Cenário Econômico Internacional – 11/06/2021

Cenário Econômico Internacional – 11/06/2021

Cenário Econômico Internacional – 11/06/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Econômico Internacional desta semana:

  • FMI e Banco Mundial pedem que G7 libere vacinas excedentes e aumente transparência
  • G7 fecha “acordo histórico” sobre criação de imposto global
  • Chefe da OIT diz que impacto da pandemia no trabalho é “cataclísmico”
  • França investiga riqueza de chefe do Banco Central do Líbano
  • G7 precisa “lidar com o desafio das criptomoedas”, afirma conselheiro de Biden
  • Crise climática penalizará G7 duas vezes mais que pandemia, sugere estudo
  • Situação Covid-19 no Brasil e no mundo
  • Governo de Cuba aprova criação de pequenas e médias empresas privadas
  • Biden amplia lista de empresas chinesas proibidas para investimentos dos EUA
  • Com fim de seguro-desemprego e estádios cheios, junho pode iniciar recuperação dos EUA
  • EUA recuperam US$ 2,3 milhões em criptomoedas pagos a hackers que atacaram oleoduto da Colonial Pipeline
  • EUA formam grupos de especialistas para suspender restrições globais de viagem
  • Biden espera rever “toda a amplitude” dos laços entre Estados Unidos e Turquia
  • Alemanha e EUA conversam sobre preocupações com gasoduto da Rússia
  • Casa Branca espera ver gargalos de oferta resolvidos nas próximas semanas
  • Governo Biden cria “força-tarefa” para ir atrás da China no comércio
  • Com 99% dos votos apurados, eleição segue indefinida no Peru
  • Congresso de El Salvador aprova lei para adotar bitcoin como moeda de curso legal
  • Mercado acionário
  • Dólar
  • Putin promulga lei que tira Rússia de tratado de vigilância militar
  • Rússia ameaça deixar Estação Espacial após sanções dos EUA
  • Queda do PIB da zona do euro no 1º trimestre é revisada de 0,6% para 0,3%
  • Investimento público em Portugal foi o mais baixo da zona euro em 2020
  • Tensão entre Reino Unido e UE aumenta por causa da Irlanda do Norte
  • Exportações Alemanha têm leve aumento em abril
  • Inflação na zona do euro deve subir mais no 2º semestre e então cair, diz Lagarde
  • BCE mantém ritmo forte de compras de títulos
  • Movimento de Navalny promete seguir lutando contra a corrupção na Rússia
  • Chanceler russo adverte os EUA sobre apoio aos separatistas na Síria
  • Mercado acionário europeu
  • China: EUA violam leis de mercado ao proibir investimentos em empresas chinesas
  • Japão teve redução recorde no número de nascimentos em 2020
  • China ampliou liderança na origem de importações brasileiras em 2020
  • Japão prometerá reforma fiscal em plano econômico, aponta esboço
  • Turquia descobre mais 135 bilhões de metros cúbicos de gás natural no Mar Negro
  • Importações da China crescem no ritmo mais forte em uma década em maio
  • Retração do PIB do Japão no 1º trimestre é revisada de 1,3% para 1%
  • China tornará políticas macroeconômicas mais direcionadas, diz gabinete
  • China defende laços culturais com Japão em meio a fúria nacionalista virtual
  • Presidente do BC da China diz que inflação está sob controle
  • China aprova lei anti-sanções para combater medidas estrangeiras
  • Novos empréstimos na China sobem levemente em maio, a 1,5 trilhão de yuans
  • O monstro de US$ 5 trilhões que atormenta a economia do Japão em 2021
  • Turquia se propõe a assumir o aeroporto de Cabul com saída da OTAN
  • Mercado acionário da Ásia
  • Israel se junta ao exercício da força aérea na Itália ao lado da USAF e RAF
  • Emirados Árabes Unidos tomam medidas para recuperar sua imagem e conter a lavagem de dinheiro
  • Príncipe herdeiro saudita encontra chanceler britânico em Neom
  • Irã diz que conversas nucleares não mudam após eleição presidencial
  • Irã escolhe presidente em 18 de junho, com o ultraconservador Raisi como favorito
  • Economia em crise, a prioridade na eleição presidencial no Irã
  • Irã refuta comentários da agência nuclear sobre pouca cooperação bilateral

FMI e Banco Mundial pedem que G7 libere vacinas excedentes e aumente transparência

Os chefes do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial pediram, na quinta-feira (3), ao G7 que libere qualquer excesso de vacinas da Covid-19 para países em desenvolvimento o mais rápido possível e aos fabricantes que acelerassem produção.

Em uma declaração conjunta ao G7, a diretora-gerente do FMI Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial David Malpass, também apelaram aos governos, empresas farmacêuticas e grupos envolvidos na aquisição de vacinas para aumentar a transparência sobre a contratação, financiamento e entregas.

“Distribuir vacinas mais amplamente é uma necessidade econômica urgente e um imperativo moral,” disseram eles. “A pandemia do Coronavírus não vai acabar até que todos tenham acesso às vacinas, incluindo pessoas nos países em desenvolvimento.”

G7 fecha “acordo histórico” sobre criação de imposto global

Os ministros das Finanças do G7 fecharam um acordo, no sábado (5), para a criação de um imposto global de, ao menos, 15% para as grandes empresas.

Segundo o ministro das Finanças do Reino Unido Rishi Sunak, anfitrião do evento de dois dias, o documento é um “momento histórico” e é o anúncio de uma reforma tributária mundial, “mas adaptada à era digital”.

Para Sunak, a taxação é justa porque também dificulta a existência de paraísos fiscais, onde essas empresas remetem seus lucros para pagar menos ou nenhum imposto. O britânico ressaltou que “as maiores empresas globais, com margens de lucro acima de 10%, verão cerca de 20% de todos os lucros acima desse limite realocados e tributados nos países onde as vendas foram realizadas”.

Por meio de um comunicado; Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá se comprometeram a apoiar o acordo durante a reunião do G20, que será realizada no mês que vem em Veneza. Nesse encontro, aí com as 20 maiores economias mundiais, é esperado que um documento formal seja assinado.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos Janet Yellen, destacou que a medida “é um compromisso sem precedentes que colocará fim à corrida para a diminuição na taxação de empresas, assegurando igualdade para os trabalhadores nos Estados Unidos e em todo o mundo”.

O comissário europeu da Economia Paolo Gentiloni, pontuou que a decisão deste sábado “é um grande passo para um acordo global sem precedentes sobre a reforma tributária para taxação de empresas”.

“Foi um encontro positivo que nos permitiu construir pontes sobre questões cruciais. A possibilidade de um acordo global aumentou notavelmente. Nós precisamos fazer um último esforço para expandir esse consenso aos membros do G20 e a todos os países envolvidos, incluindo a OCDE”, acrescentou o italiano.

A aplicação da taxa única, especialmente nas chamadas “big techs”, as empresas de tecnologia mundiais, é alvo de discussões há anos e não são poucos os processos judiciais que discutem para onde os impostos devem ser pagos, com brigas que também invadem o campo político.

Recentemente, os próprios norte-americanos anunciaram a aplicação e a suspensão por 180 dias de um novo imposto de resposta por uma “tarifa digital” anunciada por seis países contra empresas dos EUA.

Chefe da OIT diz que impacto da pandemia no trabalho é “cataclísmico”

O chefe da Organização Internacional do Trabalho (OIT) descreveu, na segunda-feira (7), o impacto da pandemia de Covid-19 no mundo do trabalho como “cataclísmico” e muito pior do que o da crise financeira de 2008.

Em abertura da conferência ministerial da OIT, que durará duas semanas, o diretor-geral Guy Ryder também alertou sobre uma recuperação econômica desigual após a pandemia, impulsionada em parte pela desigualdade na distribuição de vacinas.

“O impacto tem sido devastador, cataclísmico”, disse Ryder. “Como um todo, isso representa uma crise mundial do trabalho quatro vezes mais severa do que a crise financeira de 2008-2009.”

A agência das Nações Unidas disse, na semana passada, que pelo menos 220 milhões de pessoas no mundo devem permanecer desempregadas neste ano e que as perdas de empregos relacionadas à pandemia não serão compensadas até pelo menos 2023.

“À medida que olhamos cada vez mais para o processo de recuperação, com algumas economias crescendo rapidamente, muito rapidamente e empregos agora sendo criados em grande velocidade, acho que precisamos estar conscientes de como a recuperação será desigual se continuar em sua trajetória atual”, disse Ryder.

França investiga riqueza de chefe do Banco Central do Líbano

A França abriu uma investigação preliminar sobre a riqueza do governador do Banco Central do Líbano Riad Salameh, informou a AFP ontem.

A investigação foi aberta no final de maio por promotores financeiros em Paris para investigar “associação criminosa e lavagem de dinheiro por Salameh”, acrescentou a AFP, citando fontes próximas à investigação e uma fonte judicial francesa. Duas outras ações judiciais foram movidas em abril pelo promotor anticorrupção de Paris contra a “grande fortuna de Salameh na Europa”.

Os resultados da investigação podem lançar luz sobre as origens da riqueza do homem de 70 anos.

Outra queixa criminal já foi apresentada contra Salameh e pessoas próximas a ele, incluindo seu irmão Raja, seu filho Nadi, um sobrinho, e sua assistente no Banco Central Marianne Howayek, por “construir fraudulentamente uma vasta fortuna na Europa”.

Salameh enfatizou que sua riqueza provém de “heranças, sua carreira bancária e investimentos legítimos desde que assumiu o cargo em 1993”.

Desde 2019, o Líbano foi atingido por sua pior crise econômica, um colapso do valor da moeda nacional e a imposição de restrições bancárias que proíbem as transferências bancárias para fora do país. O Banco Mundial afirma que a crise é uma das piores desde o século XIX.

G7 precisa “lidar com o desafio das criptomoedas”, afirma conselheiro de Biden

Na segunda-feira (7), em uma coletiva de imprensa da Casa Branca, o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan abordou receios sobre ransomware e os crescentes ataques visíveis a empresas de alto nível e de infraestrutura pública nas últimas semanas.

Mais especificamente, em resposta a uma pergunta sobre os objetivos de combate ao ransomware para uma futura reunião do G7, Sullivan disse que a administração desejava apresentar “o início de plano de ação que cobre inúmeras áreas cruciais”.

Uma das áreas que Sullivan identificou foi “como lidar com o desafio das criptomoedas que se encontram no centro de como esses ataques de ransomware são realizados”.

“Ransomware é uma prioridade de segurança nacional”, continou Sullivan, repetindo comentários que diversos membros da Casa Branca fizeram nas últimas semanas.

O fechamento temporário da Colonial Pipeline em maio, além do mais recente ataque à fornecedora de carne bovina JBS colocaram ransomware em evidência global. A administração culpa organizações cibercriminosas da Rússia.

Os comentários de Sullivan vieram logo após o que aconteceu na reunião do presidente Biden com o presidente Putin em meio a crescentes tensões e suspeitas globais de que esses grupos criminosos estão operando com, pelo menos, o consentimento tático do governo russo.

Crise climática penalizará G7 duas vezes mais que pandemia, sugere estudo

As economias dos países ricos terão uma retração duas vezes maior do que a registrada durante a pandemia de Covid-19 caso não consigam enfrentar o aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa, sugere um novo estudo feito pela Oxfam e pelo Swiss Re Institute.

O estudo foi publicado às vésperas de um encontro dos líderes do G7 — Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália — e da União Europeia para debater sobre a economia global, vacinas e a crise climática. O evento está marcado para a próxima sexta-feira 11.

Por causa da pandemia de Covid-19, as economias do G7 diminuíram cerca de 4,2% em média. As perdas econômicas decorrentes da crise climática até 2050, no entanto, seriam superiores. Os países membros do G7, as maiores economias industrializadas do mundo, perderão 8,5% do Produto Interno Bruto anualmente, o equivalente a cerca de 4 bilhões de euros, dentro de 30 anos, se as temperaturas subirem 2,6°C, como é esperado que aconteça.

Um aumento de 2,6°C na temperatura, além disso, resultaria em uma perda de 12,5% da produção da Austrália. A Coreia do Sul, por sua vez, perderia quase um décimo de seu potencial econômico, enquanto a economia indiana seria cortada em um quarto.

“A crise climática já está devastando vidas em países mais pobres, mas as economias mais desenvolvidas do mundo não estão imunes”, diz Danny Sriskandarajah, chefe-executivo da Oxfam no Reino Unido.

O estudo afirma que a economia do Reino Unido, por exemplo, pode perder 6,5% por ano até 2050 nas atuais políticas e projeções, em comparação com 2,4% se os objetivos do acordo climático de Paris fossem atingidos.

Segundo Jerome Haegeli, economista-chefe do Swiss Re, “as alterações climáticas são o risco número um a longo prazo para a economia global”. Para isso, é preciso “mais progresso por parte do G7, não só obrigações de redução de CO2, mas também ajudar os países em desenvolvimento”.

Preparando o palco para o encontro dos líderes dos G7, os ministros das Finanças das sete principais economias mundiais se encontraram no último fim de semana. Entre outros pontos abordados, concordaram em dar um passo para exigir que empresas divulguem seus riscos climáticos, algo que consideram crucial para a transição energética.

“Somos a favor da publicação obrigatória de dados financeiros relacionados ao clima, que forneçam informações confiáveis e úteis para a tomada de decisões aos participantes do mercado”, declararam as autoridades em um comunicado conjunto ao final de dois dias de reuniões em Londres.

As declarações obrigatórias, que incluem dados de emissões de CO2, serão aplicáveis a todas as grandes empresas e têm objetivo de avaliar melhor o impacto financeiro da crise climática, além de apoiar a transição ecológica dos países que desejam alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

A medida também é favorável a investidores que financiam grandes grupos e que estão cada vez mais preocupados com o impacto das mudanças climáticas nas empresas, seja por seus resultados, seja por sua reputação.

Situação Covid-19 no Brasil e no mundo

A vacina contra o novo Coronavírus começou a ser administrada em diversos países. A primeira dose foi dada no Reino Unido ainda em 2020, e a tendência é que a imunização se espalhe pelo mundo, a depender das ações de cada um dos governos.

De acordo com o rastreador global de vacinas do New York Times, mais de 2,22 bilhões de doses de vacinas foram administradas em todo o mundo, o equivalente a 29 doses para cada 100 pessoas.

O Brasil chegou, na quarta-feira (9), à marca 51.846.929 de vacinados com a primeira dose do imunizante contra o Coronavírus, o equivalente a 24,48% da população nacional. Até o momento, 23.418.325 receberam a dose de reforço de vacina contra a doença, o correspondente a 11,06% da população do país.

Globalmente, mais de 3,7 milhões de pessoas morreram do vírus e mais de 174 milhões de pessoas foram infectadas. Já o Brasil contabiliza 479.791 óbitos e 17.125.357 casos.

Governo de Cuba aprova criação de pequenas e médias empresas privadas

O governo finalmente disse “sim” à criação de pequenas e médias empresas privadas em Cuba. A reunião do Conselho de Ministros, na quarta-feira (2), deu o tão esperado sinal verde. Mas isso não deve ser visto como uma privatização da economia, alerta o governo cubano.

O presidente Miguel Diaz-Canel, recentemente nomeado primeiro secretário do Partido Comunista Cubano, parece querer acelerar as reformas econômicas e mudar mentalidades.

“Devemos acabar com os entraves burocráticos que impedem o desenvolvimento dos atores econômicos e, em particular, das empresas estatais”, disse.

Restava agora instituir uma lei sobre as pequenas e médias empresas, que poderão se desenvolver em determinados setores de atividade, como é o caso dos empresários independentes.

Os trabalhadores do setor privado representam 13% da população ativa cubana e há vários anos aguardam uma lei para as pequenas e médias empresas. Alguns já expressaram desapontamento por este ser apenas um anúncio, ainda sem data de implementação.

“Mas temos que ir devagar”, acredita o primeiro-ministro cubano Manuel Marrero Cruz. “Este é um progresso contínuo. Avançamos sem pressa, mas sem parar. Porque o mais importante neste processo gradual é evitar ter que voltar atrás”, disse ele.

Espera-se que a lei das PME seja adotada em 2022. Para alguns, o governo cubano está preparando o terreno. Esses anúncios são vistos como um sinal enviado à administração de Joe Biden nos Estados Unidos para atrair investidores norte-americanos em potencial para essas futuras empresas privadas.

Biden amplia lista de empresas chinesas proibidas para investimentos dos EUA

O presidente Joe Biden ampliou a lista de empresas chinesas que não podem receber investimentos dos EUA, já que são acusadas por Washington de terem laços com os militares chineses, anunciou a Casa Branca, na quinta-feira (3).

“Este decreto autoriza os Estados Unidos a proibir – de maneira seletiva e circunscrita – os investimentos americanos em empresas chinesas que violem a segurança ou os valores democráticos dos Estados Unidos e de nossos aliados”, disse o comunicado.

A lista passa de 31 para 59 empresas, marcadas por apoiar o complexo militar e de segurança chinês.

Essa expansão afeta empresas ligadas à tecnologia de vigilância chinesa usada para “facilitar a repressão ou graves abusos dos direitos humanos”, que “minam a segurança ou os valores democráticos dos Estados Unidos e de nossos aliados”, segundo o comunicado da Casa Branca.

A lista, iniciada durante a administração de Donald Trump (2017-2020), inclui grandes grupos de vários setores, como a fabricante de telefones Huawei, a petrolífera CNOOC, a China Railway Construction, a China Mobile, a China Telecom e até mesmo a empresa de videovigilância Hikvision.

Com fim de seguro-desemprego e estádios cheios, junho pode iniciar recuperação dos EUA

Catorze meses depois de a pandemia desencadear uma emergência nacional, o capítulo final da recuperação econômica dos Estados Unidos pode começar neste mês, com mudanças rápidas que começam com o fim dos benefícios adicionais a desempregados em metade dos Estados e terminam com a reabertura esperada de escolas e universidades.

No meio tempo, os estádios de beisebol devem voltar a receber público máximo, e no dia 15 de junho, a Califórnia, a maior economia estadual do país, eliminará suas últimas restrições dos tempos de Covid-19 e permitirá que bares, restaurantes e outros negócios rumem para a normalidade.

No mesmo dia, em Washington, o Federal Reserve deve iniciar um debate sobre quando e como tirar sua política monetária de combate à crise e se voltar para o manejo do que se espera que será uma grande expansão econômica.

As dúvidas sobre que aspecto a economia pós-pandemia terá são muitas: quantas pessoas voltarão a trabalhar? Quantos negócios terão sobrevivido ou fechado? Quão resistente o país será quando as assistências da pandemia forem encerradas? As respostas devem começar a surgir em breve.

“A ocasião é realmente ótima”, disse Tyson Herzog gerente-geral da Porchlight Brewing Co., sobre o fim das restrições da Califórnia em tempo para o verão, já que estas fecharam muitos restaurantes durante partes do ano passado e os sujeitaram a limites rigorosos durante a luta contra o vírus.

Desde que a distribuição de vacinas contra o Coronavírus começou em dezembro, projeções apontam para números recordes neste ano, inclusive o crescimento anual mais rápido do Produto Interno Bruto (PIB) em quase 40 anos.

Mais de 60% das pessoas de 12 anos ou mais já estão ao menos parcialmente vacinadas. A taxa de novas infecções e mortes despencou, e a confiança, as viagens e a socialização aumentam constantemente, assim como o comércio que acompanha tudo isto.

Mas nem tudo está bem encaminhado. Em maio, as empresas criaram 559 mil empregos, mas o número total continua 7,6 milhões abaixo daquele do início de 2020. Cerca de 3,6 milhões de pessoas estão desempregadas, e a força de trabalho encolheu em 3,5 milhões.

EUA recuperam US$ 2,3 milhões em criptomoedas pagos a hackers que atacaram oleoduto da Colonial Pipeline

Os Estados Unidos recuperaram US$ 2,3 milhões em criptomoedas que foram entregues como pagamento de resgate a hackers durante ataque a oleodutos da Colonial Pipeline, informou o Departamento de Justiça americano, na segunda-feira (7).

A extorsão foi realizada em maio passado, quando a invasão cibernética paralisou completamente um oleoduto da empresa e roubou mais de 100 GB de informações. No início de junho, um ataque similar fez a JBS suspender o funcionamento de unidades nos Estados Unidos, Canadá e Austrália.

EUA formam grupos de especialistas para suspender restrições globais de viagem

O governo do presidente dos Estados Unidos Joe Biden, está formando grupos de especialistas com Canadá, México, União Europeia e Reino Unido para determinar como retomar com segurança as viagens internacionais após 15 meses de restrições pela pandemia de Coronavírus, afirmou uma autoridade da Casa Branca, na terça-feira (8).

Uma outra autoridade norte-americana disse que o governo não irá agir rapidamente para suspender os decretos que impedem grande parte do mundo de entrar nos Estados Unidos por conta do tempo que irá levar para que os grupos façam seus trabalhos.

“Embora não estejamos reabrindo as viagens hoje, esperamos que esses grupos de trabalho de especialistas nos ajudem a usar nosso conhecimento coletivo para traçar um caminho à frente, com o objetivo de reabrir as viagens internacionais com nossos principais parceiros quando for determinado que é seguro fazê-lo”, afirmou a autoridade da Casa Branca.

A fonte disse que “qualquer decisão será completamente guiada por análises objetivas e recomendações de especialistas médicos e de saúde pública”. Os grupos serão liderados pela equipe de resposta da Casa Branca à Covid-19, e pelo Conselho de Segurança Nacional, e vão incluir o Centro de Controle de Doenças (CDC) e outras agências.

O CDC informou, na terça-feira (8), que vai atenuar as recomendações de viagens para 110 países e territórios, incluindo Canadá, México, Japão, África do Sul e Irã.

A diretora do CDC, Rochelle Walensky, disse que as restrições de viagem estão sujeitas a “conversas entre agências, e estamos observando os dados em tempo real para ver como deveríamos avançar com isso”.

Biden espera rever “toda a amplitude” dos laços entre Estados Unidos e Turquia

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden, está ansioso para rever a “amplitude total” dos laços entre os EUA e a Turquia quando se encontrar com seu homólogo turco no final deste mês, disse um oficial de alto nível na segunda-feira.

O conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, disse que a reunião, planejada para ser realizada à margem da cúpula da OTAN em Bruxelas, em 14 de junho, apresenta “uma oportunidade de negócios para rever” laços bilaterais, dizendo que Biden e Erdogan “estão ambos ansiosos pela oportunidade”.

“E o presidente Biden conhece muito bem Erdogan”, disse Sullivan durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca.

Os líderes abordarão as situações no Mediterrâneo Oriental, Síria, Irã, Nagorno-Karabakh e “o papel que a Turquia desempenhará no futuro com relação às negociações e à diplomacia no Afeganistão”, disse Sullivan.

Eles também abordarão “como os EUA e a própria Turquia lidarão com algumas de nossas diferenças significativas sobre valores e direitos humanos, e outras questões”, acrescentou ele.

Alemanha e EUA conversam sobre preocupações com gasoduto da Rússia

O secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken, afirmou, na terça-feira (8), que a Alemanha está cooperando para mitigar os efeitos de um oleoduto da Rússia, após a criticada decisão de Washington de renunciar às sanções.

O governo do presidente Joe Biden, no mês passado, desistiu de sancionar o construtor do gasoduto Nord Stream 2, que fornecerá energia para a Alemanha, recebendo elogios de Moscou a poucos dias da cúpula com o presidente Vladimir Putin, marcada para o dia 16.

Blinken, criticado no Congresso por essa decisão, disse que a construção do gasoduto estava avançada demais para ser interrompida.

O Nord Stream 2, originalmente programado para ficar operacional no início de 2020, quer dobrar a capacidade de fornecimento de gás natural russo para a Europa.

Casa Branca espera ver gargalos de oferta resolvidos nas próximas semanas

A Casa Branca espera que os gargalos na cadeia de fornecimento mundial e o aumento dos preços de alguns produtos sejam temporários e se resolvam nas próximas semanas, disse a vice-diretora do Conselho Econômico Nacional, na terça-feira (8).

Sameera Fazili disse, na Casa Branca, que o aumento dos preços e outras questões foram, em grande parte, fruto de uma recuperação mais rápida do que o esperado da economia norte-americana, que estimulou uma demanda inesperadamente alta por determinados produtos.

Ela disse que o setor privado também desempenhará um papel na abordagem das vulnerabilidades estruturais de longo prazo nas cadeias de fornecimento dos Estados Unidos.

Governo Biden cria “força-tarefa” para ir atrás da China no comércio

Os Estados Unidos terão como alvo a China em uma nova “força-tarefa” para combater práticas comerciais desleais, informou o governo Biden, na terça-feira (8), enquanto divulgava as conclusões de uma revisão do acesso norte-americano a produtos essenciais, de semicondutores a baterias de veículos elétricos.

A “força-tarefa comercial da cadeia de abastecimento”, liderada pela representante comercial dos EUA, buscará violações específicas que contribuíram para um “esvaziamento” das cadeias de abastecimento que poderiam ser resolvidas com ações comerciais, inclusive em relação à China, disseram autoridades do governo a repórteres.

As autoridades também disseram que o Departamento do Comércio estava considerando iniciar uma investigação da Seção 232 sobre o impacto da segurança nacional das importações de ímã de neodímio usados em motores e outras aplicações industriais, que os Estados Unidos importam em grande parte da China.

O presidente Joe Biden pediu a revisão das cadeias de abastecimento em fevereiro, exigindo que as agências executivas relatem dentro de 100 dias os riscos para o acesso dos EUA a bens essenciais, como aqueles usados em produtos farmacêuticos e minerais de terra rara, dos quais os Estados Unidos são dependentes de fornecedores estrangeiros.

Embora não seja explicitamente dirigida à China, a revisão faz parte de uma estratégia mais ampla do governo Biden para fortalecer a competitividade dos EUA em face dos desafios econômicos impostos pela segunda maior economia do mundo.

“Os semicondutores são os blocos de construção que sustentam grande parte da nossa economia e são essenciais para a nossa segurança nacional, nossa competitividade econômica e nossas vidas diárias”, disse a secretária de Comércio dos EUA Gina Raimondo.

Os Estados Unidos enfrentaram sérios desafios para obter equipamentos médicos durante a pandemia de Covid-19 e agora enfrentam enormes gargalos em várias áreas, incluindo chips de computador, paralisando a produção de bens como carros.

Com 99% dos votos apurados, eleição segue indefinida no Peru

Com 99,795% das urnas processadas e 98,338% delas contabilizadas, na manhã da quarta-feira (9), as eleições presidenciais no Peru continuam indefinidas após três dias de apuração.

Pedro Castillo, do partido Perú Libre, continua à frente, com 50,206% dos votos válidos, enquanto Keiko Fujimori, do Fuerza Popular, tem 49,794%, segundo o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (ONPE, na sigla em espanhol). A diferença é de apenas 0,412 ponto percentual (71.764 votos).

Na segunda-feira (7), Fujimori fez acusações de fraudes na eleição, mas observadores internacionais avalizaram processo eleitoral peruano. O Perú Libre rechaçou as acusações.

A candidata da direita conservadora chegou a liderar a disputa no início da apuração, com os votos da capital Lima e das grandes cidades, mas foi ultrapassada pelo candidato da esquerda radical com os votos do interior.

No dia da eleição, ambos os candidatos haviam se comprometido a aceitar o resultado das urnas. É a terceira disputa presidencial de Keiko, que na eleição de 2016 perdeu para o banqueiro Pedro Paulo Kuczynski por 50,12% a 49,88% e não reconheceu a derrota.

Com projetos antagônicos, os candidatos chegaram ao segundo turno praticamente empatados nas pesquisas. Quem vencer tomará posse em 28 de julho, dia em que o Peru comemora o bicentenário de sua independência, e assumirá um país que atravessa grave crise política e sanitária.

Castillo é professor de escola rural e tem forte apoio nas áreas rurais do “Peru profundo”. O líder sindical liderou a disputa no primeiro turno, mas caiu nas pesquisas de opinião com o temor de peruanos que o país se transforme “em uma nova Venezuela”, devido a suas posições extremas.

Castillo chegou a prometer no início da campanha desativar o Tribunal Constitucional e dizia que a Suprema Corte do país defendia a “grande corrupção”. Ele também ameaçou fechar o Congresso se os parlamentares não aceitarem seus planos.

Ao longo da corrida presidencial, Castillo mudou um pouco o tom e prometeu seguir a Constituição “enquanto ela estiver em vigor”, mas disse que buscará uma nova Constituinte caso seja eleito.

Ele se tornou nacionalmente conhecido em 2017, após liderar uma greve de professores de quase três meses por aumento dos salários — uma das bandeiras que ele manteve ao longo da campanha.

Keiko Fujimori é filha de Alberto Fujimori, ex-presidente autoritário do Peru que governou o país na década de 90 e está preso. Ela também chegou a ficar vários meses detida, acusada de corrupção na Lava Jato, escândalo que atingiu políticos de praticamente todos os partidos do país.

A herdeira política do fujimorismo entrou na política há 15 anos, com a missão de reconstruir praticamente das cinzas o movimento político de direita fundado por seu pai, e tenta ser eleita a primeira presidente do Peru.

Na campanha, ela tentou se colocar como representante da democracia e prometeu respeito à Constituição, mas o sobrenome Fujimori faz com que ela tenha muita rejeição — sobretudo por ainda elogiar o pai.

A candidata do partido Força Popular também priorizou o discurso de moralização na política e de combate ao crime, mesmo envolvida em escândalos de corrupção e tendo sido presa.

Congresso de El Salvador aprova lei para adotar bitcoin como moeda de curso legal

O Congresso de El Salvador aprovou, na madrugada de quarta-feira (9), uma lei que classificará o bitcoin como uma moeda de curso legal no país, o que faz da nação da América Central a primeira a adotar uma criptomoeda, com o objetivo de dinamizar sua economia.

“A presente lei tem como objeto a regulamentação do bitcoin como moeda de curso legal, irrestrito com poder liberatório, ilimitado em qualquer transação”, afirma um trecho do artigo 1 da norma aprovada, denominada Lei Bitcoin, que será enviada para a respectiva promulgação pelo presidente Nayib Bukele.

A Lei Bitcoin tem apenas 16 artigos e foi aprovada com os votos de 62 deputados, incluindo os 56 da bancada do partido majoritário Novas Ideias (NI) e aliados do presidente Bukele.

“A Lei Bitcoin acaba de ser aprovada por maioria qualificada na Assembleia Legislativa. 62 de 84 votos! História!”, celebrou o presidente no Twitter.

O projeto de lei foi apresentado aos legisladores na terça-feira (8) à noite, pela ministra da Economia María Luisa Hayem, e após um rápido debate na Comissão de Finanças do Congresso recebeu o aval para ser apresentado ao plenário, onde foi aprovado. Os partidos de oposição não apoiaram o texto.

De acordo com a lei, “a taxa de câmbio” entre o bitcoin e o dólar americano “será estabelecida livremente pelo mercado”.

“Esta é uma lei que colocará El Salvador no radar do mundo, seremos mais atrativos para os investimentos estrangeiros”, afirmou o deputado Romeo Auerbach, do partido Grande Aliança pela Unidade Nacional (Gana), também aliado de Bukele.

A deputada Anabel Belloso, da opositora Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), lamentou que “a lei não tenha sido discutida com especialistas, nem com paciência”.

“A lei tem muitas implicações no âmbito econômico e nem todos sabem como isto vai funcionar, levando em consideração que criptomoedas são voláteis no mercado, são instáveis”, disse Belloso.

De acordo com a lei, “qualquer agente econômico deverá aceitar o bitcoin como forma de pagamento”, mas serão “excluídos” de receber pagamentos em bitcoin aqueles que “por fato notório e de maneira evidente não têm acesso às tecnologias que permitem executar as transações em bitcoin”.

A lei também afirma que para “fins contábeis” o dólar americano será utilizado como “moeda de referência” e destaca que “todas as obrigações em dinheiro expressas em dólares, existentes antes da data de entrada em vigor da presente lei, poderão ser pagas em bitcoin”.

De acordo com o projeto de lei aprovado, o Estado “fornecerá alternativas” que permitam ao usuário “conversibilidade automática e instantânea do bitcoin para dólar caso deseje”.

Mercado acionário

Fechando a semana, na sexta-feira 04.06.21 – Nos Estados Unidos, os mercados de ações subiram no fechamento. O Dow Jones subiu 0,52%, para 34.756,39 pontos. O S&P 500 ganhou 0,88%, para 4.229,89 pontos. Enquanto o Nasdaq registrou alta de 1,47%, encerrando a semana aos 13.814,49 pontos.

Na segunda 07.06.21 – As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único. O Dow Jones caiu 0,36%, a 34.630,24 pontos, o S&P 500 recuou 0,08%, a 4.226,52 pontos e o Nasdaq subiu 0,49%, a 13.881,72 pontos.

Na terça-feira 08.06.21 – As bolsas de Nova York fecharam mistas. O índice Dow Jones recuou 0,09%, em 34.599,82 pontos, o S&P 500 subiu 0,02%, a 4.227,26 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,31%, a 13.924,91 pontos.

Na quarta-feira 09.06.21 – Os mercados acionários em Wall Street encerraram em queda. O índice Dow Jones caiu 0,44%, para 34.447,14 pontos, o S&P 500 perdeu 0,18%, aos 4.219,55 pontos, e o Nasdaq recuou 0,09%, para 13.911,75 pontos.

Na quinta-feira 10.06.21 – As bolsas de Nova York fecharam em alta. O índice Dow Jones avançou 0,06%, em 34.466,24 pontos, o S&P 500 subiu 0,47%, a 4.239,18 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,78%, a 14.020,33 pontos.

Dólar

Fechando a semana, na sexta-feira 04.06.21 – O dólar fechou em queda. A moeda norte-americana caiu 0,98%, vendida a R$ 5,0341 – menor patamar desde 10 de junho de 2020 (R$ 4,9334).

Na segunda 07.06.21 – A moeda fechou estável, cotada a R$ 5,0349. Com o resultado, acumula recuo de 3,63% no mês e de 2,94% no ano.

Na terça-feira 08.06.21 – Depois de subir mais de 0,60%, o dólar à vista fechou a sessão estável, em leve queda de 0,05%, a R$ 5,0345.

Na quarta-feira 09.06.21 – O dólar negociado no mercado interbancário teve alta de 0,70%, a 5,0704 reais na venda.

Na quinta-feira 10.06.21 – No fechamento, acabou terminando em R$ 5,0658, com leve queda de 0,07%. No mercado futuro, o dólar para julho operava estável às 17h35, cotado em R$ 5,0730.

Putin promulga lei que tira Rússia de tratado de vigilância militar

O presidente russo Vladimir Putin, promulgou, na segunda-feira (7), uma lei que formaliza a saída da Rússia do tratado de vigilância militar Céus Abertos, um pacto que permite voos de vigilância desarmados sobre os países-membros.

A Rússia esperava que Putin e o presidente dos EUA Joe Biden, pudessem discutir o tratado quando se reunirem neste mês em uma cúpula em Genebra.

Mas o governo Biden informou a Moscou, em maio, que não voltaria ao pacto depois que o governo Trump o deixou no ano passado.

O Kremlin informou, na segunda-feira (7), que a decisão dos EUA de se retirar do tratado “perturbou significativamente o equilíbrio de interesses” entre os membros do pacto e obrigou a Rússia a sair.

“Isso causou sérios danos à observância do tratado e sua importância na construção de confiança e transparência, (causando) uma ameaça à segurança nacional da Rússia”, disse o Kremlin em um comunicado.

Moscou esperava que Biden revertesse a decisão de seu antecessor. Mas o governo norte-americano não mudou de rumo, acusando a Rússia de violar o pacto, algo que Moscou negou.

Em janeiro, a Rússia anunciou seus próprios planos de deixar o tratado e o governo apresentou um projeto de lei ao Parlamento no mês passado para formalizar sua saída.

Autoridades russas disseram lamentar a decisão dos EUA de não voltar ao acordo, chamando-a de “erro político” e alertaram que a medida não criaria uma atmosfera propícia para as discussões sobre controle de armas na cúpula de Genebra.

Rússia ameaça deixar Estação Espacial após sanções dos EUA

A Rússia ameaçou deixar o programa da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2025, caso os Estados Unidos não levantem as sanções contra o setor espacial do país. A declaração foi dada pelo diretor-geral da Roscosmos, agência espacial russa Dmitry Rogozin, na segunda-feira (7).

“Se as sanções permanecerem e não forem suspensas, em um futuro próximo, a questão da retirada da Rússia da ISS será responsabilidade dos parceiros americanos”, disse o diretor-geral Rogozin, durante audiência no parlamento russo, de acordo com a NBC News.

Rogozin acrescentou que ou os países trabalham juntos, com as sanções suspensas imediatamente, ou a Rússia implantará o próprio laboratório em órbita. O país está perto de lançar um novo módulo de ancoragem para ISS, que pode servir como centro de um complexo independente.

O diretor-geral da Roscosmos também disse que há satélites que o país não pode lançar por causa dessas sanções, pois elas proíbem a Rússia de importar alguns microchips necessários para o programa. Vale ressaltar que há ainda uma escassez global dos componentes, por causa de paralisações na fabricação em meio à pandemia da Covid-19.

“Temos foguetes mais do que suficientes, mas nada para lançá-los. Temos naves espaciais que estão quase montadas, mas carecem de um conjunto de microchip específico que não temos como comprar por causa das sanções”, disse Rogozin, de acordo com a agência internacional de notícias Reuters.

Além das sanções, informações oficiais sobre o futuro da ISS estão “dificultando substancialmente a cooperação” entre a Rússia e os EUA. O atual acordo da Estação Espacial termina em 2024. Mas, vários parceiros negociam uma extensão até, pelo menos, 2028.

Mas, para avançar nos anos seguintes após o fim do que está definido atualmente, a Rússia quer mais garantias. A Nasa e a Roscosmos planejam se reunir para continuar as discussões, inclusive presencialmente. Segundo a agência russa, a expectativa é de que Bill Nelson, administrador da agência norte-americana, vá até a Rússia para as negociações.

Queda do PIB da zona do euro no 1º trimestre é revisada de 0,6% para 0,3%

O Produto Interno Bruto (PIB), da zona do euro, registrou queda menor que o inicialmente estimado, anunciou na terça-feira (8), a agência europeia de estatísticas Eurostat.

O PIB dos 19 países que adotam a moeda única registrou queda de 0,3% entre janeiro e março, na comparação com o trimestre anterior, de acordo com a segunda estimativa da Eurostat. A primeira avaliação, publicada em abril, apontava um retrocesso de 0,6%.

A queda segue um recuo revisado de 0,6% no quarto trimestre de 2020, o que confirmou a entrada da região em uma nova recessão técnica – caracterizada por dois trimestre consecutivos de contração da economia.

Já incluindo todos os países da União Europeia (UE), a queda foi revisada de 0,4% para 0,1% no 1º trimestre, após recuo de 0,4% no 4º trimestre do ano passado.

As quedas mais fortes foram observadas em Portugal (-3,3%) e Eslováquia (-2,0%), seguida pela Alemanha (-1,8%) e Letônia (-1,7%).

A maioria dos analistas espera uma forte recuperação no segundo trimestre (abril-junho) graças à flexibilização gradual das restrições sanitárias que prejudicaram as atividades, especialmente nos serviços relacionados com transportes, hotéis e turismo.

Investimento público em Portugal foi o mais baixo da zona euro em 2020

O investimento público realizado no ano passado teve um aumento expressivo de 16,3% face a 2019, mas não foi suficiente para retirar Portugal da cauda da zona euro, quando medido pelo peso no produto interno bruto (PIB), indicou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE) na nota sobre a despesa pública. “Quanto ao peso do investimento no PIB, em 2020, Portugal apresentou o menor valor entre todos os países da área do euro”, lê-se no destaque do INE sobre a despesa do Estado, uma nova publicação do gabinete de estatística. Mas é também um valor abaixo da média dos países da moeda única, em que o peso do investimento público foi de 3,1%.

“O investimento representou 2,2% do PIB em 2020, atingindo 4,5 mil milhões de euros”, refere o INE, acrescentando que “no período de 1999 a 2020 a taxa de variação média anual foi -1,3%”, indica. O gabinete de estatística faz uma análise histórica da despesa pública desde o início do século, salientando que “o pico registado em 2010 está em grande medida associado à aquisição dos submarinos e ao registo dos ativos subjacentes a alguns contratos de parcerias público-privadas rodoviárias”, que foram integrados no perímetro orçamental.

Já durante a fase de ajustamento da troika, de 2011 a 2014, “registaram-se variações negativas desta componente em todos os anos, tendo-se atingido em 2011 a taxa de variação mais negativa (-36,4%)”. De lá para cá, “a evolução tem sido relativamente irregular, tendo-se registado em 2016 o nível mais baixo em percentagem do PIB”, assinala o INE.

Tensão entre Reino Unido e UE aumenta por causa da Irlanda do Norte

A tensão entre a União Europeia e o Reino Unido aumentou, na quarta-feira (9), depois que Londres indicou estar considerando uma ação unilateral para manter o fluxo livre de suprimentos do Reino Unido para a Irlanda do Norte. As informações são do The Guardian.

Por causa do Brexit, o Reino Unido não segue mais as regras da UE, mas a Irlanda do Norte sim por fazer fronteira terrestre com a República da Irlanda, membro do bloco.

As regras de segurança alimentar da UE não permitem que produtos de carne refrigerada entrem em seu mercado de não-membros, como o Reino Unido. Mas um período de carência de 6 meses está em vigor desde janeiro, onde as regras não se aplicam. Esse prazo termina em 30 de junho.

O vice-presidente da comissão europeia, Maroš Šefčovič, disse que a paciência “estava muito curta” e descreveu a relação com o Reino Unido como “em uma encruzilhada“.

Em meio a temores de que a escalada da crise na Irlanda do Norte se transformasse em uma guerra comercial, David Frost, o ministro britânico responsável pelo Brexit, disse que não houve “nenhum avanço” nas verificações Brexit, mas nenhuma “ruptura” depois de uma reunião de duas horas com Šefčovič em Londres.

Eles concordaram em continuar tentando encontrar uma solução antes de 30 de junho, quando a proibição de Londres para entrada na Irlanda do Norte de carnes resfriadas, incluindo salsichas e carne picada, deve entrar em vigor.

O premiê Boris Johnson disse que não havia crise. “Estou muito otimista em relação a isto. Acho que isso é fácil de fazer“, afirmou, referindo-se a uma questão que foi ouvida há 2 anos nas negociações de fronteira com a Irlanda: evitar uma fronteira na ilha da Irlanda e ao mesmo tempo proteger o comércio dentro do Reino Unido pós-Brexit.

Mas fontes britânicas eram mais incisivas. “Todas as opções permanecem sobre a mesa“, disse um interlocutor sênior próximo às conversas quando questionado sobre a possibilidade da ação unilateral para estender o período de carência para o controle das carnes refrigeradas.

Sobre a perspectiva de retaliação e de uma guerra comercial, a fonte disse: “Sentimos como se já tivéssemos ouvido isso antes. Ninguém quer entrar em uma guerra comercial ou algo próximo a ela, obviamente“.

Em coletiva de imprensa em Londres, Šefčovič expressou repetidamente frustração com as promessas quebradas do Reino Unido de implementar o protocolo da Irlanda do Norte: “Se o Reino Unido tomar novas medidas unilaterais nas próximas semanas, não seremos tímidos em reagir de forma rápida, firme e resoluta“.

Perguntado sobre quais medidas poderia tomar, citou ação legal, arbitragem ou outras medidas de retaliação, incluindo tarifas direcionadas, mas afirmou que não quer que isso aconteça: “Não é tarde demais. Vamos corrigir o caminho“.

Exportações Alemanha têm leve aumento em abril

As exportações alemãs aumentaram em abril, impulsionadas pelo crescimento do comércio com os Estados Unidos, sugerindo uma recuperação contínua na maior economia da Europa.

As exportações com ajuste sazonal aumentaram 0,3% no mês, após um aumento revisado para cima de 1,3% em março, informou a Agência Federal de Estatísticas da Alemanha, na quarta-feira (9).

“Depois de 11 aumentos consecutivos, o setor de exportação pode pegar leve. Especialmente porque suas perspectivas continuam positivas”, disse Alexander Krueger, do Bankhaus Lampe.

As exportações para os Estados Unidos aumentaram 59,9% em relação a abril do ano passado, logo após a Alemanha impor seu primeiro lockdown para conter o Coronavírus.

No ano, as exportações para a China cresceram 16% enquanto os envios para o Reino Unido aumentaram 64%, o primeiro aumento desde o início do ano e da conclusão do Brexit, com a saída do Reino Unido da União Europeia.

As importações caíram 1,7% após um aumento de 7,1% no mês anterior, à medida que mais empresas alemãs relataram gargalos e aumento nos custos das matérias-primas.

“A escassez de materiais e a falta de produtos preliminares estão pesando na produção industrial”, disse Thomas Gitzel, do VP Bank.

Pesquisa da Reuters apontava um aumento de 0,5% nas exportações e queda de 1,1% nas importações. O superávit da balança comercial foi de 15,9 bilhões de euros, ante 14 bilhões de euros em março.

Inflação na zona do euro deve subir mais no 2º semestre e então cair, diz Lagarde

A inflação na zona do euro deve subir mais na segunda metade de 2021 e então cair, conforme fatores temporários perderem força, afirmou, na quinta-feira (10), a presidente do BCE Christine Lagarde.

A inflação na zona do euro subiu a 2% no mês passado devido ao aumento nos preços da energia no ritmo mais forte desde o final de 2018, indo acima da meta do BCE de “abaixo, mas perto de 2%”.

Economistas consultados pela Reuters esperam que a inflação na zona do euro fique em 1,8% este ano, antes de cair a 1,3% em 2022 e 1,5% em 2023.

BCE mantém ritmo forte de compras de títulos

O Banco Central Europeu afirmou, na quinta-feira (10), que continuará a realizar suas compras de títulos emergenciais a um ritmo mais alto do que no início do ano, temendo que qualquer redução posa elevar com força os custos dos empréstimos e sufocar a recuperação.

Emergindo de uma recessão de duplo mergulho devido à pandemia, a economia da zona do euro tem contado com o estímulo sem precedentes do BCE e as autoridades já deixaram claro que preferem errar pelo lado da cautela quando reduzirem o estímulo.

“O Conselho espera que as compras líquidas sobre o PEPP no próximo trimestre continuem a ser realizadas a um ritmo significativamente maior do que durante os primeiros meses do ano”, disse o BCE em comunicado.

O BCE comprou 80 bilhões de euros em dívida por mês segundo seu Programa de Compras Emergenciais da Pandemia neste trimestre, acima dos níveis do começo deste ano, mas abaixo do pico do início da crise.

Com a decisão de quinta-feira, a taxa de depósito do BCE, seu referencial, permanece em -0,5% e o BCE manteve sua orientação de que vai manter ou cortar os juros até que a inflação mostre convergência “robusta” para a meta.

Movimento de Navalny promete seguir lutando contra a corrupção na Rússia

O movimento do opositor russo detido Alexei Navalny afirmou, na quinta-feira (10), que vai seguir adiante em sua luta, depois de seu desmantelamento e proibição na Rússia por extremismo, uma decisão criticada pelos países ocidentais.

Moscou reagiu às críticas americanas e acusou o principal opositor do presidente Vladimir Putin de ser um “agente” dos Estados Unidos.

O Fundo de Luta contra a Corrupção (FBK), principal organização de Navalny, afirmou que vai seguir adiante com seus trabalhos.

“Acordamos, sorrimos com intenção destrutiva e sabendo que somos um ‘perigo para a sociedade’. Nós vamos continuar lutando contra a corrupção!”, afirmou a organização no Twitter em resposta à decisão da justiça russa.

Um tribunal russo classificou, na quarta-feira (9), como “extremistas” as organizações de Navalny em todo o país, uma decisão que proíbe suas atividades e abre o caminho para uma repressão ainda maior de seus partidários.

O opositor, de 45 anos, cumpre pena de dois anos e meio de prisão por um caso de fraude que ele considera político.

Uma mensagem publicada na conta de Navalny no Instagram afirma: “Iremos nos organizar, evoluir, iremos nos adaptar. Mas não iremos recuar em nossos objetivos e ideias. É o nosso país e não temos outro”.

A medida anunciada, na quarta-feira (9), possibilita ações judiciais contra seus colaboradores caso persistam com a mobilização. Uma nova lei proíbe que disputem eleições, especialmente as legislativas previstas para setembro.

Há vários meses, a oposição russa está sob pressão, depois da transferência de Navalny a uma colônia penitenciária por dois anos e meio, o exílio de vários dirigentes do movimento, e também medidas contra a imprensa independente e as vozes dissidentes.

Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE) condenaram a decisão da justiça russa.

Um dos líderes da equipe de Navalny, Georgi Alburov, ironizou a decisão judicial.

“Acordei extremista. Comecei a trabalhar. Não percebo a diferença”, afirmou Alburov no Twitter.

A equipe de advogados que defende o movimento opositor afirmou que não foi apresentada “nenhuma prova de extremismo”.

Para um representante do MP, no entanto, estas organizações “incitam o ódio e a hostilidade em relação aos representantes do poder”.

“É uma decisão infundada que confirma um padrão negativo de repressão sistemática dos direitos humanos e das liberdades consagradas na Constituição russa”, afirmou em uma nota oficial o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Para ele, a decisão judicial constitui “o esforço mais sério até o momento por parte do governo russo para reprimir a oposição política independente e as investigações anticorrupção, e para eliminar a influência das redes políticas do senhor Navalny”.

Borrell também reiterou o apelo da UE para a “libertação imediata e incondicional” de Navalny.

Os opositores do Kremlin entendem a decisão como um desejo de excluir do cenário político as vozes críticas ao presidente Vladimir Putin.

O governo dos Estados Unidos considerou “especialmente preocupante” a proibição das organizações de Navalny.

“Pedimos à Rússia que pare de abusar das designações de ‘extremismo’ para atacar organizações não violentas, que acabe com a repressão contra o senhor Navalny e seus partidários e que cumpra com suas obrigações internacionais de respeitar e garantir os direitos humanos e as liberdades fundamentais”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.

A porta-voz da diplomacia russa Maria Zakharova, considerou que a rapidez com que Washington condenou a decisão demonstra que Navalny é um de seus “agentes”.

“Mostram tanto esmero político porque afeta os que supervisionam, os que apoiam politicamente e de outras maneiras”, disse.

Chanceler russo adverte os EUA sobre apoio aos separatistas na Síria

O Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov, advertiu, na quarta-feira (9), os Estados Unidos sobre o apoio aos separatistas sírios, dizendo que isso “pode acabar mal”.

Falando no Fórum Internacional Primakov Readings, Lavrov disse: “Destacamos sempre a ilegalidade e a ilegitimidade da presença americana em território sírio, especialmente porque esta presença é acompanhada pela pilhagem dos recursos naturais da República Árabe da Síria”.

“Eles [americanos] exportam a produção de campos de petróleo e terras agrícolas, e utilizam suas receitas para apoiar os separatistas. É conhecido de todos, os separatistas entram em conflito na margem oriental do rio Eufrates e estão brincando com um problema muito perigoso. Refiro-me ao problema curdo, e estes jogos podem acabar mal”, acrescentou o alto diplomata russo.

O Fórum Internacional Primakov Readings é uma reunião anual de especialistas no campo das relações internacionais e da economia mundial.

Com o nome do renomado político e diplomata russo Yevgeny Maksimovich Primakov, que serviu como primeiro-ministro de 1998 a 1999, o evento é organizado pelo Instituto Primakov de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia de Ciências Russa, Centro Mundial de Comércio e Câmara de Comércio e Indústria da Federação Russa.

Mercado acionário europeu

Fechando a semana, na sexta-feira 04.06.21 – As ações europeias fecharam em patmar recorde. O índice pan-europeu STOXX 600 valorizou-se 0,4% para uma nova máxima de fechamento de 452,57 pontos. O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,33%, a 1.742,12 pontos. Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,07%, a 7.069,04 pontos. Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,39%, a 15.692,90 pontos. Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,12%, a 6.515,66 pontos. Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,46%, a 25.570,46 pontos. Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,59%, a 9.088,30 pontos. Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,31%, a 5.137,29 pontos.

Na segunda 07.06.21 – As bolsas da Europa fecharam na grande maioria em alta. O Stoxx 600 voltou a renovar recorde de fechamento, com ganho de 0,22%, a 453,56 pontos. Com isso, o índice DAX, referência na Bolsa de Frankfurt, encerrou com baixa de 0,10%, a 15.677,15 pontos, após oscilar entre perdas e ganhos durante o dia. A Bolsa de Londres, por exemplo, subiu 0,12%, a 7.077,22 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 0,43%, a 6.543,56 pontos. Em Milão, o índice FTSE MIB fechou com ganho de 0,99%, em 25.824,71 pontos.Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,83%, a 9.163,60 pontos.Em Lisboa, o índice PSI 20 avançou 0,04%, a 5.139,59 pontos.

Na terça-feira 08.06.21 – As bolsas da Europa encerraram o pregão mistas.O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta modesta de 0,10%, aos 454,01 pontos. O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, fechou em alta de 0,25%, aos 7.095,09 pontos. Em Londres, o CAC 40, da bolsa parisiense, avançou 0,11%, aos 6.551,01 pontos. O DAX, da bolsa de Frankfurt, recuou 0,23%, aos 15.640,60 pontos. O índice FTSE MIB, de Milão, recuou 0,06%, aos 25.809,16 pontos, e o IBEX 35, de Madri, teve baixa de 0,11%, aos 9.153,60 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, registrou queda maior, de 0,53%, aos 5.112,24 pontos.

Na quarta-feira 09.06.21 – As bolsas da Europa fecharam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou alta de 0,09%, aos 454,44 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 0,19%, a 6.563,45 pontos. As ações da Renault avançaram 0,41% e as da Total registraram ganho de 0,96%, mas as da ArcelorMittal cederam 0,30%. Em Frankfurt, o índice DAX registrou perda de 0,38% nesta quarta-feira, a 15.581,14 pontos.O índice italiano FTSE MIB recuou 0,26%, a 25.741,75 pontos. Em Madri, o IBEX 35 avançou 0,03%, a 9.156,10 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, teve alta de 0,02%, a 5.113,40 pontos.

Na quinta-feira 10.06.21 – As bolsas da Europa fecharam sem direção única. O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou alta de 0,09%, aos 454,44 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 0,20%, a 7.081,01 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 0,19%, a 6.563,45 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX registrou perda de 0,38% nesta quarta-feira, a 15.581,14 pontos. O índice italiano FTSE MIB recuou 0,26%, a 25.741,75 pontos. Em Madri, o IBEX 35 avançou 0,03%, a 9.156,10 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, teve alta de 0,02%, a 5.113,40 pontos.

China: EUA violam leis de mercado ao proibir investimentos em empresas chinesas

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Wang Wenbin acusou o governo dos Estados Unidos de violar a lei e ordem dos mercados ao banir investimentos de instituições americanas a 59 companhias chinesas, como dispõe decreto assinado na quinta-feira (3), com base em supostas ameaças à segurança nacional.

Em comentários durante coletiva de imprensa, o porta-voz pediu que a administração de Joe Biden remova a lista que proíbe os investimentos, e disse que Pequim tomará as “medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas”.

De acordo com Wenbin, a decisão da Casa Branca não prejudica somente as companhias da maior economia asiática, como também os interesses de investidores internacionais, incluindo os americanos.

Por fim, ele destacou que a China e os EUA têm “muitos pontos de comum interesse”, e que potenciais problemas entre os países devem ser resolvidos com base em “respeito mútuo” e após consultas entre as nações.

“Somos firmemente contra a politização das questões econômicas e comerciais pelos EUA, ampliando o conceito de segurança nacional e abusando do aparato do Estado para suprimir e restringir arbitrariamente as empresas chinesas”, concluiu o porta-voz.

Japão teve redução recorde no número de nascimentos em 2020

O número de bebês nascidos no Japão teve queda recorde no ano passado, anunciou o Ministro da Saúde do país, na sexta-feira (4). Foram 840.832 nascimentos em 2020, redução de 2,8% em relação a 2019 e o menor número desde 1899, segundo o ministro.

Segundo as autoridades, esse é um reflexo da pandemia, já que as pessoas estão adiando para casar e começar uma família. Os registros de casamento no Japão caíram 12,3% no ano passado, chegando a 525.490, um recorde pós-guerra, de acordo com as autoridades do país. A taxa de fertilidade (estimativa de número de bebês por mulher) diminui para 1.34, uma das menores do mundo.

O Japão já luta contra uma crise demográfica iminente há anos, devido à decrescente taxa de natalidade constante, o que tem trazido preocupações em relação ao envelhecimento da população e à diminuição da força de trabalho no país.

Trata-se de uma “nação superenvelhecida”, com mais de 20% da população acima dos 65 anos. A população do Japão era de 124 milhões em 2018, mas em 2065 a expectativa é de que esse número caia para cerca de 88 milhões

A Covid-19 impactou a taxa de nascimentos pelo mundo, incluindo os Estados Unidos, apesar das especulações de que o isolamento social levaria a uma explosão demográfica.

A Coreia do Sul também tem enfrentado o mesmo problema por anos. Em 2020 foram reportadas mais mortes do que nascimentos no país pela primeira vez.

Na China, o país mais populoso do mundo, o número de nascimentos caiu quase 15% no ano passado. O governo do país anunciou na semana passada que iria flexibilizar sua restrita política de planejamento familiar, permitindo aos casais terem até 3 filhos.

China ampliou liderança na origem de importações brasileiras em 2020

Principal origem das importações brasileiras desde 2019, a China continuou avançando sobre o comércio externo brasileiro em 2020. Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país asiático foi responsável por 21,9% das compras externas brasileiras no ano passado, com avanços em produtos de tecnologia.

Nos últimos 15 anos, a China apresentou uma evolução considerável no comércio exterior. Em 2006, o país detinha 8,6% das importações brasileiras. Tradicionalmente o principal fornecedor de produtos para o Brasil, a União Europeia viu a participação cair de 20,3% em 2006 para 19,1% no ano passado.

No mesmo período, os Estados Unidos mantiveram uma participação relativamente estável nas importações brasileiras, com leve alta de 15,7% para 17,6%, mantendo a terceira posição. O principal perdedor na origem das importações brasileiras foi a América do Sul. Do segundo lugar em 2006, responsável por 17,6% das compras externas do Brasil, o continente caiu para o quarto lugar, com 11,4% em 2020.

Indústria

Além de aumentar as exportações para o Brasil, a China também passou a vender produtos cada vez mais sofisticados, distanciando-se da imagem de exportador de bens industrializados de baixa complexidade. Ao analisar 15 setores da indústria, o levantamento constatou que as importações da China cresceram em 11, mantiveram-se em três e caíram apenas em um setor.

Entre os setores com maior avanço da China de 2006 a 2020, estão máquinas e equipamentos (de 10% para 23%); produtos químicos (de 10% para 29%) e materiais elétricos (de 24% para 50%). Até segmentos nos quais o país asiático tinha pouca tradição conquistaram fatias significativas de mercado: veículos e automóveis (de 2% para 11%) e química fina (de 1% para 14%).

No mesmo tempo, a indústria brasileira passou a comprar cada vez menos das outras regiões e dos demais países. Dos 15 setores pesquisados, 11 passaram a importar menos da União Europeia e do Japão e 13 passaram a comprar menos da América do Sul e dos Estados Unidos.

Japão prometerá reforma fiscal em plano econômico, aponta esboço

O Japão destacará a necessidade de uma reforma fiscal ao mesmo tempo em que mantém seu estímulo para combater o impacto da pandemia do Coronavírus em sua economia, mostrou o esboço do plano fiscal e econômico japonês visto pela Reuters.

O governo também revelará planos para promover investimento verde e digital atraindo a demanda privada, como parte dos esforços para revitalizar a terceira maior economia do mundo, de acordo com o esboço do plano deste ano.

“O governo vai buscar colocar prontamente a economia do Japão aos *níveis pré-pandemia com a determinação de nunca mais empurrar o país de volta à deflação”, mostrou o documento.

“Não abandonaremos nosso compromisso com a reforma fiscal”, disse o primeiro-ministro Yoshihide Suga ao Parlamento, na segunda-feira (7).

“Nossa prioridade imediata é acabar com a pandemia o mais rápido possível e acelerar a imunização com a vacina”, disse Suga, sem garantir que os pedidos crescentes de parlamentares para implantar outro enorme pacote de estímulo serão atendidos.

O projeto, que serve como base para a formulação da política econômica deste ano, será submetido ao conselho econômico na quarta-feira (9), para deliberação de ministros, acadêmicos e executivos de negócios.

Turquia descobre mais 135 bilhões de metros cúbicos de gás natural no Mar Negro

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan anunciou a descoberta de 135 bilhões de metros cúbicos de gás natural no sul do Mar Negro, somando-se às descobertas anteriores do ano passado.

Falando em uma cerimônia de abertura na província do Mar Negro de Zonguldak, na sexta-feira (4), Erdogan revelou que “Nosso navio de perfuração Fatih fez uma descoberta de 135 bilhões de metros cúbicos de gás natural na perfuração Amasra-1 no campo de gás Sakarya”.

Ele acrescentou: “Nossas novas operações de perfuração continuam, se Deus quiser, esperamos novas boas notícias nesta região”.

O anúncio do presidente vem depois que ele revelou em agosto passado a descoberta de 320 bilhões de metros cúbicos maciços de gás natural na área de Tuna-1, seguida pela descoberta de outros 85 bilhões de metros cúbicos em outubro.

Com esta descoberta recente somada aos 405 bilhões de metros cúbicos existentes, o total de gás natural agora encontrado pela Turquia totaliza 540 bilhões de metros cúbicos.

Segundo o Ministro da Energia Fatih Donmez, Ankara planeja permitir que o campo Sakarya atinja o status de produção plena após um programa de desenvolvimento em quatro fases. Segundo informações, o gás será bombeado do campo para a rede principal da Turquia em 2023, com uma produção sustentada de platô a partir de 2027 ou 2028.

Para que tais planos funcionem, um gasoduto de pelo menos 160 quilômetros precisará ser construído para conectar à rede principal com novos poços na região, e uma estação receptora também precisará ser construída dentro de dois anos.

Erdogan e seu governo esperam que as descobertas das reservas de gás natural ajudem a aliviar os males econômicos da nação e permitam que ela seja menos dependente das importações de gás de estados estrangeiros como a Rússia e o Irã.

Importações da China crescem no ritmo mais forte em uma década em maio

As importações da China cresceram em maio no ritmo mais forte em 10 anos, alimentadas pelo aumento da demanda por matérias-primas, embora a alta das exportações tenha desacelerado mais do que o esperado em meio a problemas causados por casos de Covid-19 nos portos do sul do país.

Embora a forte recuperação em mercados desenvolvidos tenha alimentado a demanda por produtos chineses, a escassez global de semicondutores, custos mais altos de frete e matérias-primas, gargalos de logística e o fortalecimento do iuan afetaram o cenário para o país.

As exportações da China denominadas em dólar cresceram 27,9% em maio na comparação com o ano anterior, contra 32,3% em abril e expectativa de analistas de 32,1%.

“As exportações surpreenderam um pouco para baixo, talvez devido aos casos de Covid-19 na província de Guangdong, o que desacelerou o volume nos portos de Shenzhen e Guangzhou”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe do Pinpoint Asset Management.

Empresas de navegação alertaram clientes sobre o congestionamento no porto de Yantian, na província de Guangdong, depois da descoberta de vários casos entre funcionários do porto.

As importações aumentaram 51,1% em maio sobre o ano anterior em dólares, crescimento mais forte desde janeiro de 2011 porém abaixo da alta de 51,5% esperada em pesquisa da Reuters.

No entanto esse número – medido de valor de importação, não de volume, foi parcialmente afetado por preços altos de matérias-primas, com a demanda por commodities como carvão, aço, minério de ferro e cobre elevada pelo alívio dos lockdowns devido à pandemia em muitos países e pela ampla liquidez global.

Julian Evans-Pritchard economista sênior da Capital Economics, disse que embora os preços de importação tenham aumentado a um ritmo rápido, os volumes provavelmente diminuíram em maio.

“Mais uma vez, limitações de oferta são responsáveis em parte – a entrada de carregamentos de semicondutores continuou a cair”, disse ele. “Isso aconteceu também com a importações de metais industriais.”

A China registrou um superávit comercial de 45,53 bilhões de dólares no mês, contra excedente de 42,86 bilhões em abril mas abaixo dos 50,5 bilhões de dólares esperados.

Retração do PIB do Japão no 1º trimestre é revisada de 1,3% para 1%

A economia do Japão encolheu menos do que o inicialmente informado no primeiro trimestre devido a cortes menores em gastos públicos e de capital, mas a pandemia de coronavírus ainda exerceu forte golpe sobre a demanda geral.

O Produto Interno Bruto encolheu 3,9% em dado anualizado entre janeiro e março, contra leitura preliminar de contração de 5,1%, mas ainda registrando a primeira queda em três trimestres, mostraram nesta terça-feira dados do Escritório do Gabinete.

O dado, melhor do que expectativa de economistas de recuo de 4,8%, equivale a uma contração de 1% sobre o trimestre anterior, contra preliminar de queda de 1,3%.

A queda revisada do PIB deveu-se principalmente a um declínio menor em gastos públicos e de capital, compensando a queda ligeiramente maior no consumo privado.

“No geral, os gastos de capital e o consumo privado permaneceram fracos, o que mostrou fraqueza na demanda doméstica”, disse Takeshi Minami economista-chefe do Norinchukin Research Institute.

Os gastos de capital encolheram 1,2% sobre o trimestre anterior, contra preliminar de queda de 1,4% e expectativa de perda de 1,2%. O consumo do governo caiu 1,1%, com preliminar de queda de 1,8%.

O consumo privado, que responde por mais da metade do PIB recuou 1,5% na comparação trimestral, contra estimativa inicial de perda de 1,4%.

China tornará políticas macroeconômicas mais direcionadas, diz gabinete

A China vai manter a continuidade e estabilidade das políticas macroeconômicas, tornando-as mais direcionadas, informou a televisão estatal, na quarta-feira (9), citando reunião do gabinete.

O país não irá recorrer a um excesso de estímulo e vai manter as operações econômicas dentro de uma faixa razoável, disse o gabinete.

A China também avançará com a construção de importantes projetos, ao mesmo tempo em que mantém o papel fundamental do consumo, completou.

China defende laços culturais com Japão em meio a fúria nacionalista virtual

O Ministério das Relações Exteriores da China, defendeu o valor de intercâmbios culturais com o Japão, na quarta-feira (9), depois que intelectuais chineses sofreram críticas duras de nacionalistas na internet por participarem de eventos patrocinados pelo governo do Japão no decorrer de muitos anos.

O tom ameno da chancelaria contrastou com a “diplomacia do lobo guerreiro” linha-dura que a pasta prefere com frequência em temas internacionais, especialmente aqueles referentes ao Japão, cuja ocupação brutal da China em tempos de guerra é uma das causas de queixa dos nacionalistas chineses.

Alguns acadêmicos e escritores chineses proeminentes, foram atacados na semana passada depois que internautas nacionalistas perceberam seus nomes em uma lista de 144 intelectuais chineses que receberam patrocínio da Fundação Japão para visitar o vizinho asiático entre 2008 e 2016.

Os internautas, que operam com os pseudônimos Diguaxiong Laoliu e Guyan Muchan, cada um com mais de seis milhões de seguidores no Weibo, um equivalente local do Twitter, acusaram os intelectuais de cortejarem favores do Japão para obter ganhos financeiros.

Eles se uniram a uma campanha virtual de “nomear e constranger” para rotular os intelectuais de traidores.

Indagado sobre a polêmica em uma coletiva de imprensa de rotina na quarta-feira (9), o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, disse que a interação interpessoal apoiada pelo governo contribuiu positivamente para as relações entre China e Japão.

Presidente do BC da China diz que inflação está sob controle

O presidente do Banco Central da China, afirmou que a inflação está “basicamente sob controle”, e que a política monetária será mantida estável, em comentários um dia depois de preocupações com pressões inflacionárias terem sido alimentadas por dados mostrando a maior alta nos preços aos produtores em 12 anos.

“Precisamos perseguir a estabilidade da política monetária como uma prioridade, e manter a implementação da política monetária normal”, disse Yi Gang em um fórum financeiro em Xangai, na quinta-feira (10), prevendo a inflação este ano abaixo de 2%.

“Manter os juros em um nível apropriado é favorável a um desenvolvimento constante e saudável dos mercados”, disse o presidente do Banco do Povo da China.

Yi afirmou que a taxa de juros da China, embora mais alta do que a de grandes economias, ainda é relativamente baixa entre economias emergentes e em desenvolvimento.

Ele ainda reiterou que o Banco Central vai manter a taxa de câmbio do yuan basicamente estável, ao mesmo tempo em que prometeu melhorar mais o mecanismo cambial da China.

A China adotou uma série de medidas recentemente para conter o rápido aumento do yuan, que chegou a uma máxima de três anos contra o dólar devido à forte recuperação econômica da China e rendimentos atrativos.

China aprova lei anti-sanções para combater medidas estrangeiras

A China aprovou, na quinta-feira (10), uma lei anti-sanções. O projeto original passou por mudanças em abril e foi aprovado pelo NPC (Congresso Nacional do Povo) depois de uma nova revisão.

Os detalhes ainda não foram divulgados. Mas, segundo a emissora estatal CCTV, o texto tem como objetivo fornecer bases legais para que a China responda às medidas estrangeiras.

A China emitiu contra-sanções em resposta às medidas adotadas contra ela por Estados Unidos, União Europeia, Grã-Bretanha e Canadá por causa da repressão política de Pequim em Hong Kong e do tratamento das minorias étnicas em Xinjiang.

A nova lei faz parte de um esforço de Pequim para combater interferências externas. Em janeiro, o Ministério do Comércio do país anunciou a introdução de regras para “combater a aplicação extra-territorial injustificada” das leis estrangeiras. Entre elas, punir companhias que cumpram as sanções internacionais.

Mesmo antes da aprovação da lei, o país já contra-atacava quando era sancionado.

Em março, por exemplo, a China anunciou que o país iria impor sanções a 3 pessoas e uma entidade do Canadá e dos Estados Unidos em resposta às represálias dispensadas ao país asiático por conta do tratamento dado aos uigures, minoria étnica da Ásia.

Novos empréstimos na China sobem levemente em maio, a 1,5 trilhão de yuans

Os Bancos da China ampliaram levemente a concessão de empréstimos em maio, superando as expectativas e indicando que Pequim continua apoiando empresas atingidas pela pandemia de Covid-19, em meio à desaceleração do avanço no crédito.

Dados do Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) mostraram, na quinta-feira (10), que os bancos domésticos liberaram 1,5 trilhão de yuans (US$ 234,70 bilhões) em novos empréstimos no mês passado, montante um pouco acima do total de 1,47 trilhão de yuans repassado em abril.

O resultado de maio surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam ligeira baixa do volume de empréstimos, a 1,45 trilhão de yuans.

O financiamento social total, uma medida mais ampla do crédito na economia chinesa, também avançou de forma modesta entre abril e maio, de 1,85 trilhão de yuans para 1,92 trilhão de yuans.

A base monetária da China (M2), por sua vez, teve acréscimo anual de 8,3% em maio, ganhando força ante a alta de 8,1% de abril. A projeção do mercado era de novo incremento de 8,1% no último mês.

O monstro de US$ 5 trilhões que atormenta a economia do Japão em 2021

Desde 2013, Haruhiko Kuroda presidente do BOJ (Banco Central do Japão), supervisiona uma expansão sem precedentes no balanço do BC japonês. No final de 2018, ele superou o tamanho da economia do Japão de US$ 5 trilhões – e só cresceu desde então. Embora a maioria dessas compras fossem de títulos, o BOJ também acumulou ações por meio de ETFs na onda positiva dos mercados.

Somente em 2020, a equipe de Kuroda adicionou US$ 65 bilhões em ETFs, tornando o BOJ uma “baleia” dos investimentos no Japão. Isso é mais que os US$ 38 bilhões de 2013.

Mesmo assim, em maio, o BOJ passou um mês inteiro sem aumentar suas participações em ETFs, a primeira pausa de 30 dias em oito anos. Isso fez com que muitos investidores acreditassem que Kuroda de repente estava falando sério sobre diminuir o apoio do BOJ para as ações.

Mas essa é uma aposta incerta, já que a recuperação da Covid-19 do Japão está atrasada em relação ao restante do mundo desenvolvido, e talvez significativamente.

A queda de 6% do iene em relação ao dólar norte-americano explica bem o contexto. À medida que a América do Norte e a Europa se estabilizam e retomam o crescimento econômico, as forças por trás da desaceleração do Japão permanecem teimosamente negativas. Os números das vendas no varejo, da produção industrial, dos salários e da confiança empresarial têm convencido muitos economistas que o Japão pode não retornar aos níveis anteriores à Covid-19 até 2023.

A China está fazendo isso agora, enquanto outros países esperam uma recuperação em 2022. O fato de o Japão ainda precisar de dois anos para retomar sua atividade está influenciando as expectativas de inflação. Enquanto os EUA e outras economias importantes se preparam para o aumento dos preços ao consumidor, o Japão está voltando para o vermelho.

Em abril, o índice de preços ao consumidor japonês caiu pelo nono mês consecutivo. O declínio de 0,1% ano a ano está fora de compasso com as tendências de praticamente todos os outros países do mundo. Isso ajuda a explicar o porquê de o iene ter o pior desempenho entre as moedas do G10. Isso explica também porque o BOJ não deve mudar tão cedo sua postura monetária, mesmo que o Federal Reserve o faça em Washington.

Conclui-se então, que as participações do BOJ nos ETFs vieram para ficar – e, ao mesmo tempo, trazer lições para outros países.

Quando Kuroda chegou à sede do BOJ, o Banco Central já vinha brincando com flexibilização quantitativa há 12 anos. Se estamos falando sobre quando o BOJ se tornou a primeira grande autoridade monetária a reduzir as taxas de juros a zero, já se foram 14 anos. Kuroda ampliou o esforço: primeiro, ele monopolizou o mercado de títulos públicos. Depois, o mercado de ações.

No entanto, todo esse apoio de uma instituição estatal está distorcendo a dinâmica do mercado de ações. Em fevereiro, os ganhos do BOJ pelas participações em ETFs atingiram um recorde de US$ 149 bilhões na semana em que o índice de referência Nikkei 225 Stock Average chegou à máxima de três décadas. Esse ganho é mais que o dobro do PIB de Mianmar, país do sudeste asiático.

O problema é que o BOJ está efetivamente preso. Se tentar se retirar do mercado de títulos, os rendimentos quase certamente dispararão. A única coisa que faz a relação dívida/PIB de 250% de Tóquio parecer um pouco administrável são as taxas de 10 anos a 0,06%. Como o crédito é essencialmente gratuito, o Japão sustenta seu crescimento por meio de gastos deficitários.

Não é impossível dizer que Tóquio criou uma espécie de Frankenstein monetário. Se o BOJ não tomar cuidado, o monstro ficará fora de controle e voltará para prejudicar seu criador.

O presidente do Fed Jerome Powell, está em uma situação semelhante. Ele com certeza aprenderá logo que entrar em uma miríade de classes de ativos é uma coisa. Sair é outra completamente diferente. Se Powell tentar diminuir o ritmo, políticos, CEOs, banqueiros e investidores irão protestar.

Qualquer indício de que o Fed possa começar a encerrar a liquidez, provavelmente aceleraria a tendência de baixa do iene. As apostas de fundos de hedge contra o iene estão perto dos níveis mais altos desde o início de 2019. Parte da negatividade reflete o fluxo de caixa do Japão para M&As. O investimento direto no exterior, incluindo fusões e aquisições, saltou quase 30% entre janeiro e março, em relação ao ano anterior.

A maior parte, porém, reflete temores de que a recuperação do Japão ainda demore dois anos. Mesmo as boas notícias no Japão, atualmente elas ainda são ruins. A economia do país encolheu 3,9% no primeiro trimestre, um pouco melhor do que a estimativa inicial de 5,1%.

“Esperamos que a economia experimente outra contração no segundo trimestre devido às restrições estendidas, o que pesará muito, especialmente no setor de serviços”, disse Makoto Tsuchiya, da Oxford Economics.

A deflação, entretanto, é mais uma vez um risco muito maior do que o aumento dos preços. Mais uma razão para se pensar que o saldo de US$ 5 trilhões do BOJ poderá crescer – e não diminuir – à medida que o Japão busca se recuperar. Enquanto isso, os monstros criados ao longo do caminho podem aparecer no horizonte.

Turquia se propõe a assumir o aeroporto de Cabul com saída da OTAN

A Turquia se propôs a assumir e administrar o aeroporto de Cabul depois que os Estados Unidos e outras forças da Otan se retirarem do Afeganistão, informou à Reuters.

Autoridades americanas dizem que Ancara está impondo condições que precisam ser resolvidas em reunião da Otan na próxima semana.

O ministro da Defesa turco Hulusi Akar disse, na segunda-feira (7), que a oferta de Ancara dependia do apoio de seus aliados políticos e financeiros.

“Pretendemos ficar no Afeganistão dependendo das condições. Nossas condições são de apoio político, financeiro e logístico. Se isso for atendido, podemos operar o Aeroporto Internacional Hamid Karzai”, disse ele.

Os líderes da Otan discutirão o Afeganistão em uma cúpula na próxima segunda-feira (14), onde o presidente turco Recep Tayyip Erdogan se encontrará com Joe Biden pela primeira vez desde que o presidente dos EUA assumiu o cargo.

Em fevereiro passado, as negociações de paz entre o Taleban e o governo afegão foram realizadas na capital do Catar, Doha, e resultaram em um acordo.

Mercado acionário asiático

Fechando a semana, na sexta-feira 04.06.21 – As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda. O índice acionário japonês Nikkei, de Tóquio, encerrou a sessão em baixa de 0,40%, a 28.941,52 pontos. Em Seul, o índice Kospi perdeu 0,23%, a 3.240,08 pontos e, em Hong Kong, o Hang Seng baixou 0,17%, a 28.918,10 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, diminuiu 0,57%, a 17.147,41 pontos. o Xangai Composto avançou 0,21%, a 3.591,84 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto ganhou 0,63%, a 2.407,65 pontos.Na Oceania, a bolsa australiana também subiu, com o S&P/ASX 200 em alta de 0,49%, a 7.295,40 pontos, em Sidney.

Na segunda 07.06.21 – Os principais índices acionários da China fecharam mistos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,09%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,21%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,27%, a 29.019 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,45%, a 28.787 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,21%, a 3.599 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,09%, a 5.277 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,37%, a 3.252 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,37%, a 17.083 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,79%, a 3.175 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,19%, a 7.281 pontos.

Na terça-feira 08.06.21 – O mercado acionário da China recuou. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,86%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,54%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,19%, a 28.963 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,02%, a 28.781 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,54%, a 3.580 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,86%, a 5.232 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,13%, a 3.247 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,05%, a 17.076 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,27%, a 3.167 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,15%, a 7.292 pontos.

Na quarta-feira 09.06.21 – As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa. O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,35% em Tóquio hoje, a 28.860,80 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 0,13% em Hong Kong, a 28.742,63 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,97% em Seul, a 3.216,18 pontos, e o Taiex cedeu 0,64% em Taiwan, a 16.966,22 pontos. O Xangai Composto subiu 0,32%, a 3.591,40 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,14%, a 2.396,54 pontos. Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés majoritário da Ásia e ficou no vermelho. O S&P/ASX 200 caiu 0,31% em Sydney, a 7.270,20 pontos.

Na quinta-feira 10.06.21 – O mercado acionário da China fechou em alta. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 0,67%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,54%. Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,34%, a 28.958 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,01%, a 28.738 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,54%, a 3.610 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,67%, a 5.271 pontos. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,26%, a 3.224 pontos. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,14%, a 17.159 pontos. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,29%, a 3.162 pontos. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,44%, a 7.302 pontos.

Israel se junta ao exercício da força aérea na Itália ao lado da USAF e RAF

A força aérea israelense está participando de um exercício conjunto de duas semanas chamado Falcon Strike 2021, juntamente com pilotos dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Itália, informou a rádio pública Kan, no domingo (6). Um oficial israelense disse que seis caças F-35 chegaram à Itália na semana passada para participar do exercício que está programado para começar hoje.

A aeronave da força aérea italiana atuará como o “time vermelho” inimigo. Os mais recentes jatos Eurofighter Typhoon e drones Predator participarão do exercício, disse o oficial anônimo.

Embora os caças F-35 israelenses tenham participado de exercícios internacionais no passado, esta é a primeira vez que voarão ao lado de F-35s de outros países. De acordo com um relatório do Times of Israel, “embora o objetivo explícito do exercício seja melhorar as capacidades gerais do jato F-35. Um oficial sênior da Força Aérea Israelense reconheceu que, em parte, este exercício foi concebido para preparar os pilotos israelenses a usarem a aeronave de combate contra as forças iranianas”.

Emirados Árabes Unidos tomam medidas para recuperar sua imagem e conter a lavagem de dinheiro

Os Emirados Árabes Unidos deram mais um passo no sentido de abordar seu recorde abismal na proliferação de dinheiro sujo, por meio de dois Memorandos de Entendimento (MoUs), separados com Bangladesh e Somália um ano depois que uma organização global de vigilância ameaçou colocá-lo ao lado de países como o Iêmen por ter “deficiências estratégicas”.

A Unidade de Inteligência Financeira dos Emirados Árabes Unidos (UAE FIU) assinou Memorandos de Entendimento com a Unidade de Inteligência Financeira de Bangladesh (BFIU) e o Centro de Relatórios Financeiros (FRC) da República Federal da Somália. O acordo permitirá o intercâmbio de informações financeiras e conhecimentos especializados, assim como a colaboração com as autoridades e partes interessadas relevantes para combater crimes financeiros.

O Memorando de Entendimento foi assinado no domingo por Ali Faisal Ba’Alawi, chefe da FIU dos Emirados Árabes Unidos, com Amina Ali, diretora da FRC da Somália, e Abu Hena Mohammad Razee Hassan, chefe da BFIU, representando suas respectivas jurisdições.

“Nosso compromisso nestes acordos com o Centro de Informação Financeira (FRC) da Somália e a Unidade de Inteligência Financeira de Bangladesh (BFIU) restabelece ainda mais nossos esforços para facilitar um intercâmbio robusto de conhecimento e experiência nas áreas de combate à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo, juntamente com as principais unidades de inteligência internacional”, disse Ba’Alawi.

Os acordos estão alinhados com o objetivo global dos EAU de combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, sustentados por trocas de inteligência mutuamente benéficas com as contrapartes internacionais.

Há pouco mais de um ano, a Força-Tarefa Global de Ação Financeira (FATF) colocou os Emirados Árabes Unidos sob uma observação de um ano por não terem conseguido conter a lavagem de dinheiro. Abu Dhabi foi criticado pelo observador baseado em Paris por não fazer o suficiente e tinha sido instado a tomar medidas extras para evitar ser incluído em uma lista de observação internacional.

O GAFI advertiu Abu Dhabi que, se não demonstrasse melhorias durante o período de observação, seria classificado ao lado de estados como Síria, Iêmen e Paquistão, que o órgão de vigilância considera ter “deficiências estratégicas”.

Mais ou menos na mesma época, Dubai foi alvo de um relatório condenatório do Fundo Carnegie para a Paz Internacional por falhar em lidar com a proliferação da lavagem de dinheiro. O relatório de 130 páginas sobre “o papel de Dubai na facilitação da corrupção e dos fluxos financeiros ilícitos globais” descobriu que agentes corruptos e criminosos de todo o mundo, incluindo senhores da guerra afegãos, mafiosos russos, cleptocratas nigerianos, lavadores de dinheiro europeus, os promotores de sanções iranianas e contrabandistas de ouro da África Oriental, estavam operando através ou a partir dos ricos Emirados do Golfo, uma das sete províncias que compõem os Emirados Árabes Unidos.

Ba’Alawi disse estar confiante de que estes Memorandos de Entendimento permitirão uma maior colaboração entre as respectivas jurisdições dos três países sobre as melhores práticas na prevenção do crime financeiro, contribuindo em última instância para a estabilidade e segurança da paisagem econômica dos Emirados e fortalecendo as relações entre eles, Bangladesh e Somália.

Príncipe herdeiro saudita encontra chanceler britânico em Neom

O príncipe herdeiro saudita Mohammed Bin Salman, reuniu-se, na segunda-feira (7), com o ministro britânico das Relações Exteriores Dominic Raab, na cidade de Neom, a noroeste da Arábia Saudita, informou a agência de notícias SPA.

O Ministro das Relações Exteriores saudita Faisal Bin Farhan também participou da reunião na cidade futurista que integra o programa Visão 2030 do reino.

Os dois lados discutiram os últimos acontecimentos no Oriente Médio e os esforços para aumentar a segurança e estabilidade regional, bem como “relações bilaterais e aspectos de cooperação conjunta em vários campos”, disse a SPA.

Em fevereiro passado, a Grã-Bretanha anunciou a nomeação de Edward Lister como enviado especial para a região do Golfo em uma ação que pretende reforçar as relações de Londres com os países do Golfo após sua saída da União Europeia. No entanto, Lister deixou seu posto em abril.

De acordo com a imprensa, as compras de armas da Arábia Saudita representaram cerca de 43% do total das vendas de armas britânicas durante a última década.

Irã diz que conversas nucleares não mudam após eleição presidencial

A política do Irã, para as conversas com potências mundiais para ressuscitar o acordo nuclear de 2015, não será alterada após a eleição presidencial de 18 de junho, porque a questão é decidida por sua mais alta liderança, disse um porta-voz do governo, na terça-feira (8).

“Mostramos que aderimos às nossas obrigações internacionais em todas as circunstâncias, e esta foi uma decisão nacional”, disse o porta-voz do gabinete Ali Rabiei, em uma coletiva de imprensa semanal.

Rabiei disse que a política nuclear, determinada pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, não está ligada a desdobramentos internos e que o novo governo, manterá as mesmas diretrizes seguidas nas conversas de Viena, que começaram em abril.

“Contanto que todas as partes do acordo nuclear cumpram seus compromissos, elas podem ter certeza de que o Irã não abandonará suas obrigações”, disse Rabiei.

Na segunda-feira (7), o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken, disse que os Estados Unidos ainda não sabem se o Irã está disposto a voltar a obedecer ao pacto nuclear e que, se Teerã continuar a violá-lo, o tempo de que precisa para obter material físsil para uma arma nuclear se reduzirá a semanas.

Irã escolhe presidente em 18 de junho, com o ultraconservador Raisi como favorito

Os iranianos escolherão o novo presidente do país em 18 de junho, em uma eleição que parece destinada a consagrar o domínio dos conservadores, que possivelmente serão favorecidos por uma elevada taxa de abstenção.

Sete candidatos – cinco ultraconservadores e dois reformistas – foram autorizados a disputar a 13ª eleição presidencial desde a Revolução de 1979.

Entre os aspirantes está o chefe da Autoridade Judicial, Ebrahim Raisi, de 60 anos, considerado o grande favorito por ter recebido 38% dos votos nas eleições de 2017 e por não ter um rival forte.

Se nenhum candidato conquistar a maioria absoluta, em 25 de junho acontecerá o segundo turno entre os dois mais votados.

A eleição pode ser marcada por uma forte abstenção, inclusive superior ao recorde de 57% das legislativas de 2020, vencidas por uma grande coalizão conservadora após a desclassificação de milhares de candidatos reformistas ou moderados.

Em Teerã, praticamente não existe clima de campanha eleitoral, com poucos cartazes dos candidatos além das peças de propaganda de Raisi.

A crise de saúde provocada pela Covid-19 e a limitação dos eventos públicos não ajuda, mas em geral, a eleição não provoca entusiasmo.

O presidente da República Islâmica dispõe de prerrogativas limitadas: a maior parte do poder no Irã está nas mãos do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei.

Após dois mandatos consecutivos de quatro anos, o presidente moderado Hassan Rohani não pode disputar a eleição.

Sua política de abertura foi afetada quando o governo dos Estados Unidos, durante a presidência de Donald Trump, se retirou em 2018 do acordo nuclear assinado três anos antes em Viena.

O descontentamento e o desencanto geral são fortes em um país que enfrenta uma grave crise econômica e social provocada pelo retorno das sanções impostas por Washington ao abandonar o acordo, e amplificada agora pela pandemia.

O mal-estar provocou ondas de protestos no inverno (hemisfério norte) de 2017-2018 e em novembro de 2019, que foram reprimidos com muita violência.

Para Clément Therme, pesquisador associado do Instituto Universitário Europeu de Florença (Itália), a meta das eleições é “dar ao regime mais coerência ante o enfraquecimento do país”.

“Diante do empobrecimento da população, trata-se, após a conquista do controle do Parlamento em 2020, de preparar o terreno (…) para a vitória do candidato Raisi”, próximo a Khamenei, disse Therme à AFP.

Outro cenário é “pouco provável com a reduzida taxa de participação prevista pelas pesquisas disponíveis (menos de 40%), completou.

De maneira paralela à campanha acontecem negociações em Viena para tentar salvar o acordo nuclear e conseguir a suspensão das sanções americanas, mas dificilmente algo concreto será anunciado antes da votação.

Diante dos pedidos de boicote às eleições feitos nas redes sociais a partir do exterior, Khamenei pediu aos compatriotas que não façam o jogo dos “inimigos do islã” e compareçam às urnas em 18 de junho.

O guia supremo também ordenou aos candidatos que falem apenas sobre a economia.

O veto a diversos candidatos fortes deixou Raisi praticamente sem rivais na disputa.

Do lado ultraconservador, Mohsen Rezai, ex-comandante da Guarda Revolucionária, o braço ideológico do regime iraniano, fracassou nas eleições presidenciais de 2009 e 2013 e desistiu em 2005 a poucos duas da votação.

E Said Jalili, ex-secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional e também candidato em 2013, recebeu na ocasião 11,4% dos votos, quando ficou em terceiro lugar, à frente justamente de Rezai (10,6%).

Os outros dois ultraconservadores, Amirhossein Ghazizadeh-Hashemi e Alireza Zakani, são relativamente desconhecidos do eleitorado, assim como os dois reformistas, o ex-presidente do Banco Central Abdolnasser Hemmati e o ex-vice-presidente Mohsen Mehralizadeh.

Estos dois últimos não conseguiram o apoio da principal coalizão reformista.

Além do presidente da República, os iranianos votarão em 18 de junho para renovar as câmaras municipais.

Economia em crise, a prioridade na eleição presidencial no Irã

O Irã, atingido pelas sanções dos Estados Unidos, sofre uma dramática crise social para a qual a recuperação econômica é anunciada como prioridade do presidente, que será eleito nas eleições de 18 e 25 de junho.

O comerciante do grande bazar de Teerã, Fakhredin, de 80 anos, quase sente falta do “tempo da guerra com o Iraque” (1980-1988): “Pelo menos tínhamos trabalho”.

“Estamos enfrentando a mais grave crise macroeconômica no Irã desde a revolução de 1979, uma profunda crise social marcada pelo colapso do poder de compra de grande parte dos iranianos”, diz Thierry Coville, pesquisador do Instituto de Relações Internacionais (IRIS) de Paris.

A República Islâmica havia recuperado o crescimento após o acordo internacional sobre seu programa nuclear, assinado em Viena em 2015, e com a consequente suspensão gradual das sanções internacionais.

Mas mergulhou em uma recessão violenta em 2018 com o restabelecimento das sanções americanas, depois que o pacto foi abandonado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB do Irã caiu mais de 6% em 2018 e outros 6,8% no ano seguinte, embora tenha se estabilizado em 2020.

A inflação, que o governo do ex-presidente Hassan Rohani conseguiu reduzir para menos de 10%, disparou ao mesmo tempo que a moeda nacional, o rial, despencava, e deve chegar a 39% este ano, segundo projeções do FMI.

O desemprego ficará em torno de 20%, segundo Coville.

Nas lojas de Teerã, as conversas giram em torno da escassez de carne, ovos e leite.

E os estudantes, por sua vez, desistem dos projetos de estudos no exterior, por falta de meios.

Em março, no Noruz, o Ano Novo iraniano, as imagens de longas filas em frente a lojas subsidiadas para tentar obter frango ou peixe a preços acessíveis chocaram a opinião pública.

Além disso, desde o restabelecimento das sanções de Washington, a maioria dos investidores estrangeiros deixou o Irã, temendo retaliação dos Estados Unidos.

O país está, portanto, isolado do sistema financeiro internacional e perdeu vários de seus clientes de petróleo, privando o governo de recursos essenciais.

Sem esses recursos, e “para continuar pagando as despesas correntes, os salários dos funcionários públicos, o governo é forçado a parar de investir”, explica Coville.

Mas “essa política de baixo investimento perdura, e não é por acaso que começamos a ver cortes de energia elétrica no Irã”, acrescenta, aludindo à intensificação das sanções internacionais e ocidentais, iniciadas em 2010, para tentar parar o polêmico programa nuclear iraniano.

“Desde 2011, cerca de 80 milhões de pessoas da classe média caíram para a classe média baixa e quatro milhões aumentaram as fileiras dos pobres”, escreve o economista Djavad Salehi-Isfahani em um estudo recente.

A Covid-19 “ampliou o impacto recessivo das sanções americanas” e “o governo simplesmente não tem dinheiro para compensar” as consequências sociais, enfatiza Coville.

O Irã, com 83 milhões de habitantes, é o país do Oriente Médio mais afetado pela Covid-19, que causou 81.000 mortes, segundo dados oficiais.

Para sair da crise, os sete candidatos à presidência, incluindo os cinco conservadores que criticam o acordo de Viena, concordam que a prioridade é obter o fim das sanções americanas por meio de negociações em curso, para que Washington volte ao acordo.

Irã refuta comentários da agência nuclear sobre pouca cooperação bilateral

O embaixador do Irã, na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Kazem Gharibabadi, rejeitou ontem a avaliação do chefe da AIEA Rafael Grossi, sobre o nível de cooperação entre a agência e Teerã, descrevendo-a como “tendenciosa” e “sem credibilidade”.

Grossi disse na abertura para a sessão trimestral do Conselho de Governadores da AIEA que as discussões técnicas entre a AIEA e o Irã não produziram os resultados esperados.

“O Irã não forneceu nenhuma informação nova em relação ao local, não respondeu a nenhuma das perguntas da Agência e nem forneceu qualquer informação em relação a dois outros locais e forneceu uma declaração por escrito sobre quarto local sem qualquer documentação comprovativa”, disse Grossi em uma afirmação.

“Desde fevereiro, as atividades de verificação e monitoramento foram afetadas pela decisão do Irã de interromper a implementação de compromissos relacionados com a energia nuclear no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) e do Protocolo Adicional, que dá acesso mais amplo aos inspetores da AIEA em todo o país “, acrescentou o comunicado.

Em resposta às declarações do chefe da AIEA, Gharib Abadi disse no Twitter que as posições de Grossi “mostram a abordagem tendenciosa do Secretariado em relação às suas interações com o Irã, que ignora o nível de cooperação e engajamento. Esta abordagem pode se tornar um obstáculo para as futuras interações de boa vontade entre os dois lados.”

“O relatório da Agência carece de triplo ‘c’: não é ‘consistente’ nas relações com o pano de fundo da cooperação entre as duas partes; não é ‘credível’ porque não se baseia em fontes fiáveis; não é ‘convincente’ uma vez que não contém todos os aspectos da cooperação e do progresso alcançado“, acrescentou.

O diplomata iraniano disse que “a agência não deve agir como se estivesse apoiando a agenda política de uns contra os outros” e pediu à AIEA que evite a politização.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com | www.exame.com.br/invest |www.monitordooriente.com |  www.valoreconomico.com.br | www.reuters.com | www.istoedinheiro.com.br | www.infomoney.com.br | www.uol.com.br | www.invest.exame.com | www.cnnbrasil.com.br | www.olhardigital.com.br | www.estadao.com.br | www.jornaleconomico.sapo.pt | www.moneytimes.com.br | www.veja.abril.com.br | www.forbes.com.br | www.terra.com.br | www.plataformamedia.com | www.poder360.com.br | www.olhardigital.com.br | www.em.com.br |

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
11/06/2021