Cenário Econômico Nacional – 27/11/2023

Cenário Econômico Nacional – 27/11/2023

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Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas reduzem projeção do IPCA e PIB para este ano

Economistas reduziram as projeções de inflação e crescimento da economia para este ano, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (20).

Os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 de 4,59% para 4,55%, enquanto o centro da meta do ano é de 3,25%.

As estimativas para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, caíram de 3,92% para 3,91%, e as de 2025 foram mantidas em 3,50%.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros deste ano em 11,75%. As projeções para 2024 ficaram em 9,25% e as para 2025 em 8,75%.

Os economistas revisaram para baixo as expectativas do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, que passou de 2,89% para 2,85%.

Para 2024, as projeções do PIB foram mantidas em 1,50% e as para 2025 em 1,93%.

Posição cambial líquida do Banco Central atinge US$ 226,843 bilhões

A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 226,843 bilhões, conforme dados divulgados pela instituição. O montante tem como referência o dia 10 de novembro.

De acordo com o BC, a posição cambial líquida encerrou outubro em US$ 223,841 bilhões e havia ficado em US$ 220,995 bilhões no fim de 2022.

A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira, como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.

É considerado pelo órgão o indicador correto para medir a resistência do País a choques externos.

A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

As reservas internacionais atingiram encerraram a semana passada em US$ 342,557 bilhões.

No fim de outubro estavam em US$ 340,247 bilhões e, em dezembro de 2022, o montante era de US$ 324,703 bilhões – o menor patamar desde março de 2011 (US$ 317,1 bilhões).

Economia fica estagnada no terceiro trimestre, aponta FGV

A economia brasileira ficou estagnada na passagem do segundo para o terceiro trimestre deste ano. A estimativa, divulgada, é do Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador aponta uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país).

Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve um crescimento de 1,8% da economia. Já na comparação entre mês de setembro de 2023 e agosto, houve retração de 0,6%.

“A estagnação do PIB no terceiro trimestre, em comparação ao segundo, reflete a fragilidade de sustentação de crescimento da economia brasileira. A desaceleração da agropecuária e do setor de serviços explica a estagnação da economia”, explica a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece.

Um dos elementos utilizados para se calcular o PIB, o consumo das famílias cresceu 2,5% no terceiro trimestre frente o mesmo período de 2022. De acordo com a FGV, embora esta contribuição seja positiva, é significativamente menor do que foi em 2022, quando havia um ambiente de recuperação do setor de serviços no pós-pandemia e “forte estímulo fiscal”, ou seja, incentivos do governo para o consumo.

“Embora tenha crescido em menor ritmo, o consumo das famílias apresentou pela nona vez variação positiva com o resultado do terceiro trimestre, demonstrando grande resiliência deste componente, apesar do ambiente de juros elevados e do alto grau de endividamento das famílias”, salienta a economista.

Outro fator que explica a estagnação no trimestre é a formação bruta de capital fixo, indicador que reflete o nível de investimento, como aquisição de máquinas e equipamentos, que teve retração de 5,3% em relação ao terceiro trimestre de 2022.

“O forte recuo do segmento de máquinas e equipamentos é de certa forma generalizado, com destaque para o segmento de caminhões e ônibus”, detalha a FGV.

Governo aumenta projeção de rombo para 2023 e passa a prever déficit de R$ 177,4 bilhões

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram um aumento na projeção de rombo das contas públicas em 2023.

A expectativa da área econômica é de que o déficit primário fique em R$ 177,4 bilhões neste ano, contra projeção anterior, feita em setembro, de resultado negativo de R$ 141,4 bilhões.

Com a alta no rombo das contas públicas, a “meta informal” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fica mais distante. Em janeiro, Haddad afirmou que as contas teriam déficit de R$ 100 bilhões em 2023, algo em torno de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O déficit primário acontece quando as despesas ficam acima das receitas e não considera os gastos com os juros da dívida pública. Quando as receitas são maiores, o resultado é de superávit.

A informação consta do relatório de receitas e despesas do orçamento relativo ao quinto bimestre, ou seja, até outubro. O relatório é divulgado a cada dois meses.

Mas, em entrevista a jornalistas, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, explicou que muitas vezes, no final do ano, “sobram recursos”, despesas que os ministérios foram autorizados a gastar, mas não foram efetivamente gastos ao longo do ano.

Com base nisso, segundo o secretário, seria possível chegar a um rombo menor do que o divulgado. O déficit então seria de R$ 145 bilhões para 2023, ainda distante da “meta informal” projetada por Haddad.

O aumento na projeção do rombo fiscal em 2023 ocorre em um momento em que o governo tenta aprovar, no Congresso, propostas para elevar a arrecadação federal.

Intenção de Consumo das Famílias se mantém estável em novembro

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) manteve-se estável em novembro deste ano, na comparação com o mês anterior. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o indicador está em 104,9 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.

Dos sete componentes analisados, cinco tiveram resultados positivos em relação a outubro deste ano, com destaque para a avaliação sobre o acesso ao crédito (0,4%). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, apesar da queda dos juros trazer um impulso positivo às condições de acesso ao crédito, a preocupação com a inadimplência e a redução do crédito no mercado impactaram negativamente o indicador.

“Em meio a essa dicotomia, a pesquisa constata que mais de um terço dos consumidores relatam dificuldade para obter crédito, o que demonstra uma delicada balança entre oportunidade e restrição neste contexto econômico”, afirma Tadros, segundo nota divulgada pela CNC.

Dois componentes tiveram queda: perspectiva profissional (-0,5%) e perspectiva de consumo (-0,9%).

Na comparação com novembro de 2022, a ICF apresentou alta de 17,9%, com resultados positivos para todos os componentes: emprego atual (10,3%), renda atual (17,5%), nível de consumo atual (23,5%), perspectiva profissional (11,6%), perspectiva de consumo (24%), acesso ao crédito (7,5%) e momento para a compra de bens duráveis (51,1%).

Lula não deve ir à posse de Milei, diz Celso Amorim

O assessor-especial da Presidência, Celso Amorim, disse na segunda-feira (20) que acha “muito difícil” o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ir à posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei. O ex-chanceler disse que as ofensas do argentino ao mandatário brasileiro estremecem as relações no Mercosul e quem perde é a Argentina.

Em entrevista à GloboNews, Amorim declarou que, pela sua experiência com o presidente, Lula não deve ir à posse depois das falas de Milei, que já chamou o petista de corrupto e disse não ter interesse em se reunir com ele. “Independentemente de outros convites que o presidente eleito Milei tenha feito, eu acho que ele não deve ir”, disse o assessor.

Ainda na entrevista, Amorim disse que as relações entre Brasil e Argentina devem ser mantidas, apesar das diferenças ideológicas e pessoais nos governos. O Palácio do Planalto avalia internamente um nome para representar o país na posse, prevista para 10 de dezembro.

“A principal prejudicada seria a Argentina, mas isso é uma opinião minha. A Argentina é um país soberano e fará o que ela achar que deve. Agora, vamos lamentar muito, porque isso afetará a estratégia. O Brasil terá que redefinir um pouco sua estratégia na região, mas volto a dizer, eu acho que a principal prejudicada seria a Argentina e eu acho que os empresários argentinos certamente se colocarão contra as hipóteses’’, declarou Amorim.

Javier Milei anunciou que suas primeiras visitas serão aos Estados Unidos e a Israel. As viagens seriam pessoais ou “espirituais” e devem acontecer antes da posse em dezembro.

Comissão da Câmara recebe Marina Silva para debater medidas do governo que podem prejudicar o setor agrícola

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados recebe na terça-feira (21) a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para debater ações do governo federal que estariam prejudicando o setor agrícola.

Marina foi convocada pelo colegiado. Nessa condição, ela é obrigada a comparecer à comissão. A convocação da ministra foi um pedido dos deputados Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Vitor (PL-MG).

Segundo eles, medidas estudadas ou adotadas pelo governo seriam uma “represália direcionada ao setor agropecuário e aos produtores rurais do Brasil, visando prejudicar um segmento de vital importância para o país”.

Os parlamentares citam, por exemplo, uma portaria do Ministério do Meio Ambiente que homologa o Regimento Interno do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

“Essa ação tende a ampliar demasiadamente as competências do Conama, que inclusive extrapolam o escopo do conselho, levando a um agravamento das regulamentações ambientais e tornando o processo de licenciamento e autorização complexos”, diz o texto.

“Para a agropecuária, que muitas vezes enfrenta desafios ambientais complexos, como o uso da terra e a gestão dos recursos naturais, isso pode significar dificuldades adicionais, atrasos nos projetos e maior pressão sobre os produtores rurais para cumprir regulamentações mais rigorosas”, acrescentam Nogueira e Zé Vitor.

Aécio Neves crítica “gastança desenfreada” de Lula

O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) disse considerar que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), deve ser o escolhido do partido para disputar a eleição presidencial de 2026. Segundo o congressista, a sigla precisa fortalecer seu papel como oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Esperamos que o PSDB dê novos e vigorosos passos rumo ao fortalecimento do seu papel de oposição ao governo Lula, à gastança desenfreada do Estado, à pouca aptidão pela gestão pública, aos injustificáveis alinhamentos ideológicos na política externa, dentre outras questões”, declarou ao jornal O Estado de S. Paulo em entrevista publicada na quarta-feira (22).

Leite é presidente do PSDB. Segundo Aécio Neves, sua liderança é “inconteste”. O congressista disse que o governador gaúcho é a “grande figura” e a “grande aposta” do partido para 2026.

O deputado disse concordar com a posição de Leite de, por enquanto, focar no governo do Estado ao invés de já começar a pensar nas próximas eleições presidenciais. “Os resultados da sua boa gestão, que acreditamos que se repetirá, será seu passaporte para participarmos com chances nas próximas eleições”, afirmou Aécio.

Líder do governo, Jaques Wagner vota contra PT e a favor de limitar STF

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (BA), foi o único senador do PT a votar para aprovar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita os poderes do STF (Supremo Tribunal Federal). O partido orientou contra a proposta, mas, conforme o congressista, o Planalto entendeu que se tratava de assunto entre Legislativo e Judiciário e liberou o voto.

Segundo Jaques Wagner, o autor e o relator da proposta –os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e Esperidião Amin (PP-SC), respectivamente– fizeram “o movimento de minimizar ou de diminuir as diferenças” que poderiam “incomodar ou ser interpretadas equivocadamente como uma intromissão” do Congresso no Supremo.

“Eu entendo que, com essa evolução e, na minha opinião, entendendo que nenhuma decisão deva ficar ‘ad infinitum’ guardada, queria anunciar que meu voto será ‘sim’, a favor da PEC”, disse o senador.

Na discussão, o relator também acatou uma emenda do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que propôs que, quando for declarada alguma inconstitucionalidade, o Poder afetado possa se defender. Por exemplo, se foi o Executivo, cabe a AGU (Advocacia Geral da União). Mas se for o Legislativo, as advocacias da Câmara e do Senado deverão fazer a defesa.

A PEC proíbe os ministros de darem decisões monocráticas que suspendam:

  • eficácia de leis;
  • atos normativos (comandos do Poder Executivo para a aplicação correta das leis); e
  • atos do presidente da República, do Senado, da Câmara e do Congresso.

O governo atuou discretamente para evitar a aprovação do texto, que tem a antipatia de ministros do Supremo e colocou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sob pressão dos magistrados.

A proposta ganhou força no Congresso depois de falas do presidente do STF, Roberto Barroso, em um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes). “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo”, afirmou.

Brasil pode usar o G20 para pautar reforma do FMI, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil pode usar a presidência do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, para propor a reforma de instituições multilaterais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial e a OMC (Organização Mundial do Comércio). Segundo ele, o mandato brasileiro no grupo servirá de oportunidade para uma “reglobalização sustentável”, que promova a transição energética.

O ministro deu as declarações em reunião no Palácio do Planalto para a instalação da Comissão Nacional do G20. Encarregada de coordenar o mandato brasileiro no grupo, que começa em 1º de dezembro e durará 1 ano, a comissão organizará as 104 reuniões previstas durante esse período. A mais importante será a Reunião de Cúpula do G20, prevista para novembro de 2024, no Rio de Janeiro.

Acompanhado do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, Haddad disse que o G20 se tornou o principal fórum de discussões entre os países com a crise em organizações multilaterais tradicionais. “Com a crise de multilateralismo, [o G20] é o fórum com mais impacto no mundo. É onde podemos destravar questões fundamentais para o Brasil”, disse.

Segundo Haddad, os países precisam se entender para evitar a fragmentação da economia global. “Do ponto de vista econômico, o mundo está numa encruzilhada: ou continuamos caminhando numa crescente fragmentação, com a formação de blocos protecionistas e com consequências imprevisíveis para a estabilidade geopolítica, ou implementamos uma nova globalização, desta vez colocando questões socioambientais no centro de nossas preocupações”, disse o ministro.

Para ele, uma nova globalização pode ser feita. Segundo Haddad, o G20 servirá de instrumento importante para resgatar a contribuição multilateral entre os países. Além da orientação para a transição energética e o desenvolvimento sustentável, esse processo seria feito sem repetir o erro de desregulamentar o sistema financeiro internacional, que causou na crise econômica de 2008.

Haddad criticou a globalização que vigorou nas décadas de 1990 e 2000 porque, segundo ele, o processo resultou na concentração de renda, em diferenças de níveis de desenvolvimento entre os países e na atual mudança climática.

Entidades do varejo e de serviços se unem para defender parcelado sem juros

Um grupo de 11 entidades ligadas aos setores de varejo e serviços lança na terça-feira (21), um movimento para defender o parcelamento de compras no cartão de crédito sem a incidência de juros. Chamado de Parcelo Sim, o movimento terá ações de comunicação e vai angariar assinaturas em defesa do instrumento.

O movimento afirma ter natureza apartidária, mas diz que buscará sensibilizar autoridades dos poderes Executivo e Legislativo para evitar o que qualifica de “vilipêndio” dos grandes bancos aos lojistas e aos clientes, segundo nota enviada à imprensa.

O varejo e o setor de serviços defendem a manutenção do parcelado sem juros no formato atual, sem uma regulação sobre o número máximo de parcelas. Os grandes bancos, por outro lado, defendem que o instrumento precisa ser limitado para que os juros do crédito rotativo, em que entram clientes que não pagam a fatura do cartão, caiam.

O debate entre as duas posições tem acontecido diante da movimentação do governo, do setor financeiro e do Banco Central para reduzir os juros do rotativo, que ultrapassam os 400% em termos anualizados. O BC chegou a propor uma limitação do parcelado a 12 vezes, vista como insuficiente pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e como anticoncorrencial por fintechs, maquininhas independentes e pelo varejo.

O movimento cita dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) que apontam que 90% dos varejistas adotam o parcelado sem juros, além de pesquisa do Datafolha que diz que 75% dos brasileiros utilizam essa forma de pagamento.

“O Movimento ‘Parcelo Sim!’ é propositivo, com a reunião de mais de 10 entidades. Queremos informar a população sobre as consequências nefastas que uma mudança nesse produto, que é o campeão de preferência do consumidor, pode provocar”, diz em nota o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci Júnior.

Seguindo o presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, o parcelado sem juros é uma ferramenta de crédito importante tanto para consumidores quanto para os lojistas. “Por tudo isso, estamos juntos na campanha em defesa do PSJ. Vamos mobilizar a população para participar do abaixo-assinado em defesa desse direito. Ninguém vai mexer no parcelado”, diz.

JBS anuncia compra de unidade de suínos no Rio Grande do Sul por R$ 80 milhões

A JBS anunciou que assinará na terça-feira (21) um protocolo de intenções para adquirir a unidade de processamento de suínos da Cooperativa Languiru, em Poço das Antas (RS), mediante o pagamento de R$ 80 milhões pelo ativo.

A empresa, maior produtora global de carnes, afirmou em nota que investirá mais R$ 120 milhões nos próximos cinco anos para reestruturar a fábrica e trazer novos equipamentos para a unidade, atualmente paralisada.

Com o retorno às atividades, a capacidade de processamento da planta deve chegar a 1,2 mil suínos por dia e cerca de 400 postos de trabalho diretos deverão ser mantidos na cidade, segundo a JBS.

“O Rio Grande do Sul é muito importante para a estratégia de negócio da Seara, e esta parceria é muito relevante para nós”, afirmou o CEO da Seara, João Campos, em comunicado.

A expectativa é de retomar a produção da unidade em março do próximo ano. Atualmente, os suínos disponíveis na região estão sendo processados nas unidades da Seara em Ana Rech e Seberi.

Movimentação dos portos do RS cresce 13,94% de janeiro a outubro

Os portos do Rio Grande do Sul movimentaram 37,54 milhões de toneladas de cargas de janeiro a outubro, 13,94% mais que em igual período do ano passado, segundo informou a Portos RS. Os números levam em conta os três portos públicos: Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. Nos primeiros dez meses do ano, 3.066 embarcações passaram pelos portos, sendo 2.508 delas apenas em Rio Grande. “Os granéis sólidos lideram o ranking de cargas, atingindo 24,83 milhões de toneladas”, afirmou a Portos RS, em nota.

A variação positiva no porto de Rio Grande foi de 14,44%. “Foram registrados aumentos nas movimentações de soja em grão (73,40%), milho (72,14%), demais mercadorias (19,79%), farelo de soja (13,73%) e fumo (2,67%). A soja em grão passou de 4,8 milhões de toneladas para 8,33 milhões de toneladas e o milho passou de 344.453 toneladas para 592.934 toneladas”, disse a empresa.

“Em Pelotas, onde o aumento foi de 5,34%, o destaque é para a movimentação de toras de madeira, que são utilizadas na produção de celulose pela empresa CMPC, em Guaíba, e atingiram 893.780 toneladas. A segunda carga mais movimentada do cais público pelotense foi o clínquer, que chegou a 188.351 toneladas. Já a soja em grão contabilizou 34.715 toneladas”, acrescentou.

“Já no porto de Porto Alegre, o crescimento foi de 4,47%. A movimentação de fertilizantes permanece liderando, com 459.458 toneladas. As cargas de cevada atingiram 96.832 toneladas, sendo seguidas pelo sebo bovino, com 70.550 toneladas, trigo, com 53.003 toneladas, sal, com 34.701 toneladas, farelo de soja, com 1.974 toneladas e carga geral, com 1.603 toneladas”, detalhou a nota.

Apex e Sebrae vão promover exportações de pequenas empresas com foco em emergentes

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) terá um Plano de promoção de exportações para startups e pequenos negócios. O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Décio Lima, indicou à CNN que o foco da ação será o Sul Global, termo que se refere aos países antes chamados emergentes.

O convênio entre Apex e Sebrae já foi assinado. Segundo Lima, os atores trabalham processos de natureza burocrática para concluir o Plano. A ideia é de que os detalhes da ação sejam divulgados na presença do presidente Lula.

“Junto com o presidente Jorge Viana, da Apex, estamos estabelecendo um conjunto de ações para fortalecer a relação dos pequenos negócios do Brasil com o mundo globalizado. A Apex tem um extraordinário protagonismo internacional e vai nos permitir interagir com o Sul globalizado principalmente”, disse Décio Lima à CNN.

O presidente do Sebrae não deu detalhes sobre o Plano e não confirmou sua implementação a partir de 2024. Jorge Viana já havia confirmado anteriormente que entre os programas englobados no convênio está o “Exporta Mais Amazônia”, que será lançado oficialmente na próxima semana, em Rio Branco (AC).

O Exporta Mais Amazônia busca fomentar as exportações de setores compatíveis com a floresta e inclui ações como instituições parceiras, busca de soluções para corrigir entraves à exportação de setores econômicos da Amazônia e organização de estandes em feiras internacionais.

Parcelo Sim ganha adesão de mais sete entidades e chega a 18 participantes

Lançado na última terça-feira (21), por associações dos setores de varejo e de serviços, o movimento Parcelo Sim ganhou a adesão de mais sete entidades setoriais, elevando o total a 18 participantes. O movimento surgiu para defender a manutenção do atual modelo do parcelamento de compras no cartão sem juros, em meio aos debates sobre possíveis mudanças no produto.

As novas adesões são da Acelera Varejo; da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviço (Afrac); da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco); da Associação Brasileira de Varejo em Shopping (ABVS); da Aloshop Pernambuco; da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife; e do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Bens e Serviço do Recife (Sindilojas Recife).

“O nosso setor de varejo de material de construção tem uma dependência muito forte na venda, em função dos valores percebidos e da capacidade do cliente, que utiliza essa modalidade de compra para fazer uma obra ou reparação em seu imóvel”, diz em nota o presidente da Anamaco, Geraldo Defalco.

O presidente da Afrac, Paulo Eduardo Guimarães, afirma que o setor de cartões tem hoje tecnologias para manter a estabilidade do crédito. “A inibição regulatória desta modalidade seria uma interferência no mercado com resultados imprevisíveis”, afirma.

“Qualquer tentativa de mexer no parcelado será um desastre para a economia. Temos que cerrar fileiras e defender esse direito. Por isso, decidimos nos unir à campanha Parcelo Sim! Vamos mobilizar a sociedade”, diz Braulio Bacchi, presidente da ABVS.

O varejo, as maquininhas independentes e fintechs são contra impor restrições ao parcelamento sem juros de compras no cartão de crédito. Boa parte dos grandes bancos e alguns bancos digitais argumentam, porém, que o mecanismo é financiado pelo crédito rotativo, que tem juros que, anualizados, ultrapassam os 400% ao ano.

Os setores têm discutido o tema diante da busca do Banco Central (BC), do mercado e do governo pela redução dos juros do rotativo. O BC tem intermediado a discussão e chegou a propor um limite de 12 parcelas para o instrumento, que o varejo não aceita, e que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e boa parte dos associados consideram insuficiente.

Se não houver uma solução de consenso até o final do ano, passa a valer um teto de 100% do valor da dívida original para o rotativo, aprovado pelo Congresso em outubro.

SELIC

A taxa Selic deverá ser cortada em mais 0,5 ponto porcentual no Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro para 11,75% ao ano. É o que esperam 72% dos gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão das maiores casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo ouvidos em pesquisa Genial/Quaest. Foram ouvidos 100 profissionais entre os dias 16 e 21 deste mês.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,61% na segunda prévia de novembro, vindo de 0,64% na mesma leitura do mês anterior e de 0,50% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), a projeção para o IGP-M ficou em -3,54%, ante -3,55% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Ministério da Fazenda revisou para baixo a projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023 — enquanto que, para 2024, a expectativa para o índice subiu. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da Secretaria de Políticas Econômicos (SPE), divulgada na terça-feira (21), a estimativa neste ano passou de 4,85% para 4,66%, abaixo do teto da meta estipulado para 2023, que é de 4,75%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,53%, ante 4,55% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Ministério da Fazenda reduziu na terça-feira (21) a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.

Agora, o governo espera uma alta de 3% do PIB deste ano. Em setembro, o governo havia estimado uma alta de 3,2%.

O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Segundo a Secretaria de Política Econômica (SPE), a redução da estimativa de alta do PIB é explicada em parte pelas “projeções menos otimistas para o setor de serviços até o restante do ano” e pela revisão da expectativa de crescimento para o 3º trimestre de 2023.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), a projeção para o PIB ficou em 2,84%, ante 2,85% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, ultrapassando os 126 mil pontos na máxima da sessão, o que não acontecia desde meados de 2021, com Vale respondendo pela principal contribuição positiva. Além do avanço do minério e do petróleo, o dia foi de agenda relativamente esvaziada, com poucos catalisadores para os negócios. O índice Ibovespa teve alta de 0,95%, a 125.957,06 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,1 bilhões.

Na terça-feira (21), o Ibovespa fechou em queda, após série de quatro avanços seguidos, em movimento que acompanhou o recuo tímido dos principais índices em Wall Street, em sessão marcada pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). O índice Ibovespa teve queda de 0,26%, a 125.626,03 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,7 bilhões.

Na quarta-feira (22), o Ibovespa fechou em alta, sendo pressionado pelo declínio das ações da Vale e da Cemig, que desabou com preocupações sobre uma eventual federalização da empresa. O índice Ibovespa teve alta de 0,33%, a 126.035,30 pontos. O volume financeiro somou R$ 27 bilhões.

Na quinta-feira (23), o Ibovespa fechou em alta, com as ações do Bradesco entre os destaques positivos após anúncio de novo presidente, a bolsa paulista teve um pregão relativamente parado, sem a bússola de Wall Street em razão do feriado do Dia de Ação de Graças. O índice Ibovespa teve alta de 0,43 %, a 126.575,75 pontos. O volume financeiro somou R$ 14,9 bilhões.

Na sexta-feira (24), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,43%, a 126.034,58 pontos. Enquanto investidores digeriam o novo plano de investimentos anunciado pela Petrobras e o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prorrogação da desoneração da folha de 17 setores da economia, que ainda pode ser derrubado pelo Congresso. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,84%, a 125.517,27 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,1 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (24), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,37%, cotado a R$ 4,8887 na venda. Em linha com movimento visto no exterior, enquanto os mercados locais reagiam à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar integralmente o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (24) cotado a R$ 4,8984, em linha com movimento visto no exterior, enquanto os mercados locais reagiam à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de vetar integralmente o projeto que prorrogava a desoneração da folha de pagamento.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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