Cenário Econômico Internacional – 15/10/2021

Cenário Econômico Internacional – 15/10/2021

Cenário Econômico Internacional – 15/10/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • G20 só alcançou unanimidade sobre acordo tributário global no último minuto, diz fonte da Alemanha
  • Dívida de países pobres sobe 12% e bate recorde de US$ 860 bilhões em 2020 – Banco Mundial
  • Alegações de manipulação de dados contra chefe do FMI são insuficientes, diz fonte francesa
  • Formuladores de política econômica precisam balancear apoio contínuo com análise de risco, diz FMI
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Argentina acertou apoio à redução em 10% da tarifa do Mercosul, diz Guedes
  • Secretária do Tesouro dos EUA acredita que Congresso aprovará imposto mínimo global
  • Violência no Chile faz Piñera declarar estado de emergência no sul do país
  • Autoridades do Fed consolidam expectativas de redução de estímulo em novembro
  • Câmara dos EUA dá aprovação final a aumento do teto da dívida e evita calote
  • Número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA se aproxima do anterior à pandemia
  • Bank of America supera previsão de lucro com mais crédito e reversão de provisões
  • México comemora a abertura da fronteira com os Estados Unidos em novembro, a mais movimentada do mundo
  • Mercado acionário europeu
  • Com recorde de mortes, Rússia suspende testes de foguete para preservar oxigênio a pacientes com Covid
  • Tribunal superior da UE começa a examinar disputa entre Hungria e Polônia sobre mecanismo de Estado de Direito
  • Parlamento britânico aponta resposta do governo à pandemia como um dos maiores fracassos do Reino Unido
  • Macron anuncia 30 bilhões de euros para reindustrializar a França
  • Rússia diz que não há progresso nas negociações com os EUA sobre impasse
  • Produção industrial da zona do euro cai em agosto sobre julho como esperado
  • Espanha quer empréstimo de US$1,5 bilhão de fundo da UE para plano de carro elétrico
  • França estenderá estado de emergência Covid-19 até julho de 2022
  • Mercado acionário na Ásia
  • China pressiona EUA para cancelar tarifas em teste de compromisso bilateral
  • ‘Taiwan não será forçada a se curvar à China’, diz presidente Tsai em discurso para o feriado do Dia Nacional
  • China: em dificuldades, incorporadora Fantasia perde dois membros do conselho
  • Kim Jong Un promete construir militares norte-coreanos ‘invencíveis’
  • A China afirma que garantirá o abastecimento de energia ao mesmo tempo em que atende às metas climáticas
  • Japão dissolve o parlamento, preparando o cenário para as eleições gerais de 31 de outubro
  • A inflação nas fábricas da China atinge a maior alta em 25 anos
  • Nenhum país árabe foi impedido de entrar no Reino Unido após mudanças na lista vermelha
  • Talibãs se reúnem nesta terça com representantes de EUA e EU
  • Egito entrega a presidência do comitê regional da OMS à Líbia
  • Delegação do Talibã desembarca na Turquia para as primeiras negociações de alto nível
  • Falta de estoques, investimentos e coordenação atingem mercado de gás natural

G20 só alcançou unanimidade sobre acordo tributário global no último minuto, diz fonte da Alemanha

Um grupo de 136 países definiu nesta sexta-feira uma alíquota mínima de imposto global de 15% para as grandes empresas e buscou tornar mais difícil que elas evitem a tributação, em um acordo histórico que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ter equilibrado o campo de jogo.

O acerto visa encerrar uma guerra fiscal que já dura quatro décadas, ao estabelecer um piso para países que buscam atrair investimentos e empregos tributando levemente as empresas multinacionais.

Nem todos os membros do G20 formado pelas principais economias apoiavam a reforma de um imposto global até pouco antes de ele ser finalizado com um acordo entre 136 países na sexta-feira (08), disse nesta segunda-feira (11) uma fonte do governo alemão.

Fazer com que todos os membros europeus envolvidos concordassem com o pacto foi crucial para garantir que ele possa ser implementado em todo o bloco, disse a fonte, acrescentando: “Esse é um passo à frente considerável.”

O acordo busca acabar com uma guerra fiscal de quatro décadas ao determinar um piso para países que buscavam atrair investimento e empregos ao aplicar taxas leves a multinacionais, efetivamente permitindo que elas buscassem alíquotas tributárias baixas.

Dívida de países pobres sobe 12% e bate recorde de US$ 860 bilhões em 2020 – Banco Mundial

O estoque da dívida dos países de baixa renda subiu 12% em 2020, para um recorde de 860 bilhões de dólares, conforme as nações respondiam à crise da Covid-19 com enormes pacotes de estímulo fiscal, monetário e financeiro, disse o Banco Mundial em relatório divulgado na segunda-feira (11).

Segundo o presidente do Banco Mundial, David Malpass, o documento mostrou um aumento dramático nas vulnerabilidades de dívida enfrentadas pelos países de baixa e média renda e pediu medidas urgentes para ajudar esses governos a alcançar níveis de dívida mais sustentáveis.

“Precisamos de uma abordagem abrangente para o problema da dívida, incluindo redução da dívida, reestruturação mais rápida e maior transparência”, disse Malpass em comunicado que acompanha o novo relatório Estatística da Dívida Internacional 2022.

“Níveis de dívida sustentáveis ​​são vitais para a recuperação econômica e redução da pobreza”, acrescentou.

O relatório mostra que o acumulado da dívida externa de países de baixa e média renda aumentou 5,3% em 2020, para 8,7 trilhões de dólares, afetando Estados em todas as regiões.

O documento acrescenta que o aumento da dívida externa ultrapassou a Renda Nacional Bruta (RNB) e o crescimento das exportações, com a proporção dívida externa/RNB, excluindo a China, aumentando cinco pontos percentuais em 2020, para 42%, enquanto a proporção dívida/exportação subiu para 154% em 2020, ante 126% em 2019.

Malpass disse que os esforços de reestruturação da dívida são urgentemente necessários devido ao vencimento, no fim deste ano, da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, na sigla em inglês) do G20, que tem oferecido o diferimento temporário dos pagamentos da dívida.

Carmen Reinhart, economista-chefe do Banco Mundial, disse que os desafios que os países altamente endividados enfrentam podem piorar com o aumento dos juros.

“As autoridades precisam se preparar para a possibilidade de estresse da dívida quando as condições do mercado financeiro ficarem menos benignas, especialmente em mercados emergentes e economias em desenvolvimento”, disse ela.

Alegações de manipulação de dados contra chefe do FMI são insuficientes, diz fonte francesa

As alegações de manipulação de dados contra a chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, não são suficientes para comprometê-la diretamente, disse uma fonte do Ministério das Finanças francês nesta segunda-feira, antes de uma reunião do conselho do Fundo para decidir seu destino.

As alegações de que ela pressionou a equipe do Banco Mundial a alterar dados para impulsionar a classificação da China no relatório “Doing Business” quando ela estava no Banco Mundial estão pairando sobre Georgieva antes do início das reuniões anuais de uma semana do FMI com o Banco Mundial, nesta segunda-feira.

Georgieva nega veementemente as acusações, que datam de 2017.

“Nossa opinião é de que a maioria dos elementos está sobre a mesa, (e) o relatório do escritório de advocacia não detalha elementos precisos que colocariam diretamente a diretora-gerente em questão”, disse a fonte do Ministério das Finanças francês.

“É por isso que a França deu seu apoio à diretora-gerente e gostaria que hoje pudéssemos tomar uma decisão, como disse o conselho, ‘muito em breve’ de dar continuidade ao trabalho do FMI”, acrescentou a fonte.

A França e outros governos europeus defenderam que Georgieva, uma economista búlgara, conclua seu mandato como chefe do FMI, enquanto as autoridades norte-americanas e outros procuraram mais tempo para estudar os diferentes relatos sobre irregularidades nos dados.

Formuladores de política econômica precisam balancear apoio contínuo com análise de risco, diz FMI

Os formuladores de política em todo o mundo estão entrando em uma fase complicada da recuperação da pandemia e devem ter cuidado para prover apoio econômico contínuo sem promover a instabilidade nos mercados financeiros, alertou o Fundo Monetário Internacional.

Quase 20 meses após o início da pandemia global, muitos países, incluindo os Estados Unidos, estão agora pensando em como retirar o extraordinário estímulo dado à economia, um processo que por si só traz riscos de perturbar os mercados globais.

Em seu último Relatório de Estabilidade Financeira Global, o FMI exortou os formuladores de políticas a “agirem decisivamente” e mirarem apoio econômico contínuo adaptado às necessidades de seus países.

A ação imediata e a comunicação clara antes de quaisquer mudanças nas políticas serão essenciais para garantir que o apoio econômico chegue onde é necessário, sem encorajar a inflação ou aumentar a volatilidade, alertou o FMI.

“Os formuladores de políticas são confrontados com um balanço desafiador: manter o apoio de curto prazo para a economia global enquanto evitam consequências não intencionais e riscos de estabilidade financeira de médio prazo”, afirmou o relatório.

O FMI sinalizou alguns “sinais de alerta” iniciais de instabilidade, apontando para o aumento da assunção de riscos financeiros e fragilidades entre instituições não bancárias, como fundos de seguro de vida.

Nas últimas semanas, os mercados foram perturbados por temores de um possível default da gigante imobiliária chinesa Evergrande, bem como pela alta dos preços da energia, que causou o colapso de algumas empresas do setor.

O FMI disse que os formuladores de políticas devem “urgentemente” abordar as fragilidades e os potenciais aumentos na volatilidade do mercado.

“Se não forem verificadas, essas vulnerabilidades podem evoluir para problemas estruturais, colocando em risco o crescimento de médio prazo e testando a resiliência do sistema financeiro global”, afirmou o relatório.

O rápido crescimento das criptomoedas também apresenta vários riscos para investidores e formuladores de políticas, acrescentou o FMI.

Os mercados emergentes podem enfrentar “fluxos de capital desestabilizadores” à medida que as criptomoedas são usadas para contornar as restrições de câmbio e os controles de capital, acrescentou.

Com relação à mudança climática, o FMI disse que os formuladores de políticas devem priorizar uma estrutura regulatória de financiamento sustentável mais robusta – incluindo dados e outros requisitos de divulgação – para encorajar o setor privado a aumentar os investimentos em fontes de energia mais limpas.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em meio ao nervosismo de investidores com a aproximação da temporada de balanços do terceiro trimestre. O índice Dow Jones teve queda de 0,72%, a 34.496,06 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,69%, a 4.361,19 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,72%, a 14.713,73 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em meio ao aumento do nervosismo dos investidores quanto aos resultados do terceiro trimestre das empresas, mas com um salto nas ações da Tesla. O índice Dow Jones teve queda de 0,34%, a 34.378,34 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,24%, a 4.350,65 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,14%, a 14.465,93 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, após oscilarem durante toda a sessão. Investidores repercutiram a temporada de balanços corporativos nos EUA, que começou oficialmente neste dia 13 com os resultados de empresas do setor financeiro. O índice Dow Jones teve queda de 0,053%, a 34.377,81 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,30%, a 4.363,80 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,73%, a 14.571,64 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com um salto nas ações de tecnologia e fortes resultados corporativos trimestrais ajudando investidores a deixarem preocupações com a inflação de lado. Por volta das 12h36, o índice Dow Jones registrava alta de 1,46%, a 34.880,13 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,58%, a 4.432,60 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,83%, a 15.044,29 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 08.10.21 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (08) cotado a R$ 5,5161 com queda de 0,24%. O dólar terminou a sessão no mercado à vista praticamente estável frente à taxa da véspera, com as operações locais replicando um dia de poucas variações nos ativos financeiros internacionais, após a divulgação de dados de emprego nos EUA pouco terem mexido nas apostas sobre corte de estímulos por lá.

Na segunda (11) – O dólar à vista registrou alta de 0,42%, cotado a R$ 5,5384 na venda. Conforme o clima mais arisco no exterior respaldou compras defensivas antes do feriado que fechará os mercados financeiros no Brasil na terça-feira (12). O dólar oscilou entre R$ 5,5404 na máxima e R$ 5,4924 na mínima.

Na terça-feira (12) – Em dia de feriado no Brasil, o dólar se fortaleceu antes os pares nesta terça-feira (12), em meio a um movimento de busca por segurança no exterior e diante das expectativas para a inflação de setembro nos Estados Unidos, que será divulgada na quarta-feira (13). No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 113,58 ienes, o euro recuava a US$ 1,1535 e a libra tinha baixa a US$ 1,3590. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA contra seis rivais, registrou ganho de 0,21%, a 94,516 pontos.

Na quarta-feira (13) – O dólar à vista registrou queda de 0,51%, cotado a R$ 5,5091na venda. Em dia de expectativa pela ata do Federal Reserve, o que mexeu mesmo com o dólar no mercado doméstico de câmbio foi a mão pesada do Banco Central, com o anúncio da oferta de até US$ 1 bilhão em novos swaps cambiais logo após às 15 horas, justamente no momento em que era divulgado o documento do BC americano. O dólar oscilou entre R$ 5,5731 na máxima e R$ 5,5001 na mínima.

Na quinta-feira (14) – Por volta das 13h30, o dólar operava em alta de 0,03% cotado a R$ 5,511 na venda. O dólar operava em leve alta nesta quinta-feira (14), conforme a divisa brasileira recebia suporte de intervenção extraordinária do Banco Central no mercado de câmbio.

Argentina acertou apoio à redução em 10% da tarifa do Mercosul, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a Argentina acertou seu apoio à redução em 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, pleito antigo do Brasil e que é encarado pelo ministro como uma forma de prover alívio à inflação.

Após reunião com o chanceler da Argentina, Santiago Andres Cafiero, Guedes afirmou que a diminuição da tarifa será agora apreciada por Paraguai e Uruguai.

Segundo ele, houve “importante decisão” de que Brasil e Argentina seguirão em direção ao “choque de energia barata”, buscando financiamento de infraestrutura que traga o gás argentino da reserva de Vaca Muerta para o país.

“Nós vamos apoiar a Argentina na infraestrutura, na integração da economia e eles nos apoiam nesse movimento inicial de abertura onde nós vamos baixar as tarifas em 10%”, disse Guedes.

O ministro vinha reiterando em falas públicas a intenção de cortar a TEC em 10% em investida para modernizar o Mercosul, deixando clara a posição antagônica da Argentina e chegando a dizer que quem não fosse não mesma direção que se retirasse do bloco.

Secretária do Tesouro dos EUA acredita que Congresso aprovará imposto mínimo global

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou neste domingo estar confiante que o Congresso norte-americano aprovaria uma legislação para implementar o imposto mínimo corporativo global acordado entre 136 países.

Yellen contou ao programa “This Week”, da emissora de televisão ABC, que as medidas para que os EUA cumpram a taxa mínima global provavelmente estariam incluídas na chamada lei orçamental de reconciliação, que contém as iniciativas de gastos propostas pelo presidente Joe Biden.

Questionada se estava confiante que a medida passaria, Yellen disse: “Sim. Estou confiante que o que precisamos fazer para cumprir a taxa mínima será incluído em um pacote de reconciliação. Espero que passe e que consigamos assegurar ao mundo de que os EUA farão sua parte”.

A manobra parlamentar conhecida como reconciliação orçamentária permitiria aos democratas atuarem sem votos dos republicanos.

Violência no Chile faz Piñera declarar estado de emergência no sul do país

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na terça-feira (12) um estado de emergência em quatro províncias do país por causa da crescente violência na região. A medida tem validade de 15 dias, prorrogáveis por outros 15 (entenda no fim da reportagem o que significa esse estado de emergência).

“Os moradores desse território vivem com constante medo e com uma profunda sensação de estarem indefesos”, afirmou Piñera em pronunciamento.

Todo o Chile, inclusive a capital Santiago, vem passando por distúrbios em meio a um crescente protesto capitaneado por indígenas mapuches, etnia indígena mais populosa no país, com mais de 1,7 milhão de integrantes.

Há manifestações pacíficas, mas a situação é mais preocupante no Sul, onde há registro de bloqueios de ruas, ataques contra maquinário agrícola e incêndio de templos religiosos, uma igreja católica e outra evangélica foram queimadas. Além disso, foram registrados ataques a policiais, que, afirma Piñera, ocorreu com uso de armas de fogo de grosso calibre e tiveram apoio do narcotráfico.

“Este estado de exceção constitucional de emergência é para enfrentar melhor o terrorismo, o narcotráfico e o crime organizado. Em hipótese alguma será contra o povo ou um grupo de cidadãos pacífico”, alegou Piñera.

Ainda falta definir quais medidas serão concretamente tomadas. Com o estado de emergência, o governo chileno poderá declarar toque de recolher e ir além, com a limitação de reuniões e de locomoção nas partes do país onde a imposição estiver em vigor.

Piñera explicou que poderá acionar as Forças Armadas, para que prestem apoio logístico, tecnológico e comunicações. De acordo com o jornal “La Tercera”, o exército poderia também apoiar os trabalhos da polícia, mas o presidente disse que não há a permissão para que os militares substituam outras forças de segurança.

Autoridades do Fed consolidam expectativas de redução de estímulo em novembro

Autoridades do Federal Reserve afirmaram na terça-feira (12) que o banco central está mantendo o ritmo no que se refere ao movimento planejado para reduzir seu programa de compra de títulos, consolidando expectativas de que o Fed começará a retirar seu estímulo da época da crise já no próximo mês.

“Eu acredito que o ‘progresso substancial adicional’ foi mais do que atingido em relação a nosso mandato de estabilidade de preços e também foi atendido em relação a nosso mandato de emprego”, disse o vice-presidente do Fed, Richard Clarida, em declarações preparadas para reunião virtual do Instituto Internacional de Finanças.

Ele repetiu que o Fed, em sua última reunião, concordou que a redução de estímulos “pode ser em breve justificada” e que deve ser concluída em meados do próximo ano.

A avaliação de Clarida provavelmente ecoa a visão de seu chefe, o chair do Fed Jerome Powell, que já afirmou que só precisaria ver um relatório de emprego “decente” em setembro para começar a reduzir as compras de títulos em novembro.

Também na terça-feira (12), o presidente do Fed de Atlanta, Rafael Bostic, disse que o relatório do mês passado apresentou progresso suficiente e endossou o mês de novembro para o início da redução dos estímulos.

“Eu ficaria confortável em começar em novembro”, disse ele em entrevista ao Financial Times. “Acho que o progresso foi feito, e quanto antes começarmos a agir em relação a isso, melhor.”

Esse relatório de emprego, divulgado pelo Departamento do Trabalho na sexta-feira passada, mostrou a criação de 194 mil vagas de trabalho em setembro, bem abaixo das expectativas de analistas, mas revisões para cima nos meses anteriores significam que a economia retomou metade do déficit de empregos mostrado em dezembro.

Câmara dos EUA dá aprovação final a aumento do teto da dívida e evita calote

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada pelos democratas, deu a aprovação final na terça-feira (12) para a legislação que eleva temporariamente o teto da dívida do governo a 28,9 trilhões de dólares, empurrando o prazo para um calote apenas até dezembro.

Os democratas mantiveram a disciplina partidária para aprovar o aumento do limite da dívida em 480 bilhões de dólares por 219 a 206 votos.

O presidente Joe Biden deve promulgar a lei antes de 18 de outubro, data que segundo o Departamento do Tesouro ele não conseguiria mais pagar as dívidas do país se não houvesse uma ação no Congresso.

A aprovação na Câmara afastou preocupações de que os EUA dariam calote pela primeira vez, mas a prorrogação temporária abriu espaço para mais disputas entre os partidos.

“Evitamos temporariamente a crise antes do prazo da próxima semana, mas em dezembro os membros do Congresso precisarão escolher colocar o país à frente do partido e evitar o calote”, disse o democrata Richard Neal.

Os republicanos insistem que os democratas devem assumir toda a responsabilidade pela elevação do limite da dívida porque seu partido quer gastar trilhões de dólares para ampliar programas sociais e lidar com a mudança climática.

Os democratas dizem que o aumento da autoridade de empréstimo é necessário para cobrir os cortes de impostos e programas de gastos durante o governo do ex-presidente Donald Trump, medida a que os republicanos no Congresso deram apoio.

Número de pedidos de seguro-desemprego nos EUA se aproxima do anterior à pandemia

As solicitações de seguro-desemprego nos Estados Unidos caíram para menos de 300.000 na semana passada pela primeira vez desde o início da pandemia, que as elevou para milhões no ano passado, segundo dados oficiais divulgados na quinta-feira (14).

Na semana que terminou na sexta-feira (8), os pedidos foram 293.000 – 36.000 a menos que na semana anterior. O novo número se aproxima dos 256.000 administrados na semana de 14 de março de 2020 na qual a pandemia começou a gerar demissões em massa.

A medida móvel de quatro semanas para o número de solicitações iniciais caiu na semana passada para 334,250 mil, de 344,500 mil pedidos da média registrada na semana anterior. Esse é o menor patamar para a média de quatro semanas desde 14 de março de 2020, quando o número ficou em 225,5 mil solicitações.

Bank of America supera previsão de lucro com mais crédito e reversão de provisões

O Bank of America Corp superou as estimativas de lucro do terceiro trimestre na quinta-feira (14), ao reverter 1,1 bilhão de dólares de provisões e registrar forte crescimento em suas divisões de empréstimos e negociação de ações.

O lucro líquido dos acionistas ordinários aumentou para 7,26 bilhões de dólares, ou 0,85 dólar por ação, ante 4,44 bilhões, ou 0,51 dólar por ação, um ano antes.

Os analistas esperavam, em média, um lucro de 0,71 dólar por ação, de acordo com a estimativa do IBES da Refinitiv.

A receita da divisão de ações do banco cresceu 33%, impulsionada pelo crescimento nas atividades de financiamento a clientes e forte desempenho de trading.

A receita líquida de juros, uma medida de quanto os bancos ganham com os empréstimos, aumentou quase 10%, para 11,09 bilhões de dólares. A receita do Bank of America subiu 12%, para 22,8 bilhões de dólares.

“O crescimento dos depósitos foi forte e os saldos dos empréstimos aumentaram pelo segundo trimestre seguido, levando a uma melhora na receita líquida de juros, mesmo com as taxas de juros permanecendo baixas”, disse o presidente-executivo, Brian Moynihan, em comunicado.

O Bank of America reservou dezenas de bilhões de dólares no ano passado para cobrir possíveis calotes, e vem revertendo à medida que as perspectivas econômicas melhoram. Devido à composição de seu balanço, o BofA é mais sensível entre os grandes bancos dos EUA a mudanças nas taxas de juros.

México comemora a abertura da fronteira com os Estados Unidos em novembro, a mais movimentada do mundo

O presidente mexicano Andres Manuel Lopez Obrador comemorou a decisão dos Estados Unidos de abrir sua fronteira compartilhada em novembro, após mais de 18 meses de restrições à pandemia que custaram bilhões de dólares em perdas econômicas.

Lopez Obrador acrescentou que a data exata para a reabertura ainda está sendo acertada entre os países.

A fronteira terrestre mais movimentada do mundo, onde quase um milhão de pessoas cruzam todos os dias antes do início da pandemia do coronavírus, está fechada para viagens não essenciais desde março de 2020.

“A abertura da fronteira norte foi alcançada, vamos ter normalidade em nossa fronteira norte”, disse Lopez Obrador em sua coletiva de imprensa diária pela manhã.

O secretário de Segurança Interna dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, disse anteriormente que as fronteiras dos Estados Unidos com o Canadá e o México seriam reabertas em novembro para viajantes totalmente vacinados.

O fechamento da fronteira de 1.954 milhas (3.144 km) foi um golpe para as empresas em ambos os lados da fronteira. Apenas nos condados fronteiriços do Texas, a perda de compradores e visitantes mexicanos causou cerca de US$ 4,9 bilhões em PIB perdido em 2020, calculou um relatório do Instituto Baker.

Mais de 950.000 pessoas entraram nos Estados Unidos vindos do México a pé ou de carro em um dia normal, de acordo com dados da agência de Proteção de Alfândega e Fronteira dos Estados Unidos (CBP) de 2019.

O chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, disse que a reabertura da fronteira coincidirá com um impulso para reativar as atividades econômicas na região de fronteira, onde o México tem feito um grande esforço para alinhar as taxas de vacinação com as dos Estados Unidos.

Ele disse que as reuniões econômicas bilaterais de alto nível que ocorrerão em novembro terão como foco a região da fronteira. Outras reuniões serão realizadas nos próximos dias para acertar os detalhes da reabertura.

Ebrard disse que o México vem pressionando fortemente Washington para que a fronteira seja reaberta, incluindo a apresentação de propostas durante uma visita do vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.

Os Estados Unidos “aceitaram muitas propostas que fizemos ao longo do caminho para isso”, disse Ebrard, sem dar detalhes.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (11), as bolsas europeias fecharam mistas, em meio a um volume menor de negociações por conta do feriado de Columbus Day nos Estados Unidos. Ações de companhias ligadas a commodities industriais se destacaram hoje nas praças do Velho Continente, acompanhando as altas nos preços do petróleo e de metais básicos no mercado futuro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,05%, a 457,53 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,16%, a 6.570,54 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,05%, a 15.199,14 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,40%, a 5.537,03 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,63%, a 8.899,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,72%, a 7.146,85 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas europeias fecharam mistas, diante dos temores dos investidores de que o aumento nos preços de commodities vai prejudicar a recuperação dos lucros corporativos. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,07%, a 457,21 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,34%, a 6.548,11 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,34%, a 15.146,87 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,46%, a 5.562,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,41%, a 8.935,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,23%, a 7.130,23 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, investidores pesaram dados positivos da economia da China, além de indicadores mistos de economias da UE. A maior parte dos índices sustentou avanços mesmo com o fraco desempenho dos bancos europeus nesta quarta, em meio ao avanço da inflação nos EUA em setembro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,70%, a 460,39 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,75%, a 6.597,38 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,68%, a 15.249,38 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,56%, a 5.593,36 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,12%, a 25.958,69 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,16%, a 7.141,82 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionados por um início positivo da temporada de balanços corporativos nos EUA, com resultados trimestrais melhores que o esperado de alguns dos principais bancos do país. Neste contexto, preocupações quanto a elevada inflação global, após dados de China e EUA, ficaram em segundo plano. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,24%, a 466,12 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,33%, a 6.685,21 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,40%, a 15.462,72 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,49%, a 5.620,72 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,49%, a 8.925,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,92%, a 7.207,71.

Com recorde de mortes, Rússia suspende testes de foguete para preservar oxigênio a pacientes com Covid

A Rússia suspenderá testes de motores de foguetes em um de seus escritórios de design na cidade de Voronezh até o fim do mês para conservar fornecimentos de oxigênio para pacientes com Covid-19, afirmou uma autoridade espacial no domingo (10).

A Rússia, que luta contra um aumento de casos de Covid-19, registrou no sábado 968 mortes relacionadas ao coronavírus, o maior número em um único dia desde o começo da pandemia.

O Kremlin credita a alta ao lento progresso da campanha nacional de vacinação. Autoridades relataram 962 mortes por Covid-19 neste domingo, e mais de 28.600 novos casos.

“Diante da crescente demanda por oxigênio médico para tratar os doentes, decidimos suspender testes de motores de foguetes no Escritório de Designs de Automáticos Químicos até o fim do mês”, afirmou a agência especial da Rússia pelo Twitter.

Tribunal superior da UE começa a examinar disputa entre Hungria e Polônia sobre mecanismo de Estado de Direito

A mais alta corte da União Europeia iniciou suas esperadas audiências examinando o chamado mecanismo de Estado de Direito do bloco.

Em dezembro passado, todos os 27 Estados-membros concordaram em vincular o respeito pelo Estado de Direito ao acesso aos fundos da UE. A Hungria e a Polônia só concordaram com isso se tivessem permissão para contestar esse novo sistema no tribunal de Luxemburgo.

A nova medida legal, ou mecanismo do Estado de direito, como é conhecido, deve permitir a suspensão de fundos da UE para países que comprovadamente os utilizam indevidamente.

Como explica Gwendoline Delbos-Corfield, deputada europeia, esta condicionalidade está apenas relacionada com o mau uso do dinheiro europeu, não com a liberdade dos meios de comunicação ou com a concentração de poder.

“A preocupação do fundo de recuperação é como o dinheiro europeu é usado. É muito simples. Boa gestão do dinheiro público – é dinheiro europeu”, disse Delbos-Corfield ao Euronews. “O fato de todos os Estados-membros europeus aceitarem em conjunto ser solidários e aqueles que têm mais para dar aos que têm menos, significa que precisamos de transparência sobre a forma como este dinheiro está sendo usado. E também para garantir que este dinheiro será usado pelos beneficiários certos.”

Apesar da pressão dos eurodeputados, que ameaçaram entrar com uma ação legal contra a Comissão Europeia, Bruxelas disse anteriormente que não vai usar o mecanismo do Estado de direito até que o Tribunal de Justiça Europeu o aprove.

Mas se e quando receber luz verde, provavelmente será usado em breve contra a Hungria e a Polônia, o que pode resultar em cortes em seus fundos.

Varsóvia e Budapeste já estão tendo seus fundos de recuperação da pandemia retidos por causa de preocupações com a independência judicial e a luta contra a corrupção.

O próximo passo será a publicação de um parecer sobre o mecanismo do Estado de Direito por um advogado-geral, seguido do próprio veredicto do tribunal.

Não há indícios claros de quando isso poderá acontecer, mas, diante da urgência, o tribunal está em processo de tramitação acelerada.

Parlamento britânico aponta resposta do governo à pandemia como um dos maiores fracassos do Reino Unido

O primeiro veredito sobre a resposta do governo britânico à pandemia do novo coronavírus é contundente: trata-se de um dos maiores fracassos da saúde pública de todos os tempos, de acordo com um relatório parlamentar de 150 páginas divulgado na terça-feira (12).

O gabinete liderado por Boris Johnson demorou a agir e a determinar o primeiro bloqueio, controles de fronteiras e rastreamento do vírus, causando mais mortes do que o necessário. O documento foi publicado um ano após a comissão composta por 12 deputados conservadores, oito trabalhistas e dois nacionalistas escoceses ter sido anunciada.

Eles integram o Comitê de Saúde, Assistência Social, Ciência e Tecnologia do Parlamento britânico e apontaram o caminho errado traçado pelo governo: tentar controlar a situação, alcançando a imunidade de rebanho.

Enquanto vizinhos europeus enfrentavam o confinamento, o Reino Unido procurava administrar o surto do novo coronavírus como se fosse uma gripe. Esta abordagem lenta e gradual claramente mostrou-se ineficaz, já que o vírus se propagou rapidamente, custando milhares de vidas, segundo explicita o texto:

“Havia um desejo de evitar um bloqueio por causa do imenso dano que isso causaria na economia, nos serviços normais de saúde e na sociedade. Na ausência de estratégias, como isolamento rigoroso de casos, um teste significativo, operações de rastreamento e controles de fronteira robustos, um bloqueio total era inevitável e deveria ter ocorrido antes.”

Baseado em depoimentos de 50 testemunhas, o documento procura não apontar culpados. Eles deverão surgir na investigação de uma comissão independente de inquérito, prometida pelo premiê britânico para ser lançada no primeiro semestre de 2022.

Esta comissão deverá ser liderada por um juiz, a ser nomeado até o fim do ano, e terá formato diferente em relação ao comitê parlamentar: tem mandato para obter qualquer documento oficial e obrigar o comparecimento de testemunhas.

Macron anuncia 30 bilhões de euros para reindustrializar a França

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou na terça-feira (12) um investimento de 30 bilhões de euros (quase 35 bilhões de dólares) para reindustrializar a França por meio da transição ecológica e digital.

“A estratégia para 2030 deve nos levar a investir 30 bilhões de euros para responder” ao que pode ser considerado “uma espécie de déficit de crescimento da França”, disse Macron, apresentando seu plano ‘France 2030’ a seis meses das eleições presidenciais.

Ao explicar o plano, que acompanha as prioridades da União Europeia (UE) para virar a página da crise econômica causada pela pandemia de coronavírus, o presidente lamentou que a França “por vezes” tenha tomado decisões “15 ou 20 anos depois dos vizinhos europeus”.

“Devemos aumentar a capacidade da economia francesa de crescer através da inovação”, especialmente para “financiar o nosso modelo social”, acrescentou Macron, em discurso a empresários e estudantes no Palácio do Eliseu com ares de pré-campanha eleitoral.

Uma das principais medidas será o investimento de 1 bilhão de euros em pequenos reatores nucleares, uma energia amplamente utilizada na França que não gera gases de efeito estufa, mas cuja utilização no combate às mudanças climáticas divide países e especialistas.

Os países da UE se comprometeram a atingir a neutralidade de carbono até 2050 e, nesse sentido, o chefe de Estado francês quer que a França se torne um “líder do hidrogênio verde” em 2030, o que permitirá “descarbonizar a indústria”.

Outros 4 bilhões irão para o transporte, especificamente para desenvolver uma aeronave de baixo carbono e para produzir cerca de 2 milhões de veículos elétricos e híbridos até 2030, um desafio ao alcance se os grandes fabricantes franceses cooperarem, segundo Macron.

A agricultura também é contemplada neste plano de inovação e descarbonização, com 2 bilhões de euros em investimentos, principalmente no setor da robótica.

“Vamos fazer várias apostas tecnológicas” com base numa “lógica da inovação científica” e na “organização do mercado”, acrescentou o presidente liberal, explicando a “revolução cultural” que propõe em termos de pesquisa na França para 2030.

A França deve “investir em três revoluções: digital, robótica e genética”, destacou o chefe de Estado.

Rússia diz que não há progresso nas negociações com os EUA sobre impasse

As negociações de terça-feira (12) em Moscou entre autoridades russas e americanas para resolver um impasse diplomático terminaram sem qualquer avanço, mas ainda eram “úteis”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores de Moscou.

As discussões realizadas a portas fechadas viram o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, e a subsecretária de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, discutirem uma longa disputa sobre os limites de pessoal da embaixada, entre outras questões.

A reunião vem com os laços de Washington com Moscou sob tensão particular devido a uma longa lista de desentendimentos, incluindo o conflito na Ucrânia, que Ryabkov disse não ter sido discutido.

Ele disse que os dois funcionários não conseguiram progredir no funcionamento das missões diplomáticas, incluindo vistos e rotação de pessoal.

“Os americanos não estão atendendo à nossa lógica ou às nossas demandas”, disse Ryabkov, segundo a agência de notícias estatal RIA Novosti. “Ao mesmo tempo, as palestras foram úteis.”

Ele também alertou que a falta de progresso nas divergências centrais levantou a possibilidade de novas áreas de conflito.

“Há muito pouco progresso quando se trata da parte substantiva dos problemas que existem”, disse Ryabkov, segundo a agência de notícias Interfax. “Existe o risco de novos agravos.”

Os laços entre os ex-inimigos da Guerra Fria deterioraram-se rapidamente depois que Joe Biden aumentou a pressão sobre o Kremlin desde que se tornou presidente dos Estados Unidos em janeiro.

Como parte das sanções tit-for-tat, a Rússia no início deste ano proibiu a embaixada dos EUA em Moscou de empregar cidadãos estrangeiros e designou formalmente os Estados Unidos como um “estado hostil”.

Nuland, que está em uma visita de três dias à Rússia, chegou segunda-feira. Ela deve se encontrar com o assessor de política externa do presidente Vladimir Putin, Yury Ushakov, durante sua visita, disse o Kremlin.

Nuland foi autorizado a viajar para a Rússia, apesar de já ter sido colocado em uma lista de sanções.

Em troca, Washington emitiu um visto dos EUA para um representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Produção industrial da zona do euro cai em agosto sobre julho como esperado

A produção industrial da zona do euro caiu em agosto em relação ao mês anterior conforme esperado, mostraram dados na quarta-feira (13), mas ficaram acima da expectativa na base anual devido um salto na fabricação de produtos ao consumidor não-duráveis.

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que a produção industrial nos 19 países que usam o euro caiu 1,6% em agosto sobre julho, e tiveram alta de 5,1% na comparação anual.

Economistas consultados pela Reuters esperavam a mesma queda mensal, mas projetavam alta anual de 4,7%.

As maiores quedas na comparação mensal foram de 3,9% em bens de capital e de 3,4% em bens de consumo duráveis.

Na base anual, a produção de bens de consumo não duráveis saltou 11,6%, enquanto a de bens intermediários avançou 6,6%.

Espanha quer empréstimo de US$1,5 bilhão de fundo da UE para plano de carro elétrico

A Espanha pedirá um primeiro empréstimo no valor de 1,3 bilhão de euros (1,5 bilhão de dólares) do Mecanismo de Recuperação e Resistência da União Europeia (UE) para financiar um plano de produção de carros elétricos, de acordo com o projeto de orçamento para 2022 apresentado ao Parlamento nesta quarta-feira.

“Dependendo do desempenho das taxas de juros nos próximos meses, pode ser do nosso interesse solicitar mais empréstimos”, disse a ministra do Orçamento, María Jesús Montero, em entrevista coletiva.

Até agora, o governo havia mostrado interesse em solicitar apenas subsídios do esquema de recuperação da UE de 750 bilhões de euros, do qual a Espanha é um dos principais beneficiários.

A Espanha tem direito a cerca de 140 bilhões de euros, metade em doações e metade em empréstimos, até 2026 para ajudar a reaquecer a economia, que foi duramente atingida pelas medidas de isolamento social.

O governo planeja investir 4,3 bilhões de euros para iniciar a produção de veículos elétricos e baterias. O setor privado pode contribuir com mais 19,7 bilhões de euros para a iniciativa até 2023, de acordo com estimativas do governo.

A Espanha espera receber 19 bilhões de euros em subsídios da UE neste ano.

Em 2022, a proposta de orçamento prevê uma transferência de 18 bilhões de donativos do programa de recuperação.

França estenderá estado de emergência Covid-19 até julho de 2022

O governo francês propôs estender o estado de emergência Covid-19 do país até 31 de julho do próximo ano.

Um projeto de lei para a extensão será submetido ao parlamento da França para votação, disse o porta-voz do governo Gabriel Attal.

O atual projeto de lei sobre o estado de emergência na França, que permite ao governo impor restrições relacionadas ao coronavírus, deve expirar em 15 de novembro.

De acordo com as regras atuais, os cidadãos devem usar um passe de saúde Covid-19 para acessar bares, restaurantes, cinemas, teatros e outros locais.

Falando após uma reunião de gabinete, Attal disse a repórteres que o prolongado estado de emergência ajudaria a França a lidar com a crise de saúde.

Mas ele acrescentou que a exigência do passe de saúde seria suspensa “assim que pudermos”.

“Graças a este texto, poderemos tomar todas as medidas necessárias, se necessário”, disse.

“Há um risco não desprezível de ressurgimento da epidemia neste inverno”, acrescentou Attal. “Devemos ficar vigilantes até o próximo verão.”

A França registrou mais de 7 milhões de casos de Covid-19 desde o início da pandemia, com mais de 117.000 mortes.

Até o momento, pelo menos 50 milhões de pessoas receberam uma dose da vacina Covid-19, cerca de 75,5% da população do país.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam mistas, uma vez que as empresas de carvão foram impulsionadas por temores de oferta e os papéis imobiliários ganharam com as medidas de suporte planejadas por algumas cidades. O índice Xangai teve queda de 0,01%, a 3.591,71 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,60%, a 28.498,20 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,96%, a 25.325,09 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,13%, a 4.936 pontos.

Na terça-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam em queda, na China, ações de siderúrgicas e mineradoras mostraram fraqueza, enquanto em Tóquio os setores de tecnologia e varejo puxaram o resultado negativo. O índice Xangai teve queda de 1,25%, a 3.546,94 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,94%, a 28.230,61 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,43%, a 24.962,59 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,06%, a 4.883 pontos.

Na quarta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam mistas, impulsionadas pelas ações de consumo e tecnologia depois que dados comerciais domésticos melhores do que o esperado diminuíram temores de desaceleração econômica alimentados por uma crise de energia e pelo endividamento da China Evergrande Group. O índice Xangai teve alta de 0,42%, a 3.561,76 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,32%, a 28.140,28 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações, o pregão de hoje foi cancelado devido a um alerta de tufão. O índice CSI300 teve alta de 1,15%, a 4.940,11 pontos.

Na quinta-feira (14), as bolsas asiáticas fecharam mistas, seguindo o comportamento de Wall Street ontem, mas um salto recorde da inflação ao produtor (PPI) da China pesou no mercado de Xangai. O índice Xangai teve queda de 0,10%, a 3.558,28 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,46%, a 28.550,93 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações, devido a um feriado. O índice CSI300 teve queda de 0,54%, a 4.913,61 pontos.

China pressiona EUA para cancelar tarifas em teste de compromisso bilateral

A China disse no sábado (09) ter pressionado os Estados Unidos a eliminarem tarifas nas negociações entre as principais autoridades comerciais dos dois países, o que Washington viu como um teste para o acordo bilateral entre as maiores economias do mundo.

As conversas virtuais entre a representante comercial dos EUA Katherine Tai e o vice-premiê da China Liu He seguem o anúncio de Tai na segunda-feira de que ela buscaria conversas “francas” e manteria a China em seus compromissos sob um acordo comercial de “Fase 1” negociado pelo ex-presidente Donald Trump.

“O lado chinês negociou o cancelamento de tarifas e sanções e esclareceu sua posição sobre o modelo de desenvolvimento econômico e as políticas industriais da China”, disse a agência de notícias estatal chinesa Xinhua após as negociações, realizadas na sexta-feira (08), horário de Washington.

Tai pretendia usar a chamada, a segunda entre as duas, para testar se o compromisso bilateral pode atender às reclamações dos EUA sobre as práticas de comércio e subsídios de Pequim, disse um funcionário do USTR, representação comercial dos EUA.

“A embaixadora Tai e o Vice-premiê Liu analisaram a implementação do Acordo Econômico e Comercial EUA-China e concordaram que os dois lados consultariam sobre certas questões pendentes”, disse o USTR em um comunicado.

‘Taiwan não será forçada a se curvar à China’, diz presidente Tsai em discurso para o feriado do Dia Nacional

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse no domingo (10) que o território “continuará a reforçar suas defesas” para garantir a autonomia da ilha frente a pressão da China.

“Não agiremos precipitadamente, mas não deve haver absolutamente nenhuma ilusão de que o povo taiwanês se curvará à pressão”, disse ela.

Ela se pronunciou em uma transmissão veiculada para o feriado do Dia Nacional, data equivalente ao dia da independência para esta província considerada rebelde pelo governo chinês.

Taiwan é uma ilha com 23 milhões de habitantes que se separou da China e tem um governo independente e eleições democráticas.

Mas o governo chinês considera que a ilha pertence ao seu território e ameaça conquistá-la, à força, se necessário.

“Continuaremos a reforçar nossa defesa para garantir que ninguém possa forçar Taiwan a seguir o caminho que a China nos traçou”, afirmou Tsai.

Segundo a presidente taiwanesa, o governo chinês não oferece um modo de vida democrático para Taiwan, nem soberania para seus habitantes.

O governo chinês já entrou com cerca de 150 aviões militares no espaço aéreo de Taiwan (ADIZ) apenas nos primeiros quatro dias de outubro, segundo o Ministério da Defesa taiwanês, uma demonstração de força que é considerada como um ato de intimidação e agressão por vários países.

As incursões bateram recorde diário no sábado (2), com 39 aeronaves, e na segunda (4), com 56 aviões (o maior número já registrado), dos quais 36 eram caças e 12, bombardeiros H-6 com capacidade nuclear.

Os Estados Unidos pediram à China na semana passada que interrompesse as atividades militares “provocativas” e “desestabilizadoras” para a região, pedido que foi ignorado.

China: em dificuldades, incorporadora Fantasia perde dois membros do conselho

Dois diretores não executivos da Fantasia Holdings pediram demissão, dias após a incorporadora chinesa assustar investidores ao não pagar US$ 206 milhões em bônus em dólar que venciam.

As saídas de Ho Man e Priscilla Wong têm efeito imediato, informou a empresa no fim da segunda-feira (11) em Hong Kong. Comunicado da empresa notou que Ho, até então diretor do comitê de auditoria da empresa, “demonstrou preocupação por não ter sido completamente informado sobre certas questões cruciais da economia em um tempo adequado”.

O default da Fantasia, ocorrido em 4 de outubro, ocorre em meio a vendas fracas no setor na China, preocupações com o tamanho dos estoques dessas empresas e temores que vão para além da endividada China Evergrande Group.

A Fantasia tem dito que trabalha com governos locais e outros para resolver seus problemas e contratou uma empresa especialista em reestruturações. A ação da empresa teve negociação suspensa desde 29 de setembro.

Kim Jong Un promete construir militares norte-coreanos ‘invencíveis’

O líder norte-coreano Kim Jong Un analisou os poderosos mísseis desenvolvidos para lançar ataques nucleares no continente dos EUA, enquanto prometia construir um exército “invencível” para lidar com o que chamou de hostilidade persistente dos EUA, informou a mídia estatal.

Em um aparente esforço contínuo para criar uma divisão entre Washington e Seul, Kim também usou seu discurso em uma rara exposição de sistemas de armas na segunda-feira (11) para enfatizar que seu poderio militar não está direcionado à Coreia do Sul e que não deveria haver outro fosso de guerra Povo coreano um contra o outro.

“Os EUA frequentemente sinalizam que não são hostis ao nosso estado, mas não há evidências baseadas em ações para nos fazer acreditar que eles não são hostis”, disse Kim, de acordo com a Agência de Notícias Central Coreana oficial. “Os EUA continuam a criar tensões na região com seus julgamentos e ações erradas.”

Chamando os Estados Unidos de uma “fonte” de instabilidade na Península Coreana, Kim disse que o objetivo mais importante de seu país é possuir uma “capacidade militar invencível” que ninguém pode ousar desafiar.

A exposição, que a KCNA afirma ter como objetivo marcar o 76º aniversário do Partido dos Trabalhadores no governo no domingo (10), foi a primeira de seu tipo desde que Kim assumiu o poder no final de 2011, de acordo com autoridades de Seul. Fotos norte-coreanas mostraram Kim, vestindo um terno escuro, caminhando sobre um tapete vermelho forrado com grandes mísseis montados em caminhões, passando por um sistema de lançamento de foguetes múltiplos e observando jatos voando em formação.

A exposição apresentou uma série de armas recém-desenvolvidas, incluindo mísseis balísticos intercontinentais que a Coreia do Norte já testou ou exibiu durante desfiles militares nos últimos anos, dizem os especialistas.

“Basicamente, a Coreia do Norte quer enviar esta mensagem: Continuaremos a desenvolver novas armas e a nos armar com força nuclear, então não aplique sanções a elas, pois não podemos concordar com os dois pesos e duas medidas’’, disse Yang Wook, um especialista militar.

A China afirma que garantirá o abastecimento de energia ao mesmo tempo em que atende às metas climáticas

A China garantirá o abastecimento doméstico de energia neste inverno e, ao mesmo tempo, garantirá que suas metas de mudança climática sejam cumpridas, disse um funcionário do planejamento estatal na quarta-feira (13).

Os comentários vêm no momento em que várias regiões enfrentam sua pior crise de energia em anos, impulsionada pela escassez de combustíveis para geração de energia, preços recordes do carvão e aumento da demanda por energia, à medida que a atividade manufatureira aumenta na segunda maior economia do mundo.

Algumas fábricas foram forçadas a suspender a produção devido ao racionamento de energia, que alguns analistas acreditam que pode continuar no início do próximo ano.

“O fornecimento de energia da China neste inverno e na próxima primavera está garantido”, disse Zhao Chenxin, funcionário da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma em entrevista coletiva, acrescentando que as metas climáticas de longo prazo da China de pico de carbono até 2030 e neutralidade de carbono até 2060 serão também ser atendido.

Combustíveis de energia térmica, incluindo carvão e gás natural, respondem por cerca de 70 por cento da geração de eletricidade da China, de acordo com o National Bureau of Statistics.

Japão dissolve o parlamento, preparando o cenário para as eleições gerais de 31 de outubro

O Japão dissolveu seu parlamento na quinta-feira (14), preparando o cenário para uma eleição no final do mês que colocará o novo primeiro-ministro Fumio Kishida contra a oposição impopular em uma batalha sobre quem pode consertar melhor a economia devastada pela pandemia.

Kishida goza de apoio público razoável após 11 dias de mandato, mostram as pesquisas, um bom presságio para seu objetivo de manter uma maioria na câmara baixa para seu Partido Liberal Democrático (LDP) e seu parceiro de coalizão do partido Komeito.

Uma pesquisa recente do jornal Sankei mostrou que cerca de 48% dos entrevistados desejam que o novo governo trabalhe com o coronavírus como sua prioridade número 1, seguido pela recuperação econômica e emprego.

O partido de Kishida está promovendo sua pressão por medidas contra o coronavírus, incluindo o fornecimento de um medicamento antiviral oral este ano, bem como sua visão de realizar um “novo capitalismo” que se concentra no crescimento econômico e na redistribuição da riqueza.

“Faremos tudo o que pudermos para combater o coronavírus”, disse Kishida em entrevista coletiva, reiterando os planos do governo de começar a administrar tiros de reforço a partir de dezembro e prometendo fortalecer os hospitais japoneses e sua capacidade de testes.

Kishida também enfatizou a necessidade de ajudar a economia a se recuperar da pandemia e disse que sua maior prioridade seria entregar um pacote de estímulo no valor de “várias dezenas de trilhões de ienes”.

Ele destacou a necessidade de os setores público e privado trabalharem juntos para revitalizar a economia.

“Para alcançar um forte crescimento econômico, não basta confiar apenas na competição do mercado. Isso não trará os frutos do crescimento para a população em geral”, disse Kishida.

A inflação nas fábricas da China atinge a maior alta em 25 anos

Os preços de fábrica da China subiram pela taxa mais alta em pelo menos 25 anos em setembro, dados oficiais mostraram quinta-feira (14), atingidos pelo aumento do custo do carvão.

O índice de preços ao produtor (PPI), que mede o custo dos produtos na porta da fábrica, aumentou 10,7% no ano, de acordo com o National Bureau of Statistics.

Foi o nível mais alto registrado nos dados do NBS, que remonta a outubro de 1996.

Os números vieram depois que a inflação na fábrica saltou para uma alta de 13 anos em agosto, refletindo um aumento nos preços das commodities, aumentando a pressão sobre as empresas que já lutavam com o racionamento de energia no mês passado que afetou a produção.

“Em setembro, afetado por fatores como o aumento dos preços do carvão e alguns produtos da indústria com uso intensivo de energia, o aumento dos preços dos produtos industriais continuou a se expandir”, disse o estatístico sênior da NBS Dong Lijuan em um comunicado.

Dong acrescentou que entre os 40 setores industriais pesquisados, 36 viram os preços subir, incluindo a mineração de carvão, que viu uma alta de 74,9%.

Enquanto isso, o índice de preços ao consumidor (IPC), um indicador chave da inflação no varejo, ficou em 0,7% no ano, ligeiramente abaixo da leitura de 0,8% de agosto.

O NBS disse que os preços da carne suína, que alimentaram um aumento no IPC anteriormente, caíram 46,9% em uma base anual.

Nenhum país árabe foi impedido de entrar no Reino Unido após mudanças na lista vermelha

A Grã-Bretanha removeu mais 47 países de sua “lista vermelha” de viagens, incluindo os últimos três estados árabes que estavam na lista, o que significa que as chegadas desses países não precisarão mais pagar por caras quarentenas em hotéis.

Sudão, Tunísia e Somália foram removidos ao lado de outros 44 países na segunda-feira (11).

Pessoas totalmente vacinadas que entram no Reino Unido de países fora da lista vermelha agora só precisarão fazer um teste Covid-19 no segundo dia após a chegada, custando cerca de US$ 100. Sete países permanecerão na lista vermelha, todos na América Latina.

O secretário de transporte, Grant Shapps, disse: “Estamos facilitando a reunião de famílias e entes queridos, reduzindo significativamente o número de destinos na lista vermelha, em parte graças ao aumento dos esforços de vacinação em todo o mundo.’’

“Restaurar a confiança das pessoas nas viagens é a chave para reconstruir nossa economia e nivelar este país. Com menos restrições e mais pessoas viajando, todos nós podemos continuar avançando com segurança em nosso caminho de recuperação.”

Os danos econômicos ao setor de viagens da Grã-Bretanha causados ​​por fortes restrições à entrada e o declínio do turismo global foram severos.

Stewart Wingate, CEO do Aeroporto de Gatwick, um dos centros de transporte mais movimentados da Grã-Bretanha, que está perdendo cerca de £ 1 milhão (US $ 1,36 milhão) por dia, disse ao Daily Mail: “Embora saudemos a remoção de muitos países da lista vermelha de viagens, ainda precisamos simplificar ainda mais as regras de viagem atuais, removendo todos os requisitos de teste para passageiros totalmente vacinados, garantindo o reconhecimento de bom senso das vacinas emitidas no exterior e removendo o complicado Formulário de Localizador de Passageiros.”

Todas as entradas para o Reino Unido ainda precisam preencher o formulário, um documento extenso projetado para garantir que os casos de Covid-19 que entram na Grã-Bretanha possam ser rastreados e os passageiros da lista vermelha colocados em quarentena.

Talibãs se reúnem com representantes de EUA e UE

Autoridades da União Europeia e dos Estados Unidos se reúnem na terça-feira (12), no Catar, com líderes do Talibã, que continuam seus esforços diplomáticos para obter apoio internacional.

Após tomar o poder no Afeganistão em agosto, o novo regime radical islâmico não foi reconhecido por nenhum país.

Diante da paralisia da economia e da iminência de uma grave crise humanitária no país – totalmente dependente da ajuda internacional após 20 anos de guerra – os talibãs se esforçam para romper o isolamento diplomático.

Os representantes americanos e europeus começaram a reunião com os delegados do Talibã nesta manhã, de acordo com um fotógrafo da AFP. Este é o primeiro encontro do tipo desde a tomada de Cabul.

Depois de uma reunião com representantes americanos no fim de semana em Doha, Amir Khan Muttaqi, ministro em exercício do Talibã para as Relações Exteriores, anunciou na segunda-feira (11) uma reunião no dia seguinte com “representantes da UE”.

“Queremos ter uma relação positiva com todo o mundo. Acreditamos em relações internacionais equilibradas. Acreditamos que essas relações equilibradas podem salvar o Afeganistão da instabilidade”, acrescentou em uma coletiva de imprensa.

A reunião de Doha também conta com representantes dos Estados Unidos, segundo a porta-voz da UE, Nabila Massrali.

De acordo com Massrali, essas negociações devem “permitir que os Estados Unidos e os europeus discutam questões” como a liberdade de movimento de pessoas que desejam deixar o Afeganistão, o acesso à ajuda humanitária e os direitos das mulheres.

Na segunda, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, denunciou as promessas não cumpridas do Talibã em relação às mulheres e meninas.

Ele exortou os fundamentalistas a “cumprir suas obrigações de acordo com os direitos humanos internacionais e o direito humanitário”.

Outro assunto a ser abordado, de acordo com a representante europeia, é como evitar que o Afeganistão se torne um santuário para grupos “terroristas”.

Enviado da UE visitará o Irã em meio a negociações nucleares

O enviado da UE encarregado de coordenar as negociações para reviver um conturbado acordo nuclear entre o Irã e as grandes potências deve visitar Teerã na quinta-feira (14), disse o Ministério das Relações Exteriores iraniano.

A visita de Enrique Mora “é um seguimento das consultas entre os dois lados sobre questões de interesse comum, particularmente as relações Irã-UE, Afeganistão e o acordo nuclear”, disse um comunicado do ministério.

O acordo, que deu alívio às sanções ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear, está suspenso desde 2018, quando o então presidente dos EUA, Donald Trump, retirou unilateralmente e voltou a impor sanções paralisantes.

A viagem de Mora a Teerã ocorre em meio à crescente pressão de países da UE e também dos Estados Unidos para uma retomada rápida das negociações sobre o retorno de Washington ao acordo.

“A mensagem para o Irã é inequívoca: volte à mesa de negociações imediatamente”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, durante uma visita a Israel no domingo (10).

Teerã tem buscado garantias europeias de que não haverá repetição da retirada unilateral de Trump.

“As capitais europeias, incluindo Berlim, devem dar sua garantia clara à república islâmica de que, desta vez, nenhum partido violará o acordo nuclear”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, a repórteres na segunda-feira.

O presidente dos EUA, Joe Biden, sinalizou sua disposição de voltar ao negócio, mas seu secretário de Estado, Antony Blinken, alertou no início deste mês que o tempo estava se esgotando e a bola estava nas mãos do Irã.

As negociações em Viena entre o Irã e as demais partes do acordo – Grã-Bretanha, China, França, Alemanha e Rússia, estão suspensas desde que as eleições de junho no Irã levaram à mudança de presidente.

O novo presidente Ebrahim Raisi – um ex-chefe do judiciário ultraconservador – é considerado menos pronto do que seu antecessor Hassan Rouhani para fazer concessões ao Ocidente em prol de um acordo.

O Irã disse repetidamente que está pronto para retomar as negociações “em breve”, mas nenhuma data foi anunciada.

Teerã gradualmente reduziu seus próprios compromissos nucleares em resposta à retirada dos EUA, e Washington tem exigido que também retorne às suas obrigações.

Mora compareceu à posse de Raisi em agosto, atraindo críticas da UE de Israel, um crítico feroz do acordo nuclear com seu arqui-inimigo, o Irã.

Delegação do Talibã desembarca na Turquia para as primeiras negociações de alto nível

Uma delegação de alto nível dos novos governantes talibãs do Afeganistão chegou à Turquia para conversas com autoridades turcas, anunciou o Ministério das Relações Exteriores na quinta-feira (14).

As reuniões na capital, Ancara, seriam as primeiras entre o Talibã e altos funcionários do governo turco depois que o grupo assumiu o controle do Afeganistão. A delegação visitante é chefiada por Amir Khan Mutaqi, o ministro das Relações Exteriores em exercício, de acordo com um porta-voz do Talibã.

A visita acontece depois que líderes do Talibã realizaram uma série de reuniões com os Estados Unidos, 10 países europeus e representantes da União Europeia em Doha, capital do Catar, esta semana.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse em uma reunião virtual entre as economias mais poderosas do Grupo dos 20 que a comunidade internacional deve manter abertos os canais de diálogo com o Talibã, para “conduzi-los com paciência e gradualmente” no sentido de estabelecer um governo mais inclusivo.

Erdogan disse que a Turquia, que já hospeda mais de 3,6 milhões de sírios, não pode suportar um fluxo de migrantes do Afeganistão, alertando que os países europeus também serão afetados por uma nova onda de migrantes.

O Talibã afirma que deseja reconhecimento internacional. Eles alertam que o enfraquecimento de seu governo afetará a segurança e desencadeará um êxodo ainda maior de migração do país.

O atual governo afegão, que o Talibã diz ser apenas provisório, é composto apenas por personalidades do Talibã, incluindo vários incluídos na lista negra das Nações Unidas.

Falta de estoques, investimentos e coordenação atingem mercado de gás natural

O mercado de gás natural está lutando contra a falta de estoques, investimentos e coordenação entre compradores e vendedores e precisa ser devidamente regulamentado, disse o ministro saudita da energia.

Falando no fórum da Semana da Energia Russa na quinta-feira (14), Abdulaziz bin Salman Al Saud também afirmou que o acordo OPEP+ começou a criar um equilíbrio e está garantindo a segurança energética quando se trata de petróleo, mas é preciso uma diversidade de fontes de energia para permitir a organização fazer isso.

Ele disse: “As pessoas precisam se comportar para garantir que a economia mundial esteja bem abastecida com a diversidade de fontes de energia”.

“Os mercados de gás, os mercados de carvão e outras fontes de energia precisam ser regulamentados, as pessoas precisam copiar e colar o que a OPEP fez e o que a OPEP + alcançou”, acrescentou o ministro saudita.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
15/10/2021