Cenário Econômico Internacional – 21/05/2021

Cenário Econômico Internacional – 21/05/2021

Cenário Econômico Internacional – 21/05/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

  • Fórum Econômico Mundial cancela reunião anual de 2021
  • Presidente da Câmara dos EUA pede ‘boicote diplomático’ aos Jogos de Inverno em Pequim e cita violações aos direitos humanos
  • EUA dizem que China resiste a conversas sobre armas nucleares
  • Biden pede ‘desescalada’ de confronto entre Israel e palestinos, mas Netanyahu diz que está ‘determinado’ a continuar ofensiva
  • Blinken e Lavrov enfatizam diálogo apesar de “sérias diferenças” entre EUA e Rússia
  • Brasil e China resistem à proposta de dar mais poder para a OMS em surtos
  • Chile conclui eleição histórica para Assembleia Constituinte em busca de maior equidade
  • Impacto econômico da pandemia afeta mais norte-americanos com menor escolaridade, mostra Fed
  • Criadores de vírus que atacou oleoduto nos EUA anunciam fim das operações e prometem recuperação de arquivos
  • Biden publica declaração de impostos, retomando uma tradição não cumprida por Trump
  • Mulheres brilham em eleição de Constituinte no Chile
  • EUA e aliados impõem novas sanções contra junta de Mianmar
  • Biden enviará vacinas aprovadas pelos EUA ao exterior pela primeira vez
  • Golpistas, se passando por Elon Musk, roubaram US$ 2 milhões em criptomoedas desde outubro, diz órgão dos EUA
  • Investigação contra empresas de Trump em NY passa a ser criminal
  • Mudança na política monetária dos EUA dividiu opiniões entre integrantes do Fed, mostra ata
  • Câmara dos EUA aprova comissão para investigar ataque ao Capitólio
  • EUA têm melhora “dramática” da Covid-19, mas falta vacina em outras partes das Américas, diz Opas
  • PIB do Chile sobe 0,3% no primeiro trimestre, diz BC
  • Mercado acionário
  • Dólar
  • Alemanha oferecerá vacinas contra Covid-19 a todos os adultos a partir de 7 de junho
  • Zona do euro tem recessão confirmada no 1º trimestre
  • Rússia faz reivindicações marítimas ilegais no Ártico, diz Blinken
  • União Europeia diz que campanha de vacinação está alcançando ritmo dos EUA
  • Salto nos preços ao produtor na Alemanha aponta para maior pressão inflacionária
  • Mercado acionário europeu
  • Produção industrial da China desacelera em abril
  • China diz que vai prorrogar isenção de tarifas para algumas importações dos EUA
  • China proíbe bancos e empresas de pagamento de oferecerem serviços em criptomoedas
  • Economia japonesa tem contração de 1,3% no 1º trimestre devido à pandemia
  • Mercado acionário da Ásia

Fórum Econômico Mundial cancela reunião anual de 2021

O Fórum Econômico Mundial, conhecido como Fórum de Davos, cancelou sua reunião anual de 2021 marcada para acontecer em Cingapura dentro de três meses, disse a organização com sede na Suíça, na segunda-feira (17).

“Lamentavelmente, as circunstâncias trágicas que se desenrolam em todas as geografias, uma perspectiva de viagem incerta, diferentes velocidades de implementação da vacinação e a incerteza em torno de novas variantes se juntam, tornando impossível a realização de uma reunião global com líderes empresariais, governamentais e da sociedade civil de todo o mundo na escala em que foi planejada”, disse em comunicado.

O encontro é realizado todos os anos, usualmente em janeiro, na cidade suíça de Davos. Por conta da pandemia, o Fórum havia sido adiado; primeiro para maio e depois para agosto, além de ser transferido para Cingapura. O evento completou 50 anos em 2020.

“Foi uma decisão difícil, particularmente em vista do grande interesse de nossos parceiros em nos reunirmos, não só virtualmente, mas pessoalmente; e contribuirmos para um mundo mais resiliente, mais inclusivo e mais sustentável”, disse em nota o fundador e presidente-executivo do Fórum Klaus Schwab. “Mas a saúde e a segurança de todos os envolvidos é nossa maior prioridade”, apontou.

A próxima reunião anual acontecerá no primeiro semestre de 2022. Sua localização e data serão determinadas com base em uma avaliação da situação no final do verão do hemisfério norte, segundo o comunicado.

Presidente da Câmara dos EUA pede ‘boicote diplomático’ aos Jogos de Inverno em Pequim e cita violações aos direitos humanos

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi pediu, na terça-feira (18), um “boicote diplomático” aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim em 2022, devido às violações dos direitos humanos cometidas pela China.

“Não podemos proceder como se não houvesse nada errado em os Jogos irem para a China”, declarou Pelosi durante audiência conjunta da Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos e a Comissão Executiva do Congresso sobre a China.

A Olimpíada de Inverno será organizada entre 4 e 20 de fevereiro do ano que vem. A única vez que os EUA boicotaram os Jogos Olímpicos foi em 1980, na edição de Moscou. Naquele ano, nenhum atleta americano viajou à União Soviética para competir. Pelosi não deixou claro o que seria um “boicote diplomático”, opção que foi rechaçada pelo Comitê Olímpico dos EUA.

“Lamentavelmente, estamos aqui porque a China segue aniquilando todos os dissidentes políticos, assinalou a democrata, acrescentando que os Estados Unidos têm a obrigação de “denunciar as violações dos direitos humanos na China”, disse Pelosi.

“Façamos um boicote diplomático se, de fato, esses Jogos forem realizados. Não sei se é possível, porque não conseguimos no passado.”

“Não honremos o governo chinês fazendo com que chefes de Estado vão à China. Que isso aconteça à luz de um genocídio que está em andamento enquanto os senhores estão sentados aí em suas cadeiras realmente traz a pergunta: “Que autoridade moral os senhores têm para falar sobre direitos humanos em qualquer parte do planeta?”, criticou a democrata.

A audiência conjunta também ouviu ativistas que condenaram o tratamento dispensado pela China à sua minoria uigur e a repressão política em Hong Kong. “Ser anfitrião dos Jogos se tornou a solução comprovada para que regimes autoritários encubram seus crimes, melhorem sua imagem em nível internacional e fortaleçam suas alianças”, disse Samuel Chu, diretor gerente do Conselho da Democracia de Hong Kong, grupo com sede nos Estados Unidos.

EUA dizem que China resiste a conversas sobre armas nucleares

A China está resistindo a conversas bilaterais com os Estados Unidos sobre armas nucleares, disse, na terça-feira (18), o embaixador norte-americano para o desarmamento em uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto os EUA tentam impulsionar esforços para reduzir os estoques de armas nucleares.

“Apesar do aumento dramático do arsenal nuclear da RPC, infelizmente esta continua a se recusar a debater a redução do risco nuclear bilateralmente com os Estados Unidos”, disse Robert Wood, referindo-se à República Popular da China.

“Até agora, Pequim não se mostra disposta a se engajar significativamente ou estabelecer conversas entre especialistas semelhantes àquelas que temos com a Rússia. Esperamos sinceramente que isto mude”, acrescentou ele.

No início deste ano, Rússia e EUA concordaram em prorrogar o tratado de controle de armas Novo Start por cinco anos, preservando o último tratado a limitar a mobilização dos dois maiores arsenais nucleares estratégicos do mundo.

O presidente russo Vladimir Putin, e o norte-americano Joe Biden, devem debater o controle de armas e questões de segurança em uma reunião, e a estabilidade nuclear estratégica estará na pauta. Wood disse, na terça-feira (18), que espera que tais conversas bilaterais possam criar os fundamentos para o desarmamento nuclear e futuros tratados de controle de armas.

Biden pede ‘desescalada’ de confronto entre Israel e palestinos, mas Netanyahu diz que está ‘determinado’ a continuar ofensiva

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, prometeu, na quarta-feira (19), seguir em frente com a ofensiva militar na Faixa de Gaza, contrariando o apelo dos Estados Unidos para encerrar a operação que já deixa centenas de mortos.

Uma fala dura de Netanyahu marca a primeira divergência pública entre os dois aliados desde o início dos confrontos, na semana passada, e complica os esforços internacionais para chegar a um cessar-fogo. A reação do premiê também submete a relação EUA-Israel a um teste mais pesado.

Israel continuou a atacar alvos do Hamas em Gaza com ataques aéreos, enquanto os militantes palestinos bombardearam Israel com foguetes, na quarta-feira (19). Em outro sinal de escalada, militantes no Líbano dispararam foguetes contra o norte de Israel.

Após uma visita ao quartel-general militar israelense, Netanyahu disse que apreciava “o apoio do presidente americano”, mas disse que Israel avançaria para devolver “calma e segurança” aos cidadãos israelenses.

Ele acrescentou que está “determinado a continuar esta operação até que seu objetivo seja alcançado”.

Pouco antes, Joe Biden, num novo telefonema, disse a Netanyahu que esperava, para quarta-feira (19), “uma significativa desescalada para encaminhar um cessar-fogo” do conflito militar com os palestinos, segundo a Casa Branca.

A declaração marcou uma elevação do tom público da Casa Branca com o aliado dos Estados Unidos.

No entanto, não se mencionou o que Biden considera “significativo”, tampouco se disse qual resposta haveria se não ocorresse nenhuma mudança.

O chefe do Pentágono Lloyd Austin, também adotou um tom mais firme durante entrevista por telefone com o ministro israelense da Defesa, Benny Gantz.

Na conversa, Austin “examinou as análises da campanha militar de Israel na Faixa de Gaza e exortou desescalar o conflito”, disse o Pentágono em uma curta nota, na qual destacou, ainda, que o funcionário “ressaltou seu apoio contínuo ao direito de Israel de se defender”.

Após uma nova noite de violência, os ataques aéreos israelenses sobre a Faixa de Gaza se intensificaram nesta quarta-feira (19). Israel diz que aguarda “o momento certo” para encerrar sua ofensiva contra o enclave palestino.

O presidente americano tem se esforçado em demonstrar seu apoio ao argumento de Netanyahu de que o poderoso exército israelense está agindo em defesa própria.

No comunicado anterior ao último telefonema, a Casa Branca informou que os líderes discutiram em detalhes “o progresso de Israel na degradação das capacidades do Hamas e outros elementos terroristas, e os esforços diplomáticos em curso dos governos regionais e os Estados Unidos”.

A Casa Branca diz que não quer criar uma ruptura pública com Israel, mas sugere que adotou uma abordagem mais crítica no privado.

“Nosso enfoque é nos assegurarmos de que façamos isto de forma silenciosa, intensa e diplomática”, disse Jean-Pierre.

Durante uma viagem a Dearborn, Michigan, na terça-feira (18), a congressista Rashida Tlaib, a primeira mulher de ascendência palestina eleita para o Congresso, disse a Biden que os palestinos precisavam de proteção de Israel.

Blinken e Lavrov enfatizam diálogo apesar de “sérias diferenças” entre EUA e Rússia

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov, enfatizaram que seus dois países têm diferenças, mas devem trabalhar juntos em algumas questões, ao iniciarem negociações na Islândia, na noite de quarta-feira (19).

No discurso de abertura diante de repórteres, Blinken disse que “não é segredo que temos nossas diferenças” e que Washington responderia a atos agressivos da Rússia, mas que o mundo estará mais seguro se os líderes dos dois países trabalharem juntos.

Lavrov afirmou que a Rússia e os Estados Unidos têm “sérias diferenças”, mas precisam cooperar “nas esferas em que nossos interesses colidem”.

A reunião marcou a primeira conversa pessoal de alto nível entre os governos Biden e Putin, antes de uma possível cúpula presidencial em junho na tentativa de melhorar os laços entre os ex-adversários da Guerra Fria.

As relações estão tensas desde março, quando o presidente dos EUA Joe Biden, disse que considerava o presidente Vladimir Putin um “assassino”, o que levou Moscou a chamar de volta seu embaixador nos Estados Unidos para consultas. O enviado ainda não voltou.

A Rússia está pronta para resolver as questões deixadas pela administração anterior dos EUA, acrescentou Lavrov, referindo-se à Presidência de Donald Trump.

Blinken afirmou que Biden deseja “uma relação estável e previsível com a Rússia” e que os dois países podem trabalhar juntos no combate à pandemia do Coronavírus, sobre as mudanças climáticas, enfrentamento dos programas nucleares do Irã e da Coreia do Norte e o conflito no Afeganistão.

Brasil e China resistem à proposta de dar mais poder para a OMS em surtos

No centro do debate diplomático, a OMS (Organização Mundial da Saúde) é pressionada a passar por uma reforma profunda, depois de ter sido identificada como um dos pontos vulneráveis na capacidade da comunidade internacional em dar uma resposta à pandemia do Coronavírus.

Mas a proposta de dar ampla independência à agência e criar equipes internacionais para fiscalizar surtos pelo mundo foi barrada por governos como o do Brasil, China e Rússia.

Com a eclosão da pandemia, houve um consenso que a OMS não contava com instrumentos adequados para garantir a transparência por parte de países e nem poder para examinar crises sanitárias domésticas.

O ex-presidente americano Donald Trump chegou a deixar a agência, em protesto contra o que vendeu como uma postura excessivamente pró-chinesa por parte da OMS. Europeus e o próprio governo de Joe Biden entenderam que precisavam reforçar a agência. Mas sob a condição de que seu papel no mundo mudasse.

Nos bastidores, as negociações ganharam um ritmo intenso, com o objetivo de que uma resolução seja aprovada na próxima semana por ministros da Saúde de todos os países. O texto será, no fundo, a base de uma nova OMS, capaz de responder de uma forma mais eficiente a uma eventual nova pandemia.

Americanos, australianos e europeus defendiam que fossem criadas equipes de monitoramento independente, além de uma maior transparência por parte dos governos sobre o compartilhamento de dados, cepas e sequenciamento genético de eventuais vírus que possam surgir. Eles também queriam que governos fossem obrigados a prestar certas informações, no caso de um surto.

Mas o projeto esbarrou numa forte resistência por parte da China e da Rússia, que não estão dispostas a abrir seus países para controles sanitários externos. O governo brasileiro, que tanto lutou contra a influência de Pequim na OMS, foi outro que rejeitou nas negociações um projeto de criar equipes internacionais para monitorar surtos.

O rascunho final, portanto, prevê apenas dar à agência mundial de saúde mais poderes para que ela possa avaliar potenciais surtos. Mas sem a criação de equipes internacionais independentes que seriam despachadas automaticamente para os locais onde a doença seja encontrada.

Para autoridades brasileiras, seria irreal pensar que tais equipes internacionais seriam de fato “independentes” e poderiam ser manipuladas para fins políticos.

Num dos trechos do rascunho da resolução, obtida pela coluna, tanto as autoridades de Pequim como de Moscou solicitam que a referência a uma “investigação” de eventuais surtos e eventos de interesse público seja substituída pela palavra “avaliação”.

Os chineses ainda queriam que fosse incluída no texto uma explicação de que qualquer gesto tomado por organismos internacionais deva seguir “leis e regras nacionais e internacionais”. Na prática, isso permitiria que um governo evoque uma determinação doméstica para se recusar a compartilhar dados, sequenciamento genético ou abrir suas fronteiras para uma missão sanitária.

Houve ainda uma resistência por parte dos chineses na inclusão de qualquer referência na resolução sobre a necessidade de que as origens de um vírus sejam investigadas. Pequim levou um ano para autorizar a entrada de uma equipe internacional da OMS para avaliar o ponto de partida do novo coronavírus.

Se Brasil e China passaram grande parte da pandemia em lados opostos na OMS, as negociações das últimas semanas revelaram uma inesperada aproximação de posições entre os dois países.

Em Brasília, a suspeita era de que os mecanismos que estavam sendo propostos poderiam abrir uma porta perigosa para intervenções, sob o manto de uma ação sanitária, inclusive em locais estratégicos como na Amazônia.

O cálculo é de que, em grande parte dos novos surtos, a ameaça vem a partir de locais com maior biodiversidade, com clima tropical e doenças negligenciadas. Ao exigir maior transparência, portanto, o peso recairia de forma desigual, com países em desenvolvimento mais pressionados a permitir um maior controle externo.

Os esforços e compromissos por parte dos países ricos, portanto, não seriam os mesmos, pela natureza do mapa de surtos hoje pelo mundo.

Chile conclui eleição histórica para Assembleia Constituinte em busca de maior equidade

O Chile concluiu, no domingo (16), dois dias de uma votação histórica para eleger os 155 cidadãos que irão redigir uma nova Constituição, destinada a substituir a herdada da ditadura de Augusto Pinochet, com a expectativa de melhorar a equidade social.

As seções eleitorais começaram a fechar às 18 horas (19 horas em Brasília), após dois dias de votação sem incidentes. No sábado, mais de três milhões de eleitores (20,44%) foram às urnas, de um total de 14,9 milhões chamados para votar de forma voluntária.

Os chilenos tiveram que escolher entre 1.373 candidatos, integrantes da Convenção Constitucional. Estes que, se dividem em; atores, escritores, professores, ativistas sociais, advogados e políticos tradicionais.

A Carta Magna anterior, elaborada durante a era Pinochet (1973-1990), é considerada a origem das desigualdades sociais no Chile.

A eleição foi realizada em dois dias devido à pandemia, após ter sido adiada por cinco semanas, desde 11 de abril, devido a uma nova onda de Covid-19.

“Esta é a eleição mais importante que os chilenos tiveram, isso marcará o futuro das gerações mais jovens”, explicou à AFP Felipe Gutiérrez, um engenheiro de 32 anos que deixava uma seção eleitoral em Santiago.

Os dados sobre participação por regiões e comunas indicam uma diferença importante no fluxo de eleitores nos setores mais ricos e conservadores, notavelmente maior que nas áreas mais pobres.

Impacto econômico da pandemia afeta mais norte-americanos com menor escolaridade, mostra Fed

A pandemia de Coronavírus teve um impacto mais devastador sobre os norte-americanos com níveis mais baixos de escolaridade e aqueles menos preparados financeiramente para lidar com um golpe como esse, de acordo com um relatório, divulgado na segunda-feira (17), pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).

O abismo financeiro entre adultos com diploma de bacharel e aqueles com menos do que um diploma de ensino médio aumentou durante a pandemia, o que causou perdas de empregos que afetaram desproporcionalmente trabalhadores de baixa renda, de acordo com a Pesquisa de Economia Doméstica e Tomada de Decisão do Banco Central dos EUA, divulgada anualmente.

“Mesmo com a melhora da economia, podemos certamente ver que alguns ainda estão lutando, especialmente aqueles que perderam seus empregos e aqueles com menos escolaridade, muitos dos quais ficaram para trás”, disse a diretora do Fed Michelle Bowman em um comunicado.

Cerca de 89% dos adultos, com pelo menos um diploma de bacharel, disseram que estavam indo pelo menos “bem” financeiramente, em comparação com 45% daqueles que não têm diploma de ensino médio, de acordo com a pesquisa realizada em novembro de 2020. Essa lacuna aumentou para 44 pontos percentuais em 2020, de 34 pontos percentuais em 2019.

A divisão também se estendeu por linhas raciais, embora em menor grau. Menos de dois terços dos adultos negros e hispânicos disseram que estavam pelo menos “bem” financeiramente em 2020, em comparação com 80% dos adultos brancos e 84% dos adultos asiáticos. A diferença entre adultos brancos e adultos negros e hispânicos cresceu 4 pontos percentuais desde 2017.

A parcela geral de adultos, que disseram estar em pior situação financeira, em comparação com o ano anterior, aumentou para quase 25% no fim de 2020, de 14% em 2019.

Mas, apesar desse aumento, a maioria dos norte-americanos acreditava que ainda estavam, pelo menos, “bem” financeiramente. Cerca de 75% dos adultos disseram que estavam vivendo confortavelmente ou indo “bem” financeiramente em novembro, parcela que oscilou ao longo do ano, mas terminou no mesmo nível de 2019.

A pesquisa constatou que alguns pais ficaram impossibilitados de trabalhar durante a pandemia devido a interrupções do atendimento de creches e do ensino presencial. Cerca de 9% dos pais disseram que não estavam trabalhando e 13% estavam trabalhando menos por causa dessas interrupções em novembro. Isso representou um declínio de cerca de 2 pontos percentuais na proporção de adultos que trabalhavam em geral.

Criadores de vírus que atacou oleoduto nos EUA anunciam fim das operações e prometem recuperação de arquivos

Os operadores do vírus de resgate DarkSide, responsável pelo ataque que prejudicou o funcionamento de um oleoduto da Colonial Pipeline nos Estados Unidos, enviaram um comunicado aos seus “afiliados” informando que a atividade será encerrada.

O DarkSide é fornecido pelos seus criadores na modalidade de “ransomware as a service” (“ransomware como serviço”).

O vírus é “alugado” para afiliados, que atuam diretamente nos ataques às empresas, enquanto os responsáveis pela praga digital negociam os pagamentos e distribuem os ganhos.

As empresas de segurança FireEye e Intel 471 tiveram acesso a uma comunicação dirigida a esses afiliados. No texto em russo, os responsáveis pelo vírus dizem ter perdido acesso a toda a sua infraestrutura – inclusive um blog, o sistema de pagamentos e o servidor que controlava o vírus.

O desligamento dos servidores do DarkSide também foi confirmado pela Recorded Future, outra empresa de segurança.

Os criadores da praga digital alegaram estar sob pressão das autoridades norte-americanas, que supostamente estariam ligadas ao desmantelamento da infraestrutura.

Contudo, nenhuma ação foi confirmada pelo governo dos Estados Unidos até o momento.

No comunicado, os autores do DarkSide ainda prometeram distribuir uma ferramenta de decifragem para todas as empresas atacadas.

Isso permitiria recuperar os arquivos perdidos sem pagar os resgates cobrados pelo grupo, que em alguns casos eram de milhões de dólares.

Estimativas calculadas com base na análise de transferências com criptomoedas indicam que a operação já faturou US$ 60 milhões desde o início das atividades no ano passado.

Biden publica declaração de impostos, retomando uma tradição não cumprida por Trump

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden e sua esposa Jill ganharam pouco mais de US$ 600 mil (cerca de R$ 3,16 milhões) no ano passado, de acordo com sua declaração de imposto de renda, embora a verdadeira notícia seja a divulgação do documento.

Os líderes americanos sempre divulgaram suas declarações anuais de impostos, detalhando as fontes de renda e impostos pagos, em nome da transparência.

O ex-presidente Donald Trump rompeu com essa tradição, recusando-se durante sua gestão, a divulgar informações sobre suas finanças ou o verdadeiro estado de seu império de imóveis e marcas.

Em sua declaração de imposto conjunta de 2020, Joe e Jill Biden, uma professora de ensino superior, relataram uma renda bruta ajustada pelo governo federal de US$ 607.336.

Eles pagaram US$ 157.414 em imposto de renda federal, uma alíquota efetiva de 25,9%, e US$ 28.794 do mesmo imposto para o estado onde residiam antes de chegar à Casa Branca, Delaware.

A vice-presidente de Biden Kamala Harris, está vários degraus acima do chefe na hierarquia financeira.

A ex-senadora da Califórnia apresentou uma declaração de impostos conjunta com seu marido, o advogado Doug Emhoff, informando uma renda bruta ajustada pelo governo federal de US$ 1.695.225 (quase R$ 9 milhões).

Ela e o marido pagaram US$ 621.893 em imposto de renda federal, uma alíquota de 36,7%.

Eles também pagaram US$ 125.004 em imposto de renda na Califórnia e Emhoff pagou US$ 56.997 na capital Washington.

As declarações de impostos confirmam uma coisa: tanto a primeira quanto a segunda família dos Estados Unidos poderiam pagar mais impostos se Biden conseguir que o Congresso aprove seu enorme pacote de gastos sociais e educacionais do Plano de Famílias Americanas.

De acordo com as propostas atuais, o plano seria financiado em parte pelo aumento da taxa de impostos mais alta para os americanos mais ricos. Aqueles que ganham menos de US$ 400 mil por ano, de acordo com Biden, não sofreriam nenhum aumento.

Mulheres brilham em eleição de Constituinte no Chile

As mulheres chilenas demonstraram tanta força nas eleições para escolher os membros da nova constituinte do país, que ajustes precisaram ser feitos para garantir que a composição do grupo estivesse igualmente distribuída entre os gêneros, anunciou o órgão eleitoral Servel, na segunda-feira (17).

Um total de cinco vagas foi remanejado e concedido a candidatas femininas que receberam menos votos que seus equivalentes do sexo masculino, em alguns distritos, para garantir uma divisão de gênero meio a meio, enquanto sete vagas foram concedidas a homens menos votados.

A ideia de garantir a igualdade de gênero na composição do grupo, que irá elaborar a nova constituição, foi inicialmente descartada por partidos de direita, mas acabou aprovada pelo Congresso – o que, segundo ativistas, é algo inédito no mundo.

Analistas celebraram o protagonismo das mulheres em um país historicamente conservador, enquanto outros lamentaram a imposição de um teto para o número máximo de candidatas do sexo feminino na formação da Constituinte.

Alondra Carrillo Vidal, de 29 anos, psicóloga que atuou como porta-voz para o movimento de mulheres 8M, que impulsionou alguns dos maiores movimentos contra o governo de centro-direita do país nos últimos anos, foi escolhida para representar os subúrbios do sul de Santiago, de população majoritariamente da classe trabalhadora. Ela levantou preocupações sobre o teto de 50% para mulheres, sugerindo que ele seria excedido se não houvesse a limitação.

“O que esse resultado mostra é que o nosso poder transborda todas as fronteiras que tentam contê-lo, e o que foi apresentado como um mínimo democrático, foi na verdade uma maneira de manter a presença dos homens em espaços representativos”, disse.

Um total de 699 mulheres concorreram a vagas na Constituinte, e 674 homens. O órgão eleitoral disse que 77 mulheres e 78 homens garantiram vagas.

EUA e aliados impõem novas sanções contra junta de Mianmar

Estados Unidos, Reino Unido e Canadá impuseram novas sanções à junta de Mianmar, na segunda-feira (17), aumentando a pressão sobre os militares com a série mais recente de ações punitivas desde que esta tomou o poder com um golpe em 1º de fevereiro.

Os EUA visaram o Conselho Administrativo Estatal (SAC) governante e 13 autoridades, congelando quaisquer ativos listados nos EUA e proibindo de maneira geral que norte-americanos negociem com eles.

O Canadá disse ter imposto sanções adicionais a indivíduos e entidades ligados às Forças Armadas de Mianmar, enquanto o Reino Unido anunciou sanções contra a Mianmar Gems Enterprise, empresa estatal incluída em sanções norte-americanas anteriores.

O país do sudeste asiático, também conhecido como Burma, está em crise desde que os militares depuseram o governo eleito de Aung San Suu Kyi, e testemunha protestos quase diários e uma repressão da junta que já deixou centenas de mortos.

Nações ocidentais lideram as críticas à junta e aplicam sanções limitadas. As alegações da junta sobre irregularidades em uma eleição vencida pelo partido de Suu Kyi em novembro foram rejeitadas pela comissão eleitoral.

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, disse que a junta não fez nenhuma tentativa de reconduzir Mianmar para a democracia, e pediu que todos os países cogitem medidas, como embargos de armas e o fim da cooperação comercial, com entidades de posse dos militares.

O Departamento do Tesouro dos EUA acusa o SAC de ter sido criado pelos militares de Mianmar para apoiar sua “deposição ilegal do governo civil eleito democraticamente”.

Biden enviará vacinas aprovadas pelos EUA ao exterior pela primeira vez

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou, na segunda-feira (17), que irá enviar pelo menos 20 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para outros países até o final de junho, marcando a primeira vez que os EUA estão compartilhando vacinas autorizadas para uso interno.

Biden anunciou que enviará doses dos imunizantes da Pfizer/BioNTech, da Moderna e da Johnson & Johnson, além de 60 milhões de doses da AstraZeneca, que ele já havia planejado enviar a outros países.

Ao contrário dos outros imunizantes, a vacina da AstraZeneca ainda não está autorizada para uso nos Estados Unidos.

“Assim como na Segunda Guerra Mundial, a América era o arsenal da democracia, na batalha contra a pandemia de Covid-19, nossa nação será o arsenal de vacinas”, disse Biden.

O presidente observou que nenhum outro país enviará mais vacinas ao exterior do que os Estados Unidos.

Os EUA administraram mais de 272 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 e distribuíram aos Estados mais de 340 milhões, de acordo com dados federais atualizados na manhã de segunda-feira (17).

Com quase 60% dos adultos norte-americanos tendo recebido pelo menos a primeira dose, o país está bem à frente de muitas nações como o Brasil e a Índia, que estão desesperados por mais doses e lutando para controlar surtos de Covid-19.

Biden está sob pressão global para compartilhar as vacinas dos Estados Unidos, mas o líder norte-americano insistiu que precisava primeiro controlar a pandemia “em casa”.

Golpistas, se passando por Elon Musk, roubaram US$ 2 milhões em criptomoedas desde outubro, diz órgão dos EUA

A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês), que fiscaliza práticas comerciais abusivas nos Estados Unidos, publicou um alerta para consumidores informando que o número de fraudes envolvendo criptomoedas aumentou de forma significativa desde outubro de 2020.

No período entre outubro e março, a FTC recebeu quase 7 mil denúncias de fraude, acumulando prejuízos de mais de US$ 80 milhões (cerca de R$ 430 milhões, na cotação atual).

De acordo com os dados do órgão, os prejuízos relatados nos últimos 12 meses foram dez vezes maiores que no mesmo período anterior. O número de denúncias, por sua vez, está 12 vezes maior.

A FTC não forneceu nenhuma explicação para o aumento expressivo no número de denúncias. No entanto, é possível que a valorização das criptomoedas tenha contribuído com o interesse nesses investimentos, o que facilita a realização de fraudes.

Também ficou mais fácil denunciar fraudes envolvendo criptomoedas após a FTC criar uma página específica para essa finalidade.

Apesar do número expressivo de denúncias e do volume do prejuízo, as fraudes envolvendo criptomoedas ainda são uma pequena fração de todos os crimes cibernéticos. Nos últimos 14 meses, o FBI, que funciona como a “Polícia Federal” dos EUA, recebeu um milhão de denúncias envolvendo fraudes on-line e de investimento.

Citando fontes anônimas, a agência de notícias “Bloomberg” afirmou que a Binance, a maior plataforma de compra e venda de criptomoedas do mundo, entrou na mira do Departamento de Justiça dos EUA.

O objetivo da investigação seria descobrir se a Binance operou de forma irregular nos EUA ou se alguma negligência permitiu que ela fosse utilizada como instrumento em operações de lavagem de dinheiro e sonegação.

A notícia, ainda não confirmada pelas autoridades, ajudou a tumultuar o mercado das criptomoedas após as movimentações de Elon Musk – que abandonou o Bitcoin como meio de pagamento para carros da Tesla – e da Tether, que passa pela primeira fiscalização da Procuradoria-Geral do Estado de Nova York.

Na quarta-feira (19), o “tombo” do Bitcoin deixou a moeda abaixo dos US$ 40 mil pela primeira vez desde fevereiro.

Investigação contra empresas de Trump em NY passa a ser criminal

A Trump Organization, conglomerado de empresas da família do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, passou a ser alvo de uma investigação criminal, não apenas civil.

O anúncio foi feito pela procuradoria-geral do estado de Nova York, na terça-feira (18). O conglomerado do ex-presidente dos EUA é investigado por suspeita de fraudes bancárias e em seguros e por evasão fiscal.

“Informamos à Trump Organization que nossa investigação sobre a organização não é mais puramente civil”, anunciou Fabien Levy, porta-voz da procuradora-geral de Nova York, Letitia James.

“Agora estamos investigando ativamente a Trump Organization com bases criminais, juntamente com o promotor público de Manhattan”, afirmou a porta-voz.

O conglomerado reúne as empresas de Trump, que vão de hotéis a campos de golfe.

A Trump Organization é investigada pelo promotor público Cyrus Vance Jr., do distrito de Manhattan, e pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James. Tanto Vance Jr. quanto James são filiados ao Partido Democrata.

O ex-presidente americano, que deixou a Casa Branca em janeiro, nega qualquer irregularidade e já havia chamado a investigação como “uma continuação da maior caça às bruxas política da história de nosso país”.

No início de abril, a Trump Organization fortaleceu sua equipe jurídica com a contratação do veterano advogado criminal, Ronald Fischetti, de 84 anos.

O promotor distrital Cyrus Vance Jr., inicialmente se concentrou em investigar pagamentos para comprar o silêncio de duas mulheres que afirmam ter tido casos com Trump, mas avançou para evasão fiscal e fraude.

O inquérito é conduzido de maneira sigilosa e, em março, conseguiu acesso a oito anos de declarações de Imposto de Renda de Trump, após uma decisão da Suprema Corte do país.

A decisão foi uma resposta a um pedido feito pelos advogados de Trump, em 7 de novembro, que tentavam manter as informações fiscais do ex-presidente sob sigilo.

Em 2018, o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, foi preso após reconhecer que havia pagado pelo silêncio de duas mulheres que acusavam o então candidato republicano de ter mantido relações sexuais fora do casamento.

Antes de ser preso, Cohen alegou que Trump – com o apoio de seus familiares – cometeu diversas fraudes fiscais e bancárias ao longo dos anos.

Segundo o ex-advogado, o republicano teria “inflado seus ativos” para aparecer na lista dos homens mais ricos da revista “Forbes”, mas mentiu e desinchou os números para não pagar impostos imobiliários.

Mudança na política monetária dos EUA dividiu opiniões entre integrantes do Fed, mostra ata

“Algumas” autoridades do Federal Reserve pareciam prontas para começar a avaliar mudanças na política monetária dos Estados Unidos com base no rápido e contínuo progresso da recuperação econômica, de acordo com a ata da reunião de abril do Banco Central dos Estados Unidos.

“Alguns participantes sugeriram que se a economia continuasse a fazer rápido progresso na direção das metas do Comitê, poderia ser apropriado, em algum ponto das próximas reuniões, começar a discutir um plano para ajustar o ritmo de compras de ativos”, mostrou a ata, na referência mais explícita até agora a possíveis mudanças nas compras de títulos e nos juros baixos do Fed adotados para combate à crise.

Mas essa visão pode ter sofrido um golpe quando a criação de vagas de trabalho se mostrou deficiente em abril.

Embora a inflação tenha avançado, também uma preocupação citada na ata, a abertura de apenas 266 mil postos em abril forneceu pouco progresso adicional na direção dos esforços do Fed para fazer a economia retornar ao pleno emprego.

Autoridades do Fed prometeram manter sua política monetária ultrafrouxa, apostando que o salto inesperado dos preços ao consumidor no mês passado se deve a forças temporárias que vão diminuir sozinhas e que o mercado de trabalho dos EUA precisa de bem mais tempo para fazer as pessoas voltarem aos empregos.

Declarações de autoridades do Fed, desde a reunião de 27 e 28 de abril, indicaram que os dados de emprego de abril consolidaram a visão de que ainda é cedo demais para se discutir mudanças nas compras mensais de US$ 120 bilhões em títulos pelo Fed.

O debate sobre o aumento da taxa básica de juros ante o atual nível perto de zero está ainda mais distante.

Câmara dos EUA aprova comissão para investigar ataque ao Capitólio

A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou, na quarta-feira (19), a criação de uma comissão independente para investigar o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por partidários do ex-presidente Donald Trump, com um número significativo de republicanos desafiando as tentativas dos líderes do partido de bloqueá-la.

Nos últimos dois dias, o líder republicano na Câmara, Kevin McCarthy, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, trabalharam para barrar um projeto de lei bipartidário que estabelece a comissão para investigar a violência que deixou cinco mortos.

A Câmara aprovou por 252 votos a 175 a comissão, que foi elaborada em linha com o painel que investigou os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O projeto agora vai para o Senado, onde seu futuro não está claro.

O sólido número de republicanos votando pela investigação independente –35 de 211- sinalizou algumas falhas na defesa do partido de Trump em uma votação-chave.

O líder da maioria na Câmara Steny Hoyer, um democrata, disse que McCarthy “obteve o que pediu” em um acordo sobre a estrutura da comissão, e acrescentou: “Trump não quer esta comissão”. McCarthy é um aliado próximo de Trump.

EUA têm melhora “dramática” da Covid-19, mas falta vacina em outras partes das Américas, diz Opas

As infecções de Covid-19 tem diminuído nas Américas, e a melhora mais dramática acontece nos Estados Unidos graças à vacinação em massa, disse Carissa Etienne, chefe da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), na quarta-feira (19).

Mas ela alertou que existem “lacunas explícitas” na distribuição de vacina na região, já que a maior parte vai para os EUA e só 3% dos latino-americanos já foram totalmente vacinados contra a Covid-19.

Como comparação, hoje quase metade dos norte-americanos já receberam ao menos uma dose de vacina e quase 85% daqueles acima de 85 anos estão totalmente protegidos, disse ela em uma entrevista coletiva semanal em Washington.

“O progresso que estamos vendo nos Estados Unidos é um testemunho do poder das vacinas contra Covid-19 seguras e eficazes, mas sublinha a importância vital de se acelerar o acesso a vacinas em toda a nossa região”, disse Etienne.

Embora as infecções de Covid-19 tenham caído nas Américas no último mês, em muitas ilhas caribenhas, como Bahamas, Haiti e Trinidade e Tobago, as mortes dobraram na última semana, de acordo com a Opas.

O Canadá registra uma triplicação de infecções em Nova Escócia, Newfoundland e nos Territórios do Noroeste, disse a Opas, e Costa Rica, Panamá e partes de Honduras também estão registrando aumentos acentuados de novas infecções.

No Brasil, a Opas disse que vê uma pausa nas tendências de redução observadas nas semanas anteriores. A P.1, variante predominante do Coronavírus no Brasil, foi relatada em 21 países das Américas, disse Sylvain Aldighieri, gerente de incidentes da Opas.

PIB do Chile sobe 0,3% no primeiro trimestre, diz BC

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile cresceu 0,3% no primeiro trimestre, em meio a sinais iniciais de recuperação, embora ainda afetado pelas restrições para enfrentar a pandemia do Coronavírus, segundo dados divulgados, na terça-feira (18), pelo Banco Central local.

“Do ponto de vista da origem, destacou-se o aumento do comércio e, em menor escala, das atividades de agricultura e florestais e da indústria manufatureira”, disse a autoridade monetária em relatório.

“Compensaram parcialmente o resultado anterior as atividades de serviços e construção, que foram impactadas pelos efeitos da emergência sanitária associada à Covid-19, que influenciou a mobilidade das pessoas e o funcionamento normal dos estabelecimentos produtivos”, acrescentou.

O PIB ajustado sazonalmente entre janeiro e março subiu 3,2%, sustentado pelos serviços, principalmente os serviços pessoais e, em menor grau, os serviços empresariais e de transporte.

Para este ano, o Banco Central projeta um crescimento econômico de entre 6% e 7%.

Mercado acionário

Fechando a semana, na sexta-feira 14.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam em alta, o índice Dow Jones avançou 1,06%, em 34.382,13 pontos, o S&P 500 subiu 1,49%, a 4.173,85 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 2,32%, a 13.429,98 pontos. Na comparação semanal, as perdas foram de 1,14%, 1,39% e 2,34% respectivamente.

Na segunda 17.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam em baixa, o Dow Jones fechou em baixa de 0,16%, a 34.327,79 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,25%, a 4.163,29 pontos, e o Nasdaq recuou 0,38%, a 13.379,05 pontos.

Na terça-feira 18.05.21 – Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, o Dow Jones encerrou em baixa de 0,78%, aos 34.060,66 pontos. O S&P 500 caiu 0,85%, para 4.127,83 pontos. Enquanto o Nasdaq recuou 0,56%, a 13.303,64 pontos.

Na quarta-feira 19.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam em baixa, o Dow Jones encerrou em baixa de 0,48%, a 33.896,04 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,29%, a 4.115,68 pontos, e o Nasdaq recuou 0,03%, a 13.299,74 pontos, com uma melhora nos minutos finais do pregão.

Na quinta-feira 20.05.21 –  As bolsas de Nova York fecharam em alta . O Dow Jones encerrou em alta de 0,55%, a 34.084,15 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 1,06%, a 4.159,12 pontos, e o Nasdaq avançou 1,77%, a 13.535,74 pontos.

Dólar

Fechando a semana, na sexta-feira 14.05.21 – Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 0,78%, a R$ 5,2705. Na parcial do mês, tem queda de 3,04%. No ano, a alta é de 1,51%.

Na segunda 17.05.21 – A moeda norte-americana recuou 0,09%, cotada a R$ 5,2657.

Na terça-feira 18.05.21 – O dólar fechou em queda de 0,23%, cotado a R$ 5,2536.

Na quarta-feira 19.05.21 – O dólar à vista avançava 0,65% e fechou cotado a R$ 5,2892.

Na quinta-feira 20.05.21 – O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (20) vendido a R$ 5,277, com recuo de R$ 0,039 (-0,73%).

Alemanha oferecerá vacinas contra Covid-19 a todos os adultos a partir de 7 de junho

A Alemanha não limitará mais as vacinas contra Coronavírus a grupos mais vulneráveis a partir de 7 de junho, abrindo caminho para toda a população adulta receber imunizações gratuitas desta data em diante, anunciou o ministro da Saúde Jens Spahn, na segunda-feira (17).

A decisão, de acabar com a priorização na campanha de vacinação alemã, não significa que todos serão inoculados imediatamente em junho, disse Spahn, observando os gargalos de logística e suprimentos atuais.

Mas Spahn repetiu a promessa governamental de que todo cidadão que quer ser vacinado deve receber uma vacina contra Covid-19 durante o verão.

Ele acrescentou que as autoridades já estão debatendo quando e como permitir vacinações contra Covid-19 para adolescentes de 12 a 16 anos.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o organismo regulador de remédios da União Europeia, pretende aprovar a vacina contra Covid-19 da Pfizer e da BioNTech para uso em adolescentes já a partir dos 12 anos em junho, possivelmente até ao final deste mês.

Zona do euro tem recessão confirmada no 1º trimestre

A economia dos 19 países que fazem parte da zona do euro caiu 0,6% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados, na terça-feira (18), pela Eurostat, a agência oficial de estatísticas do bloco. Os números confirmam a estimativa anterior, divulgada no final de abril.

A queda vem após uma retração de 0,7% no 4º trimestre, o que confirmou a entrada da região em uma nova recessão técnica – caracterizada por dois trimestre consecutivos de contração da economia.

A zona do euro está em sua segunda recessão técnica desde que a pandemia de Covid-19 começou.

Já incluindo todos os países da União Europeia (UE), a queda foi confirmada em 0,4% no 1º trimestre, após recuo de 0,5% no 4º trimestre do ano passado. O Produto Interno Bruto caiu em todos os maiores países com exceção da França, que teve crescimento de 0,4%.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a queda foi de 1,8% na zona do euro e de 1,7% na UE.

Já o número de pessoas empregadas caiu 0,3%, tanto na zona do euro quanto no conjunto dos 28 países que fazem parte da União Europeia. No 4º trimestre, o emprego havia crescido 0,4% nos dois conjuntos, também na comparação com os três meses anteriores.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a queda foi de 2,1% na zona do euro e de 1,8% na UE.

Em divulgação separada, a Eurostat mostrou também, que o superávit comercial com o resto do mundo caiu a 15,8 bilhões de euros em março, de 29,9 bilhões em março de 2020. Ajustado para variações sazonais, o superávit comercial da zona do euro foi de 13,0 bilhões de euros em março contra 23,1 bilhões em fevereiro, uma vez que as exportações caíram 0,3% e as importações subiram 5,6%.

Nesta terça, as bolsas da Europa operavam em alta, em meio ao otimismo sobre a flexibilização de restrições econômicas em vários países, queda da taxa de desemprego no Reino Unido e fortes balanços das empresas.

Rússia faz reivindicações marítimas ilegais no Ártico, diz Blinken

A Rússia faz reivindicações marítimas ilegais na região do Ártico, disse o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, na terça-feira (18), reiterando apelos para se evitar a militarização regional.

Os Estados Unidos já acusaram a Rússia de exigir que embarcações estrangeiras peçam permissão para passar e requisitar que navegadores russos embarquem nos navios, ameaçando o uso da força contra as embarcações que se recusarem a obedecer.

“Vemos a Rússia fazer reivindicações marítimas ilegais, particularmente sua regulamentação de embarcações estrangeiras transitando pela rota do Mar do Norte, que não são condizentes com a lei internacional”, disse Blinken em uma entrevista coletiva com o ministro das Relações Exteriores da Islândia em Reykjavik.

A Rússia tem planos ambiciosos para construir portos ao longo da chamada rota do Mar do Norte, o que encurtaria a distância entre a China e a Europa, e vem reforçando sua presença militar ao longo de seu litoral ártico.

“Temos preocupações a respeito de algumas das atividades militares intensificadas no Ártico”, disse Blinken. Estas aumentam o risco de “acidentes e erros de cálculo”, acrescentou ele, e “minaram o objetivo compartilhado de um futuro pacífico e sustentável para a região”.

Em tentativas de defender a liberdade de acesso e navegação na rota do Mar do Norte, a Marinha norte-americana realizou exercícios com aliados europeus duas vezes no ano passado no Mar de Barents, próximo da Rússia, pela primeira vez desde meados dos anos 1980.

União Europeia diz que campanha de vacinação está alcançando ritmo dos EUA

 A campanha de vacinação contra Covid-19, da União Europeia, está ganhando velocidade e alcançando o ritmo da imunização dos Estados Unidos, disse, na quinta-feira (20), a chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen.

“Nosso objetivo é oferecer uma dose a 70% de todos os adultos até o final de julho; este é quase o mesmo alvo que os EUA estabeleceram”, disse ela em uma conferência.

Os críticos da campanha de vacinação da UE devem ter em mente que a UE exportou 220 milhões de doses, quase a mesma quantidade que já usou em seus próprios cidadãos, disse Von der Leyen, em uma indireta aos EUA e ao Reino Unido, que não têm exportado vacinas.

“Outros estão mantendo toda a produção de vacinas para si, mas a UE alcançará suas metas de vacinação sem se isolar do mundo”, acrescentou.

Salto nos preços ao produtor na Alemanha aponta para maior pressão inflacionária

Os preços ao produtor alemão aumentaram 5,2% em abril, na comparação com o ano anterior, o maior aumento em quase uma década, mostraram dados na quinta-feira (20), em mais um sinal de que os gargalos de oferta estão levando a uma maior pressão inflacionária na Alemanha.

O aumento nos preços ao produtor seguiu-se a um aumento anual de 3,7% em março. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 5,1%.

Em comparação com o mês anterior, os preços ao produtor subiram 0,8% em abril, informou a agência federal de estatísticas.

“As pressões sobre os preços continuam apontando para cima também ao nível do produtor”, disse o economista da LBBW, Jens-Oliver Niklasch.

“No momento, é difícil dizer quanto dos custos as empresas serão realmente capazes de repassar aos consumidores”, acrescentou.

Os gargalos de oferta e a recuperação econômica em geral devem aumentar as pressões sobre os preços na Alemanha, com o governo prevendo que a inflação dos preços ao consumidor salte para 2,2% este ano e diminua para 1,5% no próximo..

Mercado acionário europeu

Fechando a semana, na sexta-feira 14.05.21 – As bolsas europeias fecharam em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em alta de 1,05%, aos 442,53 pontos. Na semana, houve queda de 0,54%. Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 1,15%, aos 7.043,61 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, encerrou o dia com ganhos de 1,43%, aos 15.416,64 pontos, enquanto o CAC, da bolsa de Paris, avançou 1,54%, aos 6.385,14 pontos.O índice IBEX 35, de Madri, fechou em alta de 2,00%, aos 9.145,60 pontos. Acompanhando o movimento geral do mercado europeu, o FTSE MIB, da bolsa de Milão, fechou na máxima do dia, em alta de 1,14%, aos 24.766,09. Por fim, o PSI20, de Lisboa, subiu 1,62%, aos 5.195,66 pontos.

Na segunda 17.05.21 – As bolsas europeias fecharam sem direção única, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,05%, aos 442,29 pontos. Neste cenário, o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,15%, aos 7.032,85 pontos. Em Frankfurt, a MTU Aero Engines (DE:MTXGn) fechou em baixa de 2,79%, contribuindo para o recuo de 0,13% do índice DAX, aos 15.396,62 pontos. Já em Paris, a Airbus (PA:AIR) cedeu 2,68%, enquanto o índice CAC 40 acumulou perda de 0,28%, aos 6.367,35 pontos. Do lado positivo das praças europeias, o índice FTSE MIB, de Milão, subiu 0,39% segunda, aos 24.862,68 pontos. O IBEX 35, de Madri, fechou em alta de 0,11%, aos 9.155,60 pontos. Por fim, o índice PSI 20, de Lisboa, teve alta de 0,89%, aos 5.241,91 pontos.

Na terça-feira 18.05.21 – As bolsas europeias fecharam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,17%, aos 443,04 pontos. O FTSE 100, da bolsa de Londres, conseguiu manter o avanço após sessão volátil, subindo 0,02%, aos 7.034,24 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, e o CAC 40, de Paris, fecharam em baixas de 0,07%, aos 15.386,58 pontos, e 0,21%, aos 6.353,67 pontos. Em linha com o otimismo geral dos mercados, o FTSE MIB, de Milão, avançou 0,07%, aos 24.880,45 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, fechou com ganhos de 0,70%, aos 5.278,80 pontos.

Na quarta-feira 19.05.21 – As Bolsas da Europa registraram forte baixa; no fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 1,51%, a 436,34 pontos. O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, caiu 1,19%, a 6.950,20 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX cedeu 1,77%, a 15.113,56 pontos. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 teve baixa de 1,43%, a 6.262,55 pontos. Os papéis da ArcelorMittal tiveram baixa de 4,99% e os da Renault (PA:RENA), de 4,22%. Já o IBEX 35, da bolsa de Madri, fechou em queda de 1,23%, a 9.070,70 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 1,58%, a 24.486,69 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, fechou com perdas de 1,11%, aos 5.220,05 pontos.

Na quinta-feira 20.05.21 – As bolsas da Europa fecharam em alta, o índice Stox 600, que reúne as principais ações do continente, encerrou a sessão com ganho de 1,27%, a 441,90 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 1,00%, a 7.019,79 pontos. Já o CAC 40, de Paris, se valorizou 1,29%, a 6.343,58 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o DAX subiu 1,70%, a 15.370,26 pontos. O índice FTSE MIB, de Milão, terminou o pregão em alta de 0,88%, a 24.702,11 pontos. Nas praças ibéricas, o Ibex 35, de Madri, avançou 0,59%, a 9.124,30 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, ganhou 1,15%, a 5.280,14 pontos – o mercado português foi o único entre os citados que não fechou na máxima do dia.

Produção industrial da China desacelera em abril

O crescimento da produção, nas fábricas da China, desacelerou em abril e as vendas no varejo ficaram bem abaixo das expectativas, enquanto autoridades alertaram para novos problemas que afetam a recuperação na segunda maior economia do mundo.

Enquanto os exportadores da China estão vendo demanda forte, gargalos na cadeia global de oferta e aumento dos custos de matérias-primas pesaram sobre a produção, enfraquecendo a recuperação econômica das perdas do ano passado devido à Covid-19.

A produção industrial cresceu 9,8% em abril sobre o ano anterior, em linha com as previsões, mas abaixo do salto de 14,1% de março, mostraram, na segunda-feira (17), dados da Agência Nacional de Estatísticas.

As vendas no varejo, por sua vez, aumentaram 17,7%, bem abaixo da expectativa de alta de 24,9% e do ganho de 34,2% em março.

O porta-voz da agência Fu Linghui, disse que embora a economia da China tenha mostrado melhora constante em abril, novos problemas também estão surgindo, destacadamente o aumento nos preços internacionais das commodities.

“As bases para a recuperação econômica doméstica ainda não estão garantidas”, disse Fu em entrevista à imprensa. “Para as empresas como um todo, os aumentos de preços são propícios para a melhoria da eficiência corporativa, mas é preciso prestar atenção à pressão sobre as indústrias de distribuição”, completou ele.

A inflação aos produtores na China atingiu o ritmo mais forte desde outubro de 2017 em abril. Ela pode aumentar ainda mais nos segundo e terceiro trimestres, de acordo com relatório do banco central na semana passada.

As taxas mais lentas de crescimento dos indicadores de atividade em abril também se devem em parte aos efeitos de base depois de quedas muitos fortes vistas quando o coronavírus fechou grande parte do país no início de 2020.

No setor industrial, o crescimento da produção de veículos enfraqueceu para 6,8% de 69,8%, devido em parte ao efeito base e à escassez de semicondutores usados nos carros.

O crescimento das vendas de eletrodomésticos perdeu bastante força em abril, passando de um crescimento anual de 38,9% em março para 6,1%, mostraram os dados da agência.

China diz que vai prorrogar isenção de tarifas para algumas importações dos EUA

A China prorrogará a isenção de tarifas para 79 produtos importados dos Estados Unidos, que expirará no dia 18 de maio, informou o Ministério das Finanças em comunicado publicado, na segunda-feira (17).

Os produtos incluem minério de terras raras, minério de ouro e minério de prata e concentrados, de acordo com uma lista anexa.

A isenção será prorrogada até 25 de dezembro.

Os produtos receberam, originalmente, isenções de tarifas retaliatórias que a China impôs aos bens norte-americanos como medidas de combate à ação da Seção 301 dos EUA.

A China já havia prorrogado anteriormente isenções feitas durante rodadas de tarifas entre as duas maiores economias do mundo.

China proíbe bancos e empresas de pagamento de oferecerem serviços em criptomoedas

A China anunciou que proibiu que instituições financeiras e empresas de pagamentos ofereçam serviços que envolvam transações em criptomoedas. Em comunicado, órgãos governamentais ainda alertaram os investidores sobre perigos envolvendo transações em cripto. A informação é da Reuters Internacional.

Essa notícia foi recebida com pouca novidade pelos investidores. Na prática, a China já havia proibido exchanges de criptomoeda e ofertas iniciais de moeda (ICOs, na sigla em inglês). Entretanto, essa nova regra proíbe indivíduos de possuírem criptomoedas.

Apesar disso, a notícia pegou o preço do bitcoin em cheio. A principal criptomoeda do mercado derreteu em quase 30% na manhã do dia 18.

De acordo com o governo chinês, essas instituições financeiras não devem oferecer aos clientes nenhum serviço que envolva criptomoeda. Isso inclui registro, negociação, compensação e liquidação, como disseram três órgãos do setor em um comunicado conjunto, na terça-feira (18).

“Recentemente, os preços das criptomoedas dispararam e despencaram, e o comércio especulativo voltou, prejudicando seriamente a segurança da propriedade das pessoas e perturbando a ordem econômica e financeira normal”, diz o governo da China em comunicado.

Economia japonesa tem contração de 1,3% no 1º trimestre devido à pandemia

A economia do Japão sofreu uma contração de 1,3% no primeiro trimestre do ano, depois que o governo voltou a impor restrições às principais cidades para conter um novo surto de Coronavírus, de acordo com dados divulgados na terça-feira (18).

A queda veio depois que a terceira maior economia do mundo cresceu dois trimestres consecutivos, até dezembro, mas a expansão foi desacelerada por um aumento nas infecções de Covid-19.

O governo declarou estado de emergência em várias cidades em janeiro, instando as pessoas a ficarem em casa, o que afetou o consumo e o crescimento, apesar da relativa força do setor manufatureiro.

“O consumo pessoal foi atingido de maneira especialmente dura pelas medidas de emergência contra a Covid-19”, explicou Naoya Oshikubo economista da SuMi TRUST, em uma análise anterior à divulgação dos dados oficiais.

O especialista acrescentou que é esperada uma recuperação no investimento de capital privado, uma vez que a indústria manufatureira continua forte.

Em termos anualizados, a economia encolheu 5,1% no primeiro trimestre, mais do que a expectativa de contração de 4,6% e após salto de 11,6% no trimestre anterior.

Em 2020, o PIB do Japão tombou 4,8%.

Economistas alertam que o Japão possa encolher de novo no trimestre atual e voltar à recessão, já que o governo impôs este mês um terceiro estado de emergência em várias partes do país, incluindo nos motores econômicos de Tóquio e Osaka.

“A escassez global de chips provocou uma desaceleração nas exportações, pesando sobre os gastos de capital também”, disse Yoshimasa Maruyama, economista-chefe de mercado do SMBC Nikko Securities.

O cenário sofreu complicações devido ao processo de vacinação relativamente lento no Japão, informou Marcel Thieliant, economista para o Japão da Capital Economics.

“Com o agravamento da situação médica e a lenta aplicação de vacinas, vai demorar até o final do ano para que a economia volte ao nível pré-viral”, continuou Thieliant em nota.

O Japão sediará os Jogos Olímpicos de 23 de julho a 8 de agosto, embora a maioria da população se oponha à realização do evento esportivo devido à situação sanitária.

Mercado acionário da Ásia

Fechando a semana, na sexta-feira 14.05.21 – As bolsas asiáticas fecharam em alta expressiva. O índice acionário japonês Nikkei saltou 2,32% em Tóquio hoje, a 28.084,47 pontos, praticamente apagando o tombo da sessão anterior, enquanto o Hang Seng avançou 1,11% em Hong Kong, a 28.027,57 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 1% em Seul, a 3.153,32 pontos, e o Taiex registrou alta idêntica de 1% em Taiwan, a 15.827,09 pontos. Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 1,77%, a 3.490,38 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,80%, a 2.293,87 pontos. O S&P/ASX 200 apresentou ganho de 0,45% em Sydney, a 7.014,20 pontos.

Na segunda 17.05.21 – As ações da China fecharam em uma máxima em mais de dois meses. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,5%, a seu maior nível de fechamento desde 5 de março, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,8%, para uma máxima de encerramento desde 3 de março. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,92%, a 27.824 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,59%, a 28.194 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,78%, a 3.517 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,46%, a 5.184 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,60%, a 3.134 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,99%, a 15.353 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,81%, a 3.079 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,13%, a 7.023 pontos.

Na terça-feira 18.05.21 – As bolsas asiáticas fecharam em alta, O índice acionário japonês Nikkei subiu 2,09% em Tóquio hoje, a 28.406,84 pontos. Enquanto o Hang Seng avançou 1,42% em Hong Kong, a 28.593,81 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 1,23% em Seul, a 3.173,05 pontos, e o Taiex deu um salto de 5,16% em Taiwan, a 16.145,98 pontos, apagando parcialmente as fortes perdas que acumula desde o fim de abril em meio à disseminação do novo coronavírus na ilha. O Xangai Composto subiu 0,32%, a 3.529,01 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,17%, a 2.324,27 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com os ganhos liderados por ações de mineradoras e petrolíferas. O S&P/ASX 200 avançou 0,60% em Sydney, a 7.066,00 pontos.

Na quarta-feira 19.05.21 – As ações da China fecharam em baixa, O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,3%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,51%. O subíndice do setor de energia caiu 1,61%, enquanto o do setor imobiliário perdeu 1,65%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,28%, a 28.044 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,51%, a 3.510 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,30%, a 5.172 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI não teve operações. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,08%, a 16.132 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,22%, a 3.104 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,90%, a 6.931 pontos.

Na quinta-feira 20.05.21 – O mercado acionário da China terminou sem direção comum. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,27%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,11%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,19%, a 28.098 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,50%, a 28.450 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,11%, a 3.506 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,27%, a 5.186 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,34%, a 3.162 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,56%, a 16.042 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,18%, a 3.109 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,27%, a 7.019 pontos.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br | www.reuters.com | www.istoedinheiro.com.br | www.infomoney.com.br | www.uol.com.br | www.invest.exame.com | www.cnnbrasil.com.br | www.olhardigital.com.br | www.estadao.com.br | www.cnnbrasil.com.br | www.jornaleconomico.sapo.pt |

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21/05/2021