Cenário Econômico Nacional – 14/06/2021

Cenário Econômico Nacional – 14/06/2021

Cenário Econômico Nacional – 14/06/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

Fonte: Banco Central

• Diretrizes do Plano Nacional do Hidrogênio serão lançadas em 60 dias
• Mercosul causou danos ao Brasil nas últimas décadas, diz Guedes
• Assembleia de São Paulo aprova suspensão de despejos na pandemia
• Morreu, neste sábado (12), o ex-vice-presidente da República, Marco Maciel
• Bolsonaro decreta luto oficial de três dias por morte de Marco Maciel
• Ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni morre de Covid-19
• Brasil tem 1.129 óbitos e supera 487 mil vítimas fatais pela Covid-19
• Governo de SP prevê agora vacinar todos os adultos contra Covid-19 até 15 de setembro
• Covid-19: Brasil alcança 23,6 mi vacinados com duas doses, 11,17% da população

• Senado aprova MP que facilita acesso a crédito bancário na pandemia
• Bolsonaro visita Fux, que pede que escolha de novo ministro do STF ocorra após aposentadoria de Marco Aurélio
• Governo desbloqueia R$3,1 bi do Orçamento, MEC é o principal beneficiado
• Câmara instala comissão especial que vai debater PEC da reforma administrativa
• Cinco municípios elegem seus prefeitos hoje

• Sociedades limitadas impulsionam abertura de empresas, mostra pesquisa
• PIX atinge 253,5 milhões de chaves cadastradas, diz diretor do BC
• Depósitos na poupança superam saques em R$ 72,6 milhões em maio, diz Banco Central
• Governo federal paga R$ 779,5 milhões em dívidas de estados e municípios em maio
• Com pandemia, rentabilidade e lucro das instituições financeiras caem em 2020, diz Banco Central
• Cinco maiores bancos comerciais detinham 81,8% do mercado de crédito no fim de 2020, revela BC
• Campos Neto espera maior abertura da economia no segundo semestre
• Pix terá mecanismo especial de devolução de dinheiro
• Investidores estrangeiros ingressam com recursos na B3 pelo 3º dia seguido
• Vendas do comércio crescem 1,8% em abril e setor elimina perdas de março
• Produção industrial tem queda em 9 das 15 regiões pesquisadas, aponta IBGE
• Pedidos de recuperação judicial e falência crescem mais de 50% em maio, aponta Serasa
• Governo diz que privatização da Eletrobras pode reduzir conta de luz em até 7,36%
• Demanda mundial de petróleo vai superar nível pré-pandemia no fim de 2022, prevê AIE
• Petrobras reduz preço da gasolina em R$ 0,05 nas refinarias
• Gás de cozinha da Petrobras sobe quase 6% a partir de segunda-feira (14)
• Taxa de juros teve elevação em maio para pessoas física e jurídica
• Com juros baixos, número de acionistas nas empresas do Ibovespa mais que dobra desde 2019

• Selic
• IGP-M
• IPCA
• PIB

• Mercado acionário

Diretrizes do Plano Nacional do Hidrogênio serão lançadas em 60 dias

O ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque confirmou, que o governo irá lançar, em 60 dias, as diretrizes para o Plano Nacional do Hidrogênio. A declaração do ministro ocorreu em seu discurso na 12ª Reunião Ministerial de Energia Limpa (CEM), que contou com a participação de 29 países e a Comissão Europeia.
“Em 60 dias, vamos apresentar as diretrizes para o nosso Plano Nacional de Hidrogênio”, disse o ministro em videoconferência com os demais ministros, na quinta-feira (3).
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) já havia aprovado a elaboração das diretrizes do PNH no final do mês de abril. As novas normas, segundo o Ministério de Minas e Energia, vão balizar o desenvolvimento da infraestrutura de produção de hidrogênio, seu armazenamento, transporte e distribuição.
As diretrizes deverão ainda nortear como o hidrogênio será inserido na matriz de consumo em setores-chaves, como transportes, siderurgia e fertilizantes.
De acordo com o ministério, o PNH permitirá que o país reduza suas emissões de gases de efeito estufa, já que o insumo carrega alta densidade energética, possui versatilidade de uso, não emite CO2, e pode funcionar como armazenamento de energia.

Mercosul causou danos ao Brasil nas últimas décadas, diz Guedes

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, na terça-feira (8), que a participação no Mercosul tem sido prejudicial ao Brasil. Segundo ele, a associação ao bloco travou a ampliação de mercados pelo país.
“Estarmos unidos [no Mercosul] causou danos ao Brasil nos últimos 30 anos. O Brasil está comercializando menos com nossos parceiros do Mercosul hoje do que há 20 anos. Foi uma armadilha. Impediu o Brasil de se engajar numa integração industrial mais produtiva nas cadeias globais”, afirmou durante conferência virtual do Bradesco BBI em Londres.
Guedes destacou que o Brasil pretende reduzir “unilateralmente” as tarifas de importação. “E falando com nossos amigos do Mercosul, porque nós queremos ter uma flexibilização e modernização no Mercosul”, disse.
O ministro voltou a defender a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e afirmou que o governo está adotando todas as medidas para se adequar às regras exigidas para o bloco.
Durante sua fala na conferência, Paulo Guedes afirmou que está claro para o governo que o futuro é digital e verde, mas reconheceu que o Brasil enfrenta problemas na área ambiental. Ele disse também que o governo federal tem mantido contato próximo com o enviado presidencial para o clima do governo dos Estados Unidos (EUA) John Kerry. Os EUA passaram a liderar o debate sobre meio ambiente na esfera internacional.
“É verdade que temos problemas com desmatamento florestal, com ocupação ilegal de terras, e estamos muito alertas a isso. Nos últimos três meses, temos mantido contato estreito com o senhor Kerry, que é o homem indicado pelo presidente [dos EUA, Joe] Biden para tratar de questões ambientais com o Brasil”.

Assembleia de São Paulo aprova suspensão de despejos na pandemia

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou, na quarta-feira (9), o projeto de lei (PL) que suspende o cumprimento de mandados de reintegração de posse, despejos e remoções judiciais ou extrajudiciais no estado durante a pandemia da Covid-19. O texto segue para sanção ou veto, que pode ser total ou parcial, do governador João Doria, em um prazo de 15 dias úteis.
De acordo com o projeto de lei, “ficam suspensas a aplicação e cobrança de multas contratuais e juros de mora em casos de não pagamento de aluguel ou das prestações de quitação dos imóveis residenciais”.
O projeto de lei, de autoria dos deputados Leci Brandão (PCdoB), Maurici (PT) e Jorge do Carmo (PT), define que as medidas valem “enquanto vigorar o estado de emergência na saúde ou de calamidade pública do Estado de São Paulo em razão da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e mais noventa dias após a sua suspensão”.
Ao menos 14,3 mil famílias foram despejadas no Brasil durante a pandemia, de março de 2020 a 6 de junho de 2021, e cerca de 85 mil famílias estão ameaçadas de despejo, segundo o levantamento mais recente da Campanha Despejo Zero, com base em denúncias e monitoramento feitos pelos movimentos sociais organizados, instituições ligadas ao tema e defensorias públicas de vários estados.
Só no estado de São Paulo, foram 3.970 famílias despejadas desde o início da pandemia e outras 34.454 estão ameaçadas de despejo.
As ações da Despejo Zero contribuíram diretamente para a suspensão de pelo menos 54 casos de despejo no país, evitando que mais de 7,3 mil famílias fossem desalojadas.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou na quinta-feira (3), a suspensão por seis meses de ordens ou medidas de desocupação de áreas que já estavam habitadas antes de 20 de março do ano passado, quando foi aprovado o estado de calamidade pública devido à pandemia. O prazo de seis meses a partir da decisão pode ser estendido, conforme Barroso, caso a situação de crise sanitária continue.
De acordo com a decisão, ficam impossibilitadas “medidas administrativas ou judiciais que resultem em despejos, desocupações, remoções forçadas ou reintegrações de posse de natureza coletiva em imóveis que sirvam de moradia ou que representem área produtiva pelo trabalho individual ou familiar de populações vulneráveis”.
O ministro deferiu parcialmente a medida cautelar em ação apresentada pelo PSOL para, segundo ele, “evitar que remoções e desocupações coletivas violem os direitos à moradia, à vida e à saúde das populações envolvidas”.

Morreu, neste sábado (12), o ex-vice-presidente da República Marco Maciel

Morreu, neste sábado (12), em Brasília, o ex-senador e ex-vice-presidente da República Marco Maciel. Pernambucano, seu nome esteve ligado à política brasileira por 45 anos.
Aos 80 anos, Marco Maciel convivia com a doença de Alzheimer desde 2014 e, em março deste ano, foi diagnosticado com Covid-19. Ele voltou a ser internado esta semana devido a uma infecção bacteriana.
Além de ter sido senador por três períodos – de 1983 a 1991, de 1991 a 1994 e de 2003 a 2011 – ele foi vice-presidente da República nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003.
Também foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 18 de dezembro de 2003, como oitavo ocupante da Cadeira nº 39, na sucessão de Roberto Marinho.
Recebeu ainda títulos de Cidadão Honorário de 42 cidades brasileiras, a maioria delas em Pernambuco. A ele é atribuída a autoria de frases célebres como: “Tudo pode acontecer, inclusive nada”.

Bolsonaro decreta luto oficial de três dias por morte de Marco Maciel

O presidente Jair Bolsonaro decretou luto oficial de três dias, em pesar pela morte do ex-vice-presidente da República Marco Antônio de Oliveira Maciel. A decisão está em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

Ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, morre de Covid-19

O economista e ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, se tornou mais uma vítima da Covid-19. Aos 76 anos, ele não resistiu ao avanço da doença e morreu, no domingo (13), no Rio de Janeiro.
Langoni estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital CopaStar desde novembro. Natural de Nova Friburgo (RJ), ele deixa a mulher, Cristiana Dutra, dois filhos e quatro netos.
Em 1980, Langoni se tornou o mais jovem presidente do Banco Central. Aos 35 anos, ele assumiu a função no governo do presidente João Figueiredo, o último da ditadura militar, e ocupou o posto até 1983.
O Banco Central emitiu nota de pesar afirmando que Langoni ajudou a construir a estabilidade econômica do país e zelou pelo papel institucional que cabe aos bancos centrais de todas as economias. “Sempre atualizado, Langoni manteve diálogo constante com as figuras mais proeminentes do cenário econômico brasileiro e global. Ele fez do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas um local de debate livre e vivo sobre os temas econômicos mais candentes da atualidade. O conhecimento de Langoni certamente fará falta no debate econômico”, diz o texto.
O economista foi o primeiro brasileiro a obter doutorado em economia na Universidade de Chicago, um centro de formação de liberais por onde também passou o atual ministro da Economia Paulo Guedes. Langoni chegou na instituição em 1970 e foi influenciado pelas teorias monetaristas de Milton Friedman, considerado um dos economistas mais influentes do mundo no século passado.
Nos últimos anos, Langoni deu apoio a Guedes e contribuiu, informalmente, com sugestões nas áreas de gás e de abertura comercial. Em outubro de 2019, o economista se tornou consultor para o ingresso do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores economias do mundo.

Brasil tem 1.129 óbitos e supera 487 mil vítimas fatais pela Covid-19

O Brasil registrou, no domingo (13), 1.129 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 487.401, informou o Ministério da Saúde.
Também foram contabilizados, de acordo com a pasta, 37.948 novos casos de Coronavírus, com o total de infecções no país avançando para 17.412.766.
O Brasil tem o segundo maior número de mortes por Covid-19 no mundo, só atrás dos Estados Unidos, e a terceira maior contagem de casos confirmados, atrás dos EUA e da Índia.
Estado brasileiro mais afetado pela Covid-19 em termos absolutos, São Paulo, chegou neste domingo às marcas de 3.458.849 casos e 118.121 mortes.
Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções registradas, com 1.683.100 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos, com 52.998.
O governo federal ainda reporta 15.794.548 pessoas recuperadas da Covid-19 e 1.130.817 pacientes em acompanhamento.

Governo de SP prevê agora vacinar todos os adultos contra Covid-19 até 15 de setembro

O governador de São Paulo João Doria anunciou, no domingo (13), a antecipação do calendário de vacinação contra Covid-19, prevendo agora que toda a população acima de 18 anos no Estado receberá a primeira dose de imunizantes contra a doença até 15 de setembro de 2021.
“Antecipamos em 30 dias o prazo de vacinação em São Paulo”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. “Até lá, todas as pessoas com mais de 18 anos residentes em São Paulo terão recebido ao menos a primeira dose da vacina.”
Inicialmente, previsto para acontecer até 31 de dezembro, o calendário foi antecipado pela terceira vez neste mês e acontece em meio à disponibilização de vacinas, de diferentes fabricantes do imunizante, contra a doença provocada pelo Coronavírus.
“São Paulo será o primeiro Estado do país a imunizar toda sua população (adulta)”, afirmou Doria a jornalistas.
Pelo novo cronograma, pessoas de 50 a 59 anos, sem comorbidades, serão vacinadas a partir de 16 de junho. A partir do dia 23 serão incluídas pessoas de 43 a 49 anos, sendo estendido a pessoas de 40 a 42 anos a partir do dia 30.
A antecipação ocorre enquanto a disponibilização de vacinas, de diferentes fabricantes, começa a ganhar tração no Brasil.

Covid-19: Brasil alcança 23,6 mi vacinados com duas doses, 11,17% da população

Neste sábado (12), o Brasil alcançou a marca de 23,6 milhões de vacinados com duas doses contra a Covid-19. No total, 23.644.928 brasileiros receberam a dose de reforço do imunizante contra a doença, o correspondente a 11,17% da população nacional. Os dados foram coletados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte, com base nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais de saúde. Entre sábado e domingo, a primeira dose de vacina foi aplicada em 591.349 pessoas em todo o país, chegando a um total de 54.433.932 imunizados nesta etapa inicial – o que representa 25,71% da população do país. Nas últimas 24 horas, a dose de reforço foi aplicada em outras 14.412.
Acre, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro não divulgaram dados atualizados sobre a vacinação até o fechamento do boletim do consórcio de imprensa, às 20h. A aplicação de duas doses de vacina contra a Covid-19 é uma recomendação feita pelos laboratórios responsáveis pela produção da CoronaVac, Oxford/AstraZeneca e Pfizer/BioNTech. Proporcionalmente, o Mato Grosso do Sul permanece em primeiro lugar entre os Estados que mais vacinaram sua população com a primeira dose: 35,75% de seus habitantes. O Rio Grande do Sul se mantém como o estado que, em termos percentuais, mais aplicou a segunda dose: 14,22% de sua população.

Senado aprova MP que facilita acesso a crédito bancário na pandemia

O Senado aprovou, na terça-feira (8), a Medida Provisória 1028, que facilita o acesso a crédito bancário durante a pandemia, que segue à sanção presidencial.
A MP dispensa instituições financeiras privadas e públicas, inclusive as suas subsidiárias da exigência de documentos que atestem regularidade fiscal para a concessão de crédito ou a renegociação de empréstimos.
As regras terão validade, pelo texto da medida, até 31 de dezembro de 2021.
O texto também prevê que até 31 de dezembro de 2021, nas operações de crédito que envolvam recursos públicos, deverá ser dado tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim como às cooperativas com faturamento anual de até 4,8 milhões de reais e aos setores mais atingidos pela pandemia da Covid-19, de acordo com regras a serem editadas pelo Poder Executivo.

Bolsonaro visita Fux, que pede que escolha de novo ministro do STF ocorra após aposentadoria de Marco Aurélio

O presidente Jair Bolsonaro fez uma visita ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, no final da tarde de terça-feira (8), na qual conversaram sobre assuntos referentes à escolha do sucessor do decano da corte, Marco Aurélio Mello.
O decano aposenta-se em 5 de julho, às vésperas de completar 75 anos de idade, e Fux pediu a Bolsonaro que o substituto de Marco Aurélio só venha a ser indicado após ele deixar o tribunal.
“O ministro Fux pediu que, por cortesia, o presidente da República aguarde a aposentadoria do Ministro Marco Aurélio Mello, que será no início de julho, antes de indicar um novo nome para o cargo”, disse nota distribuída pela assessoria de Fux.
O encontro, segundo a assessoria do presidente do STF, ocorreu após Fux chamar Bolsonaro para uma conversa depois de falarem ao telefone e terem combinado a visita que não constava nas agendas oficiais das autoridades. O encontro durou 20 minutos e ocorreu no gabinete da presidência da corte, conforme o comunicado.
Por ora, o favorito para a segunda indicação de Bolsonaro ao Supremo é o atual advogado-geral da União, André Mendonça.

Governo desbloqueia R$3,1 bi do Orçamento, MEC é o principal beneficiado

O Ministério da Economia desbloqueou, na quarta-feira (9), 3,133 bilhões de reais em dotações orçamentárias dos ministérios, valor que corresponde a pouco menos de um terço do total de 9,2 bilhões de reais que haviam sido contingenciados na sanção do Orçamento pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril.
O Ministério da Educação, que tem o maior orçamento da Esplanada, recebeu a maior fatia dos recursos, de 900 milhões de reais, mas segue também na liderança em verba contingenciada -1,558 bilhão de reais.
Depois do MEC, os ministérios das Infraestrutura e da Economia foram os principais contemplados com o descontingenciamento, com 700,6 milhões de reais e 436,3 milhões de reais, respectivamente.
O novo desbloqueio se dá depois de o Ministério da Economia ter apontado, em seu relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 2º bimestre, um espaço para a liberação de até 4,8 bilhões de reais em dotações, diante dos fortes resultados de arrecadação nos primeiros meses do ano e de uma redução na projeção de gastos obrigatórios, em meio à melhora na perspectiva de crescimento para 2021.
Na segunda-feira (7), uma outra portaria já havia liberado 921,9 milhões de reais. Com isso, ainda haveria espaço para a liberação de cerca de 745 milhões de reais. “O restante está em processo de avaliação”, disse o Ministério da Economia.
No total, 5,230 bilhões do Orçamento aprovado pelo Congresso Nacional seguem bloqueados.

Câmara instala comissão especial que vai debater PEC da reforma administrativa

A Câmara dos Deputados instalou, na quarta-feira (9), a comissão especial que vai discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que promove uma reforma na administração pública.
O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) foi eleito presidente e indicou como relator o deputado Arthur Maia (DEM-BA). A comissão é composta por 34 membros titulares e 34 suplentes.
A comissão especial terá 40 sessões para discutir a matéria e dar um parecer sobre o projeto. Em seguida, a PEC ainda precisa ser votada em dois turnos nos plenários da Câmara e do Senado.
A reforma administrativa foi enviada pelo governo à Câmara em setembro de 2020. A proposta tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios.

Cinco municípios elegem seus prefeitos hoje

Os eleitores de cinco municípios foram às urnas, no domingo (13), para eleger seus prefeitos. Em Sidrolândia (MS), Nova Pata do Iguaçu (PR), Petrolândia (SC), Campestre (MG) e Espera Feliz (MG), os prefeitos eleitos em 2020 tiveram o registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral de forma definitiva. Com isso, a legislação determina novas eleições.
De acordo com portaria publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para a definição da data das eleições suplementares, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) responsável pelo município levará em conta as condições sanitárias locais. E deverá, se for o caso, providenciar a observância das regras do Plano de Segurança Sanitária aprovado pelo TSE para a prevenção ao contágio pela Covid-19.

Sociedades limitadas impulsionam abertura de empresas, mostra pesquisa

O segundo mês de 2021 registrou a criação de 343.811 empresas no país, um aumento de 27,2% na comparação com igual período de 2020.
A abertura das empresas em fevereiro, último mês com dados consolidados, foi impulsionada pelo crescimento das sociedades limitadas, formadas por dois ou mais sócios, com elevação de 71,7%. Os dados, divulgados na segunda-feira (7), são do Indicador Nascimento de Empresas Serasa Experian.
Segundo o levantamento, o número de microempresas individuais (MEIs) criadas em fevereiro cresceu 30,1% e o de empresas individuais, 1,7%. Das 343.811 empresas abertas em fevereiro deste ano, 276,2 mil foram MEIs; 41,4 mil, sociedades limitadas; 12,5 mil, empresas individuais; e 13,6 mil, outros tipos.
“Abrir o próprio negócio no Brasil acabou se tornando um dos meios mais viáveis para geração de renda. Mesmo com um cenário delicado para muitas empresas do país, a estagnação negativa dos níveis de desemprego e o tempo mais curto da burocracia de abertura de empresas criam um ambiente que favorece a ideia de começar um empreendimento”, destacou o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.
Dentre as mais de 300 mil empresas abertas em fevereiro de 2021, o segmento que mais cresceu foi o do comércio, com alta com 37,8%, seguido da indústria, com 35,1%, e serviços, com 23%. No segundo mês do ano, foram criadas 231,8 mil empresas do setor de serviços; 81,3 mil do comércio; 26,6 mil da indústria; e 3,9 mil de outros tipos.
Por regiões, o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas em fevereiro, 179,2 mil, seguido pelo, com 60,3 mil, Nordeste, com 57,2 mil, Centro-Oeste, com 30,8 mil, e Norte, com 16,1 mil.

PIX atinge 253,5 milhões de chaves cadastradas, diz diretor do BC

O PIX, sistema de pagamentos instantâneos capitaneado pelo Banco Central (BC), atingiu 253,5 milhões de chaves em 31 de maio, com 87,6 milhões de cadastro feitos por pessoas físicas e 5,8 milhões de empresas.
Os dados prévios foram divulgados na noite de segunda-feira (7), pelo diretor do BC João Manoel de Pinho Mello durante participação em evento da FGV.
Ele informou que os dados oficiais, que serão divulgados nos próximos dias, apontam que foram feitas 2 bilhões de transações, movimentando R$ 1,4 trilhão desde novembro de 2020 até o último dia de maio.
O diretor afirmou ainda que o PIX ganha cada vez mais tração no comércio. Em novembro de 2020, 87% das transações eram feitas entre pessoas (P2P) e 5% eram de pessoas para empresas (P2B). Agora, 75% são de P2P, e 12% são de P2B.
Pinho Mello comentou que as transações ainda ocorrem em maior número entre pessoas e pequenos empreendedores, por não terem acesso a muitos arranjos de pagamento, assim como por grandes varejistas, que precisam e têm condições de oferecer várias opções de pagamento.
Agora, com a padronização em vigor da funcionalidade do QRCode e as pessoas pedindo para pagar via PIX, o diretor do BC espera que o “meio” — as empresas de médio porte — comecem a apresentar mais transações.

Depósitos na poupança superam saques em R$ 72,6 milhões em maio, diz Banco Central

Os depósitos na poupança superaram os saques em R$ 72,6 milhões em maio, informou, na segunda-feira (7), o Banco Central. É o segundo mês consecutivo do ano com resultado positivo.
De acordo com o BC, os depósitos na caderneta de poupança somaram R$ 281,236 bilhões em maio e as retiradas, R$ 281,163 bilhões.
Somados, os saldos de todas as contas poupança do país alcançaram R$ 1,02 trilhão, considerando o rendimento de quase R$ 2 bilhões da caderneta em maio.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, os brasileiros já retiraram R$ 23,6 bilhões da caderneta de poupança.
O resultado está negativo porque, nos três primeiros meses de 2021, os clientes retiraram R$ 27,5 bilhões líquidos da poupança.
Os saques coincidiram com as tradicionais despesas de começo de ano, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), matrícula escolar e material escolar.
Em abril, os depósitos superaram os saques pela primeira vez em 2021. O resultado positivo coincidiu com o retorno do auxílio emergencial, que está sendo pago em quatro parcelas neste ano.
O valor médio é de R$ 250, mas pode variar de R$ 150 a R$ 375, a depender da composição de cada família.
O auxílio é pago em contas poupança digitais abertas pela Caixa Econômica Federal.

Governo federal paga R$ 779,5 milhões em dívidas de estados e municípios em maio

A Secretaria do Tesouro Nacional informou, na segunda-feira (7), que a União pagou R$ 779,5 milhões em dívidas atrasadas dos estados e municípios em maio.
Foram honradas dívidas de 5 estados, além da cidade de Belford Roxo (RJ):
• Rio de Janeiro – R$ 639,39 milhões;
• Goiás – R$ 78,94 milhões;
• Minas Gerais – R$ 38,03 milhões;
• Amapá – R$ 16,56 milhões;
• Rio Grande do Norte – R$ 5,01 milhões; e
• Belford Roxo (RJ) – R$ 1,56 milhão.
Os dados constam no Relatório de Garantias Honradas pela União em operações de crédito em maio.
Os valores foram pagos porque a União é garantidora de operações de crédito tomado por estados e municípios junto a instituições financeiras.
No acumulado deste ano, a União já pagou R$ 3,30 bilhões em dívidas de estados e municípios. Os estados que tiveram os maiores valores quitados pela União no ano foram:
• Minas Gerais – R$ 1,37 bilhão (41,53% do total);
• Rio de Janeiro – R$ 1,23 bilhão (37,15% do total); e
• Goiás – R$ 577,33 milhões (17,48% do total).
Em 2020, o governo honrou R$ 13,33 bilhões das dívidas estaduais e municipais, segundo dados do Tesouro Nacional.

Com pandemia, rentabilidade e lucro das instituições financeiras caem em 2020, diz Banco Central

A rentabilidade dos bancos brasileiros recuou em 2020, assim como lucro das instituições financeiras, segundo informações divulgadas na segunda-feira (7), pelo Banco Central.
De acordo com a instituição, isso está relacionado com a pandemia da Covid-19, que forçou os bancos a aumentarem no ano passado as chamadas “provisões para créditos de liquidação duvidosa”, ou seja, recursos que precisam ficar parados para fazer frente a eventuais perdas.
Com isso, o chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 11,5% em dezembro do ano passado, contra 16,5% e 14,8%, respectivamente, no fechamento de 2019 e de 2018. Esse foi o menor retorno dos bancos desde o início da série do BC.
“A queda da rentabilidade foi generalizada, afetando bancos de diferentes tipos de controle, porte e segmento de atividade. As despesas com provisões aumentaram, as margens ficaram pressionadas e as receitas com serviços sofreram com a queda da atividade econômica”, informou o Banco Central.
Segundo a instituição, porém, que os custos dos bancos permaneceram “sob controle”. “A redução do número de agências e de funcionários, em paralelo ao aumento do uso de canais de atendimento digitais, tende a trazer ganhos de eficiência operacional para o sistema no médio prazo”, acrescentou.
Apesar da queda no ano passado, o Banco Central prevê melhora da rentabilidade bancária em 2021. A instituição avalia que os “principais pilares” para a recuperação da rentabilidade são o estoque atual de provisões e a retomada da atividade econômica.
“O reforço de provisões realizado em 2020 reduz a necessidade de novas provisões em montantes relevantes e a retomada da atividade econômica contribui para o crescimento e a qualidade do crédito, além de favorecer a demanda por serviços bancários”, explicou a instituição.
Entretanto, o BC diz também que a pandemia “segue como o principal risco para a melhora da rentabilidade em 2021, pois pode atrasar a retomada da atividade econômica e exigir novas provisões para perdas com crédito”.
De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos sofreu um tombo de 26% no ano passado, para R$ 88,6 bilhões, contra R$ 119,6 bilhões (valor ajustado) em 2019 — ano em que bateu recorde. A série histórica do Banco Central para este indicador começa em 1994.
Assim como no caso da rentabilidade, a queda do lucro dos bancos, no ano passado, está relacionada com a pandemia do Coronavírus, que gerou aumento de provisões, redução de margens de lucro e queda nas receitas com serviços – decorrente da retração do nível de atividade.
A queda no lucro dos bancos também aconteceu em um cenário de aumento no volume de crédito, fruto das linhas emergenciais para o combate à Covid-19, e a uma redução na taxa de juros média das instituições financeiras em 2020.
Dados do BC mostram que os cinco maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2020, 81,8% do mercado de crédito e com 79,1% dos depósitos totais. Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas.

Cinco maiores bancos comerciais detinham 81,8% do mercado de crédito no fim de 2020, revela BC

Os cinco maiores conglomerados bancários do país (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander) encerraram 2020 com 81,8% do mercado de crédito e com 79,1% dos depósitos totais. As informações foram divulgadas pelo Banco Central (BC), na segunda-feira (7).
Os cálculos englobam bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas. Os dados estão no Relatório de Estabilidade Financeira de 2020.
Segundo o Banco Central, houve queda em relação à concentração bancária registrada no fechamento de 2019, quando essas instituições financeiras detinham 83,7% de todas as operações de crédito e 83,4% dos depósitos bancários.
O Banco Central destacou a redução das participações dos principais bancos públicos federais, Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 2018 e 2020.
“Tal fato denota que a redução da participação dos principais bancos públicos se deu, em parte, vis-à-vis o aumento da participação de instituições que não se encontram entre as cinco maiores instituições, o que contribui para o incremento das condições concorrenciais quando se considera exclusivamente os índices de concentração”, acrescentou.

Campos Neto espera maior abertura da economia no segundo semestre

O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto disse, na terça-feira (8), esperar uma maior abertura da economia no segundo semestre deste ano, bem como uma recuperação maior do setor de serviços, amplamente afetado pela pandemia de Covid-19.
Contribui para esse cenário o avanço “significativo” da vacinação no Brasil e uma resiliência maior das economias que, de alguma maneira, se adaptaram e sofrem impactos cada vez mais suaves das medidas restritivas provocadas pelas diferentes ondas de contaminação.
“A economia de alguma maneira se adaptou a essa nova maneira de fazer as coisas, e acho que em grande parte [essas mudanças] serão permanentes”, disse Campos, que fez também uma exposição dos planos do banco para a modernização da economia e dos pagamentos.
Com o avanço da vacinação, Campos Neto disse que pode acontecer no Brasil a mesma espécie de “euforia” no setor de serviços que se observa em países com vacinação mais avançada. Ele citou como exemplo os Estados Unidos, onde já há dificuldade para se reservar um quarto de hotel ou reservar um carro para viagens próximas.
As declarações foram dadas em inglês em uma apresentação, por videoconferência, para economistas do banco JP Morgan. Campos Neto apresentou dados que são acompanhados pelo BC sobre a pandemia e a reação das economias em países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Campos Neto reconheceu a existência de uma pressão inflacionária em todo o mundo e que os preços de insumos encontram-se em elevação, acompanhando a alta das commodities, mas disse ver que começa a se desenhar uma curva de estabilização nos gráficos.
No Brasil, as projeções de inflação seguem pressionadas, contudo, pela expectativa de alta no preço da energia provocada pela crise hídrica, observou o presidente do BC.
Essa foi a última manifestação de Campos Neto antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que está marcada para 15 e 16 de junho. Na ata da reunião anterior, o colegiado sinalizou nova alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 3,5% ao ano.

Pix terá mecanismo especial de devolução de dinheiro

O Banco Central (BC) aprovou a criação do Mecanismo Especial de Devolução do Pix, que entra em operação em 16 de novembro, quando o sistema de pagamento instantâneo completará um ano de funcionamento no país.
De acordo com o BC, a criação do mecanismo é uma forma de padronizar as regras e os procedimentos para viabilizar a devolução de valores “nos casos em que exista fundada suspeita de fraude ou nas situações em que se verifique falha operacional nos sistemas das instituições envolvidas na transação”.
A devolução poderá ser iniciada pelo prestador de serviço de pagamento (PSP) do usuário recebedor, por iniciativa própria ou por solicitação do PSP do usuário pagador. A nova norma consta na Resolução BCB nº 103.
Desde o lançamento do Pix, está disponível a funcionalidade de devolução que permite que o usuário recebedor devolva, total ou parcialmente, os valores de uma transação. No entanto, não havia previsão de que a devolução fosse iniciada pela instituição de relacionamento do usuário recebedor.
Pelas regras atuais, em uma eventual fraude ou falha operacional, as instituições envolvidas precisam estabelecer procedimentos operacionais bilaterais, de forma a efetuar as comunicações relacionadas a solicitações e recebimentos de pedidos de devoluções, dificultando o processo e aumentando o tempo necessário para que o caso seja analisado e finalizado, o que reduz a eficácia das devoluções, argumenta o BC.
“O estabelecimento do mecanismo especial de devolução dará mais celeridade e eficiência ao processo de devolução, aumentando a possibilidade de os usuários reaverem os valores nos casos de fraude. A instituição que efetuar uma devolução utilizando-se do mecanismo especial, precisará notificar tempestivamente o usuário quanto a realização do débito na conta. Além disso, a transação constará do extrato das movimentações”, diz o BC, em nota à imprensa.

Investidores estrangeiros ingressam com recursos na B3 pelo 3º dia seguido

Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 2,117 bilhões no segmento secundário da Bolsa (ações já listadas) em 4 de junho, segundo informações divulgadas pela B3. Trata-se do terceiro ingresso diário consecutivo do mês, com aportes expressivos no período, todos superiores a R$ 1,8 bilhão cada.
Com isso, o saldo positivo de fluxo externo no mês subiu a R$ 6,043 bilhões — resultado de R$ 59,479 bilhões em compras e R$ 53,436 bilhões em vendas. No acumulado de 2021, o saldo líquido nessa conta é positivo, agora em R$ 37,423 bilhões.
Na outra ponta, o investidor pessoa física retirou R$ 142,8 milhões líquidos na B3 no mesmo dia 4, na terceira saída diária seguida. Com isso, o saldo no mês seguiu negativo, agora em R$ 2,223 bilhões. No ano, porém, o saldo dos investidores individuais continua superavitário, mas caiu a R$ 6,853 bilhões.
Já o investidor institucional retirou R$ 1,758 bilhão da B3 no dia 4 de junho, também na terceira saída diária consecutiva. No mês até esta data, o saldo segue negativo, em R$ 4,936 bilhões. No ano, está deficitário em R$ 40,246 bilhões.

Vendas do comércio crescem 1,8% em abril e setor elimina perdas de março

As vendas do comércio varejista cresceram 1,8% em abril, na comparação com março, apontam os dados, divulgados na terça-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior alta para um mês de abril em 21 anos, mesmo em meio às restrições ainda impostas pelas medidas de combate ao Coronavírus.
Com o resultado, o setor eliminou a queda de 1,1% em março e voltou a ficar acima do patamar pré-pandemia, depois de ter ido abaixo dele no mês anterior.
Na comparação com abril do ano passado, a alta foi de 23,8% – a segunda taxa positiva consecutiva.
Segundo o IBGE, com o resultado de abril o varejo ficou 1% acima do patamar pré-pandemia. O setor acumula crescimento de 4,7% no ano e de 3,6% nos últimos 12 meses.
O resultado veio bem acima do esperado pelo mercado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanços de 0,1% na comparação mensal e de 19,8% sobre um ano antes.
Das 8 atividades pesquisadas, 7 tiveram aumento nas vendas na passagem de março para abril. A maior alta foi em móveis e eletrodomésticos (24,8%), seguida de tecidos, vestuário e calçados, de 13,8%.
Segundo o IBGE, a pandemia tem provocado mudanças na estrutura de consumo das famílias e no calendário de promoções do comércio.
“Abril foi um momento em que as grandes lojas de móveis e eletrodomésticos acabaram focando na receita de consumo das famílias”, destacou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
Veja o desempenho de cada um dos segmentos em abril:
• Combustíveis e lubrificantes: 3,4%
• Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -1,7%
• Tecidos, vestuário e calçados: 13,8%
• Móveis e eletrodomésticos: 24,8%
• Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,9%
• Livros, jornais, revistas e papelaria: 3,8%
• Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 10,2%
• Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 6,7%
• Veículos, motos, partes e peças: 20,3% (varejo ampliado)
• Material de construção: 10,4% (varejo ampliado)
A receita nominal do varejo acumulou alta de 1,4% em abril, frente a março. Na comparação com abril de 2020, houve alta de 36,1%.
Pelo conceito varejo ampliado, que inclui “Veículos, motos, partes e peças” (20,3%) e de “Material de construção” (10,4%), o aumento no volume de vendas foi de 3,8%. Ambas as atividades haviam recuado no mês anterior. Frente a abril de 2020, o avanço foi de 41%. No acumulado no ano, a alta chegou a 9,2% e no acumulado em 12 meses, 3,5%.
A única queda foi observada em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,7%). Esse setor representa quase metade do volume de vendas pesquisado.
Segundo o gerente da pesquisa, em março, diante das medidas restritivas de funcionamento do comércio, o consumo das famílias se concentrou em hiper e supermercados. Em abril, com a retomada das atividades, o consumo se espalhou nas outras atividades que haviam registrado perdas no mês anterior.
“A atividade de hiper e supermercados perde um pouco de fôlego para outras atividades que tiveram perdas razoáveis em março, como tecidos e vestuário”, enfatizou.
O pesquisador ponderou, ainda, que a inflação de alimentos não influenciou a queda das vendas de supermercados em abril.
Apesar do comércio brasileiro ter retomado o patamar pré-pandemia em abril, os dados do IBGE mostram que a recuperação do setor segue bastante desigual, com diversos segmentos ainda no vermelho.

Produção industrial tem queda em 9 das 15 regiões pesquisadas, aponta IBGE

A produção industrial registrou queda, na passagem de março para abril, em 9 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram os dados divulgados na quarta-feira (9).
As quedas mais acentuadas foram registradas na Bahia, onde o recuou chegou a 12,4%, e na região Nordeste, com recuou de 7,8%. Já a maior alta foi registrada no Amazonas, que teve crescimento de 1,9%, na segunda alta consecutiva.
No resultado geral do país, a produção da indústria recuou 1,3% em abril, na terceira queda mensal consecutiva após nove altas.
Segundo o gerente da pesquisa Bernardo Almeida, a disseminação de taxas negativas entre as regiões pesquisadas reflete os efeitos das medidas restritivas para conter o avanço do Coronavírus pelo país.
“O resultado de abril é explicado pelo agravamento da pandemia de Covid-19, com medidas restritivas mais duras que resultaram em diminuição ou escalonamentos na jornada de trabalho, o que atinge a produtividade”, explica o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.
O IBGE destacou que os resultados regionais “mostram que o baixo desempenho do setor de derivados do petróleo afetou as indústrias locais”.
É o caso da Bahia que, segundo o IBGE, “viu esse comportamento da indústria refletir de maneira mais relevante no setor de derivados do petróleo”.
A queda de 12,4% da produção industrial baiana foi a maior para o Estado desde abril de 2020, auge da pandemia, quando o recuo chegou a 23,4%. O IBGE enfatizou que esta foi a quinta taxa negativa seguida, que resultaram em uma perda acumulada de 31,8% no período.
A região Nordeste, que teve a segunda maior queda entre as regiões pesquisadas, também foi afetada pelo resultado negativo do setor de derivados do petróleo, segundo o gerente da pesquisa. Almeida destacou, no entanto, que a região também foi prejudicada pelo baixo desempenho da atividade de couro, artigos de viagens e calçados.
“Cabe lembrar que o cálculo do Nordeste abrange todos os estados, ou seja, o desempenho da Bahia também afetou”, ponderou o pesquisador. Ele destacou, ainda, que essa foi a quinta taxa negativa consecutiva para região, com perda acumulada de 17,1% no período.
São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, também apresentou queda acima da média nacional, com recuo de 3,3%. Segundo o gerente da pesquisa, o resultado paulista se deu “muito por conta do baixo desempenho também do setor de derivados do petróleo, além dos setores farmacêutico e de outros produtos químicos”.
Em relação a abril de 2020, mês de maior tombo da indústria nacional, 12 dos 15 locais pesquisados registraram alta na produção, segundo o IBGE. O ganho da indústria nacional foi de 34,7% nesta base de comparação.
Segundo o gerente da pesquisa Bernardo Almeida, os resultados positivos foram influenciados pela baixa base de comparação, já que o setor industrial foi bastante pressionado, em abril de 2020, pelo isolamento social por conta da pandemia da Covid-19.
Amazonas (132,8%) e Ceará (90,2%) tiveram os maiores avanços. Paraná (55,1%), Rio Grande do Sul (53,8%), Santa Catarina (50,5%) e São Paulo (45,5%) também registraram taxas acima da média da nacional. Outros locais que apresentaram alta foram Minas Gerais (32,5%), Pernambuco (31,4%), Espírito Santo (26,1%), região Nordeste (20,2%), Rio de Janeiro (10,3%) e Pará (6,0%).
Dentre os três locais que registraram taxa negativa, a Bahia (-10%) teve a maior queda, seguida por Goiás (-8,7%) e Mato Grosso (-2%).

Pedidos de recuperação judicial e falência crescem mais de 50% em maio, aponta Serasa

Os pedidos de falências e recuperações judiciais no país registraram um forte aumento em maio, na comparação com abril, atingindo sobretudo micro e pequena empresa do setor de serviços, segundo levantamento da Serasa Experian.
No mês de maio foram registrados 92 pedidos de recuperação judicial, uma alta de 48,4% na comparação com abril, quando foram registradas 62 solicitações. Já os pedidos de falência tiveram um salto de 58,5% frente ao mês anterior. Foram 103 em abril, contra 65 em abril.
Os números de maio foram os mais negativos já registrados no ano, embora ainda abaixo do volume de pedidos dos meses de junho, julho e agosto do ano passado.
Somados, os 195 pedidos requeridos de recuperação judicial e falências em maio representam um aumento de 53,5% na comparação com abril.
No acumulado nos 5 primeiros meses de 2021, o número de solicitações de recuperação judicial tem queda de 21,2% na comparação com o período de janeiro a maio de 2020. Já o número de falências requeridas é 2% menor.
Os dados da Serasa mostram que as micro e pequena empresas, sobretudo as do setor de serviços, seguem como as mais afetadas pela pandemia do coronavírus e as mais impactadas por processos de insolvência.
Do total de 92 pedidos de recuperação judicial feitos em maio, 60 foram de micro e pequenas empresas, 24 de empresas médias e apenas 8 de grandes empresas. Nos 103 casos de requisição de falência, 70 envolveram micro e pequenas empresas, 21 empresas grandes e 12 empresas médias.
Segundo o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o resultado acompanha o aumento da inadimplência das empresas, com maior representatividade dos empreendimentos micro ou pequenos. O dado mais recente da Serasa mostra que os pequenos negócios respondem por 92,4% do total de empresas com contas negativadas.
“O abre e fecha impacta diretamente as companhias menores, que não contam com reservas e enfrentam a redução das linhas de crédito especiais. Por isso, elas ainda patinam na recuperação e são maioria nesses indicadores”, afirma o economista.
Na análise por setores, o levantamento da Serasa revela que o setor de serviços concentrou 62 pedidos de recuperação judicial em maio e 60 solicitações de falência. Na sequência, aparece o comércio e a indústria.

Governo diz que privatização da Eletrobras pode reduzir conta de luz em até 7,36%

O Ministério de Minas e Energia divulgou uma nota, na quarta-feira (9), na qual afirmou que a eventual aprovação da medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras pode levar a uma redução de até 7,36% na conta de luz dos consumidores residenciais.
A MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados em maio e está em discussão no Senado. Relator do texto no Senado, Marcos Rogério (DEM-RO) pode apresentar o parecer ainda nesta semana.
Entidades do setor elétrico, contudo, contestam a versão do governo e criticam o texto aprovado pela Câmara, afirmando que a conta pode ficar mais cara. A União pela Energia, que reúne as associações, afirma que as obrigações inseridas pelos deputados representam custo extra de até R$ 41 bilhões aos consumidores residenciais e industriais.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a aprovação da medida provisória com as alterações feitas pelos deputados pode reduzir a conta de luz dos consumidores residenciais em:
• 5,10% no cenário “conservador”;
• 6,34% no cenário “base”;
• 7,36% no cenário “arrojado”.
Já para os consumidores livres, isto é, aqueles que compram energia diretamente do distribuidor, o impacto estimado é:
• Alta de 0,32% no cenário “conservador”;
• Sem impacto (0%) no cenário “base”;
• Queda de 0,81% no cenário “arrojado”.
“Estamos prestando todas as informações com dados provenientes da área técnica do ministério, mas também da Agência Nacional de Energia Elétrica, Câmara Comercializadora de Energia Elétrica e Empresa de Pesquisa Energética”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta quarta-feira.
O ministro informou que a queda na tarifa já vai ser sentida pelo consumidor a partir de 2022.

Demanda mundial de petróleo vai superar nível pré-pandemia no fim de 2022, prevê AIE

A demanda mundial de petróleo vai superar os níveis prévios à pandemia no fim de 2022, em contradição com os esforços necessários para limitar o aquecimento do planeta, anunciou, na sexta-feira (11), a Agência Internacional de Energia (AIE), em um relatório que detalha as previsões para o próximo ano.
“A demanda mundial de petróleo vai continuar se recuperando e até o fim de 2022 superará os níveis anterior à Covid-19”, afirmou a instituição.
Após um retrocesso recorde de 8,6 milhões de barris por dia (mbd) em 2020, a demanda mundial deve aumentar em 5,4 mbd este ano e em 3,1 mbd em 2022, quando alcançará 99,5 mbd de média.
No último trimestre de 2022, a demanda deve atingir 100,6 mbd, segundo a AIE. O pico mundial até o momento foi registrado no quarto trimestre de 2019, com 100,5 mbd, antes da pandemia.
“A recuperação será desigual tanto entre as regiões como entre os setores e produtos”, aponta o relatório.
A agência considera que, apesar do fim da pandemia estar no horizonte dos países desenvolvidos, a lentidão das campanhas de vacinação pode afetar a recuperação em outras nações.
“Os produtos petroquímicos se beneficiarão da forte demanda de plásticos, enquanto o comércio mundial apoiará a demanda de combustíveis marítimos”, completa o relatório. “Mas o setor da aviação será o mais lento na recuperação, pois algumas restrições às viagens devem seguir em vigor até que a pandemia esteja firmemente sob controle”.
A organização também espera que a gasolina continue abaixo do nível prévio à crise, consequência da continuidade do trabalho à distância em vários setores e do aumento da participação no mercado dos veículos elétricos.
“Responder ao crescimento esperado da demanda não deve representar um problema”, afirma a agência, que destaca as capacidades de produção adicionais dos países da OPEP e seus aliados.
Estes países, reunidos no grupo OPEP+, limitaram sua produção para apoiar os preços do petróleo durante a crise, mas agora começam a retomar as operações com 2 mbd adicionais.
A agência calcula que os países da OPEP+ poderão produzir até 6,9 mbd a mais e, caso as sanções internacionais contra o Irã sejam retiradas, o mercado teria outros 1,4 mbd.
A AIE, no entanto, destaca novamente as dificuldades para alcançar a neutralidade de carbono no mundo e limitar o aquecimento global.
“A demanda de petróleo deve continuar aumentando, ressaltando os enormes desafios necessários para alcançar as ambições declaradas”, afirma o relatório.
A agência, que aconselha os países desenvolvidos, destacou em um documento publicado em maio os esforços necessários para manter a mudança climática sob controle, como exige o Acoro de Paris sobre o clima.
A organização defende o abandono de qualquer projeto de prospecção de petróleo ou gás e a suspensão da venda de novos veículos com motores a combustão a partir de 2035.

Petrobras reduz preço da gasolina em R$ 0,05 nas refinarias

O preço do litro da gasolina nas refinarias foi reduzido em R$ 0,05. O anúncio foi feito na sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, pela Petrobras. O novo valor passa a vigorar a partir de sábado (12), devendo ficar em R$ 2,53 por litro de gasolina vendido nas refinarias. O preço praticado nos postos dependerá de cada estabelecimento repassar ou não a redução.
“Importante reforçar o posicionamento da Petrobras que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. Os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo. Isso possibilita a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”, explicou a estatal.
A Petrobras frisou que os preços de combustíveis e suas variações para mais ou para menos – associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio – têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais.
“Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis” informou a empresa.
O preço médio do litro da gasolina no país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foi de R$ 5,65, no dia 23 de maio, último dado disponível. Na cidade do Rio, o valor médio da gasolina está em R$ 6,16. Em São Paulo, R$ 5,45. E, em Brasília, R$ 5,79. No início do ano, o litro da gasolina era vendido, em média, a R$ 4,62 no país.

Gás de cozinha da Petrobras sobe quase 6% a partir de segunda-feira (14)

A Petrobras elevará em 5,9% o preço médio do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, para R$ 3,40 por kg, a partir de segunda-feira (14), afirmou a companhia, na sexta-feira (11).
O reajuste para as distribuidoras, indicou a petroleira, segue o equilíbrio com o mercado internacional e acompanha as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo. No entanto, busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais.
“O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”, frisou a companhia.
Mais cedo, a petroleira havia informado um recuo de 2% no preço médio da gasolina a partir de sábado, e a manutenção do valor médio do diesel.

Taxa de juros teve elevação em maio para pessoas física e jurídica

A taxa média de juros das operações de crédito registrou alta no mês de maio tanto para as pessoas físicas como para as jurídicas. De acordo com pesquisa da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), divulgada na quinta-feira (10), a taxa de juros média geral para pessoa física apresentou elevação de 1,38% no mês, passando de 5,8% (96,71% ao ano) em abril para 5,88% ao mês (98,50% ao ano) em maio. É a maior taxa de juros desde dezembro de 2019.
Para as pessoas jurídicas, também houve registro de elevação nos juros. A taxa média geral para empresas apresentou uma elevação de 1,63% no mês, passando de 3,07% ao mês (43,74% ao ano) em abril para 3,12% ao mês (44,58% ao ano) em maio, a maior taxa de juros desde março de 2020.
Segundo o diretor executivo de Estudos e Pesquisas da Anefac Miguel José Ribeiro de Oliveira, as elevações podem ser atribuídas à expectativa de novas elevações da taxa básica de juros (Selic) frente a uma inflação maior, à provável elevação dos índices de inadimplência, e ao anúncio das elevações dos impostos das instituições financeiras da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), em 2021.
“Essa provável inadimplência pode ocorrer por causa do fim das carências nos empréstimos, como pausas e carência nas negociações de dívidas; desemprego elevado; fim do pagamento dos auxílios emergenciais; elevação da inflação e seus efeitos na renda; e maior seletividade dos bancos na concessão de crédito”, destacou.

Com juros baixos, número de acionistas nas empresas do Ibovespa mais que dobra desde 2019

A queda da taxa básica de juros desde 2019 tem contribuído para um forte aumento na base de investidores pessoas físicas na Bolsa, que buscam retornos mais atrativos em meio a retornos espremidos na renda fixa. E, com um público interessado crescente, e cada vez mais diversos, as empresas têm sido forçadas a modernizar suas estratégias de comunicação com os investidores.
Levantamento feito pelo InfoMoney com base nos formulários de referência de 2020 mostra que a base de acionistas individuais nas companhias listadas no Ibovespa mais que dobrou desde 2019, para 15,2 milhões em 2021. É importante frisar que os dados não englobam os anos cheios e as datas variam de acordo com cada companhia.
Apenas três das 81 empresas que faziam parte do índice ao fim de maio não participaram do levantamento (BRF, Ecorodovias e Multiplan), por não terem divulgado seus dados referentes a 2021.
Nos últimos dois anos, o destaque de entrada de investidores individuais ficou por conta das ações de empresas dos setores de construção e incorporação, aviação e varejo, com aumento de 516%, 515% e 441%, respectivamente.
Por outro lado, o único segmento que mostrou redução na base de acionistas foi o de telecomunicações, com baixa de 13% no intervalo.
Do total de companhias do Ibovespa, cinco delas apresentaram aumento superior a 1.000% na base de acionistas pessoas físicas desde 2019. Eram elas: Azul, com crescimento de 2.099%, Sul América, Magazine Luiza, e Totvs, com aumento de 1.142%.
O levantamento revelou também que todas as empresas do Ibovespa, com exceção das operadoras Vivo e Tim, tiveram crescimento na base de acionistas entre 2019 e 2021.
No período, a Vivo registrou queda de 21% em seu número de investidores, enquanto a concorrente Tim ficou no zero a zero. As duas, contudo, lideram o grupo das empresas do Ibovespa em número de acionistas pessoas físicas neste ano, com 1,46 milhão e 1,26 milhão de investidores, respectivamente.
Outras companhias que tiveram um crescimento mais moderado da base de investidores no período analisado incluem Bradespar (+5%), Gerdau (+10%) e Usiminas (+36%).
Na avaliação de Claudia Yoshinaga, coordenadora do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), um dos motivos que pode explicar o movimento é o viés de familiaridade.
“As pessoas avaliam de maneira mais positiva bancos, varejo e bens de consumo, porque são empresas nas quais elas são clientes. Bradespar e Gerdau, por exemplo, não serão a primeira opção que virá à cabeça ao pensarem em investir”, afirma.
Ela recomenda, contudo, cuidado com esse tipo de avaliação, uma vez que empresas populares entre os consumidores não necessariamente significam bons investimentos.
A escolha por nomes conhecidos na Bolsa, segundo Juliana Inhasz, coordenadora do curso de graduação em Economia do Insper, deve-se à ideia de solidez das grandes empresas em momentos de incerteza, como o atual. “Na pandemia, muitas empresas sofreram com a nova conjuntura. As pessoas apostam que empresas como Magalu, Vivo e Azul, por exemplo, vão conseguir se reerguer e têm mais capital para isso do que as empresas menores”, diz.
Aviação é destaque
Com forte aumento na base de acionistas pessoas físicas, o setor de aviação ficou entre os destaques do levantamento, com ganho de 280,5 mil investidores desde 2019.
Foi neste cenário que a Azul Linhas Aéreas passou de uma pequena base de 6,1 mil investidores, em 2019, para 133,6 mil, em 2021. A empresa fez seu IPO na B3 em abril de 2017.
Apesar do crescimento destacado do setor de aviação, os segmentos financeiro e de telecomunicações ainda dominam o mercado em número de investidores.
De acordo com dados da B3, em maio o número de contas na Bolsa brasileira chegou a 3,74 milhões – aumento de 104,2% ante 2020 e de 335,5% em relação a 2019.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Atualmente a taxa Selic está a 3,5%, sendo a próxima reunião do COPOM agendada para 15 e 16 de junho.
O mercado financeiro manteve em 5,50% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Para essa previsão se confirmar, haverá novas altas na taxa de juros neste ano.
Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. E, na semana passada, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano.
Para o fim de 2022, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para a taxa Selic em 6,50% ao ano, o que pressupõe que a taxa de juro básico continuará subindo no próximo ano.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice subiu 0,50% na primeira prévia de abril, segundo divulgou, na sexta-feira (9), a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na leitura realizada no mesmo período de março, o índice havia registrado taxa de 1,95%.
IGP-M fica em 1,17% na 2ª prévia de abril e acumula 31,57% em 12 meses.

IPCA

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação em 2021 para 5,31% e, com isso, passaram a projetar pela primeira vez um estouro da meta de inflação deste ano.
A inflação acelerou em maio e subiu 0,83% em relação a abril, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira. É a maior alta para o mês em 25 anos.
O avanço é resultado, principalmente, do aumento na conta de luz, em razão do acionamento da bandeira vermelha, e da alta nos preços de combustíveis.
Com o resultado, o indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida para o ano. A meta de inflação do Banco Central para este ano é de 3,75%, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Analistas ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,71% para o mês e 7,93% em 12 meses. Em abril, o IPCA avançou 0,31%. Para 2022, o mercado financeiro elevou de 3,67% para 3,68% a estimativa de inflação. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% no 1º trimestre de 2021, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados divulgados pelo IBGE.
Em termos monetários, a FGV estima que o PIB do primeiro trimestre de 2021, em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 trilhões.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
A previsão de crescimento do Brasil é menor que a do conjunto da América Latina e Caribe, de 5,2%, impulsionado pela flexibilização das medidas de mitigação da pandemia, o início da vacinação, a estabilização dos preços das principais commodities e a melhoria das condições externas. Já para 2022, a estimativa é de alta de 3% no PIB da região.

Na segunda-feira 07.06.2021 – O Ibovespa engatou o sexto recorde de fechamento consecutivo e a oitava valorização seguida, no maior ciclo de altas desde 26 de fevereiro de 2018. O indicador fechou esta segunda-feira, 7, com ganho de 0,50%, para 130,7 mil pontos.
Já na terça-feira 08.06.2021 – O Ibovespa fechou em baixa de 0,76%, aos 129.787,11 pontos.
Na quarta-feira 09.06.2021 – O Ibovespa fechou em leve alta de 0,09%, nos 129.906,80 pontos.
Na quinta-feira 10.06.2021 – O Ibovespa fechou em leve alta de 0,13%, nos 130.076,17 pontos.
Na sexta-feira 11.06.2021 – O Ibovespa fechou em queda, com recuo de 0,49%, a 129.442,08 pontos, contabilizando na semana perda de 0,5%, segundo dados preliminares. O volume financeiro somava 18,6 bilhões de reais.

FONTES

www.globo.com.br | www.g1.com.br | www.investing.com.br | www.exame.com.br/invest | www.valoreconomico.com.br | https://agenciabrasil.ebc.com.br | https://www.reuters.com | www.uol.com.br | www.rtpnoticias.com.br | www.r7.com | www.uol.com.br | www.estadao.com.br

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
14/06/2021