Cenário Econômico Nacional – 08/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 08/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 08/11/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Governo revê estimativa de inflação, e salário mínimo em 2022 pode subir para R$ 1.200
  • Mercado projeta alta maior da inflação e passa a ver juro básico acima de 10% ao ano em 2022
  • BC prevê bureau de crédito rural sustentável até junho de 2022
  • Alta de preços de energia tirará R$ 22,4 bilhões do PIB do país em 2021 e 2022, diz CNI
  • Mercado prevê inflação menor em 2022, mas ainda será alta e ameaça emprego
  • Alta dos juros também terá impacto no crédito imobiliário
  • FecomercioSP: Turismo cresce na capital paulista pelo quinto mês seguido
  • Produção industrial tem 4ª queda seguida e fecha 3º trimestre com retração de 1,7%
  • Preço da gasolina atinge maior valor do século
  • Preço dos imóveis residenciais sobe em outubro, mas abaixo da inflação
  • Lira espera relatório do PL da fake news nesta semana e quer votar texto em novembro
  • Para aprovar PEC dos Precatórios, governo deve superar insatisfação da base aliada com emendas
  • Moro se filiará ao Podemos em 10 de novembro de olho no Planalto
  • Senado defende no STF que ação de Bolsonaro contra decisão da CPI seja rejeitada
  • Rede vai ao STF contra portaria que proíbe demissão de quem não se vacinar
  • Câmara aprova texto-base da PEC dos Precatórios em 1º turno
  • Pacheco define esforço concentrado do Senado no fim do mês e pode destravar votação de Mendonça ao STF
  • PF faz buscas contra desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas
  • Barroso cobra informações do governo sobre portaria que proíbe demissão de quem não se vacinar
  • Após anunciar saída do MPF, exoneração de Deltan Dallagnol é publicada em Diário Oficial
  • Burger King desiste de assumir operações da Domino’s Pizza no mercado brasileiro
  • Grupo dono do restaurante Spoleto compra empresa detentora das marcas China in Box e Gendai
  • Grupo com Beto Carrero World e Playcenter faz proposta para comprar parque Hopi Hari
  • Caixa promete zerar emissão de gás efeito estufa até 2026
  • JBS e DSM fazem parceria para reduzir emissões de metano na cadeia bovina
  • GPA tem prejuízo de R$ 88 milhões no 3º trimestre
  • Setor de serviços lidera contratações e demissões ao mesmo tempo
  • Claro, Vivo e TIM arrematam principais faixas do 5G e garantem liderança
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Governo revê estimativa de inflação, e salário mínimo em 2022 pode subir para R$ 1.200

O secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Esteves Colnago, informou nesta semana que a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano subiu de 8,4% para 9,1%.

O INPC é a base da correção anual do salário mínimo pelo governo. Se esse aumento previsto se confirmar e não houver mudança no cálculo, o reajuste do salário mínimo em 2022 também será maior que o estimado anteriormente.

Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.100. Com a nova previsão para o INPC no acumulado de 2021, o valor subiria para R$ 1.200,1 no ano que vem. Esse valor está R$ 31,1 acima da última proposta oficial do governo para o salário mínimo em 2022, divulgada em agosto, de R$ 1.169.

De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo serve de referência para 50 milhões de pessoas no Brasil, das quais 24 milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Constituição determina que o salário mínimo tem de ser corrigido, ao menos, pela variação do INPC do ano anterior.

Em 2021, porém, o salário mínimo de R$ 1.100 não repôs a inflação do ano passado. A correção aplicada pelo governo foi de 5,26%, mas a inflação medida pelo INPC somou 5,45% no ano passado.

Para que não houvesse perda de poder de compra, o valor do salário mínimo deveria ter sido reajustado para R$ 1.101,95 neste ano.

Em agosto, o então secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, que deixou o cargo recentemente, informou que a compensação dos R$ 2 devidos pelo governo será feita no fim deste ano, quando for enviada a medida provisória que corrigirá o salário mínimo em 2022.

Mercado projeta alta maior da inflação e passa a ver juro básico acima de 10% ao ano em 2022

O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2021 e em 2022. Os analistas também passaram a estimar a taxa básica de juros da economia acima de 10% ao ano em 2022.

As previsões constam do relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (01) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para este ano subiu de 8,96% para 9,17%. Foi a trigésima semana seguida de aumento e a primeira vez que a estimativa ficou acima da marca dos 9%.

O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,40% para 4,55% a estimativa de inflação. Foi a 15ª alta seguida. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

BC prevê bureau de crédito rural sustentável até junho de 2022

O Banco Central prevê a implementação de um bureau de crédito rural sustentável até junho do ano que vem, prazo mais curto que o divulgado anteriormente, conforme apontamentos da diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos​ da autarquia, Fernanda Guardado, divulgados por ocasião da sua participação na COP26.

Segundo os apontamentos, que foram divulgados pela assessoria de imprensa do BC, a criação do bureau verde é considerada uma das principais ações em progresso no âmbito da agenda de sustentabilidade da autarquia.

Considerada sensível para o setor agropecuário, a criação do bureau verde havia sido indicada pela diretora para dezembro de 2022, em evento público ocorrido há menos de 15 dias.

Guardado participa do “Finance Day Presidency Event: A Financial System for Net Zero” da COP26, em Glasgow, no Reino Unido, no lugar do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que não viajou para o compromisso após ter se machucado durante a prática de esportes.

“A medida (bureau verde) busca definir critérios de sustentabilidade aplicáveis às concessões de crédito rural, o que permitirá caracterizar as operações de crédito rural com adicionalidades sociais, ambientais e climáticas”, traz o documento.

“O bureau verde será uma ferramenta de gestão de risco por parte das instituições financeiras, melhorando a precificação de ativos e o acesso a novas fontes de recursos, sob um arcabouço de open finance”, complementou.

Guardado também sinalizou, de acordo com os apontamentos, que o BC vai exigir primeiro informações qualitativas das instituições financeiras sobre riscos ESG, referentes a aspectos ambientais, sociais e de governança, mas num segundo momento ampliará esse escopo para informações quantitativas.

Isso porque o BC entende que o desenvolvimento de uma agenda de sustentabilidade requer tempo e, por isso, precisa de um cronograma gradual para uma implementação viável.

Em setembro, o BC anunciou novas regras que obrigam os bancos a incorporar riscos relacionados a mudanças climáticas, como secas, inundações e incêndios, a seus testes de estresse a partir de julho de 2022.

A autarquia também tornou obrigatório às instituições financeiras divulgar informações relacionadas ao clima como parte de seus relatórios financeiros, o que está em linha com recomendações da força tarefa do Conselho de Estabilidade Financeira do G20 que trata do tema (TCFD na sigla em inglês).

Alta de preços de energia tirará R$ 22,4 bilhões do PIB do país em 2021 e 2022, diz CNI

O recente salto dos preços de energia, impulsionado em parte pela crise hídrica, terá impacto negativo bilionário na atividade econômica do Brasil em 2021 e 2022, com os efeitos se espalhando para o mercado de trabalho e o consumo das famílias, de acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O custo mais alto da energia elétrica resultará em perda de R$ 8,2 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a preços de 2020 em comparação com o que ocorreria sem a crise energética, aponta a pesquisa. Isso é o equivalente a variação negativa de 0,11%.

Para 2022, o impacto deve ser de R$ 14,2 bilhões a preços de 2020, ou impacto negativo de 0,19%.

O mercado de trabalho sofre o baque da inflação no setor, com a CNI prevendo perda de 166 mil empregos no final deste ano em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021 em consequência dos impactos diretos e indiretos do aumento de custos. No ano que vem, a crise energética deve afetar 290 mil empregos em relação ao número de pessoas ocupadas no primeiro trimestre deste ano.

O consumo das famílias, enquanto isso, verá redução de R$ 7 bilhões neste ano, a preços de 2020, como consequência da pressão dos custos de energia, segundo a CNI, o equivalente a variação negativa de 0,15%. Para o ano que vem, o efeito será de 12,1 bilhões de reais a preços de 2020, ou queda de 0,26%.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou em nota que a crise de abastecimento dos reservatórios de água brasileiros afetou a produção de energia nas hidrelétricas, fonte mais barata, e aumentou o uso de usinas mais onerosas, como as termelétricas, o que ajuda a explicar o salto da inflação.

Mas os elevados encargos, impostos e taxas setoriais da tarifa de energia já pesavam sobre a economia brasileira mesmo antes da crise, disse ele.

“O alto custo dos impostos e dos encargos setoriais e os erros regulatórios tornaram a energia elétrica paga pela indústria uma das mais caras do mundo, o que nos preocupa muito, pois a energia elétrica é um dos principais insumos da indústria brasileira”, afirmou Braga de Andrade. “Essa elevação do custo de geração de energia é repassada aos consumidores, com impactos bastante negativos sobre a economia.”

Mercado prevê inflação menor em 2022, mas ainda será alta e ameaça emprego

A inflação do Brasil neste ano será a maior desde 2015, mas deve desacelerar para a metade disso em 2022. Essa ainda é a aposta dominante do mercado, segundo estimativas de mais de cem instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Banco Central no Boletim Focus. Mas esse cenário está piorando a cada semana. Já há economista duvidando que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial do governo para a inflação no país, caia no ano que vem.

Quem duvida da queda da inflação em 2022 diz que as causas dos preços elevados neste ano vão continuar atuando ano que vem. Mesmo os economistas que acreditam numa desaceleração da inflação destacam que isso só vai acontecer porque o Banco Central vai apressar o aumento de juros. Isso atrapalha o crescimento da economia e, por consequência, a geração de empregos.

A maior inflação brasileira em mais de meia década está sendo provocada por quatro principais fatores, dizem economistas.

  • Dólar: O dólar já subiu 25% desde o começo de março de 2020, ficando acima de R$ 5 desde o começo da pandemia -salvo em breves momentos em junho de 2020 e junho deste ano. A moeda americana encarece tudo que tem seu preço definido no mercado internacional, como os combustíveis.
  • Combustíveis: Puxado por preço internacional do petróleo e dólar mais elevado, o grupo combustíveis no IPCA subiu 42% em 12 meses até setembro. Gasolina, diesel e etanol mais caros contaminam outros preços, pois transportes entram nos custos de todos os setores da economia.
  • Energia: A escassez de água levou o governo a acionar as usinas térmicas, que custam mais caro que as hidrelétricas. A energia elétrica residencial já acumula alta de 28,8% em 12 meses até setembro.
  • Alimentos: Os alimentos, que já estavam subindo por causa do dólar e dos combustíveis, sofreram outro impacto provocado pelas geadas, que afetou a produção.

Quem vai pagar essa conta da inflação mais elevada será o trabalhador, afirmam economistas. Segundo eles, o remédio dos juros mais elevados usado pelo Banco Central para retomar o controle da inflação vai ter como efeito colateral uma economia mais fraca.

Alta dos juros também terá impacto no crédito imobiliário

A aceleração do ciclo de alta da Selic deve detonar uma nova rodada de aumento das taxas de juros dos financiamentos imobiliários em breve, segundo representantes do mercado. Portanto, a tendência é que haja uma desaceleração no ritmo dos negócios daqui para frente.

A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) estima que os juros dos empréstimos subam da faixa atual de 7% a 8% para 9% ao ano entre o fim de 2021 e começo de 2022. Neste semestre, bancos privados como Bradesco, Itaú e Santander já elevaram as taxas duas vezes.

“Um novo aumento vai tirar uma parte das pessoas do mercado. A prestação pode não caber mais no bolso. Mas, ainda assim, será uma taxa palatável”, ponderou a presidente da Abecip, Cristiane Portella.

A Abecip projeta um crescimento de 57% no volume de empréstimos neste ano, chegando ao recorde de R$ 195 bilhões. De janeiro a setembro, os financiamentos já totalizaram R$ 155 bilhões. Para o ano que vem, a expectativa é de desaceleração, com uma alta próxima de 10%, já considerando taxas maiores. “Será um resultado positivo. Vamos ver um crescimento em cima de uma base muito parruda”, ressaltou.

O diretor executivo do Bradesco, José Ramos Rocha, também acredita em elevação das taxas e em uma desaceleração do mercado de crédito imobiliário. No entanto, avalia que o setor está longe de entrar numa crise. “Olhando para 2022, estamos muito otimistas. Talvez não se mantenham os níveis de crescimento que tivemos em 2021, mas serão ainda muito positivos”, disse. Mesmo que a Selic chegue aos dois dígitos, Rocha espera que o crédito para setor não suba no mesmo ritmo. Isso porque essa modalidade de financiamento tem muito apelo entre os bancos por fidelizar os clientes por vários anos, estimulando a competição.

“Se a taxa não subir para a casa dos dois dígitos, terá um efeito psicológico importante na decisão do tomador em querer financiar o seu imóvel próprio. Mas, se tivermos uma mudança para um cenário muito mais adverso do que o atual, talvez as pessoas e as empresas recuem em suas decisões de investimento.”

FecomercioSP: Turismo cresce na capital paulista pelo quinto mês seguido

Impulsionada pelo feriado da Independência, a capital paulista foi um destino atrativo para o turismo no mês de setembro, segundo Índice Mensal de Atividade do Turismo de São Paulo (IMAT-SP), do Conselho de Turismo (CT), da FecomercioSP. No nono mês do ano, o indicador ficou em 64,7 pontos, um salto de 48,2% em relação ao mesmo mês do ano passado e uma alta de 4,7% frente a agosto.

O indicador, que considera uma escala de 0 a 100, analisa as movimentações de passageiros nas rodoviárias e nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade, o faturamento do setor do turismo e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo.

O faturamento das empresas do setor obteve alta de 6,3% em relação a agosto e subiu 60% na comparação anual. O estoque de empregos cresceu 0,7%. O índice de 96,9 pontos é o maior desde abril de 2020, consequência da recuperação da confiança do empresário diante do primeiro mês após a liberação dos eventos sociais e das feiras corporativas no Estado. O fim de ano, com fins de semana repletos de eventos para o mesmo período, também contribui para o otimismo.

O turismo na capital cresceu 4,7% em relação ao mês de agosto e 48,2% se comparado com setembro de 2020. Durante o mês, circularam 782 mil pessoas nos terminais rodoviários, o maior número desde janeiro. Segundo o texto, a inflação elevada e a alta dos preços das passagens aéreas gerou uma preferência entre os visitantes pelo transporte terrestre.

A pesquisa indica uma demanda reprimida no transporte aéreo, que contribui para a retomada do setor mesmo com a alta de preços. A movimentação nos aeroportos da capital cresceu 6,8% em relação a agosto e dobrou o número do mesmo período de 2020. Foram contabilizados mais de 3 milhões de passageiros, nível mais alto desde março do ano passado.

A ocupação hoteleira de 50,4%, valor mais alto desde fevereiro de 2020, também é consequência do aumento da circulação de pessoas nos terminais rodoviários e aéreos. O setor cresceu 5,4% em relação a agosto e 112% na comparação anual. Eventos, agências de viagens e operadoras de turismo também cresceram.

Produção industrial tem 4ª queda seguida e fecha 3º trimestre com retração de 1,7%

A produção industrial brasileira caiu 0,4% em setembro, na comparação com agosto, na quarta retração mensal consecutiva, fechando o 3º trimestre no vermelho, segundo os dados divulgados na quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, setor retrocede para patamar 3,2% abaixo do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, e 19,4% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.

Frente a setembro de 2020, a indústria recuou 3,9%, intensificando a redução do mês anterior (-0,7%).

No ano, o setor ainda acumula expansão de 7,5%. Em 12 meses até setembro, o avanço é de 6,4%, contra alta de 7,2% nos 12 meses imediatamente anteriores, evidenciado a perda de dinamismo da indústria.

O desempenho veio em linha com a mediana das estimativas de 31 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de uma queda de 0,4% na comparação com agosto. Frente a setembro de 2020, a expectativa mediana era de que o indicador tivesse variação de -4,1%.

Houve taxas negativas em três das grandes categorias econômicas e em 10 dos 26 ramos pesquisados. Os maiores impactos no índice geral de setembro vieram da queda na produção do segmento de produtos alimentícios (-1,3%) e de metalurgia (-2,5%).

Também foram registrados recuos significativos nos segmentos de couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%), outros equipamentos de transporte (-7,6%), bebidas (-1,7%), indústrias extrativas (-0,3%), móveis (-3,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,7%).

“Houve queda na produção em sete dos nove meses deste ano. O que há de diferente em setembro é que a retração foi mais concentrada em poucas atividades. Mas isso não significa necessariamente que haja mudanças no comportamento predominantemente negativo do setor industrial, uma vez que ele é ainda bastante caracterizado pela perda de dinamismo”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Preço da gasolina atinge maior valor do século

Outubro se tornou o mês mais caro deste século para quem compra gasolina. De acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do combustível aumentou 3,15% em relação à semana anterior e chegou a R$ 6,562. Já o litro do diesel s-10 subiu 4,7% e vai a R$ 5,29.

A gasolina acumula alta de 45,3% no ano nos postos. O derivado atingiu preço médio de R$ 6,341 em outubro. É o patamar mais alto deste século em valores nominais e ajustados à inflação. Analistas avaliam, segundo o Valor Econômico, que a pressão inflacionária será mais acentuada em novembro. Além da gasolina, o etanol hidratado vive inflação ainda pior, de 59,3%. Ele também é suscetível às oscilações do petróleo e do câmbio no mercado internacional.

A Petrobras fez um reajuste de 9,15% no derivado, com impacto potencial de R$ 0,15 por litro no preço final. O valor cobrado pela companhia, nas refinarias, responde por 35,5% do seu preço final. André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV afirmou ao Valor que o impacto da gasolina na bomba pode ficar em 3%.

Caso o reajuste se confirme, pode haver um impacto de 0,18 ponto percentual no IPCA de novembro, já que a gasolina compromete 6% do orçamento familiar. Ao contrário do diesel, que demora mais a chegar ao consumidor, a gasolina tem impacto imediato sobre o índice.

Preço dos imóveis residenciais sobe em outubro, mas abaixo da inflação

O índice FipeZap, que acompanha o preço dos imóveis residenciais em 50 cidades do país, apontou que em outubro os valores nos anúncios estavam 0,43% mais altos do que no mês anterior. No acumulado do ano, a elevação é de 4,23%.

Apesar de estarem mais caros, os imóveis, em todas as comparações, tiveram o preço elevado bem abaixo da inflação. A previsão do mercado para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de outubro é de 0,89%. No acumulado do ano, chega a 7,85%.

Na análise dos últimos 12 meses, o FipeZap apresenta um avanço nominal de 5,18%. A inflação no mesmo período é de 10,28%.

A diferença em relação à inflação equivale a dizer que os imóveis, na realidade, estão valendo menos.

Nos últimos 12 meses, todas as capitais monitoradas (são 16) registraram elevação nominal no preço médio de venda, com destaque para Vitória (ES), com 20,75% de aumento.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, capitais que têm o metro quadrado mais caro do Brasil, as altas acumuladas nos últimos 12 meses encerrados em outubro foram de 4,11% e 2,39%, respectivamente.

O metro quadrado de São Paulo, de acordo com os anúncios coletados, é o mais alto do Brasil, com o custo de R$ 9.640. Rio de Janeiro vem em segundo (R$ 8.617). Campo Grande (MS) tem o valor mais baixo: R$ 4.486.

Lira espera relatório do PL da fake news nesta semana e quer votar texto em novembro

Nos últimos dias, Arthur Lira (PP-AL), conversou com o relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), e afirmou que o relator está finalizando o texto para ser apresentado à Câmara.

Lira quer votar o texto em novembro. A ideia dos deputados é ter novas regras a tempo de valerem para as eleições de 2022.

“Esse assunto precisa ser regulamentado. Não pode ser subjetivo o que é fake news, o que não é. Vamos tentar votar agora em novembro”, disse Lira.

A discussão sobre o projeto das fake news ganhou força no Congresso após julgamento do TSE da semana passada definir que, em 2022, vai punir candidatos que espalharem fake news.

O projeto em discussão no Congresso é de autoria do Senado e foi aprovado em junho do ano passado. Desde então, aguarda análise da Câmara. À época, críticos diziam que o texto poderia gerar censura na internet, enquanto defensores afirmavam que a proposta era necessária para o combate às fake news.

Ao “Em Foco”, que vai ao ar na quarta-feira (03), na GloboNews, o ministro Luis Felipe Salomão, que foi o relator das ações no Tribunal Superior Eleitoral que pediam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, disse que só um “consenso” entre TSE, Congresso e plataformas poderá estabelecer regras e normas para inibir a disseminação de fake news para o próximo pleito.

Para aprovar PEC dos Precatórios, governo deve superar insatisfação da base aliada com emendas

Integrantes do governo Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), querem aprovar em primeiro turno na próxima quarta-feira (3) a chamada PEC dos Precatórios. Mas, antes, os articuladores políticos do Palácio do Planalto precisam superar insatisfações dentro da base aliada no Congresso com a demora na liberação das emendas parlamentares.

Aliados reclamam de promessas não cumpridas e de que o governo estaria privilegiando alguns partidos do Centrão, em detrimento de outras legendas.

Segundo líderes partidários ouvidos pelo blog, não são apenas as divergências em relação ao conteúdo da proposta que estão travando a votação. Também está pesando muito, dizem, a demora do governo em pagar as emendas.

Deputados têm reclamado que o governo está privilegiando alguns partidos, como PP e PL, e deixando de atender a pedidos de parlamentares de outras legendas que costumam votar com o Palácio do Planalto.

Por isso, por exemplo, MDB e PSDB estão mostrando resistência à PEC dos Precatórios, que irá abrir espaço no Orçamento da União de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil, do Fundo Eleitoral e de emendas parlamentares.

As dificuldades registradas para votação da PEC, tem levado interlocutores do presidente da República a defender outra saída para bancar o Auxílio Brasil. A ideia sugerida é, mais uma vez, prorrogar o auxílio emergencial, num novo formato, para atender a 17 milhões de famílias do novo programa social.

Só que, neste caso, o pagamento do programa, que vai ter orçamento superior a R$ 80 bilhões, ficaria fora do teto dos gastos públicos.

No Ministério da Economia, essa hipótese é descartada, porque não haveria justificativa jurídica para decretar novamente um estado de calamidade num momento em que a pandemia dá sinais mais concretos de estar caminhando para o controle no Brasil.

Assessores presidenciais dizem, porém, que seria possível encontrar outra saída jurídica para a prorrogação de uma nova versão do Auxílio Emergencial.

A equipe econômica avalia que a prorrogação do auxílio emergencial, com seu pagamento totalmente fora do teto dos gastos públicos, vai gerar mais incertezas no mercado e elevar o preço do dólar, pressionando ainda mais na inflação.

Segundo assessores de Paulo Guedes, o governo vai ter um ganho no curto prazo, mas no médio prazo, durante a eleição presidencial o resultado será mais inflação e crescimento econômico menor. “Um tiro no pé”, dizem.

Moro se filiará ao Podemos em 10 de novembro de olho no Planalto

O ex-ministro da Justiça e ex-juiz da operação Lava Jato Sérgio Moro vai participar de um ato de filiação ao partido Podemos no dia 10 de novembro, em um movimento concreto para que ele possa concorrer a um cargo eletivo nas eleições de 2022.

A solenidade de ingresso de Moro no partido será realizada em Brasília, com transmissão pelas redes sociais. O convite virtual para o ato de filiação já está sendo distribuído, com uma foto de Moro na frente da bandeira do Brasil e a frase “Juntos, podemos construir um Brasil justo para todos”.

Uma fonte ligada ao ex-ministro disse que a intenção de Moro é, sim, concorrer ao Palácio do Planalto no próximo ano. Apontado como um dos possíveis candidatos da chamada “terceira via”, ele tem tido aparecido em pesquisas à frentes de outros nomes desse campo. O ex-ministro, segundo pesquisa DataPoder, tem de 7% a 8% em simulações, desidratando outros nomes da terceira via.

Após ter conquistado notoriedade pela Lava Jato, Moro aceitou convite para participar do governo do presidente Jair Bolsonaro como ministro da Justiça. O ex-juiz, no entanto, teve uma relação conturbada com o presidente e acabou deixando o cargo em abril do ano passado após acusá-lo de tentar interferir na direção da Polícia Federal, que é subordinada ao ministério que comandava.

Ao deixar o governo, Moro foi trabalhar como consultor em uma empresa nos Estados Unidos, vínculo que ele encerrou no final de outubro.

Caso seja confirmado candidato à Presidência, Moro poderá enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem ele condenou à prisão no âmbito da Lava Jato. Lula, no entanto, teve suas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Senado defende no STF que ação de Bolsonaro contra decisão da CPI seja rejeitada

O Senado defendeu na segunda-feira (01), em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a rejeição da ação do presidente Jair Bolsonaro contra uma decisão da CPI da Covid relacionada às redes sociais do presidente.

No último dia 26, a CPI aprovou requerimentos que pedem a quebra do sigilo telemático de Bolsonaro; o banimento do presidente das redes sociais; e a retratação de Bolsonaro por declaração falsa na qual associou a vacina contra a Covid a casos de Aids.

O pedido da CPI ainda deve ser analisado pelo STF e pela Procuradoria Geral da República (PGR), mas Bolsonaro já acionou o Supremo, questionando a ação da comissão.

No último sábado (30), o ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas para a CPI enviar informações sobre o tema.

Em resposta, o Senado afirmou que as providências tomadas pela CPI estão dentro da legalidade, acrescentando que o presidente da República não está imune aos poderes de investigação do Poder Legislativo.

“Não há nenhuma palavra na Constituição da República que imuniza o chefe do Poder Executivo face aos poderes de investigação do Poder Legislativo”, afirmaram os advogados do Senado.

No documento enviado ao Supremo, os técnicos do Senado afirmam que a aprovação do requerimento pela CPI da Covid foi regular.

Afirmam também que considerar que o presidente da República não pode ser investigado representa transgressão a princípios “republicanos”. E que, na ação que discutiu o poder da CPI de convocar governadores, não ficou decidido que as autoridades do Poder Executivo não podem ser investigadas.

O documento contesta ainda a tese de que uma eventual investigação do presidente só pode ser feita pelo procurador-geral da República. Neste ponto, ressalta o Senado, Bolsonaro já é alvo de investigação pelo Supremo no inquérito das fake news.

Rede vai ao STF contra portaria que proíbe demissão de quem não se vacinar

O partido Rede Sustentabilidade entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (3) contra a portaria que determina que empresas não podem exigir comprovante de vacinação contra Covid, por exemplo, na hora de contratar empregados. Pela portaria, as empresas também não podem demitir por justa causa quem não comprovar a vacinação.

A portaria foi assinada pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e publicada nesta segunda-feira (01) em edição extra do “Diário Oficial da União”. A medida contraria decisões recentes da Justiça do Trabalho e orientações do Ministério Público do Trabalho.

“O governo opta pelo atalho inconstitucional: adotar atos infralegais que, evidentemente, exorbitam do escopo do seu poder regulamentar”, diz a Rede no pedido ao STF.

Ainda não há data para o julgamento do pedido.

O texto classifica como “prática discriminatória” a demissão, por justa causa, de empregado que se recuse a apresentar comprovante de vacina contra a Covid-19 ou então exigir o documento como condição para a contratação.

E equipara a exigência de vacina a práticas discriminatórias relacionadas a sexo, raça, cor, idade e deficiência, por exemplo, que os empregadores são proibidos por lei de adotar.

A portaria ainda estabelece punições para os empregadores que descumprirem a determinação, que vão de reintegração do trabalhador demitido com ressarcimento integral do salário pelo período em que ele ficou afastado, pagamento em dobro da remuneração, além de direito do empregado a buscar na Justiça reparação por dano moral.

Câmara aprova texto-base da PEC dos Precatórios em 1º turno

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de quinta-feira (04) em primeiro turno o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição que altera o pagamento dos precatórios e abre espaço fiscal para o pagamento de um benefício social de 400 reais até o final de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro deverá tentar a reeleição.

Os deputados precisam agora analisar destaques que podem alterar o texto da proposta. Ainda não foi marcada uma sessão para que esta análise seja feita, de acordo com a Agência Câmara Notícias.

O texto-base da PEC foi aprovado por 312 votos a 144. Eram necessários 308 votos para aprovar o texto. Após a votação dos destaques, a matéria terá de ser aprovada em segundo turno na Casa, quando serão necessários novamente os votos favoráveis de ao menos 308 parlamentares.

Após a aprovação em dois turnos na Câmara, a PEC será analisada pelo Senado, onde serão necessários os votos favoráveis de 49 dos 81 senadores, também em dois turnos de votação, para que a matéria seja aprovada.

Pacheco define esforço concentrado do Senado no fim do mês e pode destravar votação de Mendonça ao STF

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou na quarta-feira (04) a definição de um período de esforço concentrado de votações de autoridades que são sabatinadas pela Casa no plenário para os dias 30 de novembro, 1º e 2 de dezembro, em uma iniciativa que poderá destravar a votação do ex-ministro André Mendonça ao STF.

Pacheco pediu que, até lá, os presidentes das comissões realizem as sabatinas de todas as indicações encaminhadas pelo Executivo.

A iniciativa do presidente do Senado tem por objetivo resolver o impasse de indicações que estão em comissões, mas não avançam nos colegiados.

A principal delas é a indicação pelo presidente Jair Bolsonaro de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal, que espera há mais de três meses análise pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), resiste em colocar a indicação de Mendonça em votação.

Na prática, a medida de Pacheco abre margem para que, caso a CCJ não analise e vote a indicação até o período de esforço concentrado, o plenário possa apreciar a indicação diretamente.

Uma votação nessa circunstância não é praxe no Senado, mas senadores vinham pressionando Alcolumbre e também Pacheco, inclusive recorrendo judicialmente ao Supremo, para desembaraçar a votação de Mendonça.

Em plenário, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), elogiou a iniciativa de Pacheco.

“Queria cumprimentar Vossa Excelência, nós estamos já há algum tempo no aguardo deste esforço concentrado reclamado pela liderança do governo no que diz respeito à apreciação do ministro André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal, mas respeitando as manifestações de diversos parlamentares”, disse.

“Acho que Vossa Excelência encontra um denominador comum ao marcar esta sabatina, essa análise por diversas comissões, de todos os indicados, em tempo de o Senado poder exercer as suas prerrogativas e a Casa de forma livre e soberana poder marcar o seu posicionamento”, reforçou.

Outrora aliado de Bolsonaro, Alcolumbre distanciou-se e foi criticado pelo presidente por postergar a apreciação de Mendonça.

O senador, por sua vez, disse estar sendo alvo de uma orquestração após episódios desfavoráveis a ele, como a da prisão de um primo pela Polícia Federal em uma operação de tráfico de drogas. Além disso, a edição atual da revista Veja traz reportagem de que haveria um suposto esquema no gabinete de Alcolumbre de recolhimento de parte do salário de funcionários, popularmente chamado de rachadinha.

PF faz buscas contra desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas

A Polícia Federal deflagrou na quinta-feira (4) a Operação Pecunia non Olet para investigar crimes de corrupção praticados por membros do Poder Judiciário do Estado de Alagoas. Um dos alvos da operação, que acontece em Maceió (AL) e Curitiba (PR), é o desembargador Celyrio Accioly.

Estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça.

A reportagem do g1 tentou contato por telefone com o desembargador, às 9h50, mas não conseguiu.

A assessoria de comunicação do TJ-AL informou que aguarda mais informações sobre a operação para emitir uma nota.

Segundo a PF, a investigação aponta que agentes públicos e advogados intermediaram o atraso de julgamentos e o proferimento de decisões favoráveis aos interesses de uma empresa do ramo da educação, em troca dos pagamentos de gastos do magistrado.

Se comprovada a participação, os envolvidos poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de advocacia administrativa, situação em que agentes públicos promovem interesses ilegítimos, solicitando retardamento, ação ou omissão de atos de ofício, em contrariedade aos preceitos e princípios legais.

Celyrio Accioly era juiz e ingressou na magistratura em 1986. Em 2015, assumiu como desembargador do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele foi nomeado para o cargo de desembargador do TJ-AL em 2016, pelo critério de antiguidade. Um ano depois, foi escolhido como vice-presidente do Tribunal, no biênio de 2017 e 2018.

Barroso cobra informações do governo sobre portaria que proíbe demissão de quem não se vacinar

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quinta-feira (4) que o governo federal preste informações sobre portaria do Ministério do Trabalho e Emprego sobre comprovante de vacinação contra a Covid-19.

A portaria determina que empresas não podem exigir o comprovante de vacinação ao contratar funcionários, por exemplo. Também impede demissão por justa causa de quem não comprovar a vacinação.

A portaria foi assinada pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e publicada nesta segunda-feira (01) em edição extra do “Diário Oficial da União”. A medida contraria decisões recentes da Justiça do Trabalho e orientações do Ministério Público do Trabalho.

Barroso determinou que o governo envie informações sobre a portaria no prazo de 5 dias corridos.

“Determino a oitiva da autoridade da qual emanou o ato normativo, no prazo de 5 (cinco) dias corridos. Transcorrido o prazo, os autos devem retornar à conclusão, para apreciação das cautelares”, disse o ministro.

Barroso é o relator de ações apresentadas ao Supremo pela Rede Sustentabilidade, pelo PSB e pelo PT, que questionam a validade da medida.

Em São Paulo, o Tribunal Regional do Trabalho confirmou, em julho, a demissão por justa causa de uma funcionária de um hospital que não quis se vacinar.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda não tem um entendimento fixado sobre o assunto, mas a Corte exige o comprovante de vacinação dos servidores para a entrada nas dependências do tribunal.

Além disso, no fim do ano passado, o STF fixou entendimento no sentido de que a vacinação no país é obrigatória, mas não pode ser forçada. Só que o próprio Supremo prevê que é possível aplicar sanções para quem decidir não se imunizar, restrições de acesso, por exemplo, a ambientes fechados.

Após anunciar saída do MPF, exoneração de Deltan Dallagnol é publicada em Diário Oficial

A exoneração do ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol foi publicada na edição do Diário Oficial da União de sexta-feira (5). O documento cita que o procurador pediu a saída do cargo. A exoneração passou a valer a partir de quarta-feira (3).

Dallagnol publicou um vídeo em uma rede social anunciando que deixaria o Ministério Público Federal (MPF) após 18 anos. Na publicação, o procurador afirmou que os “instrumentos de trabalho para alcançar a justiça vêm sendo enfraquecidos”.

“Eu tenho várias ideias sobre como posso contribuir e eu serei capaz de avaliar, refletir e orar melhor sobre essas ideias depois de sair do Ministério Público”, disse.

Na portaria publicada no Diário Oficial da União, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, declarou que o cargo está vago.

Dallagnol já tinha se afastado da coordenação da força-tarefa em setembro de 2020, após seis anos à frente da operação.

Na época, ele afirmou que precisaria dedicar mais tempo à filha, que tinha apresentado sinais de regressão no desenvolvimento.

Em fevereiro de 2021, a força-tarefa “deixou de existir”, de acordo com o MPF, e os procuradores da força-tarefa passaram a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Em setembro de 2020, Dallagnol foi punido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por postagens publicadas nas redes sociais contra a candidatura de Renan Calheiros (MDB) à presidência do Senado, em 2019.

Na oportunidade, o conselho entendeu que Deltan cometeu infração disciplinar por suposta tentativa de interferência na disputa.

A punição de censura, que atrasa a progressão de carreira dos procuradores, foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março de 2021.

Burger King desiste de assumir operações da Domino’s Pizza no mercado brasileiro

A BK Brasil, dona das redes de fast food Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou no domingo (31) que foi assinado o distrato da compra das operações da DP Brasil, máster franqueada da Domino’s Pizza.

O negócio entre as partes foi oficializado em 10 de julho deste ano e foi submetido à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deu parecer favorável à transação em 13 de agosto.

A decisão de desistir do acordo é anunciada antes mesmo de que os acionistas das duas empresas fossem convocados para dar o aval ou não ao negócio.

Segundo fato relevante divulgado ao mercado pela BK Brasil, a motivação de desfazer a negociação levou em conta uma “reavaliação das partes sobre as atuais condições de mercado”.

Ainda segundo o comunicado da dona de redes de fast food, a BK Brasil terá direito de preferência de adquirir a totalidade das ações de emissão da DP Brasil pelo prazo de um ano.

Neste mesmo período de 12 meses, a BK outorga exclusividade à DP Brasil para celebrar qualquer operação pela qual a empresa “passe a ser máster franqueada, franqueadora ou franqueada, no Brasil, de restaurantes nacionais ou internacionais que comercializem pizza e/ou tenham foco em delivery de pizza”, informa o comunicado.

O texto é encerrado dizendo ainda que o distrato não gerou nenhuma penalidade para as empresas.

Grupo dono do restaurante Spoleto compra empresa detentora das marcas China in Box e Gendai

O Grupo Trigo, dono das marcas Spoleto, Koni, LeBonton e Gurumê, anunciou a compra da TrendFoods, detentora da China in Box e Gendai.

Com o negócio, o Grupo Trigo espera alcançar um faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2022. Neste ano, deve ficar em R$ 690 milhões, segundo comunicado divulgado pelo grupo.

O grupo TrendFoods deixará de existir e suas marcas são incorporadas pelo Trigo, a TrendFoods tem 192 lojas espalhadas pelo Brasil em sistema de franquias.

Com a união, a empresa passa a contar com 600 restaurantes e espera abrir pelo menos 30 novos em 2022. “No plano de expansão, estão previstas, principalmente, novas lojas do China in Box, em praças onde ainda não estão presentes, e do Gurumê, única marca com apenas restaurantes próprios”, informou o Grupo Trigo em comunicado.

O Grupo Trigo também vai gerenciar 406 pontos de vendas de marcas digitais, 156 já pertencentes do grupo e outras 250 adquiridas por meio da fusão, com presença apenas no delivery por meio de plataformas digitais de entregas própria e terceirizadas.

Grupo com Beto Carrero World e Playcenter faz proposta para comprar parque Hopi Hari

Um grupo de investidores ligados ao Beto Carrero World, Playcenter, Wet’n Wild e outras empresas fez uma proposta para compra do parque de diversões Hopi Hari, instalado desde 1999 em Vinhedo (SP). Por conta disso, a Justiça decidiu suspender na segunda-feira (1) a continuidade da assembleia de credores que votaria novo aditivo ao plano de recuperação judicial, prevista para quarta-feira (3).

A assessoria do Beto Carrero World divulgou uma nota onde destaca que a proposta também conta as participações de integrantes de um fundo de investimentos, um grupo imobiliário e uma empresa de investimentos alternativos.

O Hopi Hari, entretanto, contesta esta iniciativa dos investidores e, no período da manhã, anunciou que levaria para votação na assembleia a possibilidade de um acordo de R$ 2,8 bilhões com um banco internacional para reestruturação, expansão e desenvolvimento do parque.

“A previsão de investimentos chega a mais de R$ 150 milhões na melhoria do parque como a criação de empregos e receitas fiscais”, diz nota do Beto Carrero ao mencionar que o plano também prevê o pagamento integral do passivo fiscal acumulado nos últimos anos. A assessoria explica, ainda, que o grupo investidor tem apoio dos maiores credores do parque e espera análise do texto na assembleia.

Em decisão, o juiz da 1ª Vara de Vinhedo, Fábio Marcelo Holanda, decidiu suspender por 30 dias a retomada da assembleia de credores. Segundo ele, a medida atende aos interesses dos credores em ter informações sobre a proposta deste grupo investidor.

Além disso, o magistrado considerou que o Hopi Hari ainda precisa apresentar outras informações para que os participantes tenham detalhes sobre o aditivo e “real situação do passivo”.

A dívida é estimada pelo Hopi Hari na faixa de R$ 500 milhões e a maior parcela é devida ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), o qual representa pelo menos R$ 230 milhões deste montante financeiro apresentado. Um plano de recuperação chegou a ser aprovado em abril de 2019, mas depois foi contestado pela Justiça porque os maiores credores foram deixados de fora do acordo.

Caixa promete zerar emissão de gás efeito estufa até 2026

Se autointitulando “banco do meio ambiente”, a Caixa assume o compromisso de zerar a emissão de carbono até 2026, por meio de seu programa Caixa Florestas. O plano é reduzir 40% das emissões em dois anos, o que implica neutralizar 66,5 mil toneladas de CO2 emitidos com o plantio de 5 milhões de árvores, e alcançar os 100% ampliando o plantio de árvores para 10 milhões e neutralizando 133 mil toneladas de CO2 emitidos.

O Caixa Florestas foi criado em maio deste ano e entre os compromissos assumidos pelo programa está o plantio de 10 milhões de árvores nos próximos cinco anos e a destinação de R$ 150 milhões do lucro, por ano, para projetos socioambientais. De acordo com a proposta, a intenção é ainda recuperar florestas, nascentes e unidades de conservação em todos os biomas, totalizando 3,5 milhões de hectares.

Segundo a Caixa, estão contratados R$ 23 milhões em financiamentos para plantio de 1,1 milhão de arvores e recuperação de 2.160 nascentes, beneficiando 963 mil agricultores. Outros R$ 31,2 milhões de projetos estão em estudo. No total, diz a Caixa, são R$ 54,18 milhões de financiamentos do programa Caixa Floresta para o plantio de 3,18 milhões de árvores em cinco anos e a recuperação de 2.203 nascentes.

Entre os projetos para os quais a Caixa já foi contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional estão o Projeto Nascentes Vivas, em Minas Gerais, envolvendo um financiamento de R$ 10,26 milhões, para plantio de 450 mil árvores e recuperação de 1,5 mil nascentes, beneficiando 741 mil famílias. Em Tocantins, a Caixa foi contratada para o financiamento de R$ 6,97 milhões para o plantio de 102 mil árvores e recuperação de 640 nascentes. Em Goiás, o Projeto Águas Cerratenses prevê financiamento de R$ 10,2 milhões para plantio de 880 mil árvores e recuperação de 40 nascentes.

Outra iniciativa listada pela Caixa é o Selo Casa Azul + CAIXA, lançado em 2019 visando estimular empreendimentos habitacionais que adotem soluções eficientes na concepção, execução, uso, ocupação e manutenção das edificações por meio de eficiência energética, produção sustentável, gestão eficiente da água, desenvolvimento social e inovação.

JBS e DSM fazem parceria para reduzir emissões de metano na cadeia bovina

A JBS, segunda maior companhia de alimentos do mundo, firmou parceria com a Royal DSM para implementar um projeto com a meta de reduzir a emissão de metano entérico bovino em escala mundial.

O metano, subproduto natural da digestão em boi e outros ruminantes, é uma importante fonte de emissões de gases de efeito estufa.

Para alcançar o objetivo de reduzir emissões, a JBS utilizará o Bovaer, suplemento nutricional desenvolvido pela DSM “para melhorar consideravelmente a pegada de gases de efeito estufa na cadeia de valor da produção de carne bovina”.

“A DSM e a JBS vão desenvolver em conjunto o plano de implementação do Bovaer na cadeia produtiva. O objetivo é promover uma transição da indústria global de carne bovina, liderada pela JBS, para obter, via nutrição, um caminho seguro para reduzir as emissões de metano”, disseram as empresas.

O acordo foi assinado na conferência climática COP26, em Glasgow, na Escócia.

No início de setembro de 2021, o Brasil foi o primeiro mercado a conceder a aprovação regulatória total para o suplemento, que é adicionado à alimentação dos animais, com potencial de reduzir em até 90% as emissões entéricas de metano.

Segundo as empresas, um quarto de colher de chá do aditivo ao dia, por animal, inibe a enzima que ativa a produção do gás metano no estômago do ruminante.

GPA tem prejuízo de R$ 88 milhões no 3º trimestre

O GPA, dono da bandeira Pão de Açúcar, divulgou que teve prejuízo líquido de 88 milhões de reais no terceiro trimestre, pior do que o resultado negativo de 63 milhões registrado um ano antes.

A companhia teve desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de 794 milhões de reais, recuo de 15,9% ano a ano.

A receita líquida da companhia que além do Brasil tem operações na Colômbia, Uruguai e Argentina, ficou quase estável no período, somando cerca de 12 bilhões de reais.

A margem bruta do GPA, controlador do grupo colombiano Éxito, recuou de 25,9% para 24,6%.

A empresa, que no mês passado anunciou sua saída do segmento de hipermercados em meio aos impactos da pandemia e do comércio eletrônico sobre as vendas no varejo físico, disse que as vendas mesmas lojas no Brasil caíram 0,3% no trimestre ante mesmo período de 2020 e que subiram 8,4% no comparativo com 2019. O dado não inclui o desempenho de hipermercados e de drogarias.

As vendas nas lojas da rede Pão de Açúcar recuaram 3,6% sobre 2020, enquanto as das bandeiras de proximidade, uma das principais apostas da empresa, disparam 12,1% no período. Enquanto isso, as vendas nas lojas do Éxito subiram 15,7%.

O grupo terminou setembro com 1.488 lojas, ante 1.508 no final do terceiro trimestre do ano passado.

Setor de serviços lidera contratações e demissões ao mesmo tempo

Dados divulgados pelo Ministério da Economia mostram que o setor de serviços, que inclui bares, restaurantes, salões de beleza, vive na pandemia, uma conjuntura de extremos.

De um lado, o novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta que as empresas de serviços foram as que mais contrataram funcionários com carteira assinada: entre janeiro e maio de 2021, foram 3,5 milhões de pessoas admitidas na área. Quando é considerado o saldo de vagas, ou seja, o balanço entre contratações e demissões, o setor também lidera positivamente, com 509.101 novos postos no mesmo período.

Em contrapartida, empresas de serviços são recordistas em demissões. Segundo o novo Caged, foram quase 3 milhões de desligamentos nos cinco primeiros meses de 2021, o maior número na comparação com comércio, construção, indústria e agricultura.

O setor também lidera na quantidade de acordos firmados no BEm (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda). Segundo os dados do governo, desde abril de 2021, quando o programa foi reeditado, o setor de serviços acumula 1,3 milhão de acordos do tipo.

Esse programa permite que empresas façam acordos de redução de jornada e salário dos trabalhadores ou até mesmo de suspensão do contrato. O objetivo é evitar demissões.

Fabio Bentes, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), diz que o setor tem atividades muito diferentes, o que explica os números discrepantes.

Levantamento feito por ele para o UOL considerando dados do novo Caged mostra que, entre os dez segmentos que mais geraram emprego formal em 2021, há atividades do setor de serviços, como atendimento hospitalar, transporte de cargas e construção (que, mesmo considerada como um setor à parte, também envolve serviços).

No outro lado, entre as atividades que perderam vagas, também constam segmentos de serviços, como restaurantes, lanchonetes, casas de chá e transporte de passageiros.

Ou seja, quando você olha os dois lados do mercado, o ruim e o bom, o setor de serviços predomina de forma bem marcante. E é normal que exista esse tipo de discrepância, o setor de serviços é um mundo à parte.

Claro, Vivo e TIM arrematam principais faixas do 5G e garantem liderança

As rivais Claro, Vivo e TIM arremataram na quinta-feira (4), três dos quatro blocos nacionais da faixa de 3,5 GHz, considerada ideal para a oferta de internet móvel de quinta geração (5G).

O quarto bloco nacional não recebeu propostas válidas durante o leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A Oi, que vendeu suas redes móveis para Claro, Vivo e TIM ficou de fora do certame.

Com a saída da Oi desse mercado, o trio passará a deter 98,3% do mercado nacional de voz e dados móveis. Em teoria, o cenário abre brecha para redução da disputa por consumidores e cortes de ofertas de planos a preços mais vantajosos.

Por outro lado, há também a interpretação de que a competição poderá aumentar, uma vez que a TIM ficará com a maior parte dos ativos da Oi. Assim, ganhará escala e diminuirá a distância para a Vivo e a Claro em quantidade de clientes e de espectro, levando a um maior equilíbrio do mercado.

O ambiente competitivo também pode aumentar com a entrada de novas prestadoras que arremataram outras faixas. Essa era uma das principais expectativas do leilão do 5G.

Diante desse cenário, a aquisição de um bloco nacional da faixa de 3,5 GHz por cada uma das grandes teles era um movimento esperado, pois a oferta do 5G para os consumidores é uma peça central na estratégia não só de crescimento, mas também de sobrevivência das companhias daqui para frente.

A Claro fez uma oferta de R$ 338 milhões (ágio de 5%) pelo bloco B1, a Vivo pagou R$ 420 milhões (ágio de 30,69%) pelo bloco B2, enquanto a TIM desembolsou R$ 351 milhões (ágio de 9,22%) pelo bloco B3).

O prazo de autorização para exploração da faixa de 3,5 GHz é de 20 anos e abrange as maiores contrapartidas de investimentos no leilão, como a limpeza da faixa para evitar interferência com sinal da TV aberta nas parabólicas, a criação de rede privativa para uso da União, e os aportes no Projeto Amazônia Integrada e Sustentável (PAIS).

As teles vencedoras deste bloco também assumem o compromisso de ativar o 5G nas capitais até a metade de 2022, e a cobertura das demais regiões do País avançando gradualmente até o fim de 2029.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (08), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,25%, ante 9,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (08), a projeção para o IGP-M ficou em 18,40%, ante 18,28% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (08), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 9,33%, ante 9,17% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

Se bem-sucedida, a implementação do 5G deve resultar num ganho econômico de US$ 1,2 trilhão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2035, segundo um estudo realizado pela Nokia e pela consultoria Omdia.

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou na quinta-feira (04) que a implantação do 5G trará crescimento de 2% a mais no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos anos. Segundo o ministro, a tecnologia vai trazer mais velocidade para setores econômicos e beneficiará, principalmente, o agronegócio.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (08), A projeção para o PIB ficou em 4,93%, ante 4,94% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (01), o Ibovespa fechou em alta, o Ibovespa pôde se reconectar ao exterior positivo após ter perdido a carona em outubro, quando as referências de Nova York voltaram a renovar máximas históricas e o mercado local não conseguiu nem de longe acompanhar, pressionado pelas incertezas sobre a trajetória fiscal do País. O índice Ibovespa teve alta de 1,98%, a 105.550,86 pontos. O volume financeiro somou R$ 27 bilhões.

Na terça-feira (02), sem operações devido ao feriado.

Na quarta-feira (03), o Ibovespa fechou em leve alta, enfraquecido pelo tombo da Vale, em sessão marcada por expectativa para a votação da PEC dos Precatórios e decisão do Fed. O índice Ibovespa teve alta de 0,06%, a 105.616,88 pontos. O volume financeiro somou R$ 38,8 bilhões.

Na quinta-feira (04), o Ibovespa fechou em queda, com a aversão ao risco fiscal que não poupa as empresas e setores de maior peso no índice, o Ibovespa acentuou perdas ao longo da tarde. Assim, na falta de clareza sobre como permanecerá o quadro fiscal em ano eleitoral, o dia foi de pressão sobre os ativos brasileiros. O índice Ibovespa teve queda de 2,09%, a 103.412,09 pontos. O volume financeiro somou R$ 35,7 bilhões.

Na sexta-feira (05), por volta das 13h11, o índice Ibovespa operava em alta de 1,46%, a 104.925,13 pontos. Após renovar mínimas em quase um ano na véspera, com Bradesco entre os principais suportes após resultado trimestral, enquanto agentes financeiros continuam acompanhando desdobramentos relacionados à PEC dos Precatórios. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,37%, fechando a 104.824,23 pontos. O volume financeiro somou 31,5 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (05), por volta das 13h24, o dólar registrava queda de 1,32%, cotado a R$ 5,5320 na venda. O dólar aprofundou as perdas em relação ao real na sexta-feira (05) e caminhava para encerrar a semana em queda, com os investidores digerindo dados de emprego dos Estados Unidos melhores do que o esperado enquanto continuavam monitorando o noticiário fiscal doméstico.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (05) cotado a R$ 5,5227, o ambiente externo de apetite ao risco, na esteira de dados fortes do emprego nos Estados Unidos e do anúncio de testes positivos de novo medicamento contra a Covid-19, abriram espaço para uma rodada de fortalecimento do real na sessão de sexta-feira (05).

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | O Estado de S. Paulo

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
08/11/2021