Cenário Econômico Nacional – 25/10/2021

Cenário Econômico Nacional – 25/10/2021

Cenário Econômico Nacional – 25/10/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Arrecadação com royalties do petróleo bate recorde e pode ter aumento de mais de R$ 37 bilhões em 2021
  • Rentabilidade dos bancos retorna ao patamar pré-pandemia e lucro sobe, diz Banco Central
  • Estados recalculam em R$ 32 bilhões perdas com projeto que altera ICMS
  • Inflação no Brasil deve fechar ano maior que a de 83% dos países
  • Mercado financeiro sobe para 8,69% a estimativa de inflação em 2021 e vê alta menor do PIB
  • Taxa média de empréstimo pessoal chega a 6,38% ao mês em outubro
  • BC prevê para próximo mês criação da linha financeira de liquidez sustentável, diz diretora
  • Mercado vê risco de desabastecimento de combustíveis e preços ainda mais altos
  • Combustível em alta: ‘inflação do motorista’ dispara e é a maior em 21 anos
  • Empresas brasileiras perdem R$ 284 bilhões em valor de mercado em três dias com piora fiscal do país
  • Após reunião com Mourão, novo embaixador da Noruega diz que Brasil precisa de plano concreto contra o desmatamento
  • Bolsonaro sanciona lei para criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear
  • Lira sinaliza em entrevista discussão sobre programa social fora do teto de gastos
  • Bolsonaro diz que define esta semana extensão do auxílio emergencial e preço do diesel
  • Governo não fecha desenho final do Auxílio Brasil e cancela anúncio
  • STJ determina afastamento do governador do Tocantins, Mauro Carlesse, por 6 meses
  • Senado aprova projeto que antecipa meta de redução de gases de efeito estufa
  • Câmara aprova projeto que dá prioridade no Sistema de Emprego a mulheres vítimas de violência
  • Sem dizer de onde tirará os recursos, Bolsonaro promete ajuda a 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar aumento do diesel
  • Comissão especial aprova PEC dos Precatórios com espaço fiscal de mais de R$ 80 bilhões
  • Serasa compra PagueVeloz na primeira aquisição focada em serviço para consumidor
  • Fleury anuncia aquisição do Laboratório Marcelo Magalhães por R$ 384,5 milhões
  • B3 fecha compra da Neoway por R$ 1,8 bilhão
  • JBS investe R$ 26 milhões em projeto que previne e combate incêndios no Pantanal
  • Embraer renova acordo do Programa Pool com a TAP Express
  • Suzano antecipa para 2025 meta de remover 40 milhões de toneladas de CO2
  • Governo avança na digitalização de serviços para impulsionar exportações de pequenos negócios
  • Concorrente direto do TikTok, Kwai amplia estrutura de negócios no Brasil
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Arrecadação com royalties do petróleo bate recorde e pode ter aumento de mais de R$ 37 bilhões em 2021

Com o dólar mais alto e aumento dos preços internacionais do petróleo, a arrecadação do país com royalties e participações governamentais sobre a produção de óleo e gás alcançou um patamar recorde em 2021 e pode proporcionar uma receita extra de mais de R$ 37 bilhões no ano para os cofres públicos, na comparação com 2020. É o que mostra levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

De acordo com o estudo da consultoria, a receita da União, estados e municípios com este tipo de arrecadação totalizou R$ 35,29 bilhões na parcial do ano até julho, um salto de 28,9% na comparação com os 7 primeiros meses do ano passado. Trata-se do maior valor nominal para o período na série histórica iniciada em 1999. O recorde anterior tinha sido registrado em 2019, quando a arrecadação entre janeiro e julho somou R$ 30,69 bilhões.

A ANP ainda não divulgou dados consolidados do 3º trimestre. Mas somente os royalties geraram para a União, estados e municípios uma receita de R$ 25,18 bilhões entre janeiro e setembro, o que significa que a arrecadação já ultrapassou R$ 41,6 bilhões este ano, segundo os cálculos da CBIE.

“A arrecadação de 2021 vai ser recorde porque o preço do petróleo está bombando e o real está depreciado em relação ao dólar”, afirma o sócio-diretor do CBIE, Adriano Pires. “Tem o lado positivo do aumento da arrecadação para estados, municípios e União, mas tem também o lado negativo, que é a estarmos pagando gasolina, diesel e botijão de gás tão caros”.

Com base no comportamento do mercado nos últimos meses e nas expectativas para o preço do barril de petróleo e para a taxa de câmbio até o fim de 2021, o CBIE estima que a arrecadação com royalties e participações especiais passará de R$ 84 bilhões no ano, o que representaria um crescimento da ordem de 80% (R$ 37,8 bilhões a mais) na comparação com a receita total de 2020, que totalizou R$ 46,71 bilhões.

Royalties são os valores em dinheiro pagos pelas petroleiras à União e aos governos estaduais e municipais dos locais produtores para ter direito a explorar o petróleo. Já as participações especiais são uma compensação adicional e são cobradas quando há grandes volumes de produção ou grande rentabilidade.

Rentabilidade dos bancos retorna ao patamar pré-pandemia e lucro sobe, diz Banco Central

O Banco Central informou na segunda-feira (18) que a rentabilidade dos bancos retornou, no primeiro semestre deste ano, ao nível pré-pandemia. Além disso, informou o BC, o lucro das instituições financeiras também se recuperou.

As informações constam do Relatório de Estabilidade Financeira.

Segundo o Banco Central, “a principal causa para a recuperação da rentabilidade é o menor volume de despesas com provisões”, isto é, os recursos separados para fazer frente a eventuais operações inadimplentes. Para a instituição, contudo, a incerteza ainda está “acima do usual”.

O BC também avaliou que inadimplência “sob controle” e “materialização de perdas aquém do esperado” sugerem que não haverá “alteração significativa nas despesas com provisões no curto prazo”.

“Melhoras consistentes nas receitas com serviços e despesas administrativas crescendo abaixo da inflação também têm beneficiado a rentabilidade”, informou o Banco Central.

O chamado retorno sobre o patrimônio líquido dos bancos (ROE) atingiu 14% nos 12 meses encerrados em junho deste ano, o percentual mais elevado desde maio de 2020 (14,6%).

Nos últimos três meses, ainda de acordo com a instituição, esse indicador somou 15,98%, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2020 (18,15% também no acumulado dos três meses anteriores). Com isso, retomou o patamar registrado antes da eclosão da pandemia de Covid-19.

Junto com a melhora da rentabilidade também houve aumento do lucro. Segundo o BC, o sistema bancário registrou um lucro líquido de R$ 62 bilhões nos seis primeiros meses deste ano, valor 53% acima do registrado no mesmo período de 2020.

“Os resultados tendem a seguir melhorando com o avanço da vacinação e com a recuperação da atividade econômica, mas as incertezas do atual momento econômico seguem acima do usual. Uma recuperação mais lenta da atividade pode prejudicar o cenário para a rentabilidade do sistema à frente”, acrescentou o BC.

Estados recalculam em R$ 32 bilhões perdas com projeto que altera ICMS

Os Estados recalcularam em R$ 32 bilhões o tamanho das perdas com o projeto que altera a forma de cobrança do ICMS para mitigar a alta dos preços dos combustíveis. O projeto foi aprovado pela Câmara e está tramitando agora no Senado.

Em nota, o Comitê Nacional de Secretários Estaduais de Fazenda (Comsefaz), diz que essa perda ocorrerá para Estados e municípios. O cálculo anterior previa uma redução da arrecadação de R$ 24 bilhões.

Depois de não conseguirem barrar o projeto na Câmara, os Estados promovem uma articulação para que os senadores rejeitem o projeto.

Para os Estados, além de ameaçar o financiamento dos gastos obrigatórios e comprometer o equilíbrio fiscal dos entes subnacionais, a mudança no ICMS não solucionará o problema da alta dos preços de combustíveis. Eles argumentam que o problema somente se resolverá com a revisão da Política de Paridade Internacional adotada pela Petrobras desde 2016.

“Não se age sobre a causa da elevação de preços, e se cria uma ficção diversionista que intenta apenas deslocar do governo federal a sua inteira responsabilidade sobre a questão”, diz a nota.

Os Estados classificaram o projeto como um “experimento do desacerto” demasiado custoso para as vidas dos cidadãos em situação de maior vulnerabilidade econômica, que seriam os mais afetados com o corte de recursos de serviços públicos.

O Comsefaz reforça que o projeto é inconstitucional. Eles argumentam que o Congresso tem competência específica em matéria de ICMS para criar um regime monofásico para a tributação dos combustíveis. Mas, mesmo nesse caso, a Constituição reserva ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) a capacidade para dispor sobre alíquotas.

Inflação no Brasil deve fechar ano maior que a de 83% dos países

A inflação é um problema global, mas não é igual no mundo todo. No Brasil, ela deve encerrar o ano maior que a de 83% dos países, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Os dados utilizados pelo estudo do Ibre foram colhidos do último relatório “World Economic Outlook”, elaborado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e divulgado na semana passada, e que alertou para os riscos da alta generalizada de preços.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem afirmado que a alta da inflação é um fenômeno global, e que o Brasil não estaria fora do ‘padrão’.

“Países que tinham zero [de inflação], agora estão em 4%, 5%. Países que tinham 4%, 5%, agora estão em 8%, 9%. Isso acontece, mas tem de haver resposta política”, afirmou ele no início deste mês.

Os dados mostram, no entanto, que o patamar de inflação por aqui supera, em muito, o visto na maior parte do exterior. E, segundo o diretor do Banco Central Bruno Serra, está em um “nível muito elevado” até para o Brasil, acostumado com pressão sobre os preços.

A estimativa do FMI é a que a inflação brasileira encerre o ano em 7,9%, no acumulado de 12 meses até setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou a 10,25%. Se a projeção do fundo se confirmar, o Brasil vai registrar uma inflação bem acima da apurada entre os países emergentes (5,8%) e também da média mundial (4,8%).

Mercado financeiro sobe para 8,69% a estimativa de inflação em 2021 e vê alta menor do PIB

O mercado financeiro elevou pela vigésima oitava semana seguida a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, em 2021. Também passou a prever uma alta menor da atividade econômica.

As previsões do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (18) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano subiu de 8,59% para 8,69%.

O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,17% para 4,18% a estimativa de inflação. Foi a décima terceira alta seguida. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,04% para 5,01% em 2021.

Taxa média de empréstimo pessoal chega a 6,38% ao mês em outubro

Em outubro, a taxa média dos bancos para empréstimo pessoal passou de 6,32% para 6,38% ao mês, segundo pesquisa do Procon-SP. Já a taxa média do cheque especial é a mesma desde fevereiro, 7,96% ao mês.

Esse aumento ocorreu por alterações nas taxas do Banco do Brasil e do Bradesco. O BB alterou de 5,73% para 5,81%, um acréscimo de 0,08 ponto porcentual. Já o Bradesco alterou sua taxa de 7,42% para 7,72%, um acréscimo de 0,30 pp.

O levantamento foi feito em 4 de outubro pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor nos seguintes bancos: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.

BC prevê para próximo mês criação da linha financeira de liquidez sustentável, diz diretora

O Banco Central prevê para o próximo mês a criação da linha financeira de liquidez sustentável dentro de suas ações verdes, afirmou na quinta-feira (21) a diretora de Assuntos Internacionais e Riscos Corporativos da autarquia, Fernanda Guardado.

Por meio das linhas financeiras de liquidez, as instituições financeiras poderão, a partir de 16 de novembro, usar debêntures e notas comerciais como garantia para obter empréstimos junto ao BC. A autoridade monetária já havia indicado a intenção de criar uma linha verde no âmbito dessa iniciativa, mas ainda não havia detalhado quando isso ocorreria.

Ao participar do Seminário Sustentabilidade no 50º Ciclo de Reuniões do Mercosul Financeiro, Guardado indicou para dezembro a implementação de critérios de sustentabilidade para seleção de contrapartes e de investimentos na gestão das reservas internacionais e, para dezembro de 2022, a criação do bureau de crédito sustentável.

Recentemente, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, havia dito que o bureau será alinhado ao open finance, o que fará com que os beneficiários do crédito rural possam compartilhar suas informações sem necessidade de intermediação de agentes financeiros, o que levará a uma melhor precificação dos ativos.

Com o bureau, serão definidos os critérios de sustentabilidade aplicáveis às concessões de crédito rural, que permitirão caracterizar as operações como sustentáveis dos pontos de vista social, ambiental e climático.

Segundo a diretora, no âmbito da supervisão do BC, a intenção também é estruturar e ampliar a coleta de informações sobre riscos socioambientais até o último mês deste ano e realizar testes de estresse climático até abril do ano que vem.

Se atendo exclusivamente ao tema da sustentabilidade, Guardado ponderou que riscos sociais, ambientais e climáticos podem afetar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira, que são o coração da missão da autoridade monetária.

Nesse sentido, ela pontuou que as consequências dos fenômenos El Niño e La Niña na América do Sul são vistas com cada vez mais frequência, afetando a agricultura e a geração de eletricidade e, por conseguinte, a inflação nos países do bloco.

Guardado destacou que esses choques trazem grandes desafios para a condução da política monetária e podem, no longo prazo, afetar a produtividade, o crescimento da atividade e “quiçá até a taxa de juros neutra da economia”.

Mercado vê risco de desabastecimento de combustíveis e preços ainda mais altos

Após a Petrobras ter confirmado que não conseguirá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, distribuidoras e agentes do mercado passaram a alertar para o risco de desabastecimento de gasolina e diesel no país.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirma que não vê indicação de desabastecimento “nesse momento” e que “adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos”.

Analistas e representantes do setor afirmam que há, sim, um risco potencial desabastecimento e de preços ainda mais caros nas bombas, uma vez que o Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para abastecer o país, dependendo de importações, e que a atual política de preços praticada pela Petrobras desestimula a importação de combustíveis por agentes privados, uma vez que os preços no mercado internacional estão mais caros que no mercado doméstico.

O risco é que a demanda por combustíveis nos próximos meses supere em alguma medida a capacidade de produção da Petrobras e da oferta das distribuidoras, provocando um desequilíbrio no mercado.

Em comunicado, a Petrobras afirmou que recebeu uma “demanda atípica” de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los. A estatal destacou, no entanto, que está maximizando sua produção e entregas, “operando com elevada utilização de suas refinarias”.

A Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom, que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis – disse que, em alguns casos, os cortes unilaterais da Petrobras chegaram a mais de 50% do volume solicitado para compra, o que coloca o país em “situação de potencial desabastecimento”.

A Vibra, antiga BR Distribuidora, informou que o anúncio da Petrobras não vai impactar a entrega de combustíveis para a sua rede de postos e clientes. “A Vibra é hoje o maior importador de combustíveis do país e já tomou as providências para garantir o fornecimento aos seus clientes, não havendo risco de desabastecimento”, garantiu a companhia.

Já o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) afirmou, em nota, que o alinhamento de preços domésticos ao mercado internacional é o “mecanismo necessário para garantir o abastecimento do mercado brasileiro de combustíveis” e evitar um “um impacto eventual no suprimento de produtos”.

Combustível em alta: ‘inflação do motorista’ dispara e é a maior em 21 anos

Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000.

Esse aumento passou a consumir boa parte do orçamento dos brasileiros nos últimos meses. A alta também provocou uma enxurrada de reclamações de motoristas de aplicativo, que viram a renda do trabalho diminuir, as principais empresas do setor até anunciaram um aumento no repasse no valor da corrida para os trabalhadores.

Uma comparação com os índices que medem a inflação cheia para o consumidor reforça como a alta de preços tem sido mais expressiva para o motorista:

  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – calculado pelo IBGE – acumula alta de 10,25% até setembro; e
  • O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – apurado pela FGV – subiu 9,57% nos 12 meses até outubro.

“A gasolina, o GNV (Gás Natural Veicular) e o etanol têm sido o principal vilão”, afirma Matheus Peçanha, pesquisador do Ibre e autor do levantamento.

“A gasolina e o GNV têm sido prejudicados pelo barril de petróleo, que tem subido de preço por causa da política da Opep, de reduzir a produção. E há o impacto do câmbio porque a Petrobras reajusta os seus preços com base nessas duas variáveis”, acrescenta Peçanha.

Já o preço do etanol acumula uma alta expressiva por causa da crise climática, que prejudicou a produção de cana-de-açúcar.

Empresas brasileiras perdem R$ 284 bilhões em valor de mercado em três dias com piora fiscal do país

Em três dias, as empresas brasileiras perderam R$ 284 bilhões em valor de mercado na bolsa de valores, segundo um levantamento realizado pela provedora de informações financeiras Economatica.

Ao fim do pregão de segunda-feira (18), as ações das empresas listadas na B3 somavam R$ 4,984 trilhões. Na quinta-feira (21), passaram a valer R$ 4,7 trilhões.

Nesta semana, o mercado financeiro tem reagido muito mal aos movimentos da equipe econômica. Na quarta-feira (20), o ministro Paulo Guedes falou em “licença” para furar o teto de gastos para financiar o valor de R$ 400 para o programa Auxílio Brasil.

Na quinta (21), o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, caiu 2,75%, a 107.735 pontos, é a pior pontuação do ano e a menor desde 23 de novembro (107.378 pontos). Na quarta (20), registrou leve alta de 0,10%. E na terça, recuou 3,28%.

Na semana, o tombo acumulado do Ibovespa é de 6,03%.

Desde terça-feira (19), as empresas que mais perderam valor de mercado foram Petrobras (queda de R$ 24,1 bilhões), Vale (R$ 23,9 bilhões) e Magazine Luiza (R$ 12,3 bilhões).

Após reunião com Mourão, novo embaixador da Noruega diz que Brasil precisa de plano concreto contra o desmatamento

O novo embaixador da Noruega no Brasil, Odd Magne Rudd, afirmou nesta segunda-feira (18), após reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, que o Brasil precisa de um plano concreto para o desmatamento.

Rudd deu a declaração a jornalistas após a audiência com Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia e tenta destravar o Fundo Amazônia. A Noruega é um dos países financiadores.

“Nós temos algumas discordâncias sobre o Fundo da Amazônia, mas estamos prontos para conversar”, disse o embaixador, que acrescentou:

“O Brasil precisa de um plano concreto para o desmatamento, precisa acordar um estilo de gestão do comitê.”

Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização, o Fundo Amazônia está parado desde abril de 2019, quando o governo Bolsonaro extinguiu os colegiados Comitê Orientador (COFA) e o Comitê Técnico (CTFA), que formavam a base do Fundo.

À época, Noruega suspendeu repasses ao fundo. Em resposta, Bolsonaro afirmou que o Brasil não precisava do dinheiro da Alemanha para preservar a Amazônia. No ano passado, a rede Observatório do Clima apontou que o fundo tem cerca de R$ 2,9 bilhões parados.

Bolsonaro sanciona lei para criação da Autoridade Nacional de Segurança Nuclear

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), autarquia responsável por monitorar, regular e fiscalizar as atividades e instalações nucleares no Brasil, informou o Ministério de Minas e Energia na segunda-feira (18).

Com sede no Rio de Janeiro, a nova autarquia tem origem no desmembramento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). As duas autarquias vão usar orçamento, estrutura e pessoal atualmente previstos para a CNEN. Desta forma, não haverá impacto orçamentário.

“A ANSN ficará com a regulação, fiscalização e licenciamento, e a CNEN conduzirá os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento do setor”, disse a pasta em comunicado.

Seguindo a competência de cada órgão, a CNEN continuará vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a ANSN será vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Será competência da nova autarquia regular e controlar estoques e reservas de minérios nucleares. Além disso, ela poderá conceder licenças e autorizações para usinas nucleares, operadores de reator, pesquisas e para o comércio interno e externo de minerais e minérios.

“A criação da ANSN tem o objetivo de separar a pesquisa da regulação e, com isso, atender exigências de gestão e também obter mais celeridade nas atividades”, afirmou o ministério.

Lira sinaliza em entrevista discussão sobre programa social fora do teto de gastos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou em entrevista ao site da revista Veja na noite de segunda-feira (18) a discussão de um programa social fora do teto de gastos públicos.

Lira defendeu que, diante dos impactos sociais provocados no Brasil pela pandemia de Covid-19, não se pode priorizar a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto de gastos em detrimento das necessidades da população mais vulnerável.

“Todo aspecto social nos preocupa muito. Não podemos pensar só em teto de gastos, responsabilidade fiscal, e a Câmara tem feito isso, o Congresso tem feito isso, em detrimento de uma população que está abaixo da linha da pobreza”, disse Lira na entrevista.

A declaração aponta mudança no discurso do presidente da Câmara, que até então em seus comentários públicos sempre defendeu a responsabilidade fiscal e o respeito ao teto de gastos.

Bolsonaro diz que define esta semana extensão do auxílio emergencial e preço do diesel

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que o governo deverá resolver nesta semana detalhes sobre a extensão do auxílio emergencial e também de medidas referentes ao preço do diesel no país.

“Se Deus quiser, nós resolveremos esta semana a extensão do auxílio emergencial, como devemos resolver também esta semana a questão do preço do diesel”, disse.

“As soluções não são fáceis, mas nós temos a obrigação de mostrar a origem do problema e como resolvê-lo”, completou ele, em cerimônia em São Roque (MG) de lançamento de um programa para garantir acesso à água no semiárido brasileiro.

O presidente disse que se reuniu no sábado (16) com ministros, entre eles o titular da Economia, Paulo Guedes, para discutir a extensão do auxílio emergencial em um valor que “dê dignidade” aos necessitados. O benefício pago durante a pandemia encerra-se neste mês.

Apesar da fala do presidente ter sido nominalmente auxílio emergencial, o governo também tem discutido medidas para a criação do Auxílio Brasil, o novo programa de assistência social reforçado que substituirá o Bolsa Família.

A adoção do Auxílio Brasil esbarra, no momento, em qual fonte de financiamento do programa. O governo busca aprovar no Congresso mudanças legais como uma nova forma de pagamento dos precatórios e a reforma do Imposto de Renda com o objetivo de abrir espaço fiscal para custear o novo benefício.

Procurado para esclarecer se o presidente teria se confundido, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência não respondeu de imediato o pedido de comentário.

No caso do preço do diesel, três entidades nacionais de trabalhadores vinculados ao setor de transporte de cargas anunciaram que decidiram decretar estado de greve e que vão iniciar greve nacional a partir de 1º de novembro se o governo federal não atender reivindicações que remontam à paralisação dos caminhoneiros em 2018.

Governo não fecha desenho final do Auxílio Brasil e cancela anúncio

O governo cancelou o anúncio do programa Auxílio Brasil marcado para esta terça-feira, informou o Ministério da Cidadania, em meio a uma forte reação negativa do mercado à decisão de colocar parte do pagamento do benefício que vai substituir o Bolsa Família fora do teto de gastos.

A expectativa era do anúncio de um valor de 400 reais para os beneficiários, num programa que pode ajudar Bolsonaro a recuperar parte de sua popularidade um ano antes da eleição presidencial de 2022.

Ao sair do Congresso no final da tarde, os ministros Ciro Nogueira, da Casa Civil, e João Roma, da Cidadania, disseram que não foi possível finalizar o texto.

“Estamos fechando o texto ainda”, disse Nogueira. Roma foi na mesma linha: “São muitas informações. Pensamos em anunciar, mas não validou ainda.”

Em comunicação enviada na segunda-feira e vista pela Reuters, Bolsonaro convidou ministros para a “Cerimônia de Lançamento do Auxílio Brasil” às 17h, no terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial.

Convidados estavam chegando ao Palácio do Planalto e acabaram sendo informados pela equipe de apoio que a cerimônia não iria mais ocorrer.

Uma fonte com conhecimento do programa explicou que o valor pago às famílias será composto em parte pelo orçamento do Bolsa Família e em parte por um auxílio temporário que, por não ser estruturado como despesa continuada, não precisará de definição de fonte de receita.

Segundo essa fonte, o Bolsa Família será rebatizado de Auxílio Brasil, como planejava o governo, e manterá seu orçamento de 34,7 bilhões de reais previsto para o ano que vem. Mas, para aumentar o valor pago aos beneficiários, um auxílio temporário será criado, ao custo de cerca de 50 bilhões de reais. Parte do auxílio será pago dentro do teto de gastos e parte fora.

Outra fonte, a par das negociações, disse à Reuters que o valor de 400 reais para o Auxílio Brasil foi uma imposição do presidente Jair Bolsonaro.

A informação de que o governo planeja furar o teto de gastos aguçou o mau humor do mercado financeiro.

O relator da medida provisória que trata do Auxílio Brasil, Marcelo Aro (PP-MG), disse ser contrário à solução que está sendo divulgada.

“Eu vinha cobrando do Ministério (da Economia) um posicionamento, números, eles não me passaram e aí tive essa notícia de dois auxílios temporários, que na minha opinião não é o caminho, nós precisamos de uma política estruturante, nós precisamos de uma política de Estado e não acredito que benefícios temporários sejam solução para essa camada mais vulnerável, mais necessitada do país”, disse Aro a jornalistas.

STJ determina afastamento do governador do Tocantins Mauro Carlesse por 6 meses

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), por 6 meses, em uma investigação sobre suposto pagamento de propina e obstrução de investigações. A decisão de afastamento do governador é do ministro Mauro Luiz Campbell e será submetida ao pleno da Corte do STJ, que pode mantê-la ou revogá-la, ainda na quarta-feira (20).

O g1 procurou a assessoria e a defesa de Mauro Carlesse por volta das 7h15 e aguarda posicionamento. O Palácio Araguaia informou que não sabe se o governador foi notificado da decisão de seu afastamento.

A Polícia Federal faz buscas na casa de Carlesse e na sede do governo do Tocantins. Além do governador, também há mandados de busca e apreensão contra secretários estaduais, dentre eles Cristiano Sampaio, titular da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), que também teve seu afastamento do cargo determinado pelo STJ. O g1 procurou a pasta e aguarda posicionamento.

Segundo a PF, as buscas fazem parte de duas operações complementares que investigam pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores estaduais e obstrução de investigações, além de incorporação de recursos públicos desviados ao patrimônio dos investigados.

Conforme apuração da TV Anhanguera, a investigação, até o presente momento, estima que cerca de R$ 44 milhões de reais tenham sido pagos a título de vantagens indevidas. Os valores podem ser maiores, já que a participação de outras empresas no esquema ainda está sendo investigada.

Senado aprova projeto que antecipa meta de redução de gases de efeito estufa

O Senado aprovou na quarta-feira (20) projeto que altera a Política Nacional sobre Mudança do Clima para antecipar a meta de redução de emissão de gases de efeito estufa e fim do desmatamento.

O texto aprovado, que ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados, estabelece o compromisso nacional voluntário de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 43% até 2025, tendo como referência o ano de 2005, e em 50% até 2030.

A meta originalmente prevista na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) apresentada pelo Brasil à Convenção do Clima em dezembro de 2020 estabelecia a redução das emissões em 43% até 2030.

“Concordamos com os argumentos da justificação da matéria sobre prejuízos à economia brasileira em função da recusa europeia em celebrar o acordo com o Mercosul, devido à precária governança ambiental, sobretudo quanto ao desmatamento ilegal na Amazônia”, disse o relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI), no parecer.

“A aprovação do PL em análise seria uma excelente sinalização sobre as intenções do Brasil relacionadas à proteção de suas florestas, pois traria impacto imediato no combate ao desmatamento, visto que essa atividade majoritariamente ilegal, juntamente com a conversão do solo para atividades agropecuárias, constitui a maior fonte de emissões brasileiras”, acrescentou.

Câmara aprova projeto que dá prioridade no Sistema de Emprego a mulheres vítimas de violência

A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira (21) um projeto que prevê prioridade no Sistema Nacional de Emprego (Sine) para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. O texto vai ao Senado.

O Sine foi criado em 1975 e tem entre as atribuições otimização do acesso ao trabalho decente; intermediação da mão de obra; e adequação entre a oferta e a demanda de força de trabalho em todos os níveis de ocupação.

A proposta em discussão no Congresso altera a lei que regulamenta o funcionamento do Sine e fixa que 10% das vagas deverão ser reservadas a mulheres vítimas de violência.

O projeto é de autoria do deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) e foi relatado pela deputada Tábata Amaral (PSB-SP).

Em seu parecer, a deputada afirmou que os casos de violência doméstica comprometem a autonomia econômica das vítimas da violência e aumentam o seu grau de dependência do parceiro assediador.

“Nesse contexto, toda proposta que vise a criar condições que auxiliem as mulheres a se manterem afastadas das situações de violência doméstica é bem-vinda”, afirmou a deputada em seu parecer.

“Como vimos, os impactos da violência doméstica sobre o mercado de trabalho aumentam o grau de dependência das mulheres vítimas de violência e as iniciativas que priorizem o seu acesso ao emprego devem ser incentivadas”, acrescentou.

Sem dizer de onde tirará os recursos, Bolsonaro promete ajuda a 750 mil caminhoneiros autônomos para compensar aumento do diesel

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prometeu na quinta-feira (21) pagar um auxílio a 750 mil caminhoneiros para compensar o aumento do diesel. Ele não disse de onde vai tirar os recursos nem a partir de quando o benefício será pago.

A declaração foi em discurso em Sertânia, em Pernambuco, onde Bolsonaro esteve para inaugurar um ramal de distribuição de água no agreste do estado.

“Decidimos então… Os números serão apresentados nos próximos dias… Nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos: em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel”, afirmou o presidente em discurso para apoiadores.

À noite, em uma live, Bolsonaro disse que o auxílio será de R$ 400 e custará “pouco mais de R$ 3 bilhões” do Orçamento em um ano.

Em setembro, a Petrobras anunciou reajuste no preço do diesel vendido às distribuidoras. Com o reajuste, o preço médio de venda do diesel passou de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro. O reajuste entrou em vigor em 29 de setembro.

O anúncio é feito num momento em que o mercado reage negativamente à proposta do governo de obter uma licença para descumprir o teto de gastos para cumprir a promessa de pagar R$ 400 para beneficiários do Bolsa Família em ano eleitoral.

O anúncio do pagamento dos R$ 400 a partir de novembro até o final de 2022, ano eleitoral, foi feito na quarta-feira (20) pelo ministro da Cidadania, João Roma, que não explicou de onde viria o dinheiro.

No mesmo dia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo estuda rever o teto de gastos, que limita o crescimento dos gastos do governo, ou permitir que uma parte do auxílio fique de fora desse teto.

Comissão especial aprova PEC dos Precatórios com espaço fiscal de mais de R$ 80 bilhões

A comissão especial da Câmara que discute a PEC dos Precatórios concluiu a votação da proposta, que pretende abrir espaço fiscal de mais de 80 bilhões de reais e tem sido apontada como alternativa para financiar um novo Bolsa Família mais robusto.

O texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que agora segue ao plenário da Câmara, abre espaço fiscal a partir da mudança nas regras de pagamento das dívidas judiciais e também de alteração no prazo tomado como referência para correção do teto de gastos. Isso permitiria a ampliação de programas sociais e benefícios temporários a famílias de baixa renda que, somados, devem chegar ao patamar de 400 reais.

O relatório aprovado nesta quinta-feira prevê mudança na janela de correção do teto de gastos pelo IPCA, em alteração que abrirá, se aprovada, um espaço para novos gastos de 83 bilhões de reais no Orçamento do ano que vem.

Na prática, esse texto, de autoria do relator, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), antecipa uma mudança na regra do teto de gastos que, pela Constituição, só poderia ocorrer em 2026.

A solução, costurada junto à ala política do governo, fará com que a margem para acomodar novos gastos em 2022, ano de eleições, seja muito superior a outras alternativas já consideradas.

Originalmente, o governo enviou a PEC ao Congresso propondo parcelar os precatórios para ganhar espaço sob o teto, o que lhe daria uma folga de 33,5 bilhões de reais no Orçamento de 2022. Depois, ficou acertada a saída de impor um limite anual à conta de precatórios, seguindo a mesma sistemática da regra do teto de gastos, mecanismo que aumentaria o espaço sob o teto a 49,1 bilhões de reais.

Agora, o novo texto estabelece que a correção dos gastos pela regra do teto se dará pelo IPCA de janeiro a dezembro do ano anterior, e não mais pelos 12 meses até junho do ano anterior, mecanismo atualmente vigente.

“Além dos 40, entre 40 e 50 bilhões (de reais), que surgirão com a nova modelagem de pagamento de precatórios, nós estamos, com esse movimento, tendo para o ano de 2022 o surgimento de um espaço fiscal de mais de 39 bilhões de reais. Quando isso se soma aos precatórios, nós estamos falando aí de algo na casa de 83 bilhões de reais de espaço fiscal que serão abertos para o ano que vem”, explicou o deputado, ao apresentar seu novo relatório.

No parecer, Motta explicou que as mudanças “adaptam” o teto de gastos aos “novos tempos” com a nova metodologia de cálculo, que permitirá a implementação de medidas extraordinárias, segundo ele, parte desses recursos será destinada à compra de vacinas, e, simultaneamente, confere “previsibilidade no crescimento dos gastos públicos, o que garante a estabilidade da economia”.

Já aprovada na comissão especial, deputados rejeitaram no órgão colegiado emendas destacadas que poderiam alterar o texto da PEC, a proposta segue ao plenário da Câmara dos Deputados, onde precisará passar por dois turnos de votação e receber, para ser aprovada, no mínimo 308 votos favoráveis.

Depois, ainda precisará ser analisada pelo Senado.

Serasa compra PagueVeloz na primeira aquisição focada em serviço para consumidor

A Serasa Experian fechou um acordo para comprar a fintech PagueVeloz, na sua primeira aquisição na vertical de serviços para consumidores (B2C). O valor não foi revelado.

O foco é intensificar a atuação em mercados de alto valor e que alavanquem a combinação entre a expertise em dados e “analytics” da empresa com inovações específicas de cada segmento.

No ecossistema da Serasa, o cliente primeiro consulta seu CPF, em seguida quita as dívidas e, depois, há uma demanda por crédito, que a Serasa oferece indiretamente, através de um marketplace.

Com a PagueVeloz, o objetivo da Serasa é que a baixa das dívidas seja realizada imediatamente, aumentando o score de crédito do cliente de forma mais rápida e facilitando que ele volte a ter acesso ao crédito.

Fleury anuncia aquisição do Laboratório Marcelo Magalhães por R$ 384,5 milhões

O Fleury informou na segunda-feira (18), a aquisição de 100% do Laboratório Marcelo Magalhães e do Marcelo Magalhães Diagnósticos, em conjunto, Laboratório Marcelo Magalhães. O valor do negócio está avaliado em R$ 384,5 milhões. O múltiplo implícito estimado para a transação é de 7,5 vezes o EV/EBITDA para o ano de 2024, considerando as sinergias a serem capturadas após a conclusão da transação.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que o Laboratório Marcelo Magalhães possui 64 anos de história, sendo referência em medicina diagnóstica com análises clínicas no estado de Pernambuco. As Sociedades atuam por meio de 13 unidades de atendimento e de serviço de atendimento domiciliar na região metropolitana de Recife. A receita bruta do Laboratório Marcelo Magalhães, para os últimos 12 meses encerrados em 31 de julho de 2021, atingiu R$ 114,0 milhões.

“Esta aquisição reforça a estratégia de aceleração de crescimento da companhia, expandindo sua presença no Estado de Pernambuco e aumentando a capilaridade para 31 unidades de atendimento na região metropolitana de Recife, onde a empresa já atua com exames de análises clínicas e imagem, por meio das marcas a+ Medicina Diagnóstica e Diagmax”, destaca.

A conclusão da transação está sujeita a condições precedentes usuais em tais tipos de negociação, dentre elas a obtenção da aprovação da aquisição pelo Cade. Segundo a empresa, a após verificação das condições precedentes, será convocada Assembleia Geral de Acionistas da Companhia para ratificação da transação pelos seus acionistas.

B3 fecha compra da Neoway por R$ 1,8 bilhão

A B3 informou na terça-feira (19), que celebrou Contrato Particular de Compra (“Contrato”) tendo por objeto a aquisição de 100% do capital social da Neoway Tecnologia Integrada Assessoria e Negócios, empresa de tecnologia especializada em big data analytics e inteligência artificial para negócios, por R$ 1,8 bilhão.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que os recursos serão provenientes do caixa livre da B3. A compra será submetida à aprovação da Assembleia Geral Extraordinária de Acionistas, a ser oportunamente convocada.

O fechamento da operação está sujeito à implementação de determinadas condições precedentes usuais nesse tipo de transação, incluindo sua aprovação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Segundo a B3, a aquisição da Neoway está em linha com a estratégia da B3 de desenvolver produtos de dados e analytics para os mercados financeiro e de capitais, bem como de crédito e varejo, atendendo tanto clientes financeiros quanto clientes de outros mercados.

“A aquisição trará capabilities de ciência de dados e analíticas complementares às da B3, contribuindo para aumentar a capilaridade de produtos de dados existentes e time-to-market de lançamentos futuros, além do fortalecimento da engenharia e modelagem de dados via capital intelectual e uma plataforma bem estabelecida. A gestão da Neoway acontecerá com grande independência para preservar sua flexibilidade e forte cultura de inovação”, informa.

Fundada em 2002, a Neoway é uma das maiores empresas de big data analytics e inteligência artificial para negócios da América Latina, oferecendo soluções que geram maior produtividade e precisão na tomada de decisão em vendas e marketing, crédito, prevenção de fraudes, Compliance e inteligência jurídica, entre outros, em aproximadamente 20 grandes setores, incluindo financeiro, automotivo e transporte, bens de consumo, cobrança e recuperação, construção civil, óleo e gás, saúde e tecnologia.

A Neoway possui mais de 450 funcionários em três escritórios, mais de 500 clientes, e tem receita líquida projetada de R$190 milhões para 2022.

JBS investe R$ 26 milhões em projeto que previne e combate incêndios no Pantanal

A JBS anunciou que vai investir cerca de R$ 26 milhões nos próximos quatro anos em um projeto para prevenir e combater incêndios no Pantanal. Segundo a companhia, a iniciativa é uma parceria com a startup Um Grau e Meio e a expectativa é de redução de mais de 50% das áreas queimadas por meio do acompanhamento por uma plataforma de inteligência artificial.

“A plataforma conta com uma gestão de incêndios, cruzando informações vindas de satélites, imagens de câmeras posicionadas em torres instaladas em fazendas, dados meteorológicos e histórico de fogo no local para emitir alertas em tempo real sobre casos de incêndio, além de investimentos no trabalho de campo, com brigadas atuando na linha de frente dos focos”, explica a JBS.

A princípio, o projeto consegue cobrir uma área de 2 milhões de hectares em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A área será dividida de acordo com a disposição das brigadas de apoio criadas pela JBS e por outras instituições participantes no controle dos incêndios.

Além da parte prática do projeto, as equipes da Brigada Aliança, construída pela empresa, também farão um trabalho de engajamento e conscientização dos produtores rurais.

“Até o momento, 98 voluntários das fazendas cadastradas no projeto receberam treinamento e estão fortalecendo os combates a incêndios no Pantanal. Como resultado da ação em conjunto da JBS, mais de 140 propriedades rurais já foram cadastradas. Cada uma delas recebeu um diagnóstico completo, incluindo o histórico recente e o risco de novos incêndios”, informou.

Embraer renova acordo do Programa Pool com a TAP Express

A Embraer anunciou na quarta-feira (20) no MRO Europe, evento de manutenção aeronáutica, que assinou a renovação de contrato para o Programa Pool com a TAP Express, subsidiária da TAP Air Portugal. O contrato inclui amplo suporte para componentes da frota de E-Jets da companhia aérea. Atualmente, o Programa Pool atende mais de 50 companhias aéreas em todo o mundo. O valor não foi informado.

Para o diretor Geral da TAP Express, Valter Fernandes, ao longo dos anos, o apoio da Embraer provou ser de enorme valor para a operação da empresa. “Ter a Embraer ao nosso lado nos proporciona a tranquilidade necessária para podermos focar apenas nas operações diárias para oferecer aos passageiros o nosso melhor serviço”, disse.

Desde 1998, a TAP Express, antes conhecida como PGA-Portugália Airlines, conta com a Embraer para o suporte de seus componentes por meio do Programa Pool na operação de suas aeronaves ERJ 145. Em 2016, a companhia aérea introduziu os E-Jets na sua frota, que atualmente conta com 13 jatos, e a parceria foi estendida para esse novo tipo de aeronave.

“Estamos muito satisfeitos por ampliar a nossa parceria de longa data com a TAP por muitos anos no futuro. A renovação com a TAP é um aval ao trabalho de suporte da Embraer e de nossas equipes de atendimento”, afirmou Danielle Vardaro, Head de Suporte Global ao Cliente e Pós-Venda, Embraer Serviços & Suporte.

O Programa Pool da Embraer permite às companhias aéreas minimizar investimentos iniciais em estoques e itens reparáveis de alto valor, aproveitando o conhecimento técnico da Embraer e sua vasta rede de prestadores de serviços de reparo de componentes. Os resultados são significativas economias em custos de reparo e manutenção de estoque, redução no espaço de armazenamento necessário e a virtual eliminação da necessidade de recursos exigidos para o gerenciamento de reparos, garantindo, ao mesmo tempo, os níveis de desempenho.

Tenda planeja construção de 10 mil casas de madeira ao ano

A Tenda lançou seu terceiro projeto-piloto de casas de madeira, um mercado praticamente inexplorado no Brasil e que a companhia pretende dominar nos próximos anos. A meta é fabricar 10 mil casas de madeira por ano a partir de 2026, o que representará um negócio de R$ 2 bilhões. Para isso, o grupo investirá de R$ 75 milhões a R$ 100 milhões anuais nos próximos quatro anos.

O novo empreendimento fica na cidade paulista de Santa Bárbara d’Oeste. Ao todo, são 75 unidades, das quais 35 foram vendidas em apenas 20 dias.

As casas têm dois dormitórios e área de 47,5 m², com valores a partir de R$ 200 mil, dentro do programa Casa Verde e Amarela, antigo Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deve movimentar cerca de R$ 15 milhões em vendas.

Esse foi o primeiro projeto lançado com a marca da Alea, startup de negócios criado pela Tenda para desenvolver a construção em woodframe, modelo com uso intensivo de madeira, muito comum no Canadá, nos EUA e na Europa.

“Esse nível de vendas mostra que tivemos uma boa aceitação”, avalia o diretor executivo da Alea, Marcelo Melo. “Estamos na fase de projetos-piloto, testando e aprendendo para começar o ramp up (expansão do projeto) a partir de 2023.”

O próximo lançamento será um conjunto de 168 casas em Iperó, cidade de 40 mil habitantes também no interior de São Paulo. Outros dois empreendimentos já haviam sido lançados em Mogi das Cruzes e Leme, somando 99 unidades – das quais mais de 60% vendidas numa faixa entre R$ 140 mil e R$ 180 mil, dentro do programa popular habitacional.

A companhia está testando a aceitação do consumidor em relação às casas de madeira, ao preço e ao nível dos condomínios. Em Santa Bárbara d’Oeste, por exemplo, o padrão foi mais alto, com condomínio fechado, casas térreas, não geminadas e rodeadas de alamedas arborizadas.

Segundo a construtora, a nova tecnologia é muito mais do que uma “casa de madeira”. O formato cria uma parede composta por quatro elementos: na parte estrutural, o painel tem pilares de pinus de reflorestamento; o “recheio” é feito com cimento, gesso e uma membrana que faz com que a umidade saia da casa, mas não a deixe entrar. Além disso, segundo a Tenda, os materiais usados garantem conforto acústico e térmico.

Governo avança na digitalização de serviços para impulsionar exportações de pequenos negócios

O Governo Federal apresentou na quinta-feira (21) um novo serviço digital por meio do qual micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras poderão realizar um autodiagnóstico de maturidade exportadora e receber, de forma automática, um plano de ações para internacionalização. O serviço é baseado na metodologia do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), coordenado pelo Ministério da Economia, e teve sua digitalização financiada devido à parceria com o governo do Reino Unido.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, “quando estiver finalizado, esse novo serviço, 100% digital, automatizado e gratuito, permitirá a qualquer empresa brasileira, de qualquer setor, porte ou região do país, ter uma visão precisa de qual é o seu estágio de maturidade para exportar e de quais serviços ela poderá consumir para viabilizar sua internacionalização”.

O PNCE digital e automatizado é o primeiro serviço de uma nova plataforma, também em desenvolvimento com apoio do governo britânico, que permitirá às MPMEs brasileiras identificarem e consumirem serviços voltados à exportação, tanto na fase de pré-fechamento do contrato, como capacitação empresarial e inteligência de mercado, quanto no pós-fechamento, como financiamento e logística.

“A plataforma que estamos desenvolvendo é pioneira na América Latina. Ela permitirá aos pequenos negócios do Brasil acessarem serviços diferentes em uma única plataforma e viabilizarem suas exportações em um só lugar. Hoje, no mundo, somente Singapura tem uma solução digital similar”, aponta o embaixador do Reino Unido no Brasil, Peter Wilson.

A metodologia do autodiagnóstico de maturidade exportadora e do plano de ações para internacionalização do PNCE foi desenvolvida, em 2017, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a União Industrial Argentina (UIA) e o FUNDECYT-PCTEX, da Espanha. Denominada Rota Global, a metodologia foi finalista em premiação da Câmara de Comércio Internacional (ICC) e transferida ao Ministério da Economia em 2018.

“Desenvolvemos uma metodologia flexível, que atendesse às necessidades das diversas instituições públicas e privadas de apoio ao setor privado, de modo que o plano de internacionalização que a empresa recebe seja o mais completo possível, indicando os principais serviços disponíveis no Brasil para apoiar o pequeno negócio que queira exportar”, destaca o superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, Renato da Fonseca.

Esta primeira entrega do PNCE digital e automatizado será apresentada a um conjunto de instituições voltadas a apoiar a internacionalização de empresas brasileiras, sobretudo nos estados e no Distrito Federal, incluindo órgãos de governos locais, federações de indústrias, unidades regionais do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e associações comerciais, entre outras.

“Essa é a ‘Agenda 2.0’ da facilitação de comércio no Brasil. Estamos fazendo uma entrega que vai além dos compromissos que o país assumiu na Organização Mundial do Comércio, porque acreditamos que a digitalização do comércio exterior é o caminho mais rápido para inserirmos os pequenos negócios no comércio internacional”, enfatiza o secretário Lucas Ferraz.

Concorrente direto do TikTok, Kwai amplia estrutura de negócios no Brasil

Presente no Brasil desde 2018, o aplicativo chinês de vídeos curtos Kwai, apresentou sua nova estratégia de negócios para o mercado local. A plataforma, que nos últimos meses investiu em contratações e ampliação de equipes das áreas de vendas, marketing, comunicação e conteúdo, levou, recentemente, profissionais de empresas como Pinterest, Google e Twitch para sua estrutura. A movimentação é reflexo da abertura de capital da Kuaishou, dona da plataforma, em fevereiro deste ano, em Hong Kong. Na ocasião, o valor captado foi de US$ 5,4 bilhões levando a empresa a atingir US$ 220 bilhões em valor de mercado.

Na nova fase do aplicativo no Brasil, está o lançamento do Kwai For Business, plataforma destinada a empresas com soluções para inserção de conteúdo publicitário e ferramentas orientadas a social-commerce. O serviço permite que marcas e agências de publicidade criem seus próprios conteúdos e gerenciem formatos.

Paulo Fernandes, diretor de monetização para Américas do Kwai, explica que o lançamento estava previsto para 2022, mas foi adiantado em função do crescimento da plataforma no Brasil. “Temos hoje, no País, uma base de 45,4 milhões de usuários, de acordo com a ComScore”, explica.

No início de outubro, a plataforma anunciou seus primeiros parceiros no mercado brasileiro. Entre eles, as empresas 99, Amazon Prime Video, O Boticário, Duolingo e Subway. Globalmente, o Kwai concorre diretamente com o TikTok, plataforma também de origem chinesa de propriedade da Bytedance que já vale mais de US$ 250 bilhões e tem o mercado brasileiro como estratégico. Nos últimos meses, a plataforma fechou parcerias de transmissão inéditas, por exemplo, de campeonatos de futebol como o Brasileirão e exibições de shows exclusivos como do artista J Balvin.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Analistas do mercado financeiro avaliam que o Banco Central terá que fazer um ajuste monetário mais duro para compensar os efeitos inflacionários da falta de compromisso com a responsabilidade fiscal mostrada pelo governo. Após a declaração de Paulo Guedes em favor da alteração no teto de gastos, bancos e corretoras elevaram as previsões para a alta da taxa básica de juros (Selic), que será decidida na próxima semana. Já se fala em uma elevação de, no mínimo, 1,5 ponto percentual, elevando a taxa Selic para 7,75% ao ano.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 8,75%, ante 8,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), a projeção para o IGP-M ficou em 17,75%, ante 17,50% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

Em nova revisão para o IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o Safra projetou 8,8% ao fim de 2021, em crescente em relação aos 8,4% projetados anteriormente.

“Entre os motivos para a revisão está a alta no preço internacional de combustíveis, movimento ilustrado pelo aumento da ordem de 30% em dois meses do barril de petróleo Brent, a referência global da commodity“, diz o Safra.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 8,96%, ante 8,69% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,0% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com agosto de 2020, a atividade econômica cresceu 4,4% em agosto de 2021.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (25), A projeção para o PIB ficou em 4,97%, ante 5,01% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (18), o Ibovespa fechou em queda, as leituras abaixo do esperado sobre o PIB da China no terceiro trimestre e a produção industrial do país em setembro pressionaram, em especial, Vale e o setor de siderurgia. O índice Ibovespa teve queda de 0,19%, a 114.428,18 pontos. O volume financeiro somou R$ 33,1 bilhões.

Na terça-feira (19), o Ibovespa fechou em forte queda, notícias do plano do governo para financiar seu programa de auxílio social confirmaram nesta terça-feira (19) os temores de iminente rompimento do teto de gastos, avivando um pessimismo que derreteu as ações brasileiras. O índice Ibovespa teve queda de 3,28%, a 110.672,76 pontos. O volume financeiro somou R$ 36,7 bilhões.

Na quarta-feira (20), o Ibovespa fechou em leve alta, após o governo federal anunciar seu programa de renda mínima prometendo respeitar o teto de gastos, mas a falta de pistas sobre como fará isso manteve os investidores desconfiados. O índice Ibovespa teve alta de 0,1%, a 110.786,43 pontos. O volume financeiro somou R$ 31 bilhões.

Na quinta-feira (21), o Ibovespa fechou em forte queda alta, a confirmação de que o governo planeja driblar o teto de gastos para financiar seu programa de auxílio social a ser lançado antes das eleições de 2022 ditou piora generalizada das perspectivas econômicas do país e levou o principal índice de ações brasileiras ao piso em 11 meses. O índice Ibovespa teve queda de 2,75%, a 107.735,01 pontos. O volume financeiro somou R$ 49 bilhões.

Na sexta-feira (22), por volta das 14h25, o índice Ibovespa operava em queda de 1,94%, a 105.650,29 pontos. Com o pessimismo com o quadro macroeconômico evoluindo para especulações sobre demissão do ministro da Economia, Paulo Guedes, e especialistas passando a sugerir que investidores busquem papéis de empresas experientes em superar crise. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,34%, fechando a 106.296,18 pontos. O volume financeiro somou 58,7 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (22), por volta das 14h26, o dólar registrava queda de 0,08%, cotado a R$ 5,6640 na venda. O dólar à vista zerou os ganhos de mais cedo e esboçava queda na tarde de sexta-feira (22), deixando para trás máximas do dia acima de 5,75 reais, com o noticiário em torno do ministro da Economia, Paulo Guedes, dominando o foco de participantes do mercado.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (22) cotado a R$ 5,627, o alívio do mercado financeiro veio de vez quando Bolsonaro e Guedes apareceram juntos, selando a permanência do ministro no governo. Embora Guedes tenha perdido grande parte da sua credibilidade entre os investidores.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Yahoo! Finanças

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
25/10/2021