Cenário Econômico Nacional – 18/09/2023

Cenário Econômico Nacional – 18/09/2023

Cenário Econômico Nacional – 18/09/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado volta a melhorar perspectiva para PIB e vê crescimento de 2,64% este ano

O mercado voltou a melhorar a perspectiva para o crescimento da economia brasileira neste ano, ainda na esteira de dados melhores do que o esperado no segundo trimestre, mostrou na segunda-feira (11) a pesquisa Focus realizada pelo Banco Central.

O levantamento mostrou que os analistas consultados veem agora uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,64% neste ano, contra 2,56% na semana anterior.

O IBGE divulgou no início do mês que a economia brasileira cresceu 0,9% no segundo trimestre em comparação com os três meses anteriores, em resultado acima do esperado que desencadeou revisões nas projeções para o PIB.

O cenário para 2024 também melhorou, com a expansão do PIB agora calculada em 1,47%, de 1,32% antes.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou ainda pequenos ajustes nas contas para a inflação. A alta do IPCA passou agora a ser calculada em 4,93% e 3,89% em 2023 e 2024 respectivamente, de 4,92% e 3,88% antes.

Para 2025 e 2026 a inflação é estimada em 3,50%, sem alterações.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a perspectiva para a política monetária segue sem alterações.

A taxa básica de juros Selic deve terminar este ano a 11,75% ante os atuais 13,25%, com corte de 0,5 ponto percentual esperado para a reunião de setembro do Comitê de Política Monetária. Para 2024 a taxa é calculada em 9,0%.

Pix já atendeu 71 milhões de brasileiros desde o lançamento, diz Banco Central

Entre a data de implementação e dezembro de 2022, o sistema Pix atendeu 71 milhões de brasileiros, segundo dados do BC (Banco Central). Lançado em novembro de 2020, o método de transferência tem forte adesão em Estados onde agências bancárias têm reduzido as operações presenciais.

A região Nordeste conta com o maior número de agências que encerraram suas atividades nos últimos anos. Segundo o BC, só 40% das cidades nordestinas apresentam o serviço. Em contrapartida, desde a chegada do Pix na região, as transações bancárias registram números cada vez maiores.

Foram R$ 2,9 bilhões de operações só em dezembro de 2022. Um ano antes, o valor era de R$ 1,4 bilhão. Enquanto isso, as transações acumularam um total de R$ 1,2 trilhão no último mês de 2022. O número é 67% maior do que o registrado em dezembro de 2021.

Já a região Norte se destaca pelo número de transações econômicas. A região tem uma média de 19 operações por pessoa. Amazonas e Amapá são os Estados com maior número de Pix efetuados. Eles somam, respectivamente, 26 e 24 transações por morador.

Em 20 unidades federativas, mais de 70% dos adultos utilizam o Pix. Roraima e o Distrito Federal têm o maior registro: mais de 90% da população adulta conta com o método de transferência. Maranhão e Piauí têm a menor taxa. Mesmo assim, o valor ainda fica acima de 60% nos 2 Estados.

IPCA: Inflação ao consumidor sobe 0,23% em agosto, aponta IBGE

A inflação oficial do país medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,23% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (12). 

As projeções consensuais compiladas pelo Investing.com indicam uma alta anual de 4,69%, longe da mínima de 33 meses registrada em junho (+3,16%).

Dessa forma, a inflação acumula alta de 3,23% no ano. O IPCA atingiu 4,61% em doze meses.

Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram elevação no mês passado.  O maior impacto positivo (0,17 ponto percentual) e a maior variação (1,11%) vieram do grupo de habitação. Destacam-se, ainda, as altas de saúde e cuidados pessoais (0,58%) e transportes (0,34%). Pelas quedas, o grupo alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85%).

Do lado das quedas, os destaques ficam com os grupos de habitação e alimentação e bebidas. Os demais grupos ficaram entre o -0,24% de vestuário e o 0,38% de despesas pessoais.

A principal influência no resultado de agostos veio de habitação, com destaque para os preços da energia elétrica residencial, com alta de 4,59% e impacto de 0,18 ponto percentual no índice geral.

Itaú melhora projeções de crescimento do Brasil para 2023 e 2024

O Itaú melhorou seus prognósticos para o crescimento econômico do Brasil neste ano e no próximo, na esteira de dados mais fortes do que o esperado sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.

Agora, o banco espera que a economia nacional avance 2,9% em 2023, contra prognóstico anterior de 2,5%, e 1,8% em 2024, ante expansão de 1,5% projetada antes.

“Diante da surpresa positiva do segundo trimestre, revisamos nossa projeção para o PIB 2023. O bom desempenho do mercado de trabalho deve continuar sustentando o consumo das famílias nos próximos meses, compensando o fraco desempenho dos investimentos”, disse o Itaú em relatório assinado por seu economista-chefe, Mario Mesquita.

Já para o ano que vem, “a continuidade do processo de redução da taxa de juros e a resiliência da renda disponível devem ajudar a economia a crescer próximo do seu potencial”, de acordo com o relatório.

O Itaú manteve expectativa de que a taxa de desemprego ficará em 8% em 2023 e 2024.

Em meio a sinais de preços de serviços mais benignos, o Itaú também reduziu ligeiramente suas estimativas para a inflação deste ano e do próximo, a, respectivamente, 4,9% e 4,1%, contra 5,1% e 4,3% antes.

“Ao longo do ano, o processo de desinflação tem sido liderado por itens comercializáveis (na esteira da normalização dos estoques e da queda de preços de commodities em reais), mas as últimas leituras mostraram alívio maior também de não comercializáveis (serviços).”

Nesse contexto, embora acredite que o Banco Central seguirá reduzindo os juros em doses de 0,50 ponto percentual no curto prazo, “a dinâmica mais benigna da inflação de serviços, bem como a esperada desaceleração da atividade econômica (que deverá ficar mais evidente ao longo da segunda metade do ano), devem permitir aceleração do ritmo de cortes a partir da reunião de dezembro”, afirmou o Itaú.

Inflação medida pelo INPC fica em 0,2% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve inflação de 0,2% em agosto deste ano. A taxa é superior às observadas no mês anterior e em agosto do ano passado, que haviam registrado deflações (quedas de preço) de 0,09% e 0,31%, respectivamente.

O INPC acumula taxas de inflação de 2,8% no ano e de 4,06% em 12 meses. Portanto, o indicador apresenta taxas inferiores às apuradas pelo IPCA, que mede a inflação oficial e que apresentou altas de 0,23% em agosto deste ano, 3,23% no acumulado do ano e 4,61% em 12 meses.

A inflação de agosto do INPC foi puxada pelos produtos não alimentícios, que subiram 0,56% no mês, depois de uma inflação de 0,07% em julho. Já os alimentícios tiveram deflação ainda mais acentuada em agosto (-0,91%) do que no mês anterior (-0,59%).

Governo teve déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto

As contas do governo central tiveram déficit primário de R$ 25,7 bilhões em agosto deste ano, segundo estimativa divulgada na quarta-feira (13) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O déficit existe quando as despesas superam as receitas.

Em agosto, por exemplo, as receitas líquidas do governo central somaram R$ 134,6 bilhões, enquanto as despesas chegaram a R$ 160,3 bilhões.

O déficit de agosto deste ano foi 51,2% inferior ao observado em agosto de 2022, que havia sido de R$ 52,7 bilhões.

No acumulado deste ano, o déficit chega a R$ 102,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, o governo central acumulava superávit R$ 26,3 bilhões.

Fitch eleva projeção de crescimento do PIB do Brasil para 3,2% em 2023

A Fitch Ratings elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano, de 2,3% para 3,2%, como resultado da resiliência do consumo em meio a força do mercado de trabalho, maiores gastos sociais e aumento do salário mínimo.

Esses fatores ajudam a mitigar os efeitos do aperto monetário e de um nível de investimentos mais fraco, segundo a agência, em relatório trimestral de perspectivas globais.

O desempenho econômico no segundo trimestre foi surpreendente, apesar da base muito forte nos três primeiros meses do ano, conforme a análise.

A instituição, por outro lado, manteve expectativa de desaceleração da atividade em 2024, a uma expansão de 1,3%, diante da normalização da produção agrícola e da estabilização da demanda doméstica.

Já para 2025, a projeção é de uma elevação de 2,1% do PIB brasileiro.

“O impulso fiscal se tornará negativo, à medida que as autoridades buscam cumprir consolidação prevista no seu novo quadro fiscal, mas a flexibilização da política monetária e outras medidas políticas (por exemplo, o programa de alívio a devedores ‘Desenrola’) devem fornecer apoio de compensação à demanda”, prevê.

Confiança da indústria cai pela primeira vez em cinco meses

Pela primeira vez em cinco meses, os industriais estão menos confiantes em relação à economia. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu para 51,9 pontos em setembro, queda de 1,3 ponto em relação aos 53,2 pontos registrados em agosto.

Apesar da queda, o indicador continua acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. O índice, no entanto, mantém-se abaixo da média histórica de 54,1 pontos.

De acordo com a CNI, o principal motivo para a queda foi a avaliação negativa sobre o momento atual da economia brasileira. Um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais, que mede a percepção atual sobre a economia e a própria empresa, ficou estável em 47,3 pontos. Abaixo da linha de 50 pontos desde janeiro, o indicador vinha se recuperando nos próximos meses, mas a alta foi interrompida.

O Índice de Expectativas, que mede as perspectivas para os próximos seis meses, caiu dois pontos, para 54,2 pontos. Esse indicador é dividido em duas partes. A previsão positiva para a própria empresa caiu de 58,6 pontos, em agosto, para 57,2 pontos em setembro, indicando manutenção da confiança. A previsão para a economia, no entanto, deteriorou-se, passando de 51,5 pontos para 48,2 pontos, ficando abaixo da linha que separa o otimismo do pessimismo.

Segundo a CNI, os movimentos indicam reversão parcial em relação ao avanço das expectativas em agosto. Para a entidade, o Icei mostra um movimento de acomodação após o corte da Taxa Selic (juros básicos da economia) promovido pelo Banco Central no início do mês passado. A pesquisa foi realizada com 1.494 empresários entre 1º e 11 de setembro.

Mercado piora projeção de déficit primário em 2023, mas vê rombo menor em 2024, mostra Prisma

Participantes do mercado financeiro passaram a esperar um resultado primário pior para este ano, em meio à perspectiva de uma arrecadação mais baixa, mas melhoraram o prognóstico para o rombo de 2024, mostrou um relatório do governo.

O boletim Prisma de setembro, publicado pelo Ministério da Fazenda, mostrou expectativa mediana de que o Brasil registre em 2023 resultado primário negativo em 106,507 bilhões de reais, ante 104,603 bilhões estimados no relatório anterior.

Para o ano que vem, no entanto, houve uma revisão na estimativa de déficit a 83,016 bilhões de reais, contra 84,826 bilhões esperados anteriormente.

No que diz respeito à arrecadação das receitas federais, considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal, a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de 2,349 trilhões de reais neste ano, abaixo dos 2,351 trilhões previstos no boletim anterior.

Por outro lado, para 2024, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,533 trilhões de reais, de 2,505 trilhões antes, melhora que vem em meio a esforços da equipe econômica do governo para ampliar as receitas e tentar cumprir o objetivo de déficit zero no ano que vem, ainda que sob o ceticismo de muitos participantes do mercado.

O mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 76,12% do PIB neste ano e a 79,11% do PIB no próximo, mostrou o Prisma. Em agosto, a expectativa era de endividamentos de 76,19% e de 79,15%. O movimento veio após a divulgação de dados mostrando que a economia cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre, o que levou a revisões para cima das estimativas para o PIB.

Houve ligeiro recuo na expectativa mediana de despesa do governo federal deste ano, a 2,021 trilhões de reais, contra 2,022 trilhões anteriormente. Para o período seguinte, no entanto, a projeção aumentou a 2,172 trilhões, frente a 2,163 trilhões na leitura de agosto.

Para 2023, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 1,920 trilhão de reais, ante 1,921 trilhão no último Prisma. Já para 2024, a expectativa melhorou a 2,083 trilhões de reais, de 2,076 trilhões antes.

Vendas no varejo do Brasil crescem 0,7% em julho sobre mês anterior, diz IBGE

As vendas do varejo brasileiro cresceram 0,7% em julho na comparação com junho de 2023, após ficar estável no mês anterior.

Com isso, a média móvel trimestral, depois de registrar recuo de 0,2% no trimestre encerrado em junho, variou 0,1% no trimestre entre maio e julho.

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma alta de 2,4%, segunda alta consecutiva nessa comparação. No acumulado do ano até julho (ante o mesmo período do ano anterior) foi de 1,5%. Já o acumulado nos últimos doze meses foi a 1,6%.

Os resultados vieram acima do esperado pelo mercado, que calculava uma alta de 0,5% na comparação mensal, e de 2% na anual, conforme a mediana das estimativas da Bloomberg.

O crescimento vem após três meses registrando resultados próximo de zero, destaca Cristiano Santos, gerente da pesquisa.

“Assemelha-se a março, em termos de patamar, pegando esse cenário de estabilidade, mas ainda não é o caso de um crescimento pronunciável”, ressalta.

Com o resultado de julho, o comércio varejista do país está 2,2% abaixo do nível recorde da série, de outubro de 2020.

Lula teve 7 encontros bilaterais às margens do G20

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou 7 reuniões bilaterais durante sua participação na cúpula de líderes do G20, realizada em Nova Délhi, na Índia.

De acordo com o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), no encontro com o presidente da França, Emmanuel Macron, e na reunião com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, Lula tratou do avanço no acordo entre Mercosul e União Europeia.

Com o líder francês, o presidente também discutiu intercâmbios culturais e científicos. Macron também comunicou que vem ao Brasil no início de 2024.

Já no encontro com o líder indiano, Narendra Modi, Lula conversou sobre o comércio entre os 2 países, realização de fóruns empresariais entre os 2 países e o lançamento de uma parceria na área de aviação espacial.

Eis os nomes das autoridades com quem Lula teve reuniões durante a cúpula do G20:

  • Emmanuel Macron, presidente da França;
  • Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia;
  • Charles Michel, presidente do Conselho Europeu;
  • Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita;
  • Mark Rutte, presidente da Holanda;
  • Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia;
  • Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia;
  • Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, presidente do Egito.

TRF-4 reconhece suspeição de substituto de Moro na Lava Jato e anula decisões

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reconheceu a suspeição do juiz federal Eduardo Appio em todos os casos envolvendo a Operação Lava Jato e determinou a nulidade de todas as decisões dele referentes à força-tarefa.

O entendimento da 8ª Turma da corte, firmado por unanimidade, se baseou na argumentação feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes quando declarou a suspeição do então juiz Sergio Moro para processos da Lava Jato envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Appio já está afastado do cargo de juiz federal da Lava Jato desde maio. Ele sofre investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ameaçar o filho de desembargador.

Procurada pela CNN, a defesa de Appio informou que não vai comentar o assunto.

O juiz federal Eduardo Appio foi afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, e da responsabilidade pelos processos da Operação Lava Jato, em maio, após determinação do conselho TRF-4.

O magistrado era titular da 13ª Vara Federal em Curitiba desde o dia 8 de fevereiro deste ano, ou seja, estava há menos de quatro meses no cargo.

O TRF-4 tem sede em Porto Alegre e jurisdição nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com turmas regionais descentralizadas em Florianópolis e Curitiba.

Justiça anula presidência de Eduardo Leite à frente do PSDB

O TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) declarou a nulidade da 2ª prorrogação da Comissão Executiva Nacional do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e determinou que o partido realize novas eleições em até 30 dias.

Com a decisão, o atual presidente do partido, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, deve deixar o cargo. O tucano exercia a função desde janeiro deste ano. Foi anunciado em novembro de 2022. A determinação é da juíza Thaís Araújo Correia, da 13ª Vara Cível de Brasília.

Na decisão, o TJDFT ainda reconheceu como nulas as decisões da Comissão Executiva Nacional com vigência de 1º de junho de 2022 a 1º de junho deste ano.

Outros governadores que fazem parte da comissão da legenda, como Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, também devem deixar os cargos. Ambos são vice-presidentes do PSDB Nacional. A próxima eleição da sigla estava marcada para novembro.

Procurada pelo Poder360, a assessoria de imprensa do PSDB disse que Eduardo Leite continuará na presidência da legenda até a realização da convenção. O partido também afirmou que aguarda ser notificado para recorrer da decisão.

A determinação do tribunal atendeu ao pedido apresentado pelo prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando (PSDB). Ele argumentou que a escolha dos nomes para compor a Comissão Executiva Nacional do partido foi feita “em desacordo com as normas estabelecidas no Estatuto da Agremiação”.

No entendimento da juíza Thaís Araújo Correia, com base no artigo 21 do estatuto do partido, a prorrogação do mandato só pode ser feita “uma única vez, pelo prazo máximo de 1 ano” e que o PSDB tentou atribuir “uma interpretação extensiva” ao trecho do documento “de modo a autorizar prorrogações ilimitadas”.

Relator da LDO espera definição de variáveis ao Orçamento de 2024 para apresentar parecer

O relator do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso Nacional, deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), pretende esperar a definição de variáveis ao orçamento da União de 2024 para apresentar o parecer final.

Ele afirma ser preciso conhecer os parâmetros necessários para o direcionamento e a elaboração do orçamento do ano que vem.

Por exemplo, o patamar da taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) na semana que vem, uma ideia melhor da inflação no país e a votação de projetos encampados pelo governo federal para aumentar a arrecadação.

Neste último caso, por exemplo, os projetos para taxar empresas de apostas esportivas e rendimentos obtidos por offshores em paraísos fiscais. Há dúvidas se o governo vai conseguir aprovar os textos a ponto de manter o aumento de arrecadação previsto.

A aprovação do novo marco fiscal, que vai substituir o teto de gastos, no Congresso foi um ponto importante para se desenhar o orçamento de 2024. Mas, ainda, insuficiente sozinho para fechar o desenho das contas públicas.

Forte disse que há um entendimento com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, de se segurar o projeto da LDO nesse sentido. Disse também que não quer fazer um “orçamento fictício”, sobretudo pelo perfil cada vez mais impositivo, obrigatório, das contas públicas.

Deputado Adolfo Viana confirma que tributação sobre empresas do setor de apostas ficará em 18%

O relator do projeto de lei que regulamenta a tributação das apostas esportivas online, deputado e líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), disse que vai manter em 18% a taxação sobre as empresas do setor, exatamente como previu a medida provisória editada pelo governo federal, como mostrou o Broadcast Político. Ele também incluiu a taxação, com a mesma alíquota, sobre os cassinos virtuais. O texto será divulgado e votado na quarta-feira (13) em plenário.

O parlamentar havia cogitado a possibilidade de reduzir a alíquota, mas a maioria dos líderes pediu que ela ficasse inalterada, até para que o valor fosse repartido atendendo a todos os interesses da Casa. A divisão dos 18% ainda está sendo estudada pelo relator.

A medida provisória publicada pelo governo federal no dia 25 de julho determina que as empresas, conhecidas como “bets”, sejam taxadas em 18% sobre a receita bruta dos jogos subtraídos os prêmios pagos aos apostadores, o chamado GGR (gross gaming revenue, na sigla em inglês).

De acordo com a MP, a arrecadação gerada pela taxação sobre os operadores será dividida da seguinte maneira: 10% de contribuição para a seguridade social; 0,82% para educação básica; 2,55% ao Fundo Nacional de Segurança Pública; 1,63% aos clubes, como contrapartida à cessão do nome; e 3% ao Ministério do Esporte, totalizando os 18%. A pasta do Esporte foi, inclusive, entregue ao líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), como parte das negociações do governo com o Centrão.

Como antecipou o Broadcast Político, Adolfo vai destinar parte da arrecadação advinda da taxação de casas de apostas esportivas aos cofres do Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino (União Brasil-PA). O porcentual ainda não foi definido. Uma possibilidade estudada seria destinar 3% ao Ministério, sendo 1% para Embratur.

Governo autoriza antecipação para compensar R$ 10 bilhões do ICMS para estados e municípios

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o governo autorizou a inclusão de medidas para mitigar a queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para os municípios brasileiros. Serão antecipados cerca de R$ 10 bilhões de compensação do ICMS. Desses, R$2,5 bilhões são destinados aos municípios. A ideia é que o valor seja liberado ainda este ano, mas depende ainda do aval do Congresso Nacional.

Segundo ele, a queda é resultante de medidas adotadas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). O Projeto de Lei Complementar (PLP) 136, enviado em maio ao Congresso, já trata da compensação do ICMS. Serão incluídas nele a antecipação dessa compensação de 2024 para compensar já neste ano. “O que significa cerca de R$10 bilhões de compensação do ICMS, como isso cerca de 25% disso vai para os municípios, isso significa uma compensação de R$2,5 bilhões a mais para os municípios brasileiros com essa medida”, explicou o ministro Padilha.

O projeto incluirá, também, um artigo que garanta a compensação da queda do FPM dos meses de julho, agosto e setembro. “Isso representa cerca de R$ 2,3 bilhões. Ou seja, vai ter uma parcela extra do governo federal que compensa essa queda dos últimos três meses, ajudando os municípios a tocar suas ações na área da saúde e habitação”, detalhou.

Novo ministro de Portos e Aeroportos diz que pasta deve trabalhar pela não privatização do porto de Santos

O novo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o desejo da pasta sob sua gestão será trabalhar pela não privatização do porto de Santos, destacando que o local é rentável.

“O porto de Santos, o nosso desejo é de trabalhar pela não privatização, mas vamos dialogar com o setor produtivo. Decisão portuária de privatização é uma decisão de governo”, disse o ministro a jornalistas após tomar posse no cargo.

Ele destacou que o porto tem quase R$ 3 bilhões em caixa e que vai liderar a maior obra do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a construção do túnel Santos-Guarujá.

A declaração de Costa Filho, filiado ao Republicanos, contraria a posição de um dos principais nomes de seu partido, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que tem defendido a privatização do porto desde o início de seu mandato em janeiro deste ano.

Aprovação do governo Lula sobe para 55%, diz pesquisa Ipespe

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu 4 pontos percentuais, de 51% para 55%, segundo a última pesquisa Ipespe, contratada pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

O número de 55% de aprovação é o maior desde o começo do governo. Em fevereiro, a aprovação do petista era de 51%.

Os que desaprovam o governo Lula somam 38%, uma oscilação negativa de dois pontos em relação a junho, quando estava em 40%. O menor nível, no entanto, foi na primeira pesquisa, de fevereiro, quando 36% desaprovavam o governo.

A porcentagem dos que não sabem ou não responderam à pesquisa oscilou para 7% contra 9% em junho. Em fevereiro, o número era de 13%.

A maior aprovação do governo é no Nordeste (65%) e a pior, no Norte (43%). A maior desaprovação é no Centro-Oeste (45%) e a menor, no Nordeste (27%). No Sudeste, 54% aprovam o governo, contra 40% que desaprovam. No Norte, 43% aprovam e 44% desaprovam. No Sul, 49% aprovam e 44% desaprovam.

A pesquisa Ipespe aponta que 59% dos entrevistados que recebem até dois salários mínimos aprovam o governo, ante 33% dos que desaprovam. Entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, 53% aprovam e 40% desaprovam. 52% dos que recebem mais de cinco salários mínimos aprovam o governo, contra 43% que desaprovam.

Haddad cita pressão de gastos e diz que país não pode crescer menos que média mundial

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não pode crescer menos do que a média mundial e que o governo sofre pressão de gastos “para todo lado” e, por isso, a pasta tem mapeado todos os riscos, para que eles não gerem consequências econômicas.

Durante evento em São Paulo, que reuniu alguns dos maiores empresários do país, Haddad afirmou que um dos trabalhos de um “governo sério” é sempre localizar os riscos fiscais. “A gente mapeia até os riscos judiciais”, pontuou o ministro.

“Não estou dizendo que todos os riscos estão ultrapassados. Temos que olhar o dia todo para os riscos que existem”, disse.

O equilíbrio fiscal é um dos principais desafios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta para o Orçamento de 2024, encaminhada pelo governo ao Congresso, prevê resultado fiscal zero no próximo ano, uma meta que tem sido vista com ceticismo por parte do mercado, em função da necessidade de elevação de receitas.

“Temos que olhar para a qualidade do que se gasta, para o retorno do que se gasta”, acrescentou em outro momento.

O ministro também voltou a defender que não existe uma política monetária desvinculada da política fiscal, mas sim uma “política econômica”.

No evento, Haddad demonstrou otimismo não apenas em relação ao controle fiscal, mas também quanto à capacidade de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos anos.

Lula deixa o Brasil rumo a cúpula em Cuba e à Assembleia da ONU, nos EUA

Menos de uma semana depois de participar, na Índia, de um encontro do G20, a agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inclui ida a Cuba, para a Cúpula de Líderes do G77+China na sexta-feira (15), e para os Estados Unidos, onde participará da abertura da 78ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Os eventos acontecem nos dias 15 e 16 em Havana e dia 19 em Nova York.

O encontro em Cuba terá como tema “os desafios atuais para o desenvolvimento, papel da ciência, da tecnologia e da inovação”.

Os temas oficiais serão aquecimento global, ciência e tecnologia. O evento contará com a participação de mais de cem delegações diplomáticas e governamentais de alto nível da África, Ásia, América Latina e Caribe.

Na próxima segunda-feira (17), com o fim do G77+China, o presidente segue para Nova York.

A Assembleia Geral é um dos principais órgãos da ONU, reunindo todos os 193 países que hoje são membros da organização e tradicionalmente o Brasil abre a sessão, sendo seu chefe de Estado o primeiro a pronunciar seu discurso no que é chamado “Debate Geral”.

O presidente aproveitará a oportunidade para ter uma série de encontros. Lula irá se encontrar com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, além de outros chefes de Estados.

O tema proposto para essa sessão é “reconstruir a confiança e reavivar a solidariedade global, acelerando a Agenda 2030 e seus objetivos de desenvolvimento sustentável rumo à paz, à prosperidade, ao progresso e à sustentabilidade para todos”.

Outro evento previsto para essa viagem aos EUA é o lançamento da iniciativa entre o presidente Lula e o presidente estadunidense, Joe Biden, na área dos direitos trabalhistas, propondo uma participação de todos os países que tenham interesse. Será uma iniciativa global Lula-Biden para o avanço destes direitos na economia do século 21.

Ao todo, a comitiva brasileira para os EUA deve ser integrada por 24 congressistas, incluindo os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Planos de saúde devem R$ 2,3 bilhões a hospitais privados

Os hospitais privados do Brasil entraram em uma fase delicada na relação com os planos de saúde. Levantamento feito pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) com 48 instituições mostra que os planos devem a esses hospitais cerca de R$ 2,3 bilhões.

O valor estimado é só um escopo de um problema que é muito maior, já que no país existem 3.800 hospitais privados e a pesquisa foi realizada só com 48. Ao Poder360, o diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto, disse que os planos estão empurrando um problema para os hospitais que é sistêmico.

“Tentar empurrar para um outro setor só agrava o problema. Se quisermos resolver, precisamos promover a prevenção da saúde. Precisamos mexer na regulamentação dos planos de saúde. Oferecer planos que atinjam quem não trabalha com carteira assinada”, declarou.

Britto explica que essa crise não é causada em decorrência da pandemia e seus desdobramentos, mas sim porque a população brasileira está envelhecendo e está “envelhecendo mal”.

“Estamos aumentando a conta da saúde por estar falhando na prevenção”, afirmou o diretor-executivo.

Os planos devem hoje por atendimentos realizados de janeiro a julho de 2023 em pacientes de emergência ou que receberam atendimento autorizado pelas operadoras. Há uma dificuldade dos hospitais em notificar os planos por série de burocracias criadas por eles, segundo a Anahp.

O valor devido pelas operadoras representa 16% do faturamento total dos hospitais no período de janeiro a julho. Britto disse que depois de notificar os planos de saúde, os hospitais têm enfrentado contestações por parte das operadoras, que acabam realizando a glosa das contas, quando uma operadora não efetua o pagamento de algum item da conta hospitalar de um paciente. Esse mecanismo aumentou 3 vezes neste ano.

Segundo o levantamento da Anahp, o prazo de recebimento das faturas subiu do prazo de 50 a 60 dias para 100 a 120 dias. “A pesquisa mostra que o problema está tomando uma dimensão gigantesca”, afirmou Britto.

Semana de 4 dias é um projeto de produtividade, diz diretora da empresa que lidera iniciativa no Brasil

O projeto de uma semana de trabalho de quatro dias tem como objetivo aumentar a produtividade no espaço de trabalho, explica Renata Rivetti, especialista em Felicidade Corporativa e diretora da Reconnect Happiness at Work, à CNN.

A empresa vai encabeçar as primeiras pesquisas qualitativas e quantitativas sobre uma semana de trabalho de quatro dias no Brasil, parceria com a 4 Day Week Global e o Boston College.

Rivetti explica que a ideia de uma semana de quatro dias surgiu de um empresário na Nova Zelândia, que começou a testar a prática de uma semana mais curta com os seus funcionários, e avaliou os indicadores a partir de medidas próprias.

“A nossa sociedade está trabalhando muito, mas não tem apresentado bons indicadores de produtividade nem de saúde mental. Esse projeto quer ampliar a discussão e encontrar novos caminhos e formas de trabalhar mais produtivas”, coloca a especialista.

Por enquanto, o projeto no Brasil é considerado um benefício na carteira de trabalho dos funcionários que aderiram ao processo.

Empresários têm alta de custos e falta de clientes em julho

Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios mostra que 33% dos pequenos negócios indicaram a falta de clientes como a principal dificuldade da empresa, em julho. O levantamento foi realizado pelo Sebrae com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O presidente do Sebrae, Décio Lima, atribuiu o resultado ao nível de endividamento das famílias, o que estaria reprimindo o consumo. “Acreditamos que o programa Desenrola, do governo federal, deve reativar a disposição dos brasileiros de voltarem a comprar, reaquecendo a economia”, completou.

Outros 32% disseram que o maior problema é o aumento dos custos, como preço das mercadorias, combustíveis, aluguel e energia. Apesar desse cenário, o Sebrae afirma que os pequenos negócios têm resistido em repassar o aumento para os clientes.

Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados relataram que a empresa teve aumento dos custos nos últimos 30 dias. Em julho, 51% dos micro e pequenos empresários mantiveram os preços de seus produtos e serviços, enquanto só 8% passaram adiante, na integralidade, o aumento das despesas para seus clientes.

A pesquisa mostrou também que 31% dos pequenos negócios tiveram alta em seu faturamento, enquanto 37% afirmaram que diminuiu.

Segundo o levantamento, 25% dos micro e pequenos empreendedores estão com dívidas em atraso. O resultado indica uma tendência de queda, iniciada em janeiro. Apesar desse cenário, a pesquisa mostrou que para 56% dos pequenos negócios, as dívidas representam 30% ou mais dos custos mensais da empresa.

A pesquisa foi realizada de 25 a 31 de julho de 2023. Foram entrevistados, via formulário online, 5.789 empresários de todos 26 Estados e Distrito Federal, dos quais 61% são MEI (microempreendedor individual), 34% ME (microempresa) e 6% EPP (empresa de pequeno porte). A margem de erro é de 1 p.p., com intervalo de confiança de 95%.

Associação eleva previsão de exportação de soja em 2023 para quase 100 milhões de toneladas

A previsão de exportação de soja do Brasil em 2023 foi elevada na terça-feira (12) para 99 milhões de toneladas, 500 mil a mais em relação ao projetado em agosto, com o país contando com uma firme demanda da China e uma safra recorde neste ano, afirmou a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

O ajuste na projeção foi feito com uma pequena mudança na projeção de safra do país, maior produtor e exportador global da oleaginosa, que tem agora sua colheita projetada em 157,3 milhões de toneladas, 300 mil toneladas acima do previsto no mês passado.

As previsões apontam forte aumento na comparação com 2022, quando o Brasil exportou 78,7 milhões de toneladas e produziu 129,9 milhões de toneladas, segundo a associação que reúne as principais tradings e processadoras do setor.

“O Brasil continua ganhando espaço no mercado internacional devido à qualidade da sua soja e ao aumento da demanda por alimentos na China”, disse o diretor de Economia da Abiove, Daniel Amaral.

A Abiove ainda manteve a previsão de processamento de soja do Brasil em 53,5 milhões de toneladas, versus 50,9 milhões de toneladas em 2022.

Com os ajustes, a receita com exportação de soja em grão, farelo e óleo de soja do Brasil foi estimada em recorde de 66,8 bilhões de dólares em 2023, ante 66,58 bilhões na previsão de agosto e 60,9 bilhões em 2022.

A soja é o principal produto de exportação do Brasil.

Vendas no varejo recuam em agosto, diz Cielo

As vendas no varejo em agosto caíram 1,9% sobre o mesmo mês do ano passado, excluindo efeitos da inflação, segundo dados da empresa de meios de pagamento Cielo.

Em termos nominais, as vendas de agosto subiram 0,9% na mesma comparação, segundo o índice ICVA, calculado pela companhia mensalmente com base em dados reunidos entre cerca de 1 milhão de varejistas credenciados à empresa.

“No geral, o desempenho do varejo só não foi mais negativo por causa das companhias aéreas. Ao desconsiderar sua participação, a queda geral no mês foi de 2,6%”, afirmou Carlos Alves, vice-presidente de produtos e tecnologia da Cielo.

Segundo a medição da empresa, o segmento que mais puxou o resultado de agosto para baixo foi o de bares e restaurantes, cuja queda nas vendas ocorreu provavelmente pela alta da inflação, que ficou acima da média no setor, afirmou Alves.

As vendas no varejo caíram em termos deflacionados em todas as regiões do país, com o maior recuo ocorrendo no Nordeste (4%). No Norte, as vendas caíram 2,9%, no Centro-Oeste a queda foi de 2,4%; no Sul, caíram 1,6%, e no Sudeste, 0,9%.

O levantamento da empresa apontou que pelo sexto mês seguido, os macrossetores de bens duráveis e semiduráveis e serviços tiveram queda de vendas. No caso de bens duráveis, o segmento com o pior desempenho em agosto foi o de materiais para construção, segundo a Cielo.

Via retoma nome Grupo Casas Bahia e resgata slogan clássico

A Via comunicou que mudou a sua denominação social para Grupo Casas Bahia S.A. Além disso, a empresa também retomou o slogan tradicional: “Dedicação total a você”.

Em razão da alteração do nome da empresa, o grupo também informou que a partir do pregão de 20 de setembro de 2023, também vai alterar o código da ação negociada na bolsa de valores, de VIIA3 para BHIA3.

A Companhia ressalta que seu novo posicionamento, nova assinatura corporativa e também alteração do ticker para BHIA3, tem o intuito de reforçar a estratégia da empresa de “focar no DNA da sua principal bandeira, resgatando o histórico de bons resultados das categorias core”, nas quais são “especialistas e reconhecidos como destino de compras”.

As marcas Extra.com, Bartira e Ponto também fazem parte do grupo.

A Via divulgou que registrou com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) um total de 778.649.283 novas ações. O montante total da oferta é de R$ 981.098.096,58, tendo como base a cotação de fechamento das ações, em 4 de setembro de 2023, que era de R$ 1,26.

Empresas brasileiras internacionais aumentam investimentos no exterior

Pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) mostra que a maioria das empresas brasileiras que atuam no exterior aumentou os investimentos no mercado externo nos últimos dois anos. O estudo teve o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, do governo federal.

Segundo o levantamento “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, 45,1% das empresas brasileiras internacionais aumentaram os investimentos no exterior; 38,2% mantiveram no mesmo patamar; e 16,8% reduziram.

A maior parte das empresas ouvidas (56,9%) disse que aumentou os investimentos no Brasil; 38,2%, que mantiveram no mesmo patamar; e 12,1%, que reduziram.

A pesquisa ouviu 237 empresas brasileiras internacionais, principalmente as que atuam com exportação ou que têm subsidiárias no exterior. Entre as pesquisadas, a maior parte é do ramo do comércio (16,5%), seguido de fabricação de máquinas e equipamentos (10,2%), e fabricação de produtos químicos (7,1%).

Segundo o levantamento, 54,6% das empresas ouvidas disseram que os resultados financeiros no exterior melhoraram nos últimos dois anos; 27%, que se mantiveram estáveis, e 18,3%, que reduziram.

O resultado é muito parecido com o que as empresas afirmaram sobre seus resultados no mercado doméstico: 57,9% disseram que os resultados melhoraram; 22,4%, que se mantiveram estáveis; e 19,7%, que reduziram.

Transportes impulsionam setor de serviços do Brasil para 3ª alta seguida em julho

O volume de serviços no Brasil iniciou o terceiro trimestre com alta em julho, marcando o terceiro mês seguido de crescimento, ajudado principalmente por transportes.

Em julho, o setor registrou avanço de 0,5% na comparação com junho, resultado que ficou ligeiramente acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,4%.

Com isso, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (14) mostram que o setor teve desempenho positivo em cinco dos sete primeiros meses do ano, acumulando nos últimos três ganho de 2,2%.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o volume de serviços registrou alta de 3,5%, contra expectativa de economistas de 3,6%.

Assim, em julho o setor de serviços operava 12,8% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 0,9% abaixo do maior nível da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado.

“Em 2023, os serviços vêm mês a mês com resultados muito próximos ao ponto mais alto da série”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transportes, que cresceu 0,6% e se recuperou da queda de 0,4% vista em junho, O resultado deveu-se principalmente à expansão de 1,4% do transporte de cargas, terceira taxa positiva seguida para atingir novamente o ponto mais alto da sua série histórica.

“Uma das explicações para o crescimento da atividade de transporte rodoviário de cargas desde o pós-pandemia é a mudança de paradigma em relação ao comércio eletrônico, que teve um boom com a migração das lojas físicas para as plataformas digitais. Hoje esse fator perde para a questão agrícola”, explicou Lobo, destacando a demanda por insumos, fertilizantes e escoamento da produção agrícola.

Outras duas das cinco atividades pesquisadas registraram crescimento em julho, serviços prestados às famílias, de 1,0%; e outros serviços, de 0,3%.

Entretanto, o setor de serviços prestados às famílias segue sendo o único que ainda não superou o patamar pré-pandemia, operando em julho 1,7% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

SELIC

A expectativa para taxa Selic no fim de 2023 foi mantida no Boletim Focus desta semana divulgada na segunda-feira (11), pelo Banco Central, seguindo a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) de que pretende repetir o passo de corte de juro em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões do colegiado. A mediana para a Selic no encerramento deste ano ficou em 11,75%.

O Boletim Focus ainda mostrou que a projeção para a Selic no fim de 2025 e de 2026 continuou em 8,50%, mesma mediana de quatro semanas atrás.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,14% no mês de agosto.

Após registrar queda de 0,72% em julho, o índice continuou em desaceleração acumulando taxa de -5,28% no ano e -7,20% no acumulado de 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção para o IGP-M ficou em -3,75%, ante -3,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A inflação oficial do Brasil medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,23% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (12).

Apesar da alta, o índice ficou abaixo do que era esperado por analistas e pelo consenso do mercado financeiro, que projetava alta de 0,28%. Na taxa anualizada, o IPCA foi a 4,61%, contra 3,99% registradas nos doze meses imediatamente anteriores (com a elevação de 0,12% em julho). Em agosto de 2022, a variação havia sido de menos 0,36%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,86%, ante 4,93% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou expansão de 0,9%, em resultado trimestral divulgado na última semana. O resultado surpreendeu analistas, que estimavam um avanço bem mais tímido, de 0,2%, e deve motivar uma série de revisões nas estimativas para o crescimento da economia em 2023.

Apesar da “boa surpresa”, como disse o presidente Roberto Campos Neto, o Brasil é um país marcado por oportunidades perdidas. De 2013 a 2022, o nosso PIB cresceu em média 0,75% ao ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (18), a projeção para o PIB ficou em 2,89%, ante 2,64% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (11), o Ibovespa fechou em alta, apoiado principalmente pela Vale, na esteira do avanço dos futuros do minério de ferro na Ásia, e também ajudada pelo alívio na curva de juros local (DIs) e ganhos em Wall Street. O índice Ibovespa teve alta de 1,36%, a 116.883,34 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,5 bilhões.

Na terça-feira (12), o Ibovespa fechou em alta, em desempenho favorecido pelo alívio da curva de DI após o IPCA acelerar um pouco menos do que previsto em agosto, enquanto o avanço dos preços do petróleo no exterior forneceu suporte às ações da Petrobras. O índice Ibovespa teve alta de 0,93%, a 117.968,12 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,2 bilhões.

Na quarta-feira (13), o Ibovespa fechou em alta, com Weg entre os destaques positivos após acordo com a Petrobras para desenvolvimento de aerogerador, enquanto o Grupo Casas Bahia recuou mais de 5% em dia de precificação de sua oferta de ações. O índice Ibovespa teve alta de 0,18 %, a 118.175,97 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,4 bilhões.

Na quinta-feira (14), o Ibovespa fechou em alta, no maior patamar de fechamento desde o início de agosto, com novas medidas de suporte à economia chinesa apoiando ações sensíveis a commodities, notadamente Vale, que saltou mais de 4%. O índice Ibovespa teve alta de 1,03%, a 119.391,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,9 bilhões.

Na sexta-feira (15), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,018%, a 119.413,34 pontos. Acompanhando o bom humor internacional após a divulgação de dados mais positivos da China. Em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações, além de movimentos de realização de lucros após quatro altas seguidas. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,53%, a 118.757,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,6 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (15), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,07%, cotado a R$ 4,8695 na venda. Com o mercado digerindo novos dados da economia chinesa, enquanto investidores aguardam ansiosamente a reunião de política monetária do Federal Reserve da semana que vem.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (15) cotado a R$ 4,8712, depois de ter sustentado leves perdas durante a maior parte da sessão sob influência do exterior, onde o viés também era de baixa para a moeda norte-americana após a divulgação de dados positivos sobre a economia chinesa.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
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18/09/2023