Cenário Econômico Internacional – 15/03/2024

Cenário Econômico Internacional – 15/03/2024

Cenário Econômico Internacional – 15/03/2024 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • BID aprova aumento de capital de US$ 3,5 bilhões para braço de investimentos
  • Sem desigualdade de gênero, mundo poderia ter PIB ao menos 20% maior, diz Banco Mundial
  • Taxa de desemprego da OCDE se mantém em 4,8% em janeiro
  • Opep mantém previsão na demanda global de petróleo no ano
  • Fitch eleva previsão para avanço do PIB global em 2024, de 2,1% para 2,4%
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Projeções do Fed mostrarão se perspectiva de corte nos juros permanecerá intacta com dados sólidos
  • Argentina lança swap de títulos de US$ 65 bilhões para aliviar carga de dívida de 2024
  • El Salvador remove imposto de renda sobre dinheiro vindo do exterior
  • Mercado acionário europeu
  • É preciso manter a calma e esperar até junho para primeiro corte de juros, diz Kazimir, do BCE
  • Taxa de desemprego do Reino Unido sobe a 3,9% no trimestre até janeiro; salários perdem força
  • BCE aceitará desvios da taxa de depósitos, desde que não mudem política monetária, diz Schnabel
  • Reino Unido tem plano para entregar crescimento bem maior que o atual, diz ministro
  • Mercado acionário na Ásia
  • Índia diz que fecha acordo de US$ 100 bilhões por 15 anos com grupo comercial europeu
  • Chefe do Banco Central do Japão modera otimismo em relação à economia
  • Premiê da China diz que IA é importante mecanismo para “novas forças produtivas”
  • Empresas japonesas oferecem maior aumento salarial desde 2013, diz maior sindicato industrial

BID aprova aumento de capital de US$ 3,5 bilhões para braço de investimentos

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou um aumento de capital de 3,5 bilhões de dólares para o BID Invest, seu braço do setor privado, disse o chefe do banco, Ilan Goldfajn, em um evento no domingo (10).

Com a injeção de capital, o tamanho do BID Invest dobrará nos próximos anos, disse Goldfajn, acrescentando que o banco terá mais poder para financiar projetos destinados a reduzir a pobreza e enfrentar as mudanças climáticas.

“Precisamos de mais recursos para enfrentar os desafios globais, e só o faremos com o setor privado”, disse Goldfajn.

O aumento de capital permitirá que o BID Invest amplie sua capacidade de canalizar recursos para a região para cerca de 19 bilhões de dólares por ano, em comparação com o valor aproximado atual de 8 bilhões de dólares, de acordo com um comunicado.

O conselho de governadores do BID também aprovou até 400 milhões de dólares para o BID Lab, seu braço de inovação e capital de risco.

Em conjunto, o novo capital, juntamente com os esforços de cada instituição para otimizar seus balanços patrimoniais, permitirá que o Grupo BID aumente sua capacidade de financiamento para até 112 bilhões de dólares nos próximos 10 anos, segundo o comunicado.

“Nossa região enfrenta um desafio estrutural triplo de demandas sociais crescentes, recursos fiscais escassos e baixo crescimento, com os efeitos adicionais importantes da mudança climática”, disse Goldfajn, acrescentando que os novos recursos ajudarão a região a enfrentar esses desafios.

Sem desigualdade de gênero, mundo poderia ter PIB ao menos 20% maior, diz Banco Mundial

O Produto Interno Bruto (PIB) global poderia aumentar em mais de 20% com políticas públicas que removessem as dificuldades impostas às mulheres no mercado de trabalho. A descoberta é do 10º relatório anual do Banco Mundial sobre Mulheres, Empresas e Direito.

O estudo mostra que, com práticas que melhorassem as condições de trabalho e abertura de negócios para mulheres, o potencial de crescimento destravado poderia dobrar a taxa de crescimento global na próxima década.

“As mulheres têm o poder de turbinar a economia global em crise”, afirma a economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, observando que as reformas para prevenir a discriminação desaceleraram.

O texto afirma que os obstáculos que as mulheres enfrentam para entrar na força de trabalho global incluem não só barreiras à abertura de empresas, mas também disparidades salariais persistentes e proibições de trabalhar à noite ou em empregos considerados “perigosos”.

A pesquisa envolvendo 190 países mostra que nenhuma nação, nem mesmo as mais ricas, oferece uma verdadeira igualdade de oportunidades aos dois gêneros. Quando se leva em conta as diferenças jurídicas que envolvem a violência e o serviço de cuidado com as crianças, as mulheres desfrutam de apenas dois terços (64%) dos direitos legais que os homens têm.

Taxa de desemprego da OCDE se mantém em 4,8% em janeiro

A taxa de desemprego dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) ficou em 4,8% em janeiro, repetindo o nível de dezembro e permanecendo abaixo de 5% desde julho de 2022, segundo relatório da OCDE publicado na quinta-feira (14).

Em janeiro, o índice de desemprego ficou inalterado ante dezembro em 23 países da OCDE, subiu em outras seis nações e recuou em três. Já o número de desempregados na OCDE diminuiu para 33,5 milhões em janeiro, graças principalmente a um declínio no total de jovens (de 15 a 24 anos) em situação de desemprego, diz a OCDE.

Em janeiro, as taxas de desemprego para mulheres e homens em países da OCDE ficaram inalterados, em 5% e 4,7%, respectivamente, detalha o relatório.

Opep mantém previsão na demanda global de petróleo no ano

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024, em 2,2 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado. Para 2025, o cartel também reiterou sua projeção para a demanda mundial, de acréscimo de 1,8 milhão de bpd.

A demanda específica em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) deverá aumentar em torno de 200 mil bpd neste ano e 100 mil bpd no próximo ano, projeta a Opep. Fora da OCDE, a previsão é de avanços de cerca de 2 milhões de bpd no consumo em 2024 e de 1,7 milhão de bpd em 2025.

No relatório, a Opep cortou em 100 mil barris por dia (bpd) sua previsão para o aumento da oferta de petróleo entre países fora do grupo em 2024, para 1,1 milhão de bpd. Os países que devem mais contribuir para o incremento da oferta em 2024 são EUA, Canadá, Brasil e Noruega, ao passo que Rússia e México deverão responder pelas maiores quedas na produção.

Fitch eleva previsão para avanço do PIB global em 2024, de 2,1% para 2,4%

A Fitch elevou sua perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2024, passando de 2,1% ao ano para 2,4%. A revisão foi conduzida principalmente pela elevação na expectativa de crescimento dos Estados Unidos em 2024, que saltou de 1,2% em dezembro para 2,1% na última atualização. Para 2025, a expectativa foi mantida em 2,5%, como estava na projeção anterior, de dezembro.

Segundo a agência de classificação de risco, os EUA registraram forte procura interna após um “aumento sem precedentes” no déficit orçamentário, mas a Fitch diz esperar que o impulso fiscal seja reduzido, o que deve refletir sobre uma atenuação no crescimento. Paralelo a isto, a inflação subjacente resistente no país deve levar o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) a terminar este ano em 2,9%, o que é 30 pontos-base a mais do que a projeção apresentada em dezembro.

A agência de classificação de risco pontuou que o crescimento mais forte dos EUA deve compensar a desaceleração no PIB chinês, que sofre com um colapso imobiliário “inabalável”, e a estagnação econômica da zona do euro, puxada principalmente pela fraqueza alemã.

A Fitch também diz que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o Banco Central Europeu (BCE) devem cortar os juros três vezes ao longo deste ano, em um total de 75 pontos-base até o fim de 2024. No caso do Fed, ela diz que projeta o primeiro corte para julho (de junho na previsão anterior) e para o BCE, que ele será em junho (não mais em abril).

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores à espera de dados de preços ao consumidor e ao produtor norte-americanos desta semana que eles esperam que possam dar uma ideia melhor sobre se o Federal Reserve poderá começar a cortar a taxa de juros nos próximos meses. O índice Dow Jones teve alta de 0,12%, a 38.769,66 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,11%, a 5.117,94 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,41%, a 16.019,27 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com o índice S&P 500 registrando um recorde de fechamento, conforme os papéis da Oracle (NYSE:ORCL) subiram e dados de preços ao consumidor norte-americano não diminuíram as esperanças dos investidores de cortes nos juros nos próximos meses. O índice Dow Jones teve alta de 0,59%, a 39.000,09 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,12%, a 5.175,06 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,53%, a 16.264,08 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com investidores realizando lucros com papéis da Nvidia (NASDAQ:NVDA) e de outras fabricantes de chips, enquanto aguardavam dados de preços ao produtor norte-americano na quinta-feira e outras pistas sobre a inflação antes da reunião da próxima semana do Federal Reserve. O índice Dow Jones teve alta de 0,10%, a 39.043,32 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,19%, a 5.165,31 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,54%, a 16.177,77 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas de valores de Nova York operavam em queda, já que dados sobre os preços ao produtor mais fortes do que o esperado provavelmente afetaram as apostas sobre o momento do primeiro corte na taxa de juros pelo Federal Reserve e as ações de chips ampliavam as perdas. Por volta das 13h30, o índice Dow Jones registrava queda de 0,18%, a 38.973,52 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,24%, a 5.152,92 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,27%, a 16.134,65 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 08.03.24 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 4,9912 com alta de 0,18%. acumulando ganho semanal, com o pessimismo do mercado de ações contaminando o câmbio após decepção com a Petrobras, e na esteira de um relatório de empregos misto dos Estados Unidos.

Na segunda-feira (11) – O dólar à vista registrou queda de 0,06%, cotado a R$ 4,9784 na venda. Com investidores no aguardo de dados de inflação norte-americano antes da reunião de política monetária do Federal Reserve, em meio ainda a noticiário intenso em torno da Petrobras. O dólar oscilou entre R$ 4,9999 na máxima e R$ 4,9609 na mínima.

Na terça-feira (12) – O dólar à vista registrou queda de 0,07%, cotado a R$ 4,9747 na venda. Depois que investidores não alteraram significativamente suas expectativas para o ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve após aceleração em dados de inflação norte-americanos. O dólar oscilou entre R$ 4,9944 na máxima e R$ 4,9585 na mínima.

Na quarta-feira (13) – O dólar à vista registrou alta de 0,02%, cotado a R$ 4,9756 na venda. mantendo-se dentro de sua faixa de negociação recente depois que dados de inflação de Brasil e Estados Unidos não alteraram significativamente as expectativas para a política monetária antes dos encontros da semana que vem do Banco Central e do Federal Reserve. O dólar oscilou entre R$ 4,9879 na máxima e R$ 4,9633 na mínima.

Na quinta-feira (14) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,03%, cotado a R$ 4,9770 na venda. Depois que novos dados de inflação, varejo e do mercado de trabalho dos Estados Unidos pintaram um quadro misto que não alterou as apostas sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário do Federal Reserve.

Projeções do Fed mostrarão se perspectiva de corte nos juros permanecerá intacta com dados sólidos

Ninguém espera que o Federal Reserve altere sua taxa de juros na reunião de política monetária da próxima semana, mas se as autoridades manterão sua perspectiva anterior de redução dos juros é uma questão mais incerta, à medida que a economia dos Estados Unidos continua superando as expectativas.

Os dados desde a última reunião do Fed confirmaram a linha de base amplamente compartilhada pelas autoridades de que sua taxa cairá neste ano, com o chair do Fed, Jerome Powell, dizendo aos parlamentares norte-americanos na semana passada que o banco central estava “não muito longe” de ganhar confiança suficiente na queda da inflação para cortar os juros.

No entanto, as novas projeções das autoridades mostrarão se eles agora preveem menos do que os três cortes de 0,25 ponto percentual estimados em dezembro deste ano ou se ainda acreditam que a economia pode continuar se expandindo enquanto a inflação continua em queda, permitindo que os juros também caiam.

Na verdade, será uma votação para saber se as melhorias na dinâmica da oferta da economia e um salto inesperado na produtividade podem continuar proporcionando um alívio relativamente indolor das pressões sobre os preços ou se as autoridades consideram a desaceleração do crescimento e uma política mais contracionista por mais tempo como o custo de encerrar sua luta contra a inflação.

“Sempre houve dúvidas sobre a durabilidade da recuperação, mas a economia continua querendo avançar”, disse o economista-chefe do Bank of America (NYSE:BAC), Michael Gapen, na semana passada, delineando o que ele chamou de “cenário sem pouso”, no qual as melhorias no lado da oferta permitem que o Fed comece a reduzir os juros em junho, enquanto a inflação cai e a economia continua crescendo 2% ou mais no ano, acima de muitas estimativas de seu potencial subjacente.

Argentina lança swap de títulos de US$ 65 bilhões para aliviar carga de dívida de 2024

O governo da Argentina lançou uma enorme troca voluntária de dívida do peso e de alguns instrumentos vinculados ao dólar com vencimento em 2024, uma tentativa de adiar os pagamentos em meio a uma grande crise econômica que atinge o país sul-americano.

A dívida, que inclui 15 instrumentos diferentes com um valor total fixado em cerca de 65 bilhões de dólares, pode ser trocada por novos instrumentos indexados à inflação com datas de vencimento que variam entre 2025 e 2028, segundo o governo.

“Os títulos elegíveis nas mãos dos setores público e privado para a operação de swap ascendem a cerca de 55 bilhões de pesos argentinos (64,86 bilhões de dólares)”, disse uma fonte governamental, acrescentando que 70% dos vencimentos eram detidos pelo setor público.

Os títulos soberanos argentinos, que se recuperaram este ano impulsionados pelas esperanças do mercado em relação às reformas e ao aperto fiscal do novo presidente libertário Javier Milei, caíram em média 0,5%.

El Salvador remove imposto de renda sobre dinheiro vindo do exterior

O Congresso de El Salvador aprovou uma reforma para remover impostos de renda anteriormente cobrados sobre dinheiro estrangeiro, em uma medida para atrair mais investimento estrangeiro.

Os fluxos de dinheiro do exterior sob formas como remessas e investimentos em empresas estarão agora isentos de impostos, disseram os legisladores.

Antes da reforma, os rendimentos iguais ou superiores a 150.000 dólares tinham de pagar uma taxa de 30% no momento da entrada no país.

“A iniciativa visa estimular os investimentos nacionais e estrangeiros para impulsionar a economia e gerar melhores e mais oportunidades de emprego”, disse a deputada Suecy Callejas no Congresso ao defender a reforma.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (11), as bolsas europeias fecharam mistas, enquanto investidores se mostraram cautelosos antes de um relatório importante sobre a inflação dos Estados Unidos nesta semana que ajudará a moldar as expectativas de cortes na taxa de juros. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,35%, a 501,49 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,10%, a 8.019,73 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,38%, a 17.746,27 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,05%, a 6.158,39 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,19%, a 10.325,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,12%, a 7.669,23 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, lideradas por montadoras e bancos, conforme investidores mantiveram suas apostas em um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em junho após novos dados de inflação. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1%, a 506,52 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,84%, a 8.087,48 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,23%, a 17.965,11 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,25%, a 6.142,97 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,61%, a 10.388,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,02%, a 7.747,81 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas europeias fecharam mistas, impulsionadas por atualizações corporativas positivas do setor de varejo e de serviços públicos, embora a alta tenha sido limitada por perdas nas montadoras. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,16%, a 507,33 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,62%, a 8.137,58 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,02%, a 17.961,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,53%, a 6.110,35 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,65%, a 10.560,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,31%, a 7.772,17 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas europeias fecharam a maioria em queda, embora o primeiro movimento pacífico do BCE fosse inicialmente esperado o mais tardar em junho, o discurso de ontem de um membro do Conselho do BCE que recomendou dois cortes nas taxas antes das férias de verão contribuiu significativamente para apoiar o sentimento do mercado. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,23%, a 506,15 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,24%, a 8.157,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,16%, a 17.932,97 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,87%, a 6.057,18 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,75%, a 10.480,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,37%, a 7.743,15 pontos.

É preciso manter a calma e esperar até junho para primeiro corte de juros, diz Kazimir, do BCE

O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Eslováquia, Peter Kazimir, defendeu na segunda-feira (11) que o BCE aguarde até junho para começar a reduzir juros, embora a instituição esteja cada vez mais confiante na trajetória de queda da inflação.

Na semana passada, o BCE deixou seus juros inalterados pela quarta vez seguida, mas sua presidente, Christine Lagarde, disse que discussões sobre o relaxamento da política monetária já tinham começado e que uma série de dados relevantes estaria disponível até junho.

“Saberemos um pouco mais em abril, mas só em junho, com novas previsões em mãos, o nível de confiança chegará ao patamar” desejado, disse Kazimir, em postagem no site do BC eslovaco.

Segundo Kazimir, o quadro atual “claramente” sugere que é preciso manter a calma nas próximas semanas e deixar para anunciar o primeiro corte de juros durante o verão europeu.

Kazimir disse também que a confiança de que a inflação na zona do euro voltará à meta oficial de 2% no próximo ano está “aumentando gradualmente”, mas alertou que as pressões salariais seguem muito elevadas, ainda que tenham dado sinais de arrefecimento.

Taxa de desemprego do Reino Unido sobe a 3,9% no trimestre até janeiro; salários perdem força

A taxa de desemprego do Reino Unido subiu para 3,9% no trimestre até janeiro, ante 3,8% nos três meses até dezembro de 2023, segundo dados publicados na terça-feira (12), pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país.

O ONS também informou que o salário semanal médio, excluindo-se bônus, mostrou avanço anual de 6,1% no trimestre até janeiro, desacelerando levemente ante o ganho de 6,2% registrado no trimestre até dezembro. As previsões de analistas consultados pelo The Wall Street Journal eram de taxa de desemprego de 3,8% e avanço salarial de 6,2%.

BCE aceitará desvios da taxa de depósitos, desde que não mudem política monetária, diz Schnabel

O Banco Central Europeu (BCE) “tolerará desvios” da taxa de depósitos no fornecimento de liquidez pelo seu balanço patrimonial, desde que não afetem a política monetária, afirmou a dirigente Isabel Schnabel, em discurso preparado encontro do Money Market Contact Group.

Este novo parâmetro, chamado pela dirigente de “piso suave”, faz parte da nova estrutura operacional lançada na quarta-feira (13), pelo Banco Central, que inclui direcionamentos para incentivar empréstimos entre os bancos, reduzindo a dependência do balanço patrimonial do BCE para garantir a liquidez. “É um sistema de natureza por demanda”, pontuou Schnabel.

“Entretanto, uma volatilidade excessiva que interfira na orientação da política monetária ou um desvio persistente das taxas do mercado monetário em relação à taxa de depósitos poderia exigir a revisão dos parâmetros da estrutura”, alertou.

Ao mesmo tempo, o BCE manterá a redução do seu balanço patrimonial. Schnabel espera que o portfólio de títulos reduza para aproximadamente 2,1 trilhões de euros até o fim de 2025.

Reino Unido tem plano para entregar crescimento bem maior que o atual, diz ministro

Ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt afirmou que o governo britânico tem um plano para entregar um crescimento econômico bem maior que o atual. Essa expansão mais robusta poderia ser usada para reduzir impostos, dívida pública ou gastos do governo, disse ele.

Hunt defendeu que o governo faça tudo o que puder para fazer a economia britânica, que “não está crescendo particularmente rápido no momento”, expandir mais.

O ministro fez os comentários nesta quarta-feira, ao responder a perguntas de legisladores no Parlamento local.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com ganhos na China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do Produto Interno Bruto (PIB) japonês. O índice Xangai teve alta de 0,74%, a 3.068,46 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,43%, a 16.587,57 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,25%, a 3.589,26 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam mistas, à espera de novos dados de inflação dos EUA que podem influenciar os planos do Federal Reserve de quando começar a cortar juros. O índice Xangai teve queda de 0,41%, a 3.055,94 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,06%, a 38.797,51 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 3,05%, a 17.093,50 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,23%, a 3.597,49 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com ações na China pressionadas por renovadas preocupações sobre a crise imobiliária local e as de Tóquio estendendo perdas em meio à especulação sobre eventual aperto da política monetária japonesa. O índice Xangai teve queda de 0,40%, a 3.043,83 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,26%, a 38.695,97 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,07%, a 17.082,01 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,70%, a 3.572,36 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, repetindo o comportamento de Wall Street ontem, em um dia marcado por falta de novos catalisadores. O índice Xangai teve queda de 0,18%, a 3.038,23 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,29%, a 38.807,38 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,71%, a 16.961,66 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,28%, a 3.562,22 pontos.

Índia diz que fecha acordo de US$ 100 bilhões por 15 anos com grupo comercial europeu

A Índia vai suspender a maioria dos impostos de importação sobre produtos industriais de quatro países europeus em troca de um investimento de 100 bilhões de dólares ao longo de 15 anos, disse o seu ministro do Comércio, após um acordo econômico assinado neste domingo que finalizou quase 16 anos de negociações.

O anúncio acontece após acordos comerciais nos últimos dois anos com a Austrália e os Emirados Árabes Unidos, enquanto as autoridades dizem que um outro acordo, com o Reino Unido, está em fase final, conforme o primeiro-ministro Narendra Modi pretende atingir 1 trilhão de dólares em exportações anuais até 2030.

O acordo prevê que a Associação Europeia de Livre Comércio, composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, investirá 100 bilhões de dólares ao longo de 15 anos no mercado indiano que cresce rapidamente com sua população de 1,4 bilhão de habitantes, disse o ministro do Comércio, Piyush Goyal.

Por sua vez, a Índia irá suspender ou remover parcialmente imediatamente ou ao longo do tempo, as elevadas tarifas aduaneiras sobre 95,3% das importações industriais da Suíça, exceto o ouro, afirmou o governo suíço em comunicado.

“As empresas norueguesas que exportam para a Índia pagam atualmente altos impostos de até 40% sobre certos produtos”, disse o ministro da Indústria, Jan Christian Vestre em um comunicado separado.

“Com o novo acordo, garantimos zero impostos de importação sobre quase todos os produtos noruegueses.”

O pacto abrange alguns elementos novos, como os direitos intelectuais e a equidade de gênero, acrescentou Goyal, dizendo numa conferência de imprensa: “É um acordo comercial moderno, justo, equitativo e vantajoso para todos os cinco países”.

Os cinco signatários devem ratificar o acordo deste domingo antes que ele entre em vigor, com a Suíça planejando fazer isso até 2025.

Chefe do Banco Central do Japão modera otimismo em relação à economia

O presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, disse na terça-feira (12) que a economia está se recuperando, mas que também mostra alguns sinais de fraqueza, oferecendo uma avaliação um pouco mais sombria do que em janeiro.

Ueda falou antes da reunião de política monetária do banco central na próxima semana, na qual a diretoria debaterá se as perspectivas são suficientemente animadoras para eliminar gradualmente seu estímulo monetário maciço.

Falando no Parlamento nesta terça-feira, Ueda disse que o consumo de alimentos e necessidades diárias está enfraquecendo em meio aos preços mais altos. Mas ele disse que os gastos das famílias estavam melhorando moderadamente com a expectativa de salários mais altos no futuro.

“A economia do Japão está se recuperando moderadamente, embora tenha sido observada fraqueza em alguns dados”, disse Ueda quando questionado por um parlamentar sobre os recentes sinais de fraqueza no consumo e nas despesas de capital.

A avaliação foi um pouco menos otimista do que a apresentada no último relatório trimestral do Banco do Japão, publicado em janeiro, que descreveu a economia como “recuperando-se moderadamente”.

Ueda ofereceu poucas pistas sobre quando o banco central encerrará as taxas de juros negativas, uma política que está em vigor desde 2016.

Mas disse que há várias maneiras de aumentar os custos de empréstimos de curto prazo se houver condições para acabar com as taxas de juros negativas.

Premiê da China diz que IA é importante mecanismo para “novas forças produtivas”

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, classificou a inteligência artificial como um importante mecanismo para as “novas forças produtivas”, informou a emissora estatal CCTV na quarta-feira (13).

O premiê disse ainda que a China acelerará os níveis de computação e promoverá avanços nos algoritmos e na utilização de dados.

“Novas forças produtivas” é um termo cunhado pelo presidente chinês, Xi Jinping, em setembro do ano passado, quando ele destacou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento econômico baseado na inovação em setores avançados.

Li também visitou o escritório da Baidu (NASDAQ:BIDU) em Pequim, uma zona de demonstração de veículos autônomos na capital, bem como a Naura Technology, informou a CCTV.

Empresas japonesas oferecem maior aumento salarial desde 2013, diz maior sindicato industrial

O maior sindicato industrial do Japão disse na quinta-feira (14) que o aumento médio de salário oferecido por 231 empresas para funcionários em tempo integral e em meio período foi o maior desde 2013, em meio a sinais de que os aumentos salariais estão se ampliando.

O anúncio foi feito um dia depois que grandes fabricantes japoneses, liderados pela Toyota Motor e incluindo a Panasonic, a Nippon Steel e a Nissan, concordaram em atender plenamente às demandas sindicais por aumentos salariais nas negociações anuais deste ano.

O UA Zensen, um grupo criado em 2012 que representa 2.237 sindicatos e 1,8 milhão de trabalhadores, anunciou um aumento salarial médio ponderado de 5,9% este ano para os trabalhadores em tempo integral e de 6,5% para os trabalhadores em meio período nas negociações trabalhistas que terminaram na quarta-feira (13).

O forte crescimento salarial deve estimular uma inflação sustentável e constante, um pré-requisito para o fim das taxas de juros negativas.

As especulações estão crescendo e o Banco do Japão pode elevar as taxas negativas em sua reunião de política monetária de 18 e 19 de março.

Os trabalhadores da UA Zensen solicitaram um aumento salarial total de 6%, sendo que dois terços desse aumento devem ser no salário base, o que elevaria as curvas salariais e fornece a base para o aumento salarial, bônus de aposentadoria e pagamento de pensão.

Fontes de pesquisa: CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT | Valor Econômico | Brasil 247

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15/03/2024