Relatório Cenário Econômico Nacional – 04/09/2020

Relatório Cenário Econômico Nacional – 04/09/2020

Relatório Cenário Econômico Nacional – 04/09/2020 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Relatório Cenário Econômico Nacional, 31/08/2020 a 04/09/2020

Cenário econômico nacional 04/09/2020
Fonte: Banco Central do Brasil

Com o fechamento do mês de agosto, alguns dados sobre a inflação e taxa de juros foram atualizados, mostrando assim melhores parâmetros para que possamos medir os impactos gerados pela COVID-19.

A instabilidade política no Brasil tem gerado incertezas no mercado financeiro o qual não tem apresentado altas expressivas nas últimas semanas.

Apesar de trilharmos um caminho de incertezas em nosso país, notamos que os impactos estão sendo minimizados ao máximo.

Política

Nesta semana, novamente os holofotes políticos estavam mirados no ministro da economia, Paulo Guedes, só que dessa vez os temores são de sua relação com Rodrigo Maia, presidente da Câmara, onde o ministro da economia proibiu o diálogo entre o presidente da Câmara e a equipe econômica.

Maia afirmou que o fim das relações com Guedes não irá interferir no relacionamento entre  governo e o legislativo.

Houve repercussão do projeto da reforma administrativa, proposta a qual já foi enviada ao Congresso. Essa reforma tende a ter mais impacto no longo prazo haja vista que não terá efeitos sobre os servidores públicos atuais.

Trata-se de algumas alterações nas regras dos novos servidores públicos dos três poderes e dos estados e municípios. A proposta consiste em colocar um ponto final na aposentadoria compulsória e a promoção de cargos por tempo de serviço.

Também não serão permitidas férias maiores que 30 dias por ano. A proposta ainda precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado para passar a ser vigente.

Selic

No início de agosto o Banco Central cortou a Selic a um patamar histórico, passando a ser cotada a 2% ao ano. Em nota, o BC divulgou que não há mais espaço para novos cortes expressivos na taxa e que está estudando estipular um teto para manter a taxa de juros do país como já é feito em países desenvolvidos como EUA.

A próxima reunião do Copom será entre os dias 15 e 16 de setembro, onde há estudos para subir a Taxa Selic para o patamar de 3% no próximo ano, visando ter uma melhor margem para se trabalhar em possíveis momentos de crise e manter estabilizada a inflação.

Inflação

O IPC, Índice de Preço de Compra, que mede a inflação na cidade de São paulo teve a maior alta registrada no ano, alta essa de 0,78% no mês de agosto.

Os principais itens com aumento foram os produtos alimentícios que já acumulam uma inflação de 6,24% no ano de 2020. Com isso, a Inflação geral acumulada no ano está em 1,37%.

PIB

O PIB – Produto Interno Bruto, por sua vez, teve uma queda acentuada no segundo semestre deste ano, totalizando -9,7%, de acordo com o IBGE. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o impacto foi ainda maior, um declínio de -11,4%.

Essa queda intensa foi justificada pelo isolamento social dos últimos meses devido ao COVID-19, sendo a queda mais intensa da série histórica, que teve início em 1996.

O setor mais afetado de acordo com o IBGE foi o setor industrial com queda de 12,3%, seguido pelo setor de serviços com queda de 9,7%. Já o setor agropecuário teve um fechamento positivo de 0,4%, tendo assim um impacto menor com a pandemia.

Câmbio

Nesta semana o Dólar teve um período de correção, fechando na menor cotação do mês, desde o dia 04 de agosto.

Essa queda veio após um mês de forte alta, onde o Real foi fortemente pressionado por questões de instabilidade política no país. No entanto, o declínio da cotação do dólar também se deve a correção desta semana nas ações do ramo tecnológico nos EUA, depois de terem apresentado uma forte alta nas últimas semanas.

O IBOV, índice que mede as movimentações na bolsa de valores brasileira, teve uma leve queda, se comparado com a semana anterior, mais vem trabalhando em um range de 4600 pontos desde o dia 12 de agosto, indicando assim, uma indecisão no mercado.