Cenário Econômico Nacional – 26/02/2024

Cenário Econômico Nacional – 26/02/2024

Cenário Econômico Nacional – 26/02/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • IBC-Br fecha o ano com crescimento de 2,45% após apontar alta da atividade no 4º tri
  • Balança tem superávit comercial de US$ 1,558 bilhão na 3ª semana de fevereiro
  • IGP-M cai 0,49% na 2ª prévia de fevereiro, ante alta de 0,33% na mesma leitura de janeiro
  • Focus eleva projeção de PIB e dólar neste ano, mas corta para IPCA
  • Confiança do consumidor cai 1,1 ponto em fevereiro e vai ao menor nível desde maio/23, diz FGV
  • TSE manda DEM devolver R$ 320 mil ao Tesouro por uso irregular de ‘Fundão’
  • Tebet apresentam cronograma de revisão de gastos para 2024 em contribuição para meta zero
  • Lula falou em mais proximidade com a Câmara, diz líder do PSB após reunião
  • Após posse no STF, Dino diz esperar contribuir para harmonia entre Poderes
  • Saúde faz publicação da exoneração de Nésio Fernandes da Secretaria de Atenção Primária
  • Abcred diz a governo federal que há espaço para quintuplicar microcrédito em 5 anos
  • Emprego e produção industrial caem em janeiro, mas CNI capta queda dos estoques em sondagem
  • Só investimento privado não basta para desenvolvimento industrial, diz Tebet
  • Vendas do agro ao exterior atingem US$ 11,7 bilhões
  • Crédito deve ficar estável em janeiro ante dezembro, diz pesquisa da Febraban
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB

IBC-Br fecha o ano com crescimento de 2,45% após apontar alta da atividade no 4º trimestre

A atividade econômica brasileira cresceu mais do que o esperado em dezembro e fechou o quarto trimestre do ano passado com resultado positivo, terminando 2023 com crescimento de 2,45%, segundo dados do Banco Central divulgados na segunda-feira (19).

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou em dezembro crescimento de 0,82% em relação a novembro em dado dessazonalizado, resultado acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,75%.

Foi o quarto resultado mensal positivo e o mais forte desde abril de 2023 (+1,3%), o que ajudou o índice a fechar o quarto trimestre com expansão de 0,22% sobre os três meses anteriores, em dado dessazonalizado.

O BC ainda revisou o resultado de novembro para uma expansão de 0,1%, de variação positiva de 0,01% informada antes. Na comparação com dezembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,36%, de acordo com números observados.

“Importante ressaltar que, apesar da desaceleração da atividade econômica nos últimos meses de 2023, ainda influenciada pelos efeitos da política monetária restritiva e o esgotamento da expansão de alguns setores, a economia brasileira se mostrou mais resiliente e dinâmica que o esperado ao longo de todo ano”, avaliou Rafael Perez, economista da Suno Research.

Balança tem superávit comercial de US$ 1,558 bilhão na 3ª semana de fevereiro

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,558 bilhão na terceira semana de fevereiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados. O valor foi alcançado com exportações de US$ 4,969 bilhões e importações de US$ 3,411 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 3,366 bilhões e, no ano, de US$ 9,892 bilhões.

Até a terceira semana do mês, a média diária das exportações aumentou 17,8% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 38,53 milhões (15,9%) em agropecuária; alta de US$ 119,97 milhões (61,4%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 45,16 milhões (6,7%) em produtos da indústria de transformação.

As importações também tiveram crescimento no período, de 0,7%, também na comparação pela média diária, com alta de US$ 3,44 milhões (16,1%) em agropecuária; queda de US$ 9,35 milhões (-13,2%) em indústria extrativa; e alta de US$ 17,4 milhões (2,0%) em produtos da indústria de transformação.

IGP-M cai 0,49% na 2ª prévia de fevereiro, ante alta de 0,33% na mesma leitura de janeiro

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,49% na segunda prévia de fevereiro, após subir 0,33% na mesma leitura de janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Houve recuo de 0,84% no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que havia subido 0,30% na segunda prévia de janeiro.

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M), por sua vez, arrefeceu a 0,14% na segunda prévia de fevereiro, ante alta de 0,31% em janeiro. Por outro lado, houve aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), a 0,48% nesta leitura, após alta de 0,43% em janeiro.

Focus eleva projeção de PIB e dólar neste ano, mas corta para IPCA

Economistas elevaram as projeções de crescimento e do dólar neste ano, enquanto reduziram as de inflação, segundo Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na quinta, (22).

Os economistas consultados pelo BC reduziram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,82% para 3,81%. O centro da meta é de 3%, com 1,5 ponto percentual de limite para mais ou para menos. As estimativas para 2025 passaram de 3,51% para 3,52%. As de 2026 foram mantidas em 3,50%.

Os economistas mantiveram a expectativa para a taxa básica de juros Selic em 2024 em 9%, enquanto a de 2025 continua em 8,50%, igual em 2026.

Os economistas elevaram as projeções do crescimento da economia brasileira medida pelo Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 de 1,60% para 1,68%. As estimativas para 2025 e 2026 foram mantidas em 2%.

Em relação ao dólar, as apostas para 2024 subiram de R$4,92 para R$4,93. Para 2025, a projeção segue em R$5, enquanto a para 2026 continua em R$5,04.

Confiança do consumidor cai 1,1 ponto em fevereiro e vai ao menor nível desde maio/23, diz FGV

A confiança do consumidor caiu 1,1 ponto porcentual em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, informou na sexta-feira (23), a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 89,7 pontos, menor nível desde maio de 2023, quando estava em 89,5 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice diminuiu 0,9 ponto, quinta retração consecutiva.

“A confiança dos consumidores mantém tendência de queda, em fevereiro, motivada pela piora das expectativas para os próximos meses, com forte redução do indicador de situação financeira futura das famílias e local. O resultado é disseminado entre as faixas de renda. Apesar da queda gradual dos juros e do nível de endividamento, ambos permanecem elevados e exercendo fortes limitações na situação financeira das famílias, que é refletida na percepção pessimista dos consumidores”, avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 1,0 ponto, para 78,6 pontos. O Índice de Expectativas (IE) encolheu 2,3 pontos, para 97,9 pontos.

Entre os componentes de expectativas para os próximos meses, as perspectivas para as finanças familiares futuras deram a maior contribuição para a queda da confiança no mês ao recuar 8,5 pontos, para 93,2 pontos, menor nível desde novembro de 2022. O item que mede as perspectivas sobre a situação futura da economia caiu 5,4 pontos, para 105,8 pontos. Já o ímpeto de compras de bens de consumo duráveis avançou 7,2 pontos, para 95,0 pontos. Quanto aos componentes que avaliam o momento atual, o item que mede a satisfação sobre a situação econômica recuou 1,5 ponto, para 89,7 pontos, enquanto a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias cresceu 3,5 pontos, para 67,9 pontos.

TSE manda DEM devolver R$ 320 mil ao Tesouro por uso irregular de ‘Fundão’

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou, que o antigo Diretório Nacional do Democratas (DEM) devolva mais de R$ 320 mil ao Tesouro Nacional. O valor é referente a pagamentos indevidos realizados com verbas do Fundo Partidário de 2018. A prestação de contas foi aprovada por unanimidade na sessão do Plenário e determina que o montante seja pago com recursos próprios.

O DEM, que se uniu ao Partido Social Liberal (PSL) em 2022 para formar o União Brasil (UNIÃO), cometeu irregularidades ao pagar, com recursos do Fundo Partidário, aluguéis de equipamentos e veículos. O processo teve início em sessão eletrônica em dezembro de 2023 e foi transferido ao Plenário devido ao pedido de destaque do presidente do TSE Alexandre de Moraes.

A votação registrou divergência em relação às irregularidades, já que Moraes discordou do entendimento do relator, ministro Ramos Tavares, que defendia a devolução de mais de R$660 mil. No entanto, Tavares afastou a suposta irregularidade de mais R$ 340 mil referente a contratação, por parte do Instituto Tancredo Neves, de assessores de imprensa autônomos.

Assim, a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes foi acompanhada pelo relator e o plenário decidiu aprovar, com ressalvas, a devolução aos cofres públicos no valor de R$ 320.883,51.

Tebet apresentam cronograma de revisão de gastos para 2024 em contribuição para meta zero

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, apresentou o cronograma da revisão de gastos públicos em 2024 em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tarde de quarta-feira (21).

O projeto é uma colaboração da pasta para identificar programas menos eficientes que podem ter uma melhor alocação dos recursos, com o foco de repriorizar o uso do dinheiro público, e auxiliar na perseguição da meta fiscal de zerar o déficit das contas públicas neste ano.

“Apresentamos o cronograma de 2024, o quanto poderemos contribuir na revisão de gastos para o Orçamento brasileiro e, consequentemente, para que possamos cumprir a meta zero imposta pelo arcabouço fiscal”, disse ao deixar a reunião. “Não estamos falando em economia, mas em repriorizar os gastos”, defendeu a ministra.

Tebet lembrou que há parceria de outros ministérios para a revisão dos gastos e citou como exemplo o Ministério do Desenvolvimento Social e o pente-fino do Bolsa Família, além da colaboração do Ministério da Previdência e INSS com os benefícios previdenciários.

A ministra destacou que no momento oportuno será divulgado um cronograma da revisão e os montantes previstos para 2024 e que há um cardápio de ações possíveis, que foram apresentadas a Haddad hoje, o ministro ficou satisfeito com as informações.

Lula falou em mais proximidade com a Câmara, diz líder do PSB após reunião

O líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia (PB), disse depois do encontro promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes de bancada no Palácio da Alvorada na quinta-feira (22), que o petista deverá ter mais compromissos do tipo para azeitar sua relação com o Legislativo. O próprio Lula disse que haveria esse contato mais próximo, de acordo com Gervásio.

“Ele disse que vai ter uma proximidade maior, vai dialogar mais, vai ser meio que uma rotina”, declarou o deputado. Isso serviria inclusive para o presidente entender o que acontece em cada região do Brasil.

A confraternização também teve a participação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). De acordo com o líder do PSB, Lira disse ser importante a ampliação do diálogo com o governo.

Após posse no STF, Dino diz esperar contribuir para harmonia entre Poderes

Em sua primeira declaração pública como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), onde tomou posse na tarde de quinta-feira (22), Flávio Dino reiterou que vai atuar com isenção e imparcialidade e disse que espera contribuir para a Corte elevar a harmonia entre os poderes “na medida em que for possível, cada um respeitando sua função e tendo muita ponderação”. Ele falou com jornalistas ao sair da sede do Supremo, onde passou as últimas horas recebendo cumprimentos dos presentes na cerimônia.

“O Supremo tem esse grande papel de controle sobre os outros Poderes, e isso faz com que às vezes haja, aqui e acolá, uma discordância, divergência, até um atrito. Mas quem conhece a história do direito constitucional no mundo sabe que sempre é assim”, afirmou.

Saúde faz publicação da exoneração de Nésio Fernandes da Secretaria de Atenção Primária

O Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (23) formaliza a exoneração de Nésio Fernandes do cargo de secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde. Para o lugar de Fernandes, foi nomeado Felipe Proenço. A decisão pela exoneração do secretário, que é vinculado ao PCdoB, foi revelada pelo Estadão nesta semana.

A secretaria chefiada por Fernandes era alvo de descontentamento de líderes partidários na Câmara dos Deputados, assim como por parte do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). No entanto, a pasta nega que a mudança tenha sido motivada por alguma questão interna ou externa.

O novo titular Felipe Proenço é médico de saúde da família, já integrava a equipe da secretaria e é um dos precursores do Programa Mais Médicos, segundo informações do Ministério da Saúde. “O ajuste na equipe da pasta é um processo natural ao longo da gestão e não foi baseado em nenhum tipo de pressão interna ou externa”, disse o ministério em nota divulgada.

Abcred diz a governo federal que há espaço para quintuplicar microcrédito em 5 anos

Há espaço para quintuplicar o microcrédito do País em cinco anos, na avaliação da presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Isabel Baggio. Esta análise foi dirigida a vários ministros e instituições do governo nos últimos dias com o objetivo de fomentar o financiamento, alavancar a economia e – como uma consequência – até tirar 10% dos inscritos do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), que reúne 19,5 milhões de pessoas.

Na terça e na quarta-feira, representantes da Abcred estiveram nos ministérios do Desenvolvimento Social, do Trabalho, da Casa Civil e do Empreendedorismo. Também estiveram em instituições como Banco do Brasil (BVMF:BBAS3), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE).

A Abcred conta com associados que são operadores do Projeto Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), criado em 2005.

“Viemos a Brasília para falar que o projeto deve ser atualizado e ampliado”, disse Baggio ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), citando que o aumento esperado não é apenas de recursos, mas também de prazos, taxas e limites.

O universo de tomadores desse microcrédito, que está fora da alçada regulatória do Banco Central, compreende empreendedores informais e Microempreendedores Individuais (MEI), com renda média familiar de três salários mínimos. “Esses recursos atendem à economia invisível”, afirmou a presidente.

Dados da Associação apontam que foram concedidos R$ 1 bilhão em 2023, com tíquete médio de R$ 5 mil. Outros R$ 15 bilhões foram repassados por programas do governo via Banco do Nordeste.

A expectativa, portanto, é de que a soma possa chegar em torno de R$ 75 bilhões em cinco anos. “Não é doação. Estamos apresentando dois programas – do Nordeste e do Sul – que tiveram iniciativa do governo, deram certo e que podem ser replicados para outras partes do País, ajudando a aumentar o consumo e a atividade econômica”, argumentou. “Esta é a melhor forma de saída de planos assistenciais e estamos aqui para atender o governo na área de microfinanças”, continuou.

Emprego e produção industrial caem em janeiro, mas CNI capta queda dos estoques em sondagem

A produção e o emprego industrial recuaram em janeiro. É o que mostra a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador que mede a evolução da produção atingiu 48,4 pontos no mês. O resultado abaixo da linha dos 50 pontos indica redução da produção frente ao registrado em dezembro de 2023. O índice varia de zero a 100 pontos.

O indicador que mede a evolução do número de empregados no setor atingiu 49,4 pontos em janeiro, representando uma retração no emprego no setor frente ao registrado em dezembro do ano passado.

Embora sinalize recuo, destaca a CNI, os indicadores se aproximaram da linha dos 50 pontos e a queda foi mais branda que a observada em dezembro de 2023.

O índice de evolução da produção, segundo a pesquisa, se encontra 2,1 pontos acima da média dos meses de janeiro da série. O indicador também tem resultados heterogêneos entre as indústrias de diferentes portes. Para empresas de grande porte, o índice ficou em 51 pontos, indicando alta da produção.

O mesmo ocorreu com o emprego industrial. O recuo mais brando deixou o resultado do mês de janeiro 1,5 ponto acima da média histórica dos meses de janeiro da série.

Enquanto isso, a pesquisa mostrou queda dos estoques da indústria em janeiro em relação a dezembro de 2023. Esse foi o terceiro recuo consecutivo do indicador e, segundo a CNI, no mês passado, foi mais intenso do que é considerado normal para o período. O índice ficou em 48,6 pontos e está 0,6 ponto abaixo da média histórica dos meses de janeiro.

Só investimento privado não basta para desenvolvimento industrial, diz Tebet

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que a necessidade de equilibrar as contas públicas tem sido observada ao mesmo tempo em que o governo reconhece a importância da implementação de políticas para o desenvolvimento industrial. “Só investimento privado não basta para desenvolvimento industrial”, disse durante posse do novo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli.

Para Tebet, o trabalho de recuperação da economia é o que possibilitará ao governo ter mais recursos para investimentos públicos.

“Em reunião com Haddad, disse ontem que precisamos parar de cuidar do passado”, afirmou a ministra, que apontou que o objetivo atual é o pagamento de dívidas.

Ela disse que segue cumprindo a função de ser uma figura de equilíbrio na equipe econômica, mas que “tem tido que falar pouco como voz dissidente”, porque, segundo ela, a gestão federal tem cuidado da economia.

“O governo cuida da inflação porque é custo mais cruel para a população”, afirmou Tebet, sobre um dos indicadores econômicos.

Vendas do agro ao exterior atingem US$ 11,7 bilhões

As receitas com exportações de produtos agropecuários alcançaram US$ 11,72 bilhões em janeiro, informou o Ministério da Agricultura na quarta-feira (21). O valor, recorde para o mês, é 14,8% superior ao obtido em igual período de 2023. O setor respondeu por 43,4% dos embarques totais do País no último mês.

Em nota, a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais da pasta atribui o resultado recorde ao aumento de 21,8% do volume exportado, sobretudo de grãos (+19,7%) e de açúcar (+58,1%), que compensou o recuo anual de 5,8% no índice de preços dos produtos exportados. Em janeiro, os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram complexo soja (21,4% do total em valor exportado), complexo sucroalcooleiro (15,7%), carnes (15,4%), cereais, farinhas e preparações (12,5%) e produtos florestais (10,7%). Juntos, esses setores responderam por 75,6% das exportações do agronegócio no mês.

A China seguiu como o principal destino das vendas externas dos produtos agropecuários do País, com US$ 61,5 bilhões exportados (alta anual de 2,7%), respondendo por 36,4% do total embarcado pelo País. Em seguida vem os Estados Unidos, com US$ 10,04 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Crédito deve ficar estável em janeiro ante dezembro, diz pesquisa da Febraban

O saldo de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) deve ficar estável em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2023, de acordo com a Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na comparação com janeiro do ano passado, o volume total deve ser 7,7% maior.

Na margem, a Febraban estima que houve queda de 0,4% no saldo do crédito com recursos livres, enquanto a carteira com recursos direcionados deve apresentar crescimento de 0,5% no mesmo período. Na separação entre pessoas físicas e jurídicas, a carteira PF deve mostrar crescimento de 1% em um mês, enquanto a carteira para empresas deve cair 1,5%.

Apesar da perspectiva de crescimento zero em janeiro, a entidade afirma que o pior cenário para o crédito já passou, com uma estabilização do crescimento em bases anuais na casa dos 8%.

“A estabilidade do saldo em janeiro é sazonal e não deve ser interpretada como um número negativo, especialmente por conta da dinâmica do segmento destinado às empresas”, diz em nota o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

Na carteira voltada às empresas, deve haver quedas tanto nos montantes com recursos livres quanto nos direcionados. Neste último, porém, o recuo deve ser menor, de 0,2%, enquanto no primeiro, a baixa entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano deve ser de 2,2%.

Na carteira destinada às famílias, o crescimento deve ser mais homogêneo, de 1% no segmento com recursos livres e de 0,9% nas operações direcionadas. No primeiro, estão produtos como o cartão de crédito, enquanto no segundo, entram o financiamento imobiliário, parte do crédito rural, entre outros.

SELIC

O mercado manteve em 9,00% ao ano a mediana do Relatório de Mercado Focus para Selic no encerramento de 2024. Há um mês, a estimativa já era de 9,00%. Considerando apenas as 89 respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também seguiu em 9,00% ao ano.

No fim de janeiro, o Copom cortou a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano. O colegiado manteve a sinalização de que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para as próximas reuniões, no plural. Na coletiva do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, esclareceu que essa mensagem, repetida desde agosto, vale sempre para os dois encontros seguintes a cada reunião. No caso de agora, para março e maio.

IGP-M                                       

O Relatório de Mercado Focus divulgado na quinta-feira (22), mostrou nova redução na inflação esperada para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) este ano. A mediana para o IGP-M em 2024 passou de alta de 3,67% para 3,30%. Há um mês, a projeção era de 4,04%.

Para 2025, a estimativa passou de 3,83% para 3,81%, ante 3,99% de quatro semanas atrás.

IPCA

A expectativa para a inflação deste ano oscilou para baixo no Relatório de Mercado Focus divulgado na quinta-feira (22). A projeção de 2024 passou de 3,82% para 3,81%. Um mês antes, a mediana era de 3,86%.

Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção passou de 3,51% para 3,52%.

Considerando as 112 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,79% para 3,75%. Para 2025, a projeção passou de 3,53% para 3,52%, considerando 109 atualizações no período.

PIB

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã de quinta-feira (22), pelo Banco Central (BC) elevou a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 1,60% para 1,68%, ante 1,60% de um mês atrás. Considerando apenas as 70 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2024 saltou de 1,61% para 1,70%.

Para 2025, o documento trouxe manutenção na estimativa de crescimento do PIB em 2,00%, como já está há dez semanas. Considerando as 56 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2025 também seguiu em 2,00%.

Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,00% pela 28ª semana consecutiva. O boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 30 semanas.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, assegurado pelo avanço de ações de bancos, em sessão marcada por volume reduzido em razão da ausência de Wall Street por feriado nos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve alta de 0,24%, a 129.035,74 pontos. O volume financeiro somou R$ 13,35 bilhões.

Na terça-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, tendo as ações de bancos entre os principais suportes, enquanto os papéis do Carrefour Brasil dispararam mais de 11% com analistas enxergando um cenário mais promissor para o varejista após prejuízo no último trimestre do ano passado. O índice Ibovespa teve alta de 0,68 %, a 129.916,11 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,3 bilhões.

Na quarta-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, acima dos 130 mil pontos, com as ações da Weg disparando quase 7% e respondendo pelo principal destaque de alta após resultado trimestral acima das expectativas e anúncio de dividendos bilionários. O índice Ibovespa teve alta de 0,09%, a 130.031,58 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,5 bilhões.

Na quinta-feira (22), o Ibovespa fechou em alta, mas confirmando o sexto sinal positivo seguido, encontrando suporte principalmente nas ações da Vale antes do resultado da mineradora, enquanto Petrobras e Weg pressionaram negativamente. O índice Ibovespa teve alta de 0,16%, a 130.240,55 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,4 bilhões.

Na sexta-feira (23), por volta das 12h00, o índice Ibovespa operava em queda de 0,35%, a 129.778,21 pontos. Em dia de agenda esvaziada e com o desempenho apoiado principalmente no avanço das ações da Vale, após a mineradora reportar resultado trimestral que agradou de modo geral analistas.

O dólar operava em alta na sexta-feira (23), por volta das 12h00, o dólar registrava alta de 0,73%, cotado a R$ 4,9897 na venda. Em sessão sem grandes catalisadores, com os mercados ainda de olho nas expectativas em torno do início do afrouxamento monetário nos Estados Unidos. Fontes de Pesquisa: G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News | Estadão | O Globo | Folha de S.Paulo | Poder360

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