Relatório Cenário Econômico Nacional – 19/10/2020

Relatório Cenário Econômico Nacional – 19/10/2020

Relatório Cenário Econômico Nacional – 19/10/2020 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Relatório Cenário Econômico Nacional, 12/10/2020 a 16/10/2020

Cenário econômico nacional 13/10/2020
Fonte: Banco Central do Brasil

Mesmo com uma semana mais curta, devido ao feriado do dia 12, a semana foi movimentada no âmbito político e econômico.

Alguns dos destaques no cenário político foi a soltura do líder do PCC André do Rap e o afastamento do Senador Chico Rodrigues devido uma ação da Polícia Federal.

Mesmo com o calendário apertado por causa das eleições, o Presidente da Câmara Rodrigo Maia defende a priorização da PEC emergencial. Por fim, o Presidente Jair Bolsonaro sancionou a nova lei de trânsito.

No cenário econômico, ainda sem alteração, a taxa Selic se mantém em 2% ao ano. A Inflação e PIB sofreram reajustes esta semana de acordo com o Relatório Focus. No câmbio, tivemos uma semana movimentada com altas no dólar e no IBOV.

Política

Tivemos uma semana bastante movimentada no Brasil, apesar do feriado do dia 12 de outubro. Uma das grandes repercussões foi a soltura de André do Rap, líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando Capital). André foi solto no dia 10 (Sábado), sob um habeas corpus concedido por Marco Aurélio Mello, Ministro do Supremo Tribunal Federal. Algumas horas depois o presidente do STF, Luiz Fux, revogou a decisão, sendo assim, André do Rap deveria voltar para a prisão, porém o criminoso está foragido.

Outra notícia que agitou a semana envolveu o Senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Em uma ação da Polícia Federal foi descoberto uma grande quantia de dinheiro vivo com o senador. Ao todo, os valores descobertos com o senador chegariam a R$ 100 mil. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF determinou o afastamento do senador, o próprio presidente Jair Bolsonaro se manifestou e também pediu o afastamento.

Rodrigo Maia, presidente da Câmara, defendeu a priorização da PEC Emergencial e a reforma Tributária para esse ano. A equipe econômica também quer votar até o fim do ano o novo marco regulatório para o gás natural, a quebra do monopólio do Correios e o projeto de abertura do mercado de cabotagem, sendo um grande desafio com a agenda ainda mais apertada devido às eleições em novembro.

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta semana a nova lei de trânsito, onde teremos algumas alterações como a extensão da validade para dez anos, extensão do limite máximo de pontos que o condutor pode acumular antes de ter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa e multas leves e médias serão puníveis com advertência caso o condutor não seja reincidente dentro de um ano.

Selic

A taxa Selic se mantém no patamar de 2% ao ano. A próxima reunião do Copom será entre os dias 27 e 28 deste mês.

Até lá, algumas especulações sobre um novo reajuste corre no mercado, mas, como já afirmou Roberto Campos Neto, Presidente do Banco Central, a Taxa selic tem pouco espaço para reajustes.

A expectativa é que ela se mantenha em 2% até o final deste ano.

IPCA

O Boletim Focus divulgado nesta terça feira (13), mostra novamente uma alteração no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando de 2,12% para 2,47%, devido a alta dos preços dos alimentos.

De acordo com o Economista Chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, o IPCA deve continuar subindo até chegar ao patamar de 4,5% em maio do ano que vem.

Inflação

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou nesta quarta feira (14) dados sobre a inflação por faixa de renda, onde concluiu que as famílias com menor renda, rendimento domiciliar inferior a R$ 1.650,00, tiveram uma inflação de 0,98% no mês de setembro. Já as famílias com renda mais alta, rendimento familiar superior a R$ 16.509,66, a inflação foi de 0,29%.

O Ipea também constatou que o aumento na inflação foi generalizado, ou seja, todas as faixas de renda sofreram aumento no mês de setembro se comparado com o mês de agosto.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reforçou um cenário de tranquilidade para a inflação e que as projeções do BC são de inflação abaixo da meta para o ano de 2020.

PIB

Nesta semana, o Banco Central divulgou dados informando que a economia brasileira teve seu quarto mês consecutivo de alta, fechando o mês de agosto com uma alta de 1,06% se comparado com Julho de 2019. Portanto, no mês o índice registrou uma queda de -3,92%. O IBC-Br, Índice de Atividade Econômica, leva em consideração o uma “prévia do PIB” do país para a sua definição.

De acordo com o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (19), a projeção do PIB passou de -5,03 para -5,00, mantendo a projeção de um crescimento 3,47% para o ano que vem.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), calcula que a dívida pública do Brasil será de 101,4% do PIB no ano de 2020, tendo um aumento de 11,9 pontos percentuais se comparado ao ano passado. Esse aumento ocorreu devido ao aumento nos gastos do governo com a pandemia.

Câmbio

Mesmo com os temores dos investidores sobre o novo pacote de estímulos dos EUA, o dólar novamente teve uma semana de alta em relação ao real, porém, sem ultrapassar as máximas e mínimas testadas na semana anterior, tendo como máxima da semana R$ 5,65 e a mínima R$ 5,52.

Já o IBOV, índice que mede as movimentações na bolsa de valores brasileira, se manteve em alta pela segunda semana consecutiva. Uma alta mais modesta do que a da semana anterior, porém ultrapassando a máxima testada.

Apesar do risco fiscal os investidores se mantêm otimistas nesta semana. O IBOV finalizou a semana com máxima de 99.571 pontos e mínima de 97.336 pontos.