% no período de 2024 a 2026.

Embora a inflação esteja caindo de forma constante, o núcleo se mostra firme, de acordo com o relatório. “A principal prioridade no curto prazo é, portanto, apoiar a desinflação com um aperto moderado da instância fiscal em 2023”, afirmou.

No médio prazo, a Alemanha pode precisar criar mais espaço fiscal para investimentos no futuro, disse o FMI. O Fundo espera que o déficit do país diminua para cerca de 0,5% do PIB até 2027, à medida que as medidas de alívio de energia forem eliminadas.

O FMI alertou que a incerteza é alta e os riscos para as previsões estão inclinados para baixo.

Crescimento do PIB da zona do euro no 1º trimestre é confirmado em 0,1%

O crescimento econômico da zona do euro foi de 0,1% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, confirmou a agência de estatísticas da UE, com o aumento do emprego e um forte aumento nas exportações que impulsionaram o superávit comercial da zona do euro.

A Eurostat também confirmou sua estimativa anterior de que o Produto Interno Bruto nos 20 países que usam o euro aumentou 1,3% em relação ao ano anterior no período de janeiro a março, e disse que o emprego cresceu 0,6% no trimestre, para um aumento de 1,7% em relação ao ano anterior.

Embora uma análise mais detalhada do aumento do PIB ainda não esteja disponível, os dados comerciais não ajustados do primeiro trimestre mostraram um salto de 8,5% nas exportações em relação ao mesmo período de 2022 com importações inalteradas, indicando que o comércio líquido contribuiu para o crescimento.

Em março, a balança comercial não ajustada da zona do euro passou para um superávit de 25,6 bilhões de euros, de um déficit de 20 bilhões nos primeiros três meses de 2022. Ajustado para variações sazonais, o superávit comercial de março foi de 17 bilhões de euros, ante um déficit de 200 milhões de euros no mês antes.

O resultado melhor da balança comercial líquida no primeiro trimestre decorreu principalmente do aumento das exportações de máquinas, veículos e produtos químicos e da queda nas importações de energia.

Ex-presidente Sarkozy é condenado por corrupção e terá que usar tornozeleira eletrônica na França

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy perdeu seu recurso contra uma condenação de 2021 por corrupção e tráfico de influência no Tribunal de Apelações de Paris na quarta-feira (17).

O tribunal de apelações manteve a sentença de três anos de prisão. No entanto, de acordo com a decisão inicial, dois desses anos foram suspensos e Sarkozy usaria uma pulseira eletrônica em vez de ir para a prisão pelo ano restante.

A advogada do ex-presidente disse que ele não cometeu nenhum delito e descreveu a decisão como “estupefaciente”.

“Nicolas Sarkozy é inocente das acusações”, disse a advogada de defesa Jacqueline Laffont. “Não vamos desistir dessa luta”.

Sarkozy, 68, um conservador que cumpriu um mandato como presidente francês de 2007 a 2012, levará sua batalha legal à mais alta corte da França, a Cour de Cassation, disse Laffont.

A Cour de Cassation analisa decisões de tribunais inferiores com base em erros legais ou processuais, mas não em aspectos factuais.

Um tribunal inferior em 2021 considerou Sarkozy culpado de tentar subornar um juiz após deixar o cargo e de vender influência em troca de informações confidenciais sobre uma investigação sobre as finanças de sua campanha de 2007.

BCE continuará aumentando juros, mas maior parte do aperto já foi feita, diz De Guindos

O Banco Central Europeu terá que continuar aumentando os juros para trazer a inflação de volta à sua meta de médio prazo de 2%, embora a maior parte do aperto já tenha sido feita, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, na quinta-feira (18).

O BCE desacelerou o ritmo de aumento de suas taxas de juros neste mês com um ajuste de 0,25 ponto percentual, mas sinalizou que mais aperto estava por vir.

“Uma parte significativa da jornada já foi feita, ainda há algum caminho a percorrer, provavelmente o caminho pela frente é mais curto, mas não sei qual será o ponto final”, disse De Guindos.

Os mercados esperam um novo aumento de 0,25 ponto percentual na reunião do BCE de junho e possivelmente mais um até o final do verão (no Hemisfério Norte), seguido por cortes de juros a partir do início do próximo ano.

De Guindos disse ainda estar preocupado com a evolução do núcleo da inflação, “que é especialmente preocupante no caso dos serviços”.

A inflação da zona do euro acelerou no mês passado para 7,0%, de 6,9% em março, confirmando dados preliminares que apontavam para um crescimento de preços cada vez mais persistente entre as 20 nações que compartilham o euro.

De Guindos disse ainda que a zona do euro deverá crescer a um ritmo mais moderado, de cerca de 1%, em 2023, em linha com a previsão da Comissão Europeia, embora a “parte positiva seja que uma recessão técnica terá sido evitada.”

Vantagem de governistas espanhóis sobre oposição conservadora diminui

O governista Partido Socialista Operário Espanhol venceria as eleições gerais por uma pequena margem sobre a principal legenda de oposição, enquanto uma nova coalizão de esquerda ultrapassou a extrema direita pelo terceiro lugar, mostrou uma pesquisa de opinião.

Uma eleição geral deve ser realizada até dezembro, com votações locais e regionais em 28 de maio ajudando a avaliar os níveis de apoio para cada partido.

Realizada pelo estatal Centro de Estudos Sociológicos (CIS) na primeira semana de maio, a pesquisa mostrou que o partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez tinha 29,1% das intenções de voto nas eleições gerais, uma queda de 1,3 ponto percentual em relação ao mês anterior.

A legenda foi seguida de perto pelo conservador Partido Popular (PP) com 27,2%, alta de 1,1 ponto em relação a abril.

Algumas pesquisas nos últimos meses mostraram o PP à frente, mas também bem aquém da maioria.

Sumar, uma aliança recém-formada por partidos progressistas liderados pela ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, obteve o apoio de 12,1% das cerca de 4.000 pessoas entrevistadas pelo CIS.

Foi apenas a segunda vez que Sumar apareceu em uma pesquisa CIS, depois de acumular 10,6% das intenções de voto no mês passado.

O Vox, de extrema-direita, caiu para o quarto lugar, com 10,6%, contra 11,1% em abril, provavelmente prejudicado pelos ganhos do PP.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (15), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, à espera de novos dados chineses sobre indústria e varejo e em meio ao enfraquecimento do iene ante o dólar. O índice Xangai teve alta de 1,17%, a 3.310,74 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,81%, a 29.626,34 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,75%, a 19.771,13 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,55%, a 3.998,89 pontos.

Na terça-feira (16), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após novos sinais de que a economia chinesa está mais fraca do que se imaginava. O índice Xangai teve queda de 0,60%, a 3.290,99 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,73%, a 29.842,99 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,04%, a 19.978,25 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,52%, a 3.978,21 pontos.

Na quarta-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, após dados animadores de crescimento do Japão e em meio ao impasse no diálogo sobre o teto da dívida dos EUA. O índice Xangai teve queda de 0,21%, a 3.284,23 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,84%, a 30.093,59 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 2,09%, a 19.560,57 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,45%, a 3.960,16 pontos.

Na quinta-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, seguindo o tom positivo de Wall Street, em meio a esperanças de que os EUA consigam chegar a um acordo sobre o teto de sua dívida nos próximos dias. O índice Xangai teve alta de 0,40%, a 3.297,32 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,60%, a 30.573,93 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,85%, a 19.727,25 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,10%, a 3.956,07 pontos.

Enviado da China irá à Ucrânia e Rússia para costurar acordo de paz

O representante especial da China para assuntos da Eurásia, Li Hui, visitará a Ucrânia na próxima semana para “promover negociações de paz”, confirmou o Ministério das Relações Exteriores da China.

A viagem de Li começará no dia 15 de maio, e ele passará pela Ucrânia, Polônia, França, Alemanha e Rússia durante a turnê.

“A visita de representantes chineses aos países envolvidos é outra manifestação do compromisso da China em persuadir e promover negociações, demonstrando plenamente que a China está firmemente do lado da paz”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, durante uma coletiva de imprensa regular.

A visita ocorre depois que o líder chinês Xi Jinping conversou com seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, por telefone no mês passado pela primeira vez desde que a invasão da Rússia começou no ano passado.

A China tentou repetidamente se retratar como um pacificador no conflito, mas os países ocidentais veem as intenções de Pequim com profunda desconfiança, à medida que forja laços cada vez mais estreitos com Moscou.

Partidos de oposição assumem liderança contra governo militar em eleições gerais na Tailândia

Os partidos de oposição tailandeses venceram a eleição nacional do domingo (15), quando os eleitores reprenderam o governo apoiado pelos militares que governa desde o golpe de 2014, encerrando anos de luta crescente sobre como os grupos conservadores governam o reino.

Com mais de 99% dos votos apurados, o partido progressista Move Forward deverá conquistar 151 assentos, com o populista Pheu Thai em segundo lugar, com 141 assentos.

Isso os coloca muito à frente do partido do atual primeiro-ministro, e líder do golpe de 2014, Prayut Chan-o-cha.

Nas primeiras horas de segunda-feira (15), o líder do Move Forward, Pita Limjaroenrat, que montou uma onda de apoio juvenil nas mídias sociais, twittou sua prontidão para assumir a liderança.

“Acreditamos que nossa amada Tailândia pode ser melhor e a mudança é possível se começarmos hoje, nosso sonho e esperança são simples e diretos, e não importa se você concorda ou discorda de mim, eu serei seu primeiro-ministro. E não importa se você votou em mim ou não, eu o servirei”, disse ele.

Japão aprova aumento do preço da energia doméstica das empresas de energia

O governo do Japão aprovou na terça-feira (16) um aumento nas tarifas de eletricidade residencial de sete grandes concessionárias após atrasos na análise de seus pedidos, já que o governo buscava lidar com a inflação recorde.

Os aumentos, variando de 14% a 42% para refletir os custos mais altos de combustível, aumentarão a pressão sobre a terceira maior economia do mundo.

O núcleo da inflação ao consumidor do Japão provavelmente reacelerou em abril, mostrou uma pesquisa da Reuters com 19 economistas, já que uma enxurrada de aumentos nos preços de varejo compensou o efeito dos subsídios do governo à energia.

Em meio ao aumento dos preços dos combustíveis no ano passado após a invasão da Ucrânia pela Rússia, sete concessionárias, incluindo a Tokyo Electric Power (TEPCO) (9501.T), solicitaram aumentos nas tarifas de eletricidade de abril e junho para compensar os altos custos de insumos.

Mas o governo levou vários meses para examinar seus pedidos para aliviar o fardo da alta inflação sobre os consumidores.

Na terça-feira (16), um grupo de ministros se reuniu para discutir questões de preços e aprovou os aumentos, que entram em vigor no mínimo em 1º de junho e serão refletidos no projeto de lei de julho.

As concessionárias solicitaram inicialmente um aumento de preço de 28 a 48%, mas o ministério da indústria ordenou um recálculo dos custos com base nos últimos preços de combustível e exigiu uma redução nos custos fixos para reduzir a taxa de aumento para 14 a 42%.

“Realizamos avaliações extremamente rigorosas”, disse Yasutoshi Nishimura, o ministro da indústria, em entrevista coletiva.

Vietnã aprova plano para impulsionar energia eólica e GNL até 2030

O Vietnã aprovou um plano de energia há muito aguardado para esta década, em uma medida destinada a aumentar a energia eólica e o gás, ao mesmo tempo em que reduz a dependência do carvão.

Conhecido como PDP8, o plano visa garantir a segurança energética do país do Sudeste Asiático enquanto inicia a transição para se tornar neutro em carbono em meados do século.

O plano precisa de US$ 134,7 bilhões em financiamento para novas usinas e redes elétricas, estimou o governo, com parte do dinheiro esperado para vir de investidores estrangeiros.

Em dezembro, as nações do Grupo dos Sete (G7) e outros países mais ricos prometeram US$ 15,5 bilhões em fundos iniciais para apoiar a transição do Vietnã para longe do carvão.

Em meio a disputas internas e trabalhos em reformas complexas, o plano foi adiado por mais de dois anos. Ele passou por uma dúzia de versões preliminares antes de ser aprovado pelo primeiro-ministro Pham Minh Chinh, e agora precisa da aprovação do parlamento carimbado, possivelmente neste mês, antes de sua adoção final.

Um diplomata do grupo de doadores do G7, que não quis ser identificado por não estar autorizado a falar com a mídia, disse na terça-feira que a aprovação foi um passo importante e necessário para desbloquear o financiamento de projetos renováveis, especialmente a eólica offshore. No entanto, não estava totalmente de acordo com os objetivos do G7, acrescentou o diplomata, já que o Vietnã ainda dependerá fortemente do carvão nesta década.

PIB do Japão avança 0,4% no 1° trimestre ante 4° trimestre de 2022, acima da estimativa de 0,1%

O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o trimestre anterior e 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o gabinete do governo na quarta-feira (17).

O consenso Refinitiv esperava uma alta mais modesta, de 0,1%, no crescimento da economia ante o trimestre imediatamente anterior. Para a taxa anual, a estimativa do Centro de Pesquisa Econômica do Japão era de uma alta de 1,1%.

Segundo a agência Kyodo News, o crescimento na comparação anual representou a primeira expansão da economia japonesa em três trimestres, auxiliada pelo forte consumo privado e pela recuperação do turismo receptivo. Segundo explicações de agentes do governo, isso é um sinal de que o impacto da pandemia da Covid-19 está diminuindo.

Apesar das leituras mais fortes do que o esperado para o PIB, os dados mostraram que as exportações despencaram e a economia estava em uma recessão técnica no final do ano passado.

“A boa notícia é que a economia estava tecnicamente em recessão no ano passado, mas se recuperou em janeiro-março. Espera-se que o retorno do turismo receptivo apoie a economia mesmo quando esperamos um crescimento lento nas exportações para os Estados Unidos e Europa”, disse à Kyodo News o economista-chefe do Meiji Yasuda Research Institute, Yuichi Kodama.

O consumo privado aumentou 0,6% no trimestre, uma vez que a demanda por carros e bens duráveis ​​foi forte e os consumidores aumentaram os gastos com serviços, como na alimentação fora do domicílio. Foi o quarto ganho trimestral consecutivo.

China: corte nas taxas de depósito se tornou uma missão crítica para os bancos chineses

Os bancos em toda a China estão reduzindo as taxas de depósito, depois de um ano em que seus lucros foram espremidos por taxas de empréstimo mais baixas e níveis recordes de poupança. Cerca de uma dúzia de credores reduziram esta semana as taxas máximas de juros que pagam em certos tipos de contas de depósito corporativas e individuais, de acordo com declarações dos bancos e da mídia estatal chinesa. Espera-se que muitos mais façam o mesmo. Os últimos cortes foram em média de 0,3 ponto porcentual e seguiram-se a outras reduções nas taxas de depósito nas últimas semanas e meses por outros bancos chineses, desde gigantes estatais a pequenos credores rurais.

No ano passado, os bancos comerciais chineses atenderam aos pedidos de funcionários do governo e reguladores para aumentar os empréstimos a empresas e consumidores quando a economia do país estava fraca. Muitos fizeram isso baixando as taxas de juros que cobram nos empréstimos. Em alguns casos extremos, os bancos concederam hipotecas a taxas ainda mais baixas do que as referências amplamente utilizadas no setor. Depósitos e poupanças, por outro lado, se acumularam em muitos bancos, pois uma perspectiva macro incerta e as restrições anteriores da China aos movimentos das pessoas levaram indivíduos e empresas a guardar mais dinheiro durante a pandemia de coronavírus.

As margens líquidas de juros, uma importante métrica de lucratividade, refletem a diferença entre o que os bancos ganham com seus ativos e o que pagam pelo financiamento, o que inclui depósitos. A orientação regulatória oficial para os bancos na China é manter as margens líquidas de juros de pelo menos 1,8%.

No final de 2022, a margem líquida de juros do setor bancário geral caiu para 1,91%, de 2,08% no ano anterior, de acordo com o regulador bancário e de seguros da China. Foi o nível mais baixo em mais de uma década, mostram os dados do Wind. As margens líquidas de juros dos bancos comerciais das cidades foram piores, em 1,67% em média no final de 2022.

Em um caso extremo, o Guilin Bank, um banco comercial da cidade na região sul de Guangxi, baixou o teto de juros dos tipos de depósitos em 0,55 ponto percentual. Isso reduziu sua taxa sobre esses depósitos com aviso prévio de um dia para 1% e 1,55% para aqueles com aviso prévio de sete dias.

As ações dos bancos estatais chineses subiram nos últimos meses, com os investidores apostando que os credores se beneficiarão da recuperação do crescimento econômico do país.

Coreia do Sul e Canadá prometem laços mais fortes em busca de estratégia compartilhada Indo-Pacífico

O presidente Yoon Suk Yeol e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau concordaram em desenvolver prioridades econômicas e de segurança comuns estabelecidas em suas estratégias indo-pacíficas em uma cúpula em Seul.

O destaque da viagem de três dias de Trudeau que termina na quinta-feira (18) ocorre quando Yoon busca parceiros econômicos enquanto atrai apoio para seus esforços de desnuclearização norte-coreana.

“Denunciamos em conjunto as crescentes ameaças nucleares da Coreia do Norte, que impedem a paz e a estabilidade regionais. Concordamos em aumentar a cooperação para esclarecer os abusos de direitos no país isolado”, disse Yoon em entrevista coletiva após as negociações.

Trudeau também criticou Pyongyang por suas violações das sanções internacionais impostas a seus programas nuclear e de mísseis, instando o país isolado a retornar ao diálogo. Ele destacou os abusos de direitos como uma preocupação para monitorar de perto juntos.

“Também continuaremos nosso trabalho para apoiar organizações de direitos humanos na Coreia do Norte, entendendo que o povo norte-coreano é a primeira vítima do terrível regime na Coreia do Norte”, disse Trudeau.

O primeiro-ministro canadense comparou a necessidade de melhorar a situação dos abusos de direitos da Coreia do Norte aos valores que impulsionaram a revolta democrática que ocorreu em 1980 para protestar contra um regime autoritário na Coreia do Sul.

Enquanto isso, Yoon saudou a candidatura de Ottawa para se juntar ao Indo-Pacific Economic Framework, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos que representa cerca de 40% do produto interno bruto global.

“Seul e Ottawa também assinaram memorandos de entendimento sobre minerais críticos e cadeias de suprimentos”, disse Yoon, observando que os laços econômicos em constante expansão incluirão cooperação em “chips, baterias, indústrias futuras como inteligência artificial e pequenos reatores modulares e energia limpa.” Pela primeira vez, os ministros das Relações Exteriores e do Comércio dos dois países mantiveram conversas de alto nível, um órgão consultivo que deve ocorrer regularmente para que os dois “parceiros do Pacífico Norte” possam fortalecer os laços comerciais, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores em Seul.

Reafirmação de crédito para Israel pela S&P é voto de confiança, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu bem no sábado (13) a notícia de que a S&P reafirmou sua classificação de crédito Aa-/A-1+ e forneceu perspectiva estável para o país, apesar do aviso da agência de que as consequências da polêmica reforma judicial do governo poderia prejudicar o crescimento.

“Manter a classificação positiva de Israel durante um período economicamente desafiador globalmente é um voto de confiança na política econômica correta que estamos conduzindo”, disse Netanyahu em uma declaração conjunta com o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

Após os planos de sua coalizão governista para limitar os poderes da Suprema Corte terem provocado protestos sem precedentes em Israel, desagradado aliados ocidentais e gerado advertências econômicas, Netanyahu suspendeu a reforma judicial no final de março.

Em vez disso, ele negocia uma reforma legal acordada com a oposição, em discussões que até agora mostraram pouco sinal de progresso real.

A S&P disse que espera que as tensões domésticas diminuam e que seja alcançado um consenso. Mas a incerteza atual pode pesar no crescimento, disse a agência de classificação, que prevê um crescimento 1,5% para 2023.

No mês passado, a agência de classificação de crédito Moody’s rebaixou sua perspectiva para Israel, citando a reforma judicial.

Emirados Árabes Unidos convidam Assad da Síria para cúpula do clima COP28

Os Emirados Árabes Unidos convidaram o presidente sírio, Bashar al-Assad, para a cúpula do clima COP28 que está sediando no final do ano, possivelmente colocando-o no mesmo local que os líderes ocidentais que se opuseram e sancionaram ele por anos.

O convite foi feito pelo presidente dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed, informou a agência de notícias estatal síria SANA, depois que a embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Damasco twittou o mesmo.

“A COP28 está comprometida com um processo COP inclusivo que produz soluções transformacionais”, disse um porta-voz da COP28 em comunicado enviado por e-mail à Reuters.

“Isso só pode acontecer se tivermos todos na sala.”

Espera-se que milhares de líderes mundiais, diplomatas e dignitários participem da cúpula em Dubai em dezembro.

Outros estados árabes estão se aproximando da Síria novamente depois de isolar Assad por mais de uma década após sua repressão mortal aos protestos de rua que se transformaram em uma guerra civil brutal.

Economia de Israel cresce 2,5% no primeiro trimestre

A economia de Israel desacelerou menos do que o esperado no primeiro trimestre de 2023 devido ao forte investimento industrial e, juntamente com a forte inflação, deve manter a pressão sobre os formuladores de políticas para conter o aumento dos preços.

O Produto Interno Bruto cresceu 2,5% anualizado no período de janeiro a março em relação aos três meses anteriores, informou o Escritório Central de Estatísticas. Uma pesquisa da Reuters com analistas projetava alta de 1,8%.

O crescimento do primeiro trimestre desacelerou de 5,3% no quarto trimestre, não revisado de uma estimativa anterior.

“Esta impressão apóia uma alta de 0,25 na próxima semana, também seguindo o número alto do CPI em abril”, disse Jonathan Katz, economista-chefe da Leader Capital Markets.

O Banco de Israel em 22 de maio decidirá sobre as taxas de juros.

Com a inflação teimosamente alta, em parte devido a um shekel mais fraco, o Banco Central elevou as taxas mais do que o planejado – para 4,5%, de 0,1% em abril de 2022.

Inflação em Dubai cai para 3,27% em abril, a menor em 13 meses

A inflação de Dubai desacelerou para o nível mais baixo em 13 meses em abril, atingindo 3,27%, puxada pela desaceleração dos preços de transporte e alimentos, mostraram os dados mais recentes da autoridade de estatística do emirado.

Isso ocorre quando o Índice de Preços ao Consumidor de Dubai caiu para o nível mais baixo desde fevereiro de 2022, quando a inflação atingiu 2,65%.

A desaceleração dos níveis de preços está alinhada com as tendências da inflação na região do Conselho de Cooperação do Golfo, bem como no mundo.

Em fevereiro, um relatório divulgado pela empresa de pesquisa e estratégia de investimento Kamco Invest, com sede no Kuwait, disse que a taxa de inflação nos países do GCC está mostrando uma tendência de queda em 2023 em comparação com 2022.  

De acordo com o relatório do Centro de Estatísticas de Dubai, os preços de alimentos e bebidas aumentaram 5,78% em abril, em comparação com 6,28% em março, ajudando a frear o IPC.  

Outro fator que contribuiu para a desaceleração foram os preços dos transportes, que caíram pelo segundo mês consecutivo, atingindo 8,53% em abril.  

Em contraste, os preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis subiram pelo 11º mês consecutivo, atingindo um recorde de 5,44% no mês passado. Estes têm o maior peso relativo na medição do IPC de Dubai. 

Com o aumento contínuo dos preços da água e da eletricidade, a Dubai Electricity and Water Authority relatou resultados fenomenais no primeiro trimestre deste ano.  

Nos Emirados Árabes Unidos, a inflação deve cair para 3,2% até o final de 2023, abaixo dos 4,8% do ano passado, informou o ministro de assuntos financeiros no mês passado.  

O ministro atribuiu a queda à estabilização de preços e ao recuo dos impactos da inflação importada globalmente. 

Setor não petrolífero saudita crescerá 4,7% apesar da desaceleração regional

O setor não petrolífero da Arábia Saudita deve crescer 4,7% em 2023, segundo o Banco Mundial, à medida que o objetivo Visão 2030 do Reino de diversificar a economia para além do petróleo ganha força.

Esta previsão ocorre apesar de uma desaceleração antecipada das economias do Conselho de Cooperação do Golfo em meio a retornos mais baixos de petróleo e gás e crescimento econômico global lento.

Estima-se que o produto interno bruto dos países do GCC cresça 2,5% em 2023 e 3,2% em 2024, em oposição aos 7,3% observados em 2022. 

Uma contração prevista de 1,3% no PIB de hidrocarbonetos será o principal fator da desaceleração na região do Golfo, observou o relatório. 

Isso é atribuído em grande parte ao anúncio de corte de produção do mês passado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecidos como OPEP +, além do declínio econômico global. 

No entanto, espera-se que o crescimento do setor não petrolífero do GCC atinja 4,6% em 2023, apoiado pelo consumo privado, investimentos fixos e política fiscal mais frouxa, facilitando assim o declínio nas atividades petrolíferas. 

“A melhoria no clima de negócios e na competitividade e as melhorias gerais na participação feminina na força de trabalho nos países do GCC, especialmente na Arábia Saudita, valeram a pena, embora ainda sejam necessários esforços adicionais de diversificação e estejam em andamento”, disse o Banco Mundial.  

Após seu crescimento de 8,7% em 2022, o PIB da Arábia Saudita chegará a 2,2% até o final deste ano, já que a contribuição do setor de petróleo para o PIB deve cair 2%.

Em março, o diretor regional do GCC no Banco Mundial observou que os países do Golfo terão o dobro do nível global de crescimento econômico este ano, com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos liderando o caminho.

Issam Abu Suleiman afirmou que os países do Golfo devem aumentar 3,7% em 2023, acima da estimativa de 2,5% do Banco Mundial.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
19/05/2023