Relatório Cenário Econômico Nacional, 07/09/2020 a 11/09/2020

Essa semana houve atualização nos valores do IGP-M, índice comumente usado para os reajustes nos contratos de aluguéis.
No cenário político, as atenções da semana foram voltadas para a troca do presidente do STF e também para as discussões sobre os reajustes nos alimentos e medidas para ajudar os brasileiros.
Apesar de trilharmos um caminho de incertezas em nosso país, notamos que os impactos estão sendo minimizados ao máximo.
Política
Na quinta-feira (10/09), o Ministro Luiz Fux assumiu a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) substituindo Dias Toffoli no comando do tribunal.
Fux também presidirá o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ministra Rosa Weber é a nova vice-presidente do STF.
O novo presidente do Supremo disse que irá centrar a gestão em temas como proteção dos direitos humanos; proteção do meio ambiente; combate à corrupção; incentivo ao acesso à justiça digital.
Também nesta semana, o brasileiro se deparou com um forte aumento nos alimentos da cesta básica. O motivo é a desvalorização do Real frente ao Dólar, bem como a elevação da demanda externa de alimentos, principalmente pela China.
Na tentativa de conter o aumento, o Ministro da Justiça chegou a notificar supermercados e produtores para explicarem os aumentos de preços. Caso haja confirmação de abusos nos preços eles poderão pagar multas que passam R$10 milhões.
O Presidente Jair Bolsonaro junto a Ministra da Agricultura Tereza Cristina informaram que pretendem suspender o imposto sobre importação do arroz, que para países fora do Mercosul é de 12%. Essa tratativa também pode ser usada para a soja e o milho.
Bolsonaro também chegou a pedir patriotismo dos varejistas para tentar conter os preços da cesta básica.
Selic
De acordo com a Pesquisa Focus, as expectativa são de que a taxa SELIC se mantenha em 2% até o final deste ano. Já para o próximo ano, a expectativa é de que ela volte ao patamar de 3%.
Inflação
Puxada pelo preço dos alimentos e da gasolina, a inflação oficial do país, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), ficou em 0,24% em agosto — a mais alta para o mês desde 2016, embora tenha desacelerado em relação a julho (0,36%).
No ano, a inflação acumula alta de 0,70% e, em 12 meses, de 2,44%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE e se referem às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.
PIB
Estimativa do mercado para queda do PIB em 2020 volta a subir após 9 semanas de melhora.
Analistas das instituições financeiras também elevaram a estimativa de inflação para 1,78% neste ano. Números foram divulgados pelo Banco Central, por meio do relatório Focus.
A expectativa para o nível de atividade foi feita em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem prejudicado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nas últimas semanas, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada da economia brasileira.
A expectativa de queda do PIB (Produto Interno Bruto) para esse ano passou de 5,28% para 5,31%.
Câmbio
Iniciamos a semana com o Dólar em alta, atingindo em sua máxima R$5,41. No entanto, a máxima não se manteve ao longo da semana, fechando mais próximo da mínima testada que foi de R$5,26.
A projeção para a taxa de câmbio para 2020 se manteve em R$5,25.
O IBOV, índice que mede as movimentações na bolsa, teve uma queda mais acentuada nesta semana, testando as mínimas alcançadas nas últimas 9 semanas, os 98.834 pontos.
Essa queda foi impulsionada por conta da queda do preço do petróleo e os dados sobre as vendas do varejo liberados na quinta feira. Apesar das vendas apresentarem uma alta de 5,2% em comparação com o mês anterior. O índice apresenta porém uma queda de -1,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.
IGP-M
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM) subiu 4,41% no primeiro decêndio de setembro, segundo dados da Fundação Getulio Vargas.
No primeiro decêndio de agosto, este índice havia registrado taxa de 1,46%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 11,61% para 18,01%.
“Nesta edição, a principal contribuição para aceleração do IGP-M partiu do IPA, cuja taxa passou de 1,85% para 6,14%, sendo este o maior resultado desde julho de 1994, quando o índice subira 17,95%. A principal fonte de pressão no índice ao produtor partiu dos preços das matérias-primas brutas que avançaram 11,37% sob influência das altas captadas para o minério de ferro (20,08%) e para a soja (11,48%)“, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
É importante ressaltar que o IGP-M é usado para nortear os reajustes dos contratos de aluguéis no país.