Cenário Econômico Internacional – 04/06/2021

Cenário Econômico Internacional – 04/06/2021

Cenário Econômico Internacional – 04/06/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

  • JBS sofre ataque hacker nas unidades dos EUA e da Austrália
  • Cabo submarino de fibra ótica entre Brasil e Portugal é inaugurado
  • Casa Branca diz que Biden falará com Putin sobre ataque de hackers à JBS
  • EUA incluem Brasil em lista de países que vão receber doação de vacina
  • EUA encerram formalmente política de asilo “continue no México” de Trump
  • Banco Mundial diz que EUA devem liberar excedente de vacinas contra Covid-19 para América Latina
  • Em meio a problemas de contratação e preços em alta, crescimento dos EUA ganha velocidade, diz Fed
  • Governo de Cuba aprova criação de pequenas e médias empresas privadas
  • Criação de vagas no setor privado dos EUA supera previsão em maio
  • Mercado acionário
  • Dólar
  • Alemanha pede esclarecimento de reportagem sobre espionagem dos EUA a Merkel
  • Regras do Acordo de Paris precisam ser decididas neste ano, diz chefe da ONU para o clima
  • Desemprego recua na Zona do Euro; inflação ultrapassa meta do BCE
  • Economia alemã deve crescer entre 3,4% e 3,7% neste ano, diz ministro
  • Rússia detém político oposicionista em repressão aos críticos do Kremlin
  • Senado da Rússia aprova lei para excluir opositores de eleições
  • Rússia deixará acordo que amenizou restrições de viagens a diplomatas dos EUA
  • UE e Bill Gates vão investir US$1 bi em tecnologias de baixo carbono
  • Reino Unido recebe sinal verde para início de negociações sobre a adesão ao acordo comercial do Pacífico
  • Mercado acionário europeu
  • China diz que vai permitir que cada casal tenha até três filhos
  • China tem negociações econômicas com 2ª autoridade dos EUA em uma semana
  • Inflação no Japão pode avançar no pós-pandemia, diz membro da diretoria do BC
  • China mostra otimismo sobre conversas comerciais com EUA
  • Mercado acionário da Ásia
  • Irã não explica vestígios de urânio encontrados em suas instalações, aponta relatório de agência da ONU
  • Israel e Emirados Árabes assinam tratado para impulsionar cooperação econômica
  • Ex-político de centro-esquerda Herzog é eleito presidente de Israel
  • Israel solicitará US$ 1 bilhão a mais em ajuda militar dos EUA
  • Netanyahu luta por sobrevivência política atacando acordo para destroná-lo

JBS sofre ataque hacker nas unidades dos EUA e da Austrália

A JBS foi alvo de ataque hacker, no último domingo (30), em suas unidades dos Estados Unidos e da Austrália, afetando alguns servidores da empresa nos dois países, segundo nota da assessoria de imprensa norte-americana.

De acordo a com a nota, a instituição não tem evidências de que dados de clientes, funcionários ou fornecedores tenham sido comprometidos. A assessoria brasileira afirma que o ataque não teve impacto no Brasil.

A organização declarou ter tomado medidas imediatas, “suspendendo todos os sistemas afetados, notificando as autoridades e ativando a rede global da empresa de profissionais de TI e especialistas terceirizados para resolver a situação”.

Os servidores de backup da JBS não foram afetados e ela está trabalhando para restaurar seus sistemas, informou. Ainda assim, a empresa acredita que a resolução do incidente levará tempo, o que pode atrasar transações com clientes e fornecedores.

Mais cedo, o CEO da JBS Austrália, Brent Eastwood, havia afirmado em entrevista ao portal Beefcentral que as operações da companhia no país foram interrompidas pelo ataque, mas não soube detalhar o tempo de paralisação.

Cabo submarino de fibra ótica entre Brasil e Portugal é inaugurado

Foi inaugurado, na terça-feira (01), um conjunto de cabos submarinos que ligam o Brasil a Portugal. Com mais de 6 mil quilômetros de fibra ótica, a nova tecnologia proporcionará a estrutura capaz de suportar o volume de dados gerados pelas redes 5G e acelerará a troca direta de informações entre a América do Sul e a Europa. Atualmente, as informações que saem do Brasil precisam passar primeiro pelos Estados Unidos.

O cabo está ancorado na Praia do Futuro, em Fortaleza. Chegando a uma profundidade de 5 quilômetros, o equipamento passa pelas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil, além do arquipélago de Cabo Verde e Ilha de Santa Cruz. Já na Europa, o equipamento passa pelas cidades de Sines e Lisboa, em Portugal, Madri, na Espanha e Marselha, na França.

A nova estrutura proporcionará tráfego de dados de 72 Terabits por segundo e latência (tempo entre comando e resposta) de 60 milissegundos.

O contrato para utilização do cabo terá durabilidade de 25 anos. A instalação dos cabos faz parte do programa Bella – rede europeia e latino-americana de pesquisa e educação. De acordo com uma nota divulgada pelo ministério brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovações, a empresa Ellalink, proprietária e operadora dos serviços da fibra, investiu cerca de 150 milhões de euros, enquanto o a Comissão Europeia contribuiu com cerca de 25 milhões de euros. Para o Brasil, o processo de instalação do cabo custou cerca de 8,9 milhões de euros.

A oficialização da nova tecnologia foi tema de do evento “Digital Assembly 2021”, organizado em Sines, pela Comissão Europeia e pelo Conselho da União Europeia, que atualmente é presidido por Portugal.

O ministro brasileiro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes disse que a melhora na conexão poderá ajudar no combate à Covid-19, “Só através da ciência temos chance de vencer”, disse.

Marcos Pontes falou que a instalação do cabo possibilitará um aumento na cooperação entre países da OCDE, e do eixo Mercosul-União Europeia.

Além de uma vaga na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil também busca a ratificação do acordo de livre-comércio entre os dois blocos. O combate ao desmatamento e a preservação do meio-ambiente são alguns dos principais entraves para o avanço do acordo.

Segundo o ministro, as mudanças climáticas fazem parte de um dos maiores desafios da humanidade e podem ser combatidas por meio de pesquisas, que serão melhoradas com a nova estrutura instalada.

A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, ressaltou a ambição do grupo em buscar a digitalização de processos e pontuou a cooperação digital entre países dentro e fora da Europa, mas não citou o Brasil.

Para a chefe do grupo, o novo conjunto de cabos representa uma “estrada digital de pesquisa e educação” e simboliza uma renovação na parceria com a América Latina.

Casa Branca diz que Biden falará com Putin sobre ataque de hackers à JBS

A Casa Branca informou, na quarta-feira (02), que o ataque cibernético à JBS será um dos assuntos que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, discutirá com o mandatário da Rússia Vladimir Putin, em um encontro presencial neste mês.

“O presidente Biden certamente pensa que o presidente Putin e o governo russo têm um papel a desempenhar para prevenir esses ataques”, declarou a porta-voz Jen Psaki durante uma coletiva de imprensa.

Segundo a assessora, o ataque à JBS é um “lembrete” de que as empresas privadas precisam aumentar a segurança cibernética. “Não estamos retirando nada da mesa em termos de como podemos responder a isso”, acrescentou Psaki.

No domingo (30), as operações das fábricas da JBS na América do Norte e na Austrália foram afetadas pelo ciberataque. Ontem, a empresa anunciou ter realizado progressos “significativos” na resolução dos problemas causados pela ação dos hackers.

A vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, informou ontem que a empresa está recebendo assistência do governo americano. Em conversa com repórteres, a porta-voz explicou que a companhia foi alvo de uma ofensiva ransomware, em que os criminosos bloqueiam acesso ao sistema infectado e cobram uma espécie de resgate para a liberação.

Biden e Putin se reunirão presencialmente em 16 de junho. O encontro ocorrerá em Genebra, na Suíça.

EUA incluem Brasil em lista de países que vão receber doação de vacina

Os Estados Unidos incluíram o Brasil na lista com mais de 40 nações que irão receber parte do 1º lote de doações das vacinas contra a Covid-19, com 25 milhões de doses, anunciaram as autoridades americanas, na quinta-feira (03).

Não há, no entanto, um número exato de quantas doses o Brasil irá receber. Isso porque o país precisará dividir cerca de 6 milhões de doses com ao menos outros 14 países da América Latina.

Ao todo, os EUA se comprometeram a redistribuir cerca de 80 milhões de doses das vacinas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson para outros países até o final de junho. Do total, 25 milhões de doses serão enviadas neste primeiro lote.

As remessas destinadas ao Brasil serão entregues por meio da aliança Covax, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai gerenciar 19 milhões de doses, distribuídas da seguinte forma:

  • 6 milhões para América do Sul e Central: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, Comunidade do Caribe e República Dominicana;
  • 7 milhões para a Ásia: Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Ilhas Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guinea, Taiwan, e as Ilhas do Pacífico;
  • 5 milhões para a África, distribuídas entre os países selecionados em coordenação com a União Africana;
  • As outras 6 milhões de doses disponíveis neste primeiro lote enviado pelos EUA serão distribuídas entre parceiros regionais dos americanos como o México, Canadá, e a Coreia do Sul, além de países com surtos da doença como a Cisjordânia, Gaza, Ucrânia, Kosovo, novamente o Haiti, Geórgia, Egito, Jordânia, Iraque, Iêmen – parte também será enviada aos trabalhadores da linha de frente das Nações Unidas.

“Não estamos compartilhando estas doses para receber favores ou concessões”, disse o presidente Joe Biden em nota. “Estamos compartilhando para salvar vidas e guiar o mundo em direção ao fim da pandemia.”

EUA encerram formalmente política de asilo “continue no México” de Trump

Os Estados Unidos encerraram formalmente uma política da era Trump conhecida como “continue no México”, que forçava dezenas de milhares de imigrantes centro-americanos em busca de asilo a esperarem no México enquanto seus casos corriam na Justiça norte-americana, de acordo com um memorando do Departamento de Segurança Interna (DHS) enviado a diretores de agências, na terça-feira (01).

O governo do presidente Joe Biden pausou o programa, conhecido como Protocolo de Proteção ao Imigrante (MPP, na sigla em inglês), pouco depois de tomar posse no dia 20 de janeiro. Desde então, mais de 11 mil imigrantes cadastrados foram autorizados a entrar nos Estados Unidos para seguirem com pedidos de asilo, afirmou uma autoridade do DHS à Reuters, na terça-feira (01).

Biden, um democrata, reverteu muitas das políticas restritivas à imigração do ex-presidente Donald Trump, um republicano, dizendo que Trump fracassou em honrar as leis de asilo dos Estados Unidos. Republicanos criticaram as ações de Biden, incluindo o encerramento do programa MPP, dizendo que o presidente incentiva o aumento de chegadas de imigrantes na fronteira dos EUA com o México nos últimos meses.

As apreensões da Patrulha de Fronteira dos Estados Unidos na fronteira sudoeste do país chegaram aos maiores níveis mensais dos últimos 20 anos em março e abril. As apreensões em maio foram semelhantes de acordo com dados preliminares compartilhados com a Reuters.

Apesar de retroceder algumas das políticas de fronteira de Trump, Biden manteve um decreto sanitário de março de 2020 conhecido como Título 42, que permite que autoridades norte-americanas mandem de volta rapidamente os imigrantes pegos na fronteira com o México durante a pandemia.

Defensores de direitos argumentam que a medida corta o acesso ao sistema de asilo nos EUA para muitos imigrantes apreendidos na fronteira, enquanto membros do governo Biden dizem que a política é necessária para prevenir a propagação da Covid-19.

Banco Mundial diz que EUA devem liberar excedente de vacinas contra Covid-19 para América Latina

O presidente do Banco Mundial afirmou, na terça-feira (01), que é vital os Estados Unidos liberarem doses excedentes de vacinas contra a Covid-19 para a América Latina, já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou preocupação com as altas taxas de infecção na região.

Mike Ryan, o diretor de emergências da OMS, disse que a situação na região “está começando a ir para a direção errada”.

“As próximas semanas são vitais para que, em particular, os EUA liberem o excedente (de vacinas) para ir para os programas que existem”, disse o presidente do Banco Mundial David Malpass, no mesmo briefing.

“Estamos prontos para tomá-los amanhã nos três países que mencionei e daqui a duas semanas em mais países da América Latina”, disse ele, referindo-se a Equador, El Salvador e Honduras, que buscam 220 milhões de doses de vacinas.

O número de mortos relacionados à Covid-19 na América Latina ultrapassou a marca de 1 milhão.

Chile, Peru e Paraguai relataram declínios em novas infecções, mas Uruguai, Argentina e Brasil estão vendo mais uma vez um aumento nos casos, enquanto a Bolívia está registrando um expressivo aumento nas mortes, informou a Organização Pan-Americana da Saúde na semana passada.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, também disse em briefing virtual que tratava da igualdade no acesso às vacinas que os suprimentos de inunizantes para a região devem ser priorizados.

“Temos que pensar onde a urgência de agir é mais significativa e, infelizmente, para a América Latina, vários países são atingidos pela força brutal da Covid-19”, disse ela.

Em meio a problemas de contratação e preços em alta, crescimento dos EUA ganha velocidade, diz Fed

A recuperação econômica dos Estados Unidos acelerou nas últimas semanas, mesmo com uma longa lista de problemas na cadeia de suprimentos, dificuldades de contratação e aumento dos preços em cascata por todo o país, disseram autoridades do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) em sua mais recente avaliação das condições econômicas.

O crescimento estava em uma “taxa um pouco mais rápida”, do início ao fim de maio, informou o Fed em sua publicação “Livro Bege”, um compêndio de dados acerca da economia, divulgado na quarta-feira (02), com autoridades observando “os efeitos positivos sobre a economia do aumento das taxas de vacinação e de medidas de distanciamento social flexibilizadas”.

Mas fazer com que uma economia de 20 trilhões de dólares volte a acelerar também traz desafios, informaram as autoridades do Fed com base em contatos de suas 12 regionais.

Construtoras não conseguiam acompanhar a demanda, fabricantes enfrentavam atrasos na entrega do material necessário para o acabamento dos produtos e “continuava difícil para muitas empresas contratar novos trabalhadores, especialmente trabalhadores de baixa remuneração pagos por hora, motoristas de caminhão e comerciantes qualificados”.

Os preços estavam aumentando e, por enquanto, provavelmente continuarão subindo, informou o Fed.

“Olhando para o futuro, os contatos projetam enfrentar aumento de custos e cobrar preços mais altos nos próximos meses”, disse o Fed.

O Livro Bege ajudará nos debates na próxima reunião de política monetária do Fed, em junho, à medida que as autoridades se aproximam de uma discussão sobre como e quando começarem a recuar em compras mensais de títulos, no valor de 120 bilhões de dólares, além de taxas de juros próximas de zero fixadas para combater as consequências econômicas da pandemia.

As autoridades do Fed afirmam que provavelmente vão se esforçar, por vários meses, para obter uma leitura clara de uma economia que está ressurgindo, mas enfrentando alguns obstáculos à medida que acelera.

Governo de Cuba aprova criação de pequenas e médias empresas privadas

O governo finalmente disse “sim” à criação de pequenas e médias empresas privadas em Cuba. A reunião do Conselho de Ministros, na quarta-feira (02), deu o tão esperado sinal verde. Mas isso não deve ser visto como uma privatização da economia, alerta o governo cubano.

O presidente Miguel Diaz-Canel, recentemente nomeado primeiro secretário do Partido Comunista Cubano, parece querer acelerar as reformas econômicas e mudar mentalidades.

“Devemos acabar com os entraves burocráticos que impedem o desenvolvimento dos atores econômicos e, em particular, das empresas estatais”, disse.

Restava agora instituir uma lei sobre as pequenas e médias empresas, que poderão se desenvolver em determinados setores de atividade, como é o caso dos empresários independentes.

Os trabalhadores do setor privado representam 13% da população ativa cubana e há vários anos aguardam uma lei para as pequenas e médias empresas. Alguns já expressaram desapontamento por este ser apenas um anúncio, ainda sem data de implementação.

“Mas temos que ir devagar”, acredita o primeiro-ministro cubano Manuel Marrero Cruz. “Este é um progresso contínuo. Avançamos sem pressa, mas sem parar. Porque o mais importante neste processo gradual é evitar ter que voltar atrás”, disse ele.

Espera-se que a lei das PME seja adotada em 2022. Para alguns, o governo cubano está preparando o terreno. Esses anúncios são vistos como um sinal enviado à administração de Joe Biden nos Estados Unidos para atrair investidores norte-americanos em potencial para essas futuras empresas privadas.

Criação de vagas no setor privado dos EUA supera previsão em maio

A criação de vagas de trabalho no setor privado dos Estados Unidos aumentou em maio, estimulada pela forte demanda em meio a uma economia que reabre rapidamente, embora a escassez de trabalhadores e de matérias-primas continue a pairar sobre a recuperação do mercado de trabalho.

Foram criados 978.000 empregos no mês passado, mostrou, na quinta-feira (03), o Relatório Nacional de Emprego da ADP, o maior acréscimo desde junho do ano passado. Os dados de abril foram revisados para baixo para mostrar geração de 654.000 empregos, em vez dos 742.000 inicialmente relatados.

Economistas consultados pela Reuters previam criação de 650.000 postos de trabalho.

O número de norte-americanos entrando com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para menos de 400 mil na semana passada pela primeira vez desde que a pandemia Covid-19 começou, há mais de um ano, apontando para um fortalecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 385 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 29 de maio, contra 405 mil na semana anterior, informou o Departamento do Trabalho, na quinta-feira (03).

Esse valor é o mais baixo desde meados de março de 2020, quando foram adotadas medidas como o fechamento obrigatório de negócios não essenciais para desacelerar a primeira onda de infecções por Coronavírus.

Economistas ouvidos pela Reuters previam 390 mil pedidos para a última semana.

Os registros caíram de um recorde de 6,149 milhões no início de abril de 2020, mas permanecem bem acima da faixa de 200 mil a 250 mil que é vista como consistente com condições saudáveis do mercado de trabalho.

Mercado acionário

Fechando a semana, na sexta-feira 28.05.21 – Bolsas de NY fecham em alta. O índice Dow Jones avançou 0,19%, em 34.529,45 pontos, o S&P 500 subiu 0,08%, a 4.204,11 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,09%, a 13.748,74 pontos. Na comparação semanal, houve alta 0,90%, 1,15%, 2,06% respectivamente.

Na segunda 31.05.21 – Memorial Day | Feriado

Na terça-feira 01.06.21 – Bolsas dos EUA fecham mistas. Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 recuou, o índice Dow Jones subiu 0,13%, a 34.575,31 pontos. O S&P 500 perdeu 0,05%, a 4.202,04 pontos. Enquanto o índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,09%, a 13.736,48 pontos.

Na quarta-feira 02.06.21 – As bolsas de Nova York fecharam perto da estabilidade. O índice Dow Jones avançou 0,07%, em 34.600,38 pontos, o S&P 500 subiu 0,14%, a 4.208,12 pontos, e o Nasdaq teve ganho também de 0,14%, a 13.756,33 pontos.

Na quinta-feira 03.06.21 – As bolsas de Nova York fecharam em queda. O índice acionário Dow Jones recuou 0,07%, a 34.577,04 pontos, o S&P 500 caiu 0,36%, a 4.192,85 pontos, e o Nasdaq recuou 1,03%, a 13.614,51 pontos.

Dólar

Fechando a semana, na sexta-feira 28.05.21 – O dólar fechou o último pregão de maio em leve alta, subindo 0,20% nesta segunda, para 5,2254 reais.

Na segunda 31.05.21 – A moeda norte-americana subiu 0,23%, a R$ 5,2243. No mês, acumula queda de 3,81%. No ano, porém, o avanço é de 0,72%.

Na terça-feira 01.06.21 – O dólar fechou no menor patamar desde dezembro passado, a R$5,1461.

Na quarta-feira 02.06.21 – Dólar fecha em queda e cai abaixo de R$ 5,10 pela primeira vez desde dezembro. A moeda norte-americana recuou 1,22%, cotada a R$ 5,0839.

Na quinta-feira 03.06.21 – Sem cotação. Ponto facultativo/feriado no Brasil – Corpus Christi.

Alemanha pede esclarecimento de reportagem sobre espionagem dos EUA a Merkel

O governo da Alemanha quer esclarecimentos sobre uma reportagem, segundo a qual, os Estados Unidos usaram uma parceria com a Dinamarca para espionar autoridades de alto escalão de países vizinhos, entre elas a chanceler alemã Angela Merkel, disse um porta-voz do governo na segunda-feira (31).

“O governo federal tomou nota da reportagem e está em contato com todos os organismos nacionais e internacionais relevantes em busca de esclarecimento”, disse Steffen Seibert em uma coletiva de imprensa de rotina.

“Por uma questão de princípio, e vocês já sabem disso, pediria a vocês que entendam que o governo federal não comenta abertamente questões relacionadas a atividades de inteligência”, afirmou ele.

A emissora estatal dinamarquesa DR disse que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) aproveitou uma parceria com a unidade de inteligência estrangeira de seu país para espionar autoridades graduadas de países vizinhos, incluindo Merkel.

Dados foram coletados sobre funcionários de Alemanha, França, Suécia e Noruega, de acordo com o relatório.

Regras do Acordo de Paris precisam ser decididas neste ano, diz chefe da ONU para o clima

Os governos precisam finalizar as regras do Acordo de Paris contra a mudança climática na cúpula COP26 de novembro, para que o pacto possa ser plenamente implantado e servir como base para uma recuperação verde da pandemia, disse a chefe da Organização das Nações Unidas (ONU) para o clima, na segunda-feira (31).

Na abertura de três semanas de conversas virtuais sobre o clima, Patricia Espinosa também pediu que nações ricas cumpram promessas de longa data de financiamentos relacionados ao clima a nações mais pobres e vulneráveis para criar confiança no processo liderado pela ONU.

“É hora de finalizar negociações pendentes e implantar o Acordo de Paris”, disse Espinosa, observando que muitas nações ainda têm que apresentar planos de ações sobre o clima mais robustos que eram esperados no ano passado, conforme o acordo global de 2015.

“Desencadear seu potencial total não somente tratará da mudança climática, mas ajudará o mundo a continuar crescendo depois da Covid-19 e impulsionar a transformação rumo a um futuro mais limpo, verde e sustentável”, disse ela.

As conversas iniciadas na segunda-feira (31), são as primeiras negociações oficiais da ONU sobre o clima desde o final de 2019 devido a atrasos causados pela Covid-19.

Espinosa disse aos repórteres que recentemente pediu a ministros do G7 que providenciem os 100 bilhões de dólares anuais prometidos a países em desenvolvimento a partir de 2020, para ajudá-los a adotar a energia limpa e se adaptarem aos impactos da mudança climática.

Desemprego recua na Zona do Euro; inflação ultrapassa meta do BCE

O desemprego registrou leve queda na Zona do Euro em abril, segundo dados divulgados, na terça-feira (1º), pela agência oficial de estatísticas do bloco, a Eurostat. O indicador passou de 8,1% em março para 8% no mês seguinte – acima, no entanto, dos 7,3% registrados em abril de 2020.

Considerando toda a União Europeia, o desemprego ficou estável na passagem de março para abril, em 7,3%. No mesmo mês do ano passado, havia ficado em 6,7%.

A Eurostat estima que cerca de 15,4 milhões de trabalhadores estejam desempregados na União Europeia, sendo 13 milhões na Zona do Euro. Em comparação com março, o número de desempregados teve queda de 165 mil na União Europeia, e de 134 mil na Zona do Euro. Já frente a abril de 2020, houve altas de 1,4 milhão e 1,28 milhão, respectivamente.

Também na segunda-feira (31), a Eurostat informou que a inflação na Zona do Euro foi acima da meta do Banco Central Europeu em maio, acentuando o desafio de comunicação para autoridades que devem conviver bem com preços mais altos por enquanto, mas podem enfrentar a reação de consumidores.

A inflação anual nos 19 países que usam o Euro acelerou a 2% em maio de 1,6% em abril, devido aos preços mais elevados dos custos de energia desde o final de 2018 e acima do objetivo do BCE de “abaixo, mas perto de 2%”.

No entanto, maio não deve representar o pico, de acordo com a Reuters. A inflação pode ficar mais perto de 2,5% no final do ano conforme a recuperação da pandemia e os aumentos recentes nos preços das commodities somam-se à pressão de preços.

Economia alemã deve crescer entre 3,4% e 3,7% neste ano, diz ministro

A economia alemã, a maior da Europa, deve crescer entre 3,4% e 3,7% em 2021 e recuperar sua força pré-pandêmica até o final do ano, disse o ministro da Economia do país Peter Altmaier, na terça-feira (01)

“No geral, a economia alemã terá recuperado sua força pré-pandêmica até o final deste ano. Isso é um motivo para otimismo”, disse Altmaier a repórteres.

“Esperamos que a economia alemã cresça entre 3,4% e 3,7% neste ano. Se as coisas correrem muito bem, talvez um décimo ou dois a mais. E esperamos que ela avance 4% no próximo ano”, acrescentou.

Questionado sobre se estava preocupado com a possibilidade de um aumento nos preços ao consumidor na Alemanha, Altmaier disse que está “observando esse desdobramento na inflação muito de perto”, mas que ainda não pode expressar um julgamento.

Rússia detém político oposicionista em repressão aos críticos do Kremlin

Dmitry Gudkov, um proeminente político da oposição e ex-parlamentar, foi detido por policiais russos, na terça-feira (01), informou a agência de notícias TASS, como parte de uma repressão aos críticos do Kremlin.

Enquanto parlamentar na câmara baixa do Parlamento, Gudkov foi expulso do partido “Apenas Rússia”, em 2013, por ajudar a organizar protestos contra o Kremlin. Mais tarde, ele se juntou à oposição liberal da Rússia e se opôs ao presidente Vladimir Putin.

Em um comunicado na mídia social, na terça-feira (01), Gudkov, de 41 anos, disse que a polícia estava revistando uma casa em que ele estava hospedado e que também tinha como alvo antigos e atuais membros de sua equipe.

A TASS, citando fontes não identificadas, relatou que Gudkov foi detido por 48 horas sob suspeita de que ele não pagou dívidas sob um contrato de um edifício não residencial entre 2015 e 2017. Gudkov pode permanecer preso por até cinco anos se for acusado e considerado culpado por um tribunal, segundo a TASS.

A detenção é a mais recente em uma ampla repressão contra oponentes do Kremlin antes de eleição parlamentar em setembro. O político da oposição Alexei Navalny é o crítico do Kremlin mais graduado que está preso.

Gudkov sugeriu na plataforma de mídia social Telegram, no início do dia, que o motivo pelo qual as autoridades o procuraram era político. “Não sei a razão formal para isso”, escreveu Gudkov. “Mas a (razão) real é clara.”

Separadamente, as autoridades russas fizeram uma operação no apartamento do ativista de oposição Andrei Pivovarov, na terça-feira (01), um dia depois de ele ser retirado de um avião e posto sob custódia.

A polícia retirou Pivovarov, diretor do grupo opositor hoje extinto Rússia Aberta, ligado ao ex-magnata do petróleo e crítico do Kremlin exilado Mikhail Khodorkovsky, de um voo que estava prestes a partir do aeroporto Pulkovo, de São Petersburgo, rumo a Varsóvia, na noite de segunda-feira (31).

Sua equipe disse que a polícia o interrogou, fez uma busca em seu apartamento e iniciou um processo criminal contra ele, na terça-feira (01), por supostamente violar a legislação russa sobre “organizações indesejáveis”.

“Estas situações nos mostram que eles têm medo de nós, e somos a maioria”, disse a conta de Twitter de Pivovarov.

O Comitê Investigativo de Krasnodar, uma região do sul russo, disse em um comunicado que iniciou um processo em reação a uma postagem de agosto de 2020 que pediu ao público que apoiasse o Rússia Aberta, segundo a agência de notícias Interfax.

O comitê não deu detalhes da postagem, nem mencionou Pivovarov, mas informou as mesmas acusações citadas por sua equipe.

A Rússia declarou o Rússia Aberta, que tem sede em Londres, um grupo “indesejável” em 2017, na prática proibindo suas atividades. Seus aliados na Rússia mantiveram o ativismo por meio de uma entidade legal separada para tentar se proteger de processos.

Senado da Rússia aprova lei para excluir opositores de eleições

O Senado da Rússia aprovou, na quarta-feira (2), uma lei que, na prática, proíbe que aliados de Alexei Navalny, o principal opositor de Vladimir Putin, possam disputar as eleições.

O texto do projeto determina que líderes, apoiadores e membros de entidades extremistas estão proibidos de participar de eleições —a Justiça provavelmente vai classificar as organizações de Navalny como extremistas.

A lei foi aprovada por 146 senadores, recebeu um voto contra e uma abstenção. Agora falta apenas a assinatura do presidente Vladimir Putin para que a regra entre em vigor.

Os críticos do governo russo afirmam que as autoridades do país estão ampliando a repressão da oposição antes das eleições parlamentares de setembro.

A nova lei afeta não apenas os líderes das organizações, como ativistas e dezenas de milhares de pessoas que fazem doações.

Os líderes das organizações regionais de Navalny não poderão disputar as eleições parlamentares durante cinco anos.

Os membros das organizações e aqueles que ajudaram a financiá-las serão proibidos de apresentar candidaturas durante três anos.

As autoridades russas toleraram durante anos os grupos de oposição, incluindo o movimento político de Navalny, mas os críticos do Kremlin dizem que agora Moscou pretende eliminar qualquer vestígio de dissidência.

Navalny, que sobreviveu a um grave envenenamento com um agente neurotóxico de origem russa, cumpre desde fevereiro uma pena de dois anos e meio de prisão por uma condenação por peculato.

Rússia deixará acordo que amenizou restrições de viagens a diplomatas dos EUA

A Rússia planeja anunciar sua saída iminente de um acordo pós-Guerra Fria, com os Estados Unidos, que amenizou restrições a diplomatas que viajam pelos respectivos países, disse o vice-ministro russo das Relações Exteriores, na quarta-feira (02).

O memorando de entendimento de 1992 sobre “terras abertas”, assinado após o colapso soviético, concordou em eliminar áreas fechadas nos respectivos territórios e permitir que os respectivos diplomatas viajem sem pedir permissão.

“Uma ordem do governo repudiando o memorando da Rússia sobre terras abertas está a caminho”, disse Sergei Ryabkov, segundo a agência de notícias Tass.

O chanceler russo Sergei Lavrov, assinalou a medida em abril como parte do pacote retaliatório de Moscou contra Washington depois que os EUA expulsaram 10 diplomatas russos devido a uma suposta interferência eleitoral e outras ações mal-intencionadas.

Os laços da Rússia com o Ocidente estão altamente tensionados devido à prisão de Alexei Navalny, um crítico do Kremlin, movimentações militares perto da Ucrânia e alegações de invasões cibernéticas russas, entre outras questões.

O presidente russo Vladimir Putin, e o presidente norte-americano Joe Biden, devem se encontrar para uma cúpula em Genebra no final deste mês.

Na segunda-feira (31), Ryabkov disse que seu país enviará o que descreveu como sinais “incômodos” aos EUA nos próximos dias.

UE e Bill Gates vão investir US$1 bi em tecnologias de baixo carbono

A União Europeia e um programa de investimento em energia fundado por Bill Gates planejam levantar até 1 bilhão de dólares para lançar as tecnologias de baixo carbono no quais a Europa está apostando para cumprir suas metas de mudança climática, disse a Comissão Europeia, nesta quarta-feira (02).

A parceria faria a Breakthrough Energy, fundada por Gates, usar capital privado e fundos filantrópicos para igualar o financiamento fornecido pela UE. O objetivo é levantar juntos o equivalente a 1 bilhão de dólares, de 2022 a 2026.

O apoio terá como alvo o hidrogênio produzido a partir de energia renovável, combustíveis de aviação sustentáveis, tecnologia para sugar CO2 da atmosfera e armazenamento de energia de longa duração, disse a Comissão.

Essas tecnologias são vistas como críticas para reduzir as emissões de grupos como a indústria pesada e a aviação, mas caras demais para serem ampliadas sem suporte e competir com alternativas mais baratas de combustíveis fósseis.

“A descarbonização da economia global é a maior oportunidade de inovação já vista no mundo”, disse Gates em um comunicado, acrescentando que a Europa terá um papel “crítico” graças à sua ambição climática e liderança em ciência e tecnologia.

“O mundo não pode esperar que as tecnologias se desenvolvam por conta própria”, disse a Comissão. A UE prometeu eliminar as suas emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2050.

Os investimentos se concentrarão em projetos de larga escala para reduzir o custo das tecnologias e incluirão subvenções e outros instrumentos financeiros.

Reino Unido recebe sinal verde para início de negociações sobre a adesão ao acordo comercial do Pacífico

Os países membros do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP, na sigla em inglês) concordaram, na quarta-feira (02), em permitir que o Reino Unido inicie o processo de adesão ao pacto, disse o ministro da Economia do Japão.

A decisão marca mais um passo nos esforços do Reino Unido para se afastar da Europa, construir influência global e formar novos laços comerciais com economias em crescimento mais rápido após sua saída da União Europeia no final de 2020.

O ministro da Economia do Japão Yasutoshi Nishimura, disse a repórteres que saudou o início do processo de adesão do Reino Unido após uma reunião online de ministros dos 11 países que compõem o acordo comercial.

“A potencial adesão do Reino Unido apoiaria os interesses mútuos, valores comuns e compromisso de manter o sistema comercial baseado em regras compartilhadas pelos membros do CPTPP”, disseram os 11 países membros em comunicado.

A adesão é vista pelos ministros britânicos como uma das várias maneiras de construir influência na região para ajudar a promover o livre comércio e agir como um contrapeso à China – acusada de minar o comércio e distorcer os mercados com subsídios estatais.

A ministra britânica do Comércio Liz Truss, disse que saudou a decisão e que apresentará seus planos ao Parlamento nas próximas semanas.

Mercado acionário europeu

Fechando a semana, na sexta-feira 28.05.21 – As bolsas da Europa fecharam em alta. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou ganho de 0,57%, aos 448,98 pontos. Em Paris, o índice CAC 40, avançou 0,75%, a 6.484,11 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX registrou ganho de 0,74% nesta sexta-feira, a 15.519,98 pontos. O índice italiano FTSE MIB subiu 0,45% nesta sexta-feira e 0,78% na semana, a 25.169,39 pontos. Em Madri, o IBEX 35 avançou 0,42%, a 9.224,60 pontos, com ganho semanal de 0,22%. Já o PSI 20, de Lisboa, caiu 0,13%, a 5.242,32 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 subiu 0,04%, a 7.022,61 pontos.

Na segunda 31.05.21 – A maioria das bolsas europeias fechou em baixa. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,49%, aos 446,76 pontos. O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuou 0,64% nesta segunda-feira, aos 15.421,13 pontos. o índice CAC 40, da Bolsa de Paris, encerrou o pregão em queda de 0,57%, aos 6.447,17 pontos, enquanto o IBEX 35, de Madri, cedeu 0,82%, aos 9.148,90 pontos, na mínima do dia. Já o PSI 20, de Lisboa, teve baixa maior, de 1,19%, aos 5.180,18 pontos, e terminou a sessão também na mínima intraday. Em Milão, o índice FTSE MIB contrariou o movimento geral e registrou alta na maior parte do dia, mas acabou fechando estável, aos 25.170,55 pontos.

Na terça-feira 01.06.21 – As praças europeias tiveram pregão positivo, exibindo ganhos após dados positivos da região. O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,75%, em 450,10 pontos, tendo tocado máxima histórica intraday durante o dia. Em Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,95%, a 15.567,36 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 0,66%, para 6.489,40 pontos. A petroleira Total (PA:TOTF) teve alta de 2,41%. Em Milão, o índice FTSE MIB registrou ganho de 0,60%, a 25.321,82 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,45%, a 9.189,70 pontos. Em Lisboa, o índice PSI 20 avançou 0,71%, para 5.216,79 pontos.

Na quarta-feira 02.06.21 – As Bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta. O índice Stoxx 600, que reúne os principais papéis da região, encerrou com ganho de 0,28%, a 451,34 pontos. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,39%, a 7.108,00 pontos. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,49%, a 6.521,52 pontos. Já o DAX, de Frankfurt, aumentou 0,23%, a 15.602,71 pontos. Em Milão, o FTSE MIB se valorizou 0,23%, a 25.379,69 pontos. O IBEX 35, de Madri, perdeu 0,10%, a 9.180,70 pontos e o PSI 20, de Lisboa, cedeu 1,08%, a 5.160,31 pontos.

Na quinta-feira 03.06.21 – As bolsas da Europa fecharam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou queda de 0,12%, aos 450,79 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,61%, a 7.064,35 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40, recuou 0,21%, a 6.507,92 pontos. As ações da ArcelorMittal cederam 1,74% e as da Airbus caíram 0,83%. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX registrou ganho de 0,19% hoje, a 15.632,67 pontos. O índice italiano FTSE MIB subiu 0,29%, a 25.452,33 pontos. Em Madri, o IBEX 35 cedeu 0,42%, a 9.142,40 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, caiu 0,76%, a 5.121,29 pontos.

China diz que vai permitir que cada casal tenha até três filhos

A China anunciou, na segunda-feira (31), que cada casal terá permissão para ter até três filhos. A decisão foi tomada depois que os dados do censo mostraram que a taxa de natalidade vem caindo no país desde 2017. Ainda não há data para a medida entrar em vigor.

A mudança foi aprovada durante uma reunião com o presidente Xi Jinping, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

Em 2016, a China aprovou uma flexibilização da política do filho único, que autorizou o nascimento do segundo filho. Ainda assim, os números continuaram em queda.

A população da China chegou a 1,411 bilhão de habitantes em 2020, segundo os resultados do seu censo, realizado a cada 10 anos. Em comparação à pesquisa de 2010, a população chinesa cresceu 5,38% (72 milhões de habitantes), segundo o Departamento Nacional de Estatísticas.

A população chinesa teve o menor crescimento em décadas nos últimos 10 anos, e em breve o país deve ser superado pela Índia em número de habitantes. A China prevê que a curva de crescimento populacional irá atingir o pico em 2027, quando a Índia deverá ultrapassá-la e se tornar o país mais populoso do mundo.

A população chinesa começará então a diminuir, até chegar a 1,32 bilhão de habitantes em 2050, segundo as projeções.

Já a Índia tem 1,38 bilhão de habitantes e sua população cresce a uma média de 1% por ano, segundo estudo divulgado no ano passado pelo governo do país.

A taxa de natalidade vem caindo na China desde 2017, mesmo com a flexibilização em 2016 da política do filho único. Demógrafos advertem que a China pode registrar o mesmo fenômeno de Japão e Coreia do Sul, que sofrem com excesso de idosos em comparação ao número de jovens e trabalhadores.

A taxa caiu para 10,48 a cada mil habitantes em 2019, o nível mais baixo desde a fundação da China comunista, em 1949. Foram 14,65 milhões de nascimentos.

A queda da taxa de natalidade tem várias razões: diminuição do número de casamentos, custo de vida e gravidez mais tardia das mulheres, que priorizam a carreira profissional, entre outras.

Em 2020, ano marcado pelo início da pandemia do novo Coronavírus, o número de nascimentos caiu ainda mais, para 12 milhões.

O porta-voz do Departamento Nacional de Estatísticas, Ning Jizhe, reconheceu que a pandemia “aumentou a incerteza da vida cotidiana e a preocupação com o nascimento de um filho”.

China tem negociações econômicas com 2ª autoridade dos EUA em uma semana

O vice-premiê chinês Liu He, trocou opiniões com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos Janet Yellen, sobre questões de “preocupação” mútua em sua segunda teleconferência virtual em uma semana com autoridades econômicas e comerciais do governo Biden.

Liu, que liderou as negociações por parte da China nas conversas comerciais sino-americanas depois que o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, entrou numa guerra comercial com Pequim – já havia tido uma conversa também “sincera” com a representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, em 26 de maio.

O envolvimento crescente da China com os chefes comerciais e econômicos da maior economia do mundo desde que Joe Biden assumiu o cargo, em janeiro, ocorre num momento em que o governo dos Estados Unidos critica Pequim por abusos de direitos humanos e busca reunir outras nações ricas para formar uma frente única contra o país asiático.

“A secretária Yellen discutiu os planos do governo Biden-Harris para apoiar uma recuperação econômica forte e contínua e a importância de cooperar em áreas que são do interesse dos EUA, ao mesmo tempo que abordou francamente questões preocupantes”, disse o Departamento do Tesouro dos EUA em um comunicado.

Na videochamada de Liu com Yellen, de quarta-feira (02), ambos os lados realizaram amplos intercâmbios sobre a situação macroeconômica e uma cooperação bilateral e multilateral, informou a agência de notícias chinesa Xinhua.

Inflação no Japão pode avançar no pós-pandemia, diz membro da diretoria do BC

Um mundo pós-pandemia de Coronavírus pode oferecer oportunidade para as empresas japonesas aumentarem os preços e ajudar o Banco Central a atingir sua meta de inflação de 2%, disse o membro da diretoria do banco central do Japão Seiji Adachi, na quarta-feira (02).

Mas há pouco que o banco central possa fazer além de manter “pacientemente” seu estímulo, disse Adachi.

“Um mundo pós-pandemia pode oferecer uma grande chance de atingir nossa meta de inflação de 2%”, se os varejistas puderem cobrar mais por seus serviços, ao contrário dos períodos anteriores de deflação no Japão, disse Adachi em coletiva de imprensa.

Atualmente, o Banco Central japonês limita os juros de longo prazo em torno de zero e compra grandes quantidades de títulos e ativos do governo para atingir sua meta de inflação de 2%.

O Banco Central pode precisar responder caso o iene aumente com as expectativas de que o Federal Reserve dos Estados Unidos diminuirá suas compras de ativos, embora seja difícil prever como os mercados reagirão a qualquer movimento desse tipo por parte do Fed, disse Adachi.

“Se o Banco irá responder dependerá de se (a redução do Fed) desencadeia um aumento do iene”, acrescentou.

China mostra otimismo sobre conversas comerciais com EUA

A China comemorou, na quinta-feira (03), a retomada de “debates normais” com os Estados Unidos nas frentes comercial e econômica, aparentemente disposta a superar uma guerra comercial ao dizer que os dois lados almejam resolver problemas pragmaticamente.

O vice-premiê chinês Liu He, que comanda as negociações comerciais com os EUA, realizou duas videochamadas com a representante comercial norte-americana Katherine Tai, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em uma semana, o que assinala o primeiro engajamento formal entre as duas partes em questões comerciais e econômicas no governo Biden.

As duas videochamadas duraram cerca de 50 minutos, disse o porta-voz do Ministério do Comércio Gao Feng, em uma coletiva de imprensa de rotina, acrescentando que as conversas começaram bem e que o comércio bilateral, as situações macroeconômicas e as políticas domésticas estiveram entre os tópicos.

Os debates para resolver vários problemas vêm na esteira de um período de relações tensas entre as duas maiores economias do globo, incluindo uma guerra comercial retaliatória de quase dois anos.

“A China e os Estados Unidos retomaram debates normais sobre economia e comércio”, disse Gao aos repórteres. “Buscar interesses comuns colocando diferenças de lado foi o consenso”.

Pequim também abordou suas preocupações específicas com base no desempenho de sua economia doméstica, disse ele.

“Na próxima etapa, os dois lados, no interesse dos dois países e do mundo, concordaram em trabalhar juntos e resolver pragmaticamente alguns temas específicos para produtores e consumidores e impulsionar os desenvolvimentos saudáveis do comércio sino-norte-americano e as relações econômicas”, disse Gao.

Washington emitiu comunicados sucintos sobre as conversas que enfatizaram interações sinceras com o lado chinês. Yellen e Tai disseram que aguardam debates futuros com Liu.

A mídia estatal chinesa também se concentrou no tom positivo das tratativas econômicas após as interações frias entre autoridades de política externa chinesas e norte-americanas de alto escalão em um encontro no Alasca em março.

As interações da semana passada estão “provocando otimismo a respeito de uma comunicação melhor entre as duas maiores economias do mundo”, noticiou o tabloide chinês estatal Global Times.

“Poderia ser construtivo para os dois lados compartilhar suas posturas em uma gama ampla de temas em disputa e tentar desemaranhar ao menos certos aspectos da rivalidade cada vez mais complexa e crescente”, disse o Global Times.

Mercado acionário asiático

Fechando a semana, na sexta-feira 28.05.21 – As ações da China caíram. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,3%, enquanto o índice de Xangai queda de 0,2%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,10%, a 29.149 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,04%, a 29.124 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,22%, a 3.600 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,32%, a 5.321 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,73%, a 3.188 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,62%, a 16.870 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,43%, a 3.178 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,19%, a 7.179 pontos.

Na segunda 31.05.21 – O mercado acionário da China avançou e registrou o maior ganho mensal em seis meses. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,2%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,41%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,99%, a 28.860 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,09%, a 29.151 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,41%, a 3.615 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,20%, a 5.331 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,48%, a 3.203 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,17%, a 17.068 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,45%, a 3.164 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,25%, a 7.161 pontos.

Na terça-feira 01.06.21 – As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente. Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,26%, a 3.624,71 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,41%, a 2.429,57 pontos, com ganhos liderados por ações de petrolíferas. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se valorizou 1,08% em Hong Kong, a 29.468,00 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,56% em Seul, a 3.221,87 pontos, e o Taiex subiu 0,55% em Taiwan, a 17.162,38 pontos. Exceção, o japonês Nikkei caiu 0,16% em Tóquio hoje, a 28.814,34 pontos, pressionado por ações de siderúrgicas e farmacêuticas. Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no vermelho, apagando ganhos de mais cedo no fim do pregão. O S&P/ASX 200 recuou 0,27% em Sydney, a 7.142,60 pontos.

Na quarta-feira 02.06.21 – As ações da China fecharam em baixa. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,97%, enquanto o índice de Xangai teve baixa de 0,76%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,46%, a 28.946 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,58%, a 29.297 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,76%, a 3.597 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,97%, a 5.289 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,07%, a 3.224 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,02%, a 17.165 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,82%, a 3.161 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,05%, a 7.217 pontos.

Na quinta-feira 03.06.21 – As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida. O Xangai Composto caiu 0,36%, a 3.584,21 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,34%, a 2.392,64 pontos. Em Hong Kong, o HSI perdeu 1,13%, a 28.966,03 pontos. No Japão, o PMI de serviços cedeu de 49,5 para 46,5, no mesmo intervalo, de acordo com a IHS Markit e o Jibun Bank. Ainda assim, o Nikkei, de Tóquio, conseguiu encerrar o pregão com ganho de 0,39%, a 2.9058,11 pontos.Em outras partes da Ásia, o Kospi, de Seul, ganhou 0,72%, a 3.247,43 pontos e o Taiex, de Taiwan, subiu 0,47%, a 17.246 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX, de Sidney, avançou 0,59%, a 7.260,10 pontos.

Irã não explica vestígios de urânio encontrados em suas instalações, aponta relatório de agência da ONU

O Irã não explicou os vestígios de urânio encontrados em diversos locais não declarados, mostrou um relatório da agência nuclear da ONU, na segunda-feira (31), possivelmente estabelecendo novas tensões diplomáticas entre Teerã e o Ocidente que podem comprometer negociações mais amplas por um acordo nuclear.

Três meses atrás; Reino Unido, França e Alemanha descartaram um plano endossado pelos EUA para que o Conselho de Governantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) criticasse o Irã pelo fracasso em explicar completamente a origem das partículas; as três potências retrocederam quando o diretor da AIEA Rafael Grossi anunciou novas negociações com o Irã.

“Após muitos meses, o Irã não providenciou a explicação necessária para a presença de partículas de material nuclear em qualquer uma das três localidades onde a Agência conduziu inspeções complementares”, afirma um relatório de Grossi aos países membros ao qual a Reuters teve acesso.

A decisão de retomar a pressão por uma resolução criticando o Irã agora cabe aos três governos europeus, e pode prejudicar as negociações mais amplas para ressuscitar o acordo nuclear de 2015, que já estão acontecendo em Viena. Grossi esperava reportar progresso antes da reunião do conselho na semana que vem.

“O diretor-geral está preocupado que as discussões técnicas entre a Agência e o Irã ainda não produziram os resultados esperados”, aponta o relatório.

“A falta de progresso em esclarecer as questões da agência que dizem respeito à correção e à integralidade das declarações de salvaguardas do Irã afetam seriamente a capacidade da agência em oferecer garantia da natureza pacífica do programa nuclear do Irã”, acrescenta o documento.

Em um relatório trimestral separado enviado também a Estados-membros na segunda-feira e visto pela Reuters, a agência ofereceu uma indicação do prejuízo feito à produção de urânio enriquecido do Irã após uma explosão seguida de corte de energia elétrica na instalação de Natanz no mês passado, incidente pelo qual Teerã culpa Israel.

Israel e Emirados Árabes assinam tratado para impulsionar cooperação econômica

Israel e os Emirados Árabes assinaram um tratado tributário, na segunda-feira (31), disse o Ministério das Finanças de Israel, descrevendo o movimento como um incentivo ao desenvolvimento de negócios entre os países depois que eles normalizaram as relações no ano passado, relatou a Reuters.

O Ministério das Finanças dos Emirados Árabes disse em outubro que havia chegado a um acordo preliminar com Israel para evitar a dupla tributação.

A convenção tributária, uma vez ratificada pelos ministros e pelo parlamento neste ano, será a 59ª de Israel e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022.

É o primeiro tratado tributário alcançado após a normalização das relações de Israel com os Emirados Árabes e Bahrein no ano passado. Paralelamente, Israel tem se esforçado para melhorar os laços com o Marrocos e o Sudão.

O tratado é baseado principalmente no modelo da OCDE, disse o ministro israelense das Finanças, Israel Katz, em um comunicado, acrescentando que “oferece certeza e condições favoráveis ​​para a atividade empresarial e fortalecerá os laços econômicos” com os Emirados Árabes.

Segundo o acordo, as deduções fiscais, os dividendos e os royalties são limitados.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gabi Ashkenazi, disse que o tratado permitirá uma promoção significativa de investimento e comércio que ajudará as economias de ambos os países.

Desde que um acordo de normalização foi assinado em setembro passado, bancos israelenses e dos Emirados e outras empresas assinaram acordos de cooperação, ao mesmo tempo em que estabelecem voos diretos.

Ex-político de centro-esquerda Herzog é eleito presidente de Israel

O Parlamento de Israel elegeu, na quarta-feira (02), o ex-político de centro-esquerda Isaac Herzog como presidente do país, um papel essencialmente simbólico, mas que também almeja promover a união entre grupos étnicos e religiosos.

Herzog derrotou a candidata rival Miriam Peretz, educadora e mãe de dois soldados de infantaria israelenses mortos em combate, por 87 votos a 26, em uma votação parlamentar.

Ele assumirá a presidência no mês que vem, substituindo Reuven Rivlin, que está encerrando seu mandato de sete anos.

Eleito ao Parlamento pela primeira vez em 2003, Herzog, de 60 anos, liderou o Partido Trabalhista e ocupou vários ministérios em governos de coalizão. Seu cargo público mais recente foi o de chefe da Agência Judaica para Israel, que incentiva a imigração.

Derrotado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em uma eleição nacional em 2015 para o cargo de premiê, Herzog foi escolhido como presidente no momento em que seu ex-adversário enfrenta a possibilidade de ser afastado por uma aliança multipartidária de desafiantes.

A batalha pelo posto de premiê provoca rancor na base da direita religiosa de Netanyahu. Muitos israelenses de esquerda exigem há tempos sua saída, já que ele está sendo julgado devido a acusações de corrupção, que ele nega.

O confronto do mês passado entre Israel e militantes palestinos em Gaza também desencadeou uma violência popular rara entre a maioria judia e a minoria árabe dentro das cidades israelenses.

Israel solicitará US$ 1 bilhão a mais em ajuda militar dos EUA

Israel solicitará um bilhão de dólares em ajuda urgente dos EUA após sua última rodada de ataques aéreos na Faixa de Gaza no mês passado, informou Axios.

Pelo menos 255 palestinos foram mortos, incluindo 66 crianças e 39 mulheres, e mais de 1.900 feridos em 11 dias de ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza.

A senadora norte-americana Lindsey Graham disse à Fox and Friends: “Haverá um pedido amanhã, eu acho, ou quinta-feira, dos israelenses ao Pentágono por um bilhão de dólares em ajuda para reabastecer as baterias da Iron Dome que foram usadas para defender Israel.”

O senador Graham, um membro sênior do Comitê de Apropriações do Senado que supervisiona a ajuda militar estrangeira, está atualmente visitando Israel, onde se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa, Benny Gantz.

De acordo com Graham: “Cada vez que alguém tenta destruir Israel, nossa resposta será mais ajuda, e isso começa com a reposição da Iron Dome. Um investimento de um bilhão de dólares seria um bom investimento para o povo americano.”

Ele diz que o pedido provavelmente será aprovado rapidamente por Washington.

“Houve uma grande disputa sobre o último confronto entre o Hamas e o Estado de Israel nos Estados Unidos, mas estou aqui para dizer que existe um amplo e profundo apoio a Israel dentro do Partido Democrata”, disse Graham.

Os US$ 1 bilhão em ajuda seriam adicionais aos US$ 3,8 bilhões em assistência militar que os EUA enviam a Israel a cada ano em um acordo de 10 anos assinado em 2016 pelo governo Obama, no qual o atual presidente Joe Biden atuou como vice-presidente.

Sarah Leah Whitson, diretora executiva do grupo de direitos humanos DAWN, escreveu no Twitter: “US $ 3,8 bilhões em doações anuais dos contribuintes para impor o apartheid israelense e chuva de terror sobre os palestinos não são suficientes”.

“Cada centavo a Israel aumenta a cumplicidade da América”, acrescentou Whitson.

Netanyahu luta por sobrevivência política atacando acordo para destroná-lo

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reagiu, na quinta-feira (03), a um acordo de seus oponentes para afastá-lo do cargo e formar um governo de partidos de esquerda, centro e direita.

Netanyahu, que encara a perspectiva do fim de seus 12 anos no poder, disse no Twitter que “todos os parlamentares eleitos por votos da direita precisam se opor a este governo de esquerda perigoso”, e mirou a participação árabe histórica na coalizão.

O líder de direita preparou o ataque na rede social um dia depois do anúncio do político de centro Yair Lapid, feito cerca de 35 minutos antes do prazo da noite de quarta-feira (02), de que conseguiu formar um governo de coalizão.

Conforme o acordo, o nacionalista Naftali Bennett, de 49 anos, ex-ministro da Defesa e milionário do setor de tecnologia, assumirá como premiê e cederá o posto a Lapid, ex-apresentador de televisão e ministro das Finanças de 57 anos, em cerca de dois anos.

Uma sessão parlamentar na qual o governo poderia ser aprovado por uma maioria simples pode demorar até 12 dias, disse Avigdor Lieberman, político da extrema-direita e membro da nova coalizão.

Como muitos acreditam que o presidente do Parlamento, que é fiel a Netanyahu, tentará repelir qualquer manobra legislativa para antecipar a votação, o primeiro-ministro poderia usar o período para tentar torcer alguns braços.

O acordo de coalizão coroou uma eleição de 23 de março na qual nem o partido Likud de Netanyahu e seus aliados, nem seus opositores obtiveram maioria na legislatura – foi a quarta votação nacional em Israel em dois anos.

A composição do governo contempla uma colcha de retalhos de partidos pequenos e médios de todo o espectro político, incluindo pela primeira vez na história do país um que representa sua minoria árabe de 21%, a Lista Árabe Unida (UAL).

No Twitter, Netanyahu – que certa vez foi acusado de racismo por pedir aos seus apoiadores que fossem votar porque “árabes estão indo às urnas em bandos – sublinhou os laços da nova aliança com o líder da UAL, Mansour Abbas.

Netanyahu publicou um vídeo antigo de Bennett dizendo que Abbas “visitou assassinos terroristas na prisão” após um ataque de 1992 no qual cidadãos árabes de Israel mataram três soldados.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br | www.reuters.com | www.istoedinheiro.com.br | www.infomoney.com.br | www.uol.com.br | www.invest.exame.com | www.cnnbrasil.com.br | www.olhardigital.com.br | www.estadao.com.br | www.cnnbrasil.com.br | www.jornaleconomico.sapo.pt | www.cnnbrasil.com.br

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
04/06/2021