Cenário Econômico Nacional – 22/02/2021

Cenário Econômico Nacional – 22/02/2021

Cenário Econômico Nacional – 22/02/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Econômico Nacional desta semana:

Com 243.610 mil mortos por Covid-19, Brasil ultrapassa 10 milhões de infectados. Entre os vacinados, são pouco mais de 5 milhões – o que representa apenas 2,6% da população brasileira.

O governo federal espera viabilizar em até três semanas o novo auxílio emergencial, que seria de R$ 250 e duraria até quatro meses. Os indicadores econômicos apontaram para um ritmo menor da atividade econômica no fim de 2020, quando foi paga a última parcela do auxílio que era de R$ 300.

O presidente Jair Bolsonaro alterou quatro decretos federais com o objetivo de desburocratizar e ampliar o acesso a armas de fogo e munições no país. As medidas foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União.

O PIX, novo sistema de pagamentos, completou três meses de operação na terça-feira (16). A tecnologia, desenvolvida pelo Banco Central, domina o número de transferências realizadas, mas perde para as TEDs em valor transacionado. Segundo dados do Banco Central, mais de 286 milhões de operações foram realizadas por meio do PIX em 2021.

A Petrobras anunciou, na quinta-feira (18), um novo aumento médio nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias, que chegarão a R$ 2,48 e R$ 2,58 por litro, respectivamente. A partir de sexta-feira (19), será aplicado um reajuste de R$ 0,23 para o litro da gasolina e de R$ 0,34 para o do diesel.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na quinta-feira (18), que a partir de 1º de março não haverá qualquer imposto federal incidindo sobre o preço do óleo diesel. Bolsonaro considerou o reajuste anunciado hoje pela Petrobras como “fora da curva” e “excessivo”. O governo de São Paulo fez uma nova reclassificação do estado, em coletiva de imprensa, na sexta-feira (19). Barretos e Presidente Prudente voltam à fase mais restritiva, que permite funcionamento apenas de serviços essenciais. Sorocaba avançou à amarela, na qual restaurantes podem operar até 22h.

Rodrigo Maia critica Bolsonaro e diz que ‘povo quer vacinas, não armas’

O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou os decretos que flexibilizam a compra e o porte de armas no Brasil, assinados pelo presidente Jair Bolsonaro. Nas redes sociais, o parlamentar disse que o país não está interessado em armas, mas em vacinas.

“Bolsonaro considera a parte pelo todo. Acha que seu mundo extremo representa o país. O povo não está vibrando. O povo não quer armas. A população anseia pelas vacinas”, escreveu o ex-presidente da Câmara no Twitter.

Deputado do PSL é preso após divulgar vídeo com ataques a ministros do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, expediu na terça-feira (16), uma ordem de prisão por flagrante delito contra o deputado, Daniel Silveira (PSL-RJ). Mais cedo, o parlamentar divulgou um vídeo com ataques a ministros da Corte, em especial a Edson Fachin, Gilmar Mendes e ao próprio Alexandre de Moraes. Silveira foi preso em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio, pela Polícia Federal.

A decisão do ministro, Alexandre de Moraes, foi analisada na quarta-feira (17) pelo plenário do Superior Tribunal Federal. Os Ministros decidiram pela legalidade da prisão em flagrante por crime inafiançável por 11 votos a 0.

Mesmo com a decisão do Superior Tribunal Federal, a prisão de um deputado federal precisa passar pelo crivo da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), já foi notificado.

Governo Bolsonaro já mudou 31 vezes a política de armas no Brasil

O governo do presidente Jair Bolsonaro publicou 31 alterações na política de acesso a armas no Brasil desde o início de seu mandato, em janeiro de 2019. São, ao todo, 14 decretos, 14 portarias de ministérios ou órgãos do governo, 2 projetos de lei sem aprovação e uma resolução que flexibilizam e facilitam o acesso para compra de armas e munições no país.

Das 31 mudanças, duas já estão judicializadas: o ministro Edson Fachin suspendeu em dezembro do ano passado os efeitos da resolução que zerou o imposto para importação de armas.

Arthur Lira decide trocar diretor-geral da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu exonerar do cargo o atual diretor-geral, Sérgio Sampaio. Arthur Lira escolheu Celso de Barros Correia Neto como novo diretor-geral da Casa, que deve assumir as funções ainda essa semana.

“Não me foi dito o motivo, mas encaro com naturalidade a troca de posições de chefia em momento como este”, afirmou Sérgio Sampaio.

Ao diretor-geral compete planejar, coordenar, orientar, dirigir e controlar todas as atividades administrativas. Estão diretamente subordinadas a ele, à Diretoria Legislativa, à Diretoria Administrativa e à Diretoria de Recursos Humanos.

Câmara decide votar na sexta-feira (19) se mantém prisão do deputado Daniel Silveira

A Câmara dos Deputados marcou para sexta-feira (19), a sessão na qual decidirá se mantém ou derruba a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). A decisão foi tomada na quinta-feira (18), durante reunião de líderes partidários.

A prisão do deputado Daniel Silveira foi decretada na terça-feira (16) pelo ministro Alexandre de Moraes e referendada por unanimidade pelo plenário do tribunal na quarta-feira (17).

O deputado, Daniel Silveira, foi preso após divulgar um vídeo no qual fez apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5), instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e defendeu a destituição de ministros do STF.

Justiça manda Alesp cortar mais de mil cargos de nomeação política

A Justiça de São Paulo mandou a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) cortar cerca de 1.800 cargos comissionados, funcionários de livre nomeação escolhidos por meio de indicação política.

O juiz, Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª vara da fazenda pública, determinou que a Alesp adote a paridade, ou seja, tenha apenas um cargo comissionado para cada efetivo – quadro técnico que exige concurso.

Atualmente, a proporção de cargos é de 2.479 comissionados para 606 efetivos. Cerca de 1.800 cargos teriam de ser cortados em 12 meses. Ainda cabe recurso da decisão.

“Em suma, o elevado número de cargos comissionados dentro de um mesmo nível hierárquico, como se constata nos diversos cargos de diretores, assessores, assistentes, jornalistas e secretários, revela desproporção, abuso e subversão dessa modalidade excepcional de contratação”, escreveu o juiz Evandro Carlos de Oliveira na decisão.

Endividamento das famílias bate novo recorde

O endividamento das famílias brasileiras bateu novo recorde em novembro de 2020, grande parte desse aumento se deve a pandemia de Covid-19. Segundo dados do Banco Central (BC), as dívidas bancárias atingiram 51% da renda acumulada das famílias nos 12 meses anteriores.

Levantamento realizado mostra que a média de famílias endividadas no ano passado cresceu 2,8%, quando comparado a 2019, alcançando 66,5%.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) elaborou estudo sobre o comportamento do endividamento dos brasileiros em 2020. O levantamento mostra que a média de famílias endividadas no ano passado cresceu 2,8%, quando comparado a 2019, alcançando 66,5%. Trata-se do maior resultado anual da série, iniciada em 2010. O cartão de crédito gera as principais dívidas, 78% na média de 2020. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, o carnê (16,8%) e o financiamento de carro (10,7%).

Indicadores de confiança na economia têm queda

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) começou o ano registrando a quarta queda seguida, atingindo o menor nível desde junho, quando começou a recuperação após o pior momento da crise causada pela Covid-19. Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou 2,2 pontos ante dezembro de 2020.

Segundo Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), a parada no movimento de retomada da confiança em janeiro coloca em dúvida a “recuperação em V” da economia e está relacionada à perda de fôlego no crescimento econômico no fim do ano. A confiança dos empresários “segue o ciclo”, ou seja, reage ao vaivém da atividade econômica, disse o especialista.

“Os recursos que o governo injetou ajudaram a fazer com que a economia, e a confiança empresarial, que segue o ciclo, tenha gradualmente melhorado (até o fim do ano passado)”, afirmou o especialista.

Balança Comercial

A balança comercial registrou superávit de US$ 413,8 milhões na segunda semana de fevereiro. De acordo com dados divulgados na quarta-feira (17), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 3,945 bilhões e importações de US$ 3,531 bilhões.

As importações registraram aumento de 13,4% em fevereiro, com crescimento de US$ 1,11 milhão (6,0%) em Agropecuária; queda de US$ 5,35 milhões (-12,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 101,64 milhões (15,1%) em produtos da Indústria de Transformação.

Já as exportações recuaram 11,9%, com queda de US$ 61,87 milhões (-43,4%) em Agropecuária; crescimento de US$ 16,7 milhões (7,3%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 57,29 milhões (-11,7%) em produtos da Indústria de Transformação.

Governo estuda adiantar 13º de aposentados e abono salarial para injetar R$ 57 bilhões na economia

O governo quer garantir uma injeção de R$ 57 bilhões na economia brasileira com a antecipação do 13º de aposentados e pensionistas do INSS e do abono salarial. As duas medidas não têm impacto nas contas porque só alteram o calendário de um pagamento já previsto para o ano, mas devem ajudar a segurar os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 sobre a atividade econômica.

A antecipação do abono salarial é a única medida que saiu do papel, os repasses podem chegar a R$ 7,33 bilhões. O pagamento adiantado do 13º dos beneficiários da Previdência Social ainda depende de uma definição sobre o calendário. Cada parcela representaria uma injeção de cerca de R$ 25 bilhões na economia. A proposta em estudo é repetir a antecipação das duas parcelas, como foi realizado no ano passado.

Compras parceladas aumentaram na pandemia

Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha, a pedido da Associação Brasileira de Internet (Abranet): durante a pandemia de Covid-19, o número de usuários de cartão de crédito que criaram o costume de efetuar compras parceladas cresceu 75% em comparação com anos anteriores.

Esse novo hábito está relacionado ao isolamento social, por conta da pandemia de Covid-19. Com medo da contaminação, os consumidores evitaram sair de casa e, para economizar nos fretes de entrega, concentraram as compras. A frequência de gastos foi reduzida, porém, houve um aumento do gasto médio nas transações de 6,9%, segundo dados do Itaú. Esse cenário acaba levando a um parcelamento maior para o pagamento das compras.

Lucro do Carrefour Brasil cresce 31% e atinge R$ 886 milhões

O Grupo Carrefour Brasil registrou lucro líquido 886 milhões de reais no quarto trimestre de 2020. Uma alta de 31,1% em relação ao mesmo período de 2019, segundo documento enviado ao mercado na quarta-feira (17).

A pandemia mudou o perfil de compras do consumidor, o que beneficiou o desempenho do grupo Carrefour Brasil, com destaque para o forte e-commerce, com uma alta de mais de 70%.

No consolidado do ano, o lucro do Carrefour Brasil teve uma alta ainda maior, 43,4%, registrando ganhos de R$ 2,75 bilhões.

Pesquisa Sebrae aponta que 40% dos pequenos empresários querem expandir seus negócios em 2021

Os empresários estão mais confiantes com a retomada das atividades econômicas, reflexo do avanço da vacinação e da perspectiva de melhora no cenário econômico.

Segundo Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios, desenvolvida pelo Sebrae, o levantamento apontou que 42% dos empresários pretendem expandir seus negócios no primeiro semestre deste ano, seguidos de 39% que pretendem manter, 11% reposicionar, 5% retomar e 2% reduzir. Apenas 1% dos entrevistados pretende encerrar as atividades da empresa.

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O mercado elevou, na quarta-feira (17), a previsão para a Selic em 2021 a 3,75% em meio a inflação mais alta. O levantamento semanal apontou que a expectativa para a Selic aumentou a 3,75% no final de 2021 ante 3,50% previstos anteriormente.

Para 2022, segue projeção de juros básicos a 5,0%. A meta Selic está atualmente na mínima recorde de 2,00%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 4,00%, ante 3,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGPM) da Fundação Getulio Vargas (FGV), variou 2,29% na segunda prévia de fevereiro, ante 2,37% no mesmo período do mês anterior. Com este resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 25,46% para 28,64%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção para o IGP-M ficou em 8,02%, ante 6,97% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Os economistas alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O Relatório mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de 3,60% para 3,62%, há um mês, estava em 3,43%.

A projeção para o índice em 2022 seguiu em 3,49%, há quatro semanas, estava em 3,50%, o relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 3,82%, ante 3,62% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 4,0% no ano de 2020, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), A projeção para o PIB ficou em 3,29%, ante 3,43% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Na segunda (15), a bolsa de valores não operou devido ao feriado de Carnaval.

Na terça (16), a bolsa de valores não operou devido ao feriado de Carnaval.

Na quarta (17), na volta do carnaval, o índice Ibovespa se recuperou apoiado pelas commodities, e fechou em alta de 0,78%, a 120.355,79 pontos. O volume financeiro somou R$ 52,7 bilhões.

Na quinta (18), o Ibovespa fechou em queda, com os investidores cautelosos por conta da inflação e alta de juro. O receio de que a escalada das commodities afetará índices de preços pelo mundo baixou o apetite dos investidores por ativos de risco. O índice Ibovespa teve queda de 0,96%, a 119.198,97 pontos. O volume financeiro somou R$ 34,8 bilhões.

Na sexta (19), por volta das 14h15, o índice Ibovespa operava em queda de 0,57%, a 118.523,56 pontos. O volume financeiro era de R$ 13,17 bilhões. Os papéis da Petrobras lideravam perdas, após ameaças do presidente Jair Bolsonaro contra a Petrobras devido aos aumentos nos preços de combustíveis. Ao final do dia, o índice Ibovespa teve queda de 0,64%, fechando a 118.430,53 pontos. O volume financeiro somou 35,2 bilhões de reais.

O dólar passou a cair na manhã de sexta-feira (19), após abrir em alta, em meio a ruídos sobre os preços dos combustíveis e possíveis interferências na Petrobras por parte do governo. Por volta das 10h20, o dólar registrava queda de 0,58%, cotado a R$ 5,4100.

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22/02/2021