Cenário Econômico Nacional – 26/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 26/12/2023

Cenário Econômico Nacional – 26/12/2023 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Mercado vê inflação e dólar mais baixos em 2023, mostra Focus

O mercado reduziu a perspectiva para a inflação e para a taxa de câmbio neste ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira (18).

A perspectiva para a alta do IPCA este ano caiu a 4,49%, de 4,51% na semana anterior, ficando abaixo do teto da meta depois que dados divulgados na semana passada mostraram que a inflação acumulou nos 12 meses até novembro avanço de 4,68%.

Para 2024 a conta no levantamento que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos seguiu em 3,93%, bem como em 3,50% para os dois anos seguintes.

O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda ajuste na perspectiva para o dólar, que deve encerrar este ano a 4,93 reais, contra 4,95 reais no levantamento anterior. Em 2024 a projeção para a moeda norte-americana seguiu em 5,0 reais.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento para este ano e o próximo seguiu em 2,92% e 1,51% respectivamente.

Também não houve alteração no cenário para a política monetária, com a taxa básica de juros ainda calculada em 9,25% ao final de 2024 depois de o Banco Central ter cortado a Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,75%, na última reunião do ano, afirmando que sua diretoria antevê cortes na mesma intensidade nas próximas reuniões.

Monitor do PIB aponta alta de 0,1% na economia em outubro, diz FGV

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% em outubro ante setembro, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em relação a outubro de 2022, houve avanço de 2,4% no PIB de outubro de 2023.

“Após dois meses consecutivos de retração, a atividade econômica apresentou variação positiva de 0,1% em outubro, em comparação a setembro. Isto se deve às contribuições positivas da indústria e dos serviços”, afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.

“Pela ótica da demanda, destaca-se a retração de 0,5% no consumo das famílias após quatro meses consecutivos de alta, tendo havido retração em todas as categorias de consumo analisadas. É possível que esse resultado seja pontual, mas chama atenção dado o peso do consumo no PIB e a influência positiva que tem representado em 2023 para o desempenho da economia”, completou.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Brasil salta duas posições e se torna a nona economia do mundo em 2023

Com previsão de crescimento de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o Brasil saltará duas posições e se tornará a nona economia do mundo em 2023, divulgou o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo a instituição, o país deverá encerrar o ano com PIB nominal de US$ 2,13 trilhões, ultrapassando o Canadá, com PIB estimado em US$ 2,12 trilhões.

No ano passado, o Brasil estava na 11ª posição. Segundo o FMI, até 2026, o Brasil pode subir uma posição e tornar-se a oitava maior economia do planeta, com PIB estimado em US$ 2,476 trilhões.

As estimativas foram divulgadas com base no relatório Perspectiva Econômica Mundial, lançado em outubro. Na ocasião, o FMI estimou crescimento de 3,1% para o PIB brasileiro neste ano, contra estimativa de 2,1% no relatório anterior.

Segundo o FMI, os Estados Unidos, a China e Alemanha continuaram sendo as maiores economias do mundo neste ano. O órgão projeta que a economia global desacelerará neste ano, crescendo 3%, contra 3,5% em 2022. Para 2024, o FMI estima expansão global de 2,9%.

Para o Brasil, o FMI projeta crescimento de 1,5% no próximo ano. A projeção é mais baixa que a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que prevê expansão de 1,8% para a economia brasileira em 2024. O Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,2%.

Banco Central melhora projeção das transações correntes em 2023 para déficit de US$ 26 bilhões

O Banco Central melhorou na quinta-feira (21) sua estimativa para o resultado das transações correntes neste ano, passando a ver um déficit de 26 bilhões de dólares, ante saldo negativo de 36 bilhões de dólares projetado em setembro, enxergando para 2024 déficit de 35 bilhões de dólares, de 37 bilhões de dólares antes.

Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC passou a ver Investimentos Diretos no País (IDP) de 60 bilhões de dólares em 2023, sobre 65 bilhões de dólares antes. Na visão da autoridade monetária, o patamar deve subir para 70 bilhões de dólares em 2024, contra previsão anterior de 75 bilhões de dólares.

Nas contas do BC, a balança comercial terá superávit de 79 bilhões de dólares neste ano, contra estimativa anterior de 68 bilhões de dólares, ao passo que no ano que vem as trocas comerciais ficariam positivas em 73 bilhões de dólares, de 71 bilhões de dólares antes.

Banco Central eleva a 3% previsão de alta do PIB em 2023 e vê chance pequena de inflação estourar meta

O Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento para a economia brasileira em 2023 a 3,0%, de 2,9% estimados em setembro, mostrou o Relatório Trimestral de Inflação, que também apresentou projeção de alta de 1,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, de 1,8% antes.

O documento também trouxe uma forte revisão para melhor da chance de a inflação estourar o teto da meta neste ano, passando a projetar que a probabilidade de o índice superar o limite superior de 4,75% da banda de tolerância está em 17%, contra 67% estimados em setembro.

A projeção do BC para o crescimento da atividade se igualou às estimativas do governo neste ano, mas ainda está menos otimista na previsão para 2024. O Ministério da Fazenda divulgou em novembro que espera um crescimento de 3,0% em 2023 e de 2,2% no ano que vem. A pesquisa Focus mais recente, por sua vez, apontou que o mercado prevê uma expansão do PIB de 2,92% em 2023 e 1,51% em 2024.

Dados da atividade econômica surpreenderam positivamente neste ano, mas já começam a indicar uma desaceleração diante dos efeitos da política monetária contracionista promovida pelo Banco Central com o objetivo de controlar a inflação.

De acordo com o relatório, a perspectiva de arrefecimento da atividade econômica se confirmou, embora o crescimento do PIB no terceiro trimestre tenha ficado “ligeiramente maior que o esperado”.

O BC justificou que a ligeira revisão para baixo de 2024 reflete recuo nas estimativas para agropecuária e indústria, também prevendo dados mais fracos de consumo do governo e investimentos. Essas quedas não foram totalmente compensadas por previsões melhores para o setor de serviços, as importações e o consumo das famílias.

A autoridade monetária ponderou, no entanto, que sua estimativa considera que haverá uma retomada gradual do crescimento em 2024 após a desaceleração no segundo semestre de 2023.

“O cenário prospectivo inclui aumento do ritmo de crescimento ao longo do próximo ano, com moderação do consumo das famílias, retomada dos investimentos, e manutenção de um balanço favorável nas contas externas”, disse.

Lula chama aprovação da reforma tributária de “fato histórico” e elogia atuação de Haddad

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou no sábado (16) de “fato histórico” a aprovação da reforma tributária e elogiou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por ter coordenado as ações do governo com o Congresso.

A Câmara dos Deputados aprovou a reforma tributária na noite de sexta-feira em dois turnos e com placar folgado, após décadas de discussão e a partir de acordo do governo com parlamentares, conferindo uma vitória ao Executivo e abrindo caminho para que ela seja promulgada ainda este ano. O texto também já foi aprovado pelo Senado.

“Pela primeira vez na história conseguimos aprovar uma reforma tributária para facilitar o investimento, para facilitar o pagamento de imposto, pagar mais quem ganha mais, pagar menos quem ganha menos, para que a gente melhore a vida do povo brasileiro, então o que aconteceu ontem foi um fato histórico que o Haddad merece uma salva de palmas especial por ter coordenado isso”, disse Lula durante evento de assinatura do contrato para construção do empreendimento residencial Copa do Povo, no bairro de Itaquera, em São Paulo.

Lula destacou que a atuação de Haddad e de outras autoridades ligadas ao governo foi fundamental para a aprovação da reforma tributária em um “Congresso onde a gente tem minoria”.

Reportagem da Reuters publicada na quinta-feira mostrou que o governo concordou com a derrubada de veto a trecho do arcabouço fiscal que permitia o contingenciamento das emendas de comissão em troca da aprovação da reforma tributária e de outras matérias da pauta econômica.

No mesmo evento em São Paulo, Haddad comentou o apoio do governo brasileiro a um empréstimo de 960 milhões de dólares do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) para a Argentina, mesmo depois de o novo presidente argentino, Javier Milei, ter feito críticas a Lula.

“Todo mundo sabe que o atual presidente da Argentina ofendeu o presidente Lula durante a campanha, mas nem por isso o Brasil governado pelo presidente Lula deixou de apoiar o povo da Argentina, que está precisando do povo brasileiro e do governo brasileiro”, disse Haddad.

“O mais importante de tudo é quando você tem um governante que não olha religião, bandeira partidária, time de futebol, um presidente que olha para quem precisa do apoio do governo independentemente de quem é o prefeito, o governador”, acrescentou o ministro.

Comissão aprova proibição para influencers divulgarem jogos de azar

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou proposta que proíbe influenciadores digitais de fazer publicidade de jogos de azar não regulamentados na internet.

Pelo texto, esses profissionais são responsáveis por garantir que seus conteúdos não promovam essas atividades em postagens.

O descumprimento das regras sujeita o influenciador às penas de advertência ou suspensão da atividade por até 6 meses, prorrogável. Para o provedor de redes sociais, a pena será de multa de até 2% do faturamento da empresa.

A proposta foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pelo relator, deputado Fred Linhares (Republicanos-DF), ao PL 3915/23, do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), e 3 apensados. Ayres afirma que o objetivo é proibir “divulgação irresponsável de empresas de apostas por parte de influencers”.

O relator considerou a medida de “suma relevância” por conta “do impacto significativo que tais figuras públicas têm sobre seus seguidores, influenciando comportamentos e decisões”.

A proposta será analisada agora nas comissões de Finanças e Tributação, de CCJ (Constituição e Justiça e de Cidadania) e no Plenário da Câmara.

O texto ainda determina que o governo federal incentive campanhas de conscientização sobre os riscos das apostas, em colaboração com instituições educacionais e profissionais de saúde.

Governo comemora elevação da nota de crédito e reitera ‘compromisso’ com agenda de reformas

O Ministério da Fazenda reiterou em nota divulgada após a elevação da nota de crédito do Brasil pela S&P, o compromisso com a agenda de reformas em curso. Segundo a equipe econômica, a pauta contribuirá “não apenas” para o melhor balanço fiscal do governo, mas também para reduzir as taxas de juros e melhorar as condições de crédito, “ao mesmo tempo em que assegurará a estabilidade dos preços”.

“Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do País”, escreveu.

A S&P Global elevou o rating de escala de longo prazo do Brasil de BB- para BB e manteve a perspectiva em estável. A elevação foi motivada pela aprovação da reforma tributária, que marca um progresso na questão fiscal nacional, segundo a classificadora. Agora, o País está dois degraus abaixo do grau de investimento.

A classificação de risco (rating) soberano, também chamada de nota de crédito, é a nota dada por instituições especializadas em análise de crédito, chamadas agências classificadoras de risco, a um país emissor de dívida. Essas agências avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida, ou seja, se há chance de dar um calote. O grau de investimento é uma espécie de selo de bom pagador, que dá maior segurança para que os investidores apliquem recursos no País. O Brasil perdeu o grau de investimento em 2015, no governo Dilma Rousseff.

Segundo a S&P, a aprovação da reforma tributária pelo Congresso amplia o histórico nacional de “política pragmática” nos últimos sete anos. Ela destaca sua expectativa por novos progressos, embora lentos, na redução de desequilíbrios fiscais, na evolução de perspectivas econômicas e na reancoragem de expectativas da inflação.

Reforma tributária irá reduzir litígios e dará previsibilidade a empresas e governo, diz Barroso

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a reforma tributária promulgada na quarta-feira (20) terá impacto no Poder Judiciário ao diminuir a quantidade de litígios, trazendo maior previsibilidade tanto para o governo quanto para o setor privado.

Para ele, que participou mais cedo de sessão solene de promulgação da reforma, resta, após a etapa de simplificação, trabalhar para que o sistema seja mais justo, menos concentrado e menos regressivo.

“Acho que essa é uma reforma que é altamente simplificadora. Tenho expectativa de que ela possa diminuir a litigiosidade tributária no Brasil, que traz muita imprevisibilidade para as contas do governo, para as contas das empresas de uma maneira geral”, disse o ministro do Supremo a jornalistas.

Questionado sobre temas polêmicos que aguardam um posicionamento do tribunal, Barroso lembrou que por se tratar de uma corte constitucional, o STF acaba por desagradar eventuais interesses.

No caso da descriminalização do aborto, o presidente do STF reconheceu que a discussão não está madura na sociedade e que não deve pautar o assunto no curto prazo. Ponderou, no entanto, que o que está em debate não é a liberação em si do aborto, mas evitar a criminalização de mulheres que eventualmente passem pelo processo.

Também perguntando sobre o julgamento do porte de maconha, Barroso explicou que não se trata de descriminalizar o uso de entorpecentes, mas sim de definir uma quantidade objetiva a partir da qual o portador da maconha poderá ser classificado como usuário ou traficante. Segundo ele, por falta de uma definição clara, o enquadramento fica a cargo da autoridade policial, o que pode conferir critérios muito subjetivos que podem esbarrar em questões raciais e sociais.

74% dos brasileiros preferem um governo democrático, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha indica que 74% dos brasileiros preferem um governo de orientação democrática. Já 15% são indiferentes quanto ao modelo de governo ser ditatorial ou democrático. Outros 7% dizem que a ditadura é aceitável. E 4% não souberam responder.

O levantamento foi realizado em 5 de dezembro com 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 135 cidades. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A preferência pelo governo democrático se relaciona com a renda dos entrevistados. Entre os que ganham até 2 salários mínimos, 67% apoiam o modelo. Enquanto, entre os que recebem mais de 5 salários mínimos, o nível de adesão é de 88%.

Quanto a instrução dos entrevistados apoiadores da democracia como forma de governo, 61% que estudaram até o ensino fundamental apoiam o modelo. Já 89% dos que tem curso superior dizem apoiar o regime.

Setor da construção pede que zoneamento em SP libere mais prédios e mais altos

Representantes do setor de construção elogiaram a aprovação da lei de zoneamento da cidade de São Paulo na primeira votação na Câmara dos Vereadores, mas defenderam que o teor seja ajustado na segunda votação, prevista para o fim do mês. O ideal, segundo eles, seria permitir a construção de mais prédios nas regiões centrais e com menos restrições de altura.

O argumento é que esse tipo de flexibilidade é fundamental para aumentar a oferta de moradia e evitar que as pessoas sejam obrigadas a morar nos bairros distantes das áreas de lazer e trabalho situadas no centro expandido (entra as marginais Tietê e Pinheiros).

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Ely Wertheim, considerou positivo, mas ainda “tímido”, o teor da lei de zoneamento. Na sua avaliação, a legislação confirmou a premissa do Plano Diretor de aumentar o potencial de construção nas partes da cidade com mais oferta de transporte (arredores das estações de trem e metrô, bem como corredores de ônibus). No entanto, o adensamento poderia ser ainda maior, segundo ele.

“A primeira questão é que a lei está em linha com os termos aprovados no Plano Diretor, que é o adensamento mais elevado nos eixos de transporte e na porção do território que tem mais infraestrutura de transporte, água, luz, esgoto e empregos”, disse. “Uma vez aprovada, a lei terá como efeito prático proporcionar o maior adensamento nessas áreas.”

No entanto, defendeu maior flexibilidade para a construção. “Entendemos que o projeto ainda está um pouco tímido. Poderia avançar no gabarito nas zonas de centralidade. Poderia ser mais audacioso de permitir um gabarito maior, considerando o que as quadras já têm”, declarou.

Essa é a mesma opinião do presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci), Flávio Amary. “O balanço até aqui é positivo, porque nós teremos uma regra mais clara com a atualização da lei de zoneamento. Mas estamos ainda longe de ter um planejamento urbano que busque um adensamento mais profundo. Sem isso, a cidade vai se espraiando, as pessoas estão indo para moradias cada vez mais distantes do centro”, afirmou.

Aviação brasileira vai crescer 17% em 2023

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o setor de aviação brasileiro crescerá 17% em 2023. Em conversa com jornalistas, o ministro afirmou que o Brasil movimentará 115 milhões de passageiros neste ano. Em 2022, foram 98 milhões.

Os dados citados pelo ministro são da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Silvio Costa Filho também destacou que o número de passageiros internacionais dobrou em 2023. No ano passado, 2 milhões de turistas estrangeiros visitaram o país. Em 2023, esse número saltou para 4 milhões.

O ministro traçou uma meta histórica para o setor em 2026. Segundo ele, o país terá condição de movimentar 150 milhões de passageiros até o fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Isso porque o governo federal está próximo de destravar um investimento de R$ 4 bilhões para renovação e construção de novos aeroportos. Silvio Costa Filho afirmou que o governo quer construir 10 novos aeroportos na região amazônica.

“Até 2026 teremos o maior volume de passageiros da história do país, vamos fechar 2026 com 150 milhões de passageiros”, declarou o ministro.

Importações de soja e milho do Brasil pela China aumentam em novembro

As importações de soja brasileira pela China aumentaram 108% em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados na quarta-feira (20), com o país sul-americano ultrapassando os Estados Unidos em um período tradicionalmente dominado pelos suprimentos norte-americanos.

A China importou 5,29 milhões de toneladas de sementes oleaginosas do Brasil em novembro, segundo dados da Administração Geral de Alfândega.

Os compradores chineses aumentaram as compras da safra recorde do Brasil deste ano devido aos preços atrativos, enquanto as remessas dos EUA, o segundo maior fornecedor da China, desaceleraram pela seca no Canal do Panamá e no Rio Mississippi.

Normalmente, a China compra principalmente soja dos EUA no quarto trimestre do ano, devido à colheita da safra norte-americana.

Mas as chegadas de novembro dos EUA encolheram 30%, para 2,3 milhões de toneladas, de 3,29 milhões de toneladas no ano anterior.

O total de importações de soja da China em novembro foi de 7,92 milhões de toneladas.

Nos primeiros 11 meses de 2023, o total de embarques do Brasil para a China foi de 64,97 milhões de toneladas, um aumento de 25% em comparação com o mesmo período do ano passado.

As importações totais dos EUA até agora neste ano caíram 8%, para 20,36 milhões de toneladas, segundo os dados.

O Brasil também dominou as importações de milho da China, com 3,22 milhões de toneladas em novembro.

A China registrou um recorde de importações de milho de 3,59 milhões de toneladas em novembro, segundo dados da alfândega, somando-se a uma safra doméstica recorde e pressionando ainda mais os preços no segundo maior produtor do mundo.

Credores aprovam plano de recuperação judicial da Americanas

A assembleia de credores aprovou o plano de recuperação judicial da Americanas, que inclui uma injeção de R$ 12 bilhões pelo trio de acionistas de referência da companhia, além de R$ 12 bilhões em conversão de dívida em ações da empresa.

Agora, o plano precisa ser homologado pela Justiça, a expectativa é de que isso ocorra a partir de janeiro, com o fim do recesso do Judiciário. A etapa daria início a um período de dois anos para a empresa executá-lo.

O plano foi aprovado por cerca de 91,1% dos credores. Já com relação ao volume de dívida com a varejista, 97,2% dos credores deram aval para o plano. A empresa precisava de maioria em ambos os cenários.

Antes da reunião, a varejista correu para obter apoio da maioria dos credores. Na madrugada de terça-feira (19), a empresa anunciou que o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e outros credores aceitaram acordo para apoiarem o plano da companhia.

Com as adesões ao acordo de apoio, o plano de recuperação judicial da empresa contabilizava adesão de “parcela significativamente superior a 60% da dívida da companhia”.

Conselho Monetário confirma teto de juros de 100% para rotativo no cartão de crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou nesta quinta-feira o teto de 100% para a incidência de juros nas modalidades do rotativo e do parcelado do cartão de crédito, mesmo patamar definido em lei aprovada em outubro pelo Congresso Nacional.

A regra, válida a partir de janeiro, prevê que as taxas de juros e encargos financeiros cobrados no crédito rotativo e no parcelamento de saldo devedor das faturas não poderão ultrapassar o valor original do principal da dívida.

Isso significa que se uma pessoa não pagar uma fatura de 100 reais, por exemplo, empurrando a dívida para o rotativo, a cobrança de juros e encargos pelo banco nunca poderá ultrapassar os mesmos 100 reais iniciais, totalizando 200 reais, independentemente do prazo.

“Suponha que uma pessoa contrate uma dívida de 1.000 reais no cartão de crédito e não pague. Ela estaria sujeita a quase 500%… 450% de juros no ano (na regra atual)”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista a jornalistas. “(Com essa medida), não vai poder exceder 100%”, completou.

Em outubro, dado mais recente do Banco Central, os juros do rotativo do cartão de crédito estavam em 431,6% ao ano, em média.

De acordo com Haddad, continuarão a valer as regras normais do cartão de crédito, do rotativo, sendo que a única mudança será justamente a limitação dos juros.

“Pelo menos, (agora) temos um limitador daquilo que parecia aos olhos da população muito abusivo”, acrescentou.

A limitação nos juros será válida apenas para novas operações. Dívidas que estão atualmente rolando no rotativo seguirão crescendo com base nos juros atuais.

O Congresso aprovou em outubro, dentro do projeto que criou o programa Desenrola, a criação do teto para juros dessas operações. A lei definiu que o setor privado precisaria submeter à aprovação do CMN proposta com limites para as cobranças.

Caso os limites não fossem aprovados em um prazo de 90 dias a partir da publicação da lei, passaria a valer o limite de 100% para as cobranças.

O consultor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central Antonio Marcos Guimarães explicou que o setor privado chegou a fazer proposta de ajuste do sistema, mas o plano não pôde ser aceito porque não estava alinhado à lei.

Segundo ele, a nova legislação definiu que a regulamentação necessariamente definiria uma taxa máxima ou um limite de percentual para o crescimento da dívida, o que não constou na proposta do setor privado.

SELIC

Para o Itaú, o Banco Central deve manter o ritmo do atual ciclo de política monetária, mas a evolução dos dados abre espaço para um juro terminal mais baixo no país.

“A comunicação do Copom, até este momento, não abre espaço para discutir uma eventual aceleração no ritmo de cortes. Seguimos esperando que o ritmo de 50 p.b. (pontos) de corte seja mantido nas próximas reuniões. Mesmo sem contemplar aceleração, passamos a esperar uma taxa Selic mais baixa ao final do ciclo, em 9,00% (anteriormente, 9,50%)”, destaca o relatório assinado por Mario Mesquita, economista-chefe da instituição financeira, que também é colunista da Inteligência Financeira.

“A perspectiva de inflação menor do que o anteriormente esperado e o alívio no cenário externo permitem ao comitê um orçamento maior para a flexibilização da política monetária. No entanto, vale notar que, com expectativas de inflação ainda acima da meta, a Selic deve permanecer em território contracionista”, pondera o banco.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (26), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,78% na segunda prévia de dezembro, vindo de 0,61% na mesma leitura do mês anterior e de 0,59% no encerramento dele, informou o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (26), a projeção para o IGP-M ficou em -3,36%, ante -3,46% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na quinta-feira (21), pelo Banco Central atualizou a estimativa da autoridade monetária para a inflação de 2026, que passou de 3,1% para 3,2% no cenário de referência. A meta para aquele ano foi definida em 3,0% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho, e o governo avisou na ocasião que iria editar um decreto mudando o regime para meta contínua a partir de 2025.

O RTI também trouxe as estimativas do BC para a inflação em 2023 (4,6%), 2024 (3,5%) e 2025 (3,2%).

Para 2023, o centro da meta de inflação é de 3,25%, com piso de 1,75% e teto de 4,75%. De 2024 em diante, o alvo central é de 3,00% com bandas de 1,50% a 4,50%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (26), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 4,46%, ante 4,49% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Banco Central melhorou sua estimativa de crescimento para a economia brasileira em 2023 a 3%, de 2,9% estimados em setembro, mostrou o Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira (21), que também apresentou projeção de alta de 1,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, de 1,8% antes.

O documento também trouxe uma forte revisão para melhor da chance de a inflação estourar o teto da meta neste ano, passando a projetar que a probabilidade de o índice superar o limite superior de 4,75% da banda de tolerância está em 17%, contra 67% estimados em setembro.

A projeção do BC para o crescimento da atividade se igualou às estimativas do governo neste ano, mas ainda está menos otimista na previsão para 2024. O Ministério da Fazenda divulgou em novembro que espera um crescimento de 3,0% em 2023 e de 2,2% no ano que vem. A pesquisa Focus mais recente, por sua vez, apontou que o mercado prevê uma expansão do PIB de 2,92% em 2023 e 1,51% em 2024.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (26), a projeção para o PIB ficou em 2,92%, ante 2,92% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (18), o Ibovespa fechou em alta, renovando máxima histórica e a caminho de encerrar 2023 com o melhor desempenho anual desde 2019, encontrando apoio na sessão principalmente nas ações da Petrobras, enquanto Casas Bahia caiu mais de 8%. O índice Ibovespa teve alta de 0,68%, a 131.083,82 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,6 bilhões.

Na terça-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, renovando máximas históricas, endossado por avanço nos pregões em Wall Street e queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, além de melhora do rating soberano do Brasil pela agência S&P. O índice Ibovespa teve alta de 0,59 %, a 131.850,90 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,2 bilhões.

Na quarta-feira (20), o Ibovespa fechou em queda, após voltar a superar os 132 mil pontos na máxima do pregão, com piora em Wall Street e realização de lucros freando o efeito positivo da queda dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano. O índice Ibovespa teve queda de 0,79%, a 130.804,17 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,9 bilhões.

Na quinta-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, renovando máxima histórica de fechamento, diante da alta das ações de Vale, em função da alta dos futuros do minério de ferro na Ásia, e de um pregão positivo em Wall Street. O índice Ibovespa teve alta de 1,05%, a 132.182,01 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,2 bilhões.

Na sexta-feira (22), por volta das 11h30, o índice Ibovespa operava em alta de 0,12%, a 132.346,06 pontos. Último pregão antes do Natal, com investidores na expectativa pela divulgação do índice de inflação PCE nos Estados Unidos, enquanto também seguiam atentos às discussões sobre o Orçamento de 2024 no Congresso. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,43%, a 132.752,93 pontos. O volume financeiro somou R$ 21 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (22), por volta das 11h30, o dólar registrava queda de 0,46%, cotado a R$ 4,8646 na venda. Acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante a maior parte das demais divisas no exterior, com investidores à espera de novos dados de inflação nos Estados Unidos e da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso brasileiro.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 4,8606, fechando a última semana completa do ano com perda superior a 1%, em um dia em que a moeda norte-americana também cedia no exterior, após a divulgação de dados favoráveis sobre a inflação dos Estados Unidos.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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26/12/2023