Cenário Econômico Nacional – 17/07/2023

Cenário Econômico Nacional – 17/07/2023

Cenário Econômico Nacional – 17/07/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas esperam inflação mais baixa neste ano

Economistas esperam inflação menor neste ano, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (10).

Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 4,98% para 4,95%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram mantidas em 3,92%. Para 2025, as perspectivas também registraram estabilidade, em 3,60%.

Os economistas mantiveram a projeção da taxa básica de juros deste ano de 12%. A expectativa é de início do ciclo de afrouxamento para 2023, pois a Selic está em 13,75% hoje.

As projeções para 2024 e 2025, foram mantidas em 9,5% e 9%, respectivamente.

Os economistas mantiveram a expectativa do crescimento da economia brasileira em 2023 em 2,19%. Para 2024, as projeções do PIB ficaram iguais, em 1,28%, enquanto para 2025 caíram de 1,81% para R$1,80.

PIX bate recorde de transações por dois dias seguidos, diz Banco Central

O número diário de transações PIX bateu recorde por dois dias seguidos na última semana, segundo informações divulgadas na segunda-feira (10) pelo Banco Central.

Na quinta-feira (06), o BC registrou 129,4 milhões de transações. No dia seguinte, chegaram a 134,8 milhões.

“Os números reforçam a relevância do PIX, meio de pagamento disponibilizado à população brasileira em novembro de 2020, no funcionamento da economia nacional”, disse o BC em nota.

Segundo dados do Banco Central, em junho, foram feitas 2,86 bilhões de transações por PIX, maior número da série histórica, que começa em novembro de 2020. Atualmente, mais de 405 milhões de contas estão cadastradas.

Em 2022, o PIX foi a principal forma de pagamento usada pelos brasileiros, atingindo 29% de todas as transações registradas. Em 2021, foi de 16%.

O sistema de pagamentos instantâneos foi implementado no fim de 2020, com o objetivo de aumentar a digitalização das transações financeiras.

Em 2024, o Banco Central deve implementar uma nova modalidade de PIX Automático, para viabilizar pagamentos recorrentes de forma automática.

Pesquisa mostra que 78,5% das famílias brasileiras estão endividadas

O percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer avançou 0,2 ponto percentual (pp) em junho, atingindo 78,5% das famílias no país. As que se consideram muito endividadas são 18,5% desse total. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou os números na terça-feira (11), este é o maior volume da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela CNC.

De acordo com a CNC, o aumento do número de endividados interrompeu uma sequência de quatro meses de estabilidade do indicador.

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a economia brasileira passa por um cenário de endividamento e inadimplência crescente e isso atinge a capacidade de consumo das famílias. “O equilíbrio entre os objetivos de estabilidade de preços e o crescimento econômico é um desafio a ser perseguido e que será determinante para a retomada do desenvolvimento do País”, aponta texto divulgado pela CNC sobre o resultado de junho.

A pesquisa mostrou que, mesmo com o aumento do endividamento em junho, um mês antes do que a CNC estimava, a parcela média da renda comprometida com dívidas registrou o menor percentual desde setembro de 2020, ao atingir 29,6%.

Segundo a economista Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, isso pode ser explicado pelo comportamento da renda de parte dos consumidores. “Isso é resultado da melhora da renda dos consumidores que recebem até 10 salários mínimos, que ocorre por conta da dinâmica favorável da inflação em desaceleração desde o fim do ano passado”, observou.

IPCA tem 1ª deflação desde setembro e taxa em 12 meses vai abaixo do centro da meta

Os preços ao consumidor brasileiro registraram deflação em junho pela primeira vez em nove meses graças às quedas nos preços de alimentação e transportes, levando a taxa em 12 meses para abaixo do centro da meta, dando espaço para o Banco Central iniciar um ciclo de corte de juros.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,08% em junho, contra avanço de 0,23% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (11).

O resultado marcou a primeira taxa negativa desde setembro de 2022 (-0,29%) e a menor variação para o mês de junho desde 2017, ficando praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de uma queda de 0,10% do índice.

Com isso, o IPCA passou a acumular em 12 meses até junho taxa de 3,16%, contra 3,94% antes e expectativa de uma alta de 3,17%.

Essa é a taxa acumulada mais fraca desde setembro de 2020 (+3,14%), indo abaixo do centro da meta para a inflação deste ano, de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Apesar do enfraquecimento visto em junho, analistas avaliam que a inflação deve voltar a ganhar força no segundo semestre, quando as deflações de julho, agosto e setembro do ano passado, provocadas pela desoneração de impostos, saírem da base de cálculo do IPCA em 12 meses.

“Na nossa visão, a inflação acumulada em 12 meses atingiu seu patamar mínimo agora em junho e voltará a subir já a partir de julho, quando deve ficar acima de 4% novamente”, prevê Claudia Moreno, economista do C6 Bank.

Ao mesmo tempo, os últimos resultados reforçam os argumentos para o BC reduzir a taxa básica de juros Selic, atualmente em 13,75%, já no próximo mês. O BC já sinalizou que pode iniciar em agosto um ciclo de afrouxamento, desde que se mantenha o cenário de arrefecimento da inflação.

Quaest: avaliação no mercado financeiro de que política econômica está na direção certa sobe de 10% para 47%

Para 47% do mercado financeiro brasileiro, a economia sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está caminhando na direção correta, enquanto 53% avaliam que ela está sendo guiada de maneira errada.

Em maio, 10% dos entrevistados acreditavam que a condução estava no caminho certo, enquanto 90% discordavam dos rumos.

Os dados fazem parte da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira (12), que acompanha a avaliação das pessoas em relação a diversos temas no governo Lula.

Foram feitas 94 entrevistas com gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento de São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 6 e 10 de julho.

A pesquisa também mostrou que 53% dos entrevistados acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, enquanto 21% acham que a situação ficará pior e 26% afirmam que o cenário se manterá do mesmo jeito.

Em maio, 13% dos participantes do mercado acreditavam que o futuro seria melhor, enquanto 61% afirmavam ver a depreciação do quadro e 26% não acreditavam em mudanças para positivo ou negativo.

Segundo o levantamento da Quaest, 54% dos entrevistados afirmam que os investimentos externos no Brasil irão aumentar nos próximos meses. Em maio, o cenário era visto por 26%.

Outros 7% acreditam que o aporte internacional diminuirá, contra 23% em maio.

Já para 39%, o cenário se manterá igual. Em maio, a parcela que acreditava na manutenção do quadro era de 51%.

Gabriel Galípolo e Ailton Aquino tomam posse na diretoria do Banco Central

Os indicados para as diretorias de Política Monetária e Fiscalização do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, assinarão os termos de posse em Brasília na quarta-feira (12) em cerimônia fechada.

A informação foi confirmada pela instituição.

Os dois nomes foram sugeridos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aprovados pelo Senado no último dia 4 de julho.

Galípolo e Aquino podem ajudar o governo a diminuir as resistências enfrentadas na autarquia, comandada atualmente por Roberto Campos Neto.

Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Galípolo foi aprovado com 23 votos a favor e 2 contra. Ele foi indicado para assumir a diretoria de Política Monetária do BC em substituição a Bruno Serra Fernandes.

Já Aquino, com 24 votos a favor e 1 contrário, deve assumir a diretoria de Fiscalização do BC em substituição a Paulo Sérgio de Souza.

Os cargos têm mandatos de quatro anos, com possibilidade de uma recondução por igual período.

Alíquota do IVA pode ficar em menos de 25% ao longo do tempo, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quinta-feira (13) que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) almejado pela proposta de reforma tributária pode ficar, ao longo do tempo, em menos de 25%, em meio a discussões no Congresso sobre qual valor será definido.

“No tempo, eu penso que ela vai atingir o equilíbrio com neutralidade da reforma em patamar de 25% para baixo”, disse Haddad em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV.

Ele argumentou que isso será possível com a redução de incentivos tributários decorrente da reforma, a diminuição da evasão fiscal e a digitalização da economia.

O ministro não disse, no entanto, qual deverá ser a alíquota na fase inicial da reforma. Membros da equipe econômica têm afirmado que a taxação poderá superar 25%, especialmente diante da inclusão de exceções no texto para beneficiar setores específicos.

Haddad disse que deseja uma reforma tributária “mais enxuta”, com menos excepcionalidades, em meio à pressão de alguns setores da economia e de entes federativos pela alteração do texto no Senado. Membros do governo dizem temer que o aumento das exceções possa minar o efeito fiscal positivo da reforma, bem como seu esperado impulso ao crescimento econômico, além de exigir a alíquota geral maior.

Na versão da reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados na semana passada, cinco tributos foram substituídos por um IVA dual não cumulativo, com previsão de alíquota zero para produtos da cesta básica nacional e cobrança mais baixa para setores favorecidos. O texto ainda será analisado pelo Senado.

A alíquota para os regimes favorecidos corresponderá a 40% do valor cobrado dos produtos em geral, mas a alíquota do IVA ainda não foi acertada, a ideia é que seja fixada posteriormente em lei complementar.

CNI diz que economia poderá crescer 2,1% este ano

O desempenho do agronegócio fez a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevar a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado na quinta-feira (12) pela entidade, a estimativa passou de 1,2% em abril para 2,1% em julho. A confederação, no entanto, adverte que a melhoria se deve apenas ao agronegócio, com os demais setores da economia encolhendo ou desacelerando. Acrescenta ser necessário reformar o sistema tributário e reduzir os juros para destravar a economia brasileira.

Pelas estimativas da CNI, enquanto a agropecuária deverá crescer 13,8% neste ano, impulsionada pela produção recorde de alimentos, a indústria deverá se expandir apenas 0,6%. O desempenho do setor industrial também tem desigualdades: a indústria da construção crescerá 1,5%, mas a indústria da transformação, afetada pelos juros altos, deverá encolher 0,9% em 2023.

Em nota, a CNI destaca que a indústria nacional sofre com a falta de competitividade gerada pela complexidade do sistema tributário e pela escassez de crédito provocada pelos juros altos. Apesar disso, a entidade considera que o avanço da reforma tributária no Congresso Nacional e a queda da inflação, com a provável redução da Taxa Selic (juros básicos da economia) neste semestre, melhoram as perspectivas para a economia brasileira.

Cooperativas de crédito crescem 12,5% em 2022, diz Banco Central

As cooperativas de crédito mantiveram-se como o segmento do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que mais cresce.

Segundo números divulgados pelo Banco Central (BC), o setor encerrou 2022 com 9.122 unidades de atendimento, aumento de 1.010 unidades (12,5%) em relação ao ano anterior.

O segmento opera em 55,3% dos municípios brasileiros, totalizando 3.080 localidades. Apenas no ano passado, 174 novos municípios passaram a contar com uma unidade de atendimento de cooperativa de crédito.

No fim do ano passado, havia, em todo o país, 799 cooperativas singulares, 32 cooperativas centrais, quatro confederações e dois bancos cooperativos.

A carteira de crédito ativa (total de empréstimos ativos) do sistema cooperativo aumentou 22,4% em 2022.

Após expansão de 35,9% em 2021, reflexo da retomada econômica após o início das vacinações contra a Covid-19, o estoque de empréstimos e financiamentos da cooperativa de crédito desacelerou em 2022, mas continuou a expandir-se acima da média do SFN, cuja carteira de crédito cresceu 14% no ano passado.

O total de cooperados subiu 14,5%, passando de 13,6 milhões em 2021 para 15,6 milhões em 2022. Desse total, 13,2 milhões são pessoas físicas, e 2,4 milhões, pessoas jurídicas.

O maior crescimento ocorreu nas pessoas jurídicas, cuja presença aumentou 17,8%. Segundo o BC, 90% dos cooperados pessoas jurídicas são micro e pequenas empresas.

O número de pessoas físicas subiu 13,9% no ano passado. Conforme o relatório, o maior número de associados nessa categoria corresponde a homens, com 55,8% do total de pessoas físicas.

Governo antecipa início do Desenrola Brasil para segunda-feira (17)

O governo federal antecipou para a segunda-feira (17) o início do programa Desenrola Brasil, para renegociar dívidas e baratear o crédito. O programa estava previsto para começar em setembro. Mas o governo decidiu antecipar as renegociações para os devedores com renda de até R$ 20 mil.

Nesta primeira fase estão contempladas apenas as dívidas em atraso feitas com os bancos. A renegociação deve ser feita diretamente entre a instituição financeira e o devedor.

Para estimular os bancos nessas renegociações o governo vai reconhecer antecipadamente os créditos tributários das instituições financeiras, que vão poder considerar isso nos balanços.

Para cada R$ 1,00 negociado o banco vai poder reconhecer R$ 1,00 de crédito tributário. Ou seja, a renegociação vai ser boa para os dois lados: para quem deve, que poderá acessar condições melhores de refinanciamento, e para os bancos, que poderão melhorar os balanços e liberar recursos para novos créditos. Atenção: vale apenas para dívidas contraídas até 31 de dezembro de 2022.

Em troca, os bancos que aderiram ao programa deverão retirar da lista dos birôs de crédito na segunda-feira (17) o nome de cerca de 1,5 milhão de pessoas que devem até R$ 100,00 e estão com o nome negativado na Serasa ou no SPC, por exemplo.

Vários bancos já iniciaram seus feirões próprios de renegociação. Alguns oferecem descontos de até 90% sobre o pagamento à vista da dívida e parcelamento do débito de até 96 meses. As renegociações podem ser feitas on-line ou presencialmente.

Para os devedores da Faixa 1, com renda até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e com dívidas de até R$ 5 mil, as renegociações, por enquanto, estão previstas para iniciar em setembro.

Prefeito de São Paulo sanciona com vetos revisão do Plano Diretor

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sancionou a revisão do Plano Diretor. A lei foi publicada com alguns vetos no sábado (8) no Diário Oficial da Cidade.

A revisão traz cerca de 120 artigos que promoveram ajustes ao Plano Diretor que havia sido aprovado em 2014. A revisão dessa lei foi aprovada pelos vereadores da cidade em votação ocorrida no dia 26 de junho.

Segundo a administração municipal, o novo texto do Plano Diretor Estratégico “traz avanços e aperfeiçoamentos para instrumentos de planejamento urbano da cidade”.

“Foram dez vetos, estão publicados no Diário Oficial na data de hoje, sábado. Esses vetos não mexem de uma forma muito forte na questão do que foi aprovado na Câmara Municipal. Tem algumas questões, que a gente achou melhor [alterar], e a Câmara entendeu”, disse Nunes.

Um dos vetos feitos pelo prefeito trata sobre a criação de um banco de dados sobre habitação popular.

O texto previa que as construtoras deveriam indicar como essas construções estavam sendo feitas e se elas estavam de fato sendo direcionadas à população de baixa renda; o item que foi vetado.

Mudanças ministeriais devem ficar para retorno do recesso parlamentar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende esperar o fim do recesso parlamentar, em agosto, para anunciar mudanças na equipe ministerial.

Segundo relatos de auxiliares do governo à CNN, o petista deve se dedicar nas próximas três semanas a montar o desenho da Esplanada dos Ministérios.

A ideia é que o anúncio fique para agosto, justamente, porque o objetivo é o de ampliar a participação de deputados federais no primeiro escalão.

E, como eles estarão fora de Brasília no recesso parlamentar, só poderão tomar posse no próximo mês.

O Palácio do Planalto avalia mudanças nas pastas do Turismo, Esportes e Desenvolvimento Social, além do comando da Caixa.

Como um sinal de boa vontade com a Câmara dos Deputados, o governo petista também deve fazer, no recesso parlamentar, uma avaliação da atual estrutura da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política.

O objetivo é avaliar possíveis mudanças, o que pode incluir a mudança de nomes em postos estratégicos, para melhorar o diálogo com a Casa Legislativa.

Eduardo Braga será relator da reforma tributária no Senado

O líder do MDB do Senado, Eduardo Braga (AM), será o relator da proposta de reforma tributária na Casa, afirmou na terça-feira (11) o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Mais cedo, duas fontes haviam antecipado à Reuters que Braga seria o relator no Senado do texto, que foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados e está entre as prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Meu objetivo é manter a qualidade do trabalho realizado pelo deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), sob a liderança de Arthur Lira, presidente da Câmara, sempre ouvindo e acatando, quando possível, ideias e sugestões das diversas correntes e segmentos da sociedade”, disse Braga no Twitter, mencionando o relator da proposta na Câmara.

“Desde já, reafirmo a minha disposição de sempre para construir consensos ao lado do ministro Fernando Haddad e do Ministério da Fazenda, assim como do presidente da CCJ, David Alcolumbre”, acrescentou.

A escolha pelo nome de Braga, que já foi governador do Amazonas, foi acertada em jantar na véspera com a presença de Pacheco e do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), segundo uma das fontes.

A expectativa é que as discussões sobre a reforma tributária na CCJ, colegiado pelo qual a reforma iniciará sua tramitação no Senado, só comecem após o recesso parlamentar, em agosto.

A escolha do nome de Braga foi anunciada por Pacheco após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Lula diz que saúde será beneficiada pela nova política industrial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva antecipou que um dos setores a serem beneficiados pela nova política industrial a ser implantada pelo governo federal será o da saúde. A ideia, segundo o presidente, é favorecer pequenas e médias empresas do setor, por meio das compras governamentais a serem feitas para o Sistema Único de Saúde (SUS). A declaração foi feita durante o programa semanal Conversa com o Presidente, veiculado na terça-feira (11) pela TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Lula destacou que a questão vem sendo debatida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), com a ajuda do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

“Um país que tem política industrial correta exporta produtos com maior valor agregado, trazendo mais dinheiro para a população. E o país cresce do ponto de vista científico e tecnológico”, disse o presidente ao criticar o fato de o CNDI não se reunir desde 2015, o que, segundo ele, indica a ausência de uma política industrial para o país.

Lula elogiou a forma como Alckmin conduziu a reunião, que já resultou em um “arcabouço de proposta de política industrial”, a ser discutida também no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como Conselhão, antes de se tornar uma política de governo.

“Temos de discutir que nicho de indústria queremos fazer crescer e que tipo de indústria vamos querer inovar. Uma delas é a da saúde, porque o SUS é um grande mercado consumidor”, antecipou o presidente.

“Por isso defendemos fortalecer as compras governamentais, porque se abrir para comprar produtos estrangeiros, a chance da pequena e média empresa acaba. E são elas que geram riquezas e empregos para o país”, acrescentou.

Quaest: Com Bolsonaro fora do pleito de 2026, 74% acham que ele deveria apoiar o nome de Tarcísio

Caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não possa se candidatar nas eleições de 2026, 74% dos entrevistados declaram que ele deveria apoiar o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao Palácio do Planalto, conforme a pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira (12).

Para 19%, o candidato que deveria ser apoiado é o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) tem 1%. “Nenhum desses” fica com 5%. A resposta “outro” tem 1%.

Foram feitas 94 entrevistas on-line com pessoas de fundos de investimentos com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 10 de julho. O público alvo foram gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.

Na primeira avaliação sobre o assunto, em maio, o resultado foi: Tarcísio: 66%; Zema: 25%; Flávio Bolsonaro: 3%; e Michelle Bolsonaro: 1%. “Nenhum desses” teve 3% e “outro” ficou em 1%.

Após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030. Sua defesa ainda pode recorrer ao próprio TSE e também ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Centrão já levou ao Planalto nome de Occhi para a Caixa; decisão esbarra na representatividade feminina

Aliados do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), já fizeram chegar ao Palácio do Planalto o nome que querem no comando da Caixa Econômica Federal. Trata-se do ex-ministro e ex-presidente do banco público Gilberto Occhi, segundo fontes próximas a Lira e ao governo.

Como a CNN mostrou na semana passada, os partidos do Centrão querem indicar um substituto para a atual presidente, Rita Serrano. A possibilidade de troca foi bem recebida pelo governo.

Há um entendimento, no Palácio do Planalto, de que a presidente da Caixa tem aparecido pouco e aproveitado menos do que deveria o fato de a Caixa ser uma das responsáveis por grandes vitrines do PT, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.

São justamente esses programas que animam o bloco do Centrão, que havia prometido, em conversas iniciais, indicar um nome técnico para assumir o lugar de Maria Rita Serrano.

Occhi é ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) e a Lira. O ex-ministro entraria no governo na cota do PP.

Fontes do Planalto disseram à reportagem que o nome de Occhi também agradou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Deputado Celso Sabino, do União Brasil, aceita convite de Lula para Ministério do Turismo

O deputado Celso Sabino (União-PA) aceitou o convite feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (13) para assumir o Ministério do Turismo.

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Lula se reuniu com Sabino no Palácio do Planalto e a nomeação será publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.

No último dia 6, o Planalto já havia informado a saída de Daniela Carneiro do comando do ministério e sua substituição por Sabino. O convite formal ao deputado, no entanto, ainda não havia sido feito.

O convite oficial coloca fim a uma novela que se arrastou por várias semanas.

O União Brasil vinha requisitando o posto por não identificar Daniela Carneiro como uma indicação partidária. Ela chegou a pedir desfiliação da legenda. O partido creditava a escolha de Daniela para a pasta à cota pessoal de Lula e avaliava que ela não representava o partido.

A troca ocorre num momento em que Lula busca abrir espaço no primeiro escalão do governo também para outros partidos, como o PP, do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o Republicanos, em busca de uma base mais sólida no Congresso.

Pacheco diz ter “muita convicção” de que reforma tributária será concluída este ano

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na quinta-feira (13) que o Congresso Nacional deve uma reforma tributária ao país e acrescentou ter “muita convicção” de que a medida será entregue até o final do ano.

Segundo Pacheco, as discussões sobre a matéria no Senado vão se iniciar nos primeiros dias de agosto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para depois ir ao plenário da Casa.

“Estimamos um prazo de dois, três meses, para o amadurecimento de todos os pontos que foram inseridos pela Câmara dos Deputados”, disse Pacheco a jornalistas.

“O Congresso, que fez tanto em matéria de reforma da Previdência, reforma trabalhista, reforma política, teto de gastos… Esse Congresso deve uma reforma tributária ao Brasil, e eu tenho muita convicção de que nós a entregaremos ainda este ano.”

A proposta de reforma tributária foi aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada e ainda precisa percorrer um longo caminho no Senado, onde governadores e setores econômicos tendem a ter mais poder de influência, e pode ser modificada. A matéria está entre as prioridades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O relator da reforma tributária no Senado será Eduardo Braga (MDB-AM), que afirmou após ser anunciado que “todos os debates e encaminhamentos prezarão pelo equilíbrio e bom senso, sem nunca esquecer aqueles que estão na ponta, os mais pobres e vulneráveis, e a urgência de reduzir as desigualdades regionais”.

TCU deve enviar raio-x de contas públicas para o relator da reforma tributária no Senado

Um dia após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) se encontrou com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Com apoio técnico do TCU para a tramitação da reforma tributária, Eduardo Braga deverá receber da instituição um raio-x completo das contas públicas.

O documento deve ajudar o Senado na análise da redação final do texto aprovado pela Câmara dos Deputados.

Desde que foi indicado para relatar a reforma tributária, Braga tem evitado antecipar eventuais mudanças na proposta aprovada pela Câmara.

Porém, uma das principais preocupações do senador tem sido assegurar que a prometida neutralidade da carga tributária seja mantida na proposta final.

“Realmente parece estranho, se um dos fundamentos da proposta é a simplificação tributária, no momento em que nós criamos o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), estamos fazendo a criação de um novo tributo com autonomia federativa para matéria-prima e semielaborados”, afirmou Braga.

Na conversa com Haddad, o senador reforçou o pedido para que os Ministérios da Fazenda e do Planejamento façam as simulações com o modelo aprovado pela Câmara, para saber se será mantida a mesma carga tributária que hoje é paga pelos contribuintes.

Na Bélgica, Lula participará de encontros de líderes progressistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitará sua viagem à Europa, no começo da próxima semana, para participar de um encontro internacional de líderes progressistas.

A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. Lula participa, na segunda (17) e na terça-feira (18), da cúpula entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Somados os dois blocos, serão 60 países participantes. A reunião de cúpula birregional, que ocorrerá em Bruxelas, capital da Bélgica, foi realizada pela última vez em 2015.

Paralelamente à cúpula, um encontro de líderes progressistas foi organizado por Stefan Löfven, ex-primeiro-ministro social-democrata da Suécia.

De acordo com a embaixadora Maria Luisa Escorel, secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, pelo menos nove chefes de Estado ou de governo são esperados no encontro dos progressistas.

Entre eles, além de Lula, estão Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), António Costa (Portugal) e Pedro Sánchez (Espanha). Também se aguarda a presença dos líderes de Alemanha, Dinamarca e República Dominicana.

Número de turistas estrangeiros no Brasil cresce 108% em 2023

O Brasil recebeu 2,97 milhões de turistas internacionais nos cinco primeiros meses de 2023. O número é 108% maior do que o registrado de janeiro a maio do ano passado. Segundo o Ministério do Turismo, o mês de maio foi um dos destaques: mais de 292,3 mil pessoas visitaram o país, o que representa aumento de 44,5% em relação ao mesmo mês em 2022.

A maior parte dos turistas internacionais veio da Argentina (1,24 milhões), dos Estados Unidos (271,1 mil) e do Paraguai (215,5 mil). Juntos, turistas dos três países formam quase metade dos estrangeiros que visitaram o Brasil. Entre os dos cinco primeiros, aparecem ainda o Chile (197,8 mil) e o Uruguai (184,9 mil).

Os destinos mais procurados no Brasil foram: Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Para a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, os números refletem as mudanças políticas que ocorrem no país. “Temos registrado recordes na entrada de visitantes internacionais, [o que é] fruto de diversas ações do governo, como a reaproximação do Brasil com o mundo e a nova imagem do país perante a sustentabilidade e a preservação ambiental. Isso tem nos consolidado como um destino promissor, oferecendo uma experiência única e inesquecível aos visitantes de todas as partes do mundo”, afirmou.

Sobre a movimentação da economia com o turismo, os números também mostram crescimento. No acumulado dos cinco primeiros meses, os turistas estrangeiros deixaram no país US$ 2,721 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões). O volume é 35,9% maior do que o obtido no mesmo período do ano passado.

Setor cervejeiro no Brasil cresce quase 12% em 2022

O setor cervejeiro no Brasil cresceu quase 12% no ano passado. Em todo o país, já são mais de 1.700 estabelecimentos. As informações fazem parte do anuário da cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. O estado de São Paulo tem o maior número de cervejarias registradas (387), seguido pelo Rio Grande do Sul (310) e Minas Gerais (222). Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas da China e Estados Unidos.

Neste ano, o volume de vendas no território nacional deve chegar a 16 bilhões de litros, 4,5% a mais em relação a 2022, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja. Segundo o presidente da entidade, a padronização de regras do setor contribuiu para esses resultados.

Esse mercado cada vez mais profissionalizado não é a única vantagem da expansão do setor no Brasil. É que a cerveja gera emprego e renda na localidade em que é feita. Em todo o país, essa cadeia produtiva é responsável por dois milhões de vagas diretas e indiretas.

Sem falar que, quanto menos a bebida viaja da fábrica ao consumidor, melhor a qualidade do produto. É o que explica Pedro Capozzi. A empresa dele produz, no Distrito Federal, 260 mil litros de cervejas artesanais por ano.

Além da qualidade, as cervejas brasileiras são inovadoras nos sabores e podem levar frutas vermelhas, castanha de baru, alecrim, tomate e até limão e cúrcuma, trazendo cada vez mais o estilo brasileiro para cerveja, uma bebida milenar.

Confiança dos empresários do Comércio cai 6,5% no 1º semestre, diz FecomercioSP

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) recuou 6,5% no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo semestre de 2022, informa Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em relação ao último semestre do ano passado, o ICEC contraiu 9,1%.

Entre as variáveis que compõem o índice, a avaliação das condições atuais caiu 7,3% no primeiro semestre, em relação ao mesmo de 2022, e das expectativas futuras caiu 6,7%. O índice de investimento (IIEC) recuou 5,3%.

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) também teve variação negativa no período, de 8,0%, com retração nas expectativas para contratação de funcionários (-10%) e para o nível de investimento das empresas (-5%). O Índice de Estoque (IE) caiu 4,7% e a proporção dos empresários que consideram adequada a situação dos estoques recuou de 59,2% no ano passado para 56,8% neste.

Venda de cimento atinge 30,3 milhões de toneladas no 1º semestre; queda de 1,8%, aponta SNIC

As vendas de cimento somaram 30,3 milhões de toneladas de janeiro a junho, o que significa queda de 1,8% nos seis primeiros meses de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). A previsão anual de crescimento para o setor gira em torno de 0% até 1%, refletindo a manutenção de cautela do segmento.

Quanto ao mês de junho, as vendas de cimento atingiram 5,3 milhões de toneladas, alta de 1,3% se comparadas ao mesmo mês do ano anterior. Ao analisar o despacho por dia útil, 2,284 mil toneladas foram comercializadas em junho, aumento de 1,4% ante o mesmo mês de 2022.

Segundo o SNIC, a persistência de uma taxa básica de juros em patamares altos continua dificultando o acesso ao crédito. Além disso, outros fatores, como o elevado nível de endividamento das famílias, a fraca demanda imobiliária, o baixo nível dos estoques de obras e menor quantidade de lançamentos seguem prejudicando o setor.

Apesar do cenário negativo registrado no primeiro semestre, o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna, avaliou que há indicativos que podem beneficiar o mercado de cimento no segundo semestre.

Penna destacou que os seis meses finais do ano costumam ser marcados por sazonalidade positiva para a construção, em decorrência de um menor volume de chuvas, impulsionando a realização de obras. Outro fator apontado pelo porta-voz diz respeito à projeção de queda na taxa Selic para 12% até o final do ano, o que permite melhores condições de crédito e consumo.

Corte dos juros é o primeiro passo para destravar indústria, dizem especialistas

A redução da taxa de juros é o primeiro passo para destravar o crescimento da indústria no Brasil, explicam analistas.

A percepção acontece em um momento de crescimento tímido na produção do setor, mas com uma confiança que já dá sinais de melhora no desempenho.

Na passagem de abril para maio, a produção industrial brasileira cresceu 0,3%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Enquanto isso, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), que prevê antecipar tendências do setor, registou um aumento de 1,1 ponto em junho, para 94 pontos, segundo o FGV Ibre.

Samuel Barros, doutor em administração e reitor do Ibmec no Rio de Janeiro, destaca que o resultado positivo da produção é uma consequência de uma recuperação, já que houve um recuo de 0,6% no mês anterior.

Mas o especialista reforça que esses “pequenos crescimentos” acontecem com frequência.

“Se olhamos para a média móvel, temos uma seta para cima, mesmo que essa curva de crescimento seja baixa”, explica. 

Para Barros, dado o atual cenário da indústria, o primeiro passo para melhorar o desempenho do setor é “resolver a queda de braço entre governo e Banco Central (BC) sobre a taxa de juros”.

Uma taxa de juros menor deve fazer com que a indústria enxergue o mercado consumidor de forma atraente e, consequentemente, aumente a sua produção, explica o reitor.

Varejo prevê demissões com isenção de impostos para compras online no exterior

Entidades do varejo preveem demissões no setor após o governo anunciar a isenção do imposto de importação para compras de até US$ 50 em varejistas no exterior, via internet.

Em nota, o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) classifica a resolução como uma “situação extremamente grave”.

“Essa medida está causando preocupação no setor, que se prepara para uma onda de demissões e fechamentos de lojas, penalizando as empresas nacionais, de todos os portes, que geram empregos formais e pagam seus impostos”, diz o IDV.

A medida entrará em vigor a partir de 1º de agosto, definida para pacotes enviados do exterior de pessoa jurídica para pessoa física.

Como contrapartida, as empresas deverão aderir ao programa de conformidade da Receita Federal e recolher tributos estaduais.

O instituto ressalta que o cenário representa “desigualdade”, uma vez que as compras realizadas em plataformas digitais serão tributadas em 17%, enquanto a indústria e o comércio terão a carga fiscal mantida, percentual que, segundo a entidade, varia de 80% a 130%.

“É inaceitável que o governo incentive a não conformidade do pagamento de impostos e puna as empresas que cumprem suas obrigações fiscais. Isso acaba incentivando o fechamento de empresas e a criação de empregos em outros países”, afirma a nota.

Setor de serviços supera expectativas em maio com impulso de transportes

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu bem mais do que o esperado em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com forte impulso do setor de transportes.

No período, o volume de serviços cresceu 0,9%, recuperando-se da queda de 1,5% vista em abril, superando com folga a projeção de economistas consultados pela Reuters de ganho de 0,3% no mês.

“A queda de abril já não dizia ou não mostrava uma inflexão dos serviços, e maio só confirma isso”, disse gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. “É um setor de serviços que segue crescendo, em um ritmo menor que em meses anteriores, mas o ritmo ainda é elevado em 2023; tem mais volatilidade, mas sem indício de reversão de trajetória.”

Em relação ao mesmo período do ano anterior, o volume de serviços avançou 4,7%, contra expectativa de taxa de 3,8%, o que segundo o IBGE marca a 27ª leitura em campo positivo.

Com esse resultado, o setor de serviços opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e apenas 2,0% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado.

“Adiante, esperamos que a atividade de serviços se beneficie de estímulos fiscais significativos, expansão da renda real do trabalho, redução da inflação e robusta renda agrícola”, disse Alberto Ramos, diretor de pesquisa macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina.

“No entanto, o enfraquecimento do impulso da reabertura econômica, as condições monetárias e financeiras domésticas apertadas, os altos níveis de endividamento das famílias, os baixos níveis de ociosidade econômica, a confiança ainda fraca do consumidor e das empresas e a reviravolta no ciclo de crédito podem gerar ventos contrários à atividade de serviços nos próximos meses.”

Vendas no varejo sobem 0,3% em junho, diz Cielo

A empresa de meios de pagamentos Cielo, maior do país, informou que as vendas no varejo nacional no mês passado cresceram 0,3% sobre o mesmo período de 2022 desconsiderando a inflação, segundo dados compilados pelo indicador ICVA.

Em termos nominais, as vendas de junho subiram 1,8%, segundo o índice, que acompanha a evolução de 18 setores da economia, formados por cerca de 1 milhão de varejistas entre pequenos lojistas e grandes grupos, conforme a Cielo.

Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação do varejo ampliado acumulada em 12 meses em junho foi de 1,5%, com desaceleração em relação ao índice registrado no mês anterior, afirmou a Cielo.

“Após dois meses de queda do varejo, o macrossetor de Bens Não Duráveis ajudou a impulsionar o resultado para um patamar positivo”, disse Carlos Alves, vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo, em comunicado à imprensa.

“Porém, é importante ressaltar que o macrossetor de Bens Duráveis e Semiduráveis, o principal responsável pelas quedas de abril e maio, ainda apresentou uma retração de 4,6%”, completa.

Segundo a empresa, um dos setores que mais contribuíram para essa queda foi o de Materiais de Construção.

Os dados foram divulgados um dia depois da rival Stone publicar que o volume de vendas no varejo nacional em junho recuou 4,2%, mas em termos sazonalmente ajustados mostrou estabilidade.

SELIC

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse na quinta-feira (13) que a redução da taxa Selic de seu patamar atual de 13,75% precisa ser iniciada com um corte de 0,5 ponto percentual pelo Banco Central, e não de 0,25 ponto percentual, como é amplamente previsto pelo mercado.

No Rio de Janeiro, Tebet afirmou ainda que os dois novos diretores do BC indicados pelo governo federal, Gabriel Galípolo e Ailton Aquino, serão “vozes” favoráveis à redução dos juros e que o nível alto da taxa Selic está prejudicando o setor de varejo.

Na ata de sua última reunião de política monetária em junho, o BC sinalizou que a maioria dos membros do seu Comitê de Política Monetária (Copom) vê a possibilidade de iniciar um afrouxamento “parcimonioso” em agosto, desde que um cenário de inflação mais benigno se consolide.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (17), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 12,00%, ante 12,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

A Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,93% no mês de junho.

Após registrar queda de 1,84% em maio, o índice continuou em desaceleração acumulando taxa de -4,46% no ano e -6,86% no acumulado de 12 meses.

O IGP-M é usado como base para reajuste da maior parte dos contratos de aluguéis e o percentual registrados nos 12 meses anteriores é aplicado aos contratos que vencem no mês de maio.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (17), a projeção para o IGP-M ficou em -2,69%, ante -2,64% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Apesar da melhora no índice cheio de inflação e na média dos núcleos, que distinguem movimentos transitórios nos preços das alterações persistentes, o IPCA-EX3, que tem maior ligação com a ociosidade da economia, vem desacelerando mais devagar. O índice é acompanhado para decisões da política monetária e compreende, segundo o Barclays, cerca de 37% da cesta do IPCA. O EX3 desacelerou de 0,44% em maio para 0,42% em junho. Em 12 meses, foi de 8% para 7,4%, acima da média dos cinco principais núcleos, que passou de 6,7% em maio para menos de 6%. Em junho de 2022, atingiu 10,5%. O IPCA, por sua vez, foi de 3,9% para 3,2%, ficando, ao menos temporariamente, dentro da meta de inflação para 2023, de 3,25%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (17), os economistas mantiveram as estimativas do IPCA para 4,95%, ante 4,95% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 1,2% para 2,1%, de acordo com o Informe Conjuntural da entidade, referente ao segundo trimestre do ano, divulgado na quinta-feira (13). A projeção para o PIB industrial é de uma alta de 0,6% no ano, mas o produto interno bruto específico da indústria de transformação deve recuar 0,9%.

“A expansão de 2,1% é relevante, mas se isolarmos o resultado da agropecuária, o ritmo de crescimento do Brasil desacelerou. A indústria enfrenta os efeitos dos juros altos, com restrição no crédito bancário, o que vemos penalizar tanto empresários quanto consumidores. Além disso, o setor de serviços, que acumulou avanços expressivos desde 2020, também agora se encontra em movimento de desaceleração”, disse Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (17), a projeção para o PIB ficou em 2,24%, ante 2,19% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (10), o Ibovespa fechou em queda, com varejistas entre as maiores quedas, entre elas Lojas Renner, que caiu mais de 6%, enquanto Ambev figurou entre os destaques positivos, embora tenha encerrado distante da máxima da sessão. O índice Ibovespa teve queda de 0,8%, a 117.942,44 pontos. O volume financeiro somou R$ 18 bilhões.

Na terça-feira (11), o Ibovespa fechou em queda, pressionado particularmente pelo recuo das ações de Itaú Unibanco e Petrobras, mas distante da mínima em meio ao forte avanço dos papéis da Vale, com agentes financeiros também analisando no dia a primeira deflação em nove meses do IPCA. O índice Ibovespa teve queda de 0,61%, a 117.219,95 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,3 bilhões.

Na quarta-feira (12), o Ibovespa fechou em alta, distante da máxima do dia, com pregão marcado por salto de JBS após retomar planos de listar suas ações em Nova York e dados de inflação dos Estados Unidos corroborando expectativas de que o Federal Reserve pode estar perto de encerrar o ciclo de alta dos juros. O índice Ibovespa teve alta de 0,09 %, a 117.666,49 pontos. O volume financeiro somou R$ 55,5 bilhões.

Na quinta-feira (13), o Ibovespa fechou em alta, com Cyrela capitaneando os ganhos após prévia operacional robusta no segundo trimestre, enquanto dados de inflação nos Estados Unidos reforçaram expectativas de que o ciclo de aperto monetário do Federal Reserve acabará em breve, endossando apetite a risco. O índice Ibovespa teve alta de 1,36%, a 119.263,89 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,7 bilhões.

Na sexta-feira (14), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,70%, a 118.433,08 pontos. Marcada por nova alta dos futuros do minério de ferro na China, enquanto agentes financeiros acompanham também o começo da temporada de balanços nos Estados Unidos. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,31%, a 117.698,97 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,5 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (14), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,20%, cotado a R$ 4,7999 na venda. Ganhando algum fôlego após fortes perdas recentes, com o foco de investidores seguindo sobre a perspectiva de juros do Federal Reserve, agora mais otimista devido ao arrefecimento da inflação nos Estados Unidos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (14) cotado a R$ 4,7950, com a moeda norte-americana encontrando certo suporte no noticiário dos EUA, onde dados reforçaram apostas de que o Federal Reserve pode promover dois aumentos de juros até o fim do ano.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
17/07/2023