Cenário Econômico Internacional – 23/02/2024

Cenário Econômico Internacional – 23/02/2024

Cenário Econômico Internacional – 23/02/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Demanda de petróleo em dezembro cresce e atinge oitavo recorde mensal de 2023
  • Líderes mundiais em negócios, finanças e tecnologia se reúnem em Miami para a 2ª Cúpula Prioritária FII da cidade
  • PIB da OCDE cresce 0,4% no 4º trimestre de 2023, com leve desaceleração
  • Dívida global cresceu mais de US$ 15 trilhões em 2023, ao recorde de US$ 313 trilhões, diz IIF
  • Comércio de bens no G20 fica estagnado e de serviços cresce no 4º tri de 2023, mostra OCDE
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Pobreza na Argentina cresce e atinge 57,4% da população, na máxima em 20 anos
  • Premiê do Canadá diz que dado de inflação gera otimismo com corte de juros neste ano
  • Economia dos EUA deve evitar recessão, mas vai crescer bem menos, afirma Conference Board
  • Mercado acionário europeu
  • Bundesbank: crescimento da Alemanha continuará fraco no início de 2024, mas sem recessão severa
  • Presidente do BoE afirma que não há necessidade de cortar juros rapidamente em 2024
  • Fundo de recuperação da UE impulsionou crescimento, investimento e emprego, diz Comissão
  • Confiança do consumidor da zona do euro sobe a -15,5 em fevereiro, mostra preliminar
  • Mercado acionário na Ásia
  • China registra o menor aumento de investimento estrangeiro direto em mais de duas décadas
  • Banco Central da China reduz taxa de juros de referência de 5 anos para 3,95% e mantém a de 1 ano em 3,45%
  • Japão rebaixa visão sobre economia devido a gastos lentos dos consumidores
  • Abrandamento mais rápido da inflação em Cingapura coloca foco nas perspectivas monetárias

Estados Unidos

Demanda de petróleo em dezembro cresce e atinge oitavo recorde mensal de 2023

A demanda global por petróleo atingiu uma nova máxima sazonal em dezembro, de acordo com estatísticas publicadas pela Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (JODI, pela sigla em inglês). Foi o oitavo recorde mensal de 2023.

A demanda por petróleo dos países que enviam dados para a entidade subiu cerca de 500 milhões de barris por dia em dezembro, no comparativo mensal, uma vez que a expansão da procura na Ásia suplantou o declínio nos Estados Unidos e Europa.

A demanda por gás liquefeito de petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, subiu a patamares recordes, enquanto a procura por diesel e gasolina diminuiu para perto da média sazonal de 5 anos.

A produção de petróleo bruto caiu ligeiramente em dezembro, quando recuou 300 mil barris por dia no comparativo com igual mês do ano anterior.

As quedas mais acentuadas na produção de petróleo bruto foram registradas na Arábia Saudita (-1,5 milhão de barris por dia) e no Iraque (-345 mil barris por dia). Esse recuo foi, parcialmente, compensado por aumentos nos EUA (+1,1 milhão de barris por dia, Canadá (+312 mil barris por dia e pela China, com 184 mil barris por dia.

Líderes mundiais em negócios, finanças e tecnologia se reúnem em Miami para a 2ª Cúpula Prioritária FII da cidade

Os líderes mundiais em negócios e finanças reúnem-se em Miami esta semana para discutir potenciais soluções para os conflitos em curso no planeta e as alterações climáticas, bem como inteligência artificial.

A segunda edição da Cúpula de Prioridades da Iniciativa de Investimento Futuro, que será realizada na cidade, começa no dia 22 de fevereiro, apresentando uma agenda abrangente centrada no tema: “No limite de uma nova fronteira”.

De acordo com o FII, a cimeira oferece um programa interativo concebido para apresentar tecnologias disruptivas, ligar ideias a investimentos, ajudar os agentes de mudança a alinharem-se e acelerar a inovação para a melhoria dos negócios e da sociedade.

Com duração de dois dias no Faena Forum, Miami Beach, o FII Priority Miami 2024 fornecerá uma plataforma para mais de 800 líderes globais de negócios e finanças, composta por CEOs, investidores, acadêmicos, cientistas, ícones culturais, formuladores de políticas, empreendedores, profissionais de mídia e membros do Instituto FII.

O programa deste ano irá explorar como as tecnologias disruptivas e a inovação podem abordar as prioridades e desafios fundamentais da humanidade.

PIB da OCDE cresce 0,4% no 4º trimestre de 2023, com leve desaceleração

O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu 0,4% no quarto trimestre de 2023 ante os três meses anteriores, segundo dados preliminares de relatório divulgado pela OCDE na quarta-feira (21).

O resultado apontou leve desaceleração, uma vez que o PIB da OCDE havia expandido 0,5% no terceiro trimestre de 2023 ante o segundo. Apenas no G7, o avanço do PIB igualmente arrefeceu para 0,4% no quarto trimestre, ante 0,5% no terceiro.

Em todo o ano de 2023, o PIB da OCDE teve alta de 1,6%, menor do que o ganho de 2,9% observado em 2022, também de acordo com estimativas preliminares.

Dívida global cresceu mais de US$ 15 trilhões em 2023, ao recorde de US$ 313 trilhões, diz IIF

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) destaca o fato de que a dívida global cresceu mais de US$ 15 trilhões no ano passado, o que levou o total a um novo recorde de US$ 313 trilhões. A relação dívida/Produto Interno Bruto (PIB) recuou pelo terceiro ano consecutivo, em cerca de 2% em 2023, motivada sobretudo por mercados maduros, enquanto a taxa de declínio na redução dívida/PIB “desacelerou fortemente” no ano passado, conforme o crescimento e a inflação perderam fôlego.

Por outro lado, a relação dívida/PIB em mercados emergentes atingiu novas máximas em 2023, com as maiores altas observadas em Índia, Argentina, China, Rússia, Malásia e Arábia Saudita. Por outro lado, Chile, Colômbia, Turquia e Polônia tiveram recuos de cerca de 10 pontos em suas relações dívida/PIB, compara.

A IIF também avalia que a incerteza sobre a trajetória dos juros nos EUA e o dólar poderia elevar a volatilidade nas condições internacionais de financiamento, o que limitaria a capacidade e a disposição dos mercados emergentes soberanos para acessar os mercados de dívida internacionais.

O relatório também aponta como “de particular preocupação” o aprofundamento da fragmentação geoeconômica, conflitos geopolíticos e o crescente protecionismo comercial, que poderiam levar a mudanças mais frequentes e abruptas no sentimento de risco global. “Qualquer escalada desses riscos poderia exacerbar vulnerabilidades de dívida”, afirma.

Comércio de bens no G20 fica estagnado e de serviços cresce no 4º tri de 2023, mostra OCDE

O comércio de bens dos países que integram o G20, grupo das 20 principais economias do mundo, incluindo o Brasil, ficou estagnado no quarto trimestre de 2023. Em relação ao comércio de serviços, houve um crescimento moderado. As informações constam do relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com sede em Paris.

Após vários trimestres de declínio, o crescimento do comércio de mercadorias do G20 estabilizou em termos de valor no quarto trimestre de 2023, medido em dólar. Houve pouca mudança nas exportações e importações em comparação com o terceiro trimestre de 2023, uma vez que uma recuperação robusta no Leste Asiático foi contrabalançada por uma desaceleração na Europa e na América do Norte.

O crescimento das exportações estagnou nos Estados Unidos, com aumento das vendas por fornecedores de bens industriais compensando a diminuição das vendas de automóveis. Na União Europeia, as exportações diminuíram 0,6%, diante do declínio dos produtos químicos, enquanto as importações caíram 1,8%.

Por outro lado, o crescimento do comércio de mercadorias foi forte na Ásia Oriental. A China registrou um aumento de 0,6% nas exportações, em parte impulsionadas por produtos de alta tecnologia e um aumento de 3,9% nas importações devido a produtos mecânicos e elétricos.

O aumento das vendas de commodities impulsionou o crescimento das exportações na Austrália, na Indonésia e no Brasil, disse a OCDE.

Do lado dos serviços, as estimativas preliminares apontam para um crescimento moderado do G20 no quarto trimestre de 2023, em comparação com o trimestre anterior. Estima-se que as exportações e as importações de serviços tenham crescido 1,6% e 1,3% no quarto trimestre de 2023, respectivamente, após a diminuição de 0,9% nas exportações e o aumento de 0,2% nas importações no terceiro trimestre.

As exportações aumentaram 2,5% nos Estados Unidos, refletindo receitas mais elevadas da maioria dos serviços, enquanto as importações aumentaram 2,0% devido a despesas mais elevadas com viagens e transportes. Na Alemanha, as exportações cresceram 1,6%, refletindo receitas mais elevadas provenientes de serviços empresariais e ligados à informática.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (19), sem operações nas bolsas devido ao feriado.

Na terça-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com o índice de tecnologia Nasdaq apresentando as maiores perdas, com a fabricante de chips Nvidia perdendo força antes de seu tão esperado balanço, enquanto os ganhos do Walmart (NYSE:WMT) contiveram as perdas do índice Dow Jones. O índice Dow Jones teve queda de 0,17%, a 38.56,80 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,60%, a 4.975,51 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,92%, a 15.630,78 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, enquanto investidores aguardavam a divulgação do balanço da Nvidia, que poderia determinar a dinâmica de curto prazo das ações. O índice Dow Jones teve alta de 0,13%, a 38.612,24 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,13%, a 4.981,80 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,32%, a 15.580,87 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, impulsionados por investidores que buscavam ações de crescimento e de tecnologia no dia seguinte ao lucro e perspectivas extraordinários da Nvidia, a garota-propaganda da inteligência artificial. O índice Dow Jones teve alta de 1,18%, a 39.069,11 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 2,11%, a 5.087,03 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,96%, a 16.041,62 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 16.02.24 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (16) cotado a R$ 4,9661 com queda de 0,04%. Após ter se reaproximado pela manhã dos 5,00 reais, na esteira da divulgação de novos números de inflação nos Estados Unidos, que vieram acima do esperado.

Na segunda-feira (19) – O dólar à vista registrou queda de 0,09%, cotado a R$ 4,9618 na venda. Em um dia sem referências fortes para as cotações e de sinais divergentes para a moeda norte-americana no exterior. O dólar oscilou entre R$ 4,9711 na máxima e R$ 4,9516 na mínima.

Na terça-feira (20) – O dólar à vista registrou queda de 0,6%, cotado a R$ 4,9320 na venda. Acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, onde os mercados reagiram positivamente ao corte de juros para o setor imobiliário realizado pela China. O dólar oscilou entre R$ 4,9647 na máxima e R$ 4,9248 na mínima.

Na quarta-feira (21) – O dólar à vista registrou alta de 0,13%, cotado a R$ 4,9384 na venda. Numa sessão marcada pela expectativa em torno da ata do último encontro do Federal Reserve, que no fim da tarde revelou preocupações entre seus membros com a possibilidade de os cortes juros ocorrerem muito cedo nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 4,9464 na máxima e R$ 4,9226 na mínima.

Na quinta-feira (22) – O dólar à vista registrou alta de 0,3%, cotado a R$ 4,9530 na venda. Em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities e emergentes, em um dia marcado por dados que reforçaram a avaliação de que o corte de juros nos EUA pode ficar para junho ou até mais tarde. O dólar oscilou entre R$ 4,9540 na máxima e R$ 4,9190 na mínima.

Pobreza na Argentina cresce e atinge 57,4% da população, na máxima em 20 anos

A taxa de pobreza da Argentina avança e atingiu 57,4%, na máxima em 20 anos, segundo o Observatório da Dúvida Social do país, da Pontifícia Universidade Católica Argentina (UCA). O índice é construído a partir de pesquisas e também de um cenário simulado para dezembro do ano passado e janeiro deste ano, diz o órgão.

A pobreza cresce mais em lares das classes trabalhadores ou não beneficiárias de programas sociais. Em dezembro, a taxa estava em 49,5%, no levantamento que abrange apenas a pobreza urbana do país.

“Após mais de duas décadas de vigência de um regime inflacionário, de empobrecimento e aumento dos programas sociais, ao que se suma um novo programa econômico de ajuste ortodoxo, a pobreza continua a aumentar apesar da assistência pública”, adverte o observatório, em mensagem no X (ex-Twitter).

Ele também estima que a população de indigentes foi de 9,6% no terceiro trimestre de 2023 a 14,2% em dezembro de 2023 e a 15,0% em janeiro de 2024.

O governo de Javier Milei veio a público para atribuir a pobreza a administrações anteriores, enquanto a oposição acusa o duro ajuste em andamento na economia local como fator que agrava o quadro.

Também em declaração veiculada no X, o diretor do observatório, Agustín Salvia, afirma que reduzir a inflação a um dígito poderia levar a um quadro de estabilização e, mais adiante, de queda na pobreza. “É fácil voltar de 55% a 40%”, considerava ele, em declaração dada à emissora La Nación +.

Premiê do Canadá diz que dado de inflação gera otimismo com corte de juros neste ano

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse, na terça-feira (20), que está otimista com a possibilidade de queda da taxa de juros neste ano, após dados indicarem desaceleração relevante da inflação em janeiro. O departamento de estatísticas do Canadá revelou que a inflação desacelerou em janeiro para 2,9%, após uma variação de 3,4% no mês anterior.

A desaceleração foi mais pronunciada do que as expectativas do mercado, uma vez que os economistas projetavam 3,3% no primeiro mês do ano.

O Banco Central do Canadá deixou sua taxa de juros inalterada no mês passado em 5%, enquanto busca atingir uma inflação de 2%, ou o ponto médio da faixa entre 1% e 3%. A próxima decisão de política monetária do Banco Central canadense está prevista para 6 de março.

“Estamos otimistas que o Banco do Canadá começará a reduzir as taxas de juro em algum momento deste ano, esperemos que mais cedo do que tarde”, disse Trudeau em evento para anúncio de financiamento para a construção de casas em Vancouver, na Colúmbia Britânica.

Economia dos EUA deve evitar recessão, mas vai crescer bem menos, afirma Conference Board

A atividade econômica nos EUA já não enfrenta uma ameaça iminente de recessão, embora ainda deva enfraquecer, mesmo com uma recuperação na confiança dos consumidores, diz o Conference Board. A instituição disse que o seu Índice Econômico Principal caiu 0,4% em janeiro, depois de ter caído 0,2% em dezembro.

A expectativa era de que o índice caísse um pouco menos, recuando 0,3%, de acordo com um consenso de economistas consultados pelo The Wall Street Journal.

O índice já não prevê uma recessão em 2024, embora o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) ainda deva abrandar para perto de 0% durante o segundo e terceiro trimestre, acrescentou o Conference Board, em nota.

Isso ocorre em meio a uma melhoria consistente no sentimento entre os consumidores nos EUA, com a métrica do próprio The Conference Board para a confiança do consumidor atingindo o maior nível em dois anos em janeiro.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (19), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, depois que os principais mercados da região acumularam ganhos por três pregões seguidos. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,16%, a 492,39 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 ficou estável, a 7.768,55 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,15%, a 17.092,26 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,74%, a 6.245,96 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,59%, a 9.944,80 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,22%, a 7.728,50 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas europeias fecharam em queda, pressionado pelas ações do setor bancário após queda do HSBC devido a um balanço decepcionante, enquanto os investidores se preparavam para a atas da última reunião do Federal Reserve. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,12%, a 491,90 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,34%, a 7.795,2 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,14%, a 17.068,43 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,32%, a 6.226,09 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,94%, a 10.038,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,12%, a 7.719,21 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, pressionado pelas ações do setor bancário após queda do HSBC devido a um balanço decepcionante, enquanto os investidores se preparavam para a atas da última reunião do Federal Reserve. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,17%, a 491,05 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,22%, a 7.812,09 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,29%, a 17.118,12 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,39%, a 6.250,49 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,69%, a 10.107,20 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,73%, a 7.662,51 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, embaladas pelo avanço nos mercados de Wall Street, diante do otimismo com o resultado da empresa de inteligência artificial Nvidia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,82%, a 495,10 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,27%, a 7.911,60 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,47%, a 17.370,45 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,81%, a 6.199,61 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,31%, a 10.138,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,29%, a 7.684,49 pontos.

Bundesbank: crescimento da Alemanha continuará fraco no início de 2024, mas sem recessão severa

A fraqueza do crescimento econômico da Alemanha continuará neste início de ano, e o país poderá voltar a ter leve contração no primeiro trimestre, mas deverá evitar uma recessão severa e “significativa”. A análise é do BC da Alemanha, conhecido como Bundesbank, em relatório divulgado na segunda-feira (19).

O documento observa que “alguns fatores de estresse” que pressionaram o Produto Interno Bruto (PIB) alemão a contrair 0,3% no quarto trimestre de 2023, depois de meses em estagnação, permanecem ativos. Entre eles, o Bundesbank destaca, em particular, o aumento desproporcional na falta de encomendas à indústria desde abril, que atingiu 37% em levantamentos recentes, e deve ter um impacto cada vez maior sobre a produção industrial. Outros fatores são custos maiores de financiamento, vencimento dos subsídios ambientais, que pesaram sobre investimentos, e clima desfavorável, este com impactos sobre o setor de construção.

Por outro lado, o BC pondera que a inflação mais baixa, o mercado de trabalho resiliente e forte avanço dos salários estão apoiando o consumo privado, embora as famílias alemãs continuem “cuidadosas” com seus gastos domésticos.

O relatório aponta também que a fraqueza econômica teve um impacto apenas modesto e sem sinais claros de deterioração sobre o mercado de trabalho, com o setor gerando 28 mil empregos no trimestre do outono europeu e a taxa de desemprego se mantendo inalterada entre dezembro e janeiro.

Sobre a inflação, o Bundesbank projeta continuidade na trajetória de queda pelos próximos meses, mas com desempenho bastante volátil em função dos efeitos de base dos custos de energia e transporte público. Além disso, a inflação de serviços deverá cair mais lentamente do que os preços de bens, em resposta ao forte avanço dos salários.

Neste cenário, “uma recessão no sentido de um declínio significativo, amplo e duradouro na produção econômica ainda não pode ser determinada” e não está entre as expectativas atuais do BC alemão, afirma o documento.

Presidente do BoE afirma que não há necessidade de cortar juros rapidamente em 2024

O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, afirmou na terça-feira (20), que não há necessidade de cortar juros rapidamente neste ano, apesar de admitir a possibilidade de que redução das taxas ocorra em 2024. “Lentamente e de forma estável ganharemos a batalha contra a inflação”, pontuou.

“O mercado está consolidando cada vez mais a precificação de cortes em 2024, e não acredito que seja uma decisão irracional. Mas não podemos endossar este movimento, uma vez que não sabemos quando ou quanto cortaremos os juros”, observou Bailey, em testemunho no Parlamento do Reino Unido.

Segundo ele, o quadro da economia ainda é incerto e existem muitos riscos para pressões inflacionárias, como as tensões geopolíticas globais. Bailey defendeu que o banco central não deseja provocar uma recessão no Reino Unido, destacando que a atividade teve uma contração “relativamente fraca” em 2023 mesmo em meio ao ciclo de aperto monetário. “Nosso alvo é baixar a inflação”, reiterou, acrescentando que a estabilidade de preços é essencial para garantir o crescimento saudável da oferta e da produção.

Ele afirmou que, no momento, a questão mais importante para o banco central é por quanto tempo manter o nível restritivo da política monetária. O dirigente argumenta que ainda são necessárias convincentes de redução sustentada da inflação, especialmente no setor de serviços. “Projetamos que inflação voltará à meta de 2%, porém, o desafio será mantê-la neste nível”, ponderou.

Fundo de recuperação da UE impulsionou crescimento, investimento e emprego, diz Comissão

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF, na sigla em inglês) da União Europeia já impulsionou o crescimento econômico, os empregos e os investimentos na metade do programa e amorteceu o impacto negativo na Europa da invasão da Ucrânia pela Rússia, informou a Comissão Europeia.

O RRF, chamado de Fundo de Recuperação, é um esquema de 723 bilhões de euros de empréstimos conjuntos sem precedentes da UE para fornecer subsídios e empréstimos aos 27 países da UE para ajudá-los a se recuperar após a crise econômica da pandemia da Covid-19.

Lançado em 2021, ele deve terminar em 2026. A Comissão informou na quarta-feira que já desembolsou 225 bilhões de euros do total.

“Após três anos de existência, ele continua a apoiar nossa recuperação econômica e promove mudanças positivas em toda a UE. Vimos financiamento para eficiência energética, energia renovável e projetos de digitalização como nunca antes”, disse a chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, em um comunicado.

Confiança do consumidor da zona do euro sobe a -15,5 em fevereiro, mostra preliminar

O índice de confiança do consumidor da zona do euro registrou uma leve recuperação em fevereiro, para -15,50, de -16,1 em janeiro, de acordo com dados preliminares divulgados pela Comissão Europeia. O indicador ficou praticamente em linha com as expectativas dos analistas consultados pela FactSet, de -15,6.

No bloco amplo da União Europeia, a confiança subiu a -15,80, de -15,40 no mês anterior.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com as chinesas avançando na volta de um longo feriado em reação a dados animadores do turismo doméstico. O índice Xangai teve alta de 1,56%, a 2.910,54 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,04%, a 38.470,38 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,13%, a 16.155,61 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,16%, a 3.403,25 pontos.

Na terça-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, à medida que investidores receberam sem entusiasmo a última decisão de juros do banco central da China, conhecido como PBoC. O índice Xangai teve alta de 0,42%, a 2.922,73 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,28%, a 38.363,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,57%, a 16.247,51 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,21%, a 3.410,10 pontos.

Na quarta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com as de Xangai e de Hong Kong animadas por novos recursos para o combalido setor imobiliário chinês e outras demonstrando cautela antes da divulgação de balanço da fabricante de chips americana Nvidia. O índice Xangai teve alta de 0,97%, a 2.950,96 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,26%, a 38.262,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,57%, a 16.503,10 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,35%, a 3.456,00 pontos.

Na quinta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam em alta, com a de Tóquio renovando máxima histórica, à medida que ações de tecnologia da região foram impulsionadas por balanço melhor do que o esperado da fabricante de chips americana Nvidia e após novas iniciativas de Pequim para estabilizar os mercados chineses. O índice Xangai teve alta de 1,27%, a 2.988,36 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,19%, a 39.098,68 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,45%, a 16.742,95 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,86%, a 3.486 pontos.

China registra o menor aumento de investimento estrangeiro direto em mais de duas décadas

A China registrou no ano passado o menor volume anual de investimento estrangeiro direto (IED) desde a década de 1990, em meio à pressão de saída de capital e aos desafios para atrair capital estrangeiro devido às tensões com o Ocidente.

Os passivos de investimento direto da China, uma medida ampla de IED que inclui os lucros retidos de empresas estrangeiras no país, aumentaram em US$ 33 bilhões em 2023, uma queda de 81,7% em relação a 2022, de acordo com dados da Administração Estatal de Câmbio, divulgados no domingo, 18. Esse é o menor aumento anual desde 1998, de acordo com a Wind, um provedor de dados local que citou números oficiais.

No quarto trimestre de 2023, o indicador aumentou US$ 17,5 bilhões, depois de registrar seu primeiro déficit trimestral no terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados pela Safe.

Ao mesmo tempo, a Safe também informou no domingo que o superávit em conta corrente da China ficou em US$ 264,2 bilhões em 2023, o que representa cerca de 1,5% do PIB do país. A China registrou um superávit comercial de bens de US$ 608 bilhões em 2023, o segundo maior já registrado, e um déficit de serviços de US$ 229,4 bilhões. Fonte: Dow Jones Newswires.

Banco Central da China reduz taxa de juros de referência de 5 anos para 3,95% e mantém a de 1 ano em 3,45%

O Banco do Povo da China reduziu na terça-feira (20), a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 5 anos de 4,2% para 3,95% ao ano. Já a taxa de referência de 1 ano foi mantida em 3,45% pelo sexto mês consecutivo. O PBoC não alterava os juros desde agosto de 2023, quando a LPR de 1 ano foi reduzida de 3,55% para 3,45%.

Japão rebaixa visão sobre economia devido a gastos lentos dos consumidores

O governo do Japão rebaixou sua visão sobre a economia em fevereiro pela primeira vez em três meses devido à fraqueza dos gastos do consumidor, sugerindo uma trajetória turbulenta para sair da recessão diante da lenta recuperação salarial e de uma produção industrial sem brilho.

O governo também piorou sua avaliação sobre os gastos do consumidor pela primeira vez em dois anos, dizendo que a recuperação parece estar “estagnada”, ressaltando o desafio para o Banco do Japão no momento em que busca sair de sua política monetária ultrafrouxa este ano.

A avaliação pessimista foi feita depois que dados da semana passada mostraram que a economia japonesa entrou inesperadamente em recessão no quarto trimestre devido à demanda interna fraca, perdendo sua posição de terceira maior economia do mundo para a Alemanha.

“A economia está se recuperando moderadamente, embora pareça estar se estagnando recentemente”, disse o Escritório do Gabinete em relatório na quarta-feira (21). Foi o primeiro rebaixamento desde novembro de 2023.

A avaliação mais fraca sobre os gastos do consumidor deveu-se a uma pausa na recuperação dos gastos com serviços e a uma queda nos gastos com bens não duráveis devido a fatores como aumentos de preços.

Abrandamento mais rápido da inflação em Singapura coloca foco nas perspectivas monetárias

A principal taxa de inflação de Cingapura subiu em um ritmo mais lento do que os mercados esperavam no mês passado, mostraram dados oficiais na sexta-feira (23), abrindo a porta para o banco central potencialmente começar a flexibilizar as configurações de política monetária mais cedo do que muitos antecipam.

A taxa de inflação subjacente – que exclui transporte rodoviário privado e custos de alojamento, situou-se em 3,1% em termos anuais, bem abaixo dos 3,6% previstos numa sondagem da Reuters com economistas e em comparação com 3,3% registados em dezembro.

Fontes de pesquisa: CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

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23/02/2024