Cenário Econômico Internacional – 09/04/2021

Cenário Econômico Internacional – 09/04/2021

Cenário Econômico Internacional – 09/04/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

  • Geleiras derretendo e minerais raros surgindo: por que prestar atenção ao novo governo da Groenlândia
  • Biden aposta alto no começo do mandato, apesar da maioria frágil no Congresso
  • Governo dos EUA ordena que Johnson intervenha em fábrica de terceirizada e proíbe produção de vacina da AstraZeneca
  • Governo Biden indica coordenadora para “diplomacia da vacina” dos EUA no mundo
  • EUA já distribuíram 150 milhões de vacinas e ampliarão acesso, diz Biden
  • Biden adianta pela 2ª vez a meta para vacinar toda a população adulta dos EUA contra a Covid-19
  • Chile oficializa adiamento das eleições devido à pandemia
  • EUA consideram uma reaproximação diplomática com a Coreia do Norte para tratar de questões nucleares
  • Mercado acionário dos EUA e câmbio
  • França e Alemanha pedem ‘moderação’ ante tensões entre Rússia e Ucrânia
  • Europa pode ter que misturar vacinas contra Covid-19 devido a crise da AstraZeneca
  • Manifestações na Irlanda do Norte após o Brexit acirram tensões no Reino Unido
  • Mercado acionário europeu
  • Maior fabricante de vacinas contra Covid-19 do mundo pede ajuda financeira ao governo indiano
  • Taiwan diz que lutará até o fim se China atacar
  • Mercado acionário na Ásia
  • Irã aumenta suas reservas de urânio enriquecido em até 20%
  • Oficiais israelenses criticam a retomada da ajuda americana à UNRWA
  • Irã está desenvolvendo arma nuclear, alega Netanyahu

Geleiras derretendo e minerais raros surgindo: por que prestar atenção ao novo governo da Groenlândia

Estados Unidos, China e diversos outros países estão de olho nos resultados do pleito no território, que tem importância econômica e localização estratégica no cenário internacional.

O resultado das eleições na Groenlândia, nesta quarta-feira (7), colocou em xeque o andamento de um grande projeto de mineração na ilha que envolve grandes interesses internacionais no Ártico, e por isso, tem sido acompanhado de perto por grandes potências.

A Groenlândia é um território pertencente à Dinamarca, mas é autônomo, portanto, pode escolher seus próprios governantes. Localizada entre a América do Norte e a Europa, a Groenlândia tem uma área de mais de 2 milhões de quilômetros quadrados e é considerada a maior ilha do mundo. É também o território menos densamente povoado do mundo: tem uma população de apenas 56 mil pessoas.

A economia da ilha depende da pesca e de subsídios dinamarqueses, mas o derretimento do gelo tem aberto caminho para a exploração de recursos minerais, especificamente para um projeto de mineração de elementos raros no sul da ilha e que virou um tema central da eleição desta semana.

O pleito parlamentar foi vencido com folga pelo partido de esquerda Inuit Ataqatigiit, que conquistou 37% dos votos e prometeu fazer oposição ao projeto de mineração. O partido agora terá que compor um novo governo.

A vitória tira a maioria do partido governista Siumut, que manteve o poder pela maior parte do tempo desde que a Groenlândia obteve autonomia da Dinamarca, em 1979. O partido defende o projeto de mineração.

A região começou a receber mais atenção, pois a empresa proprietária da mina em Kvanefjeld, sul da Groenlândia, afirma que o local tem “potencial para se tornar o mais significativo produtor do mundo ocidental” de minerais de terras raras, um grupo de 17 elementos (como neodímio, praseodímio, disprósio e térbio) usados ​​na fabricação de eletrônicos e armas.

O Partido Siumut apoia o desenvolvimento da mina, argumentando que o projeto forneceria centenas de empregos e geraria centenas de milhões de dólares anualmente ao longo de várias décadas, o que poderia levar a uma maior independência em relação à Dinamarca.

Mas o oposicionista Inuit Ataqatigiit, ligado aos povos originários da região, os Inuit, critica a proposta, em meio a preocupações sobre a produção de poluição radioativa e lixo tóxico.

O futuro da mina Kvanefjeld é significativo para vários países, o local é propriedade de uma empresa australiana, a Greenland Minerals, que é apoiada por uma empresa chinesa.

A Groenlândia esteve nas manchetes várias vezes nos últimos anos, com o então presidente americano Donald Trump sugerindo, em 2019, que os EUA poderiam comprar o território.

A Dinamarca rapidamente descartou a ideia como “absurda”, mas o interesse internacional no futuro do território continuou.

A ilha se tornou centro de uma disputa estratégica entre EUA e China tanto por sua importância econômica para a mineração quanto por sua posição geográfica entre a América e a Europa.

A China já tem acordos de mineração com a Groenlândia, enquanto os EUA, que têm uma base aérea importante da era da Guerra Fria na cidade de Thule, ofereceram milhões em ajuda.

A própria Dinamarca reconheceu a importância da ilha: em 2019, colocou a Groenlândia como prioridade em sua agenda de segurança nacional pela primeira vez.

E diversos outros países, como Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia, também têm interesse na região para reduzir sua dependência da China para suprimentos minerais.

No entanto, a mineração não é a única questão no centro do debate na Groenlândia.

O território está entre os mais afetados pelo aquecimento global, com cientistas relatando perda recorde de gelo no ano passado.

Mas o recuo do gelo também aumentou as oportunidades de mineração e de novas rotas de navegação através do Ártico, o que poderia reduzir os tempos de transporte global.

Essa realidade também aumentou o foco em disputas territoriais de longa data, com Dinamarca, Rússia e Canadá buscando a soberania sobre uma vasta cadeia de montanhas subaquáticas perto do Pólo Norte conhecida como Lomonosov Ridge.


A Rússia vem aumentando suas atividades econômicas e militares no Ártico, onde possui uma longa zona costeira, gerando preocupação por parte dos governos ocidentais.

Biden aposta alto no começo do mandato, apesar da maioria frágil no Congresso

Nas primeiras semanas de mandato, o presidente democrata já deixou clara a sua aposta: quer avançar rapidamente com planos ambiciosos para transformar os Estados Unidos. Para isso, precisa confirmar sua estreita maioria do Congresso, e tentar aprovar suas medidas antes das eleições de meio de mandato.

Com seu plano maciço de investimentos para criar “milhões de empregos” e pouco depois de aprovar outro pacote de estímulo, igualmente robusto, o presidente Joe Biden começou apostando alto em suas primeiras semanas no comando dos Estados Unidos. É obrigado a fazê-lo, já que sua estreita margem de ação poderia terminar em 2022.

“Penso que ele sabe que seu legado será escrito nos próximos dois anos, seu legado como presidente, e está pensando grande”, avaliou na terça-feira David Axelrod, ex-conselheiro de Barack Obama.

A eleição presidencial de 2020 deu a vitória aos democratas, junto com um conforto extra: o controle da maioria do Congresso, mas por uma estreita margem.

A 19 meses das eleições de meio de mandato, em 2022, Biden já deixou clara a sua aposta: quer avançar rapidamente com planos ambiciosos para transformar os Estados Unidos.

O temo urge. Enquanto Biden, que aos 78 anos, é o presidente mais idoso dos Estados Unidos, afirma que pretende voltar a disputar as eleições presidenciais em 2024, Axelrod acredita que as possibilidades de que o faça são “bastante remotas”, declarou no podcast Hacks on Tap, que apresenta juntamente com o republicano Mike Murphy.

Governo dos EUA ordena que Johnson intervenha em fábrica de terceirizada e proíbe produção de vacina da AstraZeneca

Os ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e da AstraZeneca foram misturados na fábrica da Emergent BioSolutions. O governo dos EUA determinou que a unidade será administrada pela Johnson e que fará um único produto.

O governo dos Estados Unidos ordenou, no sábado (3), que a Johnson & Johnson passe a gerenciar uma fábrica da empresa Emergent BioSolutions, que produzia vacinas da Covid-19, desenvolvida pela própria Johnson & Johnson, que foi obrigada a jogar fora um lote de 15 milhões de doses que não atendiam aos padrões de qualidade.

A Emergent BioSolutions também foi proibida de produzir as vacinas da AstraZeneca, de acordo com uma reportagem do “New York Times”.

Os trabalhadores na fábrica da Emergent BioSolutions misturaram ingredientes das duas vacinas, há semanas, segundo o jornal.

As vacinas estragadas não chegaram a ser envasadas.

O governo deu a ordem justamente para que não haja mais misturas com ingredientes das duas vacinas.

A Johnson afirmou que assumirá responsabilidade plena pela fábrica e disse que vai entregar as 100 milhões de doses que o governo contratou até o fim de maio.

A vacina da AstraZeneca não foi aprovada nos EUA.

A AstraZeneca afirmou que vai procurar uma alternativa com o governo norte-americano para encontrar uma fábrica que possa produzir doses.

O governo criticou a empresa farmacêutica por usar dados antigos na apresentação de seus resultados. Depois disso, os estudos foram revistos.

Um médico, que trabalha para um órgão do governo, e deu entrevista à agência Reuters, mas que não quer ser identificado, afirmou que o país pode não precisar das vacinas da AstraZeneca, mesmo se elas forem aprovadas pelos EUA.

O governo do país acertou com o México e com o Canadá que vai enviar cerca de 4 milhões de doses de vacina da AstraZeneca produzidas nos EUA.

Governo Biden indica coordenadora para “diplomacia da vacina” dos EUA no mundo

O governo Biden nomeou, nesta segunda-feira (05), uma coordenadora para liderar a diplomacia da vacina contra a Covid-19 dos Estados Unidos e no mundo, enquanto busca garantir aos países em busca de mais doses que Washington está agindo da maneira mais rápida possível.

O secretário de Estado dos EUA Antony Blinken apontou Gayle Smith, uma ex-coordenadora da Agência dos EUA, para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) durante o governo Obama, ao cargo de coordenadora para a Resposta Global da Covid e de Segurança Sanitária no Departamento de Estado.

Em declarações no Departamento, Blinken disse que enquanto Washington garante seu próprio estoque de vacinas, o governo também começou a explorar como pode compartilhar mais com outros países. Os Estados Unidos já aplicaram mais de 165 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 até o último domingo (04) de manhã.

“Eu sei que muitos países estão pedindo que os Estados Unidos façam mais, alguns estão ficando desesperados, por conta do escopo e da escala de suas emergências com a Covid. Nós escutamos vocês, e eu prometo que estamos agindo da maneira mais rápida possível”, disse.

As iniciativas dos EUA para aumentar fornecimento de vacinas para o restante do mundo acontecem ao mesmo tempo em que Washington trabalha para fazer frente à diplomacia de vacinas da China. A Rússia também já ofereceu milhões de doses com financiamento para um esquema de compras da União Africana.

“Já emprestamos vacinas para nossos vizinhos mais próximos, México e Canadá, e iremos trabalhar com parceiros globais na fabricação e no fornecimento para garantir vacinas para todos, em toda parte”, disse Blinken.

Os Estados Unidos, que ainda não autorizaram o uso da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19, anunciaram que planejam enviar cerca de 4 milhões de doses para o México e o Canadá em acordos bilaterais de empréstimo com os dois países.

EUA já distribuíram 150 milhões de vacinas e ampliarão acesso, diz Biden

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou nesta terça-feira (06) que o país já distribuiu 150 milhões de vacinas desde que ele tomou posse, e antecipará em duas semanas um prazo para tornar as doses amplamente acessíveis, de acordo com uma pessoa a par do assunto.

Biden instruiu os Estados a ampliarem a distribuição de vacinas a todos os adultos norte-americanos habilitados até 19 de abril, duas semanas antes do prazo de 1º de maio que ele mesmo havia anunciado.

Também nesta terça-feira, o presidente visitou um centro de vacinação do Seminário Teológico da Virgínia em Alexandria antes de fazer o anúncio na Casa Branca.

O governo dos EUA está intensificando consideravelmente o ritmo da vacinação enquanto trabalha para acabar com a pandemia de Covid-19. Inicialmente, Estados com suprimentos de vacina limitados restringiram as doses iniciais a grupos de maior risco, como os idosos.

A princípio, Biden estabeleceu a meta de vacinar 100 milhões de pessoas em seus 100 primeiros dias no cargo, ou no final de abril, mas a meta foi dobrada para 200 milhões de vacinas desde então.

A Covid-19 já matou 500 mil norte-americanos, porém mais de 167 milhões de doses já foram administradas no país. Quatro de dez norte-americanos já receberam ao menos uma dose de vacina, uma taxa muito superior à da maioria dos países.

As vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech exigem duas doses, e a da Johnson & Johnson só uma dose.

Biden adianta pela 2ª vez a meta para vacinar toda a população adulta dos EUA contra a Covid-19

Inicialmente, prevista para o fim de maio, a data foi adiantada para o dia 1º do mesmo mês, e agora para 19 de abril. Segundo o presidente, a partir desta data, todas as doses estarão disponíveis nos postos de vacinação.

Como a meta das 100 milhões de doses foi alcançada na metade do tempo, Biden anunciou a antecipação das vacinações para 1º de maio. A vacinação contra o coronavírus nos EUA é gratuita e voluntária.

Além disso, o presidente dos EUA anunciou que ao menos 80% dos professores e trabalhadores de escolas já foram vacinados com ao menos uma dose no país.

Os números acompanham um pedido do governo Biden que os estados priorizassem a vacinação destes profissionais para garantir a volta às aulas mais rapidamente e com segurança.

A recomendação do presidente americano é a mesma definida pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), ainda no final de dezembro do ano passado.

Chile oficializa adiamento das eleições devido à pandemia

Lei foi assinada pelo presidente Sebastián Piñera. Votação escolherá os parlamentares que vão elaborar a nova Constituição, além de prefeitos e governadores.

O presidente do Chile Sebastián Piñera assinou, nesta terça-feira (6), a lei que adia por cinco semanas as eleições de prefeitos, governadores e constituintes originalmente programadas para 10 e 11 de abril, em decorrência do forte aumento das infecções de coronavírus no país.

“Não achamos prudente ou conveniente realizar eleições no próximo fim de semana”, disse Piñera em cerimônia no palácio de La Moneda, após anunciar o projeto de adiar as eleições para 15 e 16 de maio.

A assinatura era uma formalidade esperada. Os assessores do governo para a pandemia, o Colégio Médico e líderes da oposição já tinham pedido o adiamento da eleição. Pesquisas apontam que a população também é favorável à medida.

“Trabalharemos sem descanso para que as condições sanitárias sejam mais favoráveis”, disse Piñera.

Embora o Chile seja um dos países mais avançados na vacinação, um novo pico de casos levou o governo a adotar um novo lockdown. Especialistas dizem que, para que o contágio caia a níveis seguros, cerca de 70% da população deve receber as doses.

EUA consideram uma reaproximação diplomática com a Coreia do Norte para tratar de questões nucleares

O porta-voz da Casa Branca disse que o país continuará a aplicar sanções contra o regime norte-coreano, mas que estão em contato com aliados para tentar uma abertura diplomática com Pyongyang.

O governo dos Estados Unidos considera se reaproximar da Coreia do Norte, de forma diplomática, para tratar sobre o fim das atividades nucleares na região, disse a secretária de imprensa da Casa Branca Jen Psaki, nesta quarta-feira (7).

“Temos um objetivo claro em relação à Coreia do Norte, é a desnuclearização”, afirmou Psaki.

A porta-voz do governo americano disse em entrevista coletiva que os EUA vão continuar a aplicar sanções contra o regime norte-coreano, mas que estão em contato com aliados da região para tentar uma abertura diplomática com Pyongyang.

O presidente Joe Biden tem evitado comentar sobre o tema enquanto seu gabinete termina de revisar as estratégias de aproximação com a Coreia do Norte iniciadas durante o governo Trump.

Donald Trump se reuniu três vezes com o ditador Kim Jong-un. Com as reuniões, o programa nuclear foi suspenso temporariamente, assim como lançamentos de mísseis.

Mercado acionário dos EUA

Na segunda-feira (05) As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 5, impulsionadas pelo otimismo no mercado por uma retomada econômica dos Estados Unidos.O índice Dow Jones fechou em alta de 1,13%, aos 33.527,19 pontos, o S&P 500 encerrou com avanço de 1,44%, aos 4.077,91 pontos, e o Nasdaq, de 1,67%, aos 13.705,59 pontos.

Já na terça-feira (06) Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 perdeu espaço. O indicador permaneceu próximo de recordes, mas não conseguiu fechar no azul. Os investidores olharam para dados econômicos norte-americanos, além dos balanços corporativos que estão prestes a serem divulgados. Com isso, o Dow Jones recuou 0,29%, para 33.430,24 pontos. O S&P 500 fechou em queda de 0,10%, para 4.073,94 pontos. Enquanto o Nasdaq Composite registrou baixa de 0,05%, finalizando o dia aos 13.698,38 pontos.

Na quarta-feira (07) As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único hoje e perto da estabilidade, em sessão marcada pela volatilidade. Publicação mais aguardada do dia, a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu algum impulso aos índices, e o S&P 500 terminou com fechamento recorde. Algumas ações de tecnologia tiveram alta, mas o recuo da Tesla acabou por pressionar o Nasdaq. O índice Dow Jones avançou 0,05%, aos 33.446,26 pontos, o S&P 500 encerrou com ganho de 0,15%, aos 4.079,75 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,07%, aos 13.688,84 pontos.

E na quinta-feira (08) Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 terminou o dia com nova máxima recorde. No entanto, os dados se mostraram mais fracos no mercado de trabalho, o que acabou puxando uma queda para os rendimentos dos Treasuries e movimento positivo para as ações de tecnologia e de outros setores. Com isso, o Dow Jones subiu 0,17%, para 33.503,57 pontos. O S&P 500 ganhou 0,42%, para 4.097,17 pontos. Enquanto o Nasdaq Composite teve alta de 1,03%, para 13.829,31 pontos.

Câmbio ao longo da semana

Confira o fechamento do câmbio durante a semana:

05.04.2021 – Dólar R$ 5,5817, com variação de -0,08%

06.04.2021 – Dólar R$ 5,5864, com variação de -0,71%

07.04.2021 – Dólar R$ 5,6263, com variação de -0,56%

08.04.2021 – Dólar R$ 5,6579, com variação de -0,47%

França e Alemanha pedem ‘moderação’ ante tensões entre Rússia e Ucrânia

Em um comunicado conjunto, os diplomatas dos dois países se declararam ‘preocupados com o número crescente de violações do cessar-fogo’. Após a trégua do segundo semestre de 2020, o conflito no leste da Ucrânia registrou desde janeiro vários confrontos armados.

Alemanha e França, mediadoras nas tensões entre Rússia e Ucrânia, fizeram um apelo “à moderação” e à “desescalada imediata” entre os dois países neste sábado (3), devido ao “número crescente de violações do cessar-fogo”.

Reafirmando seu “apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia” em um comunicado conjunto, os diplomatas dos dois países se declararam “preocupados com o número crescente de violações do cessar-fogo”, apesar da “situação no leste da Ucrânia se tivesse estabilizado desde julho de 2020”, e pediram “às partes que demonstrem moderação e procedam a uma desescalada imediata”.

Berlim e Paris pediram “às partes que demonstrem moderação e procedam a uma desescalada imediata”, afirmando que acompanham “com uma grande vigilância a situação, em particular os movimentos de forças russas”.

Nos últimos dias, autoridades ucranianas e americanas manifestaram sua preocupação com a mobilização de milhares de soldados e de material na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

Europa pode ter que misturar vacinas contra Covid-19 devido a crise da AstraZeneca

Em alguns países, determinou-se que pessoas de algumas faixas etárias não poderão receber vacina da AstraZeneca.

Vários países da Europa cogitam misturar vacinas contra Covid-19 para cidadãos que receberam uma primeira dose da vacina da AstraZeneca. Os governos estão com dificuldade para lidar com novos aumentos de infecções.

Os programas de vacinação foram prejudicados por um número pequeno de relatos de que pessoas foram inoculadas com a vacina da AstraZeneca e sofreram coágulos sanguíneos, extremamente raros, o que levou alguns países de todo o mundo a suspender seu uso por cautela.

A Agência Europeia de Medicamentos disse em um comunicado que sua análise de vacina está em andamento. A entidade divulgará uma atualização de sua investigação na tarde desta quarta-feira.

A AstraZeneca disse anteriormente que seus estudos não apontaram um risco maior de coágulos por causa da vacina. Milhões de doses do imunizante já foram aplicadas em todo o mundo.

Embora alguns países tenham retomado o uso da vacina, alguns deles impuseram restrições de idade.

Em muitas instâncias, isto deixou as autoridades confusas a respeito ao que fazer com pessoas que receberam uma primeira dose da vacina da AstraZeneca e não estão mais habilitadas nos termos das novas leis.

Embora o número seja pequeno quando comparado ao das dezenas de milhões sendo inoculadas em toda a região, a decisão é significativa porque ela não foi examinada em testes de estágio avançado em humanos.

Manifestações na Irlanda do Norte após o Brexit acirram tensões no Reino Unido

Houve confrontos com a polícia nas principais cidades da região. Questão da fronteira com a República da Irlanda reacendeu conflitos de mais de duas décadas.
As manifestações na Irlanda do Norte dos últimos dias apontam para uma escalada da violência na região, onde as consequências do Brexit criaram um sentimento de traição entre grupos sindicalistas tradicionalmente mais alinhados com o Reino Unido. Os protestos continuaram nesta quarta-feira (7).
Na semana passada, a violência eclodiu pela primeira vez na cidade de Londonderry, antes de se espalhar para Belfast e arredores no fim de semana da Semana Santa. Nos protestos, carros foram incendiados, e ativistas jogaram coquetéis molotov contra a polícia. Ao menos 41 policiais ficaram feridos nos confrontos.

“Não há dúvida de que o Brexit e com ele a introdução de controles alfandegários nas mercadorias que chegam da ilha do Reino Unido prejudicou significativamente o equilíbrio de forças”, afirmou Duncan Morrow, professor de ciência política da Universidade de Ulster. É algo que “vem crescendo há meses”, explicou o especialista à AFP.

Esses incidentes reacenderam o fantasma das três décadas de conflito sangrento entre nacionalistas católicos e sindicalistas protestantes, que deixou cerca de 3,5 mil mortos.

O acordo de paz assinado em 1998 dissolveu a fronteira entre a província britânica e a vizinha República da Irlanda — um país integrante da União Europeia — mas o Brexit veio minar esse delicado equilíbrio, exigindo a introdução de controles alfandegários entre o Reino Unido e o bloco.

Após duras negociações, Londres e Bruxelas conseguiram chegar a um acordo sobre uma solução, conhecida como “protocolo da Irlanda do Norte”. O mecanismo impede o retorno a uma fronteira física na ilha da Irlanda, transferindo esses controles para portos norte-irlandeses.

Neste contexto, sindicalistas da Irlanda do Norte, ligados à sua filiação no Reino Unido, sentem-se traídos.

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson “prometeu acesso irrestrito, o que não é o caso”, informou a ministra da Justiça do governo regional da Irlanda do Norte, Naomi Long, à BBC na quarta-feira (07).

“Eles negaram que houvesse fronteira, ao mesmo tempo em que essas fronteiras estavam sendo erguidas”, ressaltou.

De acordo com Allison Morris, especialista em questões policiais e judiciais do Belfast Telegraph, os manifestantes não estão interessados nas complexas questões comerciais decorrentes do Brexit, mas “estão furiosos”.

“Eles entendem que foram traídos justamente pelo governo britânico, ao qual seus pais, avós e bisavós mostraram uma lealdade servil”, escreveu.

Alguns também acreditam que os negociadores do Brexit cederam aos nacionalistas, que tacitamente ameaçaram com uma resposta sangrenta na perspectiva de qualquer retomada dos controles de fronteira com a República da Irlanda.

Mercado acionário europeu

Começando na terça-feira (06) As bolsas europeias fecharam em alta, em dia marcado pelo retorno dos mercados após feriado de Páscoa na maioria das principais potências do continente. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão com avanço de 0,70%, aos 435,26 pontos. Diante deste cenário, o índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 0,70%, aos 15.212,68 pontos, seguido do CAC 40, de Paris, que registrou ganhos de 0,47%, aos 6.131,34 pontos.

Na quarta-feira (07) O mercado acionário europeu ficou praticamente estável nesta quarta-feira, pouco abaixo de máximas recordes. O índice STOXX 600 perdeu 0,1%, negociado pouco abaixo da máxima de fechamento de 435,26 pontos na terça-feira. As ações de saúde caíram 0,8%, liderando as perdas entre os setores.O índice britânico FTSE 100 avançou 0,9% diante da libra mais fraca, enquanto o índice de midcaps focado internamente chegou a uma máxima recorde depois que o Reino Unido iniciou a distribuição de vacinas da Moderna contra a Covid-19.

E na quinta-feira (08) As ações europeias bateram máximas recordes nesta quinta-feira, com o crescente otimismo em torno de uma recuperação econômica alimentada por estímulos globais. O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,58%, aos 436,86 pontos, ampliando os ganhos auferidos na semana, quando o índice apagou todas as perdas causadas pela pandemia. O FTSE 100, de Londres, foi o índice que mais avançou nesta quinta, com ganhos de 0,83%, aos 6.942,22 pontos, na máxima diária.

Maior fabricante de vacinas contra Covid-19 do mundo pede ajuda financeira ao governo indiano

Governo freou exportações das vacinas da AstraZeneca produzidas pelo Instituto Serum em meio a uma nova onda no 2º país mais populoso do mundo, que registrou novo recorde de casos.

O Instituto Serum, da Índia, maior fabricante de vacinas contra a Covid-19 do mundo, pediu ajuda financeira ao governo indiano para conseguir exportar as doses, informou o diretor da empresa, Adar Poonawalla. A dificuldade se dá pelas medidas de restrições à exportação impostas no país asiático.

Ele disse que o instituto precisa de um financiamento adicional de 30 bilhões de rupias (US$ 408 milhões ou R$ 2,2 bilhões) para aumentar sua capacidade de produção. “O mundo precisa desta vacina e neste momento estamos dando prioridade às necessidades da Índia”.

O governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, freou as exportações das vacinas da AstraZeneca fabricadas pelo Instituto Serum porque o segundo país mais populoso do mundo enfrenta uma nova onda de contágios e tenta acelerar a sua vacinação.

Taiwan diz que lutará até o fim se China atacar

A Força Aérea da China faz incursões quase diárias na zona de identificação de defesa aérea taiwanesa. Os taiwaneses afirmaram que os EUA consideram que há risco de pressão militar chinesa.

Taiwan lutará até o fim se a China atacar a ilha, disse seu ministro das Relações Exteriores, nesta quarta-feira (7), acrescentando que os Estados Unidos veem o perigo de isto acontecer em meio à pressão militar crescente dos chineses perto da ilha, o que inclui manobras de porta-aviões.

Reivindicada por Pequim, Taiwan se queixa de atividades militares chinesas frequentes nos últimos meses – a Força Aérea da China faz incursões quase diárias na zona de identificação de defesa aérea taiwanesa. Na segunda-feira (05), a China disse que um grupo de porta-aviões estava se exercitando perto da ilha.

“Com base no meu entendimento limitado dos tomadores de decisão americanos que acompanham os desdobramentos nesta região, eles veem claramente o perigo da possibilidade de a China lançar um ataque contra Taiwan”, disse Joseph Wu aos repórteres na chancelaria.

“Estamos dispostos a nos defender sem quaisquer dúvidas, e travaremos a guerra se precisarmos travar a guerra. E se precisarmos nos defender até o último dos dias, nós nos defenderemos até o último dos dias.”

Washington, o apoiador internacional e fornecedor de armas mais importante de Taiwan, vem impelindo Taipé a modernizar seus militares para que possa se tornar um “porco-espinho”, difícil para a China atacar.

Wu disse que seu país está determinado a aprimorar suas capacidades militares e gastar mais com a defesa.

O Ministério da Defesa de Taiwan disse em um evento que realizará oito dias de jogos de guerra baseados na simulação de um ataque chinês com auxílio de computadores neste mês.

Mercado acionário

Na segunda-feira (05) O mercado acionário do Japão fechou em alta. O índice Nikkei fechou em alta de 0,8%, a 30.089,25, atingindo a marca de 30 mil pela primeira vez em mais de duas semanas. Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado. Em XANGAI, o índice SSEC não teve operações.

Já na terça-feira (06) Bolsas da Ásia fecham mistas, após rali em NY e de olho em novos surtos de Covid-19. Em Tóquio, o índice japonês Nikkei apagou ganhos do começo do pregão e terminou o dia em baixa de 1,30%, a 29.696,63 pontos, pressionado em especial por ações de montadoras, farmacêuticas e bancos. Já o índice sul-coreano Kospi subiu 0,20% em Seul, a 3.127,08 pontos, ajudado por papéis de internet e tecnologia, enquanto o Taiex avançou 1,02% em Taiwan, a 16.739,87 pontos. O mercado de Hong Kong permanece fechado devido a feriados. Na China continental, as bolsas retornaram de um feriado com variações modestas. O Xangai Composto teve baixa marginal de 0,04%, a 3.482,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto se valorizou apenas 0,18%, a 2.266,20 pontos.

Na quarta-feira (07) As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira (07). O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,12% em Tóquio hoje, a 29.730,79 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,33% em Seul, a 3.137,41 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,45% em Taiwan, a 16.815,36 pontos. Já na China continental, as bolsas ficaram levemente no vermelho. O Xangai Composto recuou 0,10%, a 3.479,63 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,36%, a 2.258,11 pontos. Em Hong Kong, o dia também foi de perdas para o Hang Seng, que teve queda de 0,91%, a 28.674,80 pontos, ao voltar a operar após uma sequência de feriados.

E na quinta-feira (08) As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta. O Hang Seng liderou os ganhos na região asiática hoje, com alta de 1,16% em Hong Kong, a 29.008,07 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,19% em Seul, a 3.143,26 pontos, e o Taiex subiu 0,66% em Taiwan, a 16.926,44 pontos. Na China continental, o Xangai Composto teve ligeira alta de 0,08%, a 3.482,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com baixa marginal de 0,01%, a 2.257,95 pontos. Já em Tóquio, o Nikkei caiu 0,07%, a 29.708,98 pontos.

Irã aumenta suas reservas de urânio enriquecido em até 20%

O Irã produziu 55 quilos de urânio enriquecido até 20%, indicando uma produção mais rápida do que a taxa de dez quilos por mês, exigida por uma lei iraniana que criou o processo em janeiro, informou a mídia local ontem.

O Irã tem capacidade para enriquecer urânio de 40% a 60%, disse o porta-voz da Agência de Energia Atômica do Irã (AEOI) Behrouz Kamalvandi, de acordo com a Agência de Notícias Fars.

“Na segunda-feira começamos o enriquecimento de 20% em Fordow (instalação nuclear) depois de seis anos”, disse Kamalvandi, acrescentando: “Temos capacidade na indústria nuclear para produzir em níveis mais elevados, até 40-60%”.

Em declarações à Fars, continuou: “Atualmente, temos quatro toneladas de substância com enriquecimento de 3,5 e 4% e, de acordo com a previsão com base na ratificação do parlamento, iremos aumentar a nossa capacidade para quase 500 toneladas por mês”.

“Isso significa”, explicou ele, “seis toneladas anuais e podemos dizer que dentro de um ano teremos quase 10 toneladas de urânio igual a capacidade anterior ao Plano Conjunto de Ação Global”, em referência ao acordo nuclear que a República Islâmica assinou com potências mundiais em 2015, a fim de limitar suas capacidades nucleares em troca de sanções a serem retiradas.

Na segunda-feira, o governo iraniano anunciou que havia retomado o enriquecimento de urânio para até 20% em Fordow.

O nível de pureza, 40% menor do que o que o porta-voz da AEOI disse que a instalação é capaz, viola o acordo nuclear de 2015 assinado com seis grandes potências mundiais, incluindo os Estados Unidos. O Irã advertiu repetidamente que não se comprometeria com as promessas feitas como parte do acordo depois que os EUA se retiraram unilateralmente e impuseram sanções “sem precedentes” a Teerã em 2018.

Oficiais israelenses criticam a retomada da ajuda americana à UNRWA

Oficiais israelenses seniores criticaram a decisão dos Estados Unidos de retomar a ajuda financeira à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

O embaixador israelense nos Estados Unidos e na ONU, Gilad Erdan, disse: “Israel se opõe fortemente à atividade anti-Israel e anti-semita que ocorre nas instalações da UNRWA”, acrescentando que Tel Aviv “acredita que a UNRWA deve ser eliminada em sua forma atual e seu constante incitamento, além de sua política errada na definição de um refugiado”.

“Acreditamos que esta agência da ONU, para os chamados ‘refugiados’, não deveria existir em seu formato atual. As escolas da UNRWA usam regularmente materiais que incitam contra Israel e a definição distorcida usada pela agência para determinar quem é um ‘refugiado’ apenas perpetua o conflito”, alegou Erdan, observando que ele havia advertido o Departamento de Estado sobre o perigo de tal atividade, particularmente sem assegurar que o “incitamento” e o “conteúdo anti-semita” sejam removidos do currículo educacional da UNRWA.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel Lior Haiat disse que a renovação da assistência da UNRWA “deve ser acompanhada por mudanças substanciais e necessárias na natureza, objetivos e conduta da organização”.

No início da quarta-feira (07), os Estados Unidos anunciaram planos para retomar a ajuda financeira aos palestinos e à UNRWA.

O Secretário de Estado norte-americano Antony Blinken disse que os Estados Unidos forneceriam US$150 milhões em assistência humanitária à UNRWA.

Blinken explicou que os EUA também planejam fornecer aos palestinos US$75 milhões em assistência econômica e de desenvolvimento para a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza, assim como US$10 milhões para programas de construção da paz por meio da agência americana para desenvolvimento internacional (USAID).

Irã está desenvolvendo arma nuclear, alega Netanyahu

O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu alarmou ontem (8), sobre a hipótese do Irã preparar caminho para adquirir uma arma nuclear, durante um evento memorial às vítimas do Holocausto.

“É uma arma que nos ameaça de aniquilação”, alegou o Netanyahu. “O acordo está permitindo o desenvolvimento de um arsenal de bombas atômicas. A história nos ensinou que acordos com regimes como o Irã não têm valor algum”.

“Hoje, nós israelenses, temos o direito pleno e natural como força defensiva, estado e nação judaica de nos proteger de nossos inimigos”, insistiu. “Não há ninguém no mundo capaz de impedir nosso direito e poder de defender-nos contra qualquer ameaça existencial”.

Israel possui um arsenal nuclear cujo poderio jamais foi divulgado oficialmente; porém, estimado em cerca de 400 ogivas nucleares que podem ser lançadas de diversas formas.

O estado da ocupação colonial não é signatário de nenhum tratado de não-proliferação atômica e suas instalações nucleares não são inspecionadas pela comunidade internacional, assim como seu principal aliado, os Estados Unidos.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com.br | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br |www.reuters.com

Research Matarazzo & Cia. Investimentos 
http://matarazzo-cia.com/blog/
09/04/2021