Cenário Econômico Nacional – 02/08/2021

Cenário Econômico Nacional – 02/08/2021

Cenário Econômico Nacional – 02/08/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central

Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Danos por geadas podem atingir até 11% da área de café arábica
  • Taxas futuras de juros operam em alta com cautela externa e foco no Copom
  • Brasil tem superávit em transações correntes de US$2,8 bi em junho
  • Indústria da construção civil deve crescer 4% este ano, prevê CBIC
  • Ministério da Economia prepara decreto para rebatizar Fazenda e integrar Orçamento e Tesouro
  • MPEs têm dificuldade de acesso a crédito, mas entraves podem estar na gestão
  • Inflação do aluguel acumula 33,83% em 12 meses
  • Confianças do comércio e serviços sobem em julho, diz FGV
  • Governo avalia reduzir em até R$ 70 bilhões meta para rombo das contas em 2022
  • Guedes afirma que BIP terá crédito extraordinário de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões
  • Tabata Amaral tenta atrair direita para ‘protesto único’ contra Bolsonaro
  • Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer, informa Planalto
  • Rosa Weber mantém quebra de sigilo de assessor de Eduardo Bolsonaro na CPI
  • Governo institui sistema de integridade pública do Executivo
  • Lira confirma isenção de lucros e dividendos distribuídos por empresas do Simples
  • Guedes diz que Onyx manterá direção de políticas trabalhistas
  • Presidente defende voto impresso nas eleições durante live
  • Lideranças políticas e o TSE reagem após Bolsonaro não apresentar provas de fraudes nas eleições
  • Eletromidia adquire 74,65% da Otima
  • Gisele Bündchen torna-se acionista da Ambipar
  • Lucro da TIM salta para R$ 672 milhões no 2º trimestre
  • BR Properties compra edifícios no Complexo Parque da Cidade por R$28 mi
  • Com crédito tributário, Ambev lucra quase R$ 3 bilhões no segundo trimestre
  • Gigantes do varejo ampliam vantagem sobre redes menores em meio à pandemia
  • Usiminas tem resultado recorde no 2º trimestre com forte desempenho operacional, alta de preços e crédito fiscal
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB

  • Mercado acionário e câmbio
  • Danos por geadas podem atingir até 11% da área de café arábica

    Geadas excepcionalmente fortes reportadas nas regiões agrícolas do Brasil na semana passada atingiram até 200 mil hectares cultivados com café arábica, ou 11% do total da área destinada à variedade no país, maior produtor global de café.

    De acordo com estimativas preliminares da estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgadas durante o final de semana, uma área de 150 mil a 200 mil hectares deve verificar danos, que vão de leves a severos.

    Os pés de café são muito sensíveis a danos pelo frio, razão pela qual a produção brasileira de café, ao longo dos anos, se deslocou dos Estados do Sul para Minas Gerais, onde mais de 70% dos pés de café arábica do país estão localizados atualmente.

    No entanto, as geadas atípicas reportadas em 20 de julho, quando as temperaturas caíram para níveis congelantes já no início da manhã, afetaram uma grande área de Minas Gerais, no primeiro evento climático do gênero na região desde 1994.

    “A Conab segue monitorando a situação… Essas informações são preliminares e sujeitas a alteração”, afirmou a agência em nota.

    Taxas futuras de juros operam em alta com cautela externa e foco no Copom

    As taxas de juros negociadas no mercado futuro registram alta em toda a curva nos primeiros minutos de negociação de segunda-feira (26), mais concentradas nos trechos curtos e intermediários. O ajuste dá continuidade à tendência de sexta-feira (23), quando a inflação do IPCA-15 de julho (0,72%) ficou acima da mediana das estimativas do mercado (0,65%), o que reforçou as apostas em uma dose maior de aperto monetário na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem.

    Essa perspectiva foi reforçada hoje pelo Boletim Focus, que mostrou elevação das expectativas do mercado para a inflação do IPCA de 2022, que passaram de 3,75% para 3,80%. A previsão para o IPCA neste ano subiu de 6,31% para 6,56%, distanciando-se ainda mais do teto da meta para o ano, de 5,25%.

    Às 9h16 de segunda-feira (26), a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 tinha taxa de 6,110%, na máxima do dia, ante 6,067% do ajuste de sexta-feira (23). O DI para janeiro de 2023 projetava 7,55%, contra 7,47% do ajuste anterior. E a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 8,37%, de 8,34% de sexta-feira (23).

    Brasil tem superávit em transações correntes de US$2,8 bi em junho

    O Brasil registrou em junho superávit em transações correntes mensais de 2,791 bilhões de dólares, mas o déficit acumulado em 12 meses permaneceu em 1,27% do PIB, de acordo com dados do Banco Central divulgados na terça-feira (27).

    O resultado, entretanto, ficou abaixo do saldo positivo de 3,5 bilhões de dólares, esperado por analistas em pesquisa da Reuters.

    Em junho de 2020, o país havia registrado um superávit de 3,056 bilhões de dólares.

    Os investimentos diretos no país somaram 174 milhões de dólares no mês de junho de 2021.

    Indústria da construção civil deve crescer 4% este ano, prevê CBIC

    Mesmo com a pandemia de Covid-19 e desafios impostos por escassez e aumento nos custos do aço, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o crescimento do setor em 2021 subiu de 2,5% para 4%.

    A projeção é do estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2.º Trimestre de 2021, realizado pela CBIC.

    O setor da construção começou 2021 com expectativa de crescer 4% no ano. Com os desafios decorrentes da pandemia e a continuidade dos aumentos nos custos dos materiais, a previsão foi reduzida para 2,5%, em março. E agora voltou para 4%, o maior crescimento desde 2013.

    O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse que a estratégia do setor para enfrentar a falta ou o custo de matéria-prima para os empresários da construção será “um choque de oferta por meio da importação de produtos”.

    Ele acrescentou que a demanda consistente por imóvel, as baixas taxas de juros e o incremento do crédito imobiliário vão continuar ao final de 2021 e em 2022. Para Martins, com os juros baixos, a prestação pode até ser inferior a um aluguel.

    Ministério da Economia prepara decreto para rebatizar Fazenda e integrar Orçamento e Tesouro

    O Ministério da Economia planeja rebatizar a atual Secretaria Especial de Fazenda e integrar as secretarias do Orçamento Federal e do Tesouro Nacional, que estão sob seu guarda-chuva. Um decreto já foi formulado para subsidiar a alteração e tramita ainda no governo.

    O plano inclui transformar a Secretaria da Fazenda em “Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento”. O objetivo é promover “maior integração” entre as duas secretarias e “melhorar a comunicação em diversas dimensões (no governo, com parlamento, com o mercado e com a sociedade)”.

    Integrantes da cúpula da Economia dizem que não se trata de uma fusão, já que as secretarias seguiram existindo com seus respectivos secretários, hoje a Secretaria do Orçamento Federal é comandada por Ariosto Antunes Culau e a do Tesouro Nacional, por Jeferson Bittencourt.

    As equipes, no entanto, terão de trabalhar juntas a partir da mudança. A avaliação é que hoje há ruído em respostas dadas pelas duas unidades, que têm por vezes posições conflitantes. A proposta surgiu com a chegada de Bruno Funchal ao posto de secretário especial de Fazenda.

    MPEs têm dificuldade de acesso a crédito, mas entraves podem estar na gestão

    Em maio do ano passado, a taxa básica de juros do Brasil caiu para 2%, seu menor patamar na história. Os sucessivos cortes na Selic ajudam a estimular a economia e baratear o acesso ao crédito. Com a taxa referencial mais baixa, os empréstimos, teoricamente, ficam mais baratos. Mesmo assim, há um grupo que continua com dificuldades para conseguir crédito: as micro e pequenas empresas.

    Este é um público que já tem um histórico de reclamações contra o poder público e os bancos privados. Não é difícil encontrar empreendedores que se queixam de altas taxas de juros, burocracia e portas fechadas na hora de tentar pegar dinheiro emprestado.

    Mesmo quando o governo lança linhas de crédito para ajudar esses empreendedores, como o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), uma parte do público-alvo se queixa de dificuldades no acesso ao dinheiro. Foi assim na nova rodada do Pronampe: enquanto o governo pretende atender até 325 mil empresas, o Sebrae estima que cerca de 5 milhões de MPEs se qualificam para pegar empréstimos de até R$ 150 mil.

    Micro e pequenas empresas (MPEs) têm faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, são compostas por poucas pessoas e, muitas vezes, não têm o nível de organização que médias e grandes empresas alcançam. Com atenção dividida entre a gestão do negócio e os problemas do dia a dia da operação, a contabilidade pode ficar de lado.

    O problema é que os bancos querem analisar a vida financeira dessas empresas para avaliar se vale a pena emprestar-lhes. “Muitos empreendedores não têm contabilidade para apresentar, precisam contratar contadores e isso custa”.

    Inflação do aluguel acumula 33,83% em 12 meses

    O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado no reajuste de contratos de aluguel em todo o país, registrou inflação de 0,78% em julho deste ano, taxa superior aos 0,60% de junho. Com o resultado, o IGP-M acumula 15,98% no ano e 33,83% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que fez a pesquisa.

    A alta de junho para julho foi puxada pelos preços no atacado e no varejo. O Índice de Preços ao Produtor Amplo, que mede o atacado, subiu de 0,42% em junho para 0,71% em julho. Já o Índice de Preços ao Consumidor, que apura o varejo, passou de 0,57% para 0,83% no período.

    Confianças do comércio e serviços sobem em julho, diz FGV

    Os índices de Confiança do Comércio e dos Serviços registraram altas na passagem de junho para julho deste ano. O Índice de Confiança dos Serviços cresceu 4,2 pontos e chegou a 98 pontos, em uma escala de zero a 200, o maior patamar desde março de 2014 (98,3 pontos), segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

    Foi a quarta alta consecutiva do indicador, puxada principalmente pelo Índice de Expectativas, que mede a confiança no futuro e que avançou 6,5 pontos, para 105,6 pontos. O Índice da Situação Atual, que mede a percepção sobre o presente, subiu 1,7 ponto, para 90,4 pontos.

    O Índice de Confiança do Comércio subiu 5,1 pontos no período e atingiu 101 pontos, nível mais alto desde janeiro de 2019 (102,3 pontos). É a terceira alta consecutiva do indicador.

    O crescimento do setor também foi influenciado principalmente pelo Índice de Expectativas, que teve alta de 5,6 pontos e chegou a 93,2 pontos. O Índice de Situação Atual subiu 4,5 pontos para 108,7 pontos, maior valor desde dezembro de 2010 (110,2 pontos).

    Governo avalia reduzir em até R$ 70 bilhões meta para rombo das contas em 2022

    A equipe econômica deve propor uma mudança na meta fiscal de 2022, recém-aprovada com um déficit de R$ 170,5 bilhões. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, está em avaliação uma redução de R$ 60 bilhões a R$ 70 bilhões na previsão de rombo. Além de incorporar a recente melhora na arrecadação, o corte na meta colocaria um freio no ímpeto do Congresso de ampliar o rol de “bondades” que resultem em perda de receita.

    O governo observa uma melhora na arrecadação, atribuída à recuperação da atividade econômica. Só para este ano, a projeção é de R$ 200 bilhões em receitas extras, o que já deixa uma folga no objetivo do governo para as contas públicas de 2021. A avaliação da área econômica é que esses ganhos vão se repetir no próximo ano.

    Como a meta de resultado primário resulta da diferença entre receitas e despesas, a arrecadação maior abre caminho para um rombo menor nas contas. Por isso, a revisão da meta fiscal para 2022 é considerada pela área econômica uma direção correta e até um “caminho natural”, visto que a receita extra não pode ser empregada em novas ações do governo devido ao teto de gastos outra regra fiscal que limita o avanço das despesas à inflação.

    Guedes afirma que BIP terá crédito extraordinário de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou na sexta-feira (30), que o programa para impulsionar a geração de empregos entre jovens, chamado de BIP, será bancado através de crédito extraordinário, que fica fora do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. Segundo ele, será um crédito de baixo valor, entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.

    O uso de crédito extraordinário para bancar os custos do BIP em 2021 foi antecipado pelo Broadcast em maio.

    “É o caso ainda de enfrentamento da pandemia, porque a incidência de desemprego foi muito forte sobre esses jovens. Mas é um crédito extraordinário relativamente baixo”, disse Guedes em entrevista a jornalistas na sede do Ministério.

    Segundo ele, o serviço social voluntário – iniciativa a ser lançada pelo recém-criado Ministério do Trabalho e Previdência para permitir o emprego dessa mão de obra no setor público também viria no mesmo regime.

    Tabata Amaral tenta atrair direita para ‘protesto único’ contra Bolsonaro

    A deputada federal Tabata Amaral (sem partido) declarou que está tentando dialogar com grupos da direita para a realização de um protesto único contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Tabata disse ao jornal O Estado de S. Paulo que está se esforçando para o MBL (Movimento Brasil Livre) e o Movimento Vem pra Rua participarem juntos com o Acredito, movimento de renovação política fundado por ela, da manifestação contra Bolsonaro marcada pela direita para o dia 12 de setembro. A parlamentar ainda afirmou que o seu papel é de “fazer ponte”.

    Para a parlamentar, é necessário que mais da metade dos parlamentares se posicionem em apoio dos mais de cem pedidos de impeachment de Bolsonaro protocolados na Câmara para que o assunto seja colocado em pauta na Casa.

    Bolsonaro veta projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra câncer, informa Planalto

    O presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto de lei que torna obrigatória a cobertura pelos planos privados de saúde de tratamentos domiciliares de uso oral contra o câncer, inclusive de medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento.

    O texto, aprovado pelo legislativo, trata dos antineoplásicos, medicamentos utilizados para destruir neoplasmas (massa anormal de tecido) ou células malignas, como câncer. Esses remédios são usados para evitar ou inibir o crescimento e a disseminação de tumores.

    Conforme a Subchefia para Assuntos Jurídicos da Presidência da República, após manifestações técnicas dos ministérios competentes, o projeto foi vetado por razões jurídicas.

    “Embora a boa intenção do legislador, a medida, ao incorporar esses novos medicamentos de forma automática, sem a devida avaliação técnica da Agência Nacional de Saúde para a incorporação de medicamentos e procedimentos ao rol de procedimentos e eventos em saúde, contrariaria o interesse público por deixar de considerar aspectos como a previsibilidade, transparência e segurança jurídica aos atores do mercado e toda a sociedade civil”, justifica o órgão.

    Rosa Weber mantém quebra de sigilo de assessor de Eduardo Bolsonaro na CPI

    A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, manteve quebra de sigilos telefônico e telemático determinada pela CPI da Covid contra Carlos Eduardo Guimarães, assessor do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A presidente da Corte em exercício negou um mandado de segurança impetrado por Guimarães, apontado como integrante do “gabinete do ódio que defendia a utilização de medicação sem eficácia comprovada contra a covid-19 e apoiava teorias como a da imunidade de rebanho”.

    ‘’Parece inquestionável, desse modo, que os indícios apontados contra o impetrante supostamente responsável por disseminar notícias falsas contra a aquisição de imunizantes e em detrimento da adoção de protocolos sanitários de contenção do vírus SARS-CoV-2 sugerem a presença de causa provável, o que legitima a flexibilização do direito à intimidade do suspeito, com a execução das medidas invasivas ora contestadas’’, diz a ministra.

    Governo institui sistema de integridade pública do Executivo

    O presidente Jair Bolsonaro assinou na terça (27) um decreto que institui o Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal (Sipef). O sistema, gerido pela Controladoria-Geral da União (CGU), vai coordenar e articular as atividades relacionadas à integridade pública no Executivo federal, bem como estabelecer padrões para as medidas de integridade adotadas pelos órgãos e entidades da administração pública.

    O objetivo é ampliar a efetividade dos programas de integridade dos ministérios, autarquias e fundações públicas, aumentando, assim, a prevenção a atos de corrupção no Brasil. A formalização do Sipef marca o cumprimento, pela CGU, de uma das ações do Plano Anticorrupção do Governo Federal.

    Lançado em dezembro de 2020, o plano tem o objetivo estruturar e executar ações para aprimorar, no âmbito do Executivo federal, os mecanismos de prevenção, detecção e responsabilização por atos de corrupção, avançando no cumprimento e no aperfeiçoamento da legislação anticorrupção e no atendimento a recomendações internacionais.

    Lira confirma isenção de lucros e dividendos distribuídos por empresas do Simples

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou na quarta-feira (28), que o relator da reforma do imposto de renda, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), acatou as sugestões feitas por ele de manter a isenção da taxação de dividendos às empresas. “Dessa forma, todas as empresas do simples nacional continuarão a não pagar tributos em cima de lucro e dividendos”, anunciou o parlamentar no Twitter.

    De acordo com Lira, as empresas do Simples Nacional “são um dos pilares da nossa economia e da geração de empregos”. O presidente da Câmara disse que recebeu “inúmeras demandas da sociedade” para manter a regra. “O relator me informou que refez os cálculos junto a equipe econômica e que serão acatadas as sugestões”, declarou o presidente da Câmara.

    Guedes diz que Onyx manterá direção de políticas trabalhistas

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, reiterou na quinta-feira (29) que Onyx Lorenzoni manterá a direção das políticas trabalhistas da equipe econômica ao assumir o comando do novo Ministério do Trabalho.

    Segundo Guedes, Onyx anunciará em breve os programas de bônus de inclusão produtiva e de incentivo à qualificação profissional, “que esta equipe elaborou”, e também lançará o serviço social voluntário, “nova ideia do ministro Onyx”. Os três programas são voltados à absorção de jovens no mercado de trabalho.

    “O ministério seguramente vai seguir, com o ministro Onyx à frente e com o nosso secretário-geral Bruno Bianco, vai seguir na mesma direção, totalmente alinhado às nossas políticas”, disse.

    Guedes participou na manhã de quinta-feira (29) do último anúncio dos dados mensais do Caged com a secretaria responsável pelo cadastro de emprego ainda sob a alçada do seu ministério.

    Presidente Bolsonaro defende voto impresso nas eleições durante live

    O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a utilização do voto impresso nas eleições durante a realização de live semanal, que durou 2 horas e 49 minutos. Normalmente, a live presidencial tem a duração de cerca de 1 hora.

    Durante transmissão realizada pelas redes sociais, e que teve, entre outros, a participação do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, foram apresentados vídeos de eleitores que foram às urnas em eleições anteriores apontando supostos indícios de fraudes na utilização da urna eletrônica.

    “Voto impresso auditável e contagem pública dos votos é um instrumento de cidadania e paz social, garantia de paz e prosperidade, de harmonia entre os Poderes. Nenhum Poder é absoluto, todos nós temos limites. O que o povo quer, e nós devemos atendê-lo, é exatamente um sistema de votação onde se possa ter a garantia de quem se votou, o voto vai para aquela pessoa. Assim, nós conseguiremos, com toda certeza, uma paz no Brasil, conseguiremos antecipar possíveis problemas e nós partiremos para a normalidade”, afirmou.

    Lideranças políticas e o TSE reagem após Bolsonaro não apresentar provas de fraudes nas eleições

    Lideranças políticas e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reagem às declarações do presidente Jair Bolsonaro em live de quinta-feira (29). Em transmissão ao vivo de 2 horas, o presidente não apresentou, como prometeu em entrevista à Itatiaia, provas de fraudes nas eleições e deixou claro ter somente suspeitas.

    “Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa”, disse Bolsonaro.

    Além de não apresentar as provas prometidas, Bolsonaro usou notícias e vídeos que já foram desmentidos diversas vezes por órgãos oficiais. Durante a live, a conta oficial do TSE desmentiu pelo menos 18 acusações feitas pelo presidente. Após a transmissão, lideranças políticas reagiram às declarações do presidente.

    Na Câmara dos Deputados, o vice-presidente da Casa, Marcelo Ramos (PL), disse que a ‘montanha pariu um rato’ e que o Bolsonaro não apresentou provas de fraudes nas eleições e usou frases desconexas.

    Eletromidia adquire 74,65% da Otima

    A Eletromidia, por meio da sua subsidiária Publibanca Brasil, assinou um contrato para a aquisição de 74,65% das ações da Otima pelo valor de R$ 416,75 milhões.

    Do montante total, R$ 356,95 milhões serão pagos à vista e R$ 59,8 milhões a prazo.

    Fundada em 2013 na cidade de São Paulo, a Otima é uma empresa de mídia out-of-home que instala e faz a manutenção dos painéis em pontos de ônibus do município. Atualmente, a Otima possui 3.737 painéis instalados em São Paulo.

    Segundo a Eletromidia, a aquisição complementa a presença da companhia no setor vertical de ruas e inaugura sua entrada no segmento de mobiliário urbano na cidade de São Paulo. A transação também traz oportunidades de sinergias operacionais e administrativas, assim como potencial otimização da força comercial das duas empresas.

    Gisele Bündchen torna-se acionista da Ambipar

    A modelo Gisele Bündchen tornou-se acionista da Ambipar (SA:AMBP3) e passará a integrar o Comitê de Sustentabilidade da companhia, segundo fato relevante da empresa especializada em resposta a emergências e gestão de resíduos ambientais.

    A companhia não divulgou o percentual de ações comprado por Bündchen, afirmando apenas que foram papéis de titularidade de seu acionista controlador e que o negócio não altera o controle da empresa, segundo fato relevante no final da segunda-feira (26).

    Bündchen será ainda embaixadora da marca Ambipar, atuando na promoção da imagem institucional e de seus produtos e serviços, especialmente nas ações relacionadas a ESG (Environmental, Social and Governance), além de campanhas publicitárias.

    Lucro da TIM salta para R$ 672 milhões no 2º trimestre

    A TIM registrou lucro líquido de 672 milhões de reais no segundo trimestre, um salto de 151,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela companhia.

    O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) reportado somou 2,087 bilhões de reais, acréscimo de 5,2% ano a ano, enquanto a margem Ebitda caiu a 47,4%, de 49,8% um ano antes.

    Em termos ‘normalizados’, o lucro líquido somou 681 milhões de reais e o Ebitda totalizou 2,101 bilhões de reais, segundo dados Refinitiv.

    Analistas esperavam, em média, lucro de 338,61 milhões de reais e Ebitda de 2,1 bilhões de reais.

    A receita líquida avançou 10,5%, para 4,407 bilhões de reais, com alta de 8,7% na receita de serviços, de 8,5% no serviço móvel e de 11,1% no serviço fixo.

    BR Properties compra edifícios no Complexo Parque da Cidade por R$ 28 milhões

    A BR Properties comunicou na quarta-feira (28) que assinou compromisso para a aquisição de edifícios comerciais com área bruta locável (ABL) de 2.286 m² no Complexo Parque da Cidade em São Paulo por 28 milhões de reais.

    O instrumento particular de Compromisso de Venda e Compra de imóveis e outras avenças foi celebrado com a BMX Realizações Imobiliárias e tem por objeto a aquisição de três edifícios comerciais destinados a ocupação de varejo.

    A conclusão da aquisição está sujeita a superação de determinadas condições resolutivas conforme estabelecido no CVC.

    A BR Properties acrescentou que os três edifícios comerciais estão localizados no entorno das Torres Aroeira, Paineira e Jatobá, adquiridas recentemente pela companhia, permitindo então uma gestão única das seis propriedades, e consequentemente gerando mais valor aos seus ativos no Complexo Parque da Cidade.

    Com crédito tributário, Ambev lucra quase R$ 3 bilhões no segundo trimestre

    A fabricante de bebidas teve lucro líquido de R$ 2,9 bilhões no período, alta de 130% na comparação com o segundo trimestre de 2020. No critério ajustado, o avanço foi de quase 116%.

    É bem verdade que este número teve um impacto positivo importante de um crédito tributário de R$ 1,6 bilhão, contabilizado no balanço. A Ambev explica que o número é resultado da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cobrança do PIS/Cofins.

    Assim, o lucro ficou bastante acima da projeção do mercado, que era de R$ 1,976 bilhão.

    No primeiro semestre, o lucro acumulado pela empresa é de R$ 5,6 bilhões, no critério contábil, e de R$ 5,7 bilhões no ajustado, crescimento superior a 120% na comparação com 2020.

    Gigantes do varejo ampliam vantagem sobre redes menores em meio à pandemia

    No ano da pandemia, o faturamento bruto das 120 maiores empresas varejistas do País cresceu 20%, de R$ 526 bilhões para R$ 632 bilhões. Mas o movimento não foi uniforme. Enquanto nas dez maiores companhias o faturamento cresceu quase 30%, nas dez menores houve uma queda de 22%. O resultado desse desempenho foi uma maior concentração no mercado, segundo dados do ranking do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar) – Instituto de Administração (FIA).

    As vendas das 120 empresas representaram 13,6% do consumo das famílias brasileiras no ano passado. No período anterior foi de 11,6%. Segundo a pesquisa, as dez maiores empresas do varejo faturaram no ano passado R$ 317 bilhões, a metade do registrado pelo conjunto das 120 companhias.

    “Numa situação de crise, os elos mais fracos sempre sofrem mais. E a pesquisa de 2020 mostrou isso de forma muito clara”, afirmou o presidente do Ibevar, Cláudio Felisoni de Ângelo, responsável pelo trabalho, publicado anualmente. Na avaliação de Ângelo, o processo de consolidação intensificado no ano passado vai continuar forte em 2021, ainda como efeito da pandemia.

    Usiminas tem resultado recorde no 2º tri com forte desempenho operacional, alta de preços e crédito fiscal

    A Usiminas teve lucro trimestral recorde no segundo trimestre, reflexo de resultado operacional forte e preços maiores, bem como crédito fiscal e ganhos cambiais, segundo dados divulgados pela empresa nesta sexta-feira (30).

    O lucro no período de abril a junho somou 4,5 bilhões de reais, revertendo o prejuízo de 395 milhões de reais no mesmo intervalo do ano passado, quando vigoravam medidas mais restritivas relacionadas à pandemia de Covid-19. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, houve um salto de 277%.

    O volume de vendas de aço atingiu 1,3 milhão de toneladas, maior nível desde o terceiro trimestre de 2014 e mais do que dobrando em relação ao segundo trimestre do ano passado. Frente ao primeiro trimestre de 2021, significou acréscimo de 5%.

    A companhia espera que o volume de vendas aço pela unidade de siderurgia fique entre 1,2 milhão e 1,3 milhão de toneladas no terceiro trimestre.

    SELIC

    A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

    Após abrir as portas para uma possível aceleração no ritmo de elevação da taxa básica de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve optar por ser ainda mais agressivo no processo de normalização da Selic e aumentar a taxa em 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano.

    Em pesquisa conduzida pelo Valor com 95 instituições financeiras entre segunda-feira (26) e quinta-feira (29), 75 casas acreditam em uma elevação da Selic de 1 ponto percentual na reunião do Copom na próxima semana, enquanto 20 instituições projetam que o atual ritmo de ajuste — de 0,75 ponto — será mantido.

    De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 7,00%, ante 7,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

    IGP-M

    O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

    O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), registrou inflação de 0,78% em julho deste ano, taxa superior ao 0,60% de junho.

    O IGPM dos próximos meses vai registrar o efeito da crise hídrica, que repercute tanto no preço da energia como na produção agropecuária. Segundo André Braz, do Ibre/FGV, o problema irá afetar o preço do café, da cana de açúcar, do milho, das hortaliças, do leite e até no da carne.

    De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), a projeção para o IGP-M ficou em 19,17%, ante 19,00% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

    IPCA

    Com a inflação já elevada nos segmentos de Alimentos e Bebidas e nos insumos energéticos e combustíveis, o setor de serviços também acelerou a alta de preços no segmento mais importante da economia e o Departamento Econômico do Itaú revisou de 6,1% para 6,9% a alta do IPCA este ano. Para os preços livres no IPCA em 2021, os analistas esperam alta de cerca de 4,0% em serviços, 8,0% em bens industriais e 7,0% em alimentação no domicílio.

    De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 6,79%, ante 6,56% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

    PIB

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou em 1,6 ponto percentual a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2021, de 3,7% para 5,3%, em linha com as projeções do mercado, mas abaixo da média global, de 6%. A expectativa inicial era de que não conseguíssemos nem mesmo recuperar os 4% de PIB perdidos no ano passado.

    De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (02), A projeção para o PIB ficou em 5,30%, ante 5,29% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

    Mercado acionário e câmbio

    Na segunda-feira (26), o Ibovespa fechou em alta, com o auxílio do setor de commodities, o Ibovespa começou a semana em alta e se sustentou acima de 125 mil pontos. A recuperação do minério de ferro impulsionou o mercado brasileiro e, em especial, o setor siderúrgico, com destaque de alta para Usiminas, além das ações da Vale. O índice Ibovespa teve alta de 0,76%, a 126.003,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 22,8 bilhões.

    Na terça-feira (27), o Ibovespa fechou em queda, trabalhando abaixo dos 124 mil pontos no pior momento, refletindo posições mais defensivas antes do desfecho da reunião do Federal Reserve, com a temporada de balanços também sob os holofotes. O índice Ibovespa teve queda de 1,15%, a 124.551,13 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,2 bilhões.

    Na quarta-feira (28), o Ibovespa fechou em alta, com desempenho bem positivo nos segmentos de maior peso (commodities e bancos), em meio à temporada de resultados trimestrais, o Ibovespa alçou voo no meio da tarde, passando a renovar máximas do dia após a decisão de política monetária do Federal Reserve e durante os comentários de Jerome Powell, presidente da instituição. O índice Ibovespa teve alta de 1,34%, a 126.285,59 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,3 bilhões.

    Na quinta-feira (29), o Ibovespa fechou em queda, com uma nova bateria de balanços no radar. Após registrar alta expressiva no pregão de quarta-feira (28), o índice voltou a cair, mesmo com bons resultados de balanços das empresas listadas. A incerteza com a política nacional e a preocupação com a inflação influenciaram a baixa. O índice Ibovespa teve queda de 0,48%, a 125.675,33 pontos. O volume financeiro somou R$ 28 bilhões.

    Na sexta-feira (30), por volta das 14h00, o índice Ibovespa operava em queda de 1,98%, a 123.183,11 pontos. A aversão ao risco externa a preocupações internas com o fiscal e com a inflação jogam o Ibovespa para o negativo. Além da cautela externa, o Ibovespa continua se ajustando também às perspectivas de um Copom mais agressivo na próxima semana. Ao final do dia, o índice Ibovespa teve forte queda de 3,08%, fechando a 121.800,79 pontos. O volume financeiro somou 38,6 bilhões.

    O dólar operava em alta na sexta-feira (30), por volta das 14h15, o dólar registrava alta de 1,76%, cotado a R$ 5,169 na venda, e na máxima do dia até o momento chegou a R$ 5,174. O dólar acelerou a alta no fim da manhã desta sexta-feira (30), com ganhos de mais de 1%, impulsionado pelo fortalecimento da moeda também no exterior, e pouco antes da definição da Ptax de fim de mês. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (30) cotado a R$ R$ 5,2099, com alta de 2,57%, com os efeitos da aversão ao risco no exterior sendo potencializados por temores de piora do quadro fiscal.

    FONTES

    G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN

    Research Matarazzo & Cia. Investimentos
    matarazzo-cia.com/blog/
    02/08/2021