Cenário Econômico Interacional – 23/04/2021

Cenário Econômico Interacional – 23/04/2021

Cenário Econômico Interacional – 23/04/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

  • EUA e China estão ‘comprometidos a cooperar’ diante da crise climática
  • Mundo registra mais de 5,2 milhões de novos casos de Covid-19 em pior semana da pandemia, aponta OMS
  • Inflação ameaça mercado de títulos no Brasil e em outros emergentes
  • Presidente mexicano irá propor plano de imigração a Biden para ordenar migração irregular
  • Secretário de Estado dos EUA pede que diplomatas pressionem países defasados na questão climática
  • EUA ampliam vacinação contra Covid-19 para todos a partir de 16 anos
  • EUA interrompem produção da vacina da Johnson contra Covid-19 em fábrica que desperdiçou doses
  • Parlamentares dos EUA intensificam esforço bipartidário para combate a China
  • EUA prometem cortar emissões pela metade até 2030 em abertura de cúpula do clima
  • Biden está sob pressão para reconhecer o massacre armênio como genocídio
  • Mercado acionário
  • Dólar
  • Rússia declara 20 funcionários da embaixada Tcheca em Moscou ‘personas non gratas’
  • Por que Putin pretende mais assustar o Ocidente com suas tropas do que invadir a Ucrânia?
  • Novo estudo da Sputnik V aponta que eficácia da vacina é de 97,6%, diz instituto russo
  • Viajantes vindos do Brasil, que não respeitarem quarentena, pagarão multa de R$ 10 mil na França
  • Espanha prorroga restrições a voos do Brasil e África do Sul até 11 de maio
  • Na Alemanha, partido de Angela Merkel escolhe Armin Laschet como candidato à sucessão
  • União Europeia propõe regras para inteligência artificial de ‘alto risco’
  • Ucrânia diz que Ocidente deve agir já para impedir nova ofensiva militar da Rússia
  • Rússia faz demonstração de força perto da Ucrânia com exercícios na Crimeia
  • Mercado acionário europeu
  • PIB da China cresce 18,3% no 1º trimestre e bate recorde para o período
  • Hackers chineses atacam redes de grupos de defesa dos EUA, diz empresa
  • Herdeiro da Samsung vai a julgamento por polêmica fusão de filiais
  • Mercado acionário da Ásia
  • Israel compra mais milhões de doses da vacina da Pfizer
  • Turquia inicia negociações com a Rússia sobre novo lote de mísseis S-40O
  • Míssil da Síria explode em área próxima do reator nuclear de Israel

EUA e China estão ‘comprometidos a cooperar’ diante da crise climática

Os Estados Unidos e a China estão “comprometidos a cooperar” no combate às mudanças climáticas, disseram os dois países em um comunicado conjunto neste sábado (17), após uma visita a Xangai do enviado dos EUA para o clima, John Kerry.

Ambos os países “estão comprometidos a cooperar entre si e com outros países para enfrentar a crise climática com a seriedade e urgência que ela exige”, afirma o comunicado, assinado por Kerry e o enviado especial da China para as mudanças climáticas, Xie Zhenhua.

Kerry, ex-chefe da diplomacia dos EUA, foi o primeiro funcionário do governo do presidente Joe Biden a visitar a China, o que amplia a expectativa de que as duas partes possam trabalhar juntas nesse desafio global, apesar do aumento das tensões em outras frentes.

A nota conjunta listou vários caminhos para a cooperação entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do mundo, que juntas respondem por quase metade das emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas.

No comunicado, as potências enfatizaram o aprimoramento de suas respectivas ações “e a cooperação em processos multilaterais, incluindo a Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris”.

Biden tem feito do combate às mudanças climáticas uma prioridade, virando a página de seu antecessor Donald Trump, que estava intimamente alinhado com a indústria de combustíveis fósseis.

O presidente dos EUA reincorporou o país ao Acordo de Paris de 2015, que Kerry negociou quando era secretário de Estado, e se comprometeu com as nações a tomar medidas para manter os aumentos de temperatura em no máximo dos dois graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

Mundo registra mais de 5,2 milhões de novos casos de Covid-19 em pior semana da pandemia, aponta OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, na segunda-feira (19), que mais de 5,2 milhões novos casos de Covid-19 foram reportados à agência nos últimos sete dias. Essa é a pior contagem desde o início da pandemia.

“Na última semana, houve um aumento nos novos casos da Covid-19 pela oitava semana consecutiva, com mais de 5,2 milhões de casos reportados – o maior número em uma semana até agora”, disse Ghebreyesus em entrevista coletiva.

Segundo o balanço da agência de saúde das Nações Unidas, na última semana, 5.228.318 novas infecções foram registradas. O número é 13,9% maior que na semana anterior.

Antes, o recorde de novos casos em sete dias em todo o mundo tinha sido registrado na semana de 4 de janeiro. Foram 5.044.078 pacientes infectados.

A alta de casos é puxada pela Índia, que bateu recorde de novos infectados pela 13ª vez nos últimos 15 dias. Foram mais de 1,5 milhão de novos casos nos últimos sete dias.

Ghebreyesus disse também que o número de mortes por Coronavírus vem aumentando nas últimas cinco semanas – nos últimos sete dias foram 83.021, um aumento de 7% em relação à semana anterior.

“Números grandes podem nos deixar insensíveis”, disse Ghebreyesus. “Mas cada uma dessas mortes é uma tragédia para famílias, comunidades e nações.”

Ele relembrou que o primeiro 1 milhão de mortes aconteceu após nove meses de pandemia, em setembro do ano passado. Quatro meses depois, o mundo registrava 2 milhões de mortos, e em três meses alcançou a triste contagem dos 3 milhões.

Inflação ameaça mercado de títulos no Brasil e em outros emergentes

Com a recuperação da economia global e preços das commodities no maior nível dos últimos anos, investidores de mercados emergentes buscam refúgio em uma área que oferece proteção contra os efeitos da inflação. A onda vendedora global de títulos neste ano e a perspectiva de aceleração da inflação atingiram mercados do Brasil à Rússia. No entanto, a dívida atrelada ao ritmo de alta dos preços ao consumidor resistiu a tempestade melhor do que seus pares nominais.

A maior pressão sobre os preços há muito tempo prejudica o apelo de títulos e moedas de mercados em desenvolvimento. Agora, dados globais novamente enviam sinais de alerta. A inflação dos EUA, em março, ficou acima das estimativas, enquanto o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) também se acelerou no Peru, Brasil, Coreia do Sul e Índia devido ao aumento dos custos de energia e alimentos. Na quinta-feira (22), a inflação no México subiu no ritmo mais rápido em mais de três anos. Ao mesmo tempo, bancos centrais enfrentam pressão para manter os juros baixos para aliviar o impacto econômico da pandemia de Coronavírus.

“A maneira mais rápida para formuladores de políticas de mercados emergentes estimularem a economia é por meio da política monetária”, disse Michael Roche, estrategista da Seaport Global Holdings, em Nova York. “Esta atividade cria expectativas de inflação, o que leva investidores de renda fixa a buscarem proteção em títulos atrelados ao IPC.”

As expectativas de inflação devem continuar subindo à medida que bancos centrais de mercados emergentes liderem o movimento no lugar do Federal Reserve, disse Roche. O Fed sinalizou que continuará com a política monetária expansionista por um período prolongado. O chamado ponto de equilíbrio de cinco anos dos Treasuries – um indicador baseado em títulos que indica as expectativas de inflação no maior mercado de dívida do mundo – subiram para quase 2,6%, perto do maior nível em mais de uma década.

As expectativas de inflação no Brasil também estão em alta, com as taxas de ponto de equilíbrio de um ano em 5,1%, a banda superior do intervalo da meta do Banco Central para 2022, em meio ao aumento dos gastos do governo. Como resultado, os títulos indexados à inflação com vencimento em 2030 perderam apenas 6,8%, mesmo com a queda de 9,6% das notas prefixadas.

Presidente mexicano irá propor plano de imigração a Biden para ordenar migração irregular

O presidente do México Andrés Manuel López Obrador anunciou, no  domingo (18), que irá propor ao norte-americano Joe Biden, um plano para “ordenar” a migração irregular.

López Obrador disse, em mensagem postada em suas redes sociais, que as propostas serão apresentadas a Biden durante a cúpula virtual sobre o clima que o democrata convocou para os dias 22 e 23 de abril.

A iniciativa do presidente de esquerda consiste em “ampliar” seu programa social Semeando Vida na América Central, por meio do qual ajudas econômicas são concedidas a produtores inscritos.

“Isso nos permitirá ordenar o fluxo migratório. Em março essa situação transbordou”, declarou López Obrador.

Se sua proposta se concretizar, acrescentou, seria uma “terceira etapa” do TMEC, o novo acordo de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá que substituiu o TLCAN em julho de 2020.

Os centro-americanos do programa Semeando Vida, teriam direito a vistos de trabalho temporário após os três primeiros anos e, depois de mais três anos, poderiam solicitar a cidadania norte-americana, de acordo com a proposta de López Obrador.

Diante do aumento dos fluxos migratórios, na última quarta-feira o presidente mexicano instou o Congresso dos Estados Unidos a aprovar o orçamento de 861 milhões de dólares solicitado por Biden para combater a pobreza na América Central.

Em junho de 2019, o México lançou o Plano de Desenvolvimento Integral para El Salvador, Guatemala e Honduras, no qual se comprometeu a fazer transferências econômicas para as pessoas inscritas em programas sociais.

Mais de 172 mil migrantes sem documentos foram detidos em março na fronteira dos Estados Unidos com o México, um aumento de 71% em um mês e o nível mais alto em 15 anos.

Secretário de Estado dos EUA pede que diplomatas pressionem países defasados na questão climática

O secretário de Estado americano Antony Blinken pediu, na segunda-feira (19), que os diplomatas dos Estados Unidos pelo mundo contestem os países cujas ações vão contra as iniciativas para combater as mudanças climáticas.

“Nossos diplomatas irão contestar as práticas de países cujas ações — ou a falta delas — estão fazendo o mundo retroceder”, disse Blinken.

“Quando países continuam a depender de carvão para uma quantidade significativa de sua matriz energética, ou ainda estão investindo em usinas de carvão, ou permitem o desmatamento desenfreado, eles vão escutar dos Estados Unidos e de nossos parceiros sobre o quão prejudiciais são essas ações.”

Blinken afirmou também que o governo do presidente Joe Biden vai colocar a crise climática no centro de sua política externa, mas que isso não significa que o progresso de alguns países na questão climática é “como um passe livre para desculpar qualquer tipo de comportamento errado”.

O secretário não se referiu a um país específico, mas ativistas de direitos humanos já expressaram preocupações de que a vontade do governo em cooperar com a China na redução das emissões poderia fazer as autoridades dos EUA relevarem políticas de opressão do governo chinês.

EUA ampliam vacinação contra Covid-19 para todos a partir de 16 anos

Todos os jovens e adultos podem receber vacinas contra a Covid-19 nos Estados Unidos a partir desta segunda-feira (19), com a inclusão dos americanos entre 16 e 30 anos em todos os estados.

Essa foi uma promessa feita no dia 6 pelo presidente dos EUA Joe Biden e é a última etapa para expandir a vacinação contra o novo Coronavírus no país com mais mortes (567 mil) e casos confirmados (31,6 milhões) do mundo.

Mais de 205 milhões de doses já foram aplicadas no país, segundo o “Our World in Data”. Os EUA lideram o ranking de vacinação e são responsáveis por 23% de todas as vacinas administradas no mundo. Na sequência vem China (188 milhões) e Índia (122 milhões).

Quase 130 milhões de pessoas já receberam ao menos uma dose no país. Isso equivale a quase 40% dos 331 milhões de americanos (ou mais da metade da população adulta).

Mais de 82 milhões já foram imunizados completamente (com duas doses das vacinas da Pfizer, ou da Moderna, ou uma dose do imunizante da Johnson & Johnson), o equivalente a 24% da população.

Desde que Biden assumiu a presidência dos EUA, a vacinação contra a Covid-19 ganhou impulso e velocidade. O país saltou de uma média de 300 mil pessoas vacinadas por dia no início de janeiro para mais de 3 milhões atualmente.

No ritmo atual de vacinação, os EUA levarão 3 meses para imunizar 75% da população, segundo a Bloomberg.

O país é também o 9º no ranking proporcional de vacinação, com 61,56 doses aplicadas para cada 100 habitantes. Estão à frente: Israel (119), Seychelles (114), Emirados Árabes Unidos (97), Chile (67), San Marino (63), Reino Unido (62), Butão (62) e Bahrein (62).

EUA interrompem produção da vacina da Johnson contra Covid-19 em fábrica que desperdiçou doses

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos ordenou, na sexta-feira (16), a paralisação da produção da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson na fábrica que é investigada por desperdiçar milhões de doses do imunizante e que sofreu intervenção do governo.

A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), agência reguladora de medicamentos dos EUA, determinou a interrupção para uma inspeção no local e que todo o material já produzido seja colocado em quarentena.

O jornal “The New York Times” revelou que até 15 milhões de doses foram “destruídas” após uma empresa subcontratada misturar ingredientes das vacinas da Johnson & Johnson e de Oxford/AstraZeneca.

Dias depois, o jornal revelou que a empresa Emergent BioSolutions também já tinha estragado cinco lotes do imunizante de Oxford/AstraZeneca que tinham entre 10 e 15 milhões de doses.

Após a revelação, o governo americano ordenou que a Johnson interviesse na fábrica e proibiu a produção de vacina de Oxford/AstraZeneca na planta, que fica em Baltimore, no estado de Maryland.

As empresas não confirmam o número de doses estragadas.

A Emergent BioSolutions informou, em documento divulgado na segunda-feira (19), que a FDA solicitou, na sexta-feira (16), a interrupção da produção na fábrica de Baltimore para uma inspeção.

“Em 16 de abril de 2021, a pedido da FDA, a Emergent concordou em não iniciar a produção de nenhum novo material em sua instalação de Bayview e colocar em quarentena o material produzido em Bayview até o fim da inspeção”, informa o documento.

“Reconhecemos que há melhorias que devemos fazer para atender aos altos padrões que estabelecemos para nós mesmos e para restaurar a confiança em nossos sistemas de qualidade e processos de fabricação”, disse a Emergent em um comunicado.

Parlamentares dos EUA intensificam esforço bipartidário para combate a China

Uma pressão parlamentar bipartidária dos Estados Unidos contra a China ganhou força nesta quarta-feira (21), com o apoio majoritário do Comitê do Senado ao projeto de lei que pressiona Pequim sobre direitos humanos e concorrência econômica, e com a introdução de medida pedindo bilhões para pesquisas tecnológicas.

O Comitê de Relações Exteriores do Senado apoiou a “Lei de Competição Estratégica de 2021” por 21 a 1, enviando o projeto para votação no Senado, de 100 membros.

Separadamente, um grupo de legisladores do Senado e da Câmara dos Representantes apresentou o “Endless Frontier Act”, pedindo 100 bilhões de dólares em cinco anos para pesquisa de tecnologia básica e avançada e 10 bilhões de dólares para criar novos “centros de tecnologia” em todo o país.

Ambos os projetos de lei têm forte apoio dos dois partidos e devem, em algum momento, se tornar leis. O desejo de uma linha dura nas negociações com a China é um dos poucos sentimentos verdadeiramente bipartidários no profundamente dividido Congresso dos Estados Unidos, controlado por uma pequena margem pelos democratas do partido do presidente Joe Biden.

EUA prometem cortar emissões pela metade até 2030 em abertura de cúpula do clima

O governo Biden prometeu, na quinta-feira (22), cortar as emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos pela metade até 2030, uma nova meta com a qual espera induzir outros grandes emissores a mostrarem mais ambição no combate à mudança climática.

Os EUA, que como poluidores mundiais só perdem para a China, tentam reassumir a liderança global da luta contra o aquecimento global depois do ex-presidente, Donald Trump, afastar o país dos esforços internacionais para cortar emissões. O presidente Joe Biden revelou a meta de reduzir as emissões em 50%-52% em comparação com os níveis de 2005 no início da cúpula climática virtual de dois dias.

“Esta é a década em que precisamos tomar decisões que evitarão as piores consequências da crise climática”, disse Biden na Casa Branca.

O primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson disse que a nova meta dos EUA “muda o jogo”.

O Japão elevou sua meta e visará cortar as emissões em 46% até 2030, reagindo à diplomacia norte-americana, empresas nacionais e ambientalistas, que queriam objetivos ainda mais elevados.

O premiê do Canadá Justin Trudeau também anunciou um corte de emissões de 40%-45% até 2030 abaixo dos níveis de 2005.

A meta climática dos EUA também assinala um marco importante no plano mais abrangente de Biden de descarbonizar a economia dos EUA inteiramente até 2050 – uma pauta que ele diz que pode criar milhões de empregos bem remunerados, mas que muitos republicanos dizem temer que prejudicará a economia.

Os cortes de emissões devem vir de usinas de energia, automóveis e outros setores econômicos, mas a Casa Branca não estabeleceu metas individuais para estes setores. A meta quase dobra a promessa de corte de emissões de 26-28% até 2025 abaixo dos níveis de 2005 do ex-presidente Barack Obama. Metas específicas para os setores serão delineadas mais tarde neste ano.

Como os EUA pretendem atingir suas metas climáticas, será crucial para consolidar sua credibilidade na luta contra o aquecimento global em meio a preocupações internacionais de que o comprometimento norte-americano com uma economia de energia limpa possa mudar drasticamente de um governo para outro.

O plano de infraestrutura de 2 trilhões de dólares, apresentado recentemente por Biden, contêm numerosas medidas que podem gerar alguns dos cortes de emissões necessários nesta década, como um padrão de energia limpa para zerar as emissões no setor elétrico até 2035 e ações para eletrificar a frota de veículos.

Mas as medidas precisam ser aprovadas pelo Congresso para se tornarem realidade.

Biden se dedicou a restaurar a liderança climática dos EUA durante a campanha e nos primeiros dias de sua presidência, já que o republicano Trump, um cético da mudança climática, retirou o país do Acordo de Paris contra o aquecimento global.

O novo governo também sofre grande pressão de grupos ambientalistas, alguns líderes corporativos do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e de governos estrangeiros para estabelecer a meta de cortar emissões em ao menos 50% nesta década para incentivar outros países a delinearem suas próprias metas de emissões ambiciosas.

A cúpula contou com a participação de líderes dos maiores emissores do planeta, incluindo a China.

Os líderes mundiais almejam limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais, um limiar que cientistas dizem poder evitar os piores impactos da mudança climática.

Uma autoridade do governo Biden disse que, com a nova meta dos EUA, compromissos aprimorados do Japão e do Canadá, e metas anteriores da União Europeia e do Reino Unido, países que respondem por mais da metade da economia mundial, agora estão comprometidos com reduções para atingir a meta de 1,5 grau Celsius.

“Quando encerrarmos esta cúpula na sexta-feira (23), comunicaremos indubitavelmente… que os EUA voltaram”, disse o funcionário.

Biden está sob pressão para reconhecer o massacre armênio como genocídio

Democratas e republicanos no Capitólio estão pressionando o presidente Biden para se tornar o primeiro presidente dos EUA a reconhecer o assassinato em massa de armênios pelo Império Otomano como um “genocídio” em 24 de abril, quando as comemorações anuais são realizadas em todo o mundo, relatou o LA Times.

Os armênios americanos, incluindo a grande diáspora no sul da Califórnia, lutaram por décadas para fazer o governo federal identificar a matança de anos durante a queda do Império Otomano como um genocídio.

Biden provavelmente usará a palavra “genocídio” durante seu discurso, diz o relatório.

O secretário de imprensa da Casa Branca Jen Psaki disse a repórteres ontem que a Casa Branca provavelmente teria “mais a dizer” sobre o assunto no sábado (24), mas não deu mais detalhes.

O ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu disse, esta semana, que “declarações sem vínculo legal não terão benefício, mas prejudicarão os laços […]. Se os Estados Unidos quiserem piorar os laços, a decisão é deles”.

Mercado acionário

Fechando a semana, na sexta-feira 16.04.21 – As ações dos EUA abriram praticamente inalteradas. Às 9h05, o contrato Dow Jones Futuros, do S&P 500 Futuros e da Nasdaq 100 Futuros subiam perto de 0,2%. Os três principais índices de Wall Street encerraram em alta, o Dow Jones subiu 0,48%, para 34.200,67 pontos. O S&P 500 ganhou 0,36%, para 4.185,47 pontos. Enquanto o Nasdaq teve alta de 0,10%, para 14.052,34 pontos.

Começando na segunda 19.04.21 – Os principais índices acionários de Wall Street recuavam, embora o S&P 500 e o Dow permanecessem perto de níveis recordes. Às 11:45 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,47%, a 34.039 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,338791%, a 4.171 pontos. O índice Nasdaq recuava 0,71%, a 13.953 pontos. Nos Estados Unidos, os mercados de ações fecharam em baixa. O Dow Jones perdeu 0,36%, para 34.077,63 pontos. O S&P 500 recuou 0,53%, para 4.163,26 pontos. Enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,98%, para 13.914,77 pontos.

Na terça-feira 20.04.21 – Os principais índices de Wall Street abriram em baixa. O Dow Jones Industrial Average caía 0,13%, para 34.034,18 pontos. O S&P 500 recuava 0,10%, a 4.159,18, enquanto o Nasdaq Composite tinha queda de 0,15%, para 13.894,458 pontos. Os índices S&P 500 e Dow Jones caíam pelo segundo dia consecutivo. Às 11:58 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,72%, a 33.833 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,555334%, a 4.140 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,66%, a 13.823 pontos. No fechamento o Dow Jones caiu 0,75%, a 33.820,51 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,68%, a 4.134,96 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,92%, a 13.786,27 pontos.

Na quarta-feira 21.04.21 – Às 09h00, O EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, caía 0,20% na pré-abertura em Nova York, indo na contramão dos futuros de Wall Street. O Dow Jones Futuros tinha baixa de -0,10%, enquanto o S&P 500 Futuros caía -0,17% e o Nasdaq 100 Futuros perdia -0,39%. No encerramento, após duas sessões de realização de lucros, o Dow Jones avançou 0,93%, a 34.137,31 pontos, o S&P 500 também subiu 0,93%, a 4.173,42 pontos, e o Nasdaq registrou alta de 1,19%, a 13.950,22 pontos.

Na quinta-feira 22.04.21 – Os principais índices de Wall Street abriram estáveis. O Dow Jones Industrial Average caía 0,08% na abertura, enquanto o S&P 500 perdia 0,07% e o Nasdaq Composite ganhava 0,02%. As bolsas de Nova York fecharam em queda. O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,94%, em 33.815,90 pontos, o S&P 500 recuou 0,92%, a 4.134,98 pontos, e o Nasdaq caiu 0,94%, a 13.818,41 pontos.

Dólar

Fechando a semana, na sexta-feira 16.04.21 – O dólar à vista fechou a semana com um recuo de 0,77%, a R$ 5,5848.

Começando na segunda 19.04.21 – O dólar à vista recua 0,36%, a R$ 5,5640 no fim do dia.

Na terça-feira 20.04.21 – A moeda americana fechou estável, com uma leve alta de 0,01%, a R$ 5,5508.

Na quarta-feira 21.04.21 – Feriado nacional, sem cotação de dólar avaliada ao Real brasileiro.

Na quinta-feira 22.04.21 – O dólar comercial encerrou esta quinta-feira vendido a R$ 5,455, o valor mais baixo em quase dois meses.

Rússia declara 20 funcionários da embaixada Tcheca em Moscou como ‘personas non gratas’

Vinte funcionários da embaixada da República Tcheca, em Moscou, foram declarados “personas non gratas” e devem deixar o país na segunda-feira (19), divulgou o governo russo neste domingo (18).

Pouco antes do anúncio, o embaixador tcheco em Moscou Vitezslav Pivonka foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores para ser informado.

No sábado (17), a República Tcheca expulsou 18 diplomatas russos da capital Praga. A medida é uma resposta ao suposto envolvimento da Rússia em uma explosão em um depósito de munições tcheco em 2014. Na ocasião, duas pessoas morreram.

Com a iniciativa, as Relações Exteriores da Rússia declararam, no domingo (18), que irão “forçar os autores dessa provocação a compreender totalmente a responsabilidade que têm na destruição dos fundamentos das relações normais entre nossos países”.

A República Tcheca afirmou que havia notificado a Otan e seus aliados da União Europeia que suspeita que a Rússia causou a explosão e que ministros das Relações Exteriores do bloco devem discutir o assunto em uma reunião na segunda-feira (19).

A disputa é a maior entre Praga e Moscou desde o fim de décadas de domínio soviético ao país do Leste Europeu, em 1989.

Também é mais um elemento em tensões cada vez maiores entre Rússia e o Ocidente no geral, acirradas pelas movimentações militares russas nas fronteiras ocidentais e na Crimeia, anexada por Moscou da Ucrânia em 2014, após conflitos entre o governo e forças pró-Rússia no leste da Ucrânia.

A Rússia afirmou que as acusações de Praga eram absurdas porque eles haviam culpado os donos do depósito pela explosão em Vrbetice, 300 kms ao leste da capital.

Classificou as expulsões como “a continuação de uma série de ações anti-Rússia tomadas pela República Tcheca nos últimos anos”, acusando Praga de “se esforçar para agradar os Estados Unidos no contexto das recentes sanções norte-americanas contra a Rússia”.

O Kremlin negou envolvimento naquele incidente e os agressores continuam foragidos.

Por que Putin pretende mais assustar o Ocidente com suas tropas do que invadir a Ucrânia?

Tem sido impossível ignorar o desenrolar dos eventos: milhares de tropas russas foram posicionadas perto da fronteira com a Ucrânia. Ao mesmo tempo, um grupo de navios de guerra americanos supostamente se dirigiu para o Mar Negro e o Ministério das Relações Exteriores da Rússia os advertiu para ficarem longe “para o seu próprio bem”.

Como a retórica hostil e os movimentos militares na Ucrânia se intensificaram, os políticos ocidentais começaram a temer uma invasão aberta da Rússia, instando o presidente russo Vladimir Putin a “reduzir a escalada”.

A Rússia se recusou: o Ministério da Defesa insistiu nesta semana que seus movimentos foram em resposta aos exercícios “ameaçadores” da OTAN na Europa.

E então Putin recebeu um telefonema da Casa Branca.

“No jogo arriscado de Putin, Biden piscou primeiro”, argumenta o jornalista Konstantin Eggert sobre o apelo do presidente dos Estados Unidos ao Kremlin, no qual ele propôs um encontro com Putin “nos próximos meses”.

Isso aconteceu poucas semanas depois que o presidente dos EUA disse em uma entrevista que o líder da Rússia era “um assassino”.

A decisão do presidente Joe Biden agora está sendo analisada: talvez ele tenha feito isso para evitar um desastre ou talvez tenha sido uma concessão errada. A verdade é que um apelo como este diminui o risco de uma grande ação militar russa.

“Seria realmente indigno de um político: seria um tapa na cara de Biden”, diz Eggert à BBC.

“Mas o fato de ter sido Biden quem sugeriu que se encontrassem dá a Putin uma vantagem.”

Novo estudo da Sputnik V aponta que eficácia da vacina é de 97,6%, diz instituto russo

Dados de um estudo do Instituto russo de pesquisa Gamaleya e o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), anunciados na segunda-feira (19), mostraram uma taxa de eficácia maior da vacina Sputnik V, de 97,6 % contra a Covid-19. Os dados ainda não foram publicados em nenhuma revista científica.

A pesquisa, conduzida pelos desenvolvedores russos, abrangeu 3,8 milhões de russos vacinados com a Sputnik V entre 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021, como parte do programa de vacinação em massa na Rússia.

Segundo o anúncio dos dados, a taxa de infecção a partir do 35º da data da primeira dose foi de apenas 0,027%. Não foram dados outros detalhes do estudo.

A eficácia, anunciada na segunda-feira (19), é maior que a de um estudo publicado em fevereiro na revista científica “The Lancet”, que apontou que a Sputnik V é 91,6% eficaz contra a doença. A eficácia contra casos moderados e graves da doença foi de 100%.

Os estudos usaram uma amostragem diferente. O publicado na The Lancet envolveu 19.866 participantes, mas o ensaio está em andamento e tem o objetivo de incluir um total de 40 mil voluntário.

Quando o estudo de uma vacina é publicado em uma revista científica, significa que os dados foram revisados e validados por outros cientistas.

Segundo o comunicado do Fundo Russo, os dados e cálculos da eficácia da vacina serão revisados por pares e publicados em uma revista médica em maio.

“Dados publicados pelo jornal médico The Lancet demonstraram a eficácia da Sputnik V em 91,6%. A análise dos dados da taxa de infecção de quase 4 milhões de pessoas vacinadas na Rússia mostra que a eficácia da vacina é ainda maior, chegando a 97,6%. Esses dados confirmam que a Sputnik V apresenta uma das melhores taxas de proteção contra o coronavírus entre todas as vacinas”, comentou o CEO do RDIF, Kirill Dmitriev.

Os pesquisadores do Gamaleya haviam sido criticados pela falta de transparência nos dados. A Rússia também recebeu críticas por ter aprovado a vacinação em massa no país ao mesmo tempo em que os testes de fase 3 ainda estavam sendo conduzidos.

Nessa etapa de ensaios, uma vacina é testada em milhares de voluntários para avaliar a sua segurança e eficácia em grande escala antes que ela seja liberada para a população em geral. A Sputnik V foi a primeira vacina a ser registrada no mundo contra a Covid-19.

Viajantes vindos do Brasil, que não respeitarem quarentena, pagarão multa de R$ 10 mil na França

A França aplicará uma multa de € 1.500 (cerca de R$ 10 mil), para os viajantes provenientes do Brasil, Chile, Argentina e África do Sul que não respeitarem o isolamento de 10 dias na chegada ao território francês, informou o governo na segunda-feira (19). A medida visa conter a importação de variantes do Coronavírus.

O porta-voz do governo francês Gabriel Attal disse que a polícia efetuará controles nos endereços fornecidos pelos passageiros ao desembarcarem no país. A multa irá dobrar para € 3.000, cerca de R$ 20 mil, se houver reincidência.

A quarentena obrigatória para todos os viajantes procedentes destes 4 países foi anunciada no último sábado (17), devido à preocupação crescente com as variantes de Covid-19. Ela será aplicada de maneira progressiva até entrar plenamente em vigor, em 24 de abril. A medida também afetará os viajantes procedentes do território francês da Guiana.

Os voos com o Brasil estão suspensos desde quarta-feira (14), mas prosseguem com os outros três países — Chile, Argentina e África do Sul —, onde, segundo Paris, a presença de variantes “não alcança os níveis observados no Brasil”. Inicialmente, a suspensão das ligações aéreas com o Brasil terminaria no domingo (18), mas a medida foi prorrogada até a noite da próxima sexta-feira (23).

Além da quarentena de 10 dias, os critérios para a autorização da viagem de pessoas provenientes desses países serão reforçados. O objetivo é permitir que apenas franceses, cônjuges e filhos, além de cidadãos estrangeiros que residam na França, possam embarcar com destino ao país.

Segundo o governo francês, será necessário apresentar um teste de PCR negativo feito menos de 36 horas antes da viagem, em vez de 72 horas. Caso o viajante esteja munido de um PCR negativo feito 72 horas antes do embarque, ele precisará também apresentar um teste de antígeno negativo à Covid-19 feito em menos de 24 horas. E ao chegar à França, eles serão submetidos a um novo teste de antígeno.

Espanha prorroga restrições a voos do Brasil e África do Sul até 11 de maio

O governo da Espanha prorrogou, na terça-feira (20), as restrições aos voos procedentes do Brasil e África do Sul para controlar a propagação de novas variantes do vírus no país.

A nova data para revisão da política é 11 de maio.

Esta é a sexta prorrogação desta medida, aplicada desde 2 de fevereiro para prevenir as variantes do coronavírus procedentes dos dois países.

Devido à restrição, apenas cidadãos espanhóis, andorranos e estrangeiros residentes na Espanha e Andorra podem voar para o país.

A viagem também é permitida aos passageiros em trânsito internacional para um país que não faz parte do espaço europeu Schengen (um grupo de 26 países, quase todos eles da União Europeia), com uma escala inferior a 24 horas.

As variantes brasileira e sul-africana preocupam a Espanha e outros países europeus pela sua maior transmissibilidade e pela hipótese de que as vacinas que estão sendo aplicadas sejam menos eficazes.

No caso dos passageiros procedentes do Brasil e África do Sul, a Espanha impõe também uma quarentena na chegada, uma medida recentemente prolongada até 3 de maio.

A quarentena, de dez dias no geral ou de sete se for apresentado um teste PCR negativo, também é obrigatória para passageiros procedentes de outros dez países, entre eles Peru e Colômbia.

A Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia, soma até o momento mais de 77 mil mortes por coronavírus e 3,4 milhões de casos oficialmente diagnosticados.

Na Alemanha, partido de Angela Merkel escolhe Armin Laschet como candidato à sucessão

Na Alemanha, o partido de Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU, na sigla em inglês) escolheu Armin Laschet, na terça-feira (20), como seu candidato para as eleições gerais no país em setembro deste ano.

O principal concorrente que disputava a candidatura, Markus Soeder, desistiu de concorrer depois de uma reunião dos dirigentes na qual o nome de Laschet foi aprovado.

“A sorte está lançada: Armin Laschet será o candidato a chanceler”, disse Soeder. Ele afirmou que a CDU se reuniu na segunda-feira (19) e que ele respeita a decisão do partido. Soeder também disse que ligou para Laschet para dar os parabéns e oferecer apoio.

Soeder é da CSU, que é a representação da CDU na região da Bavária, a mais populosa do país.

Uma pesquisa da Forsa, na semana passada, mostrou que o bloco de partidos conservadores tem 27% das intenções de voto. O Partido Verde está em segundo, com 23%.

Merkel deixará o poder após a eleição de setembro. O bloco ainda não tinha um candidato definido.

A Alemanha, a maior economia da Europa, foi governada quatro vezes consecutivas por Angela Merkel.

Laschet é visto, na Alemanha, como o político que continuaria com o legado de Merkel, apesar de ele ter se desentendido com ela durante a pandemia de coronavírus.

O debate entre os dirigentes da CDU durou mais de seis horas. Laschet teve o voto de 31 dos 46 dirigentes do partido.

Soeder teve apoio de 9 dirigentes, e os outros seis se abstiveram.

União Europeia propõe regras para inteligência artificial de ‘alto risco’

A União Europeia revelou, na quarta-feira (21), um conjunto de propostas para regulamentar o uso de tecnologias de inteligência artificial no bloco.

A comissão que rascunhou o texto indicou que a tecnologia não poderia ser utilizada em cenários de “alto risco”, como uso de reconhecimento facial para vigilância em massa.

As autoridades querem impor regras para a utilização de sistemas automatizados que selecionem pessoas para vagas de emprego, em escolas e para empréstimos.

O grupo também quer proibir completamente o uso da inteligência artificial em casos considerados muito arriscados, como sistemas de “pontuação social” que julgam as pessoas com base em seu comportamento e traços físicos.

“Com essas regras históricas, a União Europeia está liderando o desenvolvimento de novas normas globais para garantir que a inteligência artificial possa ser confiável”, disse Margrethe Vestager, vice-presidente da Comissão Europeia para a era digital, em uma declaração.

Vestager disse que a proibição do uso de reconhecimento facial para identificar pessoas em tempo real em meio a uma multidão é importante pois “não há espaço para a vigilância em massa em nossa sociedade”.

O documento prevê algumas exceções para essa tecnologia, como buscas de crianças desaparecidas, fugitivos ou prevenção de ataques terroristas.

Alguns parlamentares e grupos de direito digital temem que isso crie uma brecha para justificar o emprego das soluções no futuro, segundo a agência de notícias Associated Press.

O descumprimento das regras poderia resultar em multas de até 30 mil euros (cerca R$ 200 mil, na cotação atual) para pessoas físicas. Para empresas as sanções poderiam chegar até 6% da receita anual global.

As propostas ainda precisam ser debatidas pelos parlamentares da União Europeia em um processo que pode levar anos.

Ucrânia diz que Ocidente deve agir já para impedir nova ofensiva militar da Rússia

A Ucrânia fez um apelo a aliados ocidentais para que mostrem que estão preparados para punir Moscou com novas sanções, inclusive expulsar a Rússia do sistema global de pagamentos bancários Swift, para impedir que o Kremlin recorra a mais força militar contra o país.

Em uma entrevista concedida à Reuters, na quarta-feira (21), o ministro das Relações Exteriores ucraniano Dmytro Kuleba disse que, embora Kiev não tenha informações novas indicando que o presidente russo Vladimir Putin decidiu adotar novas ações militares contra a Ucrânia, é importante o Ocidente agir agora para impedir que isto aconteça.

A Ucrânia está tentando angariar apoio internacional devido ao impasse surgido com Moscou na esteira do aumento das tropas russas em sua fronteira leste e na Crimeia, que a Rússia anexou de Kiev em 2014.

“Não tenho informações para afirmar que a decisão de iniciar uma operação militar contra a Ucrânia já foi tomada. Então pode ir em qualquer uma das direções agora”, disse Kuleba.

“E é por isso que a reação do Ocidente, a reação consolidada do Ocidente, é tão importante agora, para impedir Putin… de tomar essa decisão.”

Kiev e Moscou se culpam mutuamente pelo fracasso do cessar-fogo em Donbass, região do leste onde tropas ucranianas enfrentam forças apoiadas pela Rússia em um conflito que Kiev diz ter matado 14 mil pessoas desde 2014.

Kuleba disse ter pedido que Washington forneça “meios poderosos de guerra eletrônica” para seu país se contrapor à capacidade russa de atrapalhar as comunicações ucranianas quando se encontrou com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na semana passada.

Rússia faz demonstração de força perto da Ucrânia com exercícios na Crimeia

A Rússia iniciou grandes exercícios militares na Crimeia, na quinta-feira (22), sob a supervisão pessoal do ministro da Defesa Sergei Shoigu, parte de uma demonstração de força na fronteira sul da Ucrânia que provocou grande preocupação em Kiev e no Ocidente.

O Ministério da Defesa disse que Shoigu voou de helicóptero a áreas para onde tropas e equipamento militar foram enviados e verificou a prontidão das forças navais e terrestres.

A agência de notícias Interfax disse que os exercícios envolverão mais de 10 mil soldados e mais de 40 navios de guerra.

Em Moscou, o Kremlin disse que o presidente russo Vladimir Putin está ciente de um convite do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy para uma reunião de debate da crise.

“Se o presidente considerá-la necessária, responderá ele mesmo. Não tenho nada a dizer sobre isto agora”, disse o porta-voz Dmitry Peskov.

A concentração de forças na Crimeia, que a Rússia tomou da Ucrânia em 2014, é parte de uma mobilização muito maior de tropas russas.

Na segunda-feira (19), o principal diplomata da União Europeia disse que a Rússia reuniu cerca de 100 mil tropas perto da fronteira.

Mais cedo, na quinta-feira (22), o ministro das Relações Exteriores ucraniano exortou aliados ocidentais a mostrarem que estão preparados para punir Moscou com novas sanções, inclusive expulsar a Rússia do sistema global de pagamentos bancários Swift, para impedir que o Kremlin recorra a mais força militar.

Mercado acionário europeu

Fechando a semana, na sexta-feira 16.04.21 – Os mercados acionários da Europa tiveram ganhos nesta sexta. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,90%, em 442,49 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou em alta de 1,34%, em 15.459,75 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 registrou alta de 0,52%, a 7.019,53 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB fechou em alta de 0,88%, em 24.744,38 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,49%, para 8.613,50 pontos. Em Lisboa, o índice PSI 20 registrou ganho de 0,57%, a 5.016,48 pontos, com baixa de 0,01% na semana, praticamente estável.

Na segunda 19.04.21 – As ações europeias fecharam com variação negativa. O índice pan-europeu STOXX 600 caiu cerca de 0,3%. Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,28%, a 7.000,08 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,59%, a 15.368,39 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,21%, a 24.691,46 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,14%, a 8.711,40 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,08%, a 5.012,57 pontos.

Na terça-feira 20.04.21 – Os mercados acionários europeus recuaram. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 1,89%, em 433,80 pontos. O índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, fechar em queda de 2,00%, e 6.859,87 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX recuou 1,55%, a 15.129,51 pontos.Em Milão, o índice FTSE MIB registrou queda de 2,44%, a 24.088,65 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 recuou 2,89%, a 8.459,40 pontos. Em Lisboa, o índice PSI 20 fechou em baixa de 1,29%, em 4.947,78 pontos.

Na quarta-feira 21.04.21 – As bolsas europeias se recuperaram. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,65%, a 436,64 pontos.Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,44%, a 15.195,97 pontos.Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,30%, a 24.161,38 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,71%, a 8.519,80 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,11%, a 4.953,18 pontos.

Na quinta-feira 22.04.21 – As ações europeias avançaram para perto de patamares recordes. O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,67%, a 1.693 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,68%, a 440 pontos. Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,62%, a 6.938,24 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,82%, a 15.320,52 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,98%, a 24.398,41 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,61%, a 8.656,80 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,16%, a 5.010,65 pontos.

PIB da China cresce 18,3% no 1º trimestre e bate recorde para o período

A China acaba de registrar seu crescimento trimestral mais forte, à medida que a segunda maior economia do mundo continua sua recuperação robusta da pandemia de Coronavírus.

O crescimento do PIB de 18,3% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi o mais forte desde que a China começou a manter registros em 1992, e foi impulsionado por um aumento nas vendas no varejo, produção industrial e investimento em ativos fixos.

O grande salto reflete a profunda queda na atividade no início de 2020, mas mantém a China no caminho para um crescimento entre 8% e 9% em 2021, disseram economistas, muito à frente da meta oficial do governo chinês de mais de 6%.

“Estamos totalmente confiantes de que podemos manter o ritmo de recuperação atual ao longo do ano”, disse Liu Aihua, porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas, em uma entrevista coletiva em Pequim na sexta-feira (16).

As vendas no varejo do primeiro trimestre aumentaram 34% em relação ao ano anterior, enquanto o investimento em ativos fixos em áreas urbanas aumentou quase 26%. A produção industrial aumentou mais de 24%.

“O crescimento permanece muito forte neste estágio, já que os perdedores da Covid-19, como consumo [despesas de capital], estão se recuperando”, disse Larry Hu, economista-chefe para a China do Macquarie Group, em um relatório de pesquisa na sexta-feira (16).

As vendas no varejo, que sofreram um grande golpe no ano passado por causa do bloqueio, melhoraram porque Pequim diminuiu as restrições a viagens após o feriado do Ano Novo Lunar em fevereiro, acrescentou. Os investimentos em manufatura e infraestrutura também aceleraram.

O comércio também deu um forte impulso. As estatísticas alfandegárias divulgadas no início desta semana mostraram que as importações aumentaram mais de 38% no mês passado em termos de dólares americanos em comparação com o ano anterior, um sinal de que a demanda na China está aumentando. As exportações cresceram quase 31%.

Hu disse que a força das importações é ampla, indicando uma “recuperação do consumo”. E Pequim deve facilmente atingir sua meta de crescimento de mais de 6% para 2021. “O crescimento poderia facilmente ir para 8-9% com a base baixa”, acrescentou Hu.

Os analistas da Nomura previram, na sexta-feira (16), que o PIB da China cresceria 8,9% em 2021.

No mês passado, o primeiro-ministro Li Keqiang disse que o governo havia estabelecido a meta de crescimento deste ano em “acima de 6%”. Isso é mais do que suficiente para cumprir a meta de longo prazo do presidente Xi Jinping para a economia, embora ainda menos agressiva do que alguns observadores disseram que gostariam de ver. Alguns analistas disseram que a meta cautelosa indica que o governo está levando em consideração o risco de a Covid-19 retornar.

No início deste mês, o Fundo Monetário Internacional elevou sua estimativa de crescimento para a China para 8,4% neste ano, dizendo que “medidas eficazes de contenção, uma resposta vigorosa ao investimento público e suporte de liquidez do banco central” facilitaram a recuperação do país.

Hackers chineses atacam redes de grupos de defesa dos EUA, diz empresa

Hackers chineses atacaram VPNs (redes virtuais privadas) criadas por uma empresa americana e tentaram invadir redes de empresas de defesa do país, segundo a consultoria de segurança digital Mandiant.

A empresa publicou um relatório, na última terça-feira (20), vinculando pelo menos dois grupos de hackers, um dos quais é considerado próximo ao governo chinês, a um software malicioso que explorava vulnerabilidades em VPNs.

Os softwares de rede atacados foram criados pela empresa Pulse Secure, que pertence ao grupo Ivanti.

Os hackers usaram um malware (tipo de vírus de computador) para tentar roubar as identidades de usuários das VPNs e invadir os sistemas de grupos de defesa entre outubro de 2020 e março de 2021, disse o documento.

Governos e empresas financeiras da Europa e dos Estados Unidos também foram visados, de acordo com a Mandiant, que identificou um dos grupos sob o nome UNC2630.

“Suspeitamos que o UNC2630 opere em nome do governo chinês e pode ter ligações com o APT5”, um grupo de hackers ligado às autoridades de Pequim, segundo o relatório.

Ele acrescentou que “uma terceira parte confiável” também vinculou o APT5 ao ataque.

“O APT5 ataca regularmente as redes de grupos de alto valor” e “seus alvos preferenciais parecem ser empresas do setor aeroespacial e de defesa localizadas nos Estados Unidos, Europa e Ásia”, disse a Mandiant, que não especificou quantas empresas foram afetadas.

A Pulse Secure confirmou a maior parte do relatório da Mandiant, dizendo que já ofereceu a seus clientes soluções para bloquear software malicioso.

O fabricante da VPN afirmou que o ataque afetou “um número limitado de clientes”.

Herdeiro da Samsung vai a julgamento por polêmica fusão de filiais

O herdeiro e diretor da Samsung, Lee Jae-yong, preso por um escândalo de corrupção, se apresentou, na quinta-feira (22), em Seul, na Coreia do Sul, para abertura de um julgamento pela polêmica fusão de duas filiais que lhe permitiu assumir o controle do conglomerado.

A Samsung, que está entre as primeiras fabricantes do mundo de smartphones e chips, é de longe o maior dos “chaebols”, impérios industriais que dominam o mundo dos negócios na Coreia do sul, a 12ª economia do planeta.

Estas dinastias familiares costumam contar com uma pequena participação nos conglomerados, mas os controlam através de montagens financeiras complexas de participações cruzadas em suas filiais.

No papel, Lee, neto do fundador do conglomerado, é vice-presidente da Samsung Electronics.

Ele foi demitido por manipulação dos preços e abuso de confiança com uma operação que permitiu em 2015 à Cheil Industries, filial especializada em moda, alimentação e lazer, assumir o controle da Samsung C&T (BTP) por US$ 8 bilhões.

Ele era o principal acionista da Cheil Industries, e a Samsung é suspeita de ter subavaliado artificialmente a C&T para dar ao herdeiro uma participação maior na fusão.

Isto permitiu consolidar seu controle com vistas a uma sucessão suave à frente do grupo que ainda era dirigido por seu pai, Lee Kun-hee, falecido no ano passado.

Os advogados de Lee Jae-yong sempre afirmaram que tudo o que fez no âmbito da fusão foi legal.

Lee Jae-yong cumpre pena atualmente de dois anos e meio de prisão por corrupção e desvio de recursos em um escândalo que levou à destituição e à prisão da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye.

Artífice da projeção mundial da Samsung, seu pai, Lee Kun-hee, deixou aos herdeiros após a sua morte, em outubro, uma imensa fortuna, mas também um imposto de sucessões no valor de 13 trilhões de wons (9,7 bilhões de euros), cuja primeira parte deve ser paga no fim do mês.

A empresa tem um papel crucial na economia sul-coreana.

Mercado acionário da Ásia

Fechando a semana, na sexta-feira 16.04.21 – As ações da China fecharam em alta. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,14%, a 29.683 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,61%, a 28.969 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,81%, a 3.426 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,13%, a 3.198 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,48%, a 17.158 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,53%, a 3.201 pontos.

Na segunda 19.04.21 – As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta. Na China continental, o Xangai Composto subiu 1,44%, a 3.477,55 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,44%, a 2,274.36 pontos. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia em alta de 0,46%, aos 29.103,88 pontos. o índice Nikkei, de Tóquio, encerrou o dia em leve alta, de 0,01%, aos 29.685,37 pontos. O índice Kospi, de Seul, registrou a mesma variação positiva, subindo aos 3.198,84 pontos.

Na terça-feira 20.04.21 – As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Em Tóquio, o Nikkei teve expressiva queda de 1,97% hoje, a 29.100,38 pontos. Na China continental, o dia foi de leves perdas nos mercados acionários. O Xangai Composto caiu 0,13%, a 3.472,94 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,07%, a 2.272,68 pontos. O sul-coreano Kospi avançou 0,68% em Seul, a 3.220,70 pontos, o Hang Seng teve modesta alta de 0,10% em Hong Kong, a 29.135,73 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,35% em Taiwan, a 17.323.87 pontos.

Na quarta-feira 21.04.21 – Os mercados acionários da Ásia fecharam na maioria em baixa. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,03%, em 28.508,55 pontos. Na China, a Bolsa de Xangai fechou estável, em 3.472,93 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,20%, a 2.277,21 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou queda de 1,52% na Bolsa de Seul, a 3.171,66 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve baixa de 1,76%, a 28.621,92 pontos. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 registrou baixa de 0,29%, a 6.997,50 pontos.

Na quinta-feira 22.04.21 – As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta. Em Tóquio, o Nikkei saltou 2,38%, a 29.188,17 pontos. o Hang Seng avançou 0,47% em Hong Kong, a 28.755,34 pontos, e o sul-coreano Kospi subiu 0,18% em Seul, a 3.177,52 pontos. Na China continental, os mercados ficaram mistos: o Xangai Composto recuou 0,23%, a 3.465,11 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,48%, a 2.288,18 pontos. Em Taiwan, o Taiex registrou perda de 0,61%, a 17.096,97 pontos.

Israel compra mais milhões de doses da vacina da Pfizer

Israel assinou, na segunda-feira (19), um contrato com a gigante farmacêutica americana Pfizer que lhe permite obter mais milhões de doses da vacina contra a Covid-19, de acordo com um comunicado conjunto do escritório do primeiro-ministro e do ministério da Saúde divulgado na segunda-feira (19).

Quase cinco milhões de israelenses, ou seja, mais da metade de sua população, já receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, segundo as estatísticas publicadas nesta segunda pelo ministério da Saúde.

“Assinamos um acordo com a Pfizer para comprar milhões de doses de sua vacina, que nos permitirão continuar combatendo o Coronavírus até o final de 2022”, diz o texto enviado à imprensa.

País com 9,2 milhões de habitantes, que possui a campanha de vacinação mais intensa do mundo desde o final de dezembro, Israel conseguiu sair gradualmente do seu terceiro confinamento no início de fevereiro.

Em troca de um acesso rápido a milhões de doses da vacina da Pfizer, Israel – que digitalizou os dados sanitários de toda a sua população – fornece ao laboratório informações sobre os efeitos da vacinação.

“Se não enfrentarmos uma surpresa com as variantes (da Covid-19) que a vacina não combater, estamos em condições de vacinar toda a população, tanto adultos quanto crianças”, afirmou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, no comunicado oficial.

Israel, que registra 837 mil infectados e 6.340 mortes, viu uma diminuição da epidemia há várias semanas, com menos de 200 novos casos diários, contra mais de 10.000 no momento mais difícil da crise de saúde.

Turquia inicia negociações com a Rússia sobre novo lote de mísseis S-40O

O ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu, anunciou que seu país iniciou negociações para comprar um novo lote de sistemas de defesa antimísseis S-400 de fabricação russa.

Cavusoglu acrescentou que as administrações turcas, incluindo o Ministério da Defesa, estão atualmente discutindo a compra, enquanto criticam a posição dos EUA sobre o negócio, apontando que Ancara precisa do sistema de mísseis.

Ele disse que se os Estados Unidos querem vender armas à Turquia e devem oferecê-las a preços razoáveis ​​e em melhores condições.

No final do mês passado, Cavusoglu disse ter dito ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que a compra do sistema russo de defesa antimísseis por Ancara foi “um negócio fechado”.

“Sobre os S-400, nós o lembramos mais uma vez porque a Turquia teve que comprá-los e repetimos que a Turquia os comprou e este é um negócio fechado”, disse Cavusoglu a repórteres em Bruxelas.

Míssil da Síria explode em área próxima do reator nuclear de Israel

Um míssil sírio explodiu no sul de Israel, na quinta-feira (22), informaram militares israelenses, em um incidente que disparou sirenes de alerta perto do reator nuclear secreto de Dimona e um ataque israelense à Síria, relatou à Reuters.

Um porta-voz militar israelense identificou o projétil como um míssil terra-ar SA-5 disparado pelas forças sírias contra aeronaves israelenses. Ele disse que superou a meta de alcançar a área de Dimona, 200 quilômetros ao sul da fronteira com a Síria.

O míssil não atingiu o reator, pousando a cerca de 30 quilômetros de distância, acrescentou o porta-voz.

Em outro comunicado, os militares disseram que uma investigação preliminar mostrou que os sistemas antimísseis de Israel não haviam interceptado o projétil. Fontes de segurança israelenses alegaram que o míssil explodiu no ar.

Em resposta, Israel lançou mais ataques noturnos dentro da Síria, disse o porta-voz militar, visando várias baterias de mísseis, incluindo a que disparou o SA-5.

As sirenes que soaram na calada da noite na área de Dimona seguiram semanas de tensão elevada entre Israel e Irã, um aliado próximo do presidente sírio Bashar Al-Assad, em meio a negociações renovadas em torno do programa nuclear de Teerã.

Durante semanas, a mídia israelense disse que as defesas aéreas ao redor do reator de Dimona e do porto de Eilat no Mar Vermelho estavam sendo reforçadas em antecipação a um possível ataque de mísseis de longo alcance ou drones pelas forças apoiadas pelo Irã, talvez de lugares tão distantes quanto o Iêmen.

A agência de notícias estatal da Síria disse que o sistema de defesa aérea do país interceptou um ataque israelense nos subúrbios de Damasco.

“As defesas aéreas interceptaram os foguetes e derrubaram a maioria deles”, disse o documento. Quatro soldados ficaram feridos no ataque e houve alguns danos materiais, acrescentou o relatório.

Um desertor militar sírio disse que os ataques israelenses tiveram como alvo locais próximos à cidade de Dumair, cerca de 40 quilômetros a nordeste de Damasco, onde milícias apoiadas pelo Irã estão presentes. É uma área atingida repetidamente em ataques israelenses anteriores.

Abordando a probabilidade de um míssil antiaéreo sírio ultrapassar seu alvo e voar uma longa distância contra Israel, Uzi Rubin, um especialista israelense em mísseis, disse que o cenário era “consistente com as características” de um SA-5.

“A trajetória de um míssil antiaéreo perdido em uma descida involuntária é muito difícil de se rastrear”, disse ele à Reuters.

“Os sistemas de defesa aérea de Israel são, em teoria, capazes de realizar tal interceptação com preparação adequada, mas estariam no limite da capacidade.”

Se os sírios quisessem atacar Dimona, ele disse, eles poderiam ter usado armas maiores em seu arsenal, como mísseis Scud.

“Em 1991, Saddam Hussein tentou atacar Dimona com um Scud, e isso foi a 600 km de distância”, disse ele.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br | www.reuters.com | www.istoedinheiro.com.br | www.infomoney.com.br | www.uol.com.br | www.invest.exame.com | www.cnnbrasil.com.br

Research Matarazzo & Cia. Investimentos 
http://matarazzo-cia.com/blog/
23/04/2021