Cenário Econômico Nacional – 04/03/2024

Cenário Econômico Nacional – 04/03/2024

Cenário Econômico Nacional – 04/03/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • INCC-M desacelera a 0,20% em fevereiro após alta de 0,23% em janeiro, afirma FGV
  • Dívida pública federal cai 1,08% em janeiro, diz Tesouro
  • Economistas elevam projeção do PIB e reduzem de IPCA
  • IPCA-15 sobe 0,78% em fevereiro ante alta de 0,31% em janeiro, diz IBGE
  • PIB do 4º trimestre é compatível com perspectiva de atividade maior no início de 2024, diz Fazenda
  • Ato de Bolsonaro na Paulista reúne 600 mil, diz SSP; levantamento da USP vê número bem menor
  • Em conversa com Maduro, Lula defenderá eleições, mas evitará “destruir pontes”
  • Após críticas ao STF e a ministros, Malafaia fala em ‘perseguição’
  • TSE modula regra para eleição de 2024; IA, deep fake e lives no foco
  • Senado recebe propostas para eliminar reeleição e fixar mandatos de cinco anos
  • FGV: Confiança da Construção sobe 1,8 ponto em fevereiro, a 97,6 maior nível desde outubro/22
  • Mercado imobiliário nacional tem queda de lançamentos e vendas em 2023, revela CBIC
  • Confiança da indústria no Brasil tem estabilidade em fevereiro após série de altas, diz FGV
  • Confiança de serviços cai 1,5 ponto em fevereiro ante janeiro, para 94,2 pontos, afirma FGV
  • Setor de biocombustível busca diferencial tributário
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB

INCC-M desacelera a 0,20% em fevereiro após alta de 0,23% em janeiro, afirma FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou a 0,20% em fevereiro, após registrar alta de 0,23% em janeiro, informou nesta segunda-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,23% em 12 meses.

Houve, em fevereiro, arrefecimento de Mão de Obra (0,42% para 0,16%) e aceleração em Materiais, Equipamentos e Serviços (0,10% para 0,23%).

As aberturas mostraram avanço de Materiais e Equipamentos (0,09% para 0,20%), com destaque para o subgrupo materiais para instalação (0,02% para 0,42%). Também houve avanço nos Serviços (0,20% para 0,49%), puxado pelo item projetos (0,18% para 0,69%).

As principais pressões para baixo sobre o INCC-M de fevereiro partiram de vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,23% para -0,62%); massa de concreto (0,23% para -0,34%); bloco cerâmico (-0,29% para -0,88%); conta de energia (0,03% para -0,83%) e placas cerâmicas para revestimento (-0,33% para -0,18%).

Por outro lado, as maiores influências positivas vieram de blocos de concreto (0,21% para 1,18%); condutores elétricos (3,42% para 2,31%); projetos (0,18% para 0,69%); esquadrias de alumínio (0,03% para 0,82%) e cimento Portland comum (0,76% para 0,86%).

Dívida pública federal cai 1,08% em janeiro, diz Tesouro

A dívida pública federal do Brasil caiu 1,08% em janeiro sobre o mês anterior, a 6,450 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional.

No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 1,48%, a 6,176 trilhões de reais. A dívida externa, por sua vez, cresceu 8,89%, a 273,83 bilhões de reais.

De acordo com o Tesouro, a queda no estoque da dívida interna é explicada por um resgate líquido de 147,9 bilhões de reais, que não chegou a ser neutralizado por uma apropriação positiva de juros de 55,08 bilhões de reais.

Segundo o órgão, janeiro foi marcado por um “clima de cautela”, principalmente devido à expectativa em relação à trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos.

No mercado local, a parte mais curta da curva de juros caiu no mês passado com dados favoráveis de inflação, mas houve alta na parte longa com reflexos do cenário externo, disse o Tesouro.

O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses subiu de 10,51% ao ano em dezembro para 10,65% no mês passado.

Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio caiu de 11,62% para 11,56% ao ano.

No período, houve alta no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 4,11 anos, ante 3,95 anos registrados em dezembro.

Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 17,22% em janeiro, a 813,23 bilhões de reais. O montante é suficiente para quitar 7,10 meses de vencimentos de títulos, em dezembro, estava em 7,57 meses.

Economistas elevam projeção do PIB e reduzem de IPCA

Os economistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,82% para 3,80%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de limite para mais ou para menos. As estimativas para 2025 caíram de 3,52% para 3,51%. As de 2026 foram mantidas em 3,50%.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros Selic em 2024 em 9%, enquanto a de 2025 continua em 8,50%, igual em 2026.

Os economistas elevaram as projeções do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 1,68% para 1,75%. As estimativas para 2025 e 2026 foram mantidas em 2%.

IPCA-15 sobe 0,78% em fevereiro ante alta de 0,31% em janeiro, diz IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,78% em fevereiro, após ter avançado 0,31% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 registrou um aumento de 1,09% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,49%, ante taxa de 4,47% até janeiro.

Os preços de Alimentação e bebidas aumentaram 0,97% em fevereiro, após alta de 1,53% em janeiro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,21 ponto porcentual para o IPCA-15.

Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve alta de 1,16% em fevereiro, após ter avançado 2,04% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,48%, ante alta de 0,24% em janeiro.

PIB do 4º trimestre é compatível com perspectiva de atividade maior no início de 2024, diz Fazenda

O resultado do Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2023, com estagnação frente ao trimestre anterior, é compatível com perspectiva de maior ritmo de expansão da atividade nos três primeiros meses deste ano, avaliou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda na sexta-feira (01).

A SPE ponderou que a indústria voltou a avançar no último trimestre do ano passado, enquanto o ritmo de serviços deixou de desacelerar.“Por ora, a expectativa de crescimento da SPE para o PIB de 2024 é de 2,2%”, disse a secretaria em nota, prevendo um crescimento mais homogêneo entre atividades impulsionadas pelo patamar menos contracionista dos juros e as atividades não-cíclicas.

Ato de Bolsonaro na Paulista reúne 600 mil, diz SSP; levantamento da USP vê número bem menor

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu 600 mil pessoas em uma das vias mais importantes da capital paulista, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). O número de presentes ultrapassou o registrado em atos anteriores promovidos pelo ex-mandatário no mesmo local, porém não superou a quantidade de pessoas que foram à avenida durante a campanha pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2015.

De acordo com a estimativa da SSP na época, 1,4 milhão de pessoas estiveram na Paulista protestando contra a então presidente Dilma Rousseff em março de 2015. Até hoje, esse é considerado o maior protesto registrado na avenida. Por outro lado, a manifestação bolsonarista deste domingo superou os atos de 7 de setembro de 2021 e 2022, quando 50,4 mil e 125 mil, respectivamente, foram à Paulista em favor de Bolsonaro, segundo a Secretaria.

Ainda segundo dados da SSP, o público total da manifestação deste domingo chegou a 750 mil, considerando não só os presentes na Paulista como também os manifestantes nas ruas adjacentes. As estimativas realizadas pela Secretaria, porém, divergem de levantamentos feitos por outras entidades. O Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, apurou que o público para o pico da manifestação, às 15 horas, foi de 185 mil pessoas.

Considerando os dados do monitor da USP, o ato bolsonaristas reuniu mais pessoas do que a manifestação em celebração a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de 2022. Em outubro daquele ano, 58,2 mil pessoas se reuniram na Paulista para comemorar a eleição do petista.

Em conversa com Maduro, Lula defenderá eleições, mas evitará “destruir pontes”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve se encontrar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, à margem da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, que ocorrerá na sexta-feira (01), em São Vicente e Granadinas.

Segundo relatos feitos à CNN por auxiliares diretos do petista, Lula pretende falar com Maduro sobre a importância de se fixar uma data para as eleições presidenciais na Venezuela ainda em 2024, conforme estabelecido pelo Acordo de Barbados.

O acordo, celebrado em outubro do ano passado, prevê a realização de eleições transparentes e a libertação de oposicionistas presos. Em troca, os Estados Unidos suspenderam parcialmente suas sanções econômicas contra a Venezuela.

Nas últimas semanas, entretanto, uma sucessão de episódios levantou preocupações da comunidade internacional. María Corina Machado, que venceu as primárias da oposição com mais de 90% dos votos, teve sua inabilitação política por 15 anos confirmada pela Suprema Corte da Venezuela.

Depois, pelo menos 12 funcionários de um escritório local do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos tiveram sua saída do país determinada pelo governo.

Após críticas ao STF e a ministros, Malafaia fala em ‘perseguição’

O pastor Silas Malafaia afirmou ontem estar sendo perseguido pelo discurso com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) que fez no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista, no domingo (25), do qual foi um dos organizadores. “Começou a perseguição a mim? Mais do que nunca, o que falei lá é verdade: o estado democrático de direito está em perigo”, disse o pastor em vídeo publicado nas redes sociais.

Na gravação, Malafaia reagiu à possibilidade de se tornar alvo da Polícia Federal no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado. Segundo o jornal O Globo, o pastor poderia ser incluído no rol de investigados pela tentativa de embaraçar as diligências. Malafaia também declarou que não há motivos para uma eventual apuração sobre o financiamento do ato. “Eu tenho nota de tudo, é com nota em meu nome”, disse o pastor no vídeo. “Escolheram o cara errado para perseguir”, afirmou.

Enquanto Bolsonaro adotou tom mais comedido em seu discurso, o pastor criticou o STF e os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, presidente da Corte. “Se eles te prenderem, não vai ser para sua destruição, mas para a destruição deles”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TSE modula regra para eleição de 2024; IA, deep fake e lives no foco

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou as regras que estarão em vigor durante as eleições de 2024. As normas dispõem sobre o uso de inteligência artificial (IA) na disputa, proibindo utilização da tecnologia sem comunicação expressa nas peças de campanha. Além disso, está vetado o uso de deep fake na criação de conteúdo falso ou difamatório. Os ministros também acataram o entendimento de que as lives são atos de campanha, estando sujeitas à legislação eleitoral.

A Corte consolidou ainda a adoção de medidas como o transporte público gratuito no dia da eleição e a realização de consultas populares. As 12 resoluções aprovadas pelo tribunal foram relatadas por Cármen Lúcia, vice-presidente do TSE. Ela comandará o tribunal em outubro, quando ocorrerão os pleitos municipais.

Além das resoluções aprovadas, há outras normas em análise. O TSE decidiu por unanimidade que é obrigatória a distribuição proporcional de recursos de campanha e do tempo de propaganda gratuita no rádio e televisão para candidaturas indígenas. A distribuição vale tanto para o fundo eleitoral quanto para o Partidário. No entanto, ainda cabe uma decisão sobre a vigência da medida, estabelecendo se ela passa a valer neste ano ou fica para 2026.

Senado recebe propostas para eliminar reeleição e fixar mandatos de cinco anos

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do novo Código Eleitoral, disse que apresentou aos líderes partidários do Senado três sugestões de propostas de emenda à Constituição (PECs) para acabar com a reeleição e fixar os mandatos em cinco anos, e não mais quatro, como é atualmente. Essas três propostas contêm diferenças entre elas, como definir se as eleições municipais e presidenciais serão realizadas no mesmo ano ou de forma intercalada, como ocorre hoje.

As três propostas deverão ser formalizadas no Senado. A que tiver mais consenso é a que deve tramitar na Casa. Senadores continuarão com a prerrogativa de terem um “mandato duplo”, ou seja, se o mandato for alterado para cinco anos, cada senador terá o cargo por dez anos.

O relator deve apresentar hoje ou na próxima semana seu parecer sobre a proposta. O texto reúne em uma única lei todas as regras eleitorais. São cerca de 150 páginas.

Há atualmente uma maioria se formando no Senado a favor de acabar com o instrumento da reeleição, pelo entendimento de que a proposta – aprovada em 1997 por meio de emenda constitucional, que permitiu a renovação do mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso em 1998, trouxe mais problemas do que vantagem. Esse ponto é um dos poucos consensos da proposta, já que há divergências declaradas sobre o tempo de duração dos mandatos e da possibilidade de coincidência dos mandatos de todas as esferas para tentar realizar apenas uma eleição geral. Como simultaneamente Castro também está apresentando seu relatório para o novo Código Eleitoral, o senador reconhece que ainda haverá muito terreno para se avançar dentro dessas discussões. “Isso aqui vai ter emenda que não vai acabar mais”, admitiu o senador.

FGV: Confiança da Construção sobe 1,8 ponto em fevereiro, a 97,6 maior nível desde outubro/22

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,8 ponto em fevereiro, para 97,6 pontos, interrompendo a sequência de quatro quedas consecutivas do indicador. O resultado é o maior nível para o ICST desde outubro de 2022, quando atingiu 99,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICST teve alta de 0,5 ponto nesta leitura. As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

“A confiança setorial cresceu alavancada pela percepção mais favorável em relação ao ambiente de negócios corrente e dos próximos meses”, resume a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, em nota.

Ela destaca que o Índice de Situação Atual (ISA) dos negócios registrou a segunda alta consecutiva na margem, mas ainda permanecendo no campo de “pessimismo moderado”, em função da avaliação negativa das empresas de obras de instalações e obras de acabamento. “Esses segmentos, que ficam na fase final do processo produtivo, refletiram desde os últimos meses de 2023 o fim de muitas obras no mercado imobiliário”, explica Castelo.

Em contrapartida, a coordenadora cita que houve melhora nos indicadores de demanda prevista e de tendência dos negócios de forma disseminada. “Novas obras deverão se iniciar, fortalecendo o ciclo de negócios novamente nos próximos meses,” observa.

Nas aberturas do indicador em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,8 ponto, para 95,5 pontos, maior nível desde setembro do ano passado. O movimento foi resultado exclusivamente da melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 2,3 pontos, para 96,7 pontos. O indicador de volume da carteira de contratos, por sua vez, cedeu 0,6 ponto, para 94,3 pontos.

Mercado imobiliário nacional tem queda de lançamentos e vendas em 2023, revela CBIC

O mercado imobiliário nacional teve queda nos lançamentos e nas vendas em 2023, de acordo com pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O levantamento abrange a comercialização de casas e apartamentos novos em 220 cidades do País.

Em 2023, foram lançadas 293 mil moradias, recuo de 11,5% na comparação com 2022. As vendas totalizaram 322,8 mil unidades, uma leve baixa de 1,4%.

Com mais vendas do que ofertas, o estoque de residências disponíveis para venda (considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas) encolheu 11%, ficando em 286,4 mil unidades.

Para a CBIC, o mercado segue forte e aderente, ou seja, há demanda para os imóveis lançados. A visão é de que o ambiente econômico é saudável no País, com juros em queda, inflação controlada, desemprego baixo e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – fatores que favorecem as vendas de moradias.

Além disso, as novas regras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) têm reaquecido o segmento popular, que deve liderar os lançamentos no ano que vem. As novas regras do MCMV reduziram os juros dos financiamentos e ampliaram o limite de preços no programa.

Segundo a CBIC, após os avanços promovidos no MCMV ao longo do segundo semestre de 2023, o mercado começou a responder, e os lançamentos aumentaram. Ainda assim, a recuperação não foi suficiente para reverter a baixa dos lançamentos no acumulado do ano.

Confiança da indústria no Brasil tem estabilidade em fevereiro após série de altas, diz FGV

A confiança da indústria no Brasil registrou estabilidade em fevereiro, apresentando acomodação após uma série de quatro meses consecutivos de ganhos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) permaneceu em 97,4 pontos neste mês. No período, o Índice de Situação Atual (ISA) subiu 0,2 ponto, para 98,0 pontos, maior patamar desde setembro de 2022 (100,3), mas esse movimento foi compensado pelo Índice de Expectativas (IE), que recuou 0,2 ponto, para 96,8 pontos.

“O resultado sinaliza uma acomodação após um período de melhora da demanda e normalização dos estoques”, disse Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre.

De acordo com ele, há uma perspectiva mais favorável para as contratações nos próximos meses, embora, no geral, haja cautela no que diz respeito à produção e ao ambiente de negócios no futuro.

“Aparentemente, a nova política industrial ainda não teve um impacto forte nas expectativas do setor, que parece estar aguardando seu desdobramento e ações relacionadas, mas o maior otimismo em relação ao emprego parece ser um sinal positivo”, explicou Pacini.

Em janeiro, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um plano de desenvolvimento para a indústria até 2033 e previu, entre os instrumentos para estimular o setor, 300 bilhões de reais em linhas de crédito, subsídios a empresas e exigências de conteúdo local nos produtos.

Confiança de serviços cai 1,5 ponto em fevereiro ante janeiro, para 94,2 pontos, afirma FGV

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,5 ponto na passagem de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, para 94,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o ICS cresceu 0,2 ponto.

“A confiança para o setor de serviços piora no mês de fevereiro. O resultado ratifica a percepção de perda de fôlego do setor sobre a situação atual observada desde o segundo semestre de 2023. Apesar disso, nota-se certa resiliência na demanda. Em relação ao futuro, o resultado do mês apresenta cautela dos empresários após a forte melhora das expectativas em janeiro passado. É cedo para esperar um ciclo de quedas no setor que enfrenta um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros e bons resultados no mercado de trabalho. Ainda assim, não está evidente que a melhora nos fatores econômicos já tenha impactado a confiança dos empresários”, avaliou Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) ficou estável, permanecendo no patamar de 96,4 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) teve redução de 2,9 pontos, para 92,1 pontos.

Os dois componentes da situação atual variaram em sentidos opostos: o item que mede a situação atual dos negócios caiu 1,1 ponto, para 96,3 pontos, enquanto o que avalia o volume da demanda atual subiu 1,1 ponto, para 96,5 pontos.

Entre as expectativas, a demanda prevista nos próximos três meses recuou 4,3 pontos, para 91,2 pontos, e o item que mede a tendência dos negócios nos próximos seis meses caiu 1,6 ponto, para 93,1 pontos.

Segundo a FGV, “a desaceleração no setor de Serviços ficou evidente com os resultados negativos nos últimos meses”. Em fevereiro, o Índice de Situação Atual caiu em médias móveis trimestrais de forma difusa entre os segmentos.

Setor de biocombustível busca diferencial tributário

O setor do biocombustível quer assegurar o diferencial tributário recebido pelo setor na reforma tributária. A necessidade de manutenção do regime tributário diferenciado foi a prioridade levantada por entidades do setor durante seminário do grupo de trabalho das frentes parlamentares produtivas para a regulamentação da reforma tributária sobre o regime específico dos combustíveis e biocombustíveis.

O debate foi realizado na Câmara dos Deputados. “A manutenção do diferencial tributário é essencial e a restituição do crédito sobre os insumos”, disse o diretor de Relações Governamentais da União Nacional do Etanol do Milho (Unem), Bruno Alves.

O regime específico para combustíveis e biocombustíveis será regulamentado por lei complementar à reforma. Uma das preocupações do setor é com a unificação do diferencial tributário, já que atualmente o regime muda conforme os impostos cobrados em cada Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SELIC

O mercado manteve em 9,00% ao ano a mediana do Relatório de Mercado Focus para Selic no encerramento de 2024. Há um mês, a estimativa já era de 9,00%. Considerando apenas as 48 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também seguiu em 9,00% ao ano.

IGP-M                                       

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,52% em fevereiro, depois de ter registrado alta de 0,07% no mês anterior, com destaque para a queda nos preços de soja e milho, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira (28).

A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,50%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses deflação de 3,76%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou queda de 0,90% em fevereiro, contra recuo de 0,09% no mês anterior.

IPCA

A alta do IPCA-15 acelerou com força em fevereiro devido ao peso sazonal dos custos de educação, embora o resultado tenha ficado abaixo do esperado, com a alta dos preços de alimentos perdendo força.

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,78%, contra alta de 0,31% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira (27).

Com isso a taxa nos 12 meses até fevereiro passou a uma alta de 4,49%, pouco acima dos 4,47% do primeiro mês do ano. A meta para a inflação em 2024 é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

Os resultados do indicador considerado prévia da inflação oficial ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de 0,82% no dado mensal e de 4,52% em 12 meses.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (01). Em termos nominais, totalizou R$ 10,9 trilhões no ano.

O resultado final foi muito próximo ao de 2022, quando a atividade econômica brasileira teve alta de 3%. Mais uma vez, o último trimestre do ano mostra uma desaceleração da economia, fechando estável em relação ao trimestre anterior (0%).

O PIB teve dinâmicas diferentes no primeiro e segundo semestres. Na primeira metade do ano, a atividade econômica foi puxada por uma safra excepcional de grãos. Com o desempenho recorde da produção de soja e milho, a Agropecuária registrou alta de 15,1% no ano, um recorde da série histórica que se inicia em 1996.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (26), o Ibovespa fechou em alta, em sessão de agenda relativamente fraca, com performance apoiada particularmente no avanço das ações da Petrobras e de empresas de proteínas como BRF e JBS, mas enfraquecida pelo declínio dos papéis da Vale. O índice Ibovespa teve alta de 0,15%, a 129.609,05 pontos. O volume financeiro somou R$ 17,36 bilhões.

Na terça-feira (27), o Ibovespa fechou em alta, recuperando o patamar dos 131 mil pontos, em desempenho puxado pelo forte avanço das ações da Vale (BVMF:VALE3), enquanto BRF (BVMF:BRFS3) disparou cerca de 8% após reportar o primeiro lucro líquido em oito trimestres. O índice Ibovespa teve alta de 1,58%, a 131.652,39 pontos. O volume financeiro somou R$ 19,6 bilhões.

Na quarta-feira (28), o Ibovespa fechou em queda, abaixo dos 131 mil pontos, pressionado particularmente pelo tombo de mais de 5%das ações da Petrobras, em meio a preocupações sobre o montante de dividendos a ser distribuído pela estatal. O índice Ibovespa teve queda de 1,16%, a 130.155,43 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,9 bilhões.

Na quinta-feira (29), o Ibovespa fechou em queda, com Ambev entre as maiores perdas após resultado pior do que o esperado no quarto trimestre, enquanto dados dos Estados Unidos reforçaram apostas de que um corte de juros pelo Federal Reserve deve ocorrer no final do primeiro semestre. O índice Ibovespa teve queda de 0,87 %, a 129.020,02 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,9 bilhões.

Na sexta-feira (01), por volta das 13h00, o índice Ibovespa operava em alta de 0,50%, a 129.681,47 pontos. Após duas quedas seguidas, com as ações de Embraer e Lojas Renner entre os maiores ganhos no primeiro pregão de março, enquanto os papéis da MRV&Co lideravam as perdas após resultado trimestral.

O dólar operava em queda na sexta-feira (01), por volta das 12h00, o dólar registrava queda de 0,45%, cotado a R$ 4,9502 na venda. Ainda sob efeito de dados de inflação em linha com o esperado dos Estados Unidos divulgados na véspera, enquanto o mercado nacional digeria a leitura da atividade econômica de 2023.

Fontes de Pesquisa: G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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