Cenário Econômico Nacional – 29/05/2023

Cenário Econômico Nacional – 29/05/2023

Cenário Econômico Nacional – 29/05/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Projeção da inflação para 2023 cai para 5,8%

Economistas esperam inflação e dólar menores em 2023, e crescimento da economia maior, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (22).

Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 6,03% para 5,80%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, caíram de 4,15% para 4,13%. Para 2025, as perspectivas ficaram iguais, em 4%.

Os economistas mantiveram a projeção da taxa básica de juros deste ano em 12,5%. A expectativa é de início do ciclo de afrouxamento para 2023, pois a Selic está em 13,75% hoje.

As projeções para 2024 e 2025 foram mantidas em 10% e 9%, respectivamente.

Os economistas elevaram a expectativa do crescimento da economia brasileira em 2023 de 1,02% para 1,20%. Para 2024, as projeções do PIB passaram de 1,38% para 1,30%, enquanto para 2025 foram mantidas em 1,70%.

PIB cresceu 1,6% no primeiro trimestre, projeta FGV

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 4,5% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre de 2022. Na comparação com o último trimestre do ano passado, o crescimento da economia brasileira chegou a 1,6%. É o que apontam os dados do Monitor do PIB, divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esses resultados não são oficiais, uma vez que o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

De acordo com a FGV, considerando-se apenas o mês de março, a economia brasileira cresceu 1,8% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, expansão chegou a 4,5%.

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o consumo das famílias cresceu 4,7%, principalmente pelos consumos de serviços e de bens não duráveis.

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) avançaram apenas 0,2%. O desempenho do segmento foi prejudicado pela queda de 3,4% na parte de máquinas e equipamentos.

As exportações tiveram alta de 5,7%, puxadas pelos produtos da indústria extrativa mineral e pelos serviços, enquanto as importações recuaram 2,1%, devido aos recuos nas compras de produtos agropecuários, da extrativa e de bens intermediários.

O Monitor do PIB/FGV estima mensalmente o Produto Interno Bruto brasileiro, com base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.

Para presidente do Banco Central, ruído com o governo afeta previsão de inflação

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que as divergências públicas entre a autoridade monetária e o governo federal estão entre os fatores que mantém a alta das expectativas para inflação. “O ruído entre o governo e o Banco Central gerou uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central de atingir os objetivos”, disse em palestra promovida pelo jornal Folha de S. Paulo.

Além disso, segundo Campos Neto, há uma insegurança no mercado sobre a possibilidade de que seja alterada a meta de inflação. “O componente da incerteza da meta é predominante, a gente precisa ver como isso vai se desenvolver. Mas, eu acho que a gente tem elementos para começar a ver essa expectativa de inflação caindo”, acrescentou.

No entanto, o Boletim Focus desta segunda-feira traz uma redução na previsão de inflação do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu de 6,03% para 5,8% este ano. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4% para os dois anos.

O presidente do BC diz acreditar que aumentar a meta de inflação não traria efeitos positivos. “Mudar a meta agora para cima não geraria flexibilidade [para a política fiscal do governo]”, disse. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%.

O CMN é formado pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo presidente do Banco Central.

Apesar de defender que a política monetária e a política fiscal devem ter “harmonia”, Campos Neto destacou que as ações do governo e do Banco Central têm diferenças importantes. “É importante separar o ciclo político do ciclo econômico. A gente precisa ter harmonia entre o fiscal e o monetário, mas nem sempre eles têm o mesmo ciclo. Intertemporalmente, os ciclos são diferentes. O tempo de efeito é diferente”, disse.

O presidente do BC disse ainda que não vê problemas em que a atuação da autoridade monetária sofra críticas, com as que foram feitas em diversas ocasiões pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O presidente tem direito de entrar em um debate sobre taxa de juros que está acontecendo em vários outros países”, ponderou ao ser perguntado sobre o tema.

Equipe econômica indica necessidade de bloqueio de R$ 1,7 bilhão em despesas neste ano

As equipes técnicas dos ministérios da Fazenda e do Planejamento de Orçamento indicaram que o governo federal precisará fazer um bloqueio de R$ 1,7 bilhão em despesas discricionária, ou seja, não obrigatórias ao longo do ano, para cumprir metas estabelecidas para 2023.

Os dados constam no relatório de Receitas e Despesas Primárias do segundo bimestre, que projeta aumento de R$ 24,2 bilhões com despesas primárias na comparação com a lei orçamentária anual (LOA) para 2023.

Conforme o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Paulo Bijos, “o bloqueio será detalhado até o final do mês, no dia 30 de maio”.

Já o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que medidas importantes para o aumento da arrecadação ainda não estão refletidas no relatório.

“Algumas medidas como a do STJ (Superior Tribunal de Justiça, que autorizou por unanimidade a União cobrar dois impostos federais sobre benefícios fiscais concedidos no ICMS de empresas) ainda não foram incorporadas na receita; elas foram incorporadas em ‘zero’ neste relatório. Provavelmente, no próximo bimestre teremos um quadro melhor na receita”, ponderou.

O corte será necessário para compensar as despesas acima do limite total do teto de gastos, que representa 0,09% do limite total de R$ 1,945 trilhão, e gasto adicional em relação ao limite com despesas não obrigatórias do Poder Executivo. Entre as despesas adicionais estão recomposição do salário mínimo e piso da enfermagem.

A equipe econômica do governo federal elevou a estimativa de déficit primário de R$ 107,6 bilhões, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para R$ 136,2 bilhões, ou 1,3% do PIB, ainda assim distante da meta fiscal para 2023, de déficit primário de R$ 238 bilhões, ou 2,2% do PIB.

Fazenda eleva projeção para inflação em 2024 a 3,63%

O Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o IPCA em 2024 para 3,63%, de 3,52% estimados em março, mostrou boletim da Secretaria de Política Econômica divulgado.

A nova estimativa, que vem em meio a pressões do governo para que o Banco Central reduza a taxa de juros, segue abaixo da projeção mediana do mercado, que aponta para uma inflação de 4,13% no ano que vem, segundo o relatório Focus mais recente. A meta para o ano é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A projeção para o crescimento do PIB no ano que vem foi mantida em 2,3%, bem acima do 1,3% estimado pelos economistas do setor privado.

Na segunda-feira, a Fazenda já havia reportado suas novas projeções para os dois indicadores em 2023, com a expectativa de que o PIB cresça 1,9% e o IPCA feche o ano em 5,58%.

No boletim, a pasta destacou que, para a média dos cinco principais núcleos de inflação, a expectativa é de variação entre 5,20% e 5,30%, “sinalizando convergência da inflação subjacente ao intervalo da meta”.

Inflação na cidade de São Paulo sobe 0,38% na 3ª quadrissemana de maio, diz Fipe

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,38% na terceira quadrissemana de maio, desacelerando em relação à alta de 0,44% observada na segunda quadrissemana deste mês. Os dados foram publicados na quinta-feira (25) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na terceira leitura de maio, cinco dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força: Alimentação (de 0,82% na segunda quadrissemana para 0,50% na terceira quadrissemana), Transportes (de 0,55% a 0,49%), Saúde (de 1,31% a 1,05%), Vestuário (de 0,97% a 0,94%) e Educação (de 0,14% a 0,13%).

Por outro lado, houve aceleração de preços na categoria Despesas Pessoais (de 0,32% a 0,58%) de uma quadrissemana para a outra. Além disso, a deflação dos custos de Habitação perdeu intensidade no mesmo período (de -0,10% para -0,08%).

Confiança do consumidor no Brasil vai a pico em 7 meses em maio, diz FGV

A confiança do consumidor no Brasil subiu em maio a seu maior patamar em sete meses, informou na quinta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando melhora na percepção das famílias sobre os próximos meses.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV subiu 1,4 ponto em maio, para 88,2 pontos, máxima desde outubro de 2022 (88,6).

Esse desempenho foi influenciado pela melhora das perspectivas para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) avançando 2,8 pontos, para 100,4 pontos, pico desde março de 2019 (101,1).

“O resultado pode estar associado à sensação de alívio da inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo”, disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, acrescentando que a melhora nas expectativas ocorreu de forma disseminada entre as faixas de renda, com exceção das famílias de maior poder aquisitivo.

Mesmo assim, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,8 ponto em maio, para 71,3 pontos.

“O cenário de alto endividamento das famílias, crédito caro e incertezas econômicas ajudam a manter o indicador (ICC) em patamar baixo e sensível a flutuações constantes, tornando difícil uma sinalização mais clara de uma recuperação sustentada da confiança”, alertou Gouveia.

IPCA-15, prévia da inflação, desacelera para 0,51% em maio, diz IBGE

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, foi de 0,51% em maio, desacelerando 0,06 ponto após alta de 0,57% em abril. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã de quinta-feira (25).

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,12% e, em 12 meses, de 4,07%, abaixo dos 4,16% registrados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022, a taxa foi de 0,59%. Considerando o acumulado de 12 meses, o IPCA15 aponta para uma maior convergência para a meta de inflação estipulada, de 3,25%, com margem de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de maio. Saúde e cuidados pessoais (1,49%) e Alimentação e bebidas (0,94%) foram os grupos com maior impacto no índice do mês, com 0,2 ponto cada. Na sequência, veio o grupo Habitação (0,43%), que contribuiu com 0,07 ponto.

Os dois grupos que registraram queda foram Artigos de residência (-0,28%) e Transportes (-0,04%). Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de Comunicação e o 0,40% de Despesas Pessoais.

Assim como em abril, a alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,49%) foi puxada pelo aumento nos preços dos produtos farmacêuticos (2,68%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram aceleração de 0,35% em abril para 1,38% em maio, influenciados, principalmente, pelos perfumes (2,21%).

A aceleração de Alimentação e bebidas (de 0,04% em abril para 0,94% em maio) deve-se à alta da alimentação no domicílio (1,02%), que havia recuado em abril (-0,15%). Destacam-se as altas nos preços do tomate (18,82%), da batata-inglesa (6,60%), do leite longa vida (6,03%) e do queijo (2,42%). No lado das quedas, os destaques foram o óleo de soja (-4,13%) e as frutas (-1,52%).

A alimentação fora do domicílio passou de 0,55% em abril para 0,73% em maio. O lanche acelerou (de 0,82% em abril para 1,08% em maio), enquanto a variação dos preços da refeição (0,46%) foi menor que a do mês anterior (0,52%).

No grupo Habitação (0,43%), destaca-se a alta da energia elétrica residencial (0,51% e 0,02 p.p.), devido a reajustes aplicados em três áreas: Salvador (5,82%), com reajuste de 8,28% a partir de 22 de abril; Fortaleza (2,20%), com reajuste de 4,85% a partir de 22 de abril e Recife (0,05%), com o reajuste de 8,33% a partir de 14 de maio.

A alta de 1,24% na taxa de água e esgoto decorre dos reajustes aplicados em três áreas: de 7,02% em Goiânia (7,02%), a partir de 1º de abril, e que não havia sido incorporado no IPCA-15 de abril; de 11,20% em Recife (6,31%), a partir de 28 de abril; e 9,56% em São Paulo (1,79%), a partir de 10 de maio.

Avanço do arcabouço fiscal já reflete em queda do juro longo e cenário está melhor, diz Campos Neto

O avanço do arcabouço fiscal impacta as expectativas de inflação e já reflete em um recuo nos juros futuros, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também mandou sinal ao governo ao citar estudo da autoridade monetária que mostrou ineficiência de a meta de inflação seguir o ano calendário.

“Eu reconheço o grande trabalho que foi feito pelo governo, pelo ministro (Fernando) Haddad e como o Congresso se mobilizou e fez uma votação rápida e tão expressiva em um tema como o arcabouço, que é tão importante para a gente porque influi nas expectativas”, disse, em entrevista à GloboNews.

“E tem influído nas expectativas, a gente vê as taxas de juros longas caindo bastante”, acrescentou.

O presidente do BC não indicou quando a taxa Selic, atualmente em 13,75% ao ano, poderá cair, voltando a dizer que é apenas um voto de nove na diretoria da autoridade monetária, mas ponderou que “o cenário está melhor”.

Na entrevista, Campos Neto afirmou que o debate sobre a meta de inflação, alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda precisa ser resolvido e reafirmou que em momentos de incerteza como o atual o ideal era não fazer nenhum tipo de modificação.

Ainda assim, sem mencionar o governo diretamente, ele fez uma sinalização a Haddad, que já havia defendido expressamente uma “meta contínua” para a inflação, fazendo com que o alvo deixe de ser fixo no final de cada ano.

“A gente fez um estudo algum tempo atrás, iniciado por diretores que nem estão mais no Banco Central, que chegou à conclusão que havia uma ineficiência de a meta ser o ano fiscal, porque teve alguns momentos da nossa história que foram feitas desonerações em produtos que tinham peso grande na inflação para influenciar a inflação no fim do ano e fechar dentro da meta”, disse Campos Neto.

Marco fiscal e dados de inflação levam juros futuros às mínimas de 2023

Os títulos pré-fixados do Tesouro (LTN) com vencimentos mais distantes apresentam sequência de queda e batem suas mínimas em 2023. Especialistas consultados pela CNN conferem a tendência ao avanço do marco fiscal no Congresso Nacional e a dados recentes de inflação.

Os títulos com vencimento para 2025 ficam em torno de 11,56% ao ano na quinta-feira (25); aqueles com vencimento em 2026, 11,07%; e aqueles com vencimento para 2029, 11,54%.

“Vemos queda de juros por vários dias seguidos aqui no Brasil, especialmente na ponta longa, isso está ligado ao novo marco fiscal, que está praticamente aprovado, sem grandes dificuldades. O Congresso acabou colocando até algumas restrições a mais”, aponta Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master e professor de economia da FGV-SP.

Essas três categorias de títulos pré-fixados não atingem níveis tão baixos desde o primeiro semestre de 2022, quando a taxa Selic ainda não tinha atingido o patamar atual, de 13,75% ao ano.

As projeções de juros, segundo os especialistas, também são impactadas por dados recentes de inflação. O IPCA-15 desacelerou para 0,51% em maio, resultado abaixo do projetado pelo mercado.

Com o resultado, os investidores ajustaram posições na curva a termo, retirando prêmios em meio à percepção de que o Banco Central terá espaço para iniciar o ciclo de cortes da taxa básica Selic mais cedo do que se supunha antes.

“A gente sabe que a inflação dos serviços tem sido um dos focos de preocupação do Banco Central, e o mercado, com esses dados, começou a antecipar o início do ciclo de corte de juros, de setembro, agora, para agosto”, comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho à CNN.

Reforma tributária será votada na Câmara ainda neste semestre, diz Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a proposta de reforma tributária será votada em plenário ainda neste semestre, depois de resolvida a questão do novo arcabouço fiscal, que deve ir a voto na próxima semana.

O deputado, que se encontrou com governadores do Sudeste e do Sul do país no Rio de Janeiro como parte do trabalho por apoio à reforma do sistema tributário, avaliou que o fundo de desenvolvimento regional, demanda de Estados e municípios, é importante e pode ajudar no debate da proposta.

“Não posso garantir a aprovação, mas posso garantir discussão ampla e facilitar o debate”, disse Lira a jornalistas após a reunião no Palácio da Guanabara.

“Nossa disposição política é essa. Por uma questão de respeito ao Senado: ele tem que ter o mesmo prazo de discussão que a Câmara, de seis meses”, acrescentou.

Lira informou que seguirá conversando com as lideranças para garantir que a reforma seja pautada antes do recesso parlamentar, com previsão de início após 17 de julho.

O presidente da Câmara lembrou que embora o prazo para votação seja curto, a reforma já foi debatida com intensidade ao longo de anos no Congresso.

Lira destacou que diferentemente de outras matérias que renderam derrotas recentes ao governo, medidas como a reforma tributária e o arcabouço fiscal são temas de interesse do Brasil e “não para medir a força do governo”.

“Agora é a ponta do iceberg que saiu da água, é uma discussão de 3 a 4 anos em comissões especiais”, afirmou o deputado.

“Nós temos a necessidade de simplificar e melhorar o sistema tributário do país. Enquanto não largar a reforma do umbigo próprio, não vamos chegar a lugar nenhum. Isso está amadurecido com governantes e setores”, adicionou.

Congresso deve contrariar Lula e manter Coaf no Banco Central

Em mais um iminente revés para o governo, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) deverá permanecer sob a estrutura do Banco Central (BC) e não será mais realocado no Ministério da Fazenda.

O Coaf é um órgão responsável por fiscalizar transações financeiras e evitar lavagem de dinheiro e ocultação de bens. As irregularidades descobertas pelo órgão foram decisivas em casos como o Mensalão e a Operação Lava Jato.

O Coaf também apontou, no fim de 2018, movimentações atípicas de Fabricio Queiroz como ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Em uma medida provisória publicada no dia 12 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devolveu o Coaf à Fazenda. No entanto, diante do impasse entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a comissão responsável pela análise da MP não foi instalada.

O texto do Coaf foi incorporado a outra medida provisória, a MP 1.154, que mexe em toda a estrutura do governo e reorganiza a Esplanada dos Ministérios. O resultado, contudo, não será o esperado pelo Palácio do Planalto.

No parecer do deputado Isnaldo Bulhões (AL), líder do MDB na Câmara e relator da MP 1.154, a transferência para a Fazenda será rejeitada e o Coaf permanecerá com seu antigo nome, Unidade de Inteligência Financeira (UIF), sob o guarda-chuva do BC.

O imbróglio envolvendo o Coaf surgiu na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando o órgão foi realocado do então Ministério da Economia, de Paulo Guedes, para a Justiça, inicialmente comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro (União-PR).

Na tentativa de evitar um fortalecimento excessivo de Moro, o Congresso devolveu o Coaf à Economia.

Meses depois, Bolsonaro transferiu o órgão para o Banco Central, onde passou a se chamar Unidade de Inteligência Financeira.

Lira e Cajado devem se reunir com líderes para acertar últimos detalhes do marco fiscal

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o relator do novo marco fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), devem se reunir com líderes partidários na terça-feira (23) para acertar os últimos detalhes da matéria.

A expectativa é votar o parecer de Cajado, versão mais consensualizada do projeto do novo marco fiscal, no plenário da Câmara até quarta-feira (24). A proposta das novas regras foi apresentada pelo Executivo em 18 de abril para substituir o teto de gastos e busca estabelecer uma nova legislação para controlar o crescimento das despesas públicas.

Ao longo das últimas semanas, Cajado tem se reunido com lideranças da Casa, Lira e integrantes da equipe econômica. Ele propôs mudanças no projeto com base nas conversas e negociações feitas em torno do tema.

O governo federal, Lira e o próprio Cajado não querem correr o risco de haver sugestões de mudanças de última hora que emperrem a votação, nem que o texto seja derrotado no plenário.

Isso ainda mais depois que o governo enfrentou duro revés na votação do projeto que derrubou mudanças feitas pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no marco legal do saneamento. O recuo em não votar o projeto de lei das fake news também indicou que a relação com os deputados federais está longe de ser a idealizada pela gestão petista.

Membros da gestão Lula têm argumentado que o novo marco fiscal é uma questão de Estado, não somente de governo.

O novo marco fiscal foi entregue pelo governo federal ao Congresso como um projeto de lei complementar. Precisa de ao menos 257 votos a favor para ser aprovado no plenário da Câmara. Governistas e demais deputados envolvidos na articulação da matéria pretendem que o texto seja aprovado com mais de 308 votos favoráveis, número necessário para Propostas de Emenda à Constituição (PECs).

Mercadante diz que negociações para repactuar transferências do BNDES ao Tesouro Nacional estão avançadas

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que as negociações para repactuar as transferências do banco de fomento ao Tesouro Nacional estão bastante avançadas.

“Se a gente olhar o que aconteceu nesses últimos seis anos, o banco transferiu ao Tesouro R$ 270 bilhões a mais do que recebeu. Se nós atualizarmos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o BNDES transferiu ao Tesouro R$ 1,060 trilhão. O que isso significa? O BNDES está tirando dinheiro da economia e dando dinheiro pro Tesouro. Isso não é papel de um banco de desenvolvimento”, defendeu Mercadante.

O banco negocia com o Tribunal de Contas da União (TCU) a mudança no cronograma de pagamentos ao Tesouro, que previa a devolução de R$ 23 bilhões no fim deste ano.

“Não impacta o primário, não tem incidência sobre o superávit, e, portanto, já temos uma negociação bastante avançada”, afirmou Mercadante. “Um banco de desenvolvimento tem que desenvolver a sociedade, ajudar a indústria, sobretudo. Nós estamos vendo um processo de perda de participação relativa da indústria. (Temos que gerar) Infraestrutura, gerar emprego, gerar crescimento, com taxas de juros que permitam o investimento, a inovação, o desenvolvimento.”

Segundo o executivo, o banco está tomando “uma série de providências” para reverter esse quadro, incluindo a Medida Provisória que tramita no Congresso Nacional que permitiria diminuir as taxas de financiamento em projetos de inovação com a substituição da Taxa de Longo Prazo (TLP) pela Taxa Referencial (TR).

“Não tem como fazer inovação cobrando TLP”, disse Mercadante, que também defendeu a flexibilização das taxas de juros na remuneração do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), sua principal fonte de recursos. “Nós queremos a possibilidade pra remunerar o FAT, usar as mesmas taxas de juros que o governo usa para emitir título, e não uma única.”

Ele defendeu também a permissão para que o banco possa fazer emissão de Letra de Crédito ao Desenvolvimento (LCD).

Câmara dos Deputados aprova texto-base do novo marco fiscal

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite de terça-feira (23), o texto-base do projeto de lei que estabelece um novo marco fiscal. A intenção é que as regras substituam o teto de gastos objetivando um crescimento mais sustentável da economia brasileira.

O texto-base foi aprovado por 372 votos favoráveis a 108 contrários, com uma abstenção. Era necessário o apoio de ao menos 257 deputados para a aprovação.

Ainda pode haver mudanças no conteúdo do texto. Isso porque os chamados destaques, tentativas de análise separada de trechos para eventuais alterações, precisam ser votados. Foram cinco apresentados: quatro pelo PL e um pela federação Psol-Rede.

A votação do mérito da matéria acontece após intensa articulação do relator, Cláudio Cajado (PP-BA), ao longo das últimas horas, inclusive com líderes e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Ainda assim, houve a apresentação de 109 emendas de plenário, sugestões de mudanças ao texto, desde 17 de maio até hoje. Cajado rejeitou todas.

O requerimento de urgência do projeto havia sido aprovado na semana passada por 367 a 102 votos, com uma abstenção.

O projeto original foi apresentado pelo Executivo em 18 de abril deste ano.

A complementação financeira da União para o Fundeb (Fundos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e para o piso nacional da enfermagem ficam submetidos ao limite de despesas e da respectiva base de cálculo.

Parte dos deputados tentou retirá-los do limite, sem sucesso. Cajado argumentou que os dois tópicos “constituem despesas primárias obrigatórias da União, como tantas outras (saúde, pessoal, previdência, assistência, etc.), devendo se sujeitar ao novo teto”. A seu ver, a eventual exclusão “criaria precedente para que outras despesas de mesma natureza fossem também excluídas”.

Ainda assim, foram estabelecidas exceções ao limite. Por exemplo, despesas custeadas com doações, independentemente da destinação, e custeadas com acordos judiciais ou extrajudiciais firmados para reparação de danos em decorrência de desastre, independentemente de se tratar de projeto socioambiental ou relativo a mudanças climáticas, ou de se tratar de desastre ambiental.

No G7, Lula volta a defender que Brics tenham moeda comum semelhante ao euro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a criação de uma moeda comum entre os países do Brics, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no mesmo molde do euro, como forma de reduzir a dependência do dólar em trocas comerciais.

“Eu sonho com a construção de várias moedas entre outros países que façam comércio, que os BRICs tenham uma moeda. Como o euro”, disse o petista em Hiroshima, após encerrar sua participação no G7.

O euro, porém, é uma moeda única utilizada entre países europeus, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, costuma defender uma moeda comum exclusiva para transações comerciais, em uma espécie de câmara de compensação para substituir o dólar.

“Não é possível depender do dólar para fazer comércio exterior. Haveremos de discutir a moeda dos Brics em algum momento”, declarou o presidente em entrevista coletiva em Hiroshima, no encerramento de sua viagem oficial ao Japão para participar do G7.

Lula voltou a defender um socorro à Argentina, parceiro comercial que é destino de exportações brasileiras e enfrenta uma grave crise econômica sob o governo do esquerdista Alberto Fernández.

No G7, Lula se reuniu com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e pediu alívio das pressões sobre as dívidas argentinas.

“Eu conversei com a diretora do FMI sobre a situação da Argentina e pedi que ela tivesse compreensão porque, depois da pandemia, a Argentina enfrentou uma seca. Vamos dar um tempo para a Argentina se recuperar”, relatou Lula. “As nossas empresas precisam continuar vendendo para a Argentina”, acrescentou.

A criação de uma moeda comum para diminuir a dependência do dólar também é negociada entre Brasil e Argentina. “Eu quero uma economia, para que cada um negocie com quem quiser”, declarou o presidente.

Ministério da Agricultura quer maior apoio do Tesouro no Plano Safra, diz Fávaro

Em momento em que os preços da soja e do milho estão em queda no Brasil, após anos de cotações sustentadas, o Ministério da Agricultura quer maior apoio do Tesouro Nacional à equalização de juros no Plano Safra 2023/24, para que o setor agropecuário possa continuar contribuindo com a economia brasileira.

Após reunião “positiva” com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que demonstrou ao colega as diferentes conjunturas de 2022 e 2023, e a “necessidade de um Plano Safra mais robusto”.

“Vínhamos nos últimos sete anos de preços de commodities muito aquecidos, muito valorizados, se fazia menos necessária a presença do Estado. E hoje, com as quedas bruscas de preços, muitos já estão abaixo dos custos de produção”, afirmou ele a jornalistas em Brasília.

Após passarem a maior parte de 2022 próximos de 200 reais a saca, os preços da soja recuaram para 137 reais/saca, com queda acumulada em 2023 de mais de 25%, segundo dados do Cepea/Esalq. No caso do milho, a cotação acumula queda de mais de 35% neste ano, para 55,16 reais/saca. Os valores têm sido pressionados, entre outros fatores, por safras recordes no Brasil.

“Se não estivermos presentes no fomento, no financiamento, os reflexos serão sentidos não só dentro da fazenda, mas vai se vender menos trator, menos máquinas, menos fertilizante”, disse o ministro.

Ele comentou que os recursos do Tesouro para equalização de juros deveriam ficar próximos de 18 bilhões de reais, se fosse feita uma correção dos valores disponibilizados em 2014.

Câmara conclui votação de emendas e arcabouço fiscal segue para Senado

A Câmara dos Deputados encerrou a votação na noite de quarta-feira (24) das emendas ao arcabouço fiscal, projeto prioritário para o governo que segue agora ao Senado, em vitória creditada não apenas ao governo, mas também ao capital político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e à capacidade de articulação política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Deputados rejeitaram as quatro emendas destacadas para votação separada nesta quarta, que poderiam alterar o texto principal aprovado na véspera por uma boa margem de votos favoráveis, 372 votos “sim”, bem acima do mínimo de 257, contra 108 contrários.

As quatro emendas apresentadas nesta quarta pelo PL, partido de oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, foram votadas separadamente, os chamados destaques, e foram rejeitadas. Assim, não houve alteração do texto.

O primeiro destaque visava excluir do texto artigo que isenta o gestor público de punição em caso de descumprimento da meta fiscal.

O segundo destaque pretendia derrubar dispositivo que altera a fórmula de cálculo do fundo constitucional do Distrito Federal.

Um terceiro destaque propunha a supressão de artigo que permite certa folga ao governo para os gastos no exercício financeiro de 2024.

A última emenda tentava incluir trechos determinando que eventual valor excedente gerado por aumento de carga tributária deverá ser utilizado para abatimento da dívida pública.

O texto aprovado pelos deputados foi bem recebido por especialistas em Orçamento e membros do governo, apesar da inclusão de uma regra de complexidade elevada para viabilizar uma possível folga nos gastos em 2024.

Sistema tributário é grande responsável por baixo crescimento econômico, diz Haddad

O atual sistema tributário é o grande vilão e responsável pelas baixas taxas de crescimento do país, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A aprovação de uma reforma tributária é um dos objetivos do governo para este ano.

Haddad ainda comentou, em evento em São Paulo, que o governo está no caminho certo com a substituição de uma regra fiscal “anacrônica”. O novo arcabouço fiscal foi aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados e ainda precisa passar pelo Senado.

Lula se reúne com Marina e Sonia Guajajara após derrotas impostas pelo Congresso na área ambiental

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na manhã de sexta-feira (26) com as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, e Sonia Guajajara, dos Povos Indígenas. A reunião ocorre após uma ofensiva do Legislativo contra a agenda de proteção ambiental e de povos tradicionais.

Também devem participar do encontro os ministros Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; Rui Costa, da Casa Civil; Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, além de líderes do governo no Congresso Nacional.

Nos últimos dias, os parlamentares retiraram atribuições dos ministérios comandados por Marina e Sonia Guajajara, aprovaram uma medida provisória que afrouxa regras de proteção da Mata Atlântica e deram aval para que tramite em regime de urgência um projeto que pode dificultar a demarcação de terras indígenas.

A decisão do presidente Lula de receber as ministras em seu gabinete tem o objetivo de reduzir a insatisfação de Marina Silva e evitar que a ministra eventualmente deixe o cargo. Marina é considerada um trunfo do governo no cenário internacional por sua experiência na área.

Esta será a primeira vez que o presidente atuará pessoalmente para arbitrar a crise. A ideia, segundo fontes que participam da reunião, é prestigiar as duas ministras e mostrar que Lula continua considerando como prioridade em seu governo os temas tratados pelos seus ministérios. Mas o presidente não deve prometer que o governo conseguirá reverter as mudanças no Congresso.

A avaliação é a de que se o Planalto desafiar o Congresso, a medida provisória que trata da organização do governo, hoje com 37 ministérios, pode caducar. Se isso acontecer, a estrutura do governo de Jair Bolsonaro (PL), composta por 23 pastas, voltaria a vigorar. Ministros e emissários do governo devem, ao longo dos próximos dias, manter diálogo com parlamentares para tentar mitigar pontos do relatório que possam ser “repensados” até semana que vem.

Importações de soja brasileira pela China registram nova queda em abril

As importações de soja do Brasil pela China caíram 16% em abril em comparação com o mesmo mês do ano anterior, mostraram dados divulgados no sábado (20), mantendo a oferta do país sul-americano bem abaixo do nível do ano passado após atrasos na colheita.

O maior comprador mundial de soja importou 5,3 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, seu principal fornecedor, contra 6,3 milhões de toneladas no ano anterior, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.

Os compradores chineses aproveitaram a safra recorde de soja brasileira deste ano e os preços baixos para intensificar as compras no início deste ano.

Mas a colheita brasileira atrasada e o carregamento de grãos desaceleraram os embarques, enquanto o aumento das inspeções da China nas chegadas de soja no mês passado reduziu ainda mais as importações, disseram traders.

No acumulado do ano, as importações do Brasil seguem 28% abaixo do ano anterior, com 9,21 milhões de toneladas nos primeiros quatro meses, ante 12,7 milhões de toneladas no mesmo período de 2022.

As importações dos Estados Unidos continuam subindo, com alta de 11% em abril em relação ao ano anterior, para 1,82 milhão de toneladas.

Os embarques dos EUA para este ano até agora estão em 18,24 milhões de toneladas, em comparação com 15 milhões de toneladas no ano passado.

Para o milho, as chegadas dos Estados Unidos caíram para 53.099 toneladas, ante 1,51 milhão de toneladas no ano anterior. As importações totais de milho da China em abril contraíram 55% em relação ao ano anterior, para 1 milhão de toneladas, sendo a Ucrânia o principal fornecedor.

Oi tem prejuízo líquido de R$ 17,6 bilhões no quarto trimestre de 2022

A Oi registrou prejuízo líquido de R$ 17,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, ante prejuízo de R$ 3,5 bilhões registrados um ano antes. Os números foram divulgados no final da noite de segunda-feira (22), pela companhia.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina somou, no mesmo intervalo, R$ 396 milhões, uma queda anual de 75,4%, quando a Oi atingiu R$ 1,612 bilhão. A margem Ebitda de rotina ficou em 13,2% no acumulado de outubro a dezembro do ano passado, ante 32,9% apurado em igual período de 2021, recuo de 19,7 pontos porcentuais no comparativo anual.

No quarto trimestre de 2022, a receita líquida consolidada das operações brasileiras apresentou queda de 42,1% na comparação anual e de 4,7% ante o terceiro trimestre de 2022. No consolidado do ano, a baixa foi de 29,5% em relação ao quarto trimestre de 2022.

O resultado, segundo a Oi, foi influenciado pela redução das receitas de operações descontinuadas, após a conclusão das alienações total da UPI Ativos Móveis e parcial da UPI InfraCo, conforme previsto no Plano Estratégico de Transformação da companhia.

A dívida líquida da companhia fechou o terceiro trimestre em R$ 19,079 bilhões, um recuo de 41,4% na comparação com igual período de 2021, quando a companhia registrou o indicador em R$ 32,573 bilhões.

Setor financeiro não quer privilégios na reforma tributária, diz entidade

O setor financeiro diz não querer privilégios na reforma tributária, mas considera importante que a intermediação financeira, ou seja, a concessão de crédito, não seja tributada. O presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Rodrigo Maia, afirma que a tributação destoaria dos modelos de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) mais recentes, e encareceria o crédito ao consumidor.

“É uma decisão política, se vamos tributar o spread bancário (diferença entre custo de captação e juros cobrados no crédito) ou se vamos tributar o restante dos produtos da indústria financeira e isso compensa a arrecadação”, diz ele ao Estadão/Broadcast, na primeira entrevista que concede após assumir a presidência da entidade, em fevereiro.

Ex-presidente da Câmara (2016-2021) e hoje atuando na iniciativa privada, Maia afirma ainda que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mostrado abertura ao diálogo em diferentes frentes. Isso inclui as discussões sobre o crédito rotativo, que tem os juros mais altos entre linhas destinadas a pessoas físicas, e que está na mira do governo.

Maia afirma que ainda não se bateu o martelo nas discussões, que envolvem o setor financeiro, o Ministério da Fazenda e o Banco Central, que validará uma possível solução. A ideia é não gerar um cataclismo no parcelado sem juros – segundo os bancos, é subsidiado pelo rotativo. “Esse produto (o parcelado) representa 40% da renda e 20% do PIB”, diz. “Tem de se procurar uma solução que trabalhe esse lado (os juros altos) sem prejudicar a atividade econômica. No cartão de crédito, os juros dos 75% das pessoas que parcelam são financiados pelos 25% que entram no rotativo.”

Maia afirmou que há um consenso de que os juros do crédito são altos. “Os juros altos não interessam a ninguém, muito menos aos bancos, porque o desgaste é na imagem dos bancos, mas são consequência de um produto que só existe no Brasil, o parcelado sem juros”, disse. Segundo ele, não existe financiamento sem juros. “Acho que o ministro Haddad entendeu, e agora está se conversando para resolver o problema sem inviabilizar o produto.” Ele, no entanto, não descarta o fim do crédito rotativo. “Não há uma decisão, porque passa pelo regulador, pela indústria financeira e pelo governo”, afirmou Maia.

Maio tem “virada negativa” na economia e culpa é dos juros, dizem empresários

Em encontro com a cúpula da equipe econômica do governo e membros do Congresso Nacional, grandes empresários fizeram um relato de que o desempenho da economia piorou fortemente em maio e que os indicadores vão demonstrar um tombo no nível de atividade.

A “virada de maio”, no sentido negativo, foi atribuída pelos representantes do setor privado à continuidade da taxa de juros em 13,75%. Eles afirmaram que os números devem apontar retração nas vendas do varejo, enfraquecimento do crédito, queda na produção de automóveis e de linha branca.

O encontro ocorreu na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e contou com a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Eles estavam acompanhados dos relatores do arcabouço fiscal, Claudio Cajado (PP-BA), e da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Também estiveram na reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Do lado do PIB foram pesos-pesados da indústria, da construção civil, de bancos, do agronegócio, da infraestrutura, do varejo e da mineração.

Os empresários queriam um aceno de Campos Neto sobre o início do ciclo de queda da Selic, mas saíram sem nenhuma sinalização de quando os cortes podem efetivamente começar. Segundo relatos feitos à CNN, mais de uma pessoa afirmou ao presidente do BC que “o remédio [dos juros] vai matar o doente”.

De acordo com um dos presentes, muitas companhias se endividaram para tocar projetos de expansão com os juros a 2% anuais. Cerca de 70% do crédito contraído, na palavra de um deles, seria para bancar o “capex” (investimento produtivo e de ampliação) das empresas.

Com o aumento da Selic e dos juros em geral, as dívidas estão ficando impagáveis e não há mais crédito novo na praça, seja corporativo, seja para os consumidores. Até mesmo no agro, conforme os relatos levados para Brasília, tem havido interrupção de financiamento.

Brasil ganhará fatia no mercado global de açúcar, prevê Raízen

O Brasil deverá ganhar participação nas exportações globais de açúcar para 48% do total transacionado na safra 2023/24, alta de quatro pontos percentuais na comparação com o ciclo anterior, de acordo com apresentação na quarta-feira (24) da Raízen, uma das gigantes do setor no mundo.

Para as safras seguintes, o país que é o maior exportador global da commodity seguirá ganhando fatia, somando 53% do total (em 2026/27).

Durante apresentação divulgada no evento para investidores Raízen Day, a empresa previu que o país que tem o menor custo de produção entre os seus principais concorrentes avançará em momento em que o mercado mundial precisa de um preço da commodity mais elevado, uma vez que a capacidade instalada de produção está “esgotada”.

A Raízen estimou que o novo “preço de equilíbrio necessário” do açúcar é de 22,3 centavos de dólar por libra-peso em 2023, versus 18,8 centavos em 2022.

A empresa estimou o custo de produção no Brasil em 15,7 centavos de dólar por libra-peso em 2022/23, versus 20,2 centavos do principal concorrente, a Índia, enquanto o custo da Tailândia foi visto em 22,6 centavos.

A Índia deverá ter fatia do mercado global de 3% na safra 23/24, versus 11% na safra anterior. Já a Tailândia ficará com 15%, versus 14% no mercado anterior.

A Raízen afirmou ainda que está mais conectada aos destinos finais do seu açúcar, entregando hoje 100% do produto próprio ao cliente, versus pouco mais da metade em 2022, quando uma parte ainda era vendida por meio de intermediários.

A Raízen reafirmou projeção de elevar a moagem de cana para cerca de 80 milhões de toneladas na temporada 2023/24, iniciada em abril.

A empresa, que afirma estar em uma “jornada para a recuperação da produtividade agrícola”, disse que esse objetivo vai ter impacto relevante de 3 bilhões de reais ao ano, com menos custos e mais produtos.

“Isso é transformacional, muda o patamar da nossa empresa”, afirmou o vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Francis Queen, durante apresentação.

A Raízen indicou que esta estimativa considera aumento para 83 toneladas por hectare a produtividade média da cana própria da empresa na safra 2025/26, versus 70 toneladas/hectare na safra passada (2022/23).

Presidente-executivo da CVC Brasil renuncia

O presidente-executivo da CVC Brasil, Leonel Andrade, renunciou ao cargo na quarta-feira (24), informou o grupo de turismo em fato relevante.

A CVC, que não anunciou um substituto, afirmou que o processo de sucessão foi iniciado. Andrade estava na companhia desde abril de 2020, quando assumiu o comando do grupo.

A renúncia vem após o antigo diretor financeiro e de relações com investidores Marcelo Kopel também renunciar em abril. As posições estavam sendo acumuladas por Andrade.

A CVC afirmou que, “de forma a assegurar a continuidade das operações da companhia”, o Conselho de Administração da empresa criou um comitê de transição, a ser liderado pelo conselheiro Sandoval Martins, a partir de quinta-feira.

A saída dos dois principais quadros da CVC dentro do intervalo de um mês ocorre em um momento no qual a companhia busca reestruturar dívidas, após fortes dificuldades enfrentadas nos últimos anos, em especial por causa da pandemia de Covid-19.

Eliane Silveira Lapa, atual de diretora de governança corporativa e compliance, acumulará a cadeira de relações com investidores, segundo a CVC.

SoluCX: 80% dos consumidores já compraram em supermercado online, mas maioria prefere físico

Cerca de 80% dos consumidores já compraram itens de supermercado em canais digitais. No entanto, 87,3% dos clientes ainda possuem o canal físico como escolha. Segundo a maioria (31%), o principal motivo para escolher onde comprar é a variedade dos produtos. Na sequência, com 26,5% do total, está o preço ou a relação custo/benefício. Os dados são de um estudo realizado pela SoluCX com mais de 2 mil respondentes espalhados pelo Brasil.

Entre aqueles que fazem as suas compras em canais digitais, o principal meio utilizado são os aplicativos de delivery, como iFood e Rappi. Eles representam mais de 54% das respostas.

Já no canal físico, entre várias opções de formato de mercado, como hiper, super ou mini, o atacado é quem ganha a disputa pelo cliente. O estudo mostrou que 48% dos consumidores prefere fazer as compras nesse tipo de estabelecimento.

Os supermercados e mercados de bairro aparecem em segundo lugar como melhor escolha para 32,1% dos consumidores.

Ainda segundo o segundo o levantamento, 50,5% dos consumidores fazem parte de algum tipo de programa de benefícios em mercados.

Entre tantas opções, formatos e modelos de programas de fidelidade, o estudo revelou que o preferido dos usuários é o de cashback, representando 41,6% das respostas.

Governo anuncia redução de PIS/Cofins para carros; montadoras estimam preço abaixo de R$ 60 mil

O governo federal irá reduzir IPI e PIS/Cofins para carros com valor de até 120 mil reais, em uma negociação com a indústria automotiva que poderá levar a reduções entre 1,5% e 10,96% no preço ao consumidor, a depender da eficiência energética, valor do veículo e grau de nacionalização da produção, anunciou o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A medida, acordada em reunião no Palácio do Planalto com o setor automotivo e os sindicatos, tem a intenção de reduzir o preço dos carros no Brasil e reaquecer a indústria automotiva, que hoje trabalha com 50% da sua capacidade instalada, de acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite.

A previsão da associação é que o carro mais barato produzido no Brasil, que hoje custa em torno de 70 mil reais, possa cair para menos de 60 mil.

As reduções dos impostos serão maiores de acordo com os critérios estabelecidos pelo governo. Quanto mais popular, com menor preço, for o veículo, com maior eficiência energética e com maior índice de produção nacional, maior será o desconto no imposto e a redução do preço final ao consumidor.

Inicialmente Alckmin havia afirmado que o desconto máximo seria de 10,79%, mas o governo informou em comunicado posterior que o desconto pode chegar a 10,96%.

De acordo com o presidente da Anfavea, outras medidas serão tomadas pela indústria para reduzir o preço para além do desconto nos impostos. Uma delas é o incremento da chamada venda direta, em que os veículos são faturados diretamente pela fábrica aos consumidores, um modelo hoje usado por exemplo para venda para frotas de empresas e taxistas.

A política de incentivo ao setor automotivo era uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sempre ressaltou a queda na produção de veículos no Brasil e a consequente redução do número de empregos gerados pela indústria, que afeta diretamente o ABC Paulista, berço político do presidente e onde ele lançou oficialmente sua campanha no ano passado.

A redução dos impostos, que ainda não tem prazo para ser publicada, será por um tempo determinado. “O Ministério da Fazenda pediu 15 dias para fazer um parecer sobre os impactos e podermos editar”, disse Alckmin. A redução do IPI pode ser feita por decreto, mas a mudança de PIS/Cofins terá que ser por meio de uma medida provisória.

De acordo com o presidente da Anfavea, o ideal para a indústria é que as medidas valham por 12 meses, para que seja possível a reestruturação do setor, mas esse prazo ainda está sendo discutido pelo governo.

SELIC

Apesar de afirmar que não criticaria os juros durante pronunciamento na sede da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não economizou ataques ao atual nível da taxa básica da economia (Selic), de 13,75% ao ano. Para ele, esse patamar é uma “excrescência”.

“Neste país que o mercado financeiro tomou conta no lugar da indústria, o presidente (da República) não pode criticar o presidente do Banco Central. Mas é uma excrescência a taxa de juros hoje ser 13,75%. O país não merece isso”, afirmou Lula, durante cerimônia de encerramento de evento em comemoração do Dia da Indústria.

Para Lula, é preciso que os juros caiam para que o empresário volte a investir e fazer o dinheiro circular no mercado. “Uma empresa que pega 18% de juros ao ano está comprando um atestado de óbito”, disse aos presentes. “Tratem de ficarem atentos.”

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (29), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,50%, ante 12,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) recuou 1,50% na segunda prévia de maio, após queda de 0,66% na mesma leitura de abril, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O movimento foi puxado por mais um recuo na margem do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), de 2,21%, ante declínio de 1,03% no mesmo período em abril. Nesta leitura, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também arrefeceu, a 0,02%, após alta de 0,24% em abril. Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de 0,38% para 0,54% entre a segunda leitura de abril e a segunda medição de maio.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (29), a projeção para o IGP-M ficou em 0,67%, ante 1,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo do meio do mês (IPCA-15), prévia da inflação oficial, chegou a 0,51% em maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (25). O indicador havia avançado 0,57% em abril.

A expectativa era de uma variação positiva de 64% em maio, segundo estimativas de analistas de consenso compiladas pelo Investing.com.

No acumulado de 2023, o IPCA-15 atingiu 3,12% e, em 12 meses, o valor é de 4,07%, inferior aos 4,16% registrados nos 12 meses anteriores. No mesmo mês do ano passado, a variação foi de 0,59%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (29), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 5,71%, ante 5,80% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O governo federal elevou de 1,6% para 1,9% sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023. O novo número consta de relatório publicado na tarde de terça-feira (23) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Segundo o Boletim Macrofiscal, a melhora em relação à estimativa anterior, de março, “reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo trimestre”.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (29), a projeção para o PIB ficou em 1,26%, ante 1,20% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (22), o Ibovespa fechou em queda, após avançar em 11 das 12 sessões anteriores, com blue chips pressionando negativamente, enquanto Alpargatas disparou em meio a anúncio de oferta de compra de ações por controladores. O índice Ibovespa teve queda de 0,48%, a 110.213,12 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,1 bilhões.

Na terça-feira (23), o Ibovespa fechou em queda, pressionado pelo recuo das ações da Vale, enquanto outras blue chips como Petrobras e Banco do Brasil figuraram na ponta positiva, que teve ainda como destaque os papéis da Suzano após reajuste nos preços de celulose. O índice Ibovespa teve queda de 0,26%, a 109.928,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 24,2 bilhões.

Na quarta-feira (24), o Ibovespa fechou em queda, contaminado por Wall Street, em meio a preocupações com a falta de avanços nas negociações envolvendo o teto da dívida norte-americana, enquanto o desfecho envolvendo a votação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados agradou de modo geral, mas já estava no preço. O índice Ibovespa teve queda de 1,03%, a 108.799,54 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,1 bilhões.

Na quinta-feira (25), o Ibovespa fechou em queda, apoiado em dados melhores do que o esperado sobre o comportamento dos preços no Brasil, o que eleva pressão sobre o Banco Central para reduzir a Selic, principalmente após a aprovação do novo marco fiscal do país pela Câmara dos Deputados. O índice Ibovespa teve queda de 1,15 %, a 110.054,38 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,6 bilhões.

Na sexta-feira (26), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,99%, a 111.139,91 pontos. Ainda embalado pela percepção de que a melhora da inflação mostrada pelo IPCA-15 na véspera e o andamento do novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional podem criar as condições para o Banco Central começar a reduzir mais cedo a taxa Selic. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,77%, a 110.905,51 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,8 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (26), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,52%, cotado a R$ 5,0094 na venda. Em linha com o recuo da moeda no exterior, à medida que investidores aguardavam um acordo para elevar o teto da dívida dos EUA e evitar um calote possivelmente catastrófico.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (26) cotado a R$ 4,9887, em sintonia com a baixa da divisa norte-americana ante outras moedas de exportadores de commodities e em meio a ajustes técnicos no Brasil.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
29/05/2023