Cenário Econômico Nacional – 16/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 16/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 16/11/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Bolsa Família chega ao fim em meio a incertezas sobre seu sucessor
  • Redução de imposto de importação é temporária e moderada, mas correta, diz Guedes
  • Governo federal paga R$ 662 milhões em dívidas de estados em outubro
  • IGP-DI sobe mais que o esperado em outubro, refletindo minério e combustível, diz FGV
  • Alta do preço dos combustíveis ‘engorda’ cofres da União em 2021 e arrecadação deve passar de R$ 70 bilhões
  • IPCA: inflação oficial fica em 1,25% em outubro e atinge 10,67% em 12 meses
  • Vendas do comércio caem pelo 2º mês seguido e setor fecha 3º trimestre no vermelho
  • Banco Central anuncia saída de Kanczuk no fim do ano e indica Diogo Abry Guillen para diretoria de Política Econômica
  • Com inflação de 10,67% em 12 meses, poupança tem pior rendimento real em 30 anos
  • Congresso aprova projeto que abre crédito de R$9,3 bilhões para viabilizar Auxílio Brasil
  • Lira chama de ‘interferência no Legislativo’ decisão de Rosa Weber que suspende ‘orçamento secreto’
  • Bolsonaro fala em fatiar Petrobras para privatizar e diz que empresa paga dividendo “absurdo”
  • Câmara retoma votação da PEC dos Precatórios com análise de destaques
  • Deputados pedem convocação de ministro da Educação após 31 exonerações no Inep
  • Por 323 votos a 172, Câmara aprova em segundo turno PEC dos Precatórios
  • Após vitória no STJ, Flávio Bolsonaro espera confirmar foro privilegiado no STF
  • Ciro retoma pré-candidatura ao Planalto após mudança do PDT em votação de PEC dos Precatórios
  • Alexandre de Moraes afasta Roberto Jefferson da presidência do PTB
  • Costa Neto confirma filiação de Bolsonaro ao PL no dia 22
  • Bolsonaro critica Moro e diz que ex-juiz “não aprendeu nada” no governo
  • Montadoras registram o pior outubro em 5 anos com ‘apagão dos insumos’
  • AliExpress amplia voos ao Brasil e reforça operação para vendedores locais
  • Braskem vende mais, sobe preços e lucra R$ 3,5 bilhões no 3º trimestre
  • Iguatemi tem prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões no 3º trimestre
  • Brasil deve mostrar práticas sustentáveis para atrair negócios
  • Dona da CargoX se torna mais novo unicórnio brasileiro
  • Gol tem prejuízo de R$ 884,6 milhões no 3º trimestre
  • Magalu tem queda de 89,5% no lucro e culpa inflação e alta de juro
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Bolsa Família chega ao fim em meio a incertezas sobre seu sucessor

É em meio a incertezas sobre seu sucessor que o Bolsa Família, depois de 18 anos, chega ao fim. Ao menos por enquanto.

O programa sai de cena revogado pela Medida Provisória 1.061, publicada no dia 10 de agosto deste ano. A MP, que cria o Auxílio Brasil, determinou que, 90 dias após a sua publicação, seria revogada a lei de 2004 que estabeleceu o Bolsa Família.

Para os beneficiários, que receberam a última parcela do bolsa ainda em outubro, ficam as incertezas sobre o novo programa, cujos pagamentos estão previstos para começar este mês, mas que ainda sofrem com indefinições sobre valores e fonte dos recursos.

O Ministério da Cidadania reafirmou em nota na sexta-feira (05) que os pagamentos do Auxílio Brasil terão início no dia 17 e seguirão o calendário habitual do Bolsa Família. “A operacionalização do Auxílio Brasil será regulamentada por meio de decreto a ser publicado nos próximos dias”, acrescentou.

De acordo com a pasta, o valor médio do benefício para quem já recebe o Bolsa Família será corrigido em 17,84% já em novembro, com orçamento próprio do ministério.

O valor final do Auxílio Brasil permanente, no entanto, ainda não foi anunciado formalmente e o pagamento de no mínimo R$ 400 agora virou promessa para dezembro e continua dependendo da aprovação da PEC dos Precatórios.

Redução de imposto de importação é temporária e moderada, mas correta, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na segunda-feira (08) que a redução de imposto de importação anunciada pelo Brasil na semana passada vai na direção correta, ainda que seja temporária e moderada.

Na sexta-feira (05), o governo anunciou o corte temporário de 10% das alíquotas do imposto de importação incidentes sobre boa parte das compras externas do país, antecipando de forma unilateral iniciativa em negociação com os parceiros do Mercosul sob o argumento de que o Brasil tem urgência em lidar com a aceleração da inflação.

Ao abrir o seminário virtual “Mercado Digital Regional do Mercosul”, o ministro também pontuou que a modernização do bloco é essencial e que a integração do mercado digital regional é um aspecto fundamental nesse processo.

Guedes destacou que o país está saindo da pandemia, mas o crescimento da dimensão digital segue em ritmo “muito acelerado”.

Em breve participação, o ministro voltou a avaliar que o Mercosul ficou para trás na corrida de integração global, pontuando que a revolução digital é “segunda grande oportunidade de relançamento das nossas plataformas”.

Governo federal paga R$ 662 milhões em dívidas de estados em outubro

A Secretaria do Tesouro Nacional informou na segunda-feira (08) que a União pagou R$ 662 milhões em dívidas atrasadas dos estados brasileiros em outubro deste ano.

Nos dez primeiros meses de 2021, as dívidas de estados e municípios quitadas pelo governo federal somam R$ 6,81 bilhões, segundo números do Tesouro Nacional.

Os valores foram pagos porque a União é garantidora de operações de crédito, junto a instituições financeiras, desses estados e municípios.

Em outubro, os estados do Rio de Janeiro (R$ 362,8 milhões), Minas Gerais (R$ 198,8 milhões), Goiás (R$ 78,9 milhões), Amapá (R$ 16,3 milhões) e Rio Grande do Norte (R$ 4,97 milhões) concentraram os pagamentos feitos pelo governo federal.

O governo federal informou que, como garantidora de operações de crédito, a União, representada pelo Tesouro Nacional, é comunicada pelos credores de que parcelas de dívidas garantidas venceram e não foram pagas.

“Diante da notificação, a União informa o mutuário da dívida para que se manifeste quanto aos atrasos nos pagamentos. Caso haja manifestação negativa em relação ao cumprimento das obrigações, a União paga os valores inadimplidos”, explicou o Tesouro Nacional.

Após essa quitação, a União inicia o processo de recuperação de crédito na forma prevista em contrato, ou seja, pela execução das contragarantias (geralmente repasses do Fundo de Participação dos Estados [FPE] ou do Fundo de Participação dos Municípios [FPM]).

No entanto, segundo o Tesouro Nacional, “a União está impedida de executar as contragarantias de diversos estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF)”.

IGP-DI sobe mais que o esperado em outubro, refletindo minério e combustível, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna acelerou em outubro acima do consenso, puxado pelos preços do minério de ferro e dos combustíveis. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, o IGP-DI subiu 1,60% em outubro, quando o mercado projetava avanço de 1,31% na comparação mensal. Com o resultado, o índice acumula alta de 16,96% no ano e de 20,95% em 12 meses.

Segundo o coordenador de Índices de Preços da FGV, André Braz, a inflação ao produtor acelerou em seus três estágios de processamento. “Os avanços registrados nos preços do minério de ferro, de -22,11% para 4,29%, do óleo diesel, passando de 0,60% para 10,24%, e da gasolina, de 1,20% para 6,62%, foram os grandes destaques em cada um dos três grandes grupos do IPA [Índice de Preços ao Produtor Amplo]”, disse.

O IPA com maior peso subiu 1,90% em outubro, após registrar queda de 1,17% em setembro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais variou de 1,26% em setembro para 1,47% em outubro. O principal responsável por esse avanço foram os combustíveis, cuja taxa passou de 1,47% para 5,78%.

Em relação às matérias-primas brutas, a alta foi de 0,75% em outubro, ante queda de 5,75% em setembro, puxada pelas elevações do minério de ferro, da cana de açúcar e do café em grão. Por outro lado, houve queda de bovinos, mandioca/aipim e aves.

Alta do preço dos combustíveis ‘engorda’ cofres da União em 2021 e arrecadação deve passar de R$ 70 bilhões

O caixa da União tem se beneficiado fortemente da alta do preço da gasolina, do diesel, do etanol e do botijão de gás: o aumento dos preços dos combustíveis ‘engorda’ os cofres do governo federal, que devem arrecadar ao menos R$ 70,1 bilhões até o fim deste ano com os recursos vindos do setor.

O cálculo foi realizado pelo sócio fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.

“O governo está numa posição muito confortável. Nunca arrecadou tanto na área de óleo e gás como hoje em dia”, afirma Pires.

O governo ganha em três frentes: via arrecadação, dividendos e royalties. Veja em detalhes:

  • R$ 15,2 bilhões com arrecadação de PIS e Cofins até setembro. São os tributos federais que incidem sobre os combustíveis.
  • R$ 23 bilhões com dividendos da Petrobras. A parcela do lucro que a estatal distribui para os acionistas – o governo federal é o maior deles.
  • R$ 31,9 bilhões com participação especial e royalties previstos até o fim deste ano. Esse dinheiro é pago pelas petroleiras à União para ter direito a explorar o petróleo.

Em todo o ano de 2020, a União recebeu R$ 36,2 bilhões com arrecadação de PIS e Cofins de combustíveis, dividendos da Petrobras e participação especial e royalties.

Neste ano, o Brasil lida com uma escalada de preços dos combustíveis.

Nas bombas do país, o preço médio do litro da gasolina chega a R$ 6,710, o do diesel está em R$ 5,339, e o do etanol é de R$ 5,294, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

IPCA: inflação oficial fica em 1,25% em outubro e atinge 10,67% em 12 meses

Puxado pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, acelerou para 1,25% em outubro, após ter registrado taxa de 1,16% em setembro, mostram os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%)”, destacou o IBGE.

Com o resultado, a inflação acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,25%).

O resultado veio acima do esperado. Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de uma taxa de 1,05% em outubro, acumulando em 12 meses alta de 10,45%.

Todos os 9 grupos de produtos e serviços pesquisados subiram em outubro, com destaque para os transportes (2,62%), principalmente, por conta dos combustíveis (3,21%).

A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual na inflação de outubro, respondendo por 0,19 ponto percentual da alta do IPCA no mês. Foi a sexta alta consecutiva nos preços do combustível, que acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.

“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras”, afirmou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Além gasolina, houve aumento também nos preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%).

A energia elétrica (1,16%) voltou a subir, embora a variação tenha sido menor que a de setembro (6,47%). Em 12 meses, a alta acumulada é de 30,27%. Já o gás de botijão (3,67%) teve a 17ª alta consecutiva, acumulando elevação de 37,86% em 12 meses.

Vendas do comércio caem pelo 2º mês seguido e setor fecha 3º trimestre no vermelho

As vendas do comércio varejista caíram 1,3% em setembro, na comparação com agosto, na segunda retração mensal consecutiva, fechando o 3º trimestre no vermelho, segundo dados divulgados na quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro do ano passado, a queda foi de 5,5%, também a segunda seguida.

O setor fechou o 3º trimestre com queda de 0,4% na comparação com os 3 meses anteriores, após ter registrado crescimento de 2,5% no 2º trimestre.

O IBGE também revisou o resultado de agosto para uma queda de 4,3%, tombo mais intenso que o recuo de 3,1% da leitura inicial.

O resultado veio pior que o esperado. Pesquisa da Reuters apontou que as expectativas eram de recuos de 0,6% na comparação mensal e de 4,25% sobre um ano antes.

“Esse segundo mês de queda vem com intensidade razoável, mas em menor amplitude que agosto (-4,3%). Depois da grande queda de abril do ano passado, início da pandemia, veio uma recuperação muito rápida que levou ao patamar recorde de outubro e novembro de 2020. Depois tivemos um primeiro rebatimento com uma nova queda forte em dezembro e dois meses variando muito próximo do mesmo nível pré-pandemia, até março, mês a partir do qual houve nova trajetória de recuperação. Desde fevereiro de 2020, o setor vive muita volatilidade”, disse o gerente da PMC, Cristiano Santos.

Com a nova queda em setembro, o patamar de vendas do varejo retrocedeu, segundo o IBGE, a “níveis comparáveis a abril de 2021 e fevereiro de 2020”.

No ano, setor ainda acumula crescimento de 3,8%. Em 12 meses até setembro, alta desacelerou para 3,9%, contra 5% nos 12 meses imediatamente anteriores, evidenciando a perda de fôlego da economia.

Banco Central anuncia saída de Kanczuk no fim do ano e indica Diogo Abry Guillen para diretoria de Política Econômica

O Banco Central informou na quinta-feira (11) a saída do diretor de Política Econômica, Fabio Kanczuk, ao fim de seu mandato, indicando Diogo Abry Guillen, economista-chefe da Itaú Asset Management, para seu lugar.

O mandato de Kanczuk se encerra 31 de dezembro de 2021, de acordo com nota do BC.

Guillen, indicado pelo presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, também é professor vinculado ao Insper, sendo bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Princeton University.

“Em nome do Banco Central, o presidente Roberto Campos Neto felicita o indicado Guillen e agradece ao diretor Kanczuk pelos relevantes serviços prestados ao Banco Central e à Diretoria Colegiada”, disse a nota.

Com inflação de 10,67% em 12 meses, poupança tem pior rendimento real em 30 anos

A poupança completou 14 meses seguidos de perdas no acumulado em 12 meses descontando a inflação, atingindo em outubro a pior rentabilidade real em 30 anos, segundo dados da provedora de informações financeiras Economatica.

Com a inflação acumulada de 10,67% nos 12 meses até outubro, a rentabilidade real da caderneta ficou negativa em 7,59% no mesmo período. Trata-se do pior rendimento real da modalidade desde outubro de 1991, quando o poupador que deixou o dinheiro nesta modalidade perdeu -9,72% do poder aquisitivo no acumulado em 1 ano.

Com a Selic atualmente em 7,75%, o rendimento da poupança é de 5,43% ao ano, bem abaixo da inflação, o que faz com que o poupador tenha perdas no poder aquisitivo, apesar do ganho nominal (em reais).

Pela regra em vigor desde 2012, quando a Selic está abaixo de 8,5% a correção anual da caderneta de poupança é limitada a um percentual equivalente a 70% dos juros básicos mais a Taxa Referencial (TR, que está em zero desde 2017).

A expectativa é de que a Selic supere o patamar de 8,5% ao final de 2021. Com isso, a poupança passaria a render 0,5% ao mês + TR, ou 6,17% ao ano. O mercado projeta atualmente uma Selic em 9,25% ao ano no fim de 2021. Entretanto, para o fim de 2022, os economistas subiram a expectativa para a taxa Selic para 11% ao ano.

Setor de serviços cai 0,6% em setembro, após 5 altas seguidas

O volume de serviços prestados no Brasil caiu 0,6% em setembro, na comparação com agosto, interrompendo uma sequência de 5 meses de crescimento, mostram os dados divulgados na sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro do ano passado, entretanto, houve avanço de 11,4%, a sétima taxa positiva consecutiva.

“Com o resultado de setembro, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014”, destacou o IBGE.

O resultado frustrou as expectativas. A mediana de 25 projeções captadas pelo Valor Data projetava avanço 0,5% em setembro ante agosto. O intervalo de projeções ia de queda de 0,4% a alta de 0,8%.

Mesmo com a queda de setembro, o setor ainda acumula avanço de 11,4% no ano e conseguiu fechar o 3º trimestre no azul (3%). Em 12 meses, registra alta de 6,8%, maior taxa da série histórica, iniciada em dezembro de 2012.

Diferentemente da indústria e do varejo, o setor de serviço fechou o 3º trimestre no azul, com avanço de 3% na comparação com os meses anterior, após alta de 2,1% no 2º trimestre, chegando a 5 trimestres seguidos de crescimento.

Na comparação com o 3º trimestre do ano passado, o avanço foi de 15,2%.

“A queda do setor de serviços se deu de maneira relativamente disseminada. Quando observamos por segmentos, as principais pressões negativas vieram, além do transporte aéreo de passageiros, de serviços financeiros auxiliares, investigado dentro de outros serviços, e de telecomunicações, dentro do setor de serviços de informação e comunicação”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Lira chama de ‘interferência no Legislativo’ decisão de Rosa Weber que suspende ‘orçamento secreto’

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse ao G1 que foi uma “interferência do Judiciário no Legislativo” a decisão da ministra Rosa Weber, que suspendeu a execução das emendas de relator, batizadas dentro do Congresso de “orçamento secreto.”

Na opinião de Lira, o Congresso tem todas as prerrogativas, na votação do projeto de lei do Orçamento da União, de aprovar as emendas de relator.

Lira e o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego, vão se encontrar na tarde de segunda-feira (08) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para tratar da decisão da ministra Rosa Weber.

“Eu avalio a decisão da ministra Rosa Weber como uma interferência indevida em questões internas do Congresso Nacional. Vamos nos encontrar com o presidente Fux para evitar um choque entre as duas instituições [Legislativo e Judiciário]. Vamos buscar uma solução. Estou atuando como bombeiro nesta questão”, afirmou Arthur Lira.

Segundo aliados de Lira, o Congresso não pode aceitar a proibição do Judiciário das emendas de relator, mas aceita discutir os critérios para a liberação dos recursos destas emendas, que neste ano atingem R$ 16,8 bilhões.

São R$ 11 bilhões de deputados e R$ 5,8 bilhões de senadores, cuja execução é definida pelo relator em conjunto com o presidente da Câmara dos Deputados e com o Senado.

Bolsonaro fala em fatiar Petrobras para privatizar e diz que empresa paga dividendo “absurdo”

O presidente Jair Bolsonaro defendeu na segunda-feira (08) fatiar a Petrobras para então privatizar a empresa e classificou de “absurdo” os valores pagos pela companhia a título de dividendo aos seus acionistas, inclusive à União, que é a maior detentora de ações da petroleira.

Em entrevista à Jovem Pan Curitiba, Bolsonaro voltou a responsabilizar o ICMS cobrado pelos Estados pela alta dos preços dos combustíveis, mas reconheceu que o preço cobrado pela Petrobras nas refinarias, que tem sido alvo de constantes reajustes, também desempenha um papel na elevação.

“ICMS não incide sobre o preço da gasolina na refinaria, incide sobre o preço final na bomba, isso está errado. Pode diminuir na Petrobras? Pode, até porque os dividendos são, no meu entender, absurdos, 31 bilhões (de reais) em três meses”, afirmou o presidente.

“Eu não quero a parte da União nesse lucro fantástico. Vai pouco ou quase nada para o social, a melhor coisa que pode fazer para o social é baratear o preço do combustível.”

Bolsonaro também voltou a falar na possibilidade de privatizar a Petrobras, e dessa vez disse que o ideal seria fatiar a petroleira para então vendê-la a várias empresas privadas.

“Para mim, o ideal é você ficar livre da Petrobras, logicamente privatizá-la para muitas empresas, não tirar de um monopólio estatal para um monopólio privado. Fatiar isso daí”, disse ele na entrevista.

Na semana passada, a Petrobras informou em fato relevante ao mercado que questionou o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Economia e que foi informada por ambas as pastas que não existem estudos em andamento que visem a privatização da petroleira, apesar das constantes declarações recentes de Bolsonaro neste sentido.

O presidente chegou até mesmo a afirmar que havia pedido ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que colocasse a privatização da petroleira “no radar”.

Câmara retoma votação da PEC dos Precatórios com análise de destaques

O plenário da Câmara dos Deputados retomou na tarde de terça-feira (09) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a forma de pagamento dos precatórios com a apreciação de destaques para mudar pontos específicos do texto-base, que foi aprovado na semana passada em primeiro turno.

O primeiro destaque sob análise foi apresentado pelo PT. Para qualquer destaque ser aprovado, é preciso o voto de pelo menos 308 deputados federais.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e aliados do governo trabalham para apreciar os destaques do primeiro turno e depois votar a proposta em segundo turno ainda na terça-feira (09).

Esse esforço tem por objetivo enviar a PEC para o Senado e, caso aprovada na outra Casa Legislativa, abrir finalmente espaço fiscal no Orçamento para custear o programa assistencial que vai substituir o Bolsa Família, o Auxílio Brasil.

A votação da PEC, aprovada em primeiro turno na semana passada por uma estreita margem de votos, ocorre em meio a recursos apresentados por deputados ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a votação da proposta.

Bolsonaro volta a criticar STF e reclama de interferência em “orçamento secreto”

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, na terça-feira (09), o Supremo Tribunal Federal (STF) e reclamou da decisão liminar da ministra Rosa Weber que suspendeu o pagamento das emendas de relator, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”.

“Você vê o Supremo Tribunal Federal também, que cada vez mais o Supremo, na verdade, interfere em tudo. Teve interferência agora nessa história do orçamento secreto. Orçamento secreto publicado no Diário Oficial da União, mas tudo bem”, disse Bolsonaro em uma entrevista ao site bolsonarista Jornal da Cidade Online.

A ministra suspendeu por liminar, na semana passada, o pagamento das emendas de relator, que são recursos distribuídos livremente pelo Congresso aos parlamentares para envio a suas bases, sem informações claras sobre seu uso além da cidade para a qual a verba será enviada.

Integrantes da oposição denunciaram o uso do instrumento como forma de angariar votos para o governo aprovar projetos difíceis, como a PEC dos Precatórios.

A liminar de Rosa Weber está em julgamento no plenário virtual do STF. Até o momento, o resultado está em 4 votos a 0 a favor da posição da ministra.

Crítico contumaz do STF e seus ministros, Bolsonaro já fez ataques abertos aos ministros Alexandre de Moraes, que conduz os inquéritos sobre fake news e atos antidemocráticos, e Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nos últimos tempos, Bolsonaro tem diminuído o tom, mas na segunda-feira, em outra entrevista, dessa vez ao canal Jovem Pan News, também havia criticado Rosa Weber.

“É uma atrás da outra. A mesma Rosa Weber, há pouco tempo eu decidi zerar o imposto de importação de armas, ela achou que isso era injusto e vetou”, disse à Jovem Pan. “Acho que há um excesso de interferência do Judiciário no Executivo, há um excesso, realmente até quando quis indicar alguém para diretor-geral da PF houve a interferência, o Supremo age demais nessas questões.”

Deputados pedem convocação de ministro da Educação após 31 exonerações no Inep

Deputados apresentaram, nesta segunda-feira, requerimentos de convocação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, à Comissão de Educação da Câmara, após as demissões recentes de mais de 30 funcionários da pasta a poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Um dos requerimentos, assinado pelo deputado Professor Israel Batista (PV-DF), pede a convocação do ministro para que esclareça “as denúncias de assédio moral e as recentes exonerações ocorridas no Inep”, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem.

O deputado afirma que dois coordenadores gerais do Inep diretamente ligados ao Enem pediram exoneração na última semana.

O requerimento cita ainda demissão coletiva de mais 29 servidores do Inep “sob a alegação de ‘fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep'”, alertando que o número tende a aumentar.

Em outro pedido de convocação do ministro, os deputados Talíria Petrone (RJ), Glauber Braga (RJ), Ivan Valente (SP) e Sâmia Bomfim (SP), todos do PSOL, requerem a presença de Ribeiro na Câmara “com o objetivo de prestar esclarecimentos acerca da crise em curso no Inep e as condições para a realização do Enem 2021, entre outros temas atinentes à pasta”.

Em nota, o Ministério da Educação afirmou que o cronograma de execução do Enem de 2021 está mantido e não será afetado pelos pedidos de exoneração de servidores do Inep.

“As provas do exame já se encontram com a empresa aplicadora e o Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade de sua execução”, disse a pasta, acrescentando que os demissionários continuam “a disposição” para exercer suas atribuições até que as exonerações sejam publicadas no Diário Oficial da União.

Por 323 votos a 172, Câmara aprova em segundo turno PEC dos Precatórios

Por 323 votos a 172 e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (09), em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Todos os destaques (sugestões pontuais de mudança ou retirada de trechos do texto principal) do segundo turno foram rejeitados. A matéria segue agora para o Senado.

Com uma quantidade maior de deputados na sessão (496 contra 456 no primeiro turno), a votação do segundo turno teve um placar mais folgado para o governo em comparação com a do primeiro, na última quinta-feira (4). Na ocasião, a PEC obteve apenas quatro votos a mais que os 308 necessários para aprovação de propostas de emenda à Constituição.

A PEC é a principal aposta do governo para viabilizar o programa social Auxílio Brasil, anunciado pelo governo para suceder o Bolsa Família.

Em linhas gerais, a proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação).

As duas mudanças abrem um espaço orçamentário de cerca de R$ 90 bilhões para o governo gastar em 2022, ano eleitoral, o que é visto como especialistas como uma forma de “contornar” o teto de gastos.

Na votação do primeiro turno, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), realizou duas manobras para garantir a aprovação do texto, permitiu que deputados em missão oficial votassem à distância e realizou no plenário uma mudança no relatório sem que as alterações tivessem passado pela comissão especial da PEC.

Antes de entrarem na votação do segundo turno, os deputados analisaram nesta terça-feira (9) oito destaques do primeiro turno, dos quais sete foram rejeitados.

Eles aprovaram somente um, a derrubada de um dispositivo que permitiria o descumprimento da “regra de ouro” por meio de autorização na Lei Orçamentaria Anual (LOA).

A “regra de ouro” está prevista na Constituição e tem o objetivo de evitar o descontrole das contas públicas. Prevê que o governo não pode contrair dívida para pagar despesas correntes, como salários de servidores e benefícios previdenciários, além de outros gastos da máquina pública.

Atualmente, o governo precisa de uma autorização do Congresso para descumprir a “regra de ouro”. O dispositivo rejeitado nesta terça pela Câmara liberava o Executivo do cumprimento da regra por meio de autorização na Lei Orçamentaria Anual (LOA), o que facilitava o processo.

Após vitória no STJ, Flávio Bolsonaro espera confirmar foro privilegiado no STF

Após a vitória no Superior Tribunal de Justiça, que anulou toda a investigação feita até aqui do caso das rachadinhas, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) espera, agora, que o Supremo Tribunal Federal confirme a decisão que lhe concedeu foro privilegiado.

A decisão que está pendente será tomada pela segunda turma do STF. Segundo o G1 apurou, ministros da corte querem analisar o caso até o fim dos trabalhos do Judiciário neste ano.

A expectativa de aliados e de advogados de Flávio Bolsonaro é a de que o senador obtenha nova vitória, agora na segunda turma do STF, na mesma linha da decisão que foi comemorada pelo senador ontem, após resultado no STJ.

Flávio Bolsonaro tenta escapar da investigação da rachadinha desde as primeiras notícias de que o Ministério Público do Rio recolhia provas sobre o esquema de corrupção. A suspeita é que Flávio se apropriava de parte dos salários dos funcionários do gabinete dele na época em que era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Flávio Bolsonaro, que era crítico ao foro privilegiado até o caso das rachadinhas, tem pleiteado o recurso desde que virou alvo da investigação pelas mãos do juiz Flavio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal.

Em junho do ano passado, uma decisão da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio tirou o caso das “rachadinhas” de Itabaiana, juiz responsável pelo caso na primeira instância, e mandou para a segunda instância, a cargo do Órgão Especial do TJ.

Agora, falta o STF decidir a respeito de uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que tenta derrubar a decisão que reconheceu foro privilegiado ao senador Flávio Bolsonaro.

No ano passado, o senador Flávio Bolsonaro, o ex-assessor dele Fabrício Queiroz e mais 15 pessoas foram denunciados pelo MP pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema das rachadinhas, quando o político era deputado estadual na Assembleia Legislativa fluminense (Alerj). Segundo a defesa, isso lhe garantiria direito a foro privilegiado.

Os investigadores do MP discordam. Segundo eles, há jurisprudência em tribunais superiores definindo que o foro acaba quando o mandato termina, e que, por isso, o caso deve permanecer na primeira instância.

Ciro retoma pré-candidatura ao Planalto após mudança do PDT em votação de PEC dos Precatórios

O ex-ministro Ciro Gomes disse na quarta-feira (10) que retomou sua pré-candidatura à Presidência da República, após o que considerou um sinal corajoso de correligionários do PDT que mudaram de posição na votação da PEC dos Precatórios.

Na última semana, o presidenciável havia anunciado a suspensão de sua pré-candidatura após a constatação de que o PDT, partido que se identifica com pautas da esquerda, forneceu mais da metade dos votos de sua bancada na Câmara dos Deputados a favor da PEC na votação em primeiro turno.

Na votação em segundo turno, na terça-feira (09), porém, a maior parte dos deputados do partido votou contra a proposta.

“Volto à luta porque meus companheiros de partido me deram um sinal muito generoso e corajoso, e só fazem esse tipo de gesto aqueles que têm compostura”, disse o pré-candidato em entrevista à CNN Brasil.

Considerada prioritária pelo governo federal para abrir margem fiscal e viabilizar programa social em 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro tentará a reeleição, a PEC dos Precatórios tem sido criticada pela esquerda e até mesmo por siglas liberais, como o Novo, e tem sido chamada de PEC do “calote” e do “fura teto”.

Ainda assim, a proposta foi aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados e já tem previsão de votação no Senado Federal: na semana dos dias 23 e 24 deste mês.

Alexandre de Moraes afasta Roberto Jefferson da presidência do PTB

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o afastamento do ex-deputado Roberto Jefferson (RJ) da direção nacional do PTB por um prazo inicial de 180 dias.

A ação foi apresentada por seis parlamentares do partido que alegam uso indevido dos recursos e da estrutura do PTB para que Jefferson fizesse ações consideradas crimes e que feriam o próprio estatuto do partido.

Na decisão, Moraes, que é o relator dos inquéritos que apuram a existência de milícias digitais para disseminação de notícias falsas e a organização de atos antidemocráticos, aponta que Jefferson usou recursos partidários para produzir e disseminar notícias falsas.

“Efetivamente, o que se verifica é existência de fortes indícios de que a estrutura do PTB, inclusive os recursos oriundos do fundo partidário, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas proferidas por Roberto Jefferson na internet”, escreveu Moraes em sua decisão.

O presidente do PTB usava o seu perfil pessoal em redes sociais, suspensas também por determinação do ministro, e do próprio partido para distribuir vídeos seus com ameaças a democracia, ao STF e com notícias falsas sobre as urnas eletrônicas e a pandemia de Covid-19. Uma empresa especializada foi contratada com recursos partidários para gerenciar os conteúdos e as redes sociais.

“A presente medida é necessária, conforme já destacado, para fazer cessar a utilização de dinheiro público na continuidade da prática de atividades ilícitas por Roberto Jefferson, a exemplo do que ocorreu mesmo após a sua custódia preventiva, como notoriamente noticiado”, alegou Moraes.

Jefferson está preso desde o dia 13 de agosto por decisão de Moraes. Em setembro, o ministro chegou a liberar Jefferson para ser tratado em um hospital particular, mas com uso de tornozeleira eletrônica. Nesse meio tempo, o presidente do PTB ainda fez gravações e escreveu cartas que foram distribuídas nas redes sociais. Jefferson voltou à prisão em meados do mês passado, mas posteriormente voltou a enfrentar problemas de saúde.

Costa Neto confirma filiação de Bolsonaro ao PL no dia 22

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou em vídeo divulgado na noite de quarta-feira (11) que o presidente Jair Bolsonaro assinará sua ficha de filiação ao partido no próximo dia 22 e disse que o evento contará com presença de prefeitos e demais filiados à sigla.

“É com grande satisfação que eu anuncio para o dia 22 de novembro a assinatura da ficha do presidente Jair Bolsonaro, onde traremos nossos companheiros, nossos prefeitos, nossos amigos, nossos filiados para acompanhar essa filiação, que é um assunto de grande importância para o país, e que nós vamos ter uma grande participação nessa eleição”, afirma Costa Neto no vídeo.

A Reuters havia antecipado em 26 de outubro que Bolsonaro deveria optar pelo PL, em uma mudança de rumo depois de praticamente ter fechado com o PP, outro importante partido do chamado centrão.

Ex-deputado federal, Costa Neto foi condenado e preso no esquema do mensalão, que ocorreu durante o governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, apontado pelas pesquisas de intenção de voto no momento como líder na corrida presidencial do ano que vem, à frente de Bolsonaro. O PL tinha o vice de Lula na eleição de 2002, o falecido empresário José Alencar.

Bolsonaro, que se elegeu pelo PSL em 2018, deixou o partido no ano seguinte e desde então não tem filiação partidária. Ele precisa estar filiado a uma legenda para disputar a reeleição no pleito do ano que vem.

Nesta semana, em conversa com apoiadores, ele justificou a então provável ida ao PL, agora confirmada, alegando que todos os partidos têm problemas. O presidente se elegeu em 2018 com um discurso de combate ao “toma lá, dá cá” político e à corrupção.

No passado, Costa Neto foi criticado por Bolsonaro e pelos filhos do presidente. Na segunda-feira (08), seu filho Carlos apagou um post no Twitter de três anos atrás em que ressaltava uma reportagem mostrando pagamentos de propinas ao então PR, como se chamava o partido na época, e a Valdemar.

Bolsonaro critica Moro e diz que ex-juiz “não aprendeu nada” no governo

O presidente Jair Bolsonaro criticou o discurso feito pelo ex-juiz Sergio Moro, durante o seu ato de filiação ao Podemos, e afirmou que seu ex-ministro da Justiça “não aprendeu nada”.

“Vocês gostaram do discurso lido pelo cara ontem? O cara leu. Eu assisti porque foi meu ministro. Não aprendeu nada. Um ano e quatro meses ali e não sabe o que é ser presidente, nem ser ministro”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Moro filiou-se na quarta ao Podemos em um ato visto como lançamento de uma candidatura à Presidência, e admitiu que pode vir a ser candidato, apesar de não ter assumido isso formalmente. Em seu discurso, criticou também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem condenou e mandou prender na operação Lava Jato, assim como o ex-chefe, Bolsonaro, e se colocou como mais um nome da chamada “terceira via”.

Pesquisa Quaest/Genial divulgada na quarta-feira (10), mostrou o ex-juiz em terceiro lugar, bem atrás de Lula e Bolsonaro, e em empate técnico com Ciro Gomes (PDT). Em um eventual segundo turno, perderia por larga margem de Lula.

Montadoras registram o pior outubro em 5 anos com ‘apagão dos insumos’

As montadoras fecharam o pior outubro do setor nos últimos cinco anos, com uma queda de 24,8% da produção na comparação com o mesmo mês do ano passado. A culpa foi, de novo, do “apagão dos insumos”, decorrente dos gargalos da logística mundial com a pandemia da Covid-19. Com a escassez de componentes eletrônicos, as fábricas produziram 177,9 mil carros no mês passado, divulgou a Anfave (Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos), na segunda-feira (08).

“Os esforços das áreas de compras, logística e manufatura das montadoras merecem todos os elogios, mas infelizmente a demanda reprimida, somada ao tradicional aquecimento de fim de ano, poderá não ser atendida pela oferta”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em comunicado.

Em geral, outubro costuma ser um mês de produção bastante elevada, para abastecer as lojas na reta final do ano, quando a procura é mais aquecida, segundo a Anfavea. Em relação a setembro, a produção cresceu 2,6%, refletindo a volta de algumas fábricas que estavam paradas.

“As vendas ao mercado interno e os estoques reduzidos refletem com precisão o que ocorre na produção, revelando que tudo o que é produzido é rapidamente repassado aos clientes. Em outubro foram 162,3 autoveículos emplacados, 4,7% a mais que em setembro e 24,5% a menos que em outubro de 2020. Assim como verificado na produção, este foi o pior outubro dos últimos cinco anos em vendas”, comentou a Anfavea.

AliExpress amplia voos ao Brasil e reforça operação para vendedores locais

O AliExpress anunciou na terça-feira (09) que ampliou de cinco para seis o número de voos fretados semanais de mercadorias da China para o Brasil e está reforçando suas parcerias para oferecer logística integrada para vendedores locais.

A companhia, controlada pelo Alibaba, freta semanalmente 80 voos no mundo para transportar as mercadorias compradas por clientes do AliExpress em cerca de 220 países, disse o presidente do marketplace no Brasil, Yan Di, a jornalistas.

Os aviões permitem que um produto venha da China ao Brasil em uma semana, disse o executivo, prazo inferior em alguns casos até em relação a produtos despachados dentro do próprio país.

O executivo, que está há duas décadas no Brasil, afirmou que desde que a empresa lançou em agosto a opção de lojistas brasileiros venderem produtos na plataforma os resultados “superaram as expectativas”. As categorias de vestuário, eletrônicos, casa e beleza são os principais destaques da operação entre vendedores locais, disse ele.

A AliExpress promove atualmente a campanha promocional “11/11”, conhecida na China como “Dia do Solteiro”, enquanto rivais locais como Americanas e Magazine Luiza estão anunciando promoções de antecipação à Black Friday, que ocorre na última sexta-feira deste mês.

Além da oferta de frete gratuito para “grande parte” das encomendas, Yan afirmou que o AliExpress está permitindo devolução local dos produtos comprados por consumidores brasileiros, além de descontos nas mercadorias.

Um dos pontos de mais atenção dos investidores sobre os chamados “marketplaces”, plataformas online de compra e venda de produtos e serviços, é o valor cobrado por cada venda, algo que tem se achatado nos últimos meses em meio ao boom do comércio eletrônico catapultado pelas medidas de isolamento social.

A diretora comercial do AliExpress no Brasil, Viviane Almeida, afirmou que atualmente a empresa cobra comissão de 5% a 8% dos vendedores. “Isso é um grande passo para o vendedor se interessar por nossa plataforma”, disse a executiva.

Braskem vende mais, sobe preços e lucra R$ 3,5 bilhões no 3º trimestre

A petroquímica Braskem passou de prejuízo para lucro no terceiro trimestre, após ter vendido maiores volumes e a preços maiores, tanto no Brasil quanto no exterior.

A companhia anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 3,54 bilhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 1,41 bilhão em igual etapa de 2020.

O lucro foi impulsionado por um salto de 77% da receita líquida ano a ano, para 28,3 bilhões de reais, refletindo aumento dos volumes e dos spreads praticados.

O resultado operacional recorrente de 7,67 bilhões de reais, um salto de 109% ano a ano, refletiu maiores spreads de seus principais químicos no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e no México, além dos maiores volumes de vendas, em função da retomada da demanda após impacto da Covid-19.

Na medição sequencial, porém, o resultado operacional teve queda de 18%, num desempenho contrário ao de um ano antes. Não ficou imediatamente claro se o desempenho operacional do terceiro trimestre é comparável com o lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) previsto pela média de analistas da Refinitiv para o período, de 8,32 bilhões de reais.

Iguatemi tem prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões no 3º trimestre

A operadora de shoppings Iguatemi teve prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões no terceiro trimestre de 2021. O montante representa uma reversão do lucro de R$ 61,5 milhões no mesmo período de 2020.

A piora é resultado da queda das ações da Infracommerce, empresa em que a Iguatemi detém participação. O impacto no balanço não teve ligação direta com as operações da Iguatemi, nem provocou consumo de caixa. Excluindo o efeito desse item, a Iguatemi atingiria um lucro líquido de cerca de R$ 32 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 139,1 milhões, sem contar o efeito da linearização dos aluguéis. Isso representa alta de 88,3% na comparação anual. Considerando a linearização, o Ebitda atingiu R$ 153,5 milhões, avanço de 14,5%.

A receita operacional líquida totalizou R$ 212,2 milhões, crescimento de 16,5%.

A dívida total da companhia chegou a R$ 3,29 bilhões no fim do terceiro trimestre, 6,9% acima do segundo trimestre deste ano. A disponibilidade de caixa encontrava-se em R$ 1,8 bilhão, 1,9% superior ao trimestre imediatamente anterior, levando a uma dívida líquida de R$ 1,48 bilhão e uma alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 2,82x, ante 2,58x.

Entre julho e setembro deste ano, os shoppings da Iguatemi funcionaram com 99,1% da sua capacidade.

As vendas totais nos shoppings da Iguatemi foram de R$ 3,3 bilhões no terceiro trimestre de 2021, crescimento de 82,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando boa parte dos empreendimentos estavam fechados.

Já na comparação com o mesmo trimestre de 2019, período pré-pandemia, houve estabilidade. E se excluídos os shoppings vendidos no ano passado (Caxias e Florianópolis), o crescimento foi de 4,4%, a melhora é reflexo do processo de imunização da população e da retomada das atividades do varejo.

As vendas nas mesmas lojas subiram 7,8% ante o mesmo período de 2019, enquanto os alugueis nas mesmas lojas estão 22,9% acima. A inadimplência dos lojistas fechou o trimestre em 2,1%, enquanto a ocupação foi a 90,7%.

Brasil deve mostrar práticas sustentáveis para atrair negócios

O combate à mudança climática é um caminho sem volta e, para que países em desenvolvimento, como o Brasil, cumpram suas metas de redução de emissões de carbono, é necessário que países desenvolvidos financiem iniciativas como redução do desmatamento.

A afirmação é de Robson Braga de Andrade, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que chegou a Glasgow, na Escócia, para acompanhar a segunda semana de negociações na 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26).

Para Andrade, é importante que os países desenvolvidos cumpram o compromisso assumido no Acordo de Paris de destinar US$ 100 bilhões anuais a ações ambientais.

‘’A indústria brasileira já está alinhada com as melhores práticas globais de sustentabilidade há décadas e encara os compromissos assumidos pelos líderes globais na COP26 como uma oportunidade de reforçar sua atuação na construção de uma economia com baixa emissão de gases do efeito estufa. Esse é um caminho sem volta para o mundo.’’ Disse Robson Braga.

Pesquisa divulgada recentemente pela entidade revela que 98% das médias e grandes indústrias do país adotam alguma ação de sustentabilidade em seus processos produtivos.

De acordo com Andrade, a CNI já desenhou seu eixo de atuação com base em quatro pilares: transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.

“Dentro dessa estratégia, entram questões como concessões florestais em áreas públicas, mitigação de emissões de GEE (gases do efeito estufa), bioeconomia e manejo de resíduos sólidos. Temas alinhados aos principais debates travados na COP26, como o combate ao desmatamento ilegal e o acordo para a redução de emissão do metano”, completa Andrade.

Dona da CargoX se torna mais novo unicórnio brasileiro

O Brasil ganhou mais um unicórnio, ou startup com avaliação de mercado de ao menos US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões). A nova empresa bilionária se chama Frete.com. A holding une dois negócios conhecidos no setor de logística: a startup de digitalização de caminhoneiros CargoX e a plataforma de negociação de transporte de cargas FreteBras.

A CargoX já era um dos palpites para próximos unicórnios brasileiros, elencados no final de 2020. Já a Fretebras foi fundada em 2008, em Goiás, e compartilha grandes investidores com a CargoX desde 2019.

O Frete.com é o terceiro unicórnio brasileiro no burocrático e complexo mercado de logística, após as empresas de entregas iFood e Loggi. Mas é o primeiro unicórnio atacando especificamente as cargas pesadas, transportadas por caminhões.

A empresa dona de CargoX e Fretebras se tornou um unicórnio após um investimento de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão), anunciado na quarta-feira (10). O aporte foi liderado pelo conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank e pela gigante chinesa de tecnologia Tencent. Também teve a participação de bancos como BID Invest e BTG Pactual e de fundos como LightRock, Reinvent Capital e Valor Capital Group.

“A empresa traz soluções inovadoras para um mercado gigantesco, com grande demanda por digitalização e melhores serviços. Já investimos em logtechs [startups de logística] nos principais mercados do mundo e vemos um grande potencial no setor”, afirmou em comunicado Carlos Medeiros, sócio de investimentos do SoftBank Latin America Fund, cujos fundos para negócios na América Latina somam US$ 8 bilhões.

Azul tem prejuízo líquido de R$ 2,2 bilhões no 3º trimestre, alta de 79% no ano

A Azul registrou no terceiro trimestre de 2021 um prejuízo líquido de R$ 2,196 bilhões, um crescimento de 79% na comparação com o prejuízo de R$ 1,2 bilhão de um ano antes. Os dados, divulgados na quinta-feira (11) na Comissão de Valores Mobiliários, refletem a persistência da pandemia sobre os resultados e foram influenciados, entre outros fatores, pelo câmbio e aumento de custos com a retomada da operação.

No total, a Azul transportou 6,418 milhões de passageiros pagantes no terceiro trimestre, alta de 43% na comparação com o segundo trimestre deste ano, mas ainda 13% abaixo dos níveis pré-pandemia (ou seja, do terceiro trimestre de 2019).

Segundo a aérea, o prejuízo líquido no trimestre seria de R$ 766 milhões ao se ajustar o valor pelos resultados não realizados de derivativo e variação cambial. O número representa queda de 35,6% na comparação com o segundo trimestre deste ano. Sob essa perspectiva, a empresa registrou lucro de R$ 145 milhões no terceiro trimestre de 2019.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) da empresa foi positivo em R$ 485,6 milhões no trimestre (margem de 17,9%), alta de 144% na comparação com igual período de 2020 e revertendo o valor negativo em R$ 50,9 milhões (margem negativa de 3%) do trimestre imediatamente anterior. O valor, segundo a empresa, representa um recorde para o indicador durante a pandemia. Ainda assim, está 48% abaixo do que foi no terceiro trimestre de 2019.

A empresa registrou receita líquida de R$ 2,7 bilhões, alta de 237% na comparação anual e de 59% contra o trimestre imediatamente anterior. Na comparação de dois anos, a receita registrada representou queda de 10,3%. Somente no transporte de passageiros, a receita foi de R$ 2,4 bilhões, alta de 69,3% na comparação trimestral.

Magalu tem queda de 89,5% no lucro e culpa inflação e alta de juro

O Magazine Luiza viu seu lucro encolher 89,5% em 12 meses e culpou a alta dos juros e a inflação pelo resultado do terceiro trimestre. A varejista lucrou R$ 22,6 milhões entre julho e setembro. Há um ano, reportava R$ 215,9 milhões. As lojas físicas tiveram queda de 8% nas vendas entre julho e setembro, nessa mesma comparação. Em comunicado, a companhia atribuiu a performance negativa à “piora dos indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como o aumento da inflação e da taxa de juros, e também pela forte base de comparação (crescimento 18,3% no 3T20)”.

O comércio eletrônico da Magalu cresceu 22,2% no terceiro trimestre em vendas, alcançando a marca de R$ 10 bilhões, mas em um ritmo menor do que o registrado no mesmo período do ano passado (avanço de 148% no terceiro trimestre de 2020). As vendas totais (e-commerce e lojas físicas) registraram alta de 12%, somando R$ 13,8 bilhões. O marketplace da companhia contribuiu com R$ 3,5 bilhões em vendas entre julho e setembro, aumento de 67%. A geração de caixa medida pelo EBITDA ajustado atingiu R$ 351 milhões no terceiro trimestre, com margem de 4,1%.

“A diminuição da margem bruta e o aumento das despesas em relação à receita líquida influenciaram a margem EBITDA ajustada, que passou de 6,8% no 3T20 para 4,1% no 3T21. No mesmo período, o lucro líquido ajustado atingiu R$22,6 milhões. Considerando os ganhos líquidos não recorrentes, o lucro líquido foi de R$ 143,5 milhões”, informou a empresa.

Na mensagem da diretoria da Magalu, o diagnóstico da empresa sobre o novo contexto macroeconômico usou metáfora do tempo. “Neste terceiro trimestre de 2021, uma tempestade perfeita se armou sobre a economia brasileira. As nuvens se formaram surpreendentemente rápido. A inflação disparou, fazendo com que os juros chegassem ao maior patamar em quatro anos. O atual cenário econômico é turbulento e desafiador para as empresas que atuam no mercado interno e, particularmente, no varejo, e deve permanecer assim, pelo menos no curtíssimo prazo”.

A diretoria da companhia minimizou a magnitude das variações negativas de seus indicadores lembrando a performance do ano passado, que tornou a ação da Magalu um dos melhores investimentos da Bolsa no primeiro ano da pandemia da Covid-19. “Esse temporal macroeconômico não impediu que nossas vendas totais continuassem a crescer, mesmo sobre uma base de comparação muito elevada, como foi a do período entre julho e setembro de 2020. Mas fez com que nossa rentabilidade, no trimestre, ficasse num patamar abaixo daquele que temos apresentado de forma consistente e recorrente”.

Em setembro, os investidores já começavam a especular sobre uma desaceleração do ritmo de crescimento da varejista. A ação da companhia, que chegou a encostar na marca de R$ 30 em seu melhor momento da pandemia, chegou a cair para a casa de R$ 10.

“Apesar da crescente diversificação de categorias, as vendas nas lojas ainda se concentram principalmente em bens duráveis, produtos de ticket médio mais elevado, dependentes de um crédito que vem encarecendo em alta velocidade. Trata-se de um mercado tipicamente cíclico: quando a economia sofre com crescimento em baixa e juros em alta, as vendas se retraem. Foi o que aconteceu ao longo do trimestre”, avaliou a diretoria da empresa.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (16), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,25%, ante 9,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (16), a projeção para o IGP-M ficou em 18,54%, ante 18,40% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (16), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 9,77%, ante 9,33% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Goldman Sachs rebaixou sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2022 para 0,8%, alertando para cenário de inflação aquecida, condições monetárias mais apertadas e crescentes riscos político-fiscais domésticos.

Anteriormente, o banco norte-americano projetava avanço de 1,5% do PIB no ano que vem. Para 2021, o Goldman Sachs manteve a estimativa de crescimento de 4,9%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na terça-feira (16), A projeção para o PIB ficou em 4,88%, ante 4,93% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (08), o Ibovespa fechou em leve queda, com os investidores monitorando o andamento da votação da PEC dos Precatórios em Brasília. O dólar também oscilou, mas fechou estável. As taxas de juros futuros subiram com a preocupação fiscal. Ao longo da semana, a atenção continua nos balanços corporativos. O índice Ibovespa teve queda de 0,04%, a 104.781,13 pontos. O volume financeiro somou R$ 21,2 bilhões.

Na terça-feira (09), o Ibovespa fechou em alta, o Ibovespa conseguiu sustentar ganho na casa de 1% na maior parte do dia, em meio à expectativa positiva para a aprovação da PEC dos Precatórios em segundo turno na Câmara dos Deputados, mantido em andamento por decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF). O índice Ibovespa teve alta de 0,72%, a 105.535,08 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,7 bilhões.

Na quarta-feira (10), o Ibovespa fechou em alta, refletindo alívio com a aprovação da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados, enquanto as ações do Bradesco (SA:BBDC4) dispararam após executivos do banco adotarem um tom mais positivo para 2022. O índice Ibovespa teve alta de 0,41%, a 105.967,51 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,4 bilhões.

Na quinta-feira (11), o Ibovespa fechou em alta, o mercado seguiu repercutindo hoje a passagem da PEC dos Precatórios, da Câmara para o Senado. Trouxe algum alívio também à curva de juros, com um pouco mais de previsibilidade depois da piora vista nas últimas semanas. O índice Ibovespa teve alta de 1,54%, a 107.594,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,2 bilhões.

Na sexta-feira (12), por volta das 14h15, o índice Ibovespa operava em queda de 1,05%, a 106.480,49 pontos. Em meio a uma bateria de balanços, com Natura&Co e Magazine Luiza despencando dois dígitos após frustrarem expectativas de analistas, enquanto a Americanas destoava, com salto de 10%. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 1,17%, fechando a 106.334,54 pontos. O volume financeiro somou 31,8 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (12), por volta das 14h30, o dólar registrava alta de 0,70%, cotado a R$ 5,4420 na venda. O dólar passava a subir em relação ao real, depois de registrar queda nos primeiros negócios de sexta-feira (12), mas caminhava para encerrar a semana com perdas após progresso da PEC dos Precatórios no Congresso ser apontado como possível motivo de redução da incerteza fiscal doméstica.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (12) cotado a R$ 5,4569, amparado por três pilares: ajustes técnicos, com remontagem de posições defensivas, cautela pré-feriado de 15 de novembro e ambiente externo não tão favorável a divisas emergentes, a despeito do fortalecimento do peso mexicano, o principal par do real.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
16/11/2021