Cenário Econômico Nacional – 27/09/2021

Cenário Econômico Nacional – 27/09/2021

Cenário Econômico Nacional – 27/09/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Mercado financeiro sobe para 8,35% estimativa de inflação e vê alta maior dos juros em 2021
  • Começam a valer na segunda-feira (20) novas alíquotas do IOF
  • BNDES aprova empréstimo de R$ 166 milhões para linhas de transmissão da Energisa
  • Confiança do empresário do comércio volta a cair em setembro, aponta CNC
  • Precatórios: Pacheco se reúne com Guedes e diz que governo desistiu de parcelar, mas quer fixar limite
  • Confiança no mercado de trabalho melhora; 49% dos profissionais estão felizes no atual emprego, mostra pesquisa
  • Banco Central aumenta taxa básica de juros para 6,25% ao ano, maior nível desde julho de 2019
  • Governo faz pedido de R$ 61,6 milhões para investimento em estatais
  • Renda média do trabalho encolhe e é a menor desde 2017
  • IPCA-15: prévia da inflação acelera para 1,14% em setembro, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real
  • Alta do IOF visa dar ‘alguma folga nas manobras que estão sendo feitas’ pelo governo, diz Mourão
  • Alckmin e Haddad aparecem à frente na disputa pelo governo de São Paulo, diz Datafolha
  • Ninguém aceitará retrocesso no Estado de Direito e na democracia, diz Pacheco
  • Câmara aprova mudança na estrutura de cargos do MPU
  • Ministro da CGU diz que não houve omissão na negociação da Covaxin
  • Gilmar Mendes manda IBGE informar qual a verba necessária para realizar o Censo em 2022
  • Senado aprova PEC da reforma eleitoral
  • Desconfiança na Presidência da República sobe para 50%, diz Datafolha
  • Senado: falta de quórum adia votação de PEC sobre cargos comissionados
  • Raphael Afonso Godinho de Carvalho é novo diretor-presidente do IRB-Brasil
  • Magalu chega a 100 mil varejistas no marketplace e oferece ecossistema de serviços
  • Cosan anuncia a compra de fatia na Radar por R$1,5 bilhão
  • Plataforma de comércio de carros usados Kavak recebe investimento de US$ 700 milhões
  • Vale anuncia Gustavo Pimenta como novo CFO; Luciano Siani assumirá divisão de Estratégia
  • Presidente da Transpetro renuncia ao cargo; diretor de serviços deve assumir
  • Gol precifica emissão de US$ 150 milhões
  • Em segunda aquisição no País, Kraft Heinz leva a marca centenária Hemmer
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Mercado financeiro sobe para 8,35% estimativa de inflação e vê alta maior dos juros em 2021

O mercado financeiro subiu a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, pela vigésima quarta semana neste ano. Também elevou a previsão para a taxa básica de juros em 2021.

As previsões do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (20) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para a inflação, a expectativa do mercado para o ano de 2021 avançou de 8% para 8,35%.

O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,03% para 4,10% a estimativa de inflação. Foi a nona alta seguida no indicador. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Começam a valer na segunda-feira (20) novas alíquotas do IOF

As novas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que começam a valer na segunda-feira (20), aumentam o custo do crédito para empresas e famílias. O aumento, que é de 36%, vai ser cobrado até o dia 31 de dezembro de 2021 e incidirá sobre operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a títulos e valores mobiliários. O objetivo do governo é custear o Auxílio Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

O IOF é um imposto cobrado pelo governo em alguns tipos de transações financeiras. Ele é composto por duas alíquotas diferentes: a diária e a fixa que incidem sobre operações de crédito, câmbio (compra e na venda de moeda estrangeira, como o dólar), de seguro realizadas por seguradoras, relativas a títulos ou valores mobiliários e também em operações com ouro.

Isto significa que, quando o imposto aumenta, mais caro fica o custo efetivo total de cada uma das operações.

No caso do decreto publicado pelo governo no Diário Oficial da União, o aumento da alíquota do IOF vai incidir nas operações de crédito (como empréstimo e financiamento). O aumento também será aplicado em operações de financiamento para aquisição de imóveis não residenciais, em que o mutuário seja pessoa física.

Para as pessoas físicas a alíquota passa de 3% ao ano (diária de 0,0082%) para 4,08% ao ano (diária de 0,01118%). Já para as pessoas jurídicas, a alíquota anual passa de 1,5% (atual alíquota diária de 0,0041%) para 2,04% (diária de 0,00559%).

Ou seja, a nova tarifa vai ser aplicada, por exemplo, quando alguém entrar no cheque especial ou atrasar a fatura do cartão e em financiamentos.

Vale destacar que os novos valores serão cobrados apenas na alíquota diária dessas operações de crédito. Nesses casos, a base de cálculo é o valor do principal de cada liberação.

BNDES aprova empréstimo de R$ 166 milhões para linhas de transmissão da Energisa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um empréstimo de R$ 166 milhões para a Energisa Tocantins Transmissora de Energia, subsidiária do Grupo Energisa, informou na terça-feira (21), a instituição de fomento. Segundo o BNDES, os investimentos permitirão o escoamento de cerca de 390 megawatts (MW) de energia proveniente do potencial hidráulico e fotovoltaico da região da divisa de Tocantins com a Bahia.

O projeto de investimento prevê a construção de três linhas de transmissão, de uma subestação no Tocantins, além da ampliação de outras duas já existentes no Tocantins e na Bahia.

Segundo o BNDES, o projeto de investimentos vai beneficiar cerca de 500 mil consumidores e gerar 1.400 empregos diretos e 4.000 indiretos durante as obras além de outros 45 postos diretos e 150 indiretos permanentes na fase de operação.

O Grupo Energisa investirá R$ 660 milhões no projeto. Assim, o empréstimo do BNDES corresponderá a cerca de 25% dos investimentos.

A aprovação do empréstimo para a Energisa Tocantins Transmissora de Energia se soma a outros financiamentos do BNDES ao grupo.

Em fevereiro, o banco de fomento aprovou empréstimo de R$ 1,49 bilhão para o plano de investimentos de nove distribuidoras de eletricidade do Grupo Energisa.

Confiança do empresário do comércio volta a cair em setembro, aponta CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), recuou 0,4% em setembro, para 119,3 pontos, informou a entidade. Na comparação com setembro do ano passado, houve alta de 30,2% no indicador.

A piora na comparação mensal vem depois do crescimento vertical em junho (12,2 %), julho (11,7%) e depois um pouco menor em agosto (4,3%). Apenas nesse período, o Icec expandiu 30,7%.

De acordo com a entidade, a queda de setembro pode estar associada ao fato de que “o índice pode ter crescido bastante e agora houve relativa acomodação do patamar da confiança empresarial. Também pode estar ligada à deterioração das expectativas em geral, em virtude de alguns fatores, como a inflação, o desemprego e possibilidade de aumento dos juros para conter a escalada de preços”.

Entre os componentes do indicador, houve queda de 0,3% na percepção sobre as condições atuais, e de 0,9% nas expectativas. Já a intenção de investimentos recuou 0,7%.

Precatórios: Pacheco se reúne com Guedes e diz que governo desistiu de parcelar, mas quer fixar limite

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o governo desistiu de parcelar os precatórios, mas vai querer fixar um limite para esses pagamentos no ano que vem.

A solução que o governo e os presidentes da Câmara e do Senado estão costurando levaria o valor dos precatórios em 2022 de R$ 90 bilhões para R$ 39,9 bilhões.

Precatórios são dívidas da União com pessoas físicas e empresas já reconhecidas pela Justiça e de pagamento obrigatório. Somariam R$ 90 bilhões no Orçamento de 2022, mas o governo quer buscar uma maneira de flexibilizar o pagamento. Um dos objetivos é liberar espaço no Orçamento para aumentar o Bolsa Família em ano eleitoral.

A margem é estreita, porque a regra do teto de gastos limita as despesas do governo ao valor do ano anterior, corrigido pela inflação.

Pacheco explicou que a ideia é aproveitar a proposta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de estabelecer um limite anual de pagamento de precatórios, corrigido pela inflação.

“Estratégia inteligente, que pode dar solução quase à totalidade dos R$ 89 bilhões, respeitar o teto de gastos, e abre espaço fiscal para o programa social Bolsa Família, ou algum análogo, que tenha um alcance mais amplo”, disse o presidente do Senado.

Com isso, o governo está desistindo de uma PEC enviada ao Congresso, que previa o parcelamento dos precatórios.

Confiança no mercado de trabalho melhora; 49% dos profissionais estão felizes no atual emprego, mostra pesquisa

A 17ª edição do Índice de Confiança da Robert Half, que mapeia o otimismo quanto à situação atual e futura do mercado de trabalho, mostra uma tendência de retomada, alcançando 34,3 pontos em agosto, ante 30,7 pontos registrados em maio, o que configura o índice mais confiante para o presente desde o início da pandemia.

De acordo com o levantamento da empresa de recrutamento especializado, o índice de expectativas futuras também apresenta melhora, após registrar três trimestres de queda e indicar pessimismo dos brasileiros na última edição do indicador. Em agosto, essa percepção retomou ao patamar otimista, com 50,9 pontos no resultado consolidado.

O destaque ficou com o grupo de recrutadores, responsáveis ou com influência no recrutamento nas empresas, que lideram a retomada da confiança para os próximos meses, com 55,2 pontos, índice mais alto desde janeiro de 2020.

“Essa alteração na curva, que passa a expressar maior confiança, demonstra os resultados da resiliência das empresas e dos profissionais brasileiros que, mesmo em meio a um período extremamente desafiador, foram e são capazes de se adaptar a cenários adversos e encarar mudanças com coragem”, destaca Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

“Assim, apesar de algumas incertezas, é hora de olhar para 2022. Seja estratégico e planeje ações desde já, em relação aos negócios e à equipe também, para garantir um time de alto nível e a consistência na entrega de resultados. Aos profissionais, planejamento e foco em qualificação são fundamentais para ocupar espaços de destaque em um mercado cada vez mais competitivo”, orienta o executivo.

De acordo com a pesquisa, 49% dos profissionais estão felizes no atual emprego e 36% se consideram parcialmente satisfeitos. Por outro lado, 16% revelam estar insatisfeitos.

As mudanças geradas pela pandemia no ambiente de trabalho vêm exigindo dos profissionais um conjunto de habilidades mais diversificado, o que reforça a importância do aprendizado contínuo.

O levantamento mostra que 66% dos recrutadores entrevistados acreditam que contratar profissionais qualificados está difícil ou muito difícil. O número é cinco pontos percentuais maior que o registrado na sondagem anterior e 42% afirmam ter vagas abertas, por não conseguir encontrar profissionais adequados à função.

Banco Central aumenta taxa básica de juros para 6,25% ao ano, maior nível desde julho de 2019

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na quarta-feira (22), pela quinta vez consecutiva a taxa básica de juros. A Selic passou de 5,25% para 6,25% ao ano. É o maior patamar desde julho de 2019, ou seja, em pouco mais de dois anos.

Em nota, o Copom afirmou que “antevê outro ajuste da mesma magnitude”, isto é, de um ponto percentual na taxa Selic a ser definido na próxima reunião, no final de outubro.

O Comitê também considera que o “risco fiscal” do país segue elevado e que dúvidas sobre a aprovação das reformas defendidas pelo governo podem levar a novas elevações da taxa Selic.

“Questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, diz a nota.

Em pesquisa efetuada pelo Banco Central na última semana com mais de cem instituições financeiras, analistas do mercado financeiro projetaram que a taxa Selic continuará avançando nos próximos meses e deve fechar o ano de 2021 a 8,25%.

O principal instrumento do Banco Central para conter a propagação da alta de preços é a taxa básica de juros, que é definida com base no sistema de metas de inflação.

Normalmente, quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic, e a reduz quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas.

Para 2021, a meta central de inflação é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

Neste momento, o BC já está olhando para a meta de inflação de 2022 para definir os juros. No próximo ano, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Governo faz pedido de R$ 61,6 milhões para investimento em estatais

O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei (PL) para abertura de crédito especial no valor de R$ 61,6 milhões. Os recursos serão investidos na Caixa Econômica Federal, Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do Brasil (CGT Eletrosul) e Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República destacou que o crédito especial será custeado por receitas próprias das empresas estatais e anulação parcial de dotação orçamentária. A pasta informou que o pedido tem por finalidade incluir novas ações no orçamento de investimento das empresas, para “assegurar seu desempenho operacional e a consecução dos empreendimentos prioritários estabelecidos para 2021”.

Segundo a Secretaria-Geral, as empresas estatais, seguindo a dinâmica empresarial, têm necessidade de um planejamento flexível, o que as leva a retificar, quando necessário, suas projeções orçamentárias, para se adequar a seus planos de negócios. De acordo com o projeto, a Caixa ficaria com R$ 33,4 milhões, a serem investidos em 42 novas unidades.

A CGT Eletrosul receberia pouco mais de R$ 9 milhões para custear a conclusão de obras de transmissão entre as usinas de Foz do Chapecó e o município de Pinhalzinho, em Santa Catarina. Segundo a Presidência, a obra é necessária para atender a implementação dos sistemas previstos em contrato de concessão entre a Fronteira Oeste Transmissora de Energia (Fote) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Já a Emgepron deve ficar com R$ 1,9 milhão para aquisição de um sistema de medição de pressão e benfeitorias na nova oficina, localizada na Fábrica de Munições Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos, pertencente à Marinha. O restante, R$ 17,2 milhões, vai para a Ceagesp. Os recursos devem ser utilizados na modernização do sistema de informática e na construção de um novo pavilhão.

Renda média do trabalho encolhe e é a menor desde 2017

Mesmo com o avanço da vacinação e com o retorno de trabalhadores informais e por conta própria ao mercado de trabalho, a recuperação da economia segue em ritmo lento. Já o rendimento médio dos brasileiros com algum tipo de ocupação está encolhendo e atingiu o valor mais baixo desde 2017.

A renda média real do trabalho ficou em R$ 2.433 no 2º trimestre de 2021, o que representa uma queda de quase 7% na comparação com o mesmo trimestre de 2020 (R$ 2.613) já descontada a inflação do período.

Os números integram levantamento elaborado pela consultoria IDados, com base nos indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do segundo trimestre nos últimos 40 anos, e considera a renda real habitual da ocupação principal do trabalhador. Ou seja, valores já descontando a inflação.

Embora a renda média ainda esteja em nível semelhante ao do valor pré-pandemia, um achatamento ainda maior ao longo dos próximos meses é dado como inevitável em razão do elevado número de desempregados em busca de uma oportunidade e pela retomada dos setores que concentram as remunerações mais baixas.

“Ainda são mais de 14 milhões de desempregados e a tendência é que as pessoas voltem subocupadas, ou seja, trabalhando menos horas do que gostariam e em empregos informais. Com mais gente nesses empregos que pagam menos, o rendimento médio vai cair mais. E as perspectivas de aumento da inflação só prejudicam ainda mais o quadro”, afirma Bruno Ottoni, pesquisador do IDados e autor do estudo.

IPCA-15: prévia da inflação acelera para 1,14% em setembro, maior taxa para o mês desde o início do Plano Real

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, acelerou de 0,89% em agosto para 1,14% em setembro, apontam os dados divulgados na sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, “trata-se do maior resultado para o mês de setembro desde o início do Plano Real, em 1994, quando ficou em 1,63%”, além de ser a maior taxa da série histórica do indicador desde fevereiro de 2016, quando ficou em 1,42%.

No ano, o índice acumulou alta de 7,02%. Já no acumulado em 12 meses, o indicador superou os dois dígitos, ficando em 10,05%, quase o dobro do teto da meta estabelecida pelo governo para a inflação deste ano, que é de 5,25%.

O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,02% para o período.

De acordo com o IBGE, a gasolina e a energia elétrica foram os itens que exerceram os maiores impactos individuais sobre o IPCA-15 de setembro, de 0,17 ponto percentual cada.

O preço médio da gasolina subiu 2,85% entre agosto e setembro e acumulou alta de 33,37% no ano e de 39,05% nos últimos 12 meses.

Já o preço médio da energia elétrica teve alta de 3,61% em setembro, abaixo da registrada em agosto, que foi de 5%. No ano, a alta acumulada foi de 20,27%, enquanto nos últimos 12 meses o aumento acumulado foi de 25,26%.

O IBGE destacou que em agosto d vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. A partir de 1º de setembro, passou a valer a bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 para os mesmos 100 kWh.

Dos 367 itens que compuseram a cesta analisada pelo órgão no mês, 253 registraram alta. Com isso, o índice de difusão da inflação ficou em 68,9%.

Alta do IOF visa dar ‘alguma folga nas manobras que estão sendo feitas’ pelo governo, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão, que está no exercício da Presidência da República, afirmou na segunda-feira (20) que o aumento das alíquotas do IOF visa “dar alguma folga nas manobras” que o governo faz na área social.

A alta do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários começa a valer nesta segunda. O aumento, feito a partir de um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e que vigorará até o final de 2021, vai elevar a arrecadação do governo e financiar o novo Bolsa Família.

“O que eu pude entender, né, é até o final do ano a arrecadação não é tão expressiva assim, R$ 2 bilhões. É mais para dar alguma folga nas manobras que estão sendo feitas, até porque, como o presidente falou ontem antes de embarcar, continuamos ainda com muita gente desempregada, muita gente sem perspectiva. Compete ao governo auxiliar esse povo”, disse o vice-presidente ao chegar ao gabinete nesta segunda.

Mourão está no exercício da Presidência desde domingo (19) em razão da viagem de Bolsonaro a Nova York. O presidente discursa na terça (21) durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o governo, a alta do IOF permitirá uma arrecadação extra de R$ 2,14 bilhões. O decreto assinado por Bolsonaro eleva a alíquota nas operações de crédito efetuadas por pessoas jurídicas (empresas) de 1,50% para 2,04%, e para pessoas físicas de 3,0% para 4,08%.

Alckmin e Haddad aparecem à frente na disputa pelo governo de São Paulo, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada no domingo (19) pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que o ex-governador Geraldo Alckmin, que deve sair do PSDB, lidera a corrida eleitoral para o governo de São Paulo em 2022, com 26% das intenções de voto. Fernando Haddad (PT) vem numericamente em segundo, com 17%, e lidera com 23% em um cenário sem Alckmin.

No primeiro cenário estimulado pelo instituto, após Alckmin, aparecem Haddad (17%), o ex-governador Márcio França (PSB, com 15%, empatado tecnicamente com o petista) e, em seguida, Guilherme Boulos (PSOL, com 11%), líder de movimentos de habitação.

Na sequência vêm o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (sem partido, com 4%) tido hoje como o pré-candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei (Patriota, com 4%).

Por fim, com 1% cada, o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (sem partido) e o deputado federal Vinicius Poit (Novo). Nulo ou branco somam 17% dos entrevistados; 3% responderam que não sabem.

A pesquisa foi realizada de segunda (13) a quarta-feira (15) da semana passada e ouviu 2.034 pessoas de 16 anos ou mais em 70 cidades do estado. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Ninguém aceitará retrocesso no Estado de Direito e na democracia, diz Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou ter a convicção de que ninguém aceitará qualquer tipo de retrocesso no Estado de Direito e na democracia no país, após ter dito que tem faltado respeito entre as instituições.

“Nenhum retrocesso ao Estado de Direito, nenhum retrocesso à democracia. Eu tenho absoluta convicção que ninguém assimilará uma ideia que imponha algum tipo de retrocesso nesses dois conceitos”, afirmou Pacheco, durante encontro organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) em Campinas.

No evento, o presidente do Senado destacou que é preciso haver cooperação entre todos, independentemente dos partidos e da ideologia. Ainda assim, ele disse que jamais haverá subserviência ao governo federal e o Congresso não será subjugado pelo Poder Judiciário.

Para Pacheco, cujo nome tem sido aventado para concorrer ao Palácio do Planalto, o recomendado no momento é que a competição entre políticos e partidos só ocorra no momento oportuno, que é o ano eleitoral de 2022.

O presidente do Senado, que também é o presidente do Congresso, defendeu que é preciso ter cooperação para se enfrentar o que chamou de “verdadeiros inimigos”, citando a fome, o desemprego e a crise hídrica.

Câmara aprova mudança na estrutura de cargos do MPU

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (21) o projeto de lei que transforma 141 cargos efetivos de técnico do Ministério Público da União (MPU) em oito cargos de procurador de Justiça e em 164 cargos em comissão de cinco níveis de remuneração. A proposta seguirá para o Senado.

A proposta é oriunda do MPU e as mudanças nos cargos são restritas no âmbito do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Os cargos em comissão serão obrigatoriamente preenchidos por servidores públicos efetivos.

Segundo a justificativa do procurador-geral, Augusto Aras, a medida tem o objetivo adequar a estrutura do MPDFT após lei que criou mais oito cargos de desembargadores, em 2016. Aras argumentou que uma nova sistemática de arquivamentos no Ministério Público proposta em 2019 também aumentará o quantitativo de procedimentos (inquéritos policiais e termos circunstanciados) a serem submetidos e analisados pelas Câmaras de Coordenação e Revisão do MPDFT.

Ainda de acordo com o PGR, “não haverá aumento das despesas a serem suportadas, ao menos num primeiro momento, em razão de que a alteração proposta mantém a despesa em seus patamares atuais”.

Ministro da CGU diz que não houve omissão na negociação da Covaxin

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado, nesta terça-feira (21), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, defendeu-se das acusações de prevaricação e omissão em relação ao governo federal no caso da negociação para a compra da vacina Covaxin entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde.

As acusações foram feitas pelo presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), na semana passada. “Fui acusado de maneira irresponsável de prevaricação”, afirmou. “Observando as falas na CPI, verifiquei que não foi apresentado qual ato de ofício previsto em lei este ministro de Estado deixou de praticar”, destacou Rosário. “Nem mesmo a existência de algum interesse ou sentimento pessoal que justificasse essa omissão”, acrescentou o ministro.

Ainda em sua fala inicial, o chefe da CGU ressaltou que, desde 2019, Marconny Albernaz Faria, apontado pela comissão como lobista da Precisa Medicamentos, está sob investigação pelo órgão. Segundo o ministro, apurações levam tempo, além do fato de o acesso a informações seguir protocolos legais, já que as investigações estão sob sigilo. A suspeita da CPI é que Marconny Faria tenha atuado para garantir vitórias da Precisa em licitações. A empresa intermediou o contrato com o Ministério da Saúde para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin ao custo de R$ 1,6 bilhão. A operação foi cancelada após denúncias de irregularidades trazidas pela comissão.

Segundo o ministro, a CGU teve conhecimento apenas em junho deste ano, pela imprensa, de suspeitas do envolvimento da Precisa em atividades suspeitas no Ministério da Saúde. A CGU solicitou, então, o compartilhamento de informações. A autorização veio em 8 de julho, após decisão judicial.

Gilmar Mendes manda IBGE informar qual a verba necessária para realizar o Censo em 2022

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou na quarta-feira (22) que o IBGE informe à Corte, em 10 dias, qual a verba necessária para realizar o Censo Demográfico no ano que vem.

Pela decisão, o IBGE deverá ainda apresentar documentação que comprove que fez pedidos ao governo federal dos créditos orçamentários suficientes.

A pesquisa populacional voltou a ser alvo de uma disputa judicial após o Supremo ser informado pelo estado do Maranhão de que o governo federal estaria descumprindo a decisão tomada pelo tribunal em maio deste ano, que estabeleceu que a pesquisa demográfica deve ser feita em 2022 para que isso aconteça, devem ser reservados recursos no Orçamento e tomadas providências administrativas.

Segundo o governo estadual, a proposta de Orçamento da União encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional prevê R$ 2 bilhões de reais para a realização do estudo. Mas, em comunicado, o IBGE que realiza o trabalho afirmou que seriam necessários, pelo menos, R$ 2,292 bilhões. Ainda segundo o governo local, o instituto teria comunicado à Junta Orçamentária, que elabora o documento, que o dinheiro era insuficiente, mas não teve respostas sobre como seria sanado o déficit.

“Em síntese, a proposta orçamentária enviada pela União ao Congresso Nacional apresenta dotação orçamentária insuficiente para a realização dos Censos e, deste modo, descumpre a ordem expedida por esta Corte que determinou ao Ente Central da Federação a adoção de todas as medidas legais necessárias para viabilizar a pesquisa censitária, inclusive no que se refere à previsão de créditos orçamentários para a realização das despesas públicas”, diz o governo do Maranhão.

Senado aprova PEC da reforma eleitoral

O Senado aprovou na quarta-feira (22) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 28/2021, que traz mudanças em regras eleitorais. Dentre elas está a contagem em dobro dos votos dados a candidatos negros, índios e mulheres para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030. O texto segue para promulgação.

A PEC aprovada no Senado também abre uma possibilidade para deputados e vereadores não perderem o mandato se deixarem os partidos, desde que haja anuência das legendas para essa saída. Além disso, fica prevista a mudança na data das posses de presidente da República e governadores. No caso do primeiro, a posse passaria para o dia 5 de janeiro, com governadores tomando posse no dia seguinte. Essa mudança valerá a partir da eleição de 2026.

A relatora da PEC no Senado, Simone Tebet (MDB-MS), decidiu manter em seu relatório apenas os pontos em consenso entre os senadores e os deputados, que já haviam apreciado o texto. Durante o dia, em reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ficou pacificado que a adoção apenas das questões consensuais evitaria um retorno do texto à Câmara.

Outro trecho mantido foi a possibilidade de realização de plebiscitos municipais durante o processo eleitoral. A ideia é utilizar a estrutura já dispensada nas eleições em plebiscitos que sejam necessários em determinado município. Essa ideia é empregada, por exemplo, nas eleições dos Estados Unidos.

Desconfiança na Presidência da República sobe para 50%, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha publicada no site do jornal “Folha de S.Paulo” na madrugada de sexta-feira (24) aponta que a parcela dos brasileiros que não confiam na Presidência da República atingiu 50%. Na pesquisa anterior, feita em julho de 2019, esse percentual era de 31%.

A fatia dos que dizem não confiar no Supremo Tribunal Federal (STF) também subiu: foi de 33% em julho de 2019 para 38%. No Congresso, a desconfiança foi de 49%, naquele ano, para 45% agora.

Na pesquisa anterior, de julho de 2019, percentual era 31%. Parcela da população que diz não confiar no STF também subiu. Datafolha ouviu presencialmente 3.667 pessoas em 190 municípios brasileiros, entre 13 e 15 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Presidência da República

Confia muito: 16% (28% em julho de 2019 e 29% em abril de 2019)

Confia pouco: 33% (40% em julho de 2019 e 41% em abril de 2019)

Não confia: 50% (31% em julho de 2019 e 29% em abril de 2019)

STF

Confia muito: 15% (17% em julho de 2019 e 18% em abril de 2019)

Confia pouco: 44% (47% em julho de 2019 e 46% em abril de 2019)

Não confia: 38% (33% em julho de 2019 e 32% em abril de 2019)

Senado: falta de quórum adia votação de PEC sobre cargos comissionados

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu não submeter à votação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 46/2019, que traz regras mais rígidas para a ocupação de funções de confiança e cargos em comissão. Ele abriu a sessão hoje (23), mas o baixo quórum o fez recuar no andamento da pauta. Havia ainda quatro itens na pauta; todos deverão voltar ao plenário na próxima semana. No caso da proposta de emenda à Constituição, o baixo quórum preocupava mais, porque sua aprovação depende do voto de três quintos do total de senadores, ou seja, 49, em dois turnos. Não havia na sessão senadores o suficiente para votar uma PEC.

A PEC, de autoria do senador Arolde de Oliveira, falecido vítima da covid-19 no ano passado, prevê que os ocupantes dessas funções e cargos provem sua idoneidade moral e reputação ilibada e que não estejam enquadrados em hipóteses de inegibilidade previstos pela lei da Ficha Limpa. Atualmente, não há nenhuma restrição à ocupação de cargos em comissão. A única citação a esse respeito na Constituição diz que a lei deve fixar percentuais mínimos destinados a servidores de carreira.

Já as funções de confiança devem ser ocupadas exclusivamente por servidores efetivos. O relator da PEC, Antonio Anastasia (PSD-MG), apenas retirou do texto a exigência de comprovação documental de idoneidade moral. Segundo Anastasia, o procedimento de investigação social, já aplicado por órgãos públicos no processo de admissão por concurso público, atende esse requisito. Dessa forma, o ônus de realizar a investigação social é do contratante, e não da pessoa que pretende ocupar o cargo ou função. “A averiguação que fizemos leva a crer que seria mais adequado adotar uma redação mais genérica tendo em vista que hoje existe a figura da investigação social, que é feita pelo órgão que nomeia, e não mais de responsabilidade daquele que vai ocupar o cargo”, disse Anastasia hoje, em sua manifestação sobre a proposta antes do encerramento da sessão.

Para o senador mineiro, a PEC traz um componente moralizador do serviço público, ao restringir o acesso a cargos em comissão e funções de confiança. “A proposta é muito positiva, adequada e pretende a moralização do provimento das funções de confiança e dos cargos de comissão no que tange essa comprovação. E, mais do que isso, excluir da possibilidade do provimento dessas funções as pessoas que estejam eventualmente inelegíveis pela chamada lei da Ficha Limpa.”

Raphael Afonso Godinho de Carvalho é novo diretor-presidente do IRB-Brasil

O IRB-Brasil Resseguros informa que finalizou o processo de seleção do novo diretor-presidente da companhia e elegeu Raphael Afonso Godinho de Carvalho para o cargo. O novo executivo tomará posse em 1º de outubro de 2021, com mandato unificado com os demais membros da diretoria Estatutária até 2 de julho de 2023.

O ressegurador lembra que a eleição de Raphael de Carvalho foi precedida de um amplo, profundo e detalhado processo de seleção, com auxílio de empresa de consultoria especializada. “Raphael de Carvalho tem larga experiência nos setores financeiro e de seguros, tendo uma carreira de mais de 30 anos em instituições de grande porte”, destaca.

O executivo é graduado em Matemática e Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem um MBA em Finanças na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e especializações na Kellog School of Management e em Harvard, ambas nos EUA.

Nos últimos seis anos e meio, Carvalho ocupou o cargo de presidente da seguradora Metlife para o Brasil e Colômbia. Antes disso, foi Country Manager da Visa para a América Latina e Caribe e o sócio líder da consultoria Accenture para a Prática de Seguros. Também teve passagens pelo Unibanco (onde foi responsável pelo Fininvest, Unibanco Capitalização e Unicard), BTG (SA:BPAC11), Nationwide Financial e Russel Reynolds.

“A chegada de Raphael de Carvalho para ocupar o cargo de diretor presidente é a mais recente etapa do processo de reestruturação e transformação pela qual a companhia vem passando”, destaca em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Segundo o IRB, Wilson Toneto, que ocupa o cargo de forma interina desde março de 2021, permanecerá como diretor vice-Presidente Técnico e de Operações.

Magalu chega a 100 mil varejistas no marketplace e oferece ecossistema de serviços

O Magalu chegou a 100 mil vendedores em setembro. Dentre eles, cerca de 40% são os chamados Parceiros Magalu, pequenos e médios varejistas de todo o país que ingressaram na plataforma após o início da pandemia de Covid-19.

As lojas físicas do Magazine Luiza tiveram um papel fundamental no aumento desses colaboradores, uma vez que seis em cada dez novos sellers foram captados por esse canal. Os espaços também fazem parte do projeto Agência Magalu, que orienta o comércio local sobre as vantagens da digitalização e auxilia na logística desses negócios.

“Nossas lojas físicas hoje funcionam como agências dos Correios. Após serem deixados pelo seller em uma das lojas da rede, os produtos vendidos digitalmente entram em nossa malha logística”, diz Leandro Soares, diretor-executivo de marketplace do Magalu.

Todos os varejistas que usam o sistema da Magalu são empresas ou empreendedores formais, ou seja, representam CNPJs verdadeiros e ativos verificados pela companhia. Para vender pela plataforma, eles têm que cumprir as regras da companhia, que não aceita a venda de produtos sem a emissão de nota fiscal eletrônica e proíbe produtos piratas, falsificados e roubados.

Além dos pontos de vendas, os Parceiros Magalu também tem acesso ao Magalu Pagamentos, ao Magalu Entregas e às recém-lançadas maquininhas de cartão Magalupay, com direito a uma conta digital. A empresa, em parceria com a Hub Fintech, também oferece um sistema de crédito para os varejistas do marketplace. Com ele, os sellers podem realizar empréstimos sem necessidade de garantia e com taxas de juros competitivas. O ecossistema de serviços é completado com o Magalu Ads, que auxilia na divulgação dos produtos, possibilitando publieditorial nos portais Canaltech, Steal de Look e Jovem Nerd, e Product Placement com a Lu, a “garota propaganda” da Magazine Luiza.

Cosan anuncia a compra de fatia na Radar por R$1,5 bilhão

O conglomerado Cosan fechou contrato com a Mansilla Participações para comprar uma fatia adicional na gestora de propriedades agrícolas Radar por um valor líquido de 1,479 bilhão de reais.

Segundo fato relevante publicado na noite de segunda-feira, o acordo assinado com a Mansilla, veículo do fundo de investimento TIAA (Teachers Insurance and Annuity Association of America), dará à Cosan mais de 50% do total do capital social da Radar, após a conclusão da aquisição e de uma reorganização societária.

A companhia deverá fazer a aquisição por meio da estrutura de Fundo de Investimentos anunciada em fato relevante em 23 de agosto de 2021.

“Este movimento está alinhado à estratégia de alocação de capital da Cosan, reforçando o compromisso da companhia com o desenvolvimento do agronegócio brasileiro e com a criação de valor para seus stakeholders”, disse a Cosan, destacando que a Radar tem “capacidade para investir em ativos com alto potencial produtivo no Brasil”.

Por meio de um sistema de geomonitoramento via satélite, a Radar detém e administra cerca de 390 propriedades rurais com um total de 96.000 hectares, dedicados ao cultivo de cana-de-açúcar, soja, algodão, milho e outros nos Estados de São Paulo, Maranhão, e Mato Grosso.

Plataforma de comércio de carros usados Kavak recebe investimento de US$ 700 milhões

A plataforma digital de comércio de carros usados Kavak informou na quarta-feira (22) que recebeu um investimento de 700 milhões de dólares, com a empresa sediada no México agora fazendo planos para expansão além da América Latina.

O anúncio acontece apenas cinco meses após a companhia ter recebido outro aporte, de 485 milhões de dólares, que precedeu sua estreia no Brasil. Com a nova rodada, a Kavak afirmou que sua avaliação dobrou, para 8,7 bilhões de dólares.

No último ano, a Kavak aumentou o número de funcionários de 300 para mais de 5 mil na América Latina, com ênfase em México, Brasil e Argentina.

Em comunicado, a Kavak afirmou que o dinheiro novo “permitirá que a empresa impulsione e acelere seu plano de crescimento e expansão em mercados emergentes em todo o mundo”.

A rodada foi liderada pela General Catalyst e incluiu Tiger, Spruce House, D1, SEA, Founders Fund, Ribbit e Softbank.

Vale anuncia Gustavo Pimenta como novo CFO; Luciano Siani assumirá divisão de Estratégia

A Vale informou que o então CFO da AES Gustavo Pimenta assumirá a vice-presidência executiva de Finanças e Relações com Investidores da mineradora, com a mudança de Luciano Siani para o cargo de vice-presidente executivo de Estratégia e Transformação de Negócios, conforme comunicado divulgado.

Siani está à frente da divisão financeira desde 2012 e agora será o responsável por liderar iniciativas para posicionar a Vale para o futuro, agregando as áreas de Exploração Mineral, Desenvolvimento de Negócios, Inovação e Transformação Digital, além de outros desafios, disse a empresa.

A vice-presidência executiva também deverá integrar os esforços de transformação da companhia para atingir suas ambições de ser “benchmark” em segurança, operador confiável de classe mundial, organização orientada a talentos, líder na mineração de baixo carbono e referência em criação e compartilhamento de valor, adicionou a Vale.

As mudanças serão efetivas a partir de 1º de novembro.

“Luciano conhece profundamente a companhia e a indústria e tem o respeito e a admiração da organização e de nossos parceiros de negócio. É um grande nome para liderar a construção de nosso futuro e nos traz a segurança, também, de que o crescimento se dará com disciplina de capital”, afirmou em nota Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale.

Já Pimenta atuava há 12 anos na norte-americana AES, como CFO global nos últimos três anos, tendo anteriormente exercido as funções de CFO de diversas unidades de negócio no Brasil e no exterior. Previamente ocupou as posições de diretor de Planejamento e Estratégia e vice-Presidente de Performance e Serviços.

Segundo Bartolomeo, “Gustavo representa uma relevante adição ao Comitê Executivo, trazendo sua experiência global e uma visão renovada aos nossos negócios”.

Presidente da Transpetro renuncia ao cargo; diretor de Serviços deve assumir

O Conselho de Administração da Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, recebeu carta de renúncia de Gustavo Raposo do cargo de presidente da companhia com efeitos a partir de 24 de setembro, informou a petroleira em comunicado ao mercado.

O Conselho agora deliberará sobre a nomeação do diretor de Serviços da Transpetro, Luiz Eduardo Valente, para assumir o posto à frente da companhia, observada a governança de indicações da Petrobras, disse a empresa.

Graduado em Engenharia Química e pós-graduado em Engenharia de Processamento de Petróleo, ambos na UFRJ, Valente iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, onde atuou em diversos cargos, como gerente geral das refinarias Repar/PR e Revap/SP, e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA).

Ocupou também a função de gerente executivo de Gás-Química e Liquefação na área de Gás e Energia, de gerente executivo corporativo de SMS, dentre outras funções.

Gol precifica emissão de US$ 150 milhões

A Gol informou na sexta-feira (24) que precificou uma emissão de 150 milhões de dólares em bônus com garantia, com juros de 8% ao ano e vencimento em 2026.

Segundo a companhia aérea, a operação reabre emissão de dezembro de 2020 e em 11 de maio de 2021, nos valores de 200 milhões e 300 milhões de dólares, respectivamente.

O preço de emissão mais recentes é 100,75% do valor de face, representando uma taxa de retorno até o vencimento de 7,728%.

Os papéis terão como garantia patentes, marcas, nomes de domínios e peças de reposição de aeronaves.

“A Gol utilizará os recursos oriundos da oferta das notes adicionais para finalidades corporativas em geral, incluindo aquisições oportunas de aeronaves e capital de giro”, afirmou a empresa em fato relevante.

Em segunda aquisição no País, Kraft Heinz leva a marca centenária Hemmer

Em sua segunda aquisição no Brasil, a gigante de alimentos Kraft Heinz, controlada pelo 3G Capital, do trio Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, além do megainvestidor Warren Buffett, deu mais um passo para crescer fora dos EUA, onde ainda concentra cerca de 80% das vendas. Sem abrir os valores da transação, anunciou a compra da centenária Hemmer, companhia catarinense focada na produção de molhos, condimentos e conservas. A operação vem ao encontro do processo de reorganização da empresa e acelera sua estratégia de avançar nos mercados emergentes.

A Hemmer, sediada em Blumenau (SC), tem uma atuação considerada complementar à da compradora. A companhia, que tem cerca de 700 funcionários, teve receita de pouco mais de R$ 370 milhões no ano passado, conseguindo crescer mesmo em meio à pandemia. “O Brasil está ganhando muito protagonismo nos últimos três anos para a companhia e uma aquisição no País faz muito sentido”, comenta o presidente da Kraft Heinz no Brasil, Fernando Rosa, que assumiu o cargo há dez meses.

A aquisição, que já vinha sendo trabalhada antes de Rosa assumir o posto, reforça a presença da empresa por aqui, que passará a ter uma prateleira de produtos mais completa. A Hemmer, que assim como a Heinz tem ketchup, mostarda e maionese no portfólio, atua no segmento de preço médio, enquanto a marca Heinz está no “premium”, e a Quero, adquirida em 2011, no econômico.

Além do caráter complementar em preços, com a aquisição a Heinz ingressa em um novo mercado, ainda muito pulverizado no Brasil, e que pode representar uma importante avenida de crescimento: o de conservas. E a Hemmer, fundada pelo imigrante alemão Heinrich Hemmer em 1915, iniciou o negócio vendendo chucrute que ele mesmo produzia.

Conhecida nos supermercados no Sul do País e em São Paulo, a Hemmer não está disponível em todas as regiões do País. Presente hoje em 20 mil pontos de venda, a marca, após concluída a transação, vai se beneficiar ainda da rede de distribuição e modelo de atendimento da Kraft Heinz, incluindo o canal de fornecimento para bares e restaurantes.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu na quarta-feira (22), por unanimidade, subir a taxa básica de juros da economia (Selic) em um ponto percentual, de 5,25% para 6,25% ao ano, o maior patamar desde julho de 2019, quando a Selic estava em 6,5% ao ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 8,25%, ante 8,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), a projeção para o IGP-M ficou em 18,18%, ante 18,21% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi a 1,14% em setembro, 0,25 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de agosto (0,89%). Esse foi o maior IPCA-15 desde fevereiro de 2016 (1,42%) e o maior para um mês de setembro desde 1994. Já o IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi a 2,77%, enquanto, em igual período de 2020, a variação havia sido de 0,98%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 7,02% e, em 12 meses, de 10,05%, acima dos 9,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2020, a taxa foi de 0,45%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 8,45%, ante 8,35 apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços do país) em 5,3% para 2021 e em 2,5% para 2022. As projeções constam em Nota Informativa divulgada na quarta-feira (22).

Segundo a pasta, as projeções fundamentam-se na recuperação da crise causada pela pandemia, no bom carregamento estatístico que o crescimento do PIB deste ano deve levar para o ano que vem, no aumento do investimento privado, na consolidação fiscal, taxa de poupança mais elevada, reformas econômicas, retomada do setor de serviços e do mercado de trabalho informal. 

“Em relação ao carrego e crescimento na margem, deve-se observar que, caso o cenário da SPE de crescimento do PIB se confirme, o aumento de 5,3% deste ano proporcionará um carrego aproximado de 1,2% para 2022 [levando em conta a diferença com a queda de 4,1% do PIB em 2020]. Considerando um crescimento trimestral médio de 0,5%, o PIB aumentará em 2,4%”, diz a nota.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (27), A projeção para o PIB ficou em 5,04%, ante 5,04% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (20), o Ibovespa fechou em queda, com investidores na expectativa quanto a provável default da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês, azedou o humor dos investidores ao redor do mundo na segunda-feira (20), em semana marcada também pela cautela para decisão e sinalização de política monetária do Federal Reserve, nos Estados Unidos, e aqui, pela do Copom, na quarta-feira (22). O índice Ibovespa teve queda de 2,33%, a 108.843,74 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,7 bilhões.

Na terça-feira (21), o Ibovespa fechou em alta, acompanhando uma reação em praças internacionais diante de análises mais conservadoras sobre o impacto de um iminente calote da incorporadora Evergrande no setor imobiliário chinês. O índice Ibovespa teve alta de 1,37%, a 110.334,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 28 bilhões.

Na quarta-feira (22), o Ibovespa fechou em alta, refletindo alívio de investidores com medidas do governo chinês para evitar pânico no setor imobiliário e após a autoridade monetária dos Estados Unidos indicar gradual redução de estímulos à economia, em linha com o esperado. O índice Ibovespa teve alta de 1,84%, a 112.282,28 pontos. O volume financeiro somou R$ 36 bilhões.

Na quinta-feira (23), o Ibovespa fechou em alta, o terceiro ganho consecutivo, o que não era visto desde julho. Em meio à crise de solvência da Evergrande, segunda maior incorporadora do país, resultou em novo dia de retomada do apetite por risco no exterior, com os mercados globais assimilando relativamente bem, desde ontem, a orientação do Federal Reserve sobre a retirada, em breve, de estímulos monetários nos Estados Unidos. Aqui, o compromisso do Copom em combater inflação com alta da Selic também é bem considerado. O índice Ibovespa teve alta de 1,59%, a 114.064,36 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,1 bilhões.

Na sexta-feira (24), por volta das 13h21, o índice Ibovespa operava em queda de 0,62%, a 113.361,49 pontos. Além da expectativa de pressão negativa nas ações ligadas ao setor metálico, as relacionadas ao consumo também podem ser penalizadas, após mais um dado alto de inflação. O IPCA-15 subiu 1,14% em setembro, após ter avançado 0,89% em agosto, o resultado ficou no teto das estimativas do mercado financeiro. A postura defensiva externa e esperada na B3 reflete um misto de cautela pelo fim de semana que se aproxima e os temores relacionados à crise de liquidez da Evergrande. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,69%, fechando a 113.282,67 pontos. O volume financeiro somou 29,6 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (24), por volta das 13h19, o dólar registrava alta de 0,48%, cotado a R$ 5,3350 na venda. Os investidores avaliavam as perspectivas para a política monetária brasileira à medida que digeriam dados de inflação mais fortes do que o esperado para setembro. Com o “risco Evergrande” reavivado no mercado internacional, os investidores voltam a buscar posições defensivas e o que se vê é o fortalecimento generalizado do dólar na manhã de sexta-feira (24), inclusive no Brasil, onde a divisa acumula alta de 2,66% em setembro. Sem a confirmação de que a gigante chinesa tenha feito o pagamento de juros programado para ontem, os negócios voltam a ecoar temores de um possível colapso da incorporadora.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (24) cotado a R$ 5,3438, maior nível de fechamento desde 23 de agosto (R$ 5,3820). Em setembro, o dólar acumula valorização de 3,32%.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Agência IBGE

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
27/09/2021