Cenário Econômico Nacional – 29/01/2024

Cenário Econômico Nacional – 29/01/2024

Cenário Econômico Nacional – 29/01/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Economistas diminuem projeções da inflação e dólar em 2024

Economistas reduziram a projeção de inflação e dólar em 2024, enquanto elevaram a da atividade econômica, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (22).

Os economistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,87% para 3,86%. As estimativas para 2025 foram mantidas em 3,50%, iguais às de 2026.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros Selic em 2024 em 9%, enquanto a de 2025 continua em 8,50%, igual em 2026.

Os economistas elevaram as projeções do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 1,59% para 1,60%. Já as para 2025 e 2026 seguem em 2%.

Em relação ao dólar, as apostas para 2024 passaram de R$ 4,95 para R$ 4,92. Em 2025, a projeção segue em R$ 5, enquanto para 2026 caiu de R$ 5,06 para R$ 5,05.

IPC-S avança em cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV na 3ª quadrissemana de janeiro

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) registrou avanço em cinco das sete capitais pesquisadas na passagem da segunda para a terceira quadrissemana de janeiro.

No período, o índice cheio acelerou de 0,49% para 0,59%. A aceleração mais significativa entre as capitais aconteceu em Recife (0,44% para 0,85%). Em seguida aparecem Belo Horizonte (1,17% para 1,41%); Salvador (0,80% para 0,95%); Rio de Janeiro (0,52% para 0,63%) e São Paulo (0,38% para 0,44%). Em Porto Alegre a variação repetiu a alta de 0,33% da leitura anterior, enquanto houve desaceleração em Brasília (0,10% para 0,06%).

Confiança do Consumidor cai 2,4 pontos em janeiro, diz FGV

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 2,4 pontos em janeiro, para 90,8 pontos, após ter registrado em dezembro o maior patamar para o mês desde 2013, informa o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é o menor nível desde maio de 2023 (89,5 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, em 0,6 ponto, para 92,1 pontos.

“A confiança dos consumidores inicia 2024 em queda, dando continuidade à tendência de desaceleração iniciada em setembro do ano passado. O resultado é motivado pela piora das perspectivas sobre a situação atual e das expectativas para os próximos meses, assim como disseminada entre as faixas de renda, com exceção da confiança dos consumidores de renda mais alta que subiu no mês”, informa a economista do Ibre/FGV Anna Carolina Gouveia.

Segundo a economista, apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, os juros e o endividamento elevados continuam a exercer pressão sobre a situação financeira e o consumo das famílias, contribuindo para a manutenção do indicador em patamar “pessimista-moderado”.

Em janeiro, a queda da confiança ocorreu tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu pelo segundo mês consecutivo, agora em 2,7 pontos, para 77,6 pontos, menor nível desde julho de 2023 (77,0 pontos). No mesmo sentido, o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,3 pontos, para 100,2 pontos.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que avalia a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias foi o que mais influenciou para a piora da confiança no mês, ao registrar queda pelo segundo mês seguido, agora em 5,1 pontos, para 64,4 pontos, menor nível desde maio de 2023 (62,1 pontos). O indicador que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou modestamente, em 0,2 ponto, para 91,2 pontos.

Banco Central: Fluxo cambial total em janeiro, até dia 19, é positivo em US$ 4,846 bilhões

O Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 4,846 bilhões em janeiro, até o dia 19, segundo dados preliminares divulgados pelo Banco Central na quinta-feira (25). Em dezembro, houve saída líquida de US$ 12,997 bilhões e o Brasil registrou fluxo cambial positivo de US$ 11,491 bilhões no acumulado de 2023.

Com a entrada em vigor da nova lei cambial, operações menores têm até o dia 5 do mês subsequente para serem informadas ao BC e, por isso, a estatística mensal final do fluxo cambial é publicada na terceira semana do mês seguinte.

Em janeiro, até o dia 19, o canal financeiro apresentou entrada líquida de US$ 2,402 bilhões. Isso é o resultado de compras no valor de US$ 35,980 bilhões e vendas no total de US$ 33,578 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.

No comércio exterior, o saldo das três primeiras semanas do mês foi positivo em US$ 2,444 bilhões, com importações de US$ 11,242 bilhões e exportações de US$ 13,686 bilhões. Nas exportações, estão incluídos US$ 988 milhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 2,339 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 10,359 bilhões em outras entradas.

IPC-Fipe sobe 0,34% na 3ª quadrissemana de janeiro ante 0,33% na 2ª quadrissemana

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,34% na terceira quadrissemana de janeiro, acelerando marginalmente ante o avanço de 0,33% observado na segunda quadrissemana deste mês, segundo dados publicados na sexta-feira (26), pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na terceira leitura de janeiro, dois dos sete componentes do IPC-Fipe ganharam força: Vestuário (de 0,20% na segunda quadrissemana para 0,27% na terceira quadrissemana) e Educação (de 1,64% para 2,78%). Também houve menor deflação em Transportes (de -1,67% para -1,17%).

Por outro lado, três categorias desaceleraram de uma quadrissemana para a outra: Alimentação (de 1,64% para 1,51%), Despesas Pessoais (de 0,14% para -0,25%) e Saúde (de 0,84% para 0,48%).

Os custos de Habitação, por sua vez, mantiveram a alta de 0,13% da quadrissemana anterior.

Despesa do Governo Geral em 2022 foi de R$ 4,630 trilhões, equivalente a 45,9% do PIB, diz Tesouro

O Tesouro Nacional divulgou que a despesa do Governo Geral foi de R$ 4,630 trilhões, equivalente a 45,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. O dado consta da primeira edição do Boletim de Despesas por Função do Governo Geral (Cofog).

De acordo com o Tesouro, o Boletim de Despesas por Função do Governo Central, que passou a ser publicado em 2018 e reunia somente os dados da União, será descontinuado e substituído por essa nova versão que amplia a abrangência dos dados e passa a detalhar as despesas nas três esferas de governo.

“Essa ampliação a nível de Governo Geral possibilita a comparação com países com distintos arranjos federativos, além de ensejar a análise de como as esferas de governo brasileiras compartilham a execução de políticas públicas”, diz o documento.

Segundo o relatório, a área de Proteção Social, que compreende gastos com benefícios previdenciários e programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, apresentou o maior nível de despesas em 2022, R$ 1,684 trilhão, ou seja, 16,7% do PIB.

No mesmo ano, o segundo maior gasto foi com a área de Serviços Públicos Gerais, que concentra despesas administrativas referentes aos juros da dívida pública, R$ 1,096 trilhão, o equivalente a 10,9% do PIB.

TCU começará a julgar operações do BNDES em 5 de março

O TCU (Tribunal de Contas da União) começará a julgar em 5 de março um conjunto de processos relacionados a operações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os casos se referem a operações de aportes de capitais ou financiamento da exportação de serviços para outros países feitas pelo banco e sua subsidiária BNDESPar.

O julgamento será feito em duas sessões extraordinárias. A 2ª será em 9 de abril. O relator dos processos é o ministro substituto Augusto Sherman, que em outubro emitiu parecer sobre um dos casos indicando desvios de finalidade em 67 operações de financiamento.

Haddad reitera importância de regulamentação da reforma tributária ocorrer neste ano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a importância de que a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo ocorra em 2024, o que vai possibilitar que o calendário de transição previsto seja cumprido. O reforço foi feito nesta manhã durante a reunião inaugural do Programa de Assessoramento Técnico à Implementação da Reforma da Tributação sobre o Consumo (PAT-RTC).

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo que o chefe da equipe econômica pediu também que os grupos de trabalho que atuarão na regulamentação procurem elaborar textos próximos do ideal para facilitar o trabalho dos relatores no Congresso.

Em nota divulgada, a Fazenda confirmou que o ministro pediu a união de esforços dos integrantes dos GTs para a realização do “melhor trabalho possível” na elaboração das propostas. “Inaugurar a transição do caos tributário para um sistema sustentável para o desenvolvimento da nossa cidadania e economia será um dia histórico para o Brasil”, afirmou o ministro, segundo a pasta.

Como também mostrou o Broadcast, Haddad exaltou ainda que a construção do novo sistema tributário é uma oportunidade para criação de um “pacto federativo como nunca se viu no Brasil”.

De acordo com o ministério, o chefe da equipe econômica ainda salientou a importância da reforma para solucionar distorções que penalizam os mais pobres, observando que a migração para o novo sistema contribuirá para “harmonizar o social com o fiscal”.

Segundo a Fazenda, cerca de 200 pessoas participaram da reunião, entre membros da Comissão de Sistematização, do Grupo de Análise Jurídica, da Equipe de Quantificação e dos 19 Grupos Técnicos que compõem o programa.

Alckmin diz que plano para a indústria ‘não tem impacto fiscal’

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na quarta (24), que o programa Nova Indústria Brasil “não tem nada a ver” com a questão fiscal do País e que a iniciativa não terá nenhum tipo de impacto nas despesas do governo além daquelas já previstas no Orçamento. “Parte do dinheiro para financiar o projeto de incentivo à indústria será captado no mercado”, disse ele, para completar: “Não tem nenhum dinheiro do governo. Na realidade, não tem impacto fiscal”.

Alckmin disse ainda que percebe um certo preconceito em relação ao BNDES e insistiu que o governo não fará qualquer tipo de aporte no banco de fomento. “No programa industrial, o BNDES quer participar de fundo na área de minerais críticos, em áreas estratégicas, o valor é mínimo”, afirmou. “O governo não vai fazer aporte no BNDES, não vai colocar recurso a mais.” O anúncio do pacote gerou críticas entre economistas, que veem a reciclagem de propostas já usadas em governos anteriores do PT e maior risco para o quadro fiscal.

Tebet: Nosso veto provisório para emendas pode ser alterado em fevereiro

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse na quinta-feira (25), que o veto de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão é provisório e que pode ser revisto, mas a pasta não tem uma resposta de como serão recompostos.

“Nós tivemos de fazer vetos e os vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação ou uma parte da programação e cortar. Ou eu corto a programação inteira, ou eu não posso cortar. Como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão, aquilo que é da parte do Congresso, nós fizemos provisoriamente um primeiro veto nas ações, nas linhas de programação, e podemos, lá para fevereiro, fazer qualquer alteração, como sempre fizemos no momento certo”, disse a ministra.

Segundo Tebet, o governo terá mais clareza desses números na apresentação do primeiro relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, mas isso não significa que o governo não possa enviar uma proposta ao Congresso antes desse prazo para redistribuir os vetos.

Ainda assim, o governo terá uma sinalização mais clara das expectativas de receitas só após o carnaval. Uma das razões para o governo ter de enxugar o Orçamento foi a apuração da inflação, o IPCA de 2023 fechou em um nível inferior ao usado para estimar as despesas no Orçamento.

“Nós preferimos arrecadar menos do que ter um processo inflacionário no Brasil e perder controle. Então quanto menor for a inflação, não tem problema a arrecadação cair. A gente corta de algum lugar. Então nós tivemos R$ 4,4 bilhões a menos. Agora nós temos de ver as ações, medidas provisórias e os projetos de lei que nós apresentamos e o Congresso aprovou no final do ano, o que significa isso em receita real”, explicou.

Movimentação de passageiros no setor aéreo cresceu 15,3% em 2023

O setor aéreo brasileiro encerrou 2023 com a movimentação de 112,6 milhões de passageiros, crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior. Do total, 91,4 milhões foram em voos domésticos, com crescimento de 11,2%. O aumento em voos internacionais foi ainda mais expressivo, com 37% de expansão, totalizando 21,2 milhões de passageiros transportados.

Os dados foram apresentados no período da tarde de segunda-feira (22), pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Para o ministro, o aumento da movimentação indica que as ações do governo para o setor estão no sentido correto, ainda que tenha admitido os desafios para o barateamento das passagens.

O ministro também comentou sobre os dados de investimentos no setor. Em 2023, foram investidos R$ 187 milhões dos cofres públicos na aviação regional e outros R$ 1,2 bilhão pela iniciativa privada.

A projeção é que estes montantes irão mais do que dobrar neste ano, com R$ 480 milhões de investimentos do governo e R$ 2,6 bilhões das companhias privadas.

Abiquim: Nova Indústria Brasil está ancorada em pontos centrais da neoindustrialização

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) emitiu na terça-feira (23), posicionamento favorável ao plano Nova Indústria Brasil, lançado pelo governo federal ontem e que prevê R$ 300 bilhões em investimentos para a indústria até 2026 por meio de financiamentos e subsídios. Para a entidade, formada por 120 empresas químicas de grande, médio e pequeno portes, a iniciativa está alinhada a pontos centrais da promoção de uma neoindustrialização.

O presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, apontou que a retomada do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) significou um “reconhecimento do governo” sobre a importância do setor químico. A iniciativa foi criada em 2013 com o objetivo de reduzir a diferença de custos entre empresas químicas nacionais e globais, por meio de descontos em impostos federais, como o Pis/Cofins.

Na segunda, o governo anunciou que o Reiq teria R$ 1,5 bilhão em incentivos dentro do plano Nova Indústria Brasil. A perspectiva também é positiva para uma melhor oferta de gás natural – importante matéria-prima para produtos químicos básicos. A defesa por maior disponibilidade do insumo é uma antiga reivindicação do setor.

“Esperamos, com confiança, que os desdobramentos do plano criarão as condições para a sobrevivência e retomada do crescimento de uma indústria química que escolheu competir com padrões mais sustentáveis que a maioria dos outros países produtores químicos no mundo, enfrentando a concorrência de produtos que geram mais emissões de gases de efeito estufa. Entendemos que essa política tem o potencial de mudar o quadro desfavorável que atualmente enfrentamos”, afirmou Passos.

Atividade cai em dezembro, mas empresários começam 2024 mais otimistas, mostra sondagem da CNI

A atividade industrial demonstrou enfraquecimento em dezembro de 2023, com redução da produção e do emprego no setor. A retração é esperada para meses de dezembro e ela foi mais branda que o normal no ano passado, segundo mostra a Sondagem Industrial, divulgada na quarta-feira (24), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice de evolução da produção industrial atingiu 42,2 pontos em dezembro, abaixo da linha dos 50 pontos, indicando redução no nível de produção em relação a novembro de 2023. O indicador varia de zero a 100 pontos, e números abaixo de 50 sinalizam queda da atividade. Apesar do recuo, o índice está 0,4 pontos acima da média dos meses de dezembro da série histórica, de 41,8 pontos.

O indicador de evolução do número de empregados na indústria fechou dezembro do ano passado em 47,9 pontos, mostrando recuo no emprego industrial frente a novembro. Mas, ainda assim, ficou acima da média histórica, de 46,8 pontos.

A Sondagem Industrial mostra que, embora a retração da produção e do emprego tenha sido mais fraca em relação ao histórico, o nível de estoques passou a situar-se no patamar planejado pelas empresas em dezembro de 2023. Segundo a pesquisa, o indicador do nível de estoques atingiu 47,9 pontos no último mês de 2023, o menor valor atingido pela série desde dezembro de 2020, mostrando que a queda dos estoques foi significativa e disseminada entre as empresas.

Já o indicador de estoque efetivo em relação ao usual caiu 0,7 pontos e registrou 49,9 pontos. “Essa é a primeira vez em 18 meses que o indicador não registra excesso indesejado de estoques”, destaca a CNI.

A Utilização da Capacidade Instalada apresentou recuo de 4 pontos porcentuais de novembro para dezembro, atingindo 67%. “O porcentual do mês é igual à média dos meses de dezembro da série, indicando que o nível de utilização da capacidade instalada se encontra de acordo com o esperado para o período”, destaca da CNI.

Ebanx: 47% das transações com cartões de crédito são parceladas no Brasil

As transações parceladas respondem por 47% das compras com cartões de crédito no Brasil, um dos porcentuais mais altos na América Latina, de acordo com a empresa de pagamentos Ebanx. Apenas no México e na Guatemala o porcentual é maior, ficando em 50%.

Os dados são da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) e foram reunidos pela Ebanx em um estudo sobre o panorama internacional para pagamentos online. A empresa não especifica quanto desse parcelado se dá com ou sem juros, no Brasil, o setor estima que o parcelamento sem juros predomine.

“Na América Latina, planos de pagamento parcelados emergiram nos anos 80 para estimular o consumo durante um período hiperinflacionário. Desde então, se tornaram uma preferência cultural na região, e essenciais durante crises econômicas ou períodos de caixa restrito”, afirma o relatório da Ebanx.

A empresa afirma que cerca de 20% do volume movimentado através de suas plataformas é pago em parcelas. Em determinadas transações com cartões de crédito, essa participação sobe para 43%. “A prática está se tornando mais comum à medida que parcelamentos sem juros crescem na região, chegando a países como Colômbia e Peru.”

No ano passado, o parcelamento de compras sem juros despertou uma polêmica no Brasil. Durante os debates sobre os juros do crédito rotativo, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defendeu que o parcelado sem juros fosse limitado, afirmando que essa modalidade é subsidiada pelo rotativo.

Déficit na balança comercial da indústria de transformação cai 34% em 2023, mostra Icomex

A Fundação Getulio Vargas (FGV) avaliou no relatório do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) que o aumento no volume das exportações em 2023 sinalizou o crescimento da penetração dos produtos brasileiros, seja dos mesmos produtos e/ou novos produtos. A balança comercial fechou o ano de 2023 com um superávit de US$ 98,8 bilhões, o segundo recorde consecutivo.

O maior superávit foi o da agropecuária, US$ 74,3 bilhões, seguido da extrativa, no valor de US$ 62,8 bilhões. O déficit da indústria de transformação passou de US$ 57,2 bilhões para US$ 37,7 bilhões, uma redução de US$ 19,5 bilhões, ou 34%. “A redução do déficit da indústria de transformação contribuiu para o aumento do superávit em 2023”, disse a FGV.

Em termos agregados, o aumento do volume exportado por setores mostra a liderança da agropecuária e da indústria extrativa, com crescimento de 25% e 16,5%, respectivamente, com queda de preços em ambos os casos.

O principal produto exportado foi a soja em grão (participação de 16%), seguido do petróleo (13%) e do minério de ferro (9%), que são os principais produtos exportados pelo Brasil desde o início dos anos 2010. A seca na Argentina, porém, favoreceu o aumento das vendas brasileiras de soja em grão, que aumentaram em quantidade, 29,4%.

“Além disso, também favoreceu as vendas de farelo de soja na pauta brasileira, passando a ser o segundo principal produto exportado da indústria de transformação, em 2023. A Guerra na Ucrânia e problemas na safra dos Estados Unidos levaram ao aumento das exportações de milho (11,8%), que foi o segundo principal produto das vendas do setor agropecuário, em 2023”, informou a FGV.

De acordo com o relatório do Icomex, os investimentos em infraestrutura na China no segundo semestre favoreceram as exportações de minério de ferro, e além disso, o aumento da exploração do petróleo no Brasil foi positiva para as exportações.

SELIC

O mercado manteve a mediana do Relatório de Mercado Focus para a expectativa de Selic terminar no atual ciclo de flexibilização em 9,00% ao ano no encerramento de 2024. Há um mês, a estimativa já era de 9,00%. Considerando apenas as 79 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também seguiu em 9,00% ao ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (30), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,00%, ante 9,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

Na primeira prévia de janeiro, a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma queda de 0,67%, seguindo a tendência de diminuição observada em dezembro, quando o índice caiu 0,26%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (30), a projeção para o IGP-M ficou em 4,02%, ante 4,04% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma alta de 0,31% nos preços em janeiro, informou na sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice teve uma leve desaceleração de 0,09 ponto percentual (p.p.) na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,40% para dezembro. Em janeiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,55%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,47% na janela de 12 meses.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (30), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 3,81%, ante 3,86% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A mediana das projeções para a evolução o PIB para 2024 subiu de 1,59% para 1,60%. A projeção para 2025 também foi mantida em 2,0% pela sexta semana seguida e a de 2026 está em 2,0% há 24 semanas consecutivas. A estimativa também está em 2,0% em 2027, há 27 semanas.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (30), a projeção para o PIB ficou em 1,60%, ante 1,60% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (22), o Ibovespa fechou em queda, renovando mínimas desde meados de dezembro, em movimento descolado de Wall Street, com a sessão marcada pelo anúncio de um plano industrial do governo com subsídios, crédito e exigência de conteúdo local. O índice Ibovespa teve queda de 0,81%, a 126.601,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,5 bilhões.

Na terça-feira (23), o Ibovespa fechou em queda, recuperando o patamar dos 128 mil pontos, apoiado principalmente no avanço de 2% das ações da Vale, que acompanharam o aumento dos preços do minério de ferro na Ásia após notícias sobre mais estímulos da China. O índice Ibovespa teve alta de 1,31%, a 128.262,52 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,7 bilhões.

Na quarta-feira (24), o Ibovespa fechou em queda, com a alta nos rendimentos dos Treasuries e a piora das ações da Petrobras minando o viés mais positivo que prevaleceu na primeira etapa do dia, quando o Ibovespa chegou a recuperar brevemente o patamar dos 129 mil pontos. O índice Ibovespa teve queda de 0,35%, a 127.815,7 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,3 bilhões.

Na quinta-feira (25), o Ibovespa fechou em alta, com a ajuda, principalmente, das ações da Petrobras (PETR4) e de companhias ligadas ao mercado interno. O índice Ibovespa teve alta de 0,28%, a 128.168,73 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,7 bilhões.

Na sexta-feira (26), por volta das 10h30, o índice Ibovespa operava em alta de 0,048%, a 128.230,32 pontos. Com agentes financeiros aguardando a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos, enquanto, no Brasil, o IPCA-15 mostrou uma alta menor do que a esperada em janeiro. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,62%, a 128.967,32 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,9 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (26), por volta das 10h30, o dólar registrava queda de 0,27%, cotado a R$ 4,9095 na venda. Com investidores digerindo um IPCA-15 de janeiro mais fraco do que o esperado e antes de uma importante leitura de inflação dos Estados Unidos, que pode oferecer pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (26) cotado a R$ 4,9105, com as cotações reagindo à divulgação de dados de inflação dentro do esperado nos EUA, que deram força a divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o Brasil.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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