Cenário Econômico Internacional – 22/10/2021

Cenário Econômico Internacional – 22/10/2021

Cenário Econômico Internacional – 22/10/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Para o FMI, continua a ser crucial controlar pandemia para apoiar economia global
  • A rota para emissões líquidas zero custará US$ 5 trilhões anuais para a economia global
  • Cúpula dos líderes do G20 com foco no clima e na recuperação da pandemia
  • Dose de reforço da Pfizer tem 95,6% de eficiência contra os sintomas da Covid-19
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Autoridades da Argentina se reúnem com investidores em Nova York após negociações com FMI
  • Presidente do Equador decreta estado de exceção por violência ligada ao narcotráfico
  • EUA têm congestionamento recorde de navios de contêineres
  • O ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell morre de complicações por Covid-19
  • Congresso dos EUA recua enquanto Donald Trump processa investigação de distúrbios no Capitólio
  • Inflação anual no Canadá alcança em setembro maior patamar desde 2003
  • Biden se diz preocupado com mísseis hipersônicos da China; governo chinês nega teste
  • Donald Trump lançará rede social após ser banido pelo Twitter, Facebook e YouTube
  • Mercado acionário europeu
  • O Facebook planeja contratar 10.000 trabalhadores na UE para construir ‘metaverso’
  • Embaixador francês recebeu ordem de deixar a Bielo-Rússia, diz embaixada
  • Em meio a recordes diários de mortes por Covid, Rússia planeja feriado de 9 dias
  • A construtora britânica Bellway registra aumento de lucro e aumento de 10% na produção
  • O primeiro-ministro italiano pede planos de migração da UE “claros e adequadamente financiados”
  • Grécia promete ligar a rede de energia do Egito a União Europeia
  • Ministro da Defesa da Romênia nomeado para tentar formar governo
  • Crise energética da Europa: continente “muito dependente do gás”, diz von der Leyen
  • Mercado acionário na Ásia
  • Premiê do Japão cria conselho para estudar redistribuição de riqueza
  • China testa míssil hipersônico capaz de circular a Terra
  • Lançamento de míssil da Coreia do Norte interrompe início de campanha eleitoral no Japão
  • Mianmar liberta centenas de presos políticos após pressão da ASEAN
  • Taiwan diz que as chances de guerra com a China no próximo ano são ‘muito baixas’
  • China levanta US$ 4 bilhões em títulos em dólares americanos após atrair forte demanda de investidores
  • Calotes no setor imobiliário chinês se acumulam com contágio da Evergrande
  • Taxa de pobreza do Egito cai 3% apesar da pandemia
  • Parlamento libanês confirma eleições de março em meio a esforços para garantir resgate do FMI
  • Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos reiteram apoio ao programa fiscal do Bahrein
  • Saudi CMA lança quinta rodada de licenças ‘sandbox’ da fintech
  • Primeiro-ministro da Líbia apoia eleição de 24 de dezembro

Para o FMI, continua a ser crucial controlar pandemia para apoiar economia global

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, enfatizou na segunda-feira (18) a importância de se controlar a pandemia, a fim de que a economia global possa avançar mais. Durante o evento “A Roadmap to End the Covid-19 Pandemic” do Fundo, ela disse que o quadro de saúde continua a ser crucial para a trajetória das economias.

O FMI projetou na semana passada que o mundo crescerá 5,9% neste ano e 4,9% em 2022. “Temos visto recuperação em muitos países, o problema é que ela é desigual”, notou Gopinath.

Ela disse que a desigualdade no acesso a vacinas contra a Covid-19 exacerba divergências na retomada econômica. Também citou a falta de testes e oxigênio suficientes para as necessidades dos países na África e na América Latina.

E advertiu que, caso o mundo não consiga avançar na vacinação contra o vírus de modo adequado, isso pode significar restrições à mobilidade perdurando por mais tempo.

Também presente no evento, Ruchir Agarwal, economista sênior do FMI, destacou a importância de se diversificar a produção de vacinas contra o vírus como estratégia para avançar na cobertura vacinal pelo mundo.

A rota para emissões líquidas zero custará US$ 5 trilhões anuais para a economia global

Um relatório do Bank of America alertou que chegar a zero líquido custará à economia global US$ 5 trilhões por ano nos próximos 30 anos.

Na véspera da conferência ambiental COP26 da ONU na Escócia este mês, onde os países que assinaram o Acordo de Paris de 2015 para reduzir as emissões de carbono irão revisar seu progresso e delinear políticas para atingir o zero líquido até 2050, o relatório oferece um lembrete gritante do custo de transição para uma energia mais verde.

No entanto, o relatório também alertou que deixar de abordar a mudança climática pode levar à perda de 3% do produto interno bruto global anualmente nesta década, totalizando cerca de US$ 69 trilhões no final deste século.

Uma das principais prioridades da COP26 é que os governos cheguem a um acordo sobre políticas financeiras específicas que irão acelerar a transição para o zero líquido, incluindo o compromisso de eliminar o uso de carvão, reduzir drasticamente o desmatamento, acelerar a transição para veículos elétricos e aquecimento verde sistemas e implementar medidas fiscais para incentivar o aumento do investimento em energia renovável.

Além disso, a cúpula, que está ocorrendo no antigo coração industrial da Escócia, Glasgow, também tentará fazer com que os governos ocidentais compensem os US$ 20 bilhões que faltam ao ano para ajudar as nações emergentes na transição para uma energia mais verde.

As nações desenvolvidas concordaram em fornecer US$ 100 bilhões por ano às nações emergentes. Não apenas eles não cumpriram esse compromisso, mas a ONU quer um acordo em Glasgow para aumentar ainda mais esse financiamento.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que o custo da transição nos países emergentes chegará a US$ 140-300 bilhões em 2030 e US$ 280-500 bilhões em 2050. O grupo de reflexão baseado em San Francisco, a Iniciativa de Política Climática, estima que a África por si mesma pode exigir até US$ 3 trilhões até o final desta década.

Nesse contexto, o Bank of America estima que o custo total da transição será de US$ 150 trilhões, pelo menos quatro vezes o valor que os pacotes de estímulo globais Covid-19 devem custar aos governos nesta década.

Cúpula dos líderes do G20 com foco no clima e na recuperação da pandemia

A cúpula dos líderes do G20, marcada para o final de outubro em Roma, discutirá a mudança climática pouco antes da COP26 de Glasgow, que pretende tomar medidas históricas sobre o clima, anunciou nesta quarta-feira (20) o chefe do Governo italiano, Mario Draghi.

Por ocasião do G20 em Roma, as principais potências econômicas mundiais se reunirão nos dias 30 e 31 de outubro para “tratar de algumas das negociações que serão discutidas na COP26 em Glasgow”, disse Draghi, responsável pela presidência rotativa do G20.

“Sem a participação das maiores economias do mundo, não será possível respeitar os acordos de Paris, nem limitar o aquecimento global a 1,5ºC”, alertou.

 Esse limite corresponde à meta mais ambiciosa estabelecida pelo acordo de Paris em 2015 para limitar o aquecimento global em comparação com a era pré-industrial, que a presidência britânica da COP26, marcada para novembro em Glasgow, espera manter “viva”.

De acordo com muitos cientistas, esse objetivo já é inatingível.

“Os países do G20 produzem três quartos das emissões globais. A crise climática só pode ser administrada se os principais atores globais decidirem agir de forma incisiva, coordenada e simultânea”, frisou Draghi.

O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, devem comparecer à reunião em Roma, embora os presidentes chinês, Xi Jinping, e russo, Vladimir Putin, tenham anunciado que não comparecerão.

Além do aquecimento global, líderes e representantes das 20 maiores economias falarão sobre a pandemia e a reativação econômica pós-covid.

Dose de reforço da Pfizer tem 95,6% de eficiência contra os sintomas da Covid-19

Um estudo conduzido por dois laboratórios descobriu que uma dose de reforço da vacina Covid-19 da Pfizer foi 95,6% eficaz contra os sintomas da doença.

O ensaio, conduzido em 10.000 pessoas com mais de 16 anos, mostra “uma eficácia relativa de 95,6%” e um “perfil de segurança favorável”, de acordo com um comunicado.

A vacina, desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, foi administrada como uma terceira dose para pessoas que já haviam tomado duas doses.

Segundo as empresas, a dose de reforço “restaurou a proteção da vacina contra Covid-19 aos altos níveis alcançados após a segunda dose, apresentando uma eficácia vacinal relativa de 95,6% quando comparada com aquelas que não receberam reforço”.

Foi o primeiro resultado de eficácia de um ensaio randomizado e controlado de reforço da vacina Covid-19.

As empresas disseram que planejam enviar as informações ao FDA dos EUA, à Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e outras agências.

“Esses resultados demonstram mais uma vez a utilidade dos reforços em nossos esforços para proteger a população contra esta doença”, disse Albert Bourla, presidente-executivo da Pfizer, citado no comunicado.

A idade média dos participantes foi em torno de 53 anos.

Vários países já permitiram uma dose de reforço para aumentar a imunidade em pessoas vacinadas, que parece diminuir após vários meses, de acordo com alguns estudos.

Nos Estados Unidos, especialistas do FDA têm recomendado uma terceira Pfizer / BioNTech dose para certas populações de risco, como maiores de 65 anos, desde o final de setembro.

“Os dados disponíveis sugerem que a imunidade está diminuindo em algumas populações totalmente vacinadas”, explicou recentemente a chefe interina do FDA, Janet Woodcock.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, a abertura foi negativa, após dados fracos da China e em meio à temporada de balanços. Mais adiante, houve melhora parcial, com papéis de tecnologia impulsionando o Nasdaq e o S&P 500 também passando ao território positivo. O índice Dow Jones teve queda de 0,10%, a 35.258,61 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,34%, a 4.486,46 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,84%, a 15.021,81 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com os maiores impulsos vindos dos setores de tecnologia e saúde conforme os investidores pareciam apostar em resultados trimestrais sólidos por parte das empresas, mesmo com alguns temendo que seja muito cedo para comemorar. O índice Dow Jones teve alta de 0,56%, a 35.457,31 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,74%, a 4.519,63 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,71%, a 15.129,09 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, influenciadas pelos balanços empresariais do terceiro trimestre melhores do que o esperado. O índice Dow Jones teve alta de 0,43%, a 35.609,34 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,37%, a 4.536,19 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,05%, a 15.121,68 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, com os papéis de IBM (NYSE:IBM) (SA:IBMB34) e Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) em declínio depois da divulgação de seus balanços trimestrais e investidores aguardando mais resultados corporativos para ver o impacto de gargalos na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra no desempenho das empresas. Por volta das 13h08, o índice Dow Jones registrava queda de 0,36%, a 35.482,59 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,0086%, a 4.535,80 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,38%, a 15.446,51 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 15.10.21 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (15) cotado a R$ 5,4547 com queda de 0,11%. Com falas de um diretor do Banco Central sendo entendidas como sinal de maior prontidão da autarquia para corrigir excessos na taxa de câmbio.

Na segunda (18) – O dólar à vista registrou alta de 1,21%, cotado a R$ 5,5205 na venda. Em dia de apetite reduzido ao risco, o real liderou as perdas entre as divisas emergentes, castigadas em meio à escalada da inflação global resultante da crise energética e à decepção com dados fracos das economias da China e dos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,5424 na máxima e R$ 5,4694 na mínima.

Na terça-feira (19) – O dólar à vista registrou alta de 1,33%, cotado a R$ 5,5938 na venda. O dólar saltou para perto dos 5,60 reais nesta terça-feira (19), registrando seu maior patamar para encerramento desde meados de abril, evidenciando a forte reação negativa do mercado à intenção do governo de colocar parte do pagamento do benefício que vai substituir o Bolsa Família fora do teto de gastos. O dólar oscilou entre R$ 5,6123 na máxima e R$ 5,5347 na mínima.

Na quarta-feira (20) – O dólar à vista registrou queda de 0,59%, cotado a R$ 5,5608 na venda. O clima externo de apetite ao risco, com avanço das divisas emergentes, abriu espaço para ajustes de posições e realização de lucros, enquanto se espera uma definição do formato final do Auxílio Brasil. O dólar oscilou entre R$ 5,5947 na máxima e R$ 5,5213 na mínima.

Na quinta-feira (21) – Por volta das 12h52, o dólar operava em alta de 1,50% cotado a R$ 5,645 na venda. A tensão fiscal do País e o exterior negativo, com dólar e juros dos Treasuries em alta e bolsas em baixa, apoiam fortes ganhos do dólar ante o real nos primeiros negócios desta quinta-feira (21).

Autoridades da Argentina se reúnem com investidores em Nova York após negociações com FMI

Autoridades do governo argentino, incluindo o ministro das Finanças, Martín Guzmán, reuniram-se com investidores privados na sexta-feira (15) em Nova York, disse o governo do país.

Guzman foi acompanhado pelo chefe de gabinete da Argentina, Juan Manzur, e pelo embaixador argentino nos Estados Unidos, Jorge Arguello.

A reunião acontece após Guzmán se reunir nesta semana com a chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, e os dois concordarem em continuar trabalhando no desenvolvimento de um programa de empréstimo do FMI com credibilidade.

A Argentina e o FMI vêm negociando há meses um programa de empréstimos para substituir um acordado em 2018, que falhou e deixou o país sul-americano como o maior tomador de empréstimos do FMI, com dívida próxima de 45 bilhões de dólares.

No ano passado, a Argentina reestruturou cerca de 65 bilhões de dólares em dívidas com credores privados internacionais, mas os títulos reestruturados estão sendo negociados em níveis estressados, à medida que os investidores se preocupam com as perspectivas econômicas do país exportador de soja.

O país sul-americano está lutando com uma inflação alta que ultrapassa os 52% ao ano.

Presidente do Equador decreta estado de exceção por violência ligada ao narcotráfico

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou na segunda-feira (18) estado de exceção em todo o país, diante do aumento dos índices de criminalidade devido ao narcotráfico, e ordenou a mobilização de policiais e militares nas ruas.

“Começando de imediato, nossas Forças Armadas e policiais se sentirão com força nas ruas porque estamos decretando o estado de exceção em todo o território nacional”, disse o presidente em discurso transmitido pelo canal estatal EcuadorTV.

Lasso, que assumiu o cargo em maio, disse que “nas ruas do Equador só existe um inimigo: o narcotráfico”, e que, “nos últimos anos, o Equador passou de país de tráfico de drogas a um país que também as consome”.

O presidente do Equador afirmou que, durante o estado de emergência, policiais e militares patrulharão as ruas 24 horas por dia. “Daremos às forças de segurança o apoio necessário para o combate ao crime”, disse, destacando que o Executivo irá criar uma unidade de defesa legal para proteger os agentes que forem processados “simplesmente por cumprirem o seu dever”.

A medida é válida por 60 dias.

Também será formado um comitê reunindo diversos ministérios da área social e de direitos humanos para empreender ações visando a prevenir e frear a dependência química e reinserir os usuários de drogas na sociedade.

EUA têm congestionamento recorde de navios de contêineres

Há semanas navios-contêineres fazem fila na costa Califórnia, nos Estados Unidos, para descarregar suas mercadorias. Em meio a um verdadeiro congestionamento das cadeias globais de suprimentos, alguns têm de esperar dias para aportar.

“Estamos enfrentando um aumento sem precedentes de chegadas de novas cargas nos portos de Long Beach e Los Angeles. É uma mistura de velhos desafios da cadeia de abastecimentos com grandes mudanças no comércio global por conta da pandemia”, afirmou o prefeito da cidade californiana de Long Beach.

Imagens de satélite da região dos portos de Long Beach e Los Angeles mostram um formigueiro de grandes embarcações estacionadas, esperando para descarregar.

São navios porta-contêineres carregados de mercadorias, quase tudo o que se possa imaginar, de brinquedos a raquetes de tênis, vindas da Ásia pelo Oceano Pacífico até costa oeste dos EUA.

O Marine Traffic, site de rastreamento de navios, contabilizou mais de 50 navios porta-contêineres na costa de Long Beach e Los Angeles no último dia 13 de outubro, depois de engarrafamentos recordes em setembro.

Os dois portos são a principal referência para a carga que vem da China. Assim, uma vez que um congestionamento começa, a probabilidade de ele piorar com rapidez é alta, diz Janet Porter, presidente do Conselho Editorial da Lloyd’s List, publicação sobre o setor marítimo.

“Todo o ciclo de embarque ficou mais lento. Alguns navios ficam esperando dias, até mesmo algumas semanas, para descarregar.”

Nos primeiros oito meses de 2021, o volume de carga enviada da Ásia para os EUA aumentou cerca de 25% em comparação com o mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19, conforme os dados do Container Trades Statistics. O cenário foi diferente, por exemplo, na Europa, em que os números permaneceram praticamente inalterados entre os dois períodos.

Na costa leste dos EUA, também há filas de navios no porto de Savannah, na Geórgia. Agosto foi o segundo mês mais movimentado na região de que se tem registro.

Parte do congestionamento de navios-contêineres nos EUA se deve ao aumento da demanda por parte dos americanos, que muitas vezes têm preferido gastar comprando pela internet do que para sair de férias ou jantar fora.

O ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell morre de complicações por Covid-19

Colin Powell, um ex-secretário de Estado dos EUA, morreu de complicações por Covid-19, anunciou sua família na segunda-feira (18). Ele tinha 84 anos.

“O general Colin L. Powell, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos e presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior, faleceu esta manhã devido a complicações da Covid 19. Ele foi totalmente vacinado”, disse sua família em um comunicado publicado no Facebook.

“Queremos agradecer à equipe médica do Walter Reed National Medical Center por seu tratamento cuidadoso. Perdemos um marido, pai, avô notável e um grande americano amoroso.”

Powell foi o primeiro afro-americano a ocupar o cargo de chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, antes de se tornar chefe da diplomacia dos Estados Unidos sob a presidência republicana de George W. Bush.

Embora ele acreditasse que a guerra deveria ser apenas um último recurso, o resultado de sua experiência na Guerra do Vietnã.

Mesmo assim, ele se tornou inexoravelmente ligado ao seu polêmico apoio à invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003.

Em 5 de fevereiro daquele ano, ele fez um longo discurso infame sobre as armas de destruição em massa (ADM) supostamente detidas pelo Iraque, argumentos que serviram para justificar a invasão do país.

As armas nunca foram encontradas. Powell mais tarde admitiu que esse desempenho foi uma “mancha” em seu disco.

“Fui eu que o apresentei em nome dos Estados Unidos ao mundo, e [isso] sempre fará parte do meu histórico. Foi doloroso. É doloroso agora”, ele foi citado como tendo dito dois anos depois.

Ele foi retratado como tendo sido apanhado entre o falcão Secretário de Defesa Donald Rumsfeld e o próprio Bush. Powell disse mais tarde que advertiu o presidente para pensar tanto nas consequências quanto na invasão, supostamente usando a frase: “Se você quebrar, você é o dono”.

Nascido em 5 de abril de 1937 no Harlem, Colin Powell cresceu na cidade de Nova York, onde estudou geologia.

Ele começou sua carreira militar em 1958. Inicialmente estacionado na Alemanha, foi enviado ao Vietnã como conselheiro militar do presidente John F. Kennedy.

Em 1989, Powell se tornou o primeiro presidente negro do Estado-Maior Conjunto. Nessa função, ele supervisionou a invasão do Panamá pelos Estados Unidos e, posteriormente, a invasão do Kuwait pelos Estados Unidos para expulsar o exército iraquiano em 1991.

Antes da eleição presidencial dos EUA de 2016, um vazamento de e-mail revelou que Colin Powell descreveu o candidato republicano Donald Trump como “uma desgraça nacional e um pária internacional”.

O ex-presidente George W. Bush disse que ele e a ex-primeira-dama Laura Bush estavam “profundamente tristes” com a morte de Powell.

“Ele era um grande servidor público” e “amplamente respeitado em casa e no exterior”, disse Bush. “E o mais importante, Colin era um homem de família e amigos. Laura e eu enviamos a Alma e seus filhos nossas sinceras condolências ao se lembrarem da vida de um grande homem.”

Congresso dos EUA recua enquanto Donald Trump processa investigação de distúrbios no Capitólio

Um comitê da Câmara encarregado de investigar a insurreição do Capitólio de 6 de janeiro está agindo rapidamente na terça-feira (19) para manter pelo menos um dos aliados de Donald Trump por desacato, enquanto o ex-presidente está rebatendo a investigação em um novo processo.

Trump está tentando agressivamente bloquear o trabalho do comitê instruindo o ex-assessor da Casa Branca Steve Bannon a não responder a perguntas na investigação, enquanto também processa o painel para tentar impedir o Congresso de obter documentos anteriores da Casa Branca.

Mas os legisladores do comitê da Câmara dizem que não vão recuar enquanto reúnem fatos e testemunhos sobre o ataque envolvendo os apoiadores de Trump que deixou dezenas de policiais feridos, mandou legisladores correndo para salvar suas vidas e interrompeu a certificação da vitória do presidente Joe Biden.

“O objetivo claro do ex-presidente é impedir que o Comitê Selecionado chegue aos fatos sobre 6 de janeiro e seu processo nada mais é do que uma tentativa de atrasar e obstruir nossa investigação”, disse o presidente Bennie Thompson, D-Miss., E representante republicano Liz Cheney, do Wyoming, a vice-presidente do painel, em uma declaração conjunta na noite de segunda-feira (19).

Eles acrescentaram: “É difícil imaginar um interesse público mais convincente do que tentar obter respostas sobre um ataque à nossa democracia e uma tentativa de derrubar os resultados de uma eleição”.

O processo de Trump foi aberto depois que Biden decidiu renunciar a seu direito de bloquear a liberação do documento por causa de questões de privilégio executivo. A ação era esperada, já que o presidente derrotado deixou claro repetidamente que contestará a investigação do ataque violento por uma multidão de seus apoiadores.

Seu desafio busca invalidar todo o pedido do Congresso, chamando-o de excessivamente amplo, excessivamente oneroso e um desafio à separação de poderes.

Inflação anual no Canadá alcança em setembro maior patamar desde 2003

A taxa anual de inflação do Canadá acelerou para uma nova máxima em 18 anos em setembro, impulsionada pelos preços de transporte, custos de moradia e alimentos, mostraram dados na quarta-feira (20), aumentando a pressão sobre o Banco do Canadá antes de uma decisão de juros na próxima semana.

Os preços ao consumidor no Canadá aumentaram em sua taxa mais rápida em 18 anos em setembro, à medida que o país continuava a lutar contra os problemas da cadeia de abastecimento global.

A taxa de inflação anual atingiu 4,4%, ante 4,1% em agosto, seu maior nível desde fevereiro de 2003.

Os custos de transporte, moradia e alimentação aumentaram, disse a agência oficial de estatísticas do país.

O banco central do Canadá, que se reúne na próxima semana para decidir se aumentará as taxas de juros, está observando a tendência.

Como muitos países, o Canadá viu a inflação, a taxa na qual os preços ao consumidor sobem, esquentar desde a reabertura de sua economia após o bloqueio do coronavírus.

Uma combinação de demanda crescente do consumidor, problemas da cadeia de abastecimento global, escassez de produtos e preços crescentes do petróleo estão elevando o custo de vida desde as baixas da era pandêmica.

De acordo com o Statistics Canada, a gasolina foi o maior impulsionador da inflação no mês passado, com os preços na bomba subindo 32,8% em comparação com setembro de 2020.

Os preços dos alimentos também subiram 3,9% no ano passado, com os preços das carnes subindo 9,5%. Enquanto isso, o custo da habitação aumentou 4,8%.

Na semana passada, o governador do Banco do Canadá disse que gargalos na cadeia de suprimentos significam que a inflação levaria mais tempo para cair do que o esperado.

Falando após uma reunião do FMI com outros banqueiros centrais, Tiff Macklem disse: “Certamente houve um forte consenso de que essas questões merecem atenção contínua e vão levar algum tempo para serem resolvidas.’’

Biden se diz preocupado com mísseis hipersônicos da China; governo chinês nega teste

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quarta-feira (20) que está preocupado com os mísseis hipersônicos da China. A declaração foi dada dias depois da divulgação de uma reportagem que dizia que Pequim testou uma arma hipersônica com capacidade nuclear.

Questionado por repórteres enquanto embarcava no Air Force One para uma viagem à Pensilvânia se estava preocupado com os mísseis hipersônicos chineses, Biden disse: “Sim”.

As armas hipersônicas viajam na atmosfera com velocidade mais de cinco vezes a velocidade do som, ou cerca de 6.200 km/h.

O Financial Times informou no fim de semana que a China testou uma arma em agosto que voou pelo espaço e circulou o globo antes de se dirigir a um alvo que errou. O Ministério das Relações Exteriores da China negou a informação.

O teste ocorreu enquanto os Estados Unidos e seus rivais globais aceleram o ritmo para construir armas hipersônicas, a próxima geração de armas que roubam dos adversários o tempo de reação e os mecanismos tradicionais de derrota.

“As armas hipersônicas são uma virada de jogo estratégica com o potencial perigoso de minar fundamentalmente a estabilidade estratégica como a conhecemos”, disse o senador Angus King, do Maine.

“Os EUA não podem retardar este desenvolvimento ou permitir pontos cegos enquanto monitoramos o progresso de nossos concorrentes”, acrescentou.

A Casa Branca levantou preocupações sobre a tecnologia de mísseis hipersônicos chineses por meio de “canais diplomáticos”, disse a porta-voz Jen Psaki a repórteres na quarta-feira (20).

Donald Trump lançará rede social após ser banido pelo Twitter, Facebook e YouTube

Donald Trump anunciou o lançamento de sua própria rede social depois de ser banido em janeiro do Twitter, Facebook e YouTube.

Os gigantes da tecnologia o baniram após o motim de 6 de janeiro no prédio do Capitólio, que ele foi acusado de encorajar o uso de suas plataformas de mídia social.

Anunciando o próximo lançamento da nova plataforma Truth Social, o ex-presidente disse na quarta-feira: “Vivemos em um mundo onde o Talibã tem uma grande presença no Twitter, enquanto seu presidente americano favorito foi silenciado. Isso é inaceitável”.

Ele continuou em uma declaração que quer “enfrentar a tirania dos gigantes da tecnologia” que “usaram seu poder unilateral para silenciar vozes dissidentes na América”.

A plataforma será propriedade do recém-formado Trump Media & Technology Group (TMTG), uma estrutura que também fornecerá um serviço de vídeo sob demanda e podcasts “não acordados”, disse o comunicado.

Mesmo sem o Twitter, o bilionário republicano voltou rapidamente à campanha desde que deixou a Casa Branca.

De reuniões a comunicados, ele apoia os candidatos que lhe são leais em vista das principais eleições de meio de mandato em novembro de 2022, com um olho voltado para 2024.

Trump foi banido do Facebook, Twitter e YouTube depois que seus apoiadores invadiram violentamente o Capitólio durante a cerimônia de certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais em 6 de janeiro.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (18), as bolsas europeias fecharam em queda, pressionadas diante de sinais de desaceleração da economia global vindo das duas principais potências mundiais: China e Estados Unidos. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou menos que o esperado no terceiro trimestre, enquanto a produção industrial americana registrou recuo inesperado entre agosto e setembro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,50%, a 467,04 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,81%, a 6.673,10 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,72%, a 15.474,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,70%, a 5.619,21 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,68%, a 8.936,00 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,42%, a 7.203,83 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com a agenda local esvaziada, os principais índices europeus operaram próximos à estabilidade, antes de serem impulsionados pelo bom humor em Nova York diante da temporada de balanços corporativos nos EUA, que contou mais uma vez com resultados melhores que o esperado de grandes companhias do país. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,33%, a 468,58 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,05%, a 6.669,85 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,27%, a 15.515,83 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,92%, a 5.670,98 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,67%, a 8.996,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,19%, a 7.217,53 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas europeias fecharam em alta, após um pregão volátil que terminou positivo diante do bom humor em Nova York por conta da temporada de balanços nos EUA. Mais cedo, o apetite por risco de investidores foi contido diante das leituras fortes de inflação ao produtor na Alemanha e ao consumidor na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,32%, a 470,07 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,54%, a 6.705,61 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,05%, a 15.522,92 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,61%, a 5.762,20 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,24%, a 9.017,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,08%, a 7.223,10 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas europeias fecharam em queda, notícias sobre os problemas da endividada incorporadora chinesa pesaram, com investidores atentos também a balanços corporativos. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 0,08%, a 469,71 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,29%, a 6.686,17 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,32%, a 15.472,56 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,54%, a 5.730,84 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,82%, a 8.944,30 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,45%, a 7.190,30 pontos.

O Facebook planeja contratar 10.000 trabalhadores na UE para construir ‘metaverso’

O Facebook afirma que planeja contratar 10.000 funcionários na União Europeia nos próximos cinco anos para trabalhar em uma nova plataforma de computação.

A empresa disse em um blog no domingo que esses trabalhadores altamente qualificados ajudarão a construir “o metaverso”, uma noção futurística para conectar pessoas online que abrange realidade aumentada e virtual.

O Facebook afirma que tornará a interação online “muito mais próxima da experiência de interagir pessoalmente”.

“O metaverso tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e econômicas. E os europeus vão moldá-lo desde o início”, disse a gigante da tecnologia em seu blog.

“Este investimento é um voto de confiança na força da indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu.”

Os executivos do Facebook têm anunciado o metaverso como a próxima grande novidade depois da internet móvel, pois também lidam com outros assuntos, como repressões antitruste, o testemunho de um ex-funcionário denunciante e preocupações sobre como a empresa lida com a desinformação política e relacionada a vacinas em seus plataforma.

Em uma postagem separada no blog no domingo (17), a empresa defendeu sua abordagem para combater o discurso de ódio, em resposta a um artigo do Wall Street Journal que examinou a incapacidade da empresa de detectar e remover postagens odiosas e excessivamente violentas.

O termo designa um ciberespaço paralelo à realidade física onde uma comunidade de pessoas pode interagir na forma de avatares. O conceito foi cunhado pelo autor Neal Stephenson no romance de ficção científica de 1992 “Snow Crash”. Refere-se à fusão de realidade física, aumentada e virtual em um espaço online compartilhado.

Embaixador francês recebeu ordem de deixar a Bielo-Rússia, diz embaixada

O embaixador da França foi expulso da Bielo-Rússia e já deixou o país, segundo a embaixada francesa em Minsk.

A embaixada não disse porque o embaixador, Nicolas de Bouillane, foi mandado embora pelo Ministério das Relações Exteriores da Bielorrússia.

“O embaixador Nicolas de Lacoste deixou a Bielo-Rússia hoje”, disse um porta-voz da embaixada.

Segundo a mídia bielorrussa, o embaixador foi expulso porque nunca apresentou suas credenciais ao presidente Alexander Lukashenko.

Em mensagem em seu site, a Embaixada da França na Bielo-Rússia disse que o diplomata havia apresentado “a cópia figurativa de suas credenciais” ao ministro das Relações Exteriores, Vladimir Makei, em dezembro passado.

“O Ministério das Relações Exteriores da Bielorrússia solicitou que o embaixador partisse antes de 18 de outubro”, disse a porta-voz.

Enquanto isso, Minsk disse em um comunicado que também havia chamado de volta seu embaixador na França, Igor Fissenko, sobre o assunto.

A França, como outros países da UE, não reconheceu os resultados da eleição presidencial de agosto passado, que concedeu a Lukashenko um sexto mandato, apesar de relatos generalizados de fraude eleitoral.

O resultado gerou protestos massivos que duraram vários meses, sem precedentes na ex-república soviética, aliada da Rússia de Vladimir Putin.

A União Europeia e os Estados Unidos adotaram uma série de sanções contra o regime bielorrusso após uma repressão brutal contra os oponentes de Lukashenko.

Mas o líder de 67 anos, que acusa os governos ocidentais de instigar os protestos na esperança de provocar uma revolução, está resistindo às sanções por enquanto, graças ao apoio de Moscou.

Em meio a recordes diários de mortes por Covid, Rússia planeja feriado de 9 dias

Em meio a recordes diários de mortes por Covid-19, o governo da Rússia planeja fechar os locais de trabalho por uma semana para tentar frear a escalada do novo coronavírus.

Foram confirmadas 1.015 mortes na terça-feira (19), um novo recorde diário, o que elevou o total de vítimas da pandemia para mais de 225 mil, de longe o maior da Europa.

O país está com a vacinação estagnada, com apenas 31% da população totalmente imunizada, e mesmo com a alta de infectados e óbitos o governo russo evita adotar medidas de restrição.

Agora, a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova quer que os dias entre 30 de outubro a 7 de novembro sejam considerados não-úteis, para combater o aumento de infecções.

O governo russo já adotou medidas semelhantes em outras ocasiões, mas tem descartado um novo bloqueio nacional porque o que foi feito no início da pandemia afetou fortemente a economia e também a popularidade do presidente Vladimir Putin.

O Kremlin também repetiu o apelo à população para que se imunize. “Uma posição mais responsável é necessária de todos os cidadãos”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “Agora cada um de nós deve mostrar responsabilidade e ser vacinado”.

Em meio à alta de mortes, o Ministério da Saúde da Rússia pediu na semana passada a médicos aposentados vacinados que voltassem aos hospitais para ajudar a combater a nova onda do vírus.

A construtora britânica Bellway registra aumento de lucro e aumento de 10% na produção

A Homebuilder Bellway relatou um aumento no lucro anual na terça-feira (19) e disse que esperava construir 10% mais casas no ano que termina em julho de 2022, mesmo enfrentando uma escassez de materiais.

A empresa alertou que a escassez de caminhoneiros no Reino Unido e as interrupções no fornecimento de combustível afetaram a disponibilidade de materiais de construção e que a produção de construção no primeiro semestre de 2022 provavelmente será semelhante a 2021.

A Bellway, que constrói casas que variam de apartamentos de um quarto a casas de família de seis quartos e coberturas de luxo, traçou planos para aumentar sua produção anual para 11.100 novas casas no ano que termina em julho de 2022 e 12.200 no ano financeiro de 2023.

O mercado imobiliário britânico foi vibrante no ano passado, à medida que as pessoas aproveitaram as vantagens dos incentivos fiscais estendidos e dos baixos custos de empréstimos e procuraram por um espaço maior para morar durante a pandemia. Os preços das casas também aumentaram devido à alta demanda e à baixa oferta.

A empresa disse que o lucro antes dos impostos para o ano encerrado em 31 de julho aumentou 72%, para 530,8 milhões de libras (US$ 731,12 milhões).

A Bellway pretende gerar um lucro subjacente acumulado antes da tributação de cerca de 1,25 bilhão de libras até 2023, acrescentando que cerca de um terço do valor após os impostos seria devolvido aos acionistas em dividendos. Ele propôs um dividendo total de 117,5 pence por ação para 2021, um aumento de 135% em relação ao ano passado.

O primeiro-ministro italiano pede planos de migração da UE “claros e adequadamente financiados”

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, pediu à UE que elabore planos “claros e com financiamento adequado” para lidar com as rotas de migração do Mediterrâneo.

Em declarações ao Senado italiano, disse que é essencial que a questão seja tratada na reunião do Conselho Europeu em Bruxelas na quinta e sexta-feira.

O primeiro-ministro exortou a Comissão da UE a apresentar “planos de ação claros, adequadamente financiados e dirigidos com igual prioridade para todas as rotas do Mediterrâneo”, começando com aquela entre a Itália e a costa do Norte da África.

Ele disse que a UE deveria “prestar atenção à especificidade das fronteiras marítimas e à estabilidade política efetiva da Líbia e da Tunísia”.

Um conselheiro diplomático do gabinete do primeiro-ministro disse ao Arab News: “Sem uma estabilização adequada desses dois países, nenhuma ação pode ser eficaz. É por isso que o PM Draghi na próxima reunião do Conselho Europeu irá apelar à UE para desempenhar um papel primordial.”

Draghi destacou que, durante o verão, a Itália continuou a cumprir suas obrigações internacionais de resgate na proteção de migrantes no mar. “Fizemo-lo com humanidade e para defender os valores europeus de solidariedade e hospitalidade.”

Desde 2014, quase 23.000 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo enquanto tentavam chegar à Europa, de acordo com a agência de migração da ONU.

Mais de 49.000 imigrantes chegaram as costas italianas até agora este ano, disse o Ministério do Interior do país, quase o dobro do número que chegou no mesmo período do ano passado.

Referindo-se aos refugiados, especialmente aqueles que vêm do Afeganistão, Draghi disse que “a Europa deveria fazer mais. Deve seguir o modelo dos chamados corredores humanitários”.

Dirigindo-se aos senadores italianos, Draghi acrescentou: “Pretendo propor que a comissão atualize os chefes de estado e de governo em cada Conselho Europeu sobre o grau de implementação e avanço dos compromissos assumidos”.

“Só assim poderemos responder aos nossos parlamentos, e sobretudo aos nossos cidadãos, sobre os progressos realizados a nível europeu e sobre o que ainda falta fazer.”

Grécia promete ligar a rede de energia do Egito a União Europeia

A Grécia se comprometeu a conectar o Egito ao mercado de energia da UE com um cabo submarino que transportaria eletricidade pelo Mediterrâneo.

“O elo (do Egito) com a Europa será a Grécia”, disse o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, após conversas em Atenas com o presidente egípcio Abdel-Fattah El-Sissi. “Estamos buscando a diversificação das fontes de energia, e o Egito também pode se tornar um fornecedor de eletricidade, que será produzida principalmente pelo sol.”

Ele surge durante uma crise energética global, que aumentou o custo do gás natural, petróleo e outros combustíveis e gerou problemas para as empresas e as pessoas comuns. Mitsotakis disse que o projeto seria uma “ponte entre o Egito e a Europa, permitindo (Cairo) assumir um papel fundamental na segurança energética em um momento de grande turbulência no mercado de energia”.

O Egito assinou na semana passada acordos separados com a Grécia e Chipre para estabelecer interconectores submarinos, embora os detalhes dos empreendimentos propostos não tenham sido acertados.

O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, também se juntou à reunião de Atenas, marcando a nona rodada de negociações entre os líderes dos três países.

Ministro da Defesa da Romênia nomeado para tentar formar governo

O ministro interino da defesa da Romênia, Nicolae Ciucă, foi nomeado para tentar formar um novo governo.

Ciucă foi nomeado o último primeiro-ministro indicado pelo presidente romeno Klaus Iohannis na quinta-feira (21).

O general do exército da reserva foi encarregado de formar um governo centrista para encerrar um impasse político de um mês.

“Decidi nomear o Sr. Nicolae Ciucă como meu candidato ao cargo de primeiro-ministro”, anunciou Iohannis após uma reunião com os líderes dos vários grupos parlamentares.

“A crise política deve acabar. Agora, todos nós precisamos acabar com essa crise, que já dura tanto tempo, dada a crise pandêmica, a dramática situação dos hospitais enquanto aguardam o inverno”, disse Iohannis.

O analista romeno Anton Pisaroglu diz que “não é normal” um general do exército ser nomeado como PM designado.

“Ele não tem experiência para administrar um governo”, disse Pisaroglu.

Ciucăfoi o candidato proposto pelo Partido Nacional Liberal (PNL), de centro-direita, que foi afastado em uma moção de censura no início deste mês.

O homem de 54 anos é conhecido por seu papel como comandante das missões romenas no Afeganistão e no Iraque ao lado das forças dos EUA entre 2001 e 2004.

Em sua primeira declaração como primeiro-ministro designado, Ciucădisse a repórteres que vai negociar “com todas as forças políticas responsáveis”.

As tentativas anteriores de formar um governo centrista do partido USR PLUS sob o ex-PM Dacian Cioloș fracassaram na quarta-feira (20).

Ciucă agora tem dez dias para redigir um Gabinete e buscar apoio parlamentar antes de ser empossado.

Crise energética da Europa: continente “muito dependente do gás”, diz von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia disse aos Estados-membros que estão “muito dependentes do gás” em meio a uma crise energética em curso, que viu os preços do gás dispararem para níveis recordes.

Ursula von der Leyen exortou os países da UE a reduzir sua dependência do gás natural e enfatizou a necessidade de um Acordo Verde.

“Uma transição rápida para a energia limpa também tornaria o bloco um ator global mais independente”, disse von der Leyen.

Os comentários vêm na véspera de uma cúpula da UE centrada no recente aumento dos preços da energia.

Falando em Estrasburgo, von der Leyen disse ao Parlamento Europeu que o bloco é “vulnerável”, pois importa 90% de seu gás, grande parte dele da Rússia.

“A Europa hoje é muito dependente do gás e muito dependente das importações de gás”, disse a presidente da Comissão aos legisladores.

“A resposta tem a ver com diversificar nossos fornecedores, e, o que é mais importante, com a aceleração da transição para energia limpa.”

Von der Leyen exortou a UE a avançar na transição para a energia limpa do vento e do sol, que pode ser produzida internamente e, em última análise, será muito mais barata do que os combustíveis fósseis importados.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam mistas, depois de dados mostrarem crescimento mais lento do que o esperado na economia chinesa no último trimestre, enquanto a alta dos preços do petróleo alimentava preocupações com a inflação. O índice Xangai teve queda de 0,12%, a 3.568,14 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,15%, a 29.025,46 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,31%, a 25.409,75 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,16%, a 4.874,78 pontos.

Na terça-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam em alta, à medida que ações de tecnologia seguiram o comportamento de ontem do Nasdaq e avançaram, com investidores à espera de mais balanços corporativos dos EUA. O índice Xangai teve alta de 0,70%, a 3.593,15 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,65%, a 29.215,52 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,49%, a 25.787,21 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,98%, a 4.922,72 pontos.

Na quarta-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam mistas, após o banco central chinês deixar seus juros principais inalterados por mais um mês, apesar de recentes sinais de desaceleração econômica. O índice Xangai teve queda de 0,17%, a 3.587,00 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,14%, a 29.255,55 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,35%, a 26.136,02 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,25%, a 4.910,18 pontos.

Na quinta-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam mistas, com novas preocupações sobre o enfraquecimento do setor imobiliário chinês, já que um possível default da China Evergrande Group se aproxima dentro de alguns dias. O índice Xangai teve alta de 0,22%, a 3.594,78 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,87%, a 28.708,58 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,45%, a 26.017,53 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,36%, a 4.928,02 pontos.

Premiê do Japão cria conselho para estudar redistribuição de riqueza

O novo primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, criou um conselho para elaborar uma estratégia para lidar com as disparidades de renda e redistribuir a riqueza para as famílias, o que descreve como uma “nova forma de capitalismo”.

A medida é uma parte crucial da política econômica de Kishida, que combina as diretrizes pró-crescimento das medidas de estímulo do ex-premiê Shinzo Abe, batizadas de “Abenomics”, e esforços para transferir a riqueza mais diretamente das empresas para as famílias.

Ela também vem na esteira da decisão da quinta-feira (14) de Kishida de dissolver o Parlamento e preparar o cenário para uma eleição na qual reparar a economia abalada pela pandemia será o foco.

“Para atingir um crescimento econômico forte, não basta contar somente com a concorrência de mercado. Isto não produzirá os frutos do crescimento para a população em geral”, disse Kishida em uma coletiva de imprensa, falando da necessidade de medidas governamentais mais fortes para distribuir mais riqueza.

O conselho fará sua primeira reunião no final deste mês e pretende formular propostos preliminares até o final do ano para que elas possam ser refletidas em debates sobre uma reforma tributária para o próximo ano fiscal, disse o ministro da Economia, Daishiro Yamagiwa, aos repórteres.

Comandado por Kishida, o conselho consiste em ministros de gabinete e 15 membros do setor privado, incluindo acadêmicos e representantes de lobbies do empresariado, sindicatos e empresas privadas.

China testa míssil hipersônico capaz de circular a Terra

A China chamou a atenção de autoridades americanas ao testar um míssil hipersônico com capacidade nuclear que circulou a Terra. O teste, que ocorreu em agosto, foi mantido em segredo, de acordo com informações do jornal “Financial Times”.

Ainda segundo o jornal, o planador hipersônico estava armado com uma ogiva nuclear e foi lançado por um foguete do tipo Long Marche, desenvolvida pela China. O míssil circulou a Terra em órbita baixa antes de descer em direção a um alvo, mas errou a meta em cerca de 38 quilômetros. Mesmo assim, o teste surpreendeu autoridades dos Estados Unidos.

Além de Pequim, os Estados Unidos e a Rússia também trabalham no desenvolvimento de tecnologia hipersônica.

Difíceis de serem rastreadas, as armas hipersônicas em desenvolvimento por estes países são lançadas por um foguete ao espaço, a exemplo das naves utilizadas em missões espaciais. Elas voam a cinco vezes a velocidade do som, orbitam a Terra com o próprio impulso e são manobráveis, podendo desviar a rota inicial.

Lançamento de míssil da Coreia do Norte interrompe início de campanha eleitoral no Japão

A Coreia do Norte disparou pelo menos um míssil balístico em sua costa leste na terça-feira (19), tirando o novo primeiro-ministro do Japão da campanha.

O lançamento, relatado por autoridades da Coreia do Sul e do Japão, ocorreu depois que enviados dos EUA e da Coreia do Sul se reuniram em Washington para discutir o impasse nuclear com a Coreia do Norte na segunda-feira (18). Os chefes de espionagem dos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão também se reuniram em Seul na terça-feira (19).

O lançamento norte-coreano seria o mais recente teste de armas do país, que avançou com o desenvolvimento militar em face das sanções internacionais impostas sobre suas armas nucleares e programas de mísseis.

Um míssil balístico foi lançado cerca de 10h17, hora local, nas proximidades de Sinpo, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, onde a Coreia do Norte mantém submarinos e também equipamentos para teste de disparo de mísseis balísticos lançados por submarino (SLBMs).

O jornal sul-coreano Joongang Ilbo citou uma fonte militar não identificada dizendo que o governo estava “presumindo que era um teste SLBM”, sem dar detalhes.

A Coreia do Norte também lançou outros tipos de mísseis daquela área.

“Nossos militares estão monitorando de perto a situação e mantendo a postura de prontidão em estreita cooperação com os Estados Unidos, para se preparar para possíveis lançamentos adicionais”, disse JCS em um comunicado.

O conselho de segurança nacional da Coreia do Sul realizou uma reunião de emergência e expressou “profundo pesar” sobre o teste, instando o Norte a retomar as negociações.

O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida disse que dois mísseis balísticos foram detectados e que é “lamentável” que a Coreia do Norte tenha conduzido uma série de testes de mísseis nas últimas semanas.

Não houve uma explicação imediata do JCS da Coreia do Sul para o número conflitante de mísseis detectados.

Mianmar liberta centenas de presos políticos após pressão da ASEAN

O governo militar de Mianmar libertou centenas de presos políticos da famosa prisão de Insein, incluindo o porta-voz do partido de Aung San Suu Kyi e um famoso comediante Zarganar, informou a mídia local.

Minutos depois do discurso do governante militar Min Aung Hlaing na segunda-feira (18), a televisão estatal anunciou que mais de 5.600 pessoas presas ou procuradas por seus papéis em protestos antigolpe seriam libertadas em uma anistia por motivos humanitários.

A libertação foi descrita por alguns ativistas como uma manobra dos militares governantes para tentar reconstruir sua reputação internacional depois que a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) deu a rara iniciativa de excluir o chefe da junta de sua cúpula.

O Relator Especial da ONU, Tom Andrews, no Twitter, saudou a libertação, mas disse que era “ultrajante” eles terem sido detidos.

“A junta está libertando prisioneiros políticos em Mianmar não por causa de uma mudança de atitude, mas por causa da pressão”, disse ele.

A junta já libertou prisioneiros várias vezes desde o golpe de fevereiro.

A ASEAN decidiu convidar um representante apolítico para sua cúpula de 26 a 28 de outubro, em uma afronta sem precedentes aos líderes militares por trás do golpe contra o governo eleito de Aung San Suu Kyi.

Taiwan diz que as chances de guerra com a China no próximo ano são ‘muito baixas’

As chances de guerra com a China no próximo ano são “muito baixas”, disse um importante oficial de segurança taiwanês aos legisladores na quarta-feira (20), em meio ao aumento das tensões entre Taipei e Pequim, que reivindica soberania sobre a ilha.

Taiwan disse repetidamente que se defenderá se for atacado, mas quer manter o status quo com a China, mesmo reclamando das repetidas investidas da Força Aérea chinesa em sua zona de identificação de defesa aérea, ou ADIZ.

“Acho que, em geral, dentro de um ano, a probabilidade de guerra é muito baixa”, disse o diretor-geral do Departamento de Segurança Nacional, Chen Ming-tong, em uma reunião do comitê de defesa parlamentar.

“Mas há muitas coisas nas quais você ainda precisa prestar atenção, chamadas de eventos contingentes.”

No início deste mês, o presidente Tsai Ing-wen disse que Taiwan não seria forçado a se curvar à China, mas reiterou o desejo de paz e diálogo com Pequim.

Excluindo quaisquer “eventos contingentes”, disse Chen, “no próximo ano, dois ou três anos, durante o mandato do presidente Tsai, acho que não haverá problema”.

Chen citou a pandemia Covid-19 como um exemplo de evento inesperado que mudou fundamentalmente a sociedade.

“Ninguém esperava isso”, disse ele.

No início deste mês, a China organizou quatro dias consecutivos de incursões em massa da força aérea no ADIZ de Taiwan, que cobre uma área mais ampla do que o espaço aéreo territorial de Taiwan. Taiwan monitora e patrulha o ADIZ para dar-lhe mais tempo para responder a quaisquer ameaças.

Embora a aeronave da China não tenha entrado no espaço aéreo de Taiwan, voando principalmente no canto sudoeste de seu ADIZ, Taiwan vê o aumento da frequência de incursões como parte da intensificação do assédio militar de Pequim.

A China defendeu suas atividades militares como medidas “justas” para proteger a paz e a estabilidade, atribuindo as tensões ao “conluio” de Taiwan com forças estrangeiras, uma referência velada aos Estados Unidos.

China levanta US$ 4 bilhões em títulos em dólares americanos após atrair forte demanda de investidores

A China levantou US$ 4 bilhões por meio de uma emissão de títulos soberanos em dólares americanos, mostrou um term sheet, com a oferta atraindo uma forte demanda de investidores offshore, apesar da contínua repressão regulatória em todos os setores e dos problemas no mercado imobiliário.

As ofertas dos investidores para o acordo alcançaram US$ 23,2 bilhões, quase seis vezes o valor arrecadado, estatísticas oficiais publicadas por assessores mostraram na quarta-feira (20).

A venda chega em um momento difícil para a China: sua economia está desacelerando, enquanto os investidores estão preocupados com uma repressão regulatória e um possível contágio dos problemas de dívida do China Evergrande Group.

O forte apetite surgiu depois que funcionários do Ministério da Fazenda disseram aos investidores em uma teleconferência na segunda-feira que estavam confiantes de que a desenvolvedora Evergrande não apresentava risco sistêmico, disseram três pessoas com conhecimento do assunto.

As fontes não puderam ser identificadas porque as informações não foram divulgadas.

O Ministério das Finanças não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.

Um funcionário do Banco Popular da China também disse na sexta-feira que o efeito de contágio dos problemas de dívida de Evergrande é controlável e as exposições de risco das instituições financeiras individuais não são grandes.

As ações da Evergrande permanecem em uma paralisação comercial na Bolsa de Valores de Hong Kong depois que ela perdeu uma série de pagamentos de juros de títulos offshore nas últimas semanas. Ele está lutando com mais de US$ 305 bilhões em passivos.

O preço do título soberano da China denominado em dólares foi definido em 6 pontos base (bps) acima dos títulos do Tesouro dos EUA para a tranche de três anos, 12 bps acima para os de cinco anos, 23 bps mais altos para os de 10 anos e 53 bps acima para a tranche de 30 anos.

O preço final do negócio foi significativamente mais baixo do que o primeiro sinalizado.

Calotes no setor imobiliário chinês se acumulam com contágio da Evergrande

Os problemas financeiros da gigante construtora China Evergrande Group (HK:3333) (OTC:EGRNY) estão afetando bônus com grau especulativo do setor imobiliário chinês. Os calotes sobre bônus em dólar emitidos por incorporadoras chinesas estão aumentando rapidamente em meio à desaceleração do setor, e o problema poderá se agravar, visto que uma pilha de dívidas da enfraquecida indústria está para vencer nos próximos meses.

Incorporadoras dominam o mercado chinês de bônus internacionais de alto rendimento, representando cerca de 80% das dívidas totais de US$ 197 bilhões, segundo o Goldman Sachs (NYSE:GS) (SA:GSGI34).

O mercado já enfrentou sua maior turbulência em uma década, depois que a Evergrande falhou no pagamento de juros sobre bônus no fim de setembro, e a concorrente Fantasia Holdings surpreendeu investidores, ao não pagar dívida que venceu no começo de outubro.

Desde então, ao menos quatro incorporadoras chinesas deram calote ou pediram a investidores tempo adicional para acertar suas dívidas.

Além disso, vence no fim de semana um prazo de carência de 30 dias que a Evergrande tem para honrar dívidas com detentores de bônus, e a expectativa é que a empresa dê calote sobre quase US$ 20 bilhões em bônus.

Taxa de pobreza do Egito cai 3% apesar da pandemia

A taxa de pobreza do Egito caiu para o nível mais baixo em 20 anos, de acordo com dados da Agência Central para Mobilização Pública e Estatísticas.

A agência disse que as taxas de pobreza no Egito caíram para 29,7% durante o ano fiscal de 2019-2020, um declínio de 2,8% dos 32,5% registrados em 2017-2018. Acrescentou que isso reflete o sucesso do país na luta pela justiça social em conjunto com as reformas econômicas implementadas pelo estado.

A agência disse que a pobreza extrema no Egito (a porcentagem de pessoas que não conseguem garantir suas necessidades alimentares) diminuiu em todo o país para 4,5% em 2019-2020, ante 6,2% em 2017-2018.

A agência notou uma correlação entre o tamanho das famílias crescentes e a insegurança financeira, dizendo: “O aumento do tamanho da família é uma causa e uma consequência da pobreza. Ao mesmo tempo, é o resultado de famílias pobres não terem proteção social suficiente e, portanto, recorrerem a ter mais filhos para proteção social quando velhos ou doentes como fonte de renda.”

CAPMAS disse que 80,6% dos indivíduos que vivem em famílias com 10 ou mais membros são pobres, e que 48,1% dos indivíduos que vivem em famílias com 6-7 membros também são pobres, em comparação com 7,5% das famílias com menos de quatro membros.

A agência indicou que os níveis de educação são o indicador mais relevante da pobreza, pois as taxas de pobreza diminuem à medida que o nível de educação aumenta entre partes da população.

A porcentagem de pobres entre os egípcios sem educação formal atingiu 35,6% em 2019-2020, em comparação com 9,4% para os graduados universitários.

CAPMAS disse que o estado egípcio está “fazendo muitos esforços” para proteger os pobres com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

Os programas sociais lançados pelo governo egípcio constituem a pedra angular da Visão do Egito para o Desenvolvimento Sustentável 2030.

A agência disse que um dos programas mais importantes é o projeto nacional para o desenvolvimento das aldeias rurais egípcias, que visa melhorar os padrões de vida, construir infraestrutura, apoiar pessoas com deficiência e impulsionar os serviços urbanos.

Os resultados do CAPMAS surgiram no momento em que o Fundo Monetário Internacional elevou sua previsão para o crescimento da economia egípcia durante 2021, apesar das estimativas mais baixas para a economia global.

Parlamento libanês confirma eleições de março em meio a esforços para garantir resgate do FMI

O parlamento do Líbano votou na terça-feira (19) para realizar eleições legislativas em 27 de março, fontes parlamentares disseram, dando ao governo do primeiro-ministro Najib Mikati apenas alguns meses para tentar assegurar um plano de recuperação do FMI em meio a um colapso econômico que se aprofundava.

A crise financeira do Líbano, rotulada pelo Banco Mundial como uma das mais profundas depressões da história moderna, foi agravada por um impasse político por mais de um ano antes de Mikati reunir um gabinete ao lado do Presidente Michel Aoun.

A moeda perdeu 90% do seu valor e três quartos da população foram impelidos para a pobreza. A escassez de bens básicos, como combustível e remédios, tornou a vida cotidiana uma luta.

Mikati, cujo gabinete está focado em retomar as negociações com o Fundo Monetário Internacional, prometeu garantir que as eleições sejam realizadas sem demora e os governos ocidentais pediram o mesmo.

Mas uma discussão sobre a investigação da explosão no porto de Beirute no ano passado, que matou mais de 200 pessoas e destruiu grandes áreas da capital, está ameaçando desviar seu gabinete.

Alguns ministros, alinhados com políticos que o investigador principal, o juiz Tarek Bitar, está tentando questionar sobre a explosão, exigiram na semana passada que o juiz fosse retirado da investigação.

Desde então, Mikati disse que o gabinete não convocará outra reunião até que seja alcançado um acordo sobre como lidar com o assunto.

Na quinta-feira, Beirute testemunhou a pior violência de rua em mais de uma década, com sete pessoas mortas em tiros quando manifestantes dos movimentos xiitas do Hezbollah e Amal fizeram sua manifestação contra o juiz Bitar.

O derramamento de sangue, que despertou a memória da guerra civil de 1975-1990, aumentou os temores pela estabilidade de um país inundado de armas.

A data da eleição antecipada, as eleições eram originalmente esperadas para maio, foi escolhida para não entrar em conflito com o mês sagrado de jejum islâmico do Ramadã.

Assim que um novo parlamento for eleito, o gabinete de Mikati só atuará como interlocutor até que um novo primeiro-ministro receba um voto de confiança e seja incumbido de formar um novo governo.

Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos reiteram apoio ao programa fiscal do Bahrein

Arábia Saudita, Kuwait e os Emirados Árabes Unidos reiteraram seu apoio aos planos do Bahrein de equilibrar seu orçamento, uma medida que deve ajudar seu vizinho nos mercados de capital de dívida, apesar dos atrasos nos planos para consertar suas finanças altamente endividadas.

Os três aliados do Golfo concederam um pacote de ajuda de US$ 10 bilhões ao Bahrein em 2018 para ajudá-lo a evitar uma crise de crédito.

No mês passado, o Bahrein disse que, devido à crise do coronavírus no ano passado, adiou a meta de um orçamento equilibrado para 2024 e anunciou planos para aumentar o imposto sobre valor agregado para aumentar os cofres do estado.

O programa de equilíbrio fiscal, um conjunto de reformas destinadas a equilibrar o orçamento, estava vinculado aos US$ 10 bilhões prometidos.

Os ministros das finanças da Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos se reuniram com o ministro das finanças do Bahrein em 19 de outubro para discutir o progresso do Bahrein na melhoria de suas finanças.

“Os ministros saudaram os esforços do governo do Bahrein na implementação do Programa de Balanço Fiscal e os avanços do governo apesar dos desafios colocados pela pandemia Covid-19”, afirmaram os três países em comunicado conjunto.

“Os Ministros afirmaram seu apoio aos esforços do Reino do Bahrein em buscar novas reformas para aumentar a estabilidade fiscal e fortalecer o crescimento econômico sustentável.”

O atraso do Bahrein em seu programa de balanço fiscal, que atrasou a meta de déficit zero em dois anos, foi visto como improvável de dissuadir os investidores de comprar sua dívida devido às expectativas de apoio contínuo de aliados mais ricos do Golfo, banqueiros e analistas disseram anteriormente à Reuters.

A dívida pública do Bahrein subiu para 133% do produto interno bruto (PIB) no ano passado, de 102% em 2019, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

A S&P prevê que o déficit orçamentário do Bahrein, que foi de 16,8% do PIB no ano passado, deverá atingir uma média de 5% entre 2021 e 2024, excluindo o impacto de um possível aumento no imposto sobre valor agregado.

O Fundo Monetário Árabe avaliou as realizações do programa fiscal, disse o comunicado.

Saudi CMA lança quinta rodada de licenças ‘sandbox’ da fintech

A Saudi Capital Market Authority (CMA) lançou sua quinta rodada de licenças sandbox da fintech, informou a Saudi Press Agency.

Uma área restrita, estabelecida por meio do Laboratório de Tecnologia Financeira do regulador, permite que startups de fintech e outras empresas conduzam experimentos ao vivo sob sua supervisão.

A autoridade disse que aceitará pedidos de licenças de teste de tecnologia financeira de empresas até 15 de dezembro.

A entidade lançou seu primeiro sandbox fintech em fevereiro de 2018, distribuindo 17 licenças em cinco áreas de produtos diferentes, que incluíam plataformas de negociação social e serviços de consultoria automatizados.

Primeiro-ministro da Líbia apoia eleição de 24 de dezembro

O primeiro-ministro líbio, Abdulhamid Dbeibah, apoiou na quinta-feira (21) a realização de uma eleição nacional em 24 de dezembro, conforme previsto em um plano de paz apoiado pela ONU.

Falando na Conferência de Estabilização da Líbia em Trípoli, ele disse que era possível acabar com a longa crise que envolveu o país desde o levante apoiado pela OTAN que derrubou Muammar Kadafi em 2011.

“Apoiamos os esforços do comitê eleitoral superior para manter a votação na data prevista. Peço uma participação ampla e efetiva dos líbios nas eleições”, disse Dbeibah.

A eleição, acordada no âmbito de um processo de paz apoiado pela ONU, foi vista como um passo fundamental nos esforços para encerrar uma década de violência, criando uma nova liderança política cuja legitimidade é amplamente aceita.

As disputas sobre a base constitucional de uma eleição, as regras que regem a votação e as questões sobre sua credibilidade ameaçam destruir o processo de paz.

O processo das Nações Unidas convocou eleições presidenciais e parlamentares para 24 de dezembro.

No entanto, embora o parlamento tenha promulgado uma lei para as eleições presidenciais nessa data, ele emitiu uma lei separada dizendo que as eleições parlamentares acontecerão em uma data posterior. Outras instituições políticas na Líbia rejeitaram as propostas do parlamento.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | R7

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
22/10/2021