Cenário Econômico Nacional – 13/09/2021

Cenário Econômico Nacional – 13/09/2021

Cenário Econômico Nacional – 13/09/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Poupança tem retirada líquida de R$ 5,467 bilhões em agosto
  • Inflação no Brasil é a 3ª maior da América Latina
  • Falta de chips faz produção de veículos no Brasil ter pior agosto desde 2003
  • BC tem perda de R$ 7,609 bilhões com swap cambial em agosto
  • Brasil tem novas regras para pagamento e transferência internacionais
  • Consumo das famílias em supermercados cresce 4,84% em julho
  • BC discute segurança e transação offline do real digital
  • Mercado teme novas manobras fiscais
  • BC libera instituições de pagamento a atuar no mercado de câmbio a partir de setembro de 2022
  • Movimento de caminhoneiros perde força e atinge 3 Estados, sem bloqueios, diz ministério
  • Presidente veta projeto que permitiria união de partidos em federação
  • Moraes determina prisões de “bolsonaristas”, apreensões e bloqueios de contas
  • Bolsonaro ataca STF em discurso ameaçador e fala em reunião do Conselho da República
  • Após PSDB convocar reunião, Doria apoia impeachment de Bolsonaro
  • Após 7 de Setembro, Senado deve seguir tendência antibolsonarista e virar trincheira contra governo
  • Descumprir decisões judiciais configura crime de responsabilidade, diz Fux, em recado a Bolsonaro
  • Presidente diz que não teve intenção de agredir outros Poderes
  • Ninguém é obrigado a cumprir decisão inconstitucional, diz Lira
  • Vice da Câmara propõe tirar precatórios do teto de gastos
  • Comércio de itens usados cresce 48,5% na pandemia
  • TNT Energy Drink inaugura casa em SP para criadores de conteúdo e ações
  • Santander Brasil compra marketplace imobiliário Apê11
  • JFL, construtora de imóveis de alta renda, registra pedido de IPO na CVM
  • Minerva Foods investirá US$ 3 milhões na Traive, de soluções financeiras para produtores
  • Azul: tráfego cresce 173% em agosto sobre agosto de 2020 e capacidade sobe 164,3%
  • Vale reduz guidance para capex em 2021 a US$ 5,4 bilhões de US$ 5,8 bilhões anteriormente
  • Por que as grandes empresas não se cansam de comprar startups
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Poupança tem retirada líquida de R$ 5,467 bilhões em agosto

Após quatro meses de resultado positivo, o saldo da aplicação na caderneta de poupança voltou a cair com o registro de mais saques do que depósitos. No mês passado, as retiradas superaram os depósitos em R$ 5,467 bilhões, de acordo com relatório divulgado hoje (6) pelo Banco Central (BC). O resultado negativo contrasta com o registrado em agosto do ano passado, quando os brasileiros tinham depositado R$ 11,402 bilhões a mais do que retiraram da poupança.

No mês passado, foram aplicados R$ 295,901 bilhões, contra saques de R$ 301,369 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 2,719 bilhões.

Com o desempenho de agosto, a poupança acumula retirada líquida de R$ 15,629 bilhões nos oito primeiros meses do ano. Já de janeiro a agosto de 2020, houve captação líquida de R$ 123,981 bilhões.

No ano passado, a poupança captou R$ 166,31 bilhões em recursos, o maior valor anual da série histórica, iniciada em 1995. Além do depósito do auxílio emergencial nas contas poupança digitais ao longo de oito meses em 2020, a instabilidade no mercado de títulos públicos nas fases mais agudas da pandemia de covid-19 atraiu o interesse na poupança, mesmo com a aplicação rendendo menos que a inflação.

Inflação no Brasil é a 3ª maior da América Latina

Com preços muito elevados em diversos setores da economia, o Brasil passa a ocupar o terceiro lugar no ranking de inflação da América Latina, ficando atrás apenas da Argentina e do Haiti.

No acumulado em 12 meses até julho de 2021, a inflação do Brasil chegou a 9%. Na Argentina, somou 51,8% e no Haiti, 17,9%. Os dados integram um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas. O estudo não leva em conta o desempenho da Venezuela, que vive um colapso econômico e apresenta indicadores distorcidos, que inviabilizam a comparação.

“Nós tivemos uma desvalorização cambial maior (do que os outros países) por causa do ambiente de incerteza num momento de juro baixo”, explica André Braz, pesquisador do Ibre/FGV. “Com a incerteza crescendo e os juros em 2%, no início do ano, ninguém queria ficar aqui. O investidor foi para mercados mais seguros e isso ajudou a desvalorizar a nossa moeda”, disse.

O ritmo da inflação no Brasil tem preocupado economistas. Muitos analisam que a alta de preços se espalhou por muitos setores da economia.

No relatório Focus, os analistas consultados pelo Banco Central têm piorado semanalmente as previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Eles projetam que a inflação vai encerrar este ano em 7,58%, muito acima da meta de 3,75% estipulada pelo governo.

Falta de chips faz produção de veículos no Brasil ter pior agosto desde 2003

A produção de veículos leves no Brasil teve em agosto o pior desempenho para o mês desde 2003, como reflexo da escassez de chips, revelou na quarta-feira (08) a entidade que representa as montadoras, Anfavea.

Embora tenha crescido 0,3% ante julho, a produção de 164 mil unidades no mês foi 21,9% do que um ano antes. No total dos oito primeiros meses do ano, o total de 1,476 milhão de leves produzidos ainda é 33% a mais do que um ano antes, período de maior impacto dos efeitos da pandemia Covid-19.

Segundo o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, hoje 11 fábricas de veículos leves no país estão com atividades parcial ou totalmente paradas devido à falta de semicondutores, cenário que tem atingido a produção automotiva no mundo todo.

“As fábricas estão tendo que fazer uma verdadeira ginástica para conseguir atender os clientes”, disse Moraes aos jornalistas durante apresentação dos números do setor de agosto.

A entidade prevê que a escassez de chips deve se prolongar pelo menos até o final deste ano, fazendo o setor no país produzir de 240 mil a 280 mil veículos a menos em 2021.

Um dos efeitos da queda na produção num mercado que tenta lentamente se levantar do choque provocado pela pandemia tem sido o esvaziamento do estoque, que chegou a 76,4 mil unidades em agosto, menor nível da história.

BC tem perda de R$ 7,609 bilhões com swap cambial em agosto

Após prejuízo de R$ 8,927 bilhões com sua posição em swap cambial em julho, o Banco Central registrou resultado negativo de R$ 7,609 bilhões em agosto com estes contratos pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve ganhos de R$ 2,260 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC registrou ainda no período ganhos de R$ 1,611 bilhão com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. Entram no cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, a marcação a mercado e os juros.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou negativo em R$ 5,757 bilhões em agosto. Já o resultado das operações cambiais no período ficou negativo em R$ 3,497 bilhões.

No acumulado de 2021 até 3 de setembro, o Banco Central registra resultado positivo de R$ 8,630 bilhões com os contratos de swap pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve ganhos de R$ 8,053 bilhões. O BC obteve prejuízo de R$ 5,035 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no acumulado do ano. Já o resultado líquido das reservas ficou negativo em R$ 57,063 bilhões e o resultado das operações cambiais no período foi negativo em R$ 49,010 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hegde ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Brasil tem novas regras para pagamento e transferência internacionais

O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) alteraram a regulamentação cambial e de capitais internacionais para alinhá-las às inovações tecnológicas e aos novos modelos de negócios sobre pagamentos e transferências internacionais. “As novas regras buscam promover um ambiente mais competitivo, inclusivo e inovador para a prestação de serviços aos cidadãos e empresas que enviam ou recebem recursos do exterior”, informou o BC.

As novas medidas permitirão que as instituições de pagamento (IPs), as fintechs, autorizadas a funcionar pelo BC, também possam operar no mercado de câmbio, atuando exclusivamente em meio eletrônico. Atualmente, somente bancos e corretoras podem fazer as operações. Essa permissão entrará em vigor em 1º de setembro de 2022 e as demais medidas em 1º de outubro deste ano.

De acordo com o BC, as instituições não bancárias autorizadas a operar no mercado de câmbio, como corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e corretoras de câmbio e instituições de pagamento, poderão utilizar diretamente suas contas em moeda estrangeira mantidas no exterior para liquidar operações realizadas no mercado de câmbio.

Os exportadores brasileiros também poderão receber suas receitas em conta de pagamento mantida em seu nome em instituição financeira no exterior ou em conta no exterior de instituição não bancária autorizada a operar no mercado de câmbio.

As novas regulamentações também permitem que o recebimento ou entrega dos reais em operações de câmbio, sem limitação de valor, também possa ocorrer a partir de conta de pagamento do cliente mantida em instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BC ou em IPs participantes do PIX.

Em nota, o BC explicou que também será consolidada e modernizada a regulamentação dos serviços de pagamento ou transferência internacional no mercado de câmbio, conferindo tratamento uniforme para as aquisições de bens e serviços realizadas com a participação de emissores de cartão de uso internacional, de empresas facilitadoras de pagamentos internacionais e de intermediários e representantes em aquisições de encomendas internacionais. Tais serviços passarão a ser referidos na regulamentação cambial pelo termo eFX.

Consumo das famílias em supermercados cresce 4,84% em julho

O consumo das famílias brasileiras aumentou 4,84% em julho deste ano na comparação com junho, mas caiu 1,15% ante o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, o índice foi positivo, ficando em 3,24%. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a queda mensal foi a segunda do ano, já que em junho o Índice Nacional de Consumo das Famílias nos Lares Brasileiros havia detectado baixa de 0,68% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Ao comentar o resultado, o vice-presidente institucional da Abras, Marcio Milan, disse que o crescimento mensal pode ser atribuído ao pagamento de R$ 5,5 bilhões da quarta parcela do Auxílio Emergencial, que beneficiou 26,7 milhões de famílias; à distribuição de R$ 1,23 bilhão pelo Bolsa Família para as famílias não elegíveis para a receber tal benefício; à geração de 50.977 postos de trabalho no setor em julho e ao avanço da vacinação contra a covid-19. Outro fator citado por Milan foi a expansão do setor, com a abertura de novas lojas. “Em julho, foram inauguradas 21 lojas, 42 foram reinauguradas e 13 passaram por algum tipo de transformação para o melhor atendimento do consumidor”, informou. O levantamento também mostrou que o custo da Cesta Abrasmercado, que inclui 35 produtos de largo consumo (alimentos, cerveja, refrigerante e produtos de higiene), fechou o mês em R$ 668,55, com acréscimo de 0,96% em relação a junho. Comparando com julho de 2020, a alta foi de 23,14%.

A Região Norte permanece com a cesta mais cara do país, no valor de R$ 752,89 (acumulado de 23,49% nos últimos 12 meses), seguida pelas regiões Sul (R$ 734,10), Sudeste (R$ 640,87), Centro-Oeste (R$ 616,68) e Nordeste (R$ 598,22).

De acordo com a Abras, os produtos que mais encareceram no acumulado de 2021 foram: açúcar, ovo, carne (dianteiro), café, frango congelado, carne (traseiro), leite longa vida e feijão foram os itens que mais encareceram. No mesmo período, o preço do arroz, pernil e óleo de soja caiu. No acumulado dos últimos 12 meses, o óleo de soja disparou, com 87,3% de alta, seguido pelo arroz, com 39,8%, carne (dianteiro), com 40,6%, carne (traseiro), com 32,9%, pernil, com 24,8%, frango congelado, com 30,8%, açúcar, com 32,6%, café, com 17,8%, ovo, com 12,4%, leite longa vida, com 10,9%, e feijão, com 5%.

BC discute segurança e transação offline do real digital

O Banco Central (BC) promoveu mais uma rodada de debates sobre a criação de uma moeda digital oficialmente brasileira, que, a exemplo da moeda em papel, é certificada pela autoridade monetária do país: o real digital.

No encontro desta quinta-feira (09), organizado para debater diretrizes gerais, benefícios e tecnologias a serem adotados para implantação da versão digital da moeda brasileira, falou-se sobre a necessidade de viabilizar transações offline com segurança e sobre a importância de incluir no sistema bancário a população sem acesso a ele e com acesso limitado a recursos como smartphones, energia elétrica e internet.

O seminário virtual Operações Offline é o terceiro da série O Real Digital. O objetivo do Banco Central é estabelecer as bases para o eventual desenvolvimento de uma CBDC (Central Bank Digital Currency) que venha a acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica da economia brasileira e a aumentar a eficiência do sistema de pagamentos de varejo.

Dessa forma, o BC pretende contribuir para o surgimento de novos modelos de negócio e de outras inovações baseadas nos avanços tecnológicos, favorecendo a participação do país em outros cenários econômicos e aumentando sua eficiência nas transações transfronteiriças.

Mercado teme novas manobras fiscais

As recentes investidas do governo para alterar regras fiscais e acomodar gastos às vésperas da eleição amplia a desconfiança de economistas e integrantes do mercado financeiro em relação à condução da política fiscal do País. Dentro da própria área econômica há a percepção de que algumas das propostas apresentadas têm fragilidades. Fora do governo, técnicos que acompanham o Orçamento acompanham com preocupação a “escalada criativa” de manobras e veem a repetição do filme visto no governo Dilma Rousseff (PT), quando o excesso de artifícios fiscais colocou em descrédito a sustentabilidade das contas do País.

Nos últimos meses, a necessidade de fazer escolhas cada vez mais delicadas dentro do Orçamento diante da falta de espaço para políticas públicas tem encorajado iniciativas de arrecadar ou destinar recursos fora das regras fiscais, driblando o teto de gastos (a âncora fiscal que limita o avanço das despesas à inflação) ou até retirando despesas do Orçamento.

A mais recente delas foi a PEC dos precatórios, elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, que propõe um parcelamento dessas dívidas judiciais, estimadas em R$ 89,1 bilhões para 2022 – um valor que, uma vez pago integralmente, inviabiliza o lançamento da ampliação do Bolsa Família, promessa do governo Bolsonaro. A PEC, porém, não é a única medida nessa direção. Em junho, o Congresso deu aval à lei de privatização da Eletrobras (SA:ELET3), que inclui previsão de que a empresa destine recursos para a revitalização de bacias hidrográficas de rios como São Francisco e Parnaíba. Técnicos de órgãos de controle afirmam que esse é um exemplo claro de despesa que, por ser política pública, precisaria estar no Orçamento – onde esbarraria no teto de gastos. A execução por fora do Orçamento “facilita” a implementação da política.

BC libera instituições de pagamento a atuar no mercado de câmbio a partir de setembro de 2022

As instituições de pagamento poderão atuar no mercado de câmbio a partir de setembro de 2022, segundo regulamentação aprovada pelo governo e divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central.

Atualmente, apenas bancos, corretoras e distribuidoras de títulos são autorizados a operar com câmbio no país. As operações cambiais das instituições de pagamento, categoria que abarca emissores de cartões de crédito e pré-pagos, poderão ser feitas exclusivamente por meio eletrônico, com um limite de 100 mil dólares por operação.

“A gente espera trazer mais competitividade, acesso a operações de crédito pelo meio digital”, disse Lucio Oliveira, técnico do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do BC, acrescentando que a expectativa é que a nova regra abra espaço para a criação de novos modelos de negócios.

As instituições de pagamento já autorizadas a funcionar pelo BC precisarão entrar com pleitos específicos na autarquia para operar com câmbio.

A nova regulamentação, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), trouxe outros aperfeiçoamentos a regras de pagamentos e transferências internacionais, em medidas que passaram por consulta pública.

A partir de 1º de outubro deste ano, instituições não bancárias já autorizadas a operar no mercado de câmbio, como corretoras e distribuidoras, poderão utilizar diretamente suas contas em moeda estrangeira mantidas no exterior para liquidar operações realizadas no mercado de câmbio. Hoje essas instituições precisam manter contas em bancos no Brasil para liquidar as operações com câmbio.

Movimento de caminhoneiros perde força e atinge 3 Estados, sem bloqueios, diz ministério

As manifestações iniciadas por caminhoneiros na quarta-feira (08) perdiam força na sexta-feira (10) e aconteciam em apenas três Estados, de acordo com informações do Ministério da Infraestrutura, que acrescentou que não havia nenhuma interdição nas rodovias federais.

Segundo a pasta, concentrações de caminhões com abordagem a outros motoristas ocorriam no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em Rondônia.

“Nos Estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Paraná não há mais qualquer ponto de retenção na malha federal. Há aglomerações sem prejuízo ao livre fluxo de veículos no Mato Grosso e no Pará”, disse o ministério em boletim divulgado às 7h30 da sexta-feira (10).

“Não há pontos de interdição em rodovias federais”, acrescentou.

A mobilização dos caminhoneiros começou na terça-feira (07), quando alguns deles participaram dos protestos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro no feriado do Dia da Independência, quando o presidente fez novos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou com uma ruptura.

Presidente veta projeto que permitiria união de partidos em federação

O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou projeto de lei (PL) que permitiria aos partidos políticos se unirem em uma federação e, após registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atuarem como se fossem uma legenda única. O veto será publicado na edição de quarta-feira (08) do Diário Oficial da União.

O PL nº 2.522, de 2015, que alteraria Lei dos Partidos Políticos (nº 9.096, de 19 de setembro de 1995) e a Lei das Eleições (nº 9.504, de 30 de setembro de 1997), foi aprovado pela Câmara dos Deputados por 304 votos a 119 em agosto.

Os partidos organizados em federação constituiriam programa, estatuto e direção comuns. Diferentemente das coligações eleitorais, as federações não encerrariam o seu funcionamento comum terminado o pleito. Na prática, a proposta ajudaria partidos a alcançar a cláusula de barreira – instrumento criado para reduzir o número de partidos com pouca representação na Câmara dos Deputados.

A Secretaria-Geral da presidência da República disse, em nota, que “a proposição contrariaria interesse público tendo em vista que a vedação às coligações partidárias nas eleições proporcionais, introduzida pela Emenda Constitucional nº 97/2017, combinada com regras de desempenho partidário para o acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão tiveram por objetivo o aprimoramento do sistema representativo, com a redução da fragmentação partidária e, por consequência, diminuição da dificuldade do eleitor se identificar com determinada agremiação.”

Moraes determina prisões de bolsonaristas, apreensões e bloqueios de contas

Em uma série de decisões às vésperas das manifestações do 7 de Setembro, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou à Polícia Federal que prendesse dois bolsonaristas por ameaças a instituições e à corte, cumprisse sete mandados de buscas e apreensão e ainda que o Banco Central bloqueasse contas bancárias para evitar saques que pudessem financiar manifestações violentas e antidemocráticas.

As decisões foram expedidas por Moraes nos últimos dias e tornadas públicas nesta segunda-feira, na véspera do feriado. Todas as medidas foram requisitadas pela Procuradoria-Geral da República.

Por ordem de Moraes, a PF já prendeu preventivamente em Santa Catarina Márcio Giovani Nique, conhecido nas redes como professor Marcinho.

Em uma rede social, Nique disse que um empresário estaria oferecendo dinheiro pela “cabeça” do ministro Alexandre de Moraes, “vivo ou morto”. Citou também que existiria um agrupamento de pessoas que iria atrás do ministro do Supremo Tribunal Federal.

Houve também uma ordem de prisão preventiva expedida contra Cassio Rodrigues de Souza, que também fez ameaças.

Bolsonaro ataca STF em discurso ameaçador e fala em reunião do Conselho da República

Em um discurso com ameaças, o presidente Jair Bolsonaro disse na terça-feira (07) que não aceitará que qualquer autoridade passe por cima da Constituição e cobrou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, a enquadrar a corte, afirmando que, se isso não ocorrer, o Poder Judiciário poderá “sofrer aquilo que nós não queremos”.

Sem citar nominalmente o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente disse, em discurso durante ato por ocasião do 7 de Setembro, que não pode aceitar que “uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando a nossa população”, ressaltando que não se pode admitir que uma pessoa coloque em risco a liberdade.

“Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe deste Poder enquadra o seu, ou esse Poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse Bolsonaro durante fala transmitida por redes sociais durante o ato em Brasília, acompanhado por milhares de apoiadores.

Principal alvo dos protestos, Alexandre de Moraes é o ministro do STF responsável por conduzir investigações sensíveis contra o próprio presidente e aliados dele, tendo determinado buscas e apreensões, prisões e bloqueios de bens de simpatizantes do governo e entidades que supostamente pretendiam realizar atos antidemocráticos no 7 de Setembro.

Bolsonaro chegou a pedir ao Senado o impeachment do magistrado, mas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), barrou a iniciativa.

“No Supremo Tribunal Federal, (o ministro Alexandre de Moraes) perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal. Nós todos aqui, sem exceção, somos aqueles que dirão para onde o Brasil deverá ir”, disse.

“Nós todos, aqui na Praça dos Três Poderes, juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede para sair”, acrescentou.

Após PSDB convocar reunião, Doria apoia impeachment de Bolsonaro

O governador de São Paulo, o tucano João Doria, defendeu o impeachment do presidente Jair Bolsonaro diante do que considera como “volume de crimes já cometidos” durante as manifestações de 7 de Setembro.

Mais cedo, o comando do PSDB anunciou a realização de uma reunião da Executiva extraordinária do partido para discutir o eventual impedimento do chefe do Executivo federal.

Bolsonaro disse em Brasília, em um discurso com ameaças mais cedo, que não aceitará que qualquer autoridade passe por cima da Constituição e cobrou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, a enquadrar a corte, afirmando que, se isso não ocorrer, o Poder Judiciário poderá “sofrer aquilo que nós não queremos”.

“Eu até hoje nunca havia feito nenhuma manifestação pró-impeachment, para deixar claro, me mantive na neutralidade entendendo que até aqui os fatos deveriam ser avaliados e julgados pelo Congresso Nacional, mas depois do que assisti e ouvi hoje em Brasília, sem sequer ter ouvido o que pronunciara aqui o presidente Jair Bolsonaro, ele claramente afronta a Constituição, ele desafia a democracia e empareda a Suprema Corte brasileira”, disse Doria.

Segundo Doria, o volume de crimes já cometidos pelo presidente da República neste dia nas manifestações são mais do que suficientes para justificar, se não for um novo pedido, para justificar os mais de 130 pedidos de impeachment que adormecem na mesa do presidente da Câmara Federal em Brasília. O governador fez as declarações durante entrevista coletiva no Centro de Operações da PM (Copom), que monitora as manifestações em São Paulo.

Após 7 de Setembro, Senado deve seguir tendência antibolsonarista e virar trincheira contra governo

O Senado já vinha ensaiando um movimento antibolsonarista com a CPI da Covid e a rejeição de MP de programa de empregos, e após os atos convocados pelo presidente Jair Bolsonaro no 7 de Setembro, deve seguir essa tendência e se configurar como uma trincheira contra o governo, avaliaram fontes consultadas pela Reuters.

Defensor de uma articulação pelo impeachment de Bolsonaro, o senador José Aníbal (SP), ex-presidente do PSDB, avalia que a agenda de reformas não avançará mais. O tucano disse ainda que, no que depender dele, o Senado não aprova a proposta de reforma do Imposto de Renda, que também não conta com a simpatia de uma boa parcela da Casa.

“A pequena retomada da economia está toda abortada”, disse.

A simpatia na Casa ao governo já não era das melhores, e agravou-se durante a pandemia de Covid-19. Mesmo parlamentares que não integravam a oposição apoiaram, por exemplo, a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os erros na gestão da crise do coronavírus.

Depois, em um outro sinal da insatisfação, rejeitaram na última semana, por larga margem, medida provisória que promovia minirreforma trabalhista e criava o Novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. Com isso, Bolsonaro fica de mãos atadas, ao menos para reeditar MP com o mesmo teor neste ano, o que é proibido.

“O clima entre os senadores não está nenhum pouco favorável. Certamente os atos e falas não estão ajudando”, disse uma fonte da Casa.

Descumprir decisões judiciais configura crime de responsabilidade, diz Fux, em recado a Bolsonaro

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, afirmou na quarta-feira (08) que configura crime de responsabilidade o descumprimento de decisões judiciais, um dia após o presidente Jair Bolsonaro ter ameaçado em ato de 7 de Setembro não acatar mais determinações do ministro do STF Alexandre de Moraes.

“O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, disse ele, em pronunciamento na abertura da sessão do plenário.

Em um duro discurso, Fux disse que há narrativas de “descredibilização” do Supremo e de seus membros que têm sido “gravemente difundidas pelo chefe da nação”.

“Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na corte”, disse.

Desde a véspera, ministros do Supremo vinham discutindo internamente a reação ao discurso feito por Bolsonaro nos atos em Brasília e em São Paulo. Ele atacou principalmente os ministros Alexandre de Moraes, que conduz investigações sensíveis contra ele e pessoas próximas, e Luís Roberto Barroso, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Presidente diz que não teve intenção de agredir outros Poderes

O presidente Jair Bolsonaro emitiu nota oficial na quinta-feira (09) em que afirma não ter tido a intenção de agredir outros Poderes da República e destacou que respeita a harmonia entre as instituições.

A nota oficial, divulgada na página do Palácio do Planalto na internet, ocorre dois depois das manifestações pró-governo do dia 7 se setembro, que contou com a participação do presidente.

Na ocasião, tanto em Brasília quanto em São Paulo, Bolsonaro fez críticas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao sistema de urnas eletrônicas. Como reação, o presidente do STF, Luiz Fux, e o ministro Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateram Bolsonaro.

“No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como presidente da República, vir a público para dizer: Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, escreveu o presidente.

Na nota, Bolsonaro elencou dez pontos. Em um deles, o presidente diz que as divergências se deram por causa de conflitos de entendimento sobre decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e falou que nenhuma autoridade tem o direito de “esticar a corda”. Ele escreveu ainda que suas palavras, “por vezes contundentes”, são resultado do “calor do momento”.

“Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news. Mas na vida pública, as pessoas que exercem o poder não têm o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”.

Ninguém é obrigado a cumprir decisão inconstitucional, diz Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na quinta-feira (09) que a assessoria jurídica da Casa está analisando as falas do presidente Jair Bolsonaro nos atos do 7 de Setembro e que, em princípio, ninguém é obrigado a cumprir decisão judicial que seja inconstitucional.

Questionado sobre discurso do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, no qual alertou que descumprimento de decisão judicial configura crime de responsabilidade, Lira, a quem cabe admitir ou rejeitar os mais de cem pedidos de impeachment contra Bolsonaro já protocolados na Casa, afirmou que “isso é uma análise que o Supremo teve da fala, existem outras análises”.

“Nós vamos esperar para ver os acontecimentos, mas a princípio, a assessoria jurídica está observando a fala na íntegra, já temos alguns posicionamentos que falam que decisões inconstitucionais não seriam cumpridas. Ninguém é obrigado a cumprir decisão inconstitucional”, disse o presidente da Câmara.

“Decisão correta da Justiça é lógico que todos nós temos a obrigação de cumprir”, acrescentou, lembrando que há o espaço para recurso e contestações.

Mais tarde, em uma publicação no Twitter, Lira explicou que sua declaração teria sido interpretada fora de contexto.

“Quero esclarecer uma fala que fiz mais cedo e que está sendo descontextualizada. Não afirmei que o STF toma decisões inconstitucionais. Jamais o faria. Decisão judicial se cumpre. Pode ser questionada depois, na esfera judicial. Mas deve ser cumprida”, publicou.

Vice da Câmara propõe tirar precatórios do teto de gastos

Uma das vozes mais críticas do governo Bolsonaro no Congresso, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), apresentou na quinta-feira (09), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira os precatórios do teto de gastos (regra que limita o crescimento das despesas à variação da inflação). Segundo apurou o Estadão, outra alternativa poderá ser encampada pelo próprio governo com a inclusão em outra PEC da solução que estava sendo negociada com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, via resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A ideia seria replicar o texto da resolução, que cria um teto anual para o pagamento de precatórios, com o adiamento do restante para o ano seguinte, numa PEC.

Essas duas novas alternativas se somam à PEC do governo que parcela o pagamento de precatórios em até 10 anos, mas que acabou esvaziada pelo próprio ministro da Economia, Paulo Guedes, que se alinhou à proposta da resolução do CNJ. Com os ataques do presidente de Bolsonaro ao STF, a solução do CNJ acabou abortada.

Uma quinta proposta apresentada pelo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, poderá ser encampada pelo senador José Aníbal (PSDB-SP). Ela prevê um entendimento para que os precatórios devidos pela União em ações relacionadas ao Fundef, programa educacional dos anos 1990 para universalizar o acesso à escola, fiquem fora do teto como já ocorre com o seu sucessor, o Fundeb. A proposta prevê também que parte das emendas parlamentares seja destinada ao pagamento dos precatórios.

Comércio de itens usados cresce 48,5% na pandemia

A abertura de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão teve um crescimento de 48,58%, entre os primeiros semestres de 2020 e 2021, de acordo com levantamento do Sebrae, com base em dados da Receita Federal. Para a entidade, a pandemia de covid-19, que aumentou o controle financeiro das famílias, e a preocupação cada vez maior com a preservação do meio ambiente, podem ter sido fatores que impulsionaram o mercado de usados no país.

Segundo o Sebrae, foram abertas, no primeiro semestre desse ano, 2.104 novas empresas no segmento, sendo 1.875 microempreendedores individuais (MEI) e 229 empresas de pequeno porte. No mesmo período do ano passado, haviam sido criados 1.298 MEI e 118 pequenas empresas. “Esse incremento na abertura de novos negócios no comércio de itens usados, verificado entre os seis primeiros meses de 2020 e 2021, é o maior em seis anos”, destacou a entidade.

O levantamento abrange o comércio varejista de moedas e selos de coleção, livros, revistas e outros artigos usados, como móveis, utensílios domésticos, eletrodomésticos, roupas, calçados e material de demolição.

De acordo com o Sebrae, essa é uma tendência mundial e pesquisas feitas em outros países comprovam que o mercado de usados ainda tem espaço para crescimento. A entidade cita a pesquisa feita pela ThreadUP, uma das principais plataformas de revenda de roupas nos Estados Unidos, que apontou que os valores movimentados nesse segmento dobraram desde 2019 e a projeção é que tripliquem até 2025.

TNT Energy Drink inaugura casa em SP para criadores de conteúdo e ações

A TNT Energy Drink inaugura na quarta-feira (08) uma casa em São Paulo para criação de conteúdo com influenciadores, atletas, artistas e produção para ações da marca. Localizada no Alto de Pinheiros (zona oeste), a TNT Stage House tem como objetivo ser o cenário para reunir música, games, esportes urbanos como skate e surf, com a socialização de personagens desses setores.

A casa tem 500 m² e ambientação que remete ao jovem urbano, explica a marca de energéticos. O espaço tem bar, palco para shows e lives, sala para games, além de ambientes para convivência, restritos e controlados durante o período de pandemia.

Entre os nomes parceiros da TNT estão Nobru e Cerol do time de e-sport, Fluxo, Dora Varella e Pâmela Rosa, atletas do skate, e Alok. Eles vão participar do evento de inauguração presencialmente, com exceção de Alok, que vai aparecer por vídeo.

Santander Brasil compra marketplace imobiliário Apê11

O Santander Brasil anunciou na quarta-feira (08) a compra da imobiliária online Apê11, ampliando a aposta no segmento de financiamento de imóveis.

O acordo, por valor não revelado, envolve compra de ações e aumento de capital e dará ao banco uma fatia de 90% na startup.

“A plataforma digital nos permitirá acelerar o desenvolvimento de soluções integradas do mercado imobiliário”, afirmou o diretor de negócios imobiliários do Santander Brasil, Sandro Gamba, em nota.

A plataforma, criada em 2018 e com foco na capital paulista, se apresenta como marketplace para digitalizar o processo de compra de casas e apartamentos com uso de big data e inteligência artificial para ajudar corretores de imóveis. Agora, projeta se expandir pelo país.

O anúncio, num momento de efervescência do mercado imobiliário no país, reproduz um movimento similar do Santander Brasil anos atrás no setor automotivo com a compra do portal de negociação de veículos Webmotors.

JFL, construtora de imóveis de alta renda, registra pedido de IPO na CVM

A JFL Holding, construtora de imóveis de luxo, registrou pedido de Oferta Pública Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Fundada em 2015, a companhia foca atualmente nos segmentos de altíssima e alta renda focada em áreas nobres da cidade de São Paulo. A operação envolve a distribuição primária e secundária de ações ordinárias.

A companhia estima levantar R$ 1 bilhão na oferta, segundo o prospecto. Do total, 55% devem ser destinados a novos projetos para desenvolvimento, construção e investimentos estratégicos em tecnologia. Além disso, 24% irão para otimização do pagamento de dívida e estrutura de capital e 21% para aquisição de novos ativos.

A JFL possui quatro empreendimentos prontos e seis em desenvolvimento, somando mais de 1,7 mil unidades, segundo o documento divulgado. A empresa possui um pipeline de projetos com mais de 118 mil m2 de ABL (Área Bruta Locável), com um investimento total de R$ 2,6 bilhões.

Ainda de acordo com o prospecto, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 4,644 milhões no primeiro semestre de 2021, uma alta de 67,29% em relação ao mesmo período de 2020. Nos seis primeiros meses deste ano, o Ebitda chegou a R$ 21,6 milhões, avanço anual de 560%.

A oferta será coordenada pelo BTG Pactual, Bradesco BBI e Genial Investimentos.

Minerva Foods investirá US$ 3 milhões na Traive, de soluções financeiras para produtores

A Minerva Foods anunciou por meio de comunicado à CVM que, em mais uma iniciativa de corporate venture capital, pretende investir US$ 3 milhões na startup do setor agrícola Traive.

A Traive foi fundada em 2018 e com o apoio de inteligência artificial e análise avançada de dados, oferece soluções financeiras, como crédito, seguros e outros serviços, para produtores rurais de pequeno e médio porte.

A empresa tem operações nos Estados Unidos e no Brasil e o portfólio engloba soluções para as cadeias produtivas das principais commodities agrícolas, como soja, milho, algodão, cana, café e trigo.

Segundo a Minerva, a rodada de captações (Series A) da startup totalizará US$ 15 milhões.

A iniciativa dá prosseguimento a outros investimentos da companhia nessa área, como os aportes iniciais já realizados na Clara Foods, na Shopper e da joint venture com a Amyris.

Azul: tráfego cresce 173% em agosto sobre agosto de 2020 e capacidade sobe 164,3%

A Azul divulgou os resultados preliminares de tráfego de agosto. O tráfego de passageiros consolidado (RPKs) cresceu 173% ante agosto de 2020. A capacidade (ASKs), por sua vez, apresentou um salto de 164,3% na mesma base de comparação. Com isso, a taxa de ocupação em relação a agosto de 2020 subiu 2,5 pontos porcentuais, passando a 77,9%. Em junho de 2019, essa taxa era de 83%.

O tráfego de passageiros doméstico cresceu 176,9% em relação a agosto de 2020, enquanto a capacidade apontou uma expansão de 166,7%, resultando em uma taxa de ocupação de 78,5%, alta de 2,9 pontos porcentuais comparado com o mesmo período de 2020. Ante 2019, o tráfego registrou alta de 6,5%, com a capacidade subindo 12%, resultando em uma queda de 4,1 pontos na taxa de ocupação (82,6%).

Já no segmento internacional, o tráfego de passageiros cresceu 125% no comparativo com o mesmo mês do ano anterior, enquanto a capacidade aumentou 134,8%. Com isso, a taxa de ocupação do segmento ficou em 69,7%, indicando retração de 3 pontos porcentuais. Na comparação com agosto de 2019, o tráfego caiu 78,6% e a capacidade foi 74,1% menor, com taxa de ocupação de 84,2%, recuo de 14,5 pontos.

Em nota, a companhia afirmou que agosto foi outro forte mês para a Azul à medida que a vacinação contra covid-19 continua progredindo positivamente no Brasil. “As reservas estão aumentando e a tarifa média continua bem acima dos níveis de 2019”, disse John Rodgerson, CEO da Azul.

Vale reduz guidance para capex em 2021 a US$ 5,4 bilhões de US$ 5,8 bilhões anteriormente

A Vale informa atualização de alguns valores de desembolso de caixa previstos para 2021. O capex (investimento, gasto de capital) está previsto em US$ 5,4 bilhões. No Vale Day, realizado em dezembro do ano passado, o guidance era de US$ 5,8 bilhões.

A empresa esclarece que “as projeções apresentadas envolvem fatores de mercado alheios ao controle da Vale e, dessa forma, podem sofrer novas alterações”.

Os demais dados são apresentados sem comparativo com projeções anteriores e referem-se a critérios financeiros apenas – não há menção a guidance de produção, por exemplo.

Conforme o quadro apresentado, as despesas com Brumadinho devem ficar entre US$ 2,7 bilhões e US$ 3,2 bilhões.

As despesas financeiras líquidas deverão se situar entre US$ 800 milhões e US$ 1,1 bilhão. Já para Imposto de renda e Refis a faixa é de US$ 3,8 bilhões a US$ 4,2 bilhões, e a companhia informa também que a linha “outros”, incluindo capital de giro, derivativos, dividendos pagos aos acionistas não controladores, Samarco e Renova e outros, ficaria entre US$ 600 milhões e US$ 900 milhões.

A companhia diz que reapresentará oportunamente o item 11 de seu Formulário de Referência.

Por que as grandes empresas não se cansam de comprar startups

Existe uma outra transformação acontecendo em paralelo ao crescimento dos fundos corporativos de capital de risco. As empresas estão indo às compras e as startups passaram a ser alvos preferenciais. O impacto da tecnologia digital nas mais diversas áreas dos negócios significa uma multiplicação das potenciais rupturas e também das oportunidades. Na prática, isso se traduz em senso de urgência. Basta olhar para o que anda fazendo o Magalu.

Desde o começo do ano passado, a empresa adquiriu 21 startups, que vão de fintechs a plataformas de games e portais de conteúdo. Neste ano foram 11 até o final de julho. Todos os empreendedores, até agora, permaneceram no negócio. A ideia ao adquirir essas empresas é construir um “ecossistema digital”, como nomeou um relatório do banco Goldman Sachs, similar ao que se vê em empresas como a chinesa Alibaba. “Não queremos que a empresa jogue meio período com a gente. Queremos que ela tenha foco e consiga dar voos mais longos”, afirma Thiago Catoto, diretor de tecnologia da informação do Magazine Luiza, que faturou R$ 43,5 bilhões em 2020.

Só este ano, a Microsoft já adquiriu oito companhias, ou uma por mês. A lista inclui negócios superespecializados, como a ReFirm Labs, que desenvolve sistemas de segurança para a internet das coisas, ou a Suplari, uma startup que usa inteligência artificial para analisar despesas corporativas. As cinco maiores empresas de tecnologia americana – Facebook, Amazon, Apple, Microsoft e Google – compraram 165 startups de janeiro de 2016 a julho de 2021, segundo a Crunchbase, num levantamento que considerou apenas negócios com valores reportados. Juntos, os negócios somaram cerca de US$ 27 bilhões.

Essa deve ser cada vez mais uma realidade também no Brasil, começando pelo setor de tecnologia. Dados da Distrito mostram que aconteceram 170 aquisições de startups em 2020. Neste ano, foram 113 até junho. A projeção é que o total chegue a 250 até dezembro. “Quando decidimos olhar para um novo mercado, fazemos uma pergunta: ‘Em casa ou fora?’”, diz Fernando Cirne, CEO da empresa de serviços Locaweb. “Se decidirmos pela aquisição, é porque aquele segmento está muito avançado. Poderíamos fazer nós mesmos? Sim, mas o diretor me diz: ‘Fernando, vai demorar três anos’. Incluindo o custo da oportunidade de deixar de vender, fica mais barato comprar do que tentar desenvolver internamente.”

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 8,00%, ante 7,63% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção para o IGP-M ficou em 19,22%, ante 19,31% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,87% em agosto, após marcar 0,96% em julho. As informações foram divulgadas na quinta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto de 2020, o IPCA teve alta de 0,36%. É a maior taxa para o mês de agosto desde 2000 (1,31%).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 8,00%, ante 7,58% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), A projeção para o PIB ficou em 5,04%, ante 5,15% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, em meio a ajustes após cair mais de 3% na semana passada, mas o volume negociado foi reduzido sem a referência de Wall St. e certa cautela antes do feriado brasileiro na terça-feira (07). O índice Ibovespa teve alta de 0,54%, a 117.561,66 pontos. O volume financeiro somou R$ 34,1 bilhões.

Na terça-feira (07), feriado de 7 de Setembro, sem operações na bolsa de valores.

Na quarta-feira (08), o Ibovespa fechou em forte queda, marcando a maior queda diária em seis meses, refletindo preocupações com a pauta econômica do país diante do aumento da tensão político-institucional, após declarações do presidente Jair Bolsonaro durante manifestações no Dia da Independência, na véspera. O índice Ibovespa teve queda de 3,75%, a 113.451,50 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,4 bilhões.

Na quinta-feira (09), o Ibovespa fechou em alta, reagindo fortemente na última meia hora do pregão após o presidente Jair Bolsonaro divulgar nota oficial, na qual afirmou respeito pelas instituições da República. O índice Ibovespa teve alta de 1,72%, a 115.360,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,9 bilhões.

Na sexta-feira (10), por volta das 13h28, o índice Ibovespa operava em alta de 0,44%, a 115.873,34 pontos. Ainda sob efeito do relativo alívio na tensão institucional, com a última sessão da semana também encontrando respaldo no cenário benigno no exterior. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,93%, fechando a 114.285,93 pontos. O volume financeiro somou 34,8 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (10), por volta das 12h27, o dólar registrava queda de 0,16%, cotado a R$ 5,2195 na venda. O dólar devolveu boa parte das perdas registradas mais cedo contra o real, com alguns investidores levantando dúvidas sobre a confiança dos mercados na mudança de postura do presidente Jair Bolsonaro, enquanto um salto na inflação ao produtor dos Estados Unidos ficava no radar internacional.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (10) cotado a R$ 5,2671, com alta de 0,76%, segundo operadores, o ziguezague na comunicação presidencial deixou o mercado com o pé atrás e estimulou a busca por proteção na véspera do fim de semana (em que estão previstas manifestações contra Bolsonaro), empurrando o dólar para cima.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Época Negócios

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
13/09/2021