Cenário Econômico Internacional – 28/05/2021

Cenário Econômico Internacional – 28/05/2021

Cenário Econômico Internacional – 28/05/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

• Senador Bernie Sanders tenta bloquear a venda de armas dos EUA para Israel
• Bitcoin se recupera, sobe 14% e volta aos US$ 40 mil
• Ministro da China diz que país está aberto a investimentos do agronegócio brasileiro
• Biden e Putin se reunirão em 16 de junho, em meio a desentendimentos
• Blinken promete ajuda dos EUA para reconstruir Gaza e evitar volta de guerra
• Biden pede relatório sobre origem do novo Coronavírus em até 90 dias e pressiona a China
• China e EUA têm primeira aproximação após guerra comercial dos últimos anos

• Google abrirá sua primeira loja física fora da sede, em Nova York
• EUA propõem taxação mundial mínima de 15% para multinacionais
• Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm nova mínima desde o início da pandemia
• Socialista Castillo ganha vantagem sobre Fujimori antes da votação presidencial no Peru
• Bloqueio dos Estados Unidos custa a Cuba milhões de dólares por dia
• Guillermo Lasso toma posse como novo presidente do Equador
• Dono da Louis Vuitton Bernard Arnault passa Jeff Bezzos e se torna homem mais rico do mundo por algumas horas
• Costa Rica é o 38º país a entrar na OCDE, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo
• Confiança do consumidor dos EUA tem pouca alteração em maio
• Senado dos EUA discute apoio à indústria frente à China
• EUA dizem que vão continuar a pressão sobre a Venezuela até que haja ‘eleições livres’
• Jeff Bezos vai passar o bastão de presidente da Amazon para Andy Jassy em 5 de julho
• Economia do México cresce 0,8% no 1º trimestre
• Amazon anuncia compra do MGM Studios por US$ 8,45 bilhões
• Revisão confirma alta de 6,4% do PIB dos EUA no 1º trimestre
• Yellen diz que Orçamento proposto por Biden elevará dívida dos EUA, mas não inflação
• Mercado acionário
• Dólar

• Rússia expressa receio com implantação de tratado de controle de armas dos EUA
• PIB da Alemanha tem queda de 1,8% no 1º trimestre
• Irlanda é o primeiro país europeu a condenar a anexação das terras palestinas por Israel
• Mercado acionário europeu

• Japão: pandemia, queda do PIB e Olimpíadas derrubam aprovação de premiê
• China minera mais Bitcoin que qualquer outro lugar. Governo quer acabar com isto
• Minério de ferro despenca após alerta da China sobre preços
• Índice de ações da China tem melhor dia em 11 meses por alívio de temores de inflação
• Hong Kong aprova reforma de sistema eleitoral e consolida domínio da China sobre território
• Mercado acionário da Ásia

• Irã usa criptomoeda para minimizar impacto de sanções, revela estudo
• Irã diz à AIEA que vai renovar acordo de monitoramento nuclear por um mês
• Eleições na Síria: Assad deve ser eleito para quarto mandato em votação boicotada pela oposição

Senador Bernie Sanders tenta bloquear a venda de armas dos EUA para Israel

O senador Bernie Sanders, dos Estados Unidos, apresentou, na quinta-feira (20), uma resolução para tentar bloquear uma venda milionária de armas a Israel. É uma iniciativa semelhante a de legisladores da ala esquerda do Partido Democrata, mas com poucas chances de sucesso.
“Em um momento em que bombas fabricadas nos Estados Unidos estão devastando Gaza e matando mulheres e crianças, simplesmente não podemos permitir que outra grande venda de armas ocorra sem nem mesmo haver um debate no Congresso”, escreveu o senador.
Os Estados Unidos são o maior fornecedor de equipamento militar para Israel. O Congresso americano foi formalmente informado, em 5 de maio, de uma venda de armas ao ministério da Defesa israelense por um total de US$ 735 milhões (R$ 3,9 bilhões).
Sanders pode levar a resolução à votação mesmo sem o acordo do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer. Mas dificilmente o texto terá os 51 votos necessários para ser aprovado, já que muitos democratas não o apoiam.
Segundo as regras parlamentares, os legisladores teve até quinta-feira para apresentar uma resolução contra e aprová-la. Mas os defensores da resolução dizem que uma votação pode ser organizada mesmo depois dessa data.
Uma clara maioria de republicanos apoia Israel na guerra crescente contra o Hamas, que deixou pelo menos 242 mortos em dez dias, a maioria palestinos. Mas os democratas estão mais divididos, deixando o governo do presidente Joe Biden sob pressão da ala mais à esquerda de seu partido.
Na quarta-feira (19), parlamentares democratas, liderados pela deputada Alexandria Ocasio-Cortez e com o apoio de Rashida Tlaib, de origem palestina, apresentaram uma resolução semelhante à de Sanders na Câmara dos Deputados.
“Em um momento em que tantos, incluindo o presidente Biden, apoiam um cessar-fogo, não devemos enviar armas de ‘ataque direto’ ao primeiro-ministro (Benjamin) Netanyahu para prolongar a violência”, disse em um comunicado.
Apesar da maioria democrata na Câmara de Representantes, este texto também tem poucas chances de ser aprovado. Os dirigentes da bancada parlamentar ainda não marcaram data para a votação.
A vasta maioria dos judeus americanos dizem que votam no Partido Democrata, e o partido tradicionalmente apoia Israel, exceto por algumas vozes críticas. A conflagração entre Israel e os palestinos, no entanto, gerou mais críticas ao Estado judeu entre os democratas moderados.
Na quarta-feira (19), Biden pediu uma redução imediata dos ataques a Netanyahu.

Bitcoin se recupera, sobe 14% e volta aos US$ 40 mil

O Bitcoin teve recuperação considerável entre a quarta-feira (19) e a quinta-feira (20), e retornou ao patamar de US$ 40 mil. No intervalo, a cotação subia quase 14% por volta do meio-dia, chegando a US$ 41,7 mil.
A principal criptomoeda em circulação havia sofrido uma sequência de tombos até esta quarta-feira (19), caindo abaixo de US$ 40 mil pela primeira vez desde fevereiro. A mínima foi a US$ 34,9 mil, segundo a bolsa de criptomoedas Coindesk.
O Bitcoin tem enfrentado uma ‘montanha russa’ nos últimos dias, influenciada pelo bilionário Elon Musk. Na semana passada, um tuíte de Musk afirmando que ele iria suspender as vendas de carros da Tesla usando Bitcoin por conta dos impactos ambientais causados pela mineração de moedas digitais fez a cotação cair cerca de 12%.
Já a última segunda-feira (17), ele fez novo comentário na rede social, informando que “A Tesla não vendeu nenhum Bitcoin” – o que fez a cotação subir novamente. Musk tem impulsionado o mercado de criptomoedas com seu entusiasmo pela classe de ativos, mas ultimamente tem causado volatilidade, aparentando que cansou do Bitcoin em favor do Dogecoin.
A queda desta quarta (20), no entanto, vem após um alerta de várias federações bancárias chinesas sobre as criptomoedas, que elas não consideram “moedas verdadeiras”, alertando para o perigo da “especulação”, em um país que prepara a sua própria moeda digital.
A recuperação tem por base um novo posicionamento de investidores, de que o freio imposto pela China pode não afetar o avanço de adesão das criptomoedas no restante do mundo. Além disso, há o movimento de compra por quem acredita nas moedas como alternativa aos dados de inflação pelo mundo, que vieram acima das expectativas com a injeção recente de recursos na economia.

Ministro da China diz que país está aberto a investimentos do agronegócio brasileiro

A China e o Brasil vão trabalhar para alinhar projetos no setor agrícola e ampliar investimentos para impulsionar o comércio entre as duas nações, disse o ministro da Agricultura chinês Tang Renjian, durante evento sobre sustentabilidade, na quinta-feira (20).
“Atualmente, seis empresas chinesas investem no agronegócio brasileiro. Esperamos que elas possam contar com a atenção e o apoio dos brasileiros. Estamos abertos e damos apoio a investimentos brasileiros desse setor na China”, afirmou ele, conforme texto enviado pela organização do evento, no qual o ministro falou em mandarim.
A fala de Tang no evento online foi precedida pela da ministra da Agricultura brasileira Tereza Cristina, que também deu uma mensagem incentivando a cooperação, e antecedeu uma participação do presidente-executivo da BRF Lorival Luz, que disse ter interesse em expandir atuação localmente no seu principal mercado asiático.
Ainda segundo o ministro chinês, com confiança e suporte mútuos, os dois países vão “consolidar a cooperação multilateral” visando o desenvolvimento sustentável, que “depende de paz e estabilidade e de uma ordem internacional equitativa e justa”.
“O relacionamento sino-brasileiro já ultrapassou a esfera bilateral e ganhou a relevância internacional além de assumir uma influência global”, disse o representante da China, que recebe grande parte dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil, que vão de soja e carnes a açúcar, entre outros.
Em 2020, o comércio bilateral no agronegócio foi de 35,7 bilhões de dólares, com um aumento de 19,4%, citou o ministro, com impulso principalmente dos embarques brasileiros aos chineses.
Mas ele ressaltou que esse comércio deve ocorrer dentro de bases sustentáveis.
“Há enorme potencial a explorar na agricultura sustentável e muito trabalho a fazer. A parte chinesa está disposta a trabalhar com o lado brasileiro para unir forças na promoção da sustentabilidade agrícola e injetar um novo ímpeto para alcançar os objetivos da Agenda 2030 e trazer nossas contribuições positivas”, completou.
“Vamos aprofundar a reforma estrutural do lado da oferta agrícola promover o desenvolvimento verde da agricultura e abrir uma via de sustentabilidade agrícola com características chinesas.”
Segundo ele, o governo chinês dá grande atenção à sustentabilidade agrícola e coloca o desenvolvimento verde da agricultura em “posição de relevo na construção de civilização ecológica”.
Já a ministra Tereza Cristina afirmou que o Brasil construiu uma relação de confiança em alimentos com a China, seu principal parceiro comercial, e isso “não vai parar por aqui”.
Ela disse ainda que os países devem priorizar a redução de emissões globais, sobretudo dos combustíveis fósseis.

Biden e Putin se reunirão em 16 de junho, em meio a desentendimentos

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, e o presidente da Rússia Vladimir Putin, se encontrarão em Genebra no dia 16 de junho, disseram a Casa Branca e o Kremlin, na terça-feira (25), em meio a disputas acirradas sobre interferência eleitoral, ataques cibernéticos, direitos humanos e a Ucrânia.
Os dois países têm poucas expectativas de avanços na cúpula, já que nenhum deles está animado a fazer concessões a respeito de seus muitos desentendimentos, como a Reuters noticiou neste mês.
“O presidente dos Estados Unidos não teme se posicionar diante de nossos adversários e usar um momento de diplomacia para abordar temas com os quais se preocupa e buscar áreas de oportunidade para trabalhar junto em áreas nas quais temos um entendimento mútuo”, disse a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki, em um briefing.
Mais cedo, ela afirmou em um comunicado que os dois debaterão “toda a gama de questões prementes agora que buscamos restaurar a previsibilidade e a estabilidade do relacionamento EUA-Rússia”.
Já o Kremlin disse, em um comunicado, que os dois líderes debaterão os laços bilaterais, problemas relacionados à estabilidade nuclear estratégica e outras questões, como a cooperação na luta contra a Covid-19 e conflitos regionais.
A Casa Branca evita dizer que Biden busca um “reinício” das relações com Putin, um termo usado com frequência por ex-presidentes dos EUA ao tentarem melhorar as relações com Moscou. Autoridades norte-americanas veem o encontro como uma chance de distanciar o relacionamento do que veem como acenos bajuladores do ex-presidente Donald Trump a Putin.

Blinken promete ajuda dos EUA para reconstruir Gaza e evitar volta de guerra

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, prometeu, na terça-feira (25), em missão no Oriente Médio, que os EUA irão angariar apoio para reconstruir Gaza como parte dos esforços para assegurar um cessar-fogo entre o grupo militante islâmico Hamas e Israel.
Mas Blinken deixou claro que os Estados Unidos pretendem impedir que o Hamas, que consideram uma organização terrorista, se beneficie da ajuda humanitária – uma tarefa potencialmente difícil em um enclave sobre o qual o grupo exerce grande controle.
Blinken iniciou sua visita regional em Jerusalém, onde conversou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Falando aos repórteres ao lado do principal diplomata dos EUA, o líder israelense ameaçou “uma reação muito poderosa” se o Hamas retomar os ataques com foguetes através da fronteira.
A trégua, mediada pelo Egito e coordenada com os EUA, começou na sexta-feira (21), após 11 dias dos piores combates entre os militantes palestinos e Israel em anos. Agora em seu quinto dia, ela está sendo mantida.
“Sabemos que, para evitar a volta da violência, temos que usar o espaço criado para abordar uma série mais ampla de questões e desafios subjacentes”, disse Blinken.
“E isso começa se enfrentando a situação humanitária grave em Gaza e começando a reconstruir”.
Os EUA, disse ele, trabalharão para angariar apoio internacional para este esforço e farão suas próprias “contribuições significativas”, a serem anunciadas na terça-feira (25).

Biden pede relatório sobre origem do novo Coronavírus em até 90 dias e pressiona a China

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, pediu, na quarta-feira (26), que agentes de inteligência do país entreguem, em até 90 dias, um relatório sobre a origem do SARS-CoV-2, o novo Coronavírus causador da Covid-19.
Em nota, o presidente disse que os investigadores deverão levantar questões à China — país onde os primeiros casos da doença foram relatados no fim de 2019. Além disso, Biden reconheceu que a possibilidade de o vírus ter infectado seres humanos após um “acidente de laboratório” está em análise, junto com a hipótese de um “salto” do Coronavírus de animais para o homem.
No fim de semana, uma reportagem do jornal “The Wall Street Journal” com base em relatórios americanos mostrou que três funcionários do Instituto de Virologia de Wuhan procuraram atendimento médico apenas semanas antes do começo do surto na cidade chinesa, o primeiro epicentro da pandemia. Não há, no entanto, nenhuma prova de que esses pacientes estavam com Covid-19.
Acidentes de laboratório não significam que o vírus tenha sido sintetizado artificial ou propositalmente, e sim que ele tenha escapado das barreiras de proteção dentro de um local que estuda patógenos que infectam outros seres vivos.
Os primeiros casos confirmados do novo Coronavírus, ainda na virada de 2019 para 2020, eram relacionados a um mercado de animais selvagens na cidade chinesa de Wuhan, de onde também acredita-se que o patógeno pode ter começado a infectar seres humanos.

China e EUA têm primeira aproximação após guerra comercial dos últimos anos

Autoridades comerciais chinesas e americanas tiveram a primeira conversa telefônica desde que Joe Biden se tornou presidente dos Estados Unidos, anunciou, na quinta-feira (27), o ministério do Comércio da China.
As relações entre Pequim e Washington se deterioraram durante a presidência de Donald Trump, marcada por um conflito comercial entre as duas grandes potências mundiais.
O vice-primeiro-ministro chinês Liu He, conversou com Katherine Tai, Representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR), em uma “troca construtiva” e em uma “atitude de igualdade e respeito mútuo”, de acordo com um comunicado divulgado pelo ministério.
“A embaixadora Tai falou sobre os princípios que orientam a administração Biden-Harris, com foco nas políticas comerciais (…) ao mesmo tempo que mencionou as questões que preocupam”, afirma, em um comunicado curto, o escritório da representante americana do Comércio.
Washington confirmou uma “reunião virtual” e uma conversa “sincera e pragmática”.
Este foi o primeiro contato entre Tai, designada para o posto em março, e Liu He, principal conselheiro econômico do presidente Xi Jinping e negociador chefe na guerra comercial.
Os dois países assinaram um acordo em janeiro de 2020, com o objetivo de encerrar dois anos de guerra comercial, que continha dispositivos sobre a proteção da propriedade intelectual e as condições de transferência de tecnologia, grandes exigências dos Estados Unidos. O acordo prevê ainda que as duas partes devem ter encontros de etapa a cada seis meses.
Mas o novo governo Biden anunciou em abril que faria um balanço das promessas cumpridas pela China no âmbito do acordo. A “capacidade” da China de cumprir seus compromissos com os Estados Unidos é uma “prioridade”, disse Katherine Tai.
Com o acordo comercial, a China se comprometeu a aumentar em pelo menos US$ 200 bilhões em 2020 e 2021 as compras de produtos e serviços americanos para tentar reduzir o desequilíbrio da balança comercial, muito favorável ao gigante asiático.
Mas no fim do primeiro trimestre de 2021, Pequim havia cumprido apenas entre 61% e 75% das compras previstas, de acordo com um estudo de Chad Brown, pesquisador do Peterson Institute for International Economics (PIIE), que utilizou dados do comércio internacional publicados pelos dois países.
O acordo comercial denominado “fase 1” manteve as tarifas dos Estados Unidos de 25% sobre uma gama de produtos chineses e componentes industriais que representavam 250 bilhões de dólares, assim como as medidas de retaliação chinesas de mais de 100 bilhões de dólares sobre as importações procedentes dos Estados Unidos.
O governo dos Estados Unidos afirmou em março que não está disposto a retirar as tarifas, mas se declarou disposto a negociar com a China.
As tarifas foram adotadas para “remediar uma situação comercial desequilibrada e injusta”, declarou Katherine Tai, antes de acrescentar que a suspensão das taxas poderia ter consequências negativas na economia americana.

Google abrirá sua primeira loja física fora da sede, em Nova York

O Google informou, na quinta-feira (20), que abrirá sua primeira loja física fora de sua sede em Mountain View, na Califórnia. A empresa anunciou que o novo espaço será inaugurado na cidade de Nova York durante o verão do hemisfério Norte, que ocorre entre junho e setembro.
A loja ficará no bairro de Chelsea, próximo ao campus do Google, onde trabalham mais de 11 mil funcionários. No novo estabelecimento, os clientes poderão conhecer e testar os produtos da empresa.
Entre eles, estão os celulares da linha Pixel, os notebooks Pixelbooks, as pulseiras inteligentes da Fitbit e os dispositivos domésticos da Nest.
A companhia afirmou que os clientes poderão comprar produtos na loja ou retirar encomendas feitas pela internet. Além disso, o local oferecerá atendimento para clientes que têm dúvidas sobre como usar os produtos ou que precisam consertá-los.
O Google já conta com uma loja física em sua sede na Califórnia. O local era usado para vender dispositivos e outros acessórios, mas está temporariamente fechado.
O plano de ampliar sua rede de lojas físicas aproxima o Google de um formato usado pela Apple. A dona do iPhone abriu suas primeiras lojas físicas em 2001 e, hoje, conta com centenas de unidades que contribuem para seu faturamento.

EUA propõem taxação mundial mínima de 15% para multinacionais

O governo do presidente dos Estados Unidos Joe Biden, propôs a seus parceiros da OCDE uma taxa de “pelo menos” 15% sobre a receita corporativa das multinacionais em todo o mundo, disse o Departamento do Tesouro americano em um comunicado na quinta-feira (20).
O número é inferior aos 21% que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esperava alcançar. A nota destaca que 15% é “um piso” e que as negociações continuarão visando ser “ambiciosas” e “aumentar essa taxa”.
Washington promoveu negociações na OCDE para a implementação de impostos sobre lucros de multinacionais que sejam uniformizados entre diferentes países.
A OCDE espera um acordo global de princípio para o G20 sobre Finanças, em 9 e 10 de julho, para depois concretizar o mecanismo em uma reunião final em outubro.
A título de referência, a Irlanda tem uma taxa de 12,5%, enquanto a França, a Alemanha e o Parlamento Europeu são a favor de 21%.
O objetivo desses países é aumentar a contribuição dos gigantes da tecnologia para os cofres públicos. Eles apontam que essas companhias escapam ao pagamento de impostos devido às diferenças tributárias entre os países.

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm nova mínima desde o início da pandemia

Os novos pedidos de auxílio-desemprego voltaram a cair nos Estados Unidos na semana passada – e atingiram um novo patamar mínimo desde o início da pandemia, segundo dados divulgados na quinta-feira (20), pelo Departamento do Trabalho local.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 444 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 15 de maio, contra 478 mil na semana anterior.
Embora quase 10 milhões de pessoas estejam oficialmente desempregadas, as empresas têm tido dificuldades em encontrar mão de obra. As dispensas estão em mínimas recordes.
Benefícios generosos aos desempregados, temores de pegar Covid-19, pais que ficam em casa para cuidar das crianças e falta de matéria-prima, bem como aposentadorias relacionadas à pandemia e mudanças de carreira, são motivos que têm sido atribuídos a essa disparidade.

Socialista Castillo ganha vantagem sobre Fujimori antes da votação presidencial no Peru

O candidato socialista Pedro Castillo continuou a recuperar terreno entre os eleitores, mostrou uma pesquisa no domingo (23), ampliando sua vantagem sobre a conservadora Keiko Fujimori duas semanas antes do segundo turno da eleição presidencial do Peru.
Castillo, um professor do ensino fundamental que quer implantar novos impostos e royalties no setor de mineração, obteve 44,8% de apoio na pesquisa do Instituto de Estudos do Peru (IEP), enquanto Fujimori, uma conservadora pró-mercado, arrecadou 34,4%.
A pesquisa com 1.208 pessoas foi realizada para o jornal La Republica do Peru nos dias 20 e 21 de maio e tem uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais.
Castillo ganhou terreno significativo desde a mesma pesquisa do IEP em meados de maio, na qual obteve 36,5% dos eleitores pretendidos e Fujimori 29,6%.
No sábado (22), manifestantes marcharam em Lima e em outras grandes cidades peruanas carregando faixas e gritando o slogan “Fujimori nunca mais”. O pai de Fujimori, o ex-presidente Alberto Fujimori, está na prisão por acusações de corrupção.
Castillo, que disputa o segundo turno com Fujimori após uma vitória inesperada no primeiro turno, tem forte apoio entre as comunidades rurais do interior do Peru, em grande parte pobres. Os observadores de mercado, no entanto, veem sua candidatura como uma ameaça potencial à indústria do segundo produtor mundial de cobre.
A pesquisa de domingo também indicou que 13% pretendem votar em branco ou anular seu voto na votação de 6 de junho, enquanto 5,1% ainda estão indecisos.

Bloqueio dos Estados Unidos custa a Cuba milhões de dólares por dia

O chanceler cubano Bruno Rodríguez denunciou, no dia 23, os efeitos do bloqueio dos Estados Unidos contra seu país, a um custo de 12 a 15 milhões de dólares por dia.
Por meio de sua conta oficial no Twitter, o chanceler disse que os prejuízos com a agressão de Washington nos últimos cinco anos causaram prejuízos de 17 bilhões de dólares.
A política prejudica todas as esferas da economia e é o maior obstáculo para enfrentar a pandemia Covid-19 no país caribenho, afirmou o chefe da diplomacia cubana.
O decreto 3447, assinado em 3 de fevereiro de 1962 pelo então presidente John F. Kennedy, formalizou a imposição do que se considera uma violação dos direitos humanos e o principal entrave ao desenvolvimento de Cuba.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, os prejuízos acumulados em seis décadas superam 144,4 bilhões de dólares e, entre abril de 2019 e março de 2020, a ação norte-americana causou prejuízos da ordem de 5,5 bilhões de dólares, número recorde para um ano.
As autoridades da ilha denunciaram a intensificação da hostilidade em meio a Covid-19, pois o bloqueio impossibilitou Cuba de adquirir suprimentos médicos, fármacos e tecnologias necessárias para enfrentar a crise de saúde.
Há uma rejeição mundial a essa política, expressa nos 28 votos consecutivos que quase unanimemente pediram sua eliminação na Assembleia Geral das Nações Unidas.

Guillermo Lasso toma posse como novo presidente do Equador

O novo presidente do Equador Guillermo Lasso, tomou posse na segunda-feira (24) em Quito. De centro-direita, o ex-banqueiro se elegeu em abril após derrotar Andrés Arauz, figura próxima ao ex-presidente Rafael Correa, no segundo turno das eleições. O mandato termina em 2025.
A cerimônia de posse teve a presença do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. O rei da Espanha, Felipe VI, também participou.
Lasso se une a Lacalle Pou do Uruguai, como os dois representantes da centro-direita que tiveram sucesso eleitoral na América do Sul nos dois últimos anos, quando o continente viu um ressurgimento da esquerda e da centro-esquerda. Alberto Fernández (Argentina), Luis Arce (Bolívia), e o recente plebiscito constitucional no Chile representam essa nova guinada sul-americana. No Peru, Keiko Fujimori, populista de direita; e Pedro Castillo, de esquerda radical, disputam o 2º turno.
Em discurso logo depois da posse, Lasso criticou a corrupção e herança que recebeu de governos anteriores. “Um país com desigualdades lacerantes entre o mundo rural e o urbano; um país que falhou com sua juventude na educação e na criação de oportunidades, que mantém no mais humilhante esquecimento seus apostados. Onde ser mulher não é só um fator de desvantagem, mas de perigo existencial”, disse.
“Por que temos uma terra tão rica, mas com cidadãos tão pobres?”, indagou o novo presidente.
Lasso também atacou o autoritarismo e o que chamou de “tentação autoritária”. Ele não citou nomes, mas disse que o Equador passou por “mais de dez anos de autoritarismo”. “Os equatorianos assimilaram a maior lição democrática: não há democracia sem participação”, disse.

Dono da Louis Vuitton Bernard Arnault passa Jeff Bezzos e se torna homem mais rico do mundo por algumas horas

O bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon, perdeu temporariamente o posto de pessoa mais rica do mundo na manhã de segunda-feira (24) para Bernard Arnault, diretor-executivo do grupo LVMH (Louis Vuitton Moët Hennessy), dono das marcas Louis Vuitton e Dior. Com isso, Bezos ocupou – por algumas horas – a 2ª posição no ranking da revista Forbes.
No início da tarde de segunda, o fundador da Amazon já estava de volta ao topo do ranking da Forbes.
Pela manhã, o magnata francês Arnault alcançou um patrimônio líquido estimado em US$ 186,3 bilhões — US$ 300 milhões acima de Jeff Bezos, que reportava uma fortuna calculada em US$ 186 bilhões.
Elon Musk, dono da Tesla e terceiro colocado no ranking, por sua vez, aparecia com um patrimônio de US$ 147,3 bilhões. O empresário viu seu patrimônio cair na semana passada, após as ações da Tesla terem registrado queda superior a 2%.

Costa Rica é o 38º país a entrar na OCDE, grupo das nações mais desenvolvidas do mundo

A Costa Rica se tornou o 38º país a fazer parte da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o grupo das nações mais desenvolvidas do mundo, na terça-feira (25).
Com a adesão formal da Costa Rica, a América Latina passa a ter quatro países na organização (México, Chile e Colômbia já fazem parte).
A entrada na organização é uma ambição do governo brasileiro desde o governo Michel Temer. O pedido foi feito formalmente em maio de 2017 e continua sendo uma meta do governo Bolsonaro.

Confiança do consumidor dos EUA tem pouca alteração em maio

A confiança do consumidor dos Estados Unidos pouco mudou em maio, com o otimismo de curto prazo dos consumidores perdendo força devido às expectativas de desaceleração do crescimento e piora das condições do mercado de trabalho nos próximos meses.
O Conference Board informou, na terça-feira (25), que seu índice de confiança do consumidor caiu para 117,2 neste mês, após leitura de 117,5 em abril. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 119,2 em maio.
Também na terça, dados mostraram que as vendas de novas residências unifamiliares nos Estados Unidos caíram em abril, uma vez que os preços dispararam em meio a uma oferta restrita de casas, o que ameaça desacelerar o ímpeto do mercado imobiliário.
As vendas de novas moradias caíram 5,9% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 863 mil unidades. O ritmo de vendas de março foi revisado para baixo, para 917 mil unidades, ante 1,021 milhão relatadas anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de novas moradias, que representam uma pequena parcela das vendas de casas nos EUA, ficariam em 970 mil unidades em abril.

Senado dos EUA discute apoio à indústria frente à China

O Senado dos Estados Unidos poderia aprovar esta semana um plano para acelerar a produção local de semicondutores diante da escassez mundial destes componentes e apoiar a indústria americana na guerra comercial com a China.
“Não vejo por que este projeto de lei não seria aprovado esta semana. É a minha intenção”, declarou na quarta-feira (26), no Senado o chefe da maioria democrata, Chuck Schumer.
Esta legislação prevê 52 bilhões de dólares em cinco anos para impulsionar a produção de semicondutores nos Estados Unidos e para impulsionar pesquisa e desenvolvimento neste setor.
Também inclui 1,5 bilhão de dólares para desenvolvimento de tecnologia 5G, um dos principais temas de controvérsia entre China e Estados Unidos.
Após ser aprovado no Senado, o texto deverá seguir para a Câmara dos Representantes.
A iniciativa tem o apoio da situação democrata e da oposição republicana.
A escassez mundial de semicondutores, fabricados sobretudo na Ásia afeta muitas indústrias há meses, em particular no setor automotivo.

EUA dizem que vão continuar a pressão sobre a Venezuela até que haja ‘eleições livres’

Os Estados Unidos apoiam uma solução negociada para a crise política na Venezuela, mas manterão a pressão sobre o governo de Nicolás Maduro até que haja eleições livres e justas no país, disse, na quarta-feira (26), o principal assessor do presidente Joe Biden para a América Latina.
Juan González, diretor para o Hemisfério Ocidental do Conselho de Segurança Nacional de Biden, enfatizou que Washington não deixará de exercer pressão sobre Caracas até que eleições transparentes sejam realizadas.
“Vamos continuar trabalhando com a comunidade internacional para pressionar o regime a tomar medidas concretas para eleições livres e justas”, afirmou González durante uma teleconferência com jornalistas.
González reiterou que Biden não reconhece a autoridade de Maduro por considerar sua reeleição em 2018 ilegítima e vê o líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, devido ao seu status de líder da Assembleia Nacional “eleita democraticamente” em 2015.
“Vemos um processo negociado que leva a eleições livres e justas como o caminho a seguir”, enfatizou González, afirmando que as negociações têm de ser “sérias”, “concretas”, “irreversíveis” e “com prazo limitado”.
Ele ressaltou que, caso estas negociações fracassem, os Estados Unidos manterão sua política de pressão na Venezuela.
“Estamos trabalhando ativamente para ampliar o consenso internacional em favor da democracia no país”, disse González.
O assessor de Biden afirmou não poder falar em “conversas específicas” entre Maduro e a oposição a respeito da negociação.
Ainda no governo Donald Trump, em janeiro de 2019, os EUA foram o primeiro país a reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, acompanhado pelo Brasil e por um grupo de países sul-americanos.

Jeff Bezos vai passar o bastão de presidente da Amazon para Andy Jassy em 5 de julho

O fundador da Amazon Jeff Bezos anunciou, na quarta-feira (26), que irá deixar o cargo de presidente-executivo da companhia no próximo dia 5 de julho.
A troca na liderança havia sido anunciada em fevereiro, mas ainda não havia uma data marcada para a transição.
Ele passará o bastão para Andy Jassy, que atualmente comanda a Amazon Web Services (AWS), o importante braço de serviços de armazenamento e processamento de dados da empresa.
“Escolhemos essa data porque é sentimental para mim”, disse Bezos durante uma reunião com acionistas. Ele explicou que 5 de julho marca o aniversário de 27 anos da companhia, criada em 1994.
Jeff Bezos continuará na Amazon, mas ocupará o cargo de presidente-executivo do conselho.
O bilionário disse que, assim, terá mais tempo e energia para focar no jornal “Washington Post”, do qual também é dono desde 2013, na Blue Origin, sua empresa aeroespacial, e em suas entidades filantrópicas Day One Fund e Earth Fund.
O posto de Jassy na AWS será assumido por Adam Selipsky, que esteve à frente do setor de vendas, marketing e suporte do serviço de hospedagem por 11 anos. Em 2016, ele assumiu a presidência-executiva do Tableau, um software de visualização de dados.

Economia do México cresce 0,8% no 1º trimestre

A economia do México cresceu mais rápido que o estimado anteriormente durante o primeiro trimestre, à medida que o país se recupera lentamente da sua contração econômica mais acentuada desde a década de 1930, mostraram dados oficiais na quarta-feira (26).
A agência nacional de estatísticas do México, Inegi, informou que a economia cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2021 em comparação com os três meses anteriores, revisando para cima sua estimativa de 30 de abril de que o Produto Interno Bruto (PIB) havia crescido 0,4%.
A economia da segunda maior economia da América Latina despencou 8,3% durante todo o ano de 2020, segundo a Inegi, devido às restrições provocadas pela pandemia do Coronavírus. O número representa o maior declínio em aproximadamente nove décadas.
Enquanto isso, em março, a economia do México cresceu 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos mensais, a economia cresceu 2,6% em relação ao mês anterior, disse a agência.

Amazon anuncia compra do MGM Studios por US$ 8,45 bilhões

A Amazon anunciou, na quarta-feira (26), a compra do MGM Studios por US$ 8,45 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões). Esta é a segunda maior aquisição na história da Amazon, ficando atrás apenas na compra da Whole Foods, em 2017, por US$ 13,7 bilhões.

As duas partes “concluíram um acordo de fusão definitiva com base no qual a Amazon vai adquirir a MGM por um preço de compra de US$ 8,45 bilhões”, anunciou a empresa.

Em comunicado, a Amazon afirmou que espera alavancar a história cinematográfica da MGM e seu amplo catálogo de cerca de 4 mil filmes e 17 mil programas de TV, ajudando a reforçar a divisão de filmes e TV da Amazon Studios.

Em dezembro de 2020, o estúdio de cinema responsável pela franquia “James Bond” anunciou que estava analisando sua venda. Na época, uma fonte da empresa informou que a MGM tinha um valor de mercado de cerca de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões), com base em ações negociadas de forma privada e incluindo dívidas.

Há uma semana, outra fusão de gigantes do entretenimento foi assinada. O grupo americano de telecomunicações AT&T anunciou a fusão de sua filial WarnerMedia, proprietária da CNN e HBO, com o grupo Discovery.

Quando o acordo for concretizado, a AT&T receberá US$ 43 bilhões, e seus acionistas terão 71% da nova empresa, enquanto os acionistas do grupo Discovery terão 29%. Em um comunicado conjunto, a fusão foi descrita como a criação de “um dos maiores players globais do streaming”.

Revisão confirma alta de 6,4% do PIB dos EUA no 1º trimestre

A economia dos Estados Unidos cresceu 6,4% no primeiro trimestre de 2021, em dados anualizados. A alta foi confirmada em revisão dos dados divulgada, na quinta-feira (27), pelo escritório oficial de estatísticas (BEA) do Departamento de Comércio do país. O dado ainda passará por uma segunda revisão.

A alta foi superior à registrada no trimestre anterior, de 4,3%.

“A alta no PIB no primeiro trimestre reflete a continuação da recuperação econômica, a reabertura dos estabelecimentos e a resposta contínua do governo relacionada à pandemia da Covid-19”, diz o Departamento do Comércio em nota.

A alta no PIB reflete melhoras no gastos com consumo pessoal, investimento fixo não residencial, gastos do governo, investimentos fixos residenciais e gastos dos governos estaduais e locais, que foram parcialmente compensados por quedas nos investimentos e exportações privados. As importações, que têm impacto negativo no PIB, cresceram.

Os EUA utilizam uma metodologia diferente da feita pela maioria dos países para a divulgação do PIB trimestral. No Brasil, por exemplo, o IBGE divulga o crescimento trimestral em relação ao trimestre imediatamente anterior e em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a taxa anualizada significa a variação do PIB se esse percentual de crescimento ou queda fosse mantida por um ano inteiro.

Yellen diz que Orçamento proposto por Biden elevará dívida dos EUA, mas não inflação

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos Janet Yellen disse, na quinta-feira (27), que o plano de Orçamento fiscal do presidente Joe Biden para 2022 aumentará a dívida dos EUA para mais de 100% do PIB, mas não contribuirá para pressões inflacionárias, vistas por ela como temporárias.

Yellen disse em audiência do subcomitê de apropriações da Câmara dos Deputados dos EUA que a Casa Branca e o Tesouro estão monitorando a inflação de perto, mas que ainda há ociosidade que permite à economia absorver o aumento de gastos.

“A inflação recente que vimos será temporária, não é algo endêmico”, disse Yellen, respondendo a inúmeras perguntas de parlamentares republicanos acerca de pressões inflacionárias.

Ela observou que os gargalos no fornecimento e a escassez de materiais básicos estão ajudando a impulsionar os dados de inflação, junto à comparação das leituras correntes dos índices de preços com as de um ano atrás, que ficaram muito baixas durante os meses iniciais da pandemia.

“Espero que (a inflação) dure mais vários meses e vejamos altas taxas anuais de inflação até o final deste ano.”

Yellen disse que o plano de Orçamento fiscal de Biden para 2022, a ser apresentado na sexta-feira (28), aumentará na próxima década a relação dívida federal/PIB dos EUA acima de seu nível atual de cerca de 100% -número impulsionado pelos gastos para alívio da pandemia.

Yellen minimizou a importância desse aumento.

O plano orçamentário deve incluir trilhões de dólares em gastos com infraestrutura, creches e outras obras públicas, incorporando propostas anteriores de Biden para despesas e tributos.

A capacidade do governo federal de pagar os juros da dívida é uma medida mais importante, disse Yellen, acrescentando que o custo real do serviço da dívida atualmente é negativo porque os rendimentos de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano (+1,6%) estão abaixo de uma taxa de inflação de cerca de 2%.

“Teremos um período temporário de gastos também, e alguns desses aumentos – para além da janela orçamentária – resultarão em déficits menores e mais receita tributária para apoiar esses gastos. Acredito que seja um programa fiscalmente responsável”, disse Yellen.

Investimentos aumentariam a capacidade de oferta da economia e permitiriam um crescimento mais rápido nos próximos anos sem inflação, acrescentou.

Entre as propostas que para Yellen aumentarão as receitas dos EUA está um reforço no orçamento do Internal Revenue Service (IRS, a receita federal norte-americana) para reprimir a evasão fiscal por indivíduos ricos.

Yellen disse que o projeto de Orçamento do Tesouro incluiria 13,2 bilhões de dólares em dotações discricionárias para o IRS – aumento de cerca de 1,3 bilhão de dólares em relação aos valores aprovados para 2021.

O orçamento do IRS incluiria um adicional de 417 milhões de dólares como parte de um programa plurianual para impulsionar o pagamento de impostos e renovar a arquitetura de tecnologia de informação do IRS, como parte do projeto de lei proposto por Biden para aumentar o apoio às famílias norte-americanas.

Mercado acionário

Fechando a semana, na sexta-feira 21.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único. O índice Dow Jones avançou 0,36%, em 34.207,84 pontos, o S&P 500 caiu 0,08%, a 4.155,86 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,48%, a 13.470,99 pontos. Na comparação semanal, os dois primeiros caíram 0,51%, 0,43%, respectivamente, e o terceiro subiu 0,30%.

Na segunda 24.05.21 – Ações de Nova York encerram em alta,o Dow Jones subiu 0,54%, para 34.393,98 pontos. O S&P 500 avançou 0,99%, a 4.197,05 pontos. Enquanto o Nasdaq Composite teve alta de 1,41%, para 13.661,17 pontos.

Na terça-feira 25.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam em queda. O índice Dow Jones recuou 0,24%, em 34.312,46 pontos, o S&P 500 caiu 0,21%, a 4.188,13 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,03%, a 13.657,17 pontos.

Na quarta-feira 26.05.21 – As bolsas de Nova York fecharam em alta. O índice Dow Jones avançou 0,03%, em 34.323,05 pontos, o S&P 500 subiu 0,19%, a 4.195,99 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,59%, a 13.738,00 pontos.

Na quinta-feira 27.05.21 – As bolsas de Nova York fecham sem direção única.  O índice Dow Jones avançou 0,41%, em 34.464,64 pontos, o S&P 500 subiu 0,12%, a 4.200,88 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,01%, a 13.736,28 pontos.

Dólar

Fechando a semana, na sexta-feira 21.05.21 – O dólar fechou em alta de 1,44%, a R$ 5,3527, acumulando avanço semanal de 1,56%. No mês, a queda é de 1,97%. No ano, porém, a alta ainda é de 2,64%.

Na segunda 24.05.21 – O dólar fechou em queda de 0,54%, a R$ 5,3240. No mês, a queda é de 1,73%. No ano, porém, a alta ainda é de 2,89%.

Na terça-feira 25.05.21 – O dólar fechou em alta de 0,25%, a R$ 5,3371. No mês, ainda há queda de 2,18%. No ano, o avanço é de 2,42%.

Na quarta-feira 26.05.21 – O dólar fechou em queda de 0,46%, a R$ 5,3128. No mês, ainda há queda de 2,18%. No ano, o avanço é de 2,42%.

Na quinta-feira 27.05.21 – A moeda americana chegou a bater na máxima de R$ 5,31 pela manhã, mas engatou queda com operadores reportando fluxo externo e acabou fechando em queda de 1,09%, a R$ 5,2553.

Rússia expressa receio com implantação de tratado de controle de armas dos EUA

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia expressou, na segunda-feira (24), receios a respeito da implantação norte-americana do novo tratado de controle de armas nucleares Start e disse que o número de lançadores e bombardeiros dos Estados Unidos ultrapassa o limite combinado.

Rússia e EUA renovaram em fevereiro o Novo Start, um fundamento do controle de armas global que limita os números de ogivas nucleares estratégicas, mísseis e bombardeiros que Moscou e Washington podem mobilizar.

Os comentários da chancelaria russa coincidem com um ímpeto para organizar uma cúpula entre os presidentes russo Vladimir Putin, e norte-americano Joe Biden, no mês que vem, apesar da tensão nas relações entre os dois países. A Rússia disse, na manhã da segunda-feira (24), que está elaborando propostas para a possível pauta da reunião.

Em um comunicado, a chancelaria disse que 56 lançadores e 41 bombardeiros pesados dos EUA foram retirados do arsenal declarado de Washington e que Moscou não conseguiu confirmar se eles não têm mais capacidades nucleares, acrescentando que quatro silos de mísseis subterrâneos também foram retirados da conta.

“Sendo assim, a cifra permitida… pelo tratado é excedida pelos Estados Unidos em 101”, disse.

Os EUA dizem que estão respeitando fielmente o tratado e defendem seus procedimentos de conversão para tornar lançadores e bombardeiros pesados incapazes de usar armas nucleares e retirá-los do tratado.

PIB da Alemanha tem queda de 1,8% no 1º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão caiu 1,8% no primeiro trimestre de 2021, um recuo mais baixo do que o esperado, devido à redução do consumo das famílias em um contexto de restrições sanitárias significativas pela pandemia.

Segundo dados divulgados, na terça-feira (25), pelo escritório de estatísticas alemão, após dois trimestres em alta, o PIB voltou a retroceder de janeiro a março e está “5% abaixo de seu nível antes da crise” deflagrada pela pandemia.

Inicialmente, o escritório de estatísticas previu que o PIB cairia 1,7% no primeiro trimestre.

Em termos interanuais, o PIB recuou 3,1%.

O resultado foi significativamente mais fraco do que a média da Zona do Euro. O dado trimestral do PIB da Alemanha se compara com uma média da Zona do Euro em queda de 0,6%. Na França houve crescimento de 0,4%, enquanto a economia dos Estados Unidos – cujo programa de vacinação tem avançado mais rapidamente – cresceu 1,6%.

A retração se deve, principalmente, à forte queda do consumo das famílias, 5,4% menos que no trimestre anterior, enquanto os gastos da administração pública aumentaram 0,2%.

As exportações aumentaram 1,8% em um trimestre, muito menos rapidamente do que as importações, que avançaram 3,8%.

Os investimentos no setor da construção subiram 1,1%, embora os bens de capital tenham caído ligeiramente, 0,2% em um mês.

Irlanda é o primeiro país europeu a condenar a anexação das terras palestinas por Israel

O governo irlandês apoiou, na terça-feira (25), uma proposta parlamentar condenando a “anexação” de terras palestinas pelas autoridades de ocupação israelenses, e disse ser o primeiro governo da União Europeia a usar esse termo em relação a Israel.

O ministro das Relações Exteriores da Irlanda Simon Coveney, que representou a Irlanda no Conselho de Segurança da ONU em discussões sobre Israel nas últimas semanas, endossou a proposta e denunciou o que descreveu como o tratamento claramente injusto de Israel ao povo palestino.

Coveney confirmou o apoio à iniciativa do Parlamento, dizendo: “O tamanho e a frequência da expansão dos assentamentos, sua natureza estratégica e a intenção por trás disso chegaram a um ponto em que precisamos ser honestos sobre o que realmente está acontecendo no terreno, é uma anexação real “. Ele disse também: “isto não é algo que eu diga nem na minha opinião, nem na opinião deste Conselho, somos o primeiro país da União Europeia a fazê-lo, mas reflete a grande preocupação que temos com a intenção das medidas (de Israel) e, claro, o seu impacto”.

A maioria dos países considera que os assentamentos que Israel constrói nas terras que ocupou na guerra do Oriente Médio de 1967 são ilegais e constituem um obstáculo para a paz com os palestinos, enquanto os Estados Unidos e Israel rejeitam essa proposta, sabendo que cerca de 450 mil colonos israelenses vivem na Cisjordânia ocupada, entre três milhões de palestinos.

A proposta do governo veio dias após o cessar-fogo que encerrou 11 dias de agressão israelense a Gaza e gerou grandes protestos pró-palestinos em Dublin.

Juntamente com a condenação, vários deputados apresentaram ao parlamento a proposta apresentada de expulsar o embaixador israelense da Irlanda, tendo como pano de fundo os crimes de guerra de Israel durante a recente escalada de violência contra os palestinos.

Mercado acionário europeu

Fechando a semana, na sexta-feira 21.05.21 – A maioria das bolsas da Europa fechou em alta. O índice Stox 600, que reúne as principais ações do continente, encerrou a sessão com ganho de 0,57%, a 444,44 pontos, com avanço semanal de 0,43%. Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,02%, a 7.018,05 pontos, com perda semanal de 0,36%. Em Frankfurt, por outro lado, o índice DAX subiu 0,44%, a 15.437,51 pontos, com alta de 0,14% na semana. Na Bolsa de Paris, o CAC 40 teve ganho de 0,68%, a 6.386,41 pontos. Na semana, o avanço foi de 0,02%. Já o IBEX 35, da bolsa de Madri, fechou em alta de 0,87%, a 9.204,00 pontos, com ganho semanal de 0,64%. Em Milão, o FTSE MIB subiu 1,10%, a 24.975,00 pontos, na máxima do dia, com avanço de 0,84% na semana. E o PSI 20, de Lisboa, fechou com perdas de 0,16% nesta sexta-feira, a 5.271,57 pontos, e alta semanal de 1,46%.

Na segunda 24.05.21 – As ações europeias permaneceram perto de máximas recordes. O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,1%, a 1.716 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,14%, a 445 pontos, logo abaixo de seu pico recorde de 446,19 pontos. Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,48%, a 7.051 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX permaneceu fechado. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,35%, a 6.408 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,34%, a 24.891 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,02%, a 9.205 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,95%, a 5.221 pontos.

Na terça-feira 25.05.21 – Os principais mercados acionários da Europa fecharam o pregão desta terça-feira sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,03%, aos 445,20 pontos. Em Londres, onde o índice FTSE 100 fechou em queda de 0,31%, aos 7.029,79 pontos. Em Paris, o índice CAC 40, fechou em baixa de 0,28%, aos 6.390,27 pontos. O índice DAX ganhando 0,18%, aos 15.465,09 pontos. As bolsas de Milão e Madri fecharam perto da estabilidade, com o índice italiano FTSE 100 em alta de 0,01%, aos 24.892,90 pontos, e o espanhol IBEX 35 ganhando 0,03%, aos 9.208,70 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, teve queda de 0,20%, aos 5.211,13 pontos.

Na quarta-feira 26.05.21 – As Bolsas da Europa fecharam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão estável, em 445,22 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,04%, a 7.026,93 pontos. O índice CAC 40, de Paris, por sua vez, subiu 0,02%, a 6.391,60 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 0,09%, a 15.450,72 pontos. O índice italiano FTSE MIB teve perda de 0,46%, a 24.778,04 pontos, e o espanhol IBEX 35 recuou 0,13%, a 9.196,90 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,18%, a 5.220,34 pontos.

Na quinta-feira 27.05.21 – As bolsas da Europa fecharam sem direção única. O índice Stoxx 600, que reúne os principais papéis da região, encerrou na máxima histórica, com ganho de 0,27%, a 446,44 pontos. O CAC 40 ganhou 0,69%, a 6.435,71 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, perdeu 0,28%, a 15.406,73 pontos.O FTSE MIB, de Milão, ganhou 1,12%, a 25.056,19 pontos. o IBEX 35, de Madri, recuou 0,12%, a 9.186,10 pontos, mas o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,55%, 5.248,89 pontos.

Japão: pandemia, queda do PIB e Olimpíadas derrubam aprovação de premiê

A aprovação do primeiro-ministro do Japão Yoshihide Suga, teve queda brusca em 2021. Entre os motivos: a piora da pandemia, com a decretação de novos estados de emergência, a economia em queda e a polêmica sobre a realização das Olimpíadas.

Em setembro de 2020, mês em que Suga foi eleito, as pesquisas apontavam que 66% avaliavam bem seu trabalho. Em maio de 2021, o percentual é de 32%, com 45% de rejeição. O líder do Partido Liberal Democrata assumiu o cargo já durante a crise causada pela pandemia, como sucessor de seu colega de partido Shinzo Abe, que renunciou por motivos de saúde.

Com a vacinação a passos lentos no país e o aumento do número de casos de Covid-19, fez-se necessária a decretação do estado de emergência em várias regiões do país. De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos Asiáticos da ESPM Alexandre Uehara, a população está insatisfeita com as respostas do governo à pandemia.

“Yoshihide Suga perdeu o apoio por causa da questão econômica, da falta de resultados práticos e eficazes no combate à doença, do retorno do estado de emergência e da realização das Olimpíadas, que na avaliação de parte da população coloca a saúde pública do Japão em risco”, afirma.

A economia também é um dos motivos da piora na avaliação do premiê. Durante o 1° trimestre de 2021, o PIB japonês teve uma contração de 1,3% em relação aos 3 meses anteriores. Na comparação anualizada, a retração foi de 5,1%.

Segundo Alexandre Uehara, isso se deu por efeito da piora do cenário da pandemia. “O Japão é um país que está atrasado em relação a vacinação, quando se compara com Estados Unidos e Reino Unido. E com a volta do estado de emergência, as atividades foram fechadas e isso impacta negativamente a economia”.

Além disso, de acordo com Alexandre Uehara, apesar da economia japonesa ser a 3ª maior do mundo, o Japão tem um histórico de padrão de consumo geralmente tímido, agravado por causa da pandemia.

Em janeiro, o Banco Mundial projetou crescimento de 2,5% do PIB japonês em 2021, percentual mais baixo do que o de outras grandes economias.

Na última 6ª feira (21), o governo adicionou Okinawa à lista de regiões submetidas a medidas emergenciais rígidas para combater o Coronavírus, que conta com Osaka, Hokkaido, Okayama e Hiroshima. Tóquio, onde as Olimpíadas devem começar em aproximadamente 2 meses, também está sob estado de emergência.

Os Jogos Olímpicos, marcados para 23 de julho, são outro fator para a queda da avaliação do premiê Yoshihide Suga. A maioria da população é contrária à realização das Olimpíadas. Pesquisa Asahi Shimbun, divulgada em 17 de maio, mostrou que 83% gostariam que o evento fosse cancelado ou adiado.

No entanto, o premiê segue defendendo que o Japão receba as Olimpíadas. Suga insistiu que os jogos podem ser realizados de forma “segura e protegida”. A mesma pesquisa Asahi Shimbum aponta que 73% dizem não estar convencidos disso.

Com o aumento da oposição à realização do evento, o primeiro-ministro afirmou que nunca colocou as Olimpíadas em 1° lugar. A pressão para o cancelamento ou adiamento do evento cresce. Na última semana, a Associação de Praticantes Médicos de Tóquio –grupo com cerca de 6.000 médicos– pediu o cancelamento. O grupo afirma que o sistema de saúde não é capaz de acomodar as possíveis necessidades médicas das equipes internacionais

As Olimpíadas já foram adiadas. Inicialmente, deveriam ser realizadas em 2020. Para Alexandre Uehara, tanto o cenário em que os jogos aconteçam, quanto o cenário de cancelamento ou adiamento serão prejudiciais para a imagem de Suga.

“Se a Olimpíada for cancelada isso terá algum impacto econômico, porque vários investimentos foram feitos. Caso os jogos aconteçam, provavelmente não terão público, porque até os japoneses estão receosos. Provavelmente não terão uma grande participação e isso tem um impacto em termos de faturamento, porque sem público, várias ações perdem o sentido, gastos com propaganda e marketing, se não tem público, não tem por que gastar”, afirma.

Até o dia 20 de maio, somente 4% da população do Japão havia recebido ao menos uma dose da vacina, segundo o Our World in Data. Segundo Alexandre Uehara, a lentidão da vacinação no país se deu por fatores internos. “O Japão demorou muito para aprovar vacinas, exigia que os testes fossem realizados no país, isso atrasou o processo. Mas o governo japonês já comprou vacinas e espera-se que o processo seja acelerado”.

De acordo com ele, com o avanço da vacinação, a economia japonesa voltará a crescer. “Espera-se que com a vacinação, a economia volte à normalidade. Porque com o estado de emergência, as pessoas não vão trabalhar, não vão para fábrica, impactando a produção e a economia. Mas o governo já comprou e estão chegando as vacinas. O importante é ter mais dinamismo daqui para frente”, explica.

De acordo com ele, as perspectivas são de resultado positivo para o ano fiscal que termina em março de 2022. “Apesar do trimestre negativo, a expectativa é de que durante o ano tenha uma melhoria da economia”.

No entanto, a avaliação de Suga ainda será uma questão a ser enfrentada. “As próximas eleições gerais devem acontecer em outubro deste ano. Yoshihide Suga corre o risco de chegar às eleições com uma baixa popularidade. Se isso ocorrer, será difícil para ele se reeleger. E talvez o primeiro-ministro não tenha tempo hábil até lá para melhorar a situação do Japão”, analisa.

China minera mais Bitcoin que qualquer outro lugar. Governo quer acabar com isto

A China pousou sua mão pesada de repressão sobre o uso e comércio de Bitcoin, atacando o setor que supervisiona a mineração de novos tokens de criptomoeda.

As novas medidas do governo chinês foram reveladas na noite da sexta-feira (21). Elas agitaram os mercados de criptomoedas no fim de semana, e pressionaram as criptomoedas a suspender alguns negócios na China, criando incerteza sobre uma etapa crítica do processo para colocar mais dessas moedas em circulação.

O vice-primeiro-ministro chinês Liu He, disse a um grupo de autoridades financeiras, na sexta-feira (21), que o governo iria “reprimir a mineração de bitcoins e a atividade comercial” como parte de seu objetivo de alcançar estabilidade financeira. O governo não apresentou políticas específicas voltadas para mineração ou comercialização.

Embora a China tenha tomado medidas para restringir o uso de criptomoedas por anos, o foco na mineração de moedas é novo. A presença de Liu e de outros membros de alto escalão do gabinete na reunião, juntamente com as medidas tomadas no início da semana passada para ampliar a repressão às criptomoedas, indicam que o governo chinês está adotando uma abordagem mais agressiva.

Os principais mineradores de criptomoedas já sentiram o movimento. A HashCow (dona das maiores fazendas de mineração do mundo) disse, no sábado (22), que deixaria de vender máquinas para clientes na China e reembolsaria qualquer pessoa que já tenha pagado uma máquina, mas ainda não tenha recebido. Acrescentou, porém, que manteria em funcionamento as máquinas de mineração de criptomoedas existentes.

“Apoiaremos ativamente todos os tipos de leis e regulamentações no país para evitar riscos regulamentares”, escreveu a empresa chinesa.

Outra mineradora chinesa, a BIT.TOP, disse que não oferecerá mais serviços de mineração para clientes na China continental.

“A partir de agora, iremos minerar principalmente na América do Norte”, escreveu Jiang Zhuoer, CEO da BIT.TOP, em sua conta na rede social Weibo, no sábado (22). “Não vale a pena correr o risco regulatório”.

As decisões podem ter grandes consequências para as criptomoedas. Por exemplo, o valor do Bitcoin é, em parte, determinado pelo número finito (21 milhões) de moedas que podem ser criadas. Nem todas as moedas estão em circulação, e os “mineiros” de Bitcoins usam computadores para resolver quebra-cabeças complexos para criar um novo “bloco” na cadeia.

Os computadores necessários para esse processo são operados por empresas como HashCow e BIT.TOP. De acordo com uma pesquisa publicada pela revista científica “Nature Communications” no mês passado, a China é responsável por mais de 75% da mineração de Bitcoin em todo o mundo.

Em sua postagem na Weibo, Jiang, da BIT.TOP, disse que a reunião, de sexta-feira (21), sugere que o governo está tentando evitar um fluxo maciço de capital para a mineração de criptomoedas, mas que os indivíduos ainda devem ter permissão para minerar por conta própria. Ele achava que metade das máquinas do país pudesse ser suspensa como resultado das últimas ações, porque a repressão está focada em grandes fazendas de mineração.

O valor do Bitcoin e das ações de empresas relacionadas a criptomoedas foram abalados após as mudanças da China.

Os preços do Bitcoin caíram até 13% no domingo (23). A moeda foi negociada pela última vez a cerca de US$ 36 mil (cerca de R$ 191,5 mil) por moeda, muito abaixo do pico de US$ 64 mil (cerca de R$ 340,5 mil) que atingiu um mês atrás, de acordo com a consultoria CoinDesk.

As ações da empresa chinesa de mineração de criptomoedas BIT Mining despencaram 23% em Nova York na sexta-feira (21). Já a Huobi Technology, uma bolsa de criptomoedas, despencou 22%, na segunda-feira (24), em Hong Kong. A Huobi, que fornece hospedagem para mineradores e outros produtos relacionados a criptomoedas disse, na segunda-feira (24), que suspenderia os serviços relacionadas à mineração para novos usuários na China continental “para se focar mais na expansão de nossa presença no exterior”. Ele acrescentou que a maioria dos usuários não seria afetada pela mudança.

“A Huobi sempre se esforça para cumprir as políticas e regulamentos em evolução de cada jurisdição para aderir ao nível de risco e preservar o bem-estar de nossos usuários e seus ativos”, acrescentou a empresa.

“Mais uma vez, a China mostrou quem era o grande peixe, sinalizando uma repressão aos mineradores de criptomoedas”, escreveu Jeffrey Halley, analista de mercado sênior para Ásia-Pacífico da Oanda, em uma nota na segunda-feira (24). O risco regulatório “agora representa uma ameaça existencial ao espaço da moeda virtual”, acrescentou.

A China, há muito tempo, limita o comércio de criptomoedas dentro do país, desconfiada dos riscos financeiros associados a ela. Na semana passada, observadores do mundo financeiro disseram que as instituições financeiras e empresas de pagamento não devem participar de quaisquer transações relacionadas a criptomoeda, nem devem fornecer serviços relacionados a criptomoedas a seus clientes.

As novas medidas não visam reduzir só o risco financeiro. Os computadores necessários para a mineração de Bitcoins consomem uma imensidão de energia de computação e eletricidade, trazendo preocupações sobre o custo para o meio ambiente.

Somente na China, o Bitcoin deve gerar mais de 130 milhões de toneladas métricas de emissões de carbono até 2024, de acordo com o estudo da “Nature Communications”. É mais do que a produção anual total de emissões de carbono da República Tcheca e do Qatar em 2016.

A produção é desastrosa para os ambiciosos planos climáticos da China. O líder Xi Jinping prometeu tornar seu país neutro em carbono em 2060, e o país já luta para conter as emissões de carbono de outras indústrias.

Algumas autoridades na China citaram as preocupações ambientais como o principal motivo para a ação. A Mongólia Interior, por exemplo, anunciou em fevereiro que encerraria todos os projetos de mineração de criptomoedas na região até o final de abril para reduzir as emissões. A província rica em carvão, que é um centro de mineração de Bitcoin devido à abundância de energia barata, criou linhas diretas para encorajar os residentes a delatar empresas que eles suspeitam serem fazendas de mineração de criptomoedas.

Minério de ferro despenca após alerta da China sobre preços

Os futuros do minério de ferro, na Ásia, despencaram nesta segunda-feira (24), levando a uma nova série de vendas no complexo de metais, após o órgão de planejamento estatal chinês ter alertado sobre manipulações de preços de commodities com a promessa de agir para conter negociações especulativas.

O contrato mais negociado do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, encerrou o pregão diurno com queda de 5,2%, a 1.064 iuanes (US$ 165,46) por tonelada, após mais cedo ter chegado a tocar 1.016 iuanes, nível mais fraco desde 15 de abril.

O minério de ferro em Dalian já recuou mais de 20% desde um recorde de 1.358 iuanes atingido em 12 de maio, quando restrições ambientais mais duras sobre a produção siderúrgica no país, maior produtor global, impulsionaram um rali nos preços do aço.

Na bolsa de Cingapura, o contrato mais ativo do minério de ferro chegou a cair 7,5%, para 177,35 dólares por tonelada, menor nível desde 30 de abril.

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento econômico da China, pediu junto com outras agências do governo que as principais empresa locais de commodities não aumentem os preços, durante uma reunião no domingo.

A reunião ocorreu após um comunicado do gabinete chinês, na quarta-feira (26), que alertou que o governo poderia atuar para conter aumentos de preços visto como irrealistas no cobre, carvão, aço e minério de ferro.

“As autoridades chinesas continuam a lançar alertas sobre o aumento dos preços das commodities, gerando temores de que possam apertar regulações”, disseram estrategistas da ANZ em nota.

Os preços do aço e outras matérias-primas também recuaram, com o vergalhão de aço na bolsa de Xangai recuando 3,6%.

Índice de ações da China tem melhor dia em 11 meses por alívio de temores de inflação

As ações da China tiveram forte alta, na terça-feira (25), com o índice de blue-chips (ações mais negociadas) registrando o melhor dia em quase 11 meses, uma vez que os temores em torno da inflação doméstica e no exterior diminuíram.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 3,16% e chegou ao nível mais alto desde 8 de março, marcando a melhor sessão desde 6 de julho de 2020. O índice de Xangai teve alta de 2,4%.

Liderando os ganhos, o índice de consumo básico do CSI300 e o do setor financeiro avançaram 4,5% e 3,9% respectivamente.

“O rali do mercado tem sido direcionado principalmente pelo setor financeiro. É uma recuperação para empresas de seguros e títulos após suas perdas este ano”, disse Niu Chunbao, presidente da Wanji Asset.

Analistas e operadores também atribuíram os ganhos à redução das preocupações com a inflação e a um iuan mais forte.

A alta nos preços de commodities foi basicamente contida, reduzindo os temores com a inflação e sua transmissão, disse Yan Jinkui, analista da Caida Securities.

Japão: BoJ tem lucro recorde com ações no ano fiscal encerrado em março

O Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) teve lucro recorde sobre as ações que possui no ano fiscal encerrado em março, após a Bolsa de Tóquio se recuperar em meio a expectativas de recuperação da economia global.

O BC japonês relatou ganhos não realizados de 15,444 trilhões de ienes (US$ 141,5 bilhões) sobre fundos indexados a ações – conhecidos como ETFs – nos 12 meses até março, bem maior do que o lucro de 308,1 bilhões de ienes do ano fiscal anterior.

O índice de preços de ações de Tóquio, ou Topix, que cobre a primeira seção da bolsa japonesa, saltou cerca de 40% no último ano fiscal. Em março de 2020, na esteira da pandemia do novo Coronavírus, o BoJ dobrou o teto de suas compras anuais de ETFs para 12 trilhões de ienes.

Em março, o BoJ abriu mão de sua meta anual e disse que só interviria em momentos de instabilidade, em resposta a temores de que as compras de ETFs poderiam estar causando distorções no mercado. Desde abril, o BC japonês comprou ETFs numa única ocasião. Fonte: Dow Jones Newswires.

Hong Kong aprova reforma de sistema eleitoral e consolida domínio da China sobre território

O Conselho Legislativo de Hong Kong aprovou, na quinta-feira (27), um conjunto de leis que configura a maior reforma de seu sistema político desde que a ex-colônia britânica foi devolvida à China, em 1997, e representa um passo categórico da influência de Pequim sobre a cidade semiautônoma.

As mudanças incluem a redução da proporção de assentos na legislatura que são preenchidos por eleições diretas —o total de vagas no Conselho aumentará de 70 para 90, e as vagas preenchidas por voto direto diminuirão de 35 para 20. Ou seja, se antes metade dos assentos era ocupada por políticos eleitos pelos cidadãos de Hong Kong, agora esse número será menor que um quarto do Conselho.

E mesmo essas 20 vagas não poderão ser disputadas de maneira democrática. Isso porque outra mudança, aprovada na quinta-feira (27), cria um novo órgão que terá poderes para examinar os aspirantes ao Conselho e impedir a candidatura daqueles que forem considerados “insuficientemente patrióticos” em relação à China —na prática, qualquer um que não estiver completamente alinhado a Pequim pode ser impedido de concorrer.

“Essas cerca de 600 páginas de legislação se resumem a apenas algumas palavras: patriotas governando Hong Kong”, disse, após a aprovação, Peter Shiu, membro do Conselho aliado do regime de Xi Jinping. A frase ecoa uma espécie de slogan cunhado em 1984 pelo então líder Deng Xiaoping e repetido em 2020 pelo poderoso ocupante atual dirigente chinês.

A maior parte das mudanças havia sido anunciada por Pequim em março, durante a apresentação do plano de trabalho anual do premiê chinês, Li Keqiang, ao Congresso Nacional do Povo, órgão que, junto com a Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e o Partido Comunista, compõe a tríade que forma o Estado da China.

Mercado acionário asiático

Fechando a semana, na sexta-feira 21.05.21 – As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. O índice acionário japonês Nikkei subiu 0,78% em Tóquio nesta sexta, a 28.317,83 pontos, impulsionado por ações de tecnologia e eletrônicos, enquanto o Hang Seng apresentou ganho marginal de 0,03% em Hong Kong, a 28.458,44 pontos, e o Taiex avançou 1,62% em Taiwan, a 16.302,06 pontos. Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho, com perdas lideradas pelo setor financeiro. O Xangai Composto caiu 0,58%, a 3.486,56 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,45%, a 2.319,79 pontos.Já na Coreia do Sul, ações financeiras e de varejistas pesaram no Kospi, que teve baixa de 0,19%, a 3.156,42 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana terminou o dia em alta modesta, com ajuda de papéis de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,15% em Sydney, a 7.030,30 pontos.

Na segunda 24.05.21 – O mercado acionário da China fechou em alta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,42%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,31%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,17%, a 28.364 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,16%, a 28.412 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,31%, a 3.497 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,42%, a 5.155 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,38%, a 3.144 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,22%, a 16.338 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,18%, a 3.123 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,22%, a 7.045 pontos.

Na terça-feira 25.05.21 – As bolsas asiáticas fecharam em alta. O japonês Nikkei subiu 0,67% em Tóquio hoje, a 28.553,98 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 1,75% em Hong Kong, a 28.910,86 pontos, o sul-coreano Kospi se valorizou 0,86% em Seul, a 3.171,32 pontos, e o Taiex registrou alta de 1,58% em Taiwan, a 16.595,67 pontos. O Xangai Composto subiu 2,40%, a 3.581,34 pontos, atingindo o maior patamar em três meses, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,91%, a 2.381,93 pontos. O S&P/ASX 200 avançou 1% em Sydney, a 7.115,20 pontos.

Na quarta-feira 26.05.21 – O mercado acionário da China registrou o nível mais alto de fechamento em três meses. o índice de Xangai teve alta de 0,34%, a 3.593,36 pontos, nível mais alto de fechamento desde 25 de fevereiro. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,04%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,31%, a 28.642 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,88%, a 29.166 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,34%, a 3.593 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,04%, a 5.320 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,09%, a 3.168 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,29%, a 16.643 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,72%, a 3.146 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,32%, a 7.092 pontos.

Na quinta-feira 27.05.21 – As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,33% em Tóquio hoje, a 28.549,01 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,18% em Hong Kong, a 29.113,20 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,09% em Seul, a 3.165,51 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,25%, a 16.601,61 pontos. Na China continental, por outro lado, as bolsas ficaram em terreno positivo nesta quinta-feira. O Xangai Composto subiu 0,43%, a 3.608,85 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,79%, a 2.399,27 pontos. O S&P/ASX 200 teve alta marginal de 0,03% em Sydney, a 7.094,90 pontos.

Irã usa criptomoeda para minimizar impacto de sanções, revela estudo

Cerca de 4.5% de todas as ações globais de mineração de Bitcoins ocorrem no Irã, o que permite ao país obter centenas de milhões de dólares em criptomoedas, utilizados para custear importações e atenuar o impacto das sanções internacionais, revelou um novo estudo.

Em seu nível atual de mineração, a produção iraniana de Bitcoins pode render até US$1 bilhão por ano, segundo estimativas da empresa de análise Elliptic.

Teerã não comentou imediatamente os dados.

Os Estados Unidos mantêm um embargo quase absoluto à economia iraniana, incluindo a proibição de todas as importações e serviços fornecidos pela república islâmica — com destaque aos setores de petróleo, bancos e navegação.

As estimativas da Elliptic têm como base dados coletados pelo Centro de Finanças Alternativas de Cambridge, até abril de 2020, e declarações da estatal iraniana de energia em janeiro, que confirmaram o consumo de até 600 megawatts de potência por mineradores.

Entretanto, a firma de análise reitera que números exatos são “difíceis de determinar”. O processo de criação de criptomoedas, conhecido como mineração, depende de computadores potentes para solucionar problemas matemáticos complexos e requer bastante energia — muitas vezes gerada por combustíveis fósseis, nos quais é rico o Irã.

O Banco Central iraniano proíbe negociações com Bitcoins e outras criptomoedas extraídas no exterior. Não obstante, tais recursos virtuais permanecem disponíveis no mercado clandestino, segundo informações da imprensa local.

Nos últimos anos, o Irã reconheceu a mineração de criptomoedas como indústria formal, ao conceder energia barata e solicitar aos mineradores que vendam o excedente ao banco central, em contrapartida. Os incentivos atraíram mineradores, particularmente da China.

Teerã permite que criptomoedas extraídas no país paguem pela compra de bens autorizados.

“O Irã reconheceu que a mineração de Bitcoins representa uma oportunidade atrativa para sua economia, afetada por sanções, que sofre da escassez de moeda física e do excedente de petróleo e gás natural”, observou o estudo recente.

A eletricidade utilizada pelos mineradores no Irã requer em torno de 10 milhões de barris de petróleo bruto por ano, equivalente a 4% das exportações do setor em 2020.

“O estado iraniano, portanto, vende com eficácia suas reservas de energia aos mercados globais e utiliza a mineração de Bitcoins para contornar embargos”, reiterou a Elliptic.

Companhias financeiras que oferecem serviços de criptomoeda, sobretudo nos Estados Unidos, devem considerar eventuais sanções caso sejam expostas pelo vasto processo de mineração de Bitcoins do Irã, advertiu a empresa de análise.

Irã diz à AIEA que vai renovar acordo de monitoramento nuclear por um mês

O Irã informou à agência de fiscalização nuclear da ONU, que decidiu estender um acordo de monitoramento com a entidade por um mês, disse o enviado de Teerã à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), na segunda-feira (24).

O diretor-geral da AIEA Rafael Grossi, confirmou que o acordo foi estendido até 24 de junho, evitando o fracasso de negociações mais amplas voltadas a reviver o acordo nuclear de 2015 do Irã com potências mundiais.

A AIEA e o Irã firmaram um acordo de monitoramento de três meses em fevereiro para amortecer o golpe da redução da cooperação do Irã com a agência, que permitiu o monitoramento de algumas atividades nucleares que de outra forma teriam continuado sem fiscalização.

Teerã disse, no domingo (23), que o acordo expirou e que o acesso da AIEA a imagens de dentro de algumas instalações nucleares iranianas cessaria.

“O diretor-geral da AIEA, na segunda-feira (24), foi informado da decisão do Irã de prorrogar o acordo por um mês”, disse Kazem Gharibabadi, embaixador de Teerã na agência da ONU com sede em Viena, segundo a mídia estatal.

“Os dados dos últimos três meses ainda estão na posse do Irã e não serão entregue à AIEA. Os dados para o próximo mês irão permanecer apenas com o Irã, segundo o acordo”, disse Gharibabadi.

Diplomatas ocidentais disseram que não prorrogar o acordo de monitoramento com a AIEA poderia prejudicar os esforços para salvar o acordo de 2015, que visa impedir o Irã de desenvolver armas nucleares. Teerã diz que nunca buscou armadas.

O Irã e as potências mundiais retomarão as negociações em Viena nesta semana sobre o acordo nuclear, do qual os Estados Unidos saíram há três anos. Os EUA voltaram a impor sanções à República Islâmica.

“Eu recomendo que eles usem esta oportunidade, que foi fornecida de boa fé pelo Irã, e levantem todas as sanções de uma maneira prática e verificável”, disse Gharibabadi.

Eleições na Síria: Assad deve ser eleito para quarto mandato em votação boicotada pela oposição

Os eleitores da Síria votaram, na quarta-feira (26), em uma eleição na qual o líder do país Bashar al-Assad, deve conquistar um quarto mandato. Os resultados devem ser conhecido somente nos próximos dias, segundo agências de notícias

Assad escolheu o antigo bastião rebelde de Douma, onde um suposto ataque com armas químicas em 2018 desencadeou ataques aéreos ocidentais, como local para votar.

O governo diz que a eleição mostra que a Síria está funcionando normalmente, apesar de um conflito de uma década que matou centenas de milhares de pessoas e expulsou de casa 11 milhões de pessoas – cerca de metade da população.

“A Síria não é o que eles estão tentando mostrar, uma cidade contra a outra e uma seita contra a outra ou uma guerra civil, hoje estamos provando em Douma que o povo sírio é um só”, disse Assad depois de votar.

A eleição ocorreu independentemente de um processo de paz liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que pediu uma votação sob supervisão internacional que ajudaria a abrir caminho para uma nova Constituição e um acordo político.

A oposição está boicotando o pleito. Os rivais de Assad na eleição são deliberadamente discretos: Abdallah Saloum Abdallah, um ex-vice-ministro de gabinete, e Mahmoud Ahmed Marei, chefe de um partido pequeno de oposição sancionado oficialmente.

França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos disseram na terça-feira que a eleição não seria livre ou justa.

Em partes de Deraa, uma cidade do sul que foi palco dos primeiros protestos anti-Assad, figuras locais convocaram uma greve geral para mostrar sua oposição à eleição.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br | www.reuters.com | www.istoedinheiro.com.br | www.infomoney.com.br | www.uol.com.br | www.invest.exame.com | www.cnnbrasil.com.br | www.olhardigital.com.br | www.estadao.com.br | www.cnnbrasil.com.br | www.jornaleconomico.sapo.pt | www.cnnbrasil.com.br

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
28/05/2021