Cenário Econômico Internacional – 30/06/2023

Cenário Econômico Internacional – 30/06/2023

Cenário Econômico Internacional – 30/06/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

BIS alerta que economia mundial está em momento crítico na luta contra inflação

O Banco de Compensações Internacionais (BIS) pediu no domingo (25) mais aumentos nas taxas de juros, alertando que a economia mundial está agora em um ponto crucial no combate à inflação.

Apesar dos fortes aumentos de juros nos últimos 18 meses, a inflação em muitas das principais economias ainda permanece elevada, enquanto o salto nos custos de empréstimos provocou os mais sérios colapsos de bancos desde a crise financeira há 15 anos.

“A economia global está em um momento crítico. Desafios severos precisam ser enfrentados”, disse Agustín Carstens, gerente geral do BIS, no relatório anual da organização publicado no domingo (25).

“O tempo de perseguir obsessivamente o crescimento de curto prazo já passou. A política monetária deve agora restaurar a estabilidade de preços. A política fiscal tem que se consolidar.”

Claudio Borio, chefe da unidade monetária e econômica do BIS, acrescentou que existe o risco de uma “psicologia inflacionária” estar se estabelecendo, embora os aumentos de juros maiores do que o esperado no Reino Unido e na Noruega na semana passada mostrem que os Bancos Centrais estão pressionando “fazer o trabalho” em termos de resolução do problema.

Quanto mais tempo a inflação permanecer elevada, mais forte e prolongado será o aperto monetário, disse o relatório do BIS, alertando que a possibilidade de mais problemas no setor bancário agora é “material”.

Se as taxas de juros chegarem aos níveis de meados da década de 1990, o ônus geral do serviço da dívida para as principais economias será, tudo o mais constante, o mais alto da história, disse Borio.

“Acho que os Bancos Centrais vão controlar a inflação. Esse é o trabalho deles – restaurar a estabilidade de preços”, disse ele à Reuters. “A questão é qual será o custo.”

Mercados estão precificando cortes de juros cedo demais, diz Gopinath, do FMI

Os principais Bancos Centrais terão que manter as taxas de juros altas por muito mais tempo do que alguns investidores esperam, disse Gita Gopinath, primeiro vice-diretor administrativo do Fundo Monetário Internacional, à CNBC na terça-feira (27).

“Também temos que reconhecer que os Bancos Centrais fizeram bastante. Mas, dito isso, achamos que eles devem continuar apertando e, mais importante, devem permanecer em um nível alto por um tempo”, disse Gopinath a Annette Weisbach da CNBC no Banco Central Europeu Fórum em Sintra, Portugal.

“Agora isso é diferente, por exemplo, do que vários mercados esperam, que é que as coisas vão cair muito rapidamente em termos de taxas. Acho que eles têm que ficar em espera por muito mais tempo”, disse ela.

O BCE começou a aumentar as taxas em julho de 2022 e aumentou sua taxa principal de -0,5% para 3,5% desde então. O Federal Reserve dos EUA, por sua vez, embarcou em um ciclo de alta em março de 2022, mas optou por fazer uma pausa neste mês, divergindo da Europa. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, sugeriu que poderia haver pelo menos mais dois aumentos de juros este ano.

Uma pesquisa com economistas dos EUA no final de maio mostrou que eles reduziram suas expectativas de que o Fed reduzisse as taxas do último trimestre deste ano para o primeiro trimestre de 2024. Em nota aos clientes na sexta-feira, Nomura disse que espera que tanto o BCE e o Banco da Inglaterra a anunciar cortes nas taxas em cerca de um ano.

No entanto, para o FMI está claro que a redução da inflação precisa ser a prioridade absoluta.

Bancos Centrais globais registram perdas de reservas em 2022 e não veem recuperação rápida, aponta pesquisa

Os Bancos Centrais globais sofreram perdas no gerenciamento de suas reservas no ano passado em meio a alocações pesadas de títulos que sofreram um grande golpe em 2022 após um aperto monetário agressivo em todo o mundo, de acordo com uma pesquisa de um grupo de especialistas.

Cerca de 40% dos gestores de reserva entrevistados disseram que levarão de um a dois anos para recuperar as perdas de 2022, enquanto quase um quarto acredita que a recuperação levará de dois a cinco anos.

O Fórum Oficial de Instituições Monetárias e Financeiras (OMFIF, na sigla em inglês), uma organização que acompanha os Bancos Centrais e a política econômica, entrevistou 75 gestores de reservas que supervisionam quase 5 trilhões de dólares em ativos, ou cerca de um terço do total de reservas globais atualmente estimadas em 15 trilhões. As reservas atuais caíram de um pico de 15,7 trilhões no final de 2021.

As intervenções cambiais no ano passado pelas autoridades monetárias para sustentar suas unidades financeiras contra o ressurgimento do dólar também contribuíram para perdas de carteira nas reservas do Banco Central, segundo a pesquisa.

“Se você olhar de uma perspectiva de 12 meses, de março de 2022 a março de 2023, eles (Bancos Centrais) caíram cerca de 4% em termos de reservas totais”, disse Nikhil Sanghani, chefe de pesquisa da OMFIF, em entrevista à Reuters.

“Esse é o efeito da intervenção e o resto seriam perdas de mercado, assumimos, nas carteiras de renda fixa”, acrescentou, observando que cerca de 40% de suas carteiras estão em títulos do governo.

“As perdas nas reservas são uma situação atípica por causa da forte alta dos juros”, disse Sanghani. “Falando de modo geral, nos últimos cinco a 10 anos, os gerentes de reservas do Banco Central se saíram muito bem por causa do ambiente de baixas taxas de juros.”

No entanto, apesar das perdas incorridas com as participações em títulos, os gerentes de reservas planejam aumentar a alocação para esse mercado, juntamente com o ouro, nos próximos dois anos, tornando-se avessos ao risco devido às preocupações com uma desaceleração global, mostrou a pesquisa.

A pesquisa também mostrou que 32% dos gestores de reservas planejam aumentar a alocação para títulos nos próximos dois anos, em comparação com 5% em 2021 e 10% em 2022.

O medo da estagflação, um cenário caracterizado por alta inflação, crescimento lento e desemprego, está levando esse medo à segurança, disse o OMFIF. Cerca de 38% dos gestores de reservas esperam uma recessão global nos próximos 12 meses.

Otan está pronta para se defender de ‘Moscou ou Minsk’, diz secretário-geral

A Otan está pronta para se defender de qualquer ameaça vinda “de Moscou ou de Minsk”, afirmou o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg, após a chegada do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, a Belarus.

Stoltenberg destacou que a Otan decidirá fortalecer seus sistemas de defesa durante uma cúpula em meados de julho, na Lituânia, para proteger todos os seus membros, especialmente aqueles que fazem fronteira com a Rússia e Belarus.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, iniciando a semana com quedas em meio a um cenário de potencial maior aperto monetário por parte dos Bancos Centrais para tentar conter a inflação. O índice Dow Jones teve queda de 0,04%, a 33.714,71 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,45%, a 4.328,82 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,16%, a 13.335,78 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após dados econômicos resilientes reduzirem os temores por um uma recessão nos EUA, ainda que o quadro reforce expectativa por mais aperto monetário do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve alta de 0,63%, a 33.926,74 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,15%, a 4.378,41 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,65%, a 13.555,67 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, após abrirem em queda e se recuperarem em meio a falas de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve e de dirigentes de outros Bancos Centrais durante evento do Banco Central Europeu (BCE). O índice Dow Jones teve queda de 0,22%, a 33.852,66 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,04%, a 4.376,86 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,27%, a 13.591,75 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com as ações dos bancos subindo depois que os principais credores passaram no teste de estresse anual do Federal Reserve, enquanto dados econômicos apontaram para uma economia norte-americana resiliente diante de aumentos agressivos na taxa de juros. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava alta de 0,85%, a 34.140,35 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,47%, a 4.397,30 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,055%, a 13.599,24 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 23.06.23 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (23) cotado a R$ 4,7779 com alta de 0,12%. O dia foi marcado por aversão ao risco e fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, após dados fracos de atividade na Europa e nos Estados Unidos.

Na segunda-feira (26) – O dólar à vista registrou queda de 0,22%, cotado a R$ 4,7672 na venda. Depois de ter oscilado em margens bastante estreitas durante a sessão, com investidores repercutindo o noticiário externo e em meio a uma visão ainda favorável ao real, que vem segurando as cotações. O dólar oscilou entre R$ 4,7848 na máxima e R$ 4,7584 na mínima.

Na terça-feira (27) – O dólar à vista registrou queda de 0,67%, cotado a R$ 4,7987 na venda. Após sinalizações de que o Banco Central poderá começar a cortar juros no Brasil já em agosto, enquanto no exterior o viés predominante para a divisa norte-americana era negativo. O dólar oscilou entre R$ 4,8065 na máxima e R$ 4,7517 na mínima.

Na quarta-feira (28) – O dólar à vista registrou alta de 1,02%, cotado a R$ 4,8478 na venda. Sob influência do exterior e com parte dos investidores recompondo posições compradas na moeda norte-americana, em movimento de realização de lucros, na esteira da divulgação da ata do Copom no dia anterior. O dólar oscilou entre R$ 4,8716 na máxima e R$ 4,8132 na mínima.

Na quinta-feira (29) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,21% cotado a R$ 4,8578 na venda. O dólar abriu em queda, em meio a sinais divergentes frente moedas emergentes ligadas a commodities no exterior, mas ganhou força após o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre mais forte que o esperado, reforçando apostas em novas altas de juros nos EUA.

Williams diz que restaurar estabilidade de preços é objetivo crítico para o Fed agora

O presidente do Federal Reserve Bank de Nova York, John Williams, minimizou a ligação entre a política monetária e a estabilidade financeira em comentários divulgados na segunda-feira (26), ao mesmo tempo em que alertou que o uso dos juros para domar bolhas pode trazer problemas econômicos indesejados.

Seus comentários vieram de uma apresentação feita no domingo como parte de um painel de discussão realizado pelo Banco de Compensações Internacionais. O BIS divulgou um relatório no fim de semana argumentando que os Bancos Centrais estão em um ponto crítico em seus esforços para reduzir a inflação.

Williams, que é vice-chair do Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed, não comentou sobre as perspectivas da política monetária.

Ele observou, no entanto, que “restaurar a estabilidade de preços é de suma importância porque é a base da estabilidade econômica e financeira sustentada. A estabilidade de preços não é um ou outro, é algo obrigatório”.

Williams passou a maior parte de seus breves comentários argumentando contra uma ligação firme entre a política monetária e o surgimento de problemas no setor financeiro.

Muitos argumentaram que a postura de juros ultrabaixos adotada pelo Fed e outros Bancos Centrais importantes nos anos que antecederam o início da pandemia de coronavírus distorceu os mercados e os colocou em problemas mais tarde.

Dito isso, o ciclo de aumento de juros superagressivo do Fed no ano passado ainda não resultou em uma reação do mercado que levaria a economia à recessão, e as autoridades do Fed em geral concordam que o pior do estresse bancário já passou.

“Não está claro se as ações de política monetária desempenham um papel central em afetar o surgimento de vulnerabilidades de estabilidade financeira”, disse Williams.

Eleição da Argentina dá impulso aos mercados e apimenta negociações com o FMI

A reviravolta eleitoral da Argentina, que viu a coalizão governista peronista torpedear um candidato de esquerda em favor de um ministro da Economia de centro, é positiva para os mercados, disseram analistas, mas adiciona um novo tempero às negociações com o FMI.

O bloco peronista, Union por la Patria, disse que o ministro da Economia, Sergio Massa, seria a única indicação para a coalizão governista, reforçando a candidatura de um aliado próximo da vice-presidente populista Cristina Fernández de Kirchner.

Com outros favoritos da oposição conservadora e da extrema-direita, a decisão significa que o próximo presidente da Argentina, a ser escolhido nas eleições de outubro, provavelmente será mais favorável ao mercado, um bálsamo para investidores duramente atingidos no país endividado.

“O mercado local pode ver com bons olhos que o cenário eleitoral agora tem candidatos presidenciais moderados, pró-mercado e que conhecem os investidores”, disse Javier Timerman, do Adcap Grupo Financiero, alertando que muitos ainda têm dúvidas.

Os títulos soberanos da Argentina estão em dificuldades, com cerca de 30 centavos de dólar por dólar, após anos de reestruturações de dívidas locais e estrangeiras, bem como um novo acordo de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para substituir um programa fracassado.

O peso, dominado por controles cambiais, está se desvalorizando constantemente com um florescente mercado negro de dólares a um preço muito mais alto. Muitos investidores se voltaram para as ações, vistas como um porto relativamente seguro, impulsionando o mercado de ações.

Impulso contra a corrupção na América Latina perde força, mostra ranking

Um índice que avalia a capacidade dos países latino-americanos de erradicar a corrupção mostrou que a maioria das nações da região está retrocedendo, de acordo com um ranking divulgado na terça-feira (27).

O Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC) 2023, publicado em conjunto pela Americas Society/Council of the Americas e a Control Risks, aponta para uma queda na pontuação média da região pela primeira vez desde 2020.

As pontuações em queda em 10 dos 15 países avaliados indicam “um ambiente anticorrupção que em muitos países é menos ativo e mobilizado do que nos anos anteriores”, de acordo com o estudo.

Analisando 14 variáveis, incluindo a independência das instituições judiciais e a força do jornalismo investigativo, o Índice CCC baseia-se em dados extensos e em uma pesquisa realizada entre os principais especialistas anticorrupção para pontuar e classificar os países em uma escala de 0 a 10.

Uma pontuação máxima de 10 reflete um país com maior probabilidade de processar e punir a corrupção. Oito dos 15 países analisados este ano pontuaram abaixo de 5.

“Os contratempos geralmente não foram dramáticos em comparação com 2022, em vez disso refletindo uma erosão constante que ocorre há anos”, afirmou o relatório.

O Brasil ficou em 8º lugar, com uma melhora de 1,5% na sua pontuação em relação a 2022.

“A pontuação do Brasil na categoria democracia e instituições políticas aumentou, refletindo sua resistência após vários anos de tensão”, disse o relatório, citando as tentativas do ex-presidente Jair Bolsonaro de influenciar investigações.

Segunda maior economia da região atrás do Brasil, o México ficou em 12º lugar, mostrando “rebaixamentos pronunciados” nas categorias de sociedade civil e mídia, uma vez que os jornalistas mexicanos enfrentam “a maior taxa mundial de violência contra repórteres fora da Ucrânia”, disse o relatório.

México e Guatemala são os únicos países cuja pontuação caiu em todos os anos desde que o Índice CCC foi lançado, em 2019.

A Venezuela teve a maior queda no índice, marcando seu quinto ano consecutivo com a pontuação mais baixa da região.

O Uruguai seguiu em primeiro lugar, mas registrou um segundo ano consecutivo de queda, um sinal “de que nenhum país está imune à estagnação ou ao retrocesso na luta contra a corrupção”, segundo o índice.

EUA gastarão US$ 42 bilhões para tornar o acesso à internet universal até 2030

A Casa Branca dividiu 42 bilhões de dólares entre os 50 estados e territórios dos Estados Unidos para tornar o acesso à banda larga de alta velocidade universal até 2030, ao lançar uma nova campanha publicitária para as políticas econômicas do presidente Joe Biden.

O financiamento sob o Programa de Implantação e Acesso Equitativo de Banda Larga foi autorizado pela lei de infraestrutura de US$ 1 trilhão de 2021 defendida por Biden. Os gastos serão baseados em um mapa de cobertura da Comissão Federal de Comunicações recém-lançado que detalha as lacunas no acesso.

Texas e Califórnia – Os dois estados mais populosos dos EUA, lideram a lista de financiamento com US$ 3,1 bilhões e US$ 1,9 bilhão, respectivamente. Mas outros estados menos populosos, como Virgínia, Alabama e Louisiana, quebraram a lista dos 10 melhores para financiamento devido à falta de acesso à banda larga. Esses estados têm grandes áreas rurais com menos conectividade à Internet do que suas principais cidades.

“É o maior investimento em internet de alta velocidade de todos os tempos. Porque para a economia de hoje funcionar para todos, o acesso à internet é tão importante quanto eletricidade, água ou outros serviços básicos”, disse Biden em um discurso na Casa Branca.

Os prêmios variam de US$ 27 milhões para territórios dos EUA, como as Ilhas Virgens dos EUA, a mais de US$ 3,3 bilhões para o Texas, com cada estado recebendo um mínimo de US$ 107 milhões.

Morgan Stanley muda projeção de juros nos EUA, prevendo outro aumento de 0,25% em julho

O Morgan Stanley revisou sua previsão de juros nos EUA, projetando um aumento adicional de 25 pontos-base. Os principais economistas do banco no país alteraram sua previsão para a política monetária do Federal Reserve, considerando uma probabilidade maior de um aumento da taxa em julho.

Durante uma audiência no congresso americano na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, deu indicativos de que o Banco Central do país reduzirá o ritmo de atuação, à medida que se aproxima de um nível adequado de aperto monetário, segundo o banco.

A nova previsão indica que a taxa básica de juros (Fed Funds) atingirá 5,375% até o final de 2023 e 4,375% até o final de 2024. O banco mantém a visão de que haverá um pouso suave na economia americana, o que significa que não será necessário cortar as taxas de juros até o próximo ano.

“Acreditamos agora que há uma probabilidade maior de um aumento da taxa em julho, mas isso dependerá dos indicadores de dados econômicos. Serão necessários dados muito fracos para convencer o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) de que suas projeções estão incorretas até a próxima reunião”, escreveram na nota.

Além de julho, os próximos aumentos de juros dependerão dos dados econômicos futuros.

O Morgan Stanley prevê que os dados levarão a uma mudança nas projeções do Fomc em setembro e espera-se que o Fed mantenha as taxas em um pico de 5,375%.

A taxa de inflação de maio do Canadá desacelera, enfraquecendo o argumento para um aumento da taxa de julho

A taxa de inflação anual do Canadá chegou a 3,4% em maio, seu ritmo mais lento em dois anos, mostraram dados, enfraquecendo o caso para outro aumento da taxa de juros já no próximo mês.

Analistas consultados pela Reuters esperavam que a inflação anual caísse para 3,4%, ante 4,4% em abril. Mês a mês, o índice de preços ao consumidor subiu 0,4%, disse o Statistics Canada, um pouco abaixo das previsões de um aumento de 0,5%.

A taxa anual, que se beneficiou da comparação com os fortes aumentos de preços de maio passado, é a mais lenta desde junho de 2021 e amplamente em linha com a expectativa do Banco do Canadá de que a inflação cairá para cerca de 3% até meados do ano.

O Banco Central elevou sua taxa overnight para uma alta de 22 anos de 4,75% no início de junho, após uma série de dados surpreendentemente fortes, incluindo um aumento inesperado na inflação de abril, que mostrou que a economia estava mais aquecida do que o previsto.

Após o último aumento da taxa, o Banco do Canadá disse que avaliaria os dados econômicos para decidir se continuaria aumentando os custos dos empréstimos.

A leitura da inflação “pode ​​dar ao Banco do Canadá algum motivo para pular julho”, disse Derek Holt, vice-presidente de mercados de capitais do Scotiabank. Embora Holt veja outro aumento chegando este ano, ele o caracterizou como “ajuste fino” e agora mais provável em setembro.

Argentina anuncia mais de US$ 1 bilhão em crédito do Banco Mundial e do BID

O Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) fornecerão à Argentina fundos que totalizam mais de US$ 1 bilhão, disse o Ministério da Economia do país sul-americano, acrescentando que eles devem ser destinados ao desenvolvimento e à energia projetos.

A medida ocorre no momento em que a Argentina, sem dinheiro, luta para refazer suas dívidas e cumprir programas de financiamento com outros organismos financeiros internacionais, como um programa de empréstimo de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Ministério da Economia da Argentina disse que o Banco Mundial está concedendo US$ 900 milhões em financiamento para projetos de desenvolvimento em energia limpa, assistência médica e infraestrutura resiliente ao clima.

O país, juntamente com o Uruguai, também recebeu um programa de crédito de US$ 400 milhões do BID para melhorar o abastecimento do Complexo Hidrelétrico Salto Grande e prolongar a vida “útil” da instalação, acrescentou o ministério em outro comunicado.

Os fundos vêm quando a Argentina enfrenta um grande desafio para reduzir uma taxa de inflação de mais de 100%, reabastecer as escassas reservas de moeda estrangeira e aliviar as questões sociais, incluindo quatro em cada dez pessoas que vivem na pobreza.

Powell diz que Fed continua monitorando com muita atenção situação os bancos

O Federal Reserve ainda está monitorando a situação no setor bancário dos Estados Unidos “com muito cuidado” para lidar com possíveis vulnerabilidades, como no setor imobiliário comercial, disse o chair do Fed, Jerome Powell, na quinta-feira (29).

“Estamos muito relutantes em dizer” se a turbulência do setor acabou, disse Powell durante evento realizado pelo Banco Central espanhol em Madri. “Nosso trabalho é se preocupar com as coisas.”

Powell reconheceu que o setor ainda tinha algumas vulnerabilidades de financiamento, como visto em março durante a crise bancária com a falência do Silicon Valley Bank e de dois outros credores dos EUA, embora “os fluxos de depósitos tenham se estabilizado”.

O SVB e os outros dois bancos se viram do lado errado dos aumentos de juros do Fed, sofrendo grandes perdas não realizadas em suas carteiras de títulos do Tesouro dos EUA, o que assustou os depositantes não segurados.

Powell disse que, no geral, o capital bancário é “forte e a liquidez é muito, muito alta”, como visto na verificação anual do Federal Reserve na quarta-feira (28).

Em relação ao setor imobiliário comercial, Powell reconheceu que há “um ajuste de avaliação em andamento, principalmente sobre escritórios. O trabalho em casa mudou a história”, disse ele, embora os riscos não estejam concentrados nos grandes bancos.

O chair do Fed também disse que os reguladores dos EUA ainda não abordaram as questões com os fundos do mercado monetário.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (26), as bolsas europeias fecharam mistas, em um começo de semana que conta com cautela diante das dificuldades que a economia global vem enfrentando. Indicadores na zona do euro sugerem uma atividade mais fraca, o que pode incluir um quadro recessivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,08%, 452,77 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,29%, a 7.184,35 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,11%, a 15.813,06 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,68%, a 5.908,51 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,08%, a 9.274,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,11%, a 7.453,58 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas europeias fecharam em alta, após um começo de semana que também não contou com variações bruscas nos índices. O processo de aperto monetário pelos principais Bancos Centrais segue sendo avaliado, e, nesta sessão, os comentários da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, tiveram importante repercussão. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,09%, a 453,09 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,43%, a 7.215,58 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,21%, a 15.846,86 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,03%, a 5.910,20 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,31%, a 9.395,40 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,11%, a 7.461,46 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas europeias fecharam em alta, em um dia marcado por evento do Banco Central Europeu (BCE), que reuniu em um painel presidentes de algumas das principais autoridades monetárias do mundo. Comentários sobre as condições na zona do euro sugeriram um quadro com menor chance de recessão para a economia da região, o que deu algum impulso aos ativos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,74%, a 456,24 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,98%, a 7.286,32 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,64%, a 15.949,00 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,36%, a 5.931,64 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,99%, a 9.485,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,52%, a 7.500,49 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas europeias fecharam mistas, com os investidores avaliando os comentários dos principais banqueiros centrais sobre a necessidade de continuar a luta contra a inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,11%, a 456,55 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,36%, a 7.312,73 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,014%, a 15.946,72 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,54%, a 5.899,53 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,36%, a 9.515,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,38%, a 7.471,69 pontos.

Crescimento empresarial da zona do euro fica estagnado em junho, mostra PMI preliminar

O crescimento empresarial na zona do euro praticamente estagnou este mês, uma vez que a retração na indústria se aprofundou enquanto a atividade de serviços do bloco mal expandiu, mostrou uma pesquisa.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar do HCOB para o bloco, compilado pela S&P Global e considerado um bom indicador da saúde econômica geral, caiu para a mínima de cinco meses de 50,3 em junho, ante 52,8 em maio.

O resultado ficou pouco acima da marca de 50 que separa crescimento de contração e abaixo de todas as previsões em uma pesquisa da Reuters, que apontava declínio mais modesto para 52,5.

“Depois que o PIB da zona do euro caiu pela segunda vez consecutiva no primeiro trimestre, aumentou um pouco a probabilidade de que a variação do PIB volte a carregar um sinal negativo no trimestre atual”, disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.

A demanda geral caiu pela primeira vez desde janeiro. O subíndice composto de novos negócios caiu de 50,3 para 48,3.

O PMI que cobre o setor de serviços caiu de 55,1 para 52,4. Isso também ficou abaixo de todas as previsões da pesquisa da Reuters, cuja mediana era de 54,5.

A atividade industrial está em declínio desde julho e a retração se aprofundou neste mês, com o PMI do setor caindo de 44,8 para 43,6, também abaixo de todas as previsões da pesquisa da Reuters e o menor patamar desde maio de 2020.

Recessão na Alemanha terminará no 2º trimestre com leve aumento do PIB, diz Banco Central

A recessão na Alemanha deve terminar no segundo trimestre, disse o Banco Central do país em seu relatório mensal na segunda-feira (26), acrescentando que o Produto Interno Bruto “aumentará ligeiramente” no período de abril a junho.

“O consumo privado deve atingir o ponto mínimo e sair”, escreveram especialistas do Bundesbank no relatório. “Graças ao forte aumento dos salários, a renda disponível real das famílias privadas está se estabilizando, apesar de a inflação permanecer muito alta.”

No final de 2022 e início de 2023, a maior economia da Europa contraiu por dois trimestres consecutivos, o que é definido por economistas como uma “recessão técnica”.

O Bundesbank disse que o aumento no segundo trimestre será sustentado pela capacidade da indústria alemã de enfrentar um declínio contínuo na demanda, graças aos preços mais baixos da energia, à diminuição dos gargalos na oferta e às carteiras de pedidos cheias.

Para 2023 como um todo, o Bundesbank espera que o PIB caia 0,3% em dado ajustado ao calendário, seguido de crescimento de 1,2% em 2024 e 1,3% em 2025.

“A economia alemã está, portanto, se recuperando arduamente das crises dos últimos três anos”, afirmou.

Conselheiro de Zelensky diz à CNN que negociação com a Rússia é impossível

O conselheiro especial do presidente Volodymyr Zelensky, Mykhailo Podolyak, diz que, neste momento, não há qualquer possibilidade de negociação de paz entre Ucrânia e Rússia como vem sendo proposto por vários países, entre eles o Brasil.

“Hoje, infelizmente, não há nenhuma possibilidade de uma solução diplomática porque, antes de qualquer conversa, a Rússia tem que entender e respeitar a lei internacional e a soberania da Ucrânia”, disse ele em entrevista exclusiva à CNN.

Ao comentar a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de tentar mediar a resolução do conflito, Podolyak afirmou que qualquer proposta de paz só vai funcionar se levar em consideração três condições ucranianas.

A primeira delas é o respeito à integridade territorial e à soberania total do país; a segunda, a retirada de todas as tropas russas da Ucrânia; por fim, o reconhecimento de que vários crimes de guerra foram cometidos, com punição aos culpados.

“Você nunca pode ceder às pressões do agressor, porque isso só aumentará a sua agressividade. Quero que fique claro ao Brasil que o mundo ficará mais instável, com mais conflitos, caso a guerra termine da maneira errada”, disse ele.

O conselheiro presidencial disse esperar que o mundo não aceite a “propaganda russa” e acrescentou que o Brasil precisa entender a natureza da guerra.

“Moscou diz que suas tropas estão lutando contra um mítico mundo ocidental. Que eles estão lutando na Ucrânia, e não contra a Ucrânia. Não, não é bem assim. Eles lutam contra a Ucrânia, porque odeiam a Ucrânia. E é isso que precisam entender no Brasil. A Rússia tem um desejo direto de destruir a Ucrânia, porque a Ucrânia vê o mundo de uma maneira diferente, tem uma política competitiva, uma economia competitiva, onde existe liberdade de expressão. Nada disso existe na Rússia”, afirmou.

Conservadores gregos vencem em nova eleição

O partido conservador Nova Democracia da Grécia conquistou a vitória em uma eleição parlamentar, com os eleitores dando ao reformista Kyriakos Mitsotakis outro mandato de quatro anos como primeiro-ministro.

Com 91% dos votos apurados, o Nova Democracia, de centro-direita, liderava com 40,5% dos votos e 158 assentos no parlamento de 300 assentos, mostraram dados do Ministério do Interior.

Estava mais de 20 pontos à frente do Syriza, um partido radical de esquerda que venceu as eleições em 2015 no auge de uma crise de dívida debilitante e que governou o país até 2019, quando perdeu para o Nova Democracia.

“Este apoio gratuito apenas aumenta a minha responsabilidade de responder às esperanças das pessoas. Pessoalmente, sinto uma obrigação ainda maior de servir ao país com todas as minhas habilidades”, disse Mitsotakis à multidão animada na sede do New Democracy no centro de Atenas.

Mitsotakis, 55, ex-banqueiro e descendente de uma poderosa família política, prometeu aumentar a receita da vital indústria do turismo, criar empregos e aumentar os salários para perto da média da União Europeia.

Ele chegou ao poder em 2019, derrubando o partido radical Syriza, que ganhou destaque em 2015, no auge de uma crise de dívida debilitante que quase levou a Grécia a sair da zona do euro.

“Obviamente, esta é uma grande derrota”, disse Euclid Tsakalotos, que foi ministro das Finanças durante o governo do Syriza, à Skai TV da Grécia. Com base nas projeções iniciais, o Syriza tinha 47 assentos no parlamento, uma derrota retumbante para o partido.

Mitsotakis, que foi primeiro-ministro de 2019 até deixar o cargo em favor de um primeiro-ministro interino após uma votação inconclusiva em maio, prometeu levar adiante as reformas para reconstruir a classificação de crédito do país após a crise da dívida que assolou o país por uma década.

Funcionários do BCE preparam mais um passo em direção à nova era de aperto monetário, dizem fontes

Funcionários seniores do Banco Central Europeu estão se reunindo em Helsinque nesta semana para trabalhar em uma nova estrutura para orientar os custos de empréstimos de curto prazo, outro passo para encerrar quase uma década de dinheiro fácil, disseram cinco fontes à Reuters.

Na Finlândia, a equipe irá considerar como o BCE deve operar agora que a inflação e as taxas de juros estão altas e os esforços para conter o crescimento dos preços estão sendo impedidos por mais de 4 trilhões de euros de excesso de liquidez que se espalha pelo sistema bancário.

O debate inclui decidir como remunerar os bancos por suas reservas mínimas e excedentes, disseram duas das fontes com conhecimento direto das discussões.

Um porta-voz do BCE se recusou a comentar.

Atualmente, as reservas mínimas são remuneradas à taxa de depósito do BCE, agora em 3,5% após uma série de aumentos de juros para conter a inflação.

Alguns formuladores de política monetária argumentaram que a taxa de depósito deve ser fixada em zero para os compulsórios, economizando bilhões de euros aos Bancos Centrais em juros que eles estão pagando atualmente aos bancos comerciais, mas potencialmente atenuando o impacto dos aumentos das taxas.

As cinco fontes disseram que a equipe também analisará opções para ajustar o “corredor” entre as três taxas de juros do BCE e se preparará para uma revisão prometida neste ano da estrutura operacional mais ampla.

As revisões potenciais incluem aumentar a taxa de depósito para criar um corredor mais estreito, ou mover a taxa overnight para tornar o corredor mais largo, embora nenhuma das opções seja vista como livre de problemas, disseram as fontes.

Um corredor amplo pode ser visto como penalizando os bancos tomadores de empréstimos em comparação com aqueles que têm excesso de liquidez para depositar no Banco Central.

As fontes disseram que alguns funcionários defendem a saída de um ajuste do corredor até que o BCE encerre seu atual ciclo de aperto, com a mudança final na taxa de depósito.

É improvável que uma decisão ocorra em julho, mas pode estar na agenda após as férias de verão, disseram as fontes.

Suécia pretende aderir à Otan no próximo mês, mas entrada pode ser adiada, diz premiê

O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, afirmou na quarta-feira (28) que o país ainda deseja ingressar na Otan antes ou durante sua cúpula em Vilnius, na Lituânia, no próximo mês, embora não tenha certeza de que será capaz de fazê-lo até então.

A Suécia e a Finlândia abandonaram décadas de não-alinhamento militar após a invasão da Ucrânia pela Rússia no ano passado, buscando maior segurança ao ingressar na Otan. A Finlândia tornou-se membro da aliança em abril, mas o processo foi mais lento para a Suécia.

O governo sueco está de olho em se juntar à aliança na cúpula que ocorre entre 11 a 12 de julho e, embora tenha forte apoio de outros membros, incluindo os Estados Unidos, tanto a Turquia quanto a Hungria têm evitado até agora a ratificação.

“A Suécia se tornará um membro da Otan”, disse Kristersson em entrevista à emissora estatal SVT.

“Ninguém pode prometer que isso acontecerá especificamente em Vilnius ou logo antes de Vilnius, mesmo que essa tenha sido nossa ambição o tempo todo. E essa é uma ambição que também compartilhamos com todos os outros países da Otan”, declarou o premiê.

Lucros da zona do euro ainda são maiores fator na inflação do que salários, diz BCE

Uma medida importante da lucratividade corporativa na zona do euro atingiu um pico recorde no último trimestre, mantendo a pressão sobre a inflação à medida que a tão esperada queda nas margens dos negócios é adiada ainda mais, mostrou um documento do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (29).

As empresas aumentaram os preços antes dos aumentos de custos no ano passado e empurraram a inflação para dois dígitos, forçando o BCE a aumentar rapidamente os juros para esfriar a demanda, de modo que as empresas teriam que ceder e começar a absorver demandas salariais mais altas.

Embora o BCE muitas vezes culpe o rápido crescimento salarial pelas pressões inflacionárias, o deflator do PIB, uma medida de mudanças no preço de todos os bens e serviços, subiu para quatro vezes sua média histórica no último trimestre com lucros, não salários, contribuindo para a maior parte disso.

“No primeiro trimestre de 2023, a taxa de crescimento anual do deflator do PIB da área do euro atingiu uma máxima recorde de 6,2%, acima dos 5,7% no trimestre anterior, tendo ficado no mínimo de 0,6% no segundo trimestre de 2021,” disse o BCE em artigo do Boletim Econômico.

“A contribuição dos lucros foi particularmente grande nos últimos três trimestres, respondendo por cerca de 60% do crescimento total do deflator do PIB”, acrescentou o BCE.

O pensamento econômico tradicional teria apontado para lucros mais fracos, dado que o bloco sofreu uma recessão durante o inverno, mas a natureza única dos choques substituiu o livro de regras.

As famílias ainda estão com amplas reservas acumuladas durante a pandemia, então continuam gastando, enquanto a volatilidade dos preços da energia criou uma desculpa mais fácil para as empresas aumentarem os preços.

A antecipação de mais choques de energia está motivando as empresas a se protegerem contra novos choques.

Mesmo que uma queda nas margens ainda não seja evidente, o BCE repetiu sua visão de longa data de que isso eventualmente acontecerá e as empresas começarão a absorver parte da demanda de salários extras de seus trabalhadores, tirando assim a pressão do BCE para aumentar os juros.

“Olhando para o futuro, o desaparecimento da demanda reprimida relacionada à pandemia, a diminuição dos gargalos na oferta e o impacto do aperto da política monetária devem significar que as empresas estão sob mais pressão para absorver o forte crescimento salarial e o consequente crescimento nos custos trabalhistas usando lucros unitários”, disse o BCE.

Ucrânia diz à OTAN que ‘é hora de clareza’ sobre adesão

Kiev disse na quinta-feira (29) que chegou a hora de a OTAN esclarecer sua posição sobre a adesão da Ucrânia devastada pela guerra, antes de uma importante cúpula da aliança no próximo mês.

“A Ucrânia continua a trabalhar ativamente com todos os aliados da OTAN para convencê-los de que chegou a hora de esclarecer a adesão da Ucrânia à Aliança”, twittou o ministro das Relações Exteriores Dmytro Kuleba depois de falar por telefone com o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

Espera-se que a futura relação entre a Ucrânia e a OTAN seja uma questão-chave na agenda de uma cúpula da OTAN em Vilnius em 11 e 12 de julho.

Falando no parlamento na quarta-feira (28), Zelensky argumentou que as tropas endurecidas pela batalha de Kiev ajudariam a fortalecer a OTAN, e não a enfraquecer, quando a Ucrânia for “vitoriosa”.

“Agora recebemos assistência de segurança”, disse Zelensky.

“Mas uma Ucrânia vitoriosa será um doador de segurança para nossa região, para toda a Europa, para todo o mundo.”

Stoltenberg disse nesta semana que é crucial continuar apoiando a Ucrânia contra a invasão da Rússia e que os aliados da Otan vão traçar um caminho para a adesão de Kiev à aliança.

O líder russo, Vladimir Putin, repetidamente se enfureceu com a expansão da Otan para o leste, acusou os membros da Otan de participar do conflito na Ucrânia doando armas a Kiev e disse que o Ocidente planeja dividir a Rússia.

Até o próprio Zelensky reconheceu este mês que a Ucrânia não seria capaz de ingressar na OTAN antes do fim da invasão russa.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio a preocupações renovadas sobre uma possível recessão. O predomínio do mau humor na região asiática veio após as bolsas de Nova York e europeias terminarem a semana passada em tom negativo, à medida que dados de atividade fracos dos EUA e da zona do euro. O índice Xangai teve queda de 0,54%, a 3.255,81 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,25%, a 32.698,81 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,51%, a 18.794,13 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,41%, a 3.809,70 pontos.

Na terça-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, lideradas pelo setor imobiliário, uma vez que o sentimento melhorou diante de novas expectativas de estímulo, enquanto os investidores observavam as tensões sino-americanas em busca de sinais de alívio. O índice Xangai teve alta de 1,23%, a 3.189,44 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,49%, a 32.538,33 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,88%, a 19.148,13 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,94%, a 3.845,43 pontos.

Na quarta-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com dados mostrando que os lucros das empresas industriais chinesas caíram em maio e com os investidores preocupados com notícias de que os Estados Unidos estão avaliando novas restrições sobre exportações de chips de inteligência artificial para a China. O índice Xangai teve queda de 0,0021%, a 3.189,38 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,02%, a 33.193,99 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,12%, a 19.172,05 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,12%, a 3.840,80 pontos.

Na quinta-feira (29), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, com os operadores mantendo uma postura cautelosa diante dos sinais de recuperação fraca na segunda maior economia do mundo e da falta de estímulos fortes. O índice Xangai teve queda de 0,22%, a 3.182,38 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,12%, a 33.234,14 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,24%, a 18.934,36 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,49%, a 3.821,84 pontos.

China precisa agir rapidamente para reforçar a recuperação, diz alto funcionário econômico

A China precisa intensificar as medidas o mais rápido possível para reforçar uma recuperação vacilante pós-Covid na segunda maior economia do mundo, disse um alto funcionário econômico do principal órgão consultivo político do país no domingo (25).

Analistas de grandes bancos internacionais rebaixaram as previsões de crescimento econômico para 2023 depois que dados de maio mostraram que a demanda enfraqueceu na China e no exterior, levantando a necessidade de mais estímulos.

“É melhor introduzir medidas logo do que mais tarde”, disse Ning Jizhe, vice-chefe do comitê econômico da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC) e ex-vice-chefe da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC).

A economia da China enfrenta forte pressão para baixo e sua recuperação é instável e desequilibrada, disse Ning, que também é ex-chefe do Departamento Nacional de Estatísticas.

A força das medidas macroeconômicas “não deve ser pequena” para evitar “uma contração econômica em espiral” em uma desaceleração global, disse Ning.

O gabinete da China se reuniu neste mês para discutir medidas para impulsionar o crescimento econômico, comprometendo-se a implementar políticas em tempo hábil e tomar ações mais enérgicas em resposta às mudanças na situação econômica.

As taxas referenciais de empréstimos do país (LPR) foram cortadas na terça-feira, nas primeiras reduções em 10 meses, a LPR de cinco anos foi reduzida em 10 pontos-base, menos do que o esperado.

O Banco Central da China provavelmente reduzirá ainda mais as taxas de empréstimo, mas a relutância em tomar empréstimos entre empresas privadas e famílias significa que a flexibilização contínua da política monetária pode prejudicar os bancos, disseram analistas.

Coreia do Norte realiza atos em massa com críticas aos EUA e alerta sobre guerra nuclear

A Coreia do Norte realizou atos em massa em Pyongyang, onde as pessoas gritavam slogans prometendo uma “guerra de retaliação” para destruir os Estados Unidos, ao marcar o 73º aniversário da eclosão da Guerra da Coreia, informou a mídia estatal na segunda-feira (26).

Cerca de 120.000 trabalhadores e estudantes participaram das manifestações realizadas na capital no domingo, segundo a agência de notícias estatal KCNA.

Fotos divulgadas pela mídia estatal mostraram um estádio lotado de pessoas segurando cartazes com os dizeres “Todo o continente dos EUA está dentro do nosso campo de disparo” e “Os EUA imperialistas são os destruidores da paz”.

O aniversário ocorreu em meio a preocupações de que Pyongyang possa realizar em breve outro lançamento de seu primeiro satélite espião militar para aumentar o monitoramento das atividades militares dos EUA, depois que sua primeira tentativa fracassou em 31 de maio.

A Coreia do Norte agora tem “a arma absoluta mais forte para punir os imperialistas dos EUA” e os “vingadores nesta terra estão queimando com a vontade indomável de retaliar o inimigo”, disse a KCNA.

A Coreia do Norte, que possui armas nucleares, vem testando várias armas, incluindo seu maior míssil balístico intercontinental, aumentando a tensão com a Coreia do Sul e o principal aliado sul-coreano, os Estados Unidos.

Em um relatório separado do Ministério das Relações Exteriores, a Coreia do Norte disse que os EUA estão “fazendo esforços desesperados para desencadear uma guerra nuclear”, acusando Washington de enviar ativos estratégicos para a região.

As Coreias do Norte e do Sul permanecem tecnicamente em guerra porque seu conflito de 1950-53 terminou em uma trégua, não em um tratado.

S&P corta previsão para PIB da China com intensificação de pedidos de estímulo

A S&P agora prevê que a China registrará um crescimento do PIB de 5,2% em 2023, contra estimativa anterior de 5,5%. Foi o primeiro corte desse tipo feito por uma agência global de recomendação de crédito este ano e segue revisões feitas pelo Goldman Sachs e outros grandes bancos de investimento.

“O principal risco da China é que sua recuperação perde mais fôlego em meio à confiança fraca entre os consumidores e no mercado imobiliário”, disse a S&P em comunicado.

A segunda maior economia do mundo desacelerou nos últimos meses depois de voltar à vida com o fim de três anos de políticas restritivas de Covid zero. Em maio, o investimento imobiliário caiu ainda mais, o crescimento da produção industrial e das vendas no varejo ficaram abaixo das previsões e o desemprego entre os jovens atingiu um recorde de 20,8%.

As previsões para o crescimento do PIB da China neste ano variam entre 4,4% e 6,2%.

A S&P disse que as medidas prováveis ​​para fortalecer a economia podem incluir “aliviar as restrições de compra de moradias e os requisitos para pagamento antecipado de hipotecas, expandir o crédito e o financiamento de infraestrutura e, talvez, apoio fiscal para o consumo”.

Japão mantém visão econômica em junho mais otimista sobre condições trabalhistas

O governo japonês manteve sua visão de que a economia está se recuperando moderadamente, com confiança crescente nas condições do mercado de trabalho devido ao aumento dos salários e seu esperado impacto positivo na demanda doméstica.

Em seu relatório econômico mensal, o governo elevou sua avaliação das condições de emprego pela primeira vez em 11 meses, dizendo que houve “melhoria recentemente”. Também mudou sua avaliação dos preços no atacado de “estáveis” para “quedas moderadas”.

O Gabinete manteve a sua visão sobre as principais componentes da economia, como o consumo privado, o investimento empresarial.

Gigantes chinesas de pagamentos retomam esforços para aceitar cartões de crédito estrangeiros

As gigantes chinesas de tecnologia Tencent Holdings e Ant Group disseram que permitiriam que os usuários vinculassem cartões de crédito internacionais a suas plataformas, um problema que há muito atormenta visitantes estrangeiros como o sistema de pagamento do país. manteve os cartões de crédito fora por anos.

A Tencent, operadora do popular aplicativo de bate-papo WeChat e da rede de pagamentos WeChat Pay, disse na quarta-feira que os usuários do WeChat no exterior podem vincular cartões de crédito emitidos pela Visa Inc (VN) ao aplicativo WeChat a partir do próximo mês. Os turistas estrangeiros podem pagar com o WeChat quando viajam na China continental.

Isso ocorre depois que a Mastercard (MA.N) anunciou na semana passada que os portadores de cartão podem vincular cartões de crédito ou débito à carteira digital Alipay, onde podem finalmente “pagar como um local”. Alipay é o aplicativo de pagamento móvel de propriedade da Ant.

A rede de pagamento móvel da China tornou-se altamente fechada para turistas estrangeiros desde que os aplicativos móveis se tornaram o método de pagamento predominante no país no final de 2010, provocando um boom no comércio eletrônico. Os visitantes estrangeiros geralmente não conseguem pagar por coisas na China, onde muitas lojas e restaurantes agora aceitam apenas pagamento móvel em vez de cartões de crédito ou dinheiro.

Antes da mudança fácil de vinculação de cartão, os estrangeiros na China geralmente precisavam abrir uma conta bancária chinesa para acessar as redes de pagamento móvel da Tencent e da Ant.

Paquistão e o Fundo Monetário Internacional estão discutindo um “acordo de espera” de US$ 2,5 bilhões

O Paquistão e o Fundo Monetário Internacional estão discutindo um “acordo de espera” de US$ 2,5 bilhões por seis a nove meses, disseram jornais locais na quarta-feira (28), com o atual programa de resgate previsto para expirar em 30 de junho.

O Paquistão passou rapidamente por uma série de ajustes de política, incluindo um orçamento revisado solicitado pelo FMI e um aumento fora do ciclo nas taxas de juros, na esperança de garantir os fundos pendentes do programa Extended Fund Facility (EFF) assinado em 2019.

Com o tempo se esgotando, o ministro das Finanças, Ishaq Dar, disse que os dois lados estão trabalhando em um “mecanismo” para garantir que o Paquistão receba o valor total e não apenas o próximo de US$ 1,1 bilhão devido na revisão atual.

Dar não detalhou qual era o mecanismo.

A nona revisão está em ordem após ajustes recentes, mas o Paquistão deseja receber todo o valor não desembolsado, o que só é possível em um novo programa, disse o diário Express Tribune, citando fontes de alto escalão.

Ele disse que o primeiro-ministro Shehbaz Sharif discutiu a assinatura de um novo acordo de espera (SBA) no valor de US$ 2,6 bilhões por um curto período de seis meses com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva.

Presidente do Banco Central do Japão vê boas razões para mudar política monetária se inflação voltar a acelerar em 2024

O presidente do Banco do Japão (BOJ), Kazuo Ueda, disse que o Banco Central terá boas razões para mudar a política monetária se ficar “razoavelmente certo” de que a inflação acelerará em 2024 após um período de moderação.

O BOJ espera que a inflação desacelere “por um tempo” devido ao efeito cada vez menor de aumentos anteriores de preços das importações, antes de se recuperar novamente em 2024, disse Ueda em um seminário organizado pelo Banco Central Europeu.

“Mas estamos menos confiantes sobre a segunda parte”, disse ele, destacando incertezas sobre se a inflação voltará a acelerar após um período de moderação.

“Se tivermos certeza de que a segunda parte acontecerá, será um bom motivo para mudar a política”, disse ele sobre o que pode levar o BOJ a eliminar gradualmente seu estímulo massivo.

Enquanto a inflação nominal estava acima de 3%, a instituição estava mantendo a política monetária frouxa porque a inflação subjacente permaneceu abaixo da meta de 2% do Banco Central, disse Ueda.

O crescimento dos salários também é um fator importante para avaliar as perspectivas para a inflação, disse ele, acrescentando que os salários precisam subir bem acima de 2% de forma consistente para que a inflação atinja esse nível de forma estável.

“Ainda há um longo caminho a percorrer” para alcançar de forma sustentável uma inflação de 2% acompanhada de um crescimento salarial suficiente, disse.

Ativos sob gestão do Oriente Médio atingem US$ 1,3 trilhão

Apesar dos ventos econômicos globais, os ativos sob gestão no Oriente Médio cresceram US$ 100 bilhões de 2021 a 2022, atingindo US$ 1,3 trilhão, de acordo com o Boston Consulting Group, com sede nos EUA.

Isso reflete uma taxa de crescimento anual composta de 7%, disse o BCG em seu último relatório anual de gestão de ativos intitulado “Global Asset Management 2023: The Tide Has Turned”.

“Embora tenha um desempenho relativamente melhor do que seus pares europeus e americanos, o setor de gestão de ativos no Oriente Médio chegou a um momento crítico, obrigando os líderes a reavaliar as operações de suas organizações para recuperar o crescimento de lucro que experimentaram nos anos anteriores”, disse o gerente Diretor e Sócio Sênior do BCG Markus Massi.

Ele acrescentou: “Os Bancos Centrais em todo o mundo não estão mais projetando uma valorização sustentada do mercado. Seus objetivos de curto prazo são exatamente o oposto; eles estão tentando desacelerar o crescimento para combater a inflação que terá um impacto, especialmente nos mercados de ações.”

O relatório também observou que o crescimento anual do lucro dos gestores de ativos globais vai ser cerca de metade da média do setor nos últimos anos, dadas as pressões existentes e as expectativas do mercado.

Para retornar aos níveis históricos, os gerentes de ativos precisarão cortar custos em 20% no geral e mudar seu mix de receita para gerar pelo menos 30% de sua receita de produtos de margem mais alta, enfatizou o relatório.

Para prosperar nos próximos anos, o foco na lucratividade, oportunidades de mercado privado em investimentos alternativos de alto crescimento e experiências personalizadas do cliente devem estar no topo da agenda da liderança, enfatizou o relatório. 

A lucratividade pode ser alcançada ao entender as despesas e motivadores em cada função e usar várias iniciativas para otimizar custos, em vez de apenas cortar despesas, esclareceu o relatório. 

Aramco e TotalEnergies assinam contratos para o projeto Amiral de US$ 11 bilhões

A Aramco e a TotalEnergies assinaram contratos de engenharia, aquisição e construção para o complexo Amiral de US$ 11 bilhões, uma futura expansão de instalações petroquímicas em escala mundial na refinaria SATORP do Reino.

A cerimônia de assinatura ocorreu em Dhahran com a presença de Amin H. Nasser, presidente e CEO da Aramco, e Patrick Pouyanne, presidente e CEO da TotalEnergies.

Won Hee-ryong, ministro da terra, infraestrutura e transporte da Coreia do Sul; funcionários do governo da Arábia Saudita, França e Coreia do Sul; e executivos das empresas Aramco, TotalEnergies e EPC também compareceram.

A adjudicação de contratos EPC para as principais unidades de processo e utilidades associadas marca o início dos trabalhos de construção da expansão petroquímica conjunta, após a decisão final de investimento em dezembro de 2022.

Integrado com a refinaria SATORP existente em Jubail, o novo complexo visa abrigar um dos maiores steam crackers de carga mista do Golfo, com capacidade para produzir 1.650 quilotons por ano de etileno e outros gases industriais.

Espera-se que essa expansão atraia mais de US$ 4 bilhões em investimentos adicionais em vários setores industriais, incluindo fibras de carbono, lubrificantes, fluidos de perfuração, detergentes, aditivos alimentares, peças automotivas e pneus. Prevê-se ainda a criação de cerca de 7.000 empregos diretos e indiretos locais.

Ministros das Relações Exteriores da Jordânia e do Reino Unido discutem o aumento da cooperação

O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, discutiu com seu homólogo britânico, James Cleverly, maneiras de impulsionar a cooperação entre os dois países, informou a Agência de Notícias da Jordânia.

Os ministros falaram de seu desejo comum de ampliar a cooperação nas áreas de economia, comércio, turismo, investimento e militar, bem como continuar os esforços de seus países para resolver conflitos regionais e alcançar segurança e estabilidade.

Eles também se concentraram nos esforços para impedir a escalada da situação nos Territórios Palestinos Ocupados e no progresso para alcançar uma paz justa e duradoura.

Safadi reafirmou durante o telefonema que a única maneira de alcançar a paz era através de uma solução de dois Estados, enfatizando a importância de deter as ações israelenses ilegais que minavam as perspectivas de tal eventualidade.

Safadi e Cleverly discutiram esforços para chegar a uma solução política para a crise síria e encontrar as condições necessárias para o retorno voluntário de refugiados sírios ao seu país.

Safadi analisou os desafios que a Jordânia enfrenta como um país para refugiados sírios devido à diminuição da ajuda internacional e disse que o fardo dos refugiados é uma obrigação mundial, não apenas responsabilidade dos países anfitriões. Ele elogiou seu homólogo britânico pelo apoio contínuo do Reino Unido aos projetos de desenvolvimento da Jordânia e pela ajuda em resposta às crises regionais.

Cleverly agradeceu o papel da Jordânia como parceiro regional chave nos esforços para fortalecer a segurança, a paz e a estabilidade.

Inflação freia saídas dos egípcios no feriado de Eid El-Adha

A alta da inflação e o aumento dos custos de entretenimento deixaram muitos egípcios preocupados com a possibilidade de abrir mão de suas comemorações habituais do Eid, juntamente com visitas a locais de férias favoritos.

O feriado de Eid El-Adha deste ano coincide com uma pausa de seis dias que vai de terça a domingo.

Anteriormente, uma pausa tão longa significaria um Cairo quase deserto, com pessoas fazendo as malas e indo para locais de férias, como a Costa Norte, para desfrutar de atividades e eventos de entretenimento 24 horas por dia para todas as faixas etárias.

No entanto, este ano é um pouco diferente.

A inflação global anual saltou para 32,7 por cento no mês passado, acima dos 30,6 por cento em abril.

As atividades de entretenimento e os planos de viagem para o Eid ficaram em segundo plano, enquanto os egípcios lutam para pagar pelas necessidades básicas.

Os luxos de viajar e sair despojaram o Eid do que é: família.

O Eid El-Adha geralmente inclui um pequeno banquete com o tradicional fatteh, um prato composto de pão achatado frito, arroz, molho de tomate e carne bovina, e reuniões familiares extensas, onde as crianças vestem roupas novas e recebem seu tão esperado edeya.

“Neste Eid vamos ficar no Cairo, e talvez levar a família para um parque próximo, onde podemos jogar cartas e chutar uma bola”, disse Karim Ezzat, pai de dois filhos.

“Nosso plano habitual do Eid de ir para a costa norte por alguns dias não é mais viável, visto os preços crescentes de tudo”, disse ele ao Arab.

“Vamos passar um tempo com a família, talvez ir ao clube esportivo, onde as crianças podem nadar e tomar sol, e fazer passeios e atividades econômicas.”

Bahrein aumentará a participação de energia renovável para 5% da geração de eletricidade até 2025

De acordo com os objetivos do Plano Nacional de Transição Energética do Bahrein, o estado intensificou os esforços para aumentar a participação de sua energia renovável para 5% de sua geração total de eletricidade até 2025.

Kamal bin Ahmed Mohammed, presidente da Autoridade de Eletricidade e Água do país, disse que a mudança faz parte de uma estratégia para diversificar os recursos energéticos do estado e alcançar uma participação de recursos renováveis ​​de 20% até 2035, segundo a Bahrain News Agency.

A EWA já tomou várias medidas como a simplificação do processo de ligação das aplicações e o estabelecimento de procedimentos para facilitar o processo de integração dos recursos energéticos renováveis ​​à rede elétrica da autarquia, explicou Mohammed.

“O Bahrein está empenhado em sua transição para a energia sustentável e seus compromissos na COP26, investindo em recursos de energia renovável e, finalmente, reduzindo as emissões de carbono a zero líquido até 2060”, disse ele.

O presidente da autarquia adiantou ainda que a EWA adoptou os critérios de elegibilidade para a inscrição de consultores e empreiteiros de recursos energéticos renováveis ​​distribuídos.

Atualmente, existem 54 empreiteiros e 93 consultores credenciados para distribuição de recursos de energia renovável no Bahrein.

Além disso, na tentativa de garantir a qualidade dos equipamentos e componentes utilizados no sistema de energia renovável, a autoridade adotou padrões técnicos precisos.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
30/06/2023