Cenário Econômico Nacional – 11/03/2024

Cenário Econômico Nacional – 11/03/2024

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Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Alta de 2,9% do PIB coloca Brasil na 9ª posição em ranking de maiores economias
  • Focus: Economistas cortam projeção do IPCA e elevam a do PIB neste ano
  • Produção de bens de capital sobe 5,20% em janeiro ante dezembro, mostra IBGE
  • Dívida Bruta do Governo Geral sobe a 75% do PIB em janeiro, revela Banco Central
  • Concessões de empréstimos no Brasil caem 11,1% em janeiro, informa Banco Central
  • Partidos definem prioridades em disputa por comissões na Câmara
  • Sarrubbo é nomeado secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça
  • 51% aprovam trabalho de Lula e 46% desaprovam, diz pesquisa
  • Líderes do Senado se reúnem para definir a pauta da próxima semana
  • Lula diz que governo terá que discutir com Congresso mudança no limite de gastos
  • Fiesp: Participação da indústria no PIB cai para 10,8% em 2023
  • Crescimento de serviços no Brasil atinge em fevereiro pico de 19 meses, mostra PMI
  • Produção da indústria do Brasil inicia 2024 com maior queda em quase 3 anos em janeiro
  • Simpi/Datafolha: Uma a cada quatro micro ou pequena indústria tem dívidas com impostos
  • Receita atualiza instrução sobre tributação especial de incorporações imobiliárias
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB

Alta de 2,9% do PIB coloca Brasil na 9ª posição em ranking de maiores economias

A alta de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023 fez o País subir duas posições no ranking de maiores economias do mundo, passando da 11ª colocação em 2022 para a 9º posição no ano passado, de acordo com os cálculos da agência de classificação de risco Austin Rating. A expansão da atividade econômica fez o Brasil ultrapassar, em tamanho do PIB em dólares, as economias de Canadá e Rússia.

O primeiro lugar no ranking de maiores economias do mundo em 2023 permaneceu com Estados Unidos, seguido por China, Alemanha, Japão, Índia, Reino Unido, França, Itália, Brasil e Canadá. Em guerra com a Ucrânia, a Rússia deixou o grupo de dez maiores PIBs mundiais, caindo para a 11ª posição. Os cálculos da Austin Rating consideram estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil alcançou a 14ª colocação no ranking de melhor desempenho do crescimento do PIB no ano de 2023 ante 2022. A lista feita pela Austin Rating inclui 54 países com estimativas já conhecidas.

Os melhores desempenhos no ano foram da Mongólia (7,1%), Índia (6,7%), Irã (6,4%), Malta (5,6%), Filipinas (5,6%), China (5,2%), Indonésia (5,0%), Vietnã (5,0%), Turquia (4,5%) e Islândia (4,2%). Os Estados Unidos cresceram 2,5%; a economia da Alemanha recuou 0,3%; e o Japão teve expansão de 1,9%.

No quarto trimestre de 2023 ante o terceiro trimestre de 2023, o PIB brasileiro ficou estável (0,0%). Os dados oficiais das Contas Nacionais foram divulgados na sexta-feira (01), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na lista de desempenho da atividade econômica no trimestre, que inclui informações de 47 países, o Brasil ficou na 35ª colocação.

Focus: Economistas cortam projeção do IPCA e elevam a do PIB neste ano

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,80% para 3,76%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de limite para mais ou para menos. As estimativas para 2025 foram mantidas em 3,51% e as de 2026 em 3,50%.

Os economistas elevaram as projeções do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 1,75% para 1,77%. As estimativas para 2025 e 2026 foram mantidas em 2%.

Em relação ao dólar, as apostas para 2024 foram mantidas em R$4,93. Para 2025, a projeção segue em R$5, enquanto a para 2026 continua em R$5,04.

Produção de bens de capital sobe 5,20% em janeiro ante dezembro, mostra IBGE

A produção da indústria de bens de capital subiu 5,20% em janeiro de 2024 ante dezembro de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com janeiro de 2023, o indicador avançou 0,40%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF).

Em relação aos bens de consumo, a produção registrou queda de 1,50% na passagem de dezembro para janeiro. Na comparação com janeiro de 2023, houve aumento de 2,50%.

Na categoria de bens de consumo duráveis, a produção subiu 1,40% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2023, houve alta de 1,40%. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve queda de 1,00% na produção em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2023, a produção subiu 2,60%.

Para os bens intermediários, o IBGE informou que a produção caiu 2,40% em janeiro ante dezembro. Em relação a janeiro de 2023, houve alta de 4,80%.

Dívida Bruta do Governo Geral sobe a 75% do PIB em janeiro, revela Banco Central

A dívida pública brasileira subiu em janeiro. Dados divulgados na quinta-feira (07), pelo Banco Central mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral ficou em R$ 8,211 trilhões em janeiro, o que representa 75,0% do Produto Interno Bruto (PIB) – contra 74,3% em dezembro.

O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A Dívida Bruta do Governo Geral – que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais, é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País.

Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), por sua vez, diminuiu no primeiro mês de 2024 para 60,0% do PIB, ante 60,8% em dezembro.

A DLSP atingiu R$ 6,565 trilhões.

A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.

Concessões de empréstimos no Brasil caem 11,1% em janeiro, informa Banco Central

As concessões de empréstimos no Brasil recuaram 11,1% em janeiro na comparação com o mês anterior, informou o Banco Central na sexta-feira (08), com o estoque total de crédito recuando 0,3% no período, a 5,777 trilhões de reais.

O resultado do saldo das operações de crédito decorreu da redução de 2,3% no saldo da carteira de crédito às pessoas jurídicas, contra aumento de 1,0% no saldo da carteira de pessoas físicas.

No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, tiveram queda de 9,5% em relação ao mês anterior. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve recuo de 25,0% no período.

Em janeiro, a inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,6%, contra 4,5% no mês anterior.

Já os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 40,3% em janeiro, uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Nos recursos direcionados, houve aumento de 0,3 ponto no mês, a 10,4%. O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, caiu para 29,8 pontos percentuais nos recursos livres, contra 30,2 pontos no mês anterior.

Partidos definem prioridades em disputa por comissões na Câmara

As comissões devem ser definidas nesta semana, entre os dias 4 a 8 de março, depois de mais de 1 mês sem a nova formação dos colegiados. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer a deliberação para dar andamento aos trabalhos da Casa Baixa, de olho nas eleições municipais deste ano que reduzirão o tempo de atividades do Congresso.

A indefinição é decorrente do imbróglio nos comandos da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Comissão de Fiscalização e Controle e da CMO (Comissão Mista de Planos, Orçamento Público e Fiscalização), consideradas as mais importantes para a Câmara.

Em relação às outras, a situação é menos turbulenta. Os partidos manifestam o desejo de assumir àquelas ligadas aos ministérios que têm no governo, para facilitar o avanço de pautas. Por exemplo, o PSD quer ficar com Minas e Energia, para auxiliar o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), que é filiado ao partido.

O PL pleiteia o comando da CCJ por ter a maior bancada da Câmara, com 96 deputados federais. A Comissão foi presidida pelo PT no ano passado, em um acordo para haver troca com o PL em 2024. No entanto, o governo não quer que o partido rival assuma por pensar que a sigla vai travar matérias na Câmara. A cúpula da Câmara também vinha negando o eventual acordo que o PL prega.

Essa indefinição fez com que a discussão travasse o debate sobre todas as outras comissões. A partir da resolução sobre CCJ, Comissão de Fiscalização e Controle e CMO será dado andamento as definições das outras comissões por proporcionalidade das bancadas.

A avaliação é que será difícil o PL não ficar com a comissão e que o melhor a se fazer é tentar emplacar um nome do partido que seja menos bolsonarista. O nome da deputada Caroline de Toni (PL-SC) está decidido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e pelo líder da bancada na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), para comandar o colegiado.

Sarrubbo é nomeado secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça

O governo federal formalizou na terça-feira (05), no Diário Oficial da União (DOU) a nomeação do ex-procurador de Justiça de São Paulo Mario Luiz Sarrubbo para exercer o cargo de secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A escolha de Sarrubbo para o posto já havia sido anunciada pelo chefe da pasta, o ministro Ricardo Lewandowski.

Em entrevista ao Estadão, Sarrubo indicou que vai apostar em inteligência e na integração entre o Ministério Público e as polícias para combater a criminalidade em âmbito nacional. Uma de suas principais metas é a asfixia de facções criminosas, em especial o PCC. Segundo Sarrubbo, é preciso “respeitar os direitos humanos, mas com a força necessária”.

“A gente vai trabalhar para melhorar a situação de segurança e produzir resultados mais expressivos. Essa é uma preocupação do ministro. É necessário que se faça isso com diálogo, com inteligência e seguindo parâmetros de um Estado Democrático de Direito. É um meio-termo que a gente tem que buscar: a força do Estado no combate ao crime com respeito absoluto aos direitos humanos, à integridade e dignidade da pessoa”, afirmou.

A Secretaria Nacional de Segurança Pública é responsável por formular políticas, diretrizes e ações para a segurança pública no País. Dentre suas competências, a secretaria faz assessoramento técnico ao ministro da Justiça nos assuntos de segurança pública, com base na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social. Também é essa secretaria que cuida da gestão do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

51% aprovam trabalho de Lula e 46% desaprovam, diz pesquisa

Pesquisa Quaest, divulgada na quarta-feira (06), mostra que os brasileiros estão divididos em relação à atuação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o levantamento, 51% dos entrevistados aprovam o trabalho do petista, 46% desaprovam e 3% não souberam ou não responderam.

Os pesquisadores ouviram 2.000 pessoas de 25 a 27 de fevereiro de 2024, em 120 municípios. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.

Em estudo feito em dezembro do ano passado, a aprovação do trabalho do presidente estava em 54%, ante uma reprovação de 43%.

Entre os eleitores evangélicos, a desaprovação de Lula é maior: 62%. Os entrevistados evangélicos que aprovam a atuação do presidente somam 35%.

O petista se destaca entre os entrevistados que ganham até 2 salários mínimos. Nesta faixa de renda, 61% aprovam o trabalho do presidente e 36% desaprovam.

Entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos, a popularidade de Lula cai: 45% aprovam e 52% desaprovam o trabalho realizado por ele.

O quadro se inverte entre os entrevistados que ganham mais de 5 salários mínimos. Segundo o levantamento, 54% desaprovam, enquanto 44% aprovam a atuação de Lula.

Líderes do Senado se reúnem para definir a pauta da próxima semana

Líderes do Senado se reúnem na quinta-feira (07), desde as 9h, para definir a pauta do plenário da Casa na semana que vem. Há um movimento, encampado principalmente pela oposição, para que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de criminalização das drogas seja votada em breve na Casa.

O pedido de vista no Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento sobre descriminalização do porte de drogas feito pelo ministro Dias Toffoli pode arrefecer esse movimento no Senado, mas há, ainda, pressão sobre o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que o assunto seja votado, independentemente da decisão do Supremo.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), se reunirá com integrantes do colegiado informalmente na manhã de hoje para decidir se a PEC será pautada na semana que vem ou não.

A agenda de Pacheco nesta quinta prevê a participação na reunião de líderes e a participação na sessão deliberativa do plenário do Senado, às 11h, quando os parlamentares analisam acordo em torno de certificados de assinatura digital do Mercosul e discutem duas PECs, uma sobre isenção de IPVA para veículos terrestres com mais de 20 anos de fabricação e outra que inclui a segurança alimentar entre os direitos sociais.

Lula diz que governo terá que discutir com Congresso mudança no limite de gastos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que o governo terá que discutir em algum momento com o Congresso a mudança do “limite de gastos” do país para promover mais benefícios à população, e afirmou que bons projetos sempre terão financiamento.

Em discurso durante evento de anúncio de investimentos do Novo PAC Seleções no Palácio do Planalto, Lula também reiterou que a economia brasileira vai crescer neste ano e enfatizou a necessidade de garantir a estabilidade fiscal e econômica para atrair investimentos.

“Quando a gente tiver mais dinheiro a gente vai ter que discutir com a Câmara e o Senado esse limite de gastos, e vamos ver como é que a gente pode utilizar mais dinheiro para fazer mais benefício para o povo”, disse Lula.

“Nós precisamos garantir estabilidade econômica. Esse país tem. Nós precisamos garantir estabilidade fiscal. Esse país tem”, acrescentou.

Lula ainda afirmou que a arrecadação federal está aumentando “além daquilo que muita gente esperava”. Em janeiro, a arrecadação apresentou o melhor resultado já registrado para todos os meses da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1995.

Mais tarde, em discurso durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, Lula disse que “não há hipótese de você ter um bom projeto que a gente não arrume dinheiro”, ao incentivar os pesquisadores a apresentarem propostas relativas ao desenvolvimento da inteligência artificial no país.

“O discurso não faz o dinheiro, mas um projeto faz dinheiro”, afirmou. O presidente também disse estar muito otimista com o futuro do país e apontou não haver motivos para não acreditar que o Brasil pode voltar a ser uma das principais economias do planeta.

Fiesp: Participação da indústria no PIB cai para 10,8% em 2023

Novamente na contramão do crescimento econômico, a indústria de transformação perdeu um pouco mais de peso no Produto Interno Bruto (PIB). Em 2023, a participação do setor em toda a riqueza gerada no País recuou pelo quinto ano seguido, ficando em 10,8%.

Apresentado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) após a divulgação, pela manhã, dos resultados finais do PIB de 2023, o porcentual é o menor de toda a série estatística, iniciada em 1996, quando a indústria era 17% do PIB. De lá para cá, essa parcela caiu para 12,2% em 2018, mantendo-se em tendência de queda nos anos seguintes até ficar pela primeira vez abaixo de 11% no ano passado.

Em 2023, como mostrou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a indústria de transformação encolheu 1,3%, a sétima queda dos últimos dez anos, ao passo que o PIB geral, na soma de todas as atividades econômicas, subiu 2,9%. Com a perspectiva de melhora nas condições de crédito, após o aperto dos juros atingir as vendas de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, além dos investimentos em máquinas, a indústria aposta numa reação em 2024.

A previsão do departamento responsável pelos estudos econômicos da Fiesp é de crescimento de 1% do produto gerado pela indústria de transformação neste ano. Ainda assim, o setor não deve acompanhar, de novo, o desempenho da atividade econômica como um todo, que nas previsões da Fiesp deve ser de uma alta de 1,8%.

Crescimento de serviços no Brasil atinge em fevereiro pico de 19 meses, mostra PMI

O setor de serviços do Brasil ganhou força em fevereiro e o crescimento da atividade atingiu um pico de 19 meses em meio à expansão de novos negócios, embora tenha havido pressão de preços, de acordo com uma pesquisa divulgada na terça-feira (05).

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da S&P Global disparou a 54,6 em fevereiro, de 53,1 em janeiro, patamar mais elevado desde julho de 2022. A marca de 50 separa crescimento de contração.

O resultado do setor de serviços brasileiro associado ao pico de 20 meses no crescimento da atividade industrial levou o PMI Composto do Brasil a 55,1 em fevereiro, de 53,2 em janeiro. Com isso, o crescimento da atividade empresarial marcou uma máxima em 19 meses.

“A aceleração do crescimento em ambas as categorias mostra que a demanda interna mais alta impulsionou o ritmo da expansão econômica em todo o setor privado, o que é um bom sinal para o PIB do primeiro trimestre”, avaliou a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima.

“Parece que a incerteza política diminuiu um pouco, pelo menos por agora, com a efetiva recuperação da confiança nos negócios devido a incentivos governamentais e à liberação de investimentos industriais.”

Produção da indústria do Brasil inicia 2024 com maior queda em quase 3 anos em janeiro

A produção industrial no Brasil teve em janeiro a maior queda em quase três anos, num resultado pior que o esperado, pressionado por perdas nas indústrias extrativas e de alimentos, iniciando 2024 em tom negativo depois de resultados positivos no final ano passado.

Em janeiro, a produção contraiu 1,6% na comparação com o mês anterior em dado com ajuste sazonal, informou na quarta-feira (06) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a produção teve alta de 3,6%.

O resultado mensal representa a queda mais intensa desde abril de 2021 (-1,9%) e elimina parte do ganho de 2,9% acumulado no período de agosto a dezembro de 2023.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de recuo de 1,3% na base mensal e alta de 2,8% na anual.

“O dado veio abaixo do esperado e ainda mostra o setor com dificuldades de uma retomada mais robusta”, destacou em nota Rafael Perez, economista da Suno Research. “Para este ano, esperamos uma retomada gradual de alguns segmentos da indústria mais dependentes das condições de crédito, como a indústria de transformação e bens de consumo duráveis, tendo em vista o ciclo de queda da Selic.”

Simpi/Datafolha: Uma a cada quatro micro ou pequena indústria tem dívidas com impostos

Sentindo ainda os efeitos da pandemia sobre suas receitas, o segmento das micro e pequenas indústrias se depara com um novo velho problema: colocar em dia suas dívidas tributárias. A situação é ilustrada por dados levantados pela 11ª edição da Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizada em dezembro e janeiro em todo território Nacional pelo Datafolha por encomenda do Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi).

Segundo o levantamento, 25% das empresas pesquisadas afirmam ter dívidas com impostos, taxas ou tributos junto à Receita Federal. Significa dizer que uma em cada quatro está enroscada com o fisco. Dentre essas, 24% são micro indústrias e 34% são pequenas, sendo que a região Nordeste apresenta o maior índice de endividamento, de 42%, enquanto as regiões Centro-Oeste e Norte possuem o menor, com 20%.

No entanto, segundo informou o presidente do Simpi, Joseph Couri, de cada dez empresas devedoras da Receita Federal, nove gostariam de regularizar suas dívidas usando os programas do fisco para parcelamento dos débitos.

Ocorre que, quando questionados pelo Datafolha sobre as condições oferecidas pelos governos para o pagamento de dívidas tributárias, 47% das empresas consideram os termos um pouco favoráveis, enquanto 31% os consideram nada favoráveis. Isso destaca, segundo Couri, a necessidade de políticas mais abrangentes e favoráveis para auxiliar na regularização das pendências fiscais.

Em relação ao programa lançado pela Receita Federal para regularização de tributos, permitindo o pagamento das dívidas sem juros e multas, 89% das empresas demonstram interesse em regularizar suas dívidas por meio dessa iniciativa. Além disso, 86% afirmam ter a intenção de utilizar a medida para regularizar suas pendências.

Receita atualiza instrução sobre tributação especial de incorporações imobiliárias

A Secretaria Especial da Receita Federal publicou uma nova instrução normativa (IN) sobre o Regime Especial de Tributação aplicável às incorporações imobiliárias (RET-Incorporação). O ato está no Diário Oficial da União (DOU), e substitui a IN anterior sobre assunto, de dezembro de 2013.

A entrada no RET-Incorporação tem caráter opcional, e é irretratável enquanto perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador perante os adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação.

Pelo regime, a empresa que aderir às regras fica sujeita ao recolhimento mensal equivalente a 4% das receitas mensais recebidas, o que corresponde ao pagamento unificado de IRPJ, CSLL, PIS/Pasep e Cofins. A IN publicada nesta quinta-feira cita que esse regime especial de tributação é aplicável a incorporações imobiliárias objeto de patrimônio de afetação; a construções e incorporações de imóveis residenciais de interesse social no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) destinados a famílias cuja renda se enquadre na Faixa Urbano 1; e a construções de unidades habitacionais contratadas no âmbito do PMCMV e do antigo Casa Verde e Amarela.

SELIC

O diretor de Política Econômica do Banco Central disse que a autoridade monetária vai avaliar o uso do instrumento do “forward guidance” à frente. O BC tem dito que vê novas reduções da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual como adequadas nas “próximas reuniões”, no plural, citando os dois encontros seguintes.

“Para a frente, a gente vai analisar. Será que a incerteza aumentou e o forward guidance continua fazendo sentido, ou não continua fazendo sentido? É uma questão de confiança sobre o processo, de risco e retorno”, disse Guillen, no evento organizado pelo Goldman Sachs, com transmissão online de áudio.

IGP-M                                       

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de -0,52% em fevereiro, demonstrando uma redução em relação ao mês anterior, quando apresentou uma alta de 0,07%. Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,45% no ano e de -3,76% nos últimos 12 meses. Em fevereiro de 2023, o índice tinha registrado taxa de -0,06% no mês e acumulava aumento de 1,86% em 12 meses anteriores.

IPCA

A estimativa do IPCA para este ano passou de 3,80% para 3,76% na semana, enquanto a previsão para a inflação de 2025 foi mantida em 3,51%. A projeção para 2026 continua em 3,50%, nível igual ao dos últimos 35 boletins Focus, a mesma taxa de variação esperada para a inflação de 2027.

A estimativa para os preços administrados dentro do IPCA para 2024 experimentou uma alta de 4,06% para 4,07% na semana. Para 2025, a previsão subiu de 3,92% para 3,93, enquanto as de 2026 e 2027 permaneceram em 3,50%.

PIB

O Relatório de Mercado Focus divulgado na terça-feira (05), pelo Banco Central elevou novamente a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 1,75% para 1,77%, ante 1,60% de um mês atrás. Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 seguiu em 1,80%.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (04), o Ibovespa fechou em queda, em meio a cautela antes de eventos relevantes nos Estados Unidos nesta semana, enquanto Embraer avançou mais de 4% após acordo com a American Airlines (NASDAQ:AAL). O índice Ibovespa teve queda de 0,65%, a 128.340,54 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,7 bilhões.

Na terça-feira (05), o Ibovespa fechou em queda, pressionado particularmente pelas ações da Vale, com agentes financeiros na expectativa por fala do chair do Federal Reserve a um comitê do Congresso norte-americano na quarta-feira (06). O índice Ibovespa teve queda de 0,19%, a 128.098,11 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,5 bilhões.

Na quarta-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, em movimento puxado por blue chips, principalmente Vale e Petrobras, em meio a um ambiente favorável a risco no mundo, com o chair do Federal Reserve sinalizando que o banco central dos Estados Unidos pode cortar os juros neste ano. O índice Ibovespa teve alta de 0,62%, a 128.890,23 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,1 bilhões.

Na quinta-feira (07), o Ibovespa fechou em queda, com Petrobras entre as maiores pressões de baixa antes do resultado trimestral previsto para o final do dia, com atenção particular em um aguardado anúncio sobre dividendos da petroleira. O índice Ibovespa teve queda de 0,43%, a 128.339,76 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,3 bilhões.

Na sexta-feira (08), por volta das 13h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,31%, a 126.664,42 pontos. Com as atenções voltadas para as ações da Petrobras (BVMF:PETR4), após a estatal frustrar expectativas no mercado ao decidir não pagar dividendos extraordinários. O dólar operava em alta na sexta-feira (08), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,92%, cotado a R 4,9792 na venda. E seguiu firmemente em terreno positivo após a divulgação de um importante relatório de emprego dos Estados Unidos.

Fontes de Pesquisa: G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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