Cenário Econômico Nacional – 22/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 22/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 22/11/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Vendas dos supermercados paulistas tiveram em setembro queda anualizada de 8,25%
  • Atividade econômica brasileira encolhe 0,27% em setembro, mostra IBC-Br
  • Campos Neto: realidade superou expectativas; uso do Pix aumenta mês após mês
  • Setor de cartões cresce 35,8% no 3º trimestre em base anual e movimenta R$ 687,3 bilhões
  • ‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica queda de 0,14% no 3º trimestre e possível recessão
  • PIX completa 1 ano com novas medidas de segurança
  • Problema do Brasil em 2022 não será crescimento baixo, mas inflação resiliente, diz Guedes
  • PEC dos Precatórios deve gerar espaço de R$ 93 bilhões no teto de gastos em 2022
  • Mercado piora perspectiva para déficit primário e dívida em 2022
  • Lula nega decisão sobre vice, mas elogia Alckmin e diz que diferenças não são irreconciliáveis
  • PEC dos Precatórios tem que ter pequeno espaço para reajuste de servidores, diz Bolsonaro
  • PL diz a aliados que, se Bolsonaro desistir de filiação, partido pode liberar diretórios em 2022
  • Bolsonaro inaugura embaixada no Bahrein durante viagem ao Oriente Médio
  • PGR pede abertura de inquérito no STF para apurar suposto crime de racismo da deputada Bia Kicis
  • Câmara aprova medida provisória que recria Ministério do Trabalho; texto segue para o Senado
  • Bolsonaro tem que entender composição do preço do combustível, diz Mourão
  • Moro se diz pronto para liderar projeto eleitoral e diz que se aconselha com Pastore na economia
  • Lula se reúne com premiê da Espanha no Palácio da Moncloa
  • Lira diz que não há espaço para reajuste a servidores com PEC dos Precatórios
  • Embraer anuncia contrato com a Overland Airways para venda de até seis aeronaves
  • Magalu recomprou quase R$ 200 milhões em ações em outubro; papel despenca
  • Publicidade tenta animar Black Friday ‘morna’
  • B3 ganha escultura do touro dourado em frente à sua sede
  • Exportação do agro do Brasil atinge valor recorde para outubro com alta nos preços
  • Shoppings superam os níveis de vendas pré-pandemia
  • Google Maps libera recurso para ajudar usuários a evitarem aglomerações em compras de fim de ano
  • Indústria diz que imposto que elimina PIS/Pasep aumenta carga tributária
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Vendas dos supermercados paulistas tiveram em setembro queda anualizada de 8,25%

As vendas dos supermercados no Estado de São Paulo tiveram redução de 8,25% nos 12 meses encerrados em setembro, segundo o Índice de Vendas dos Supermercados (IVS), apurado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). O número já é dessazonalizado e também é descontada a inflação do período pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS). No período, houve alta de 12,99% nos preços do setor. Se a inflação não fosse descontada do faturamento, haveria alta em relação ao mesmo período de um ano atrás. Os dados foram adiantados ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Carlos Correa, superintendente da Apas, disse que, devido à alta inflacionária, o setor observa uma busca do consumidor por preços mais baixos, o que privilegia o formato de atacarejos, que não entram na conta do índice de vendas da instituição. Ainda assim, a Apas observa que o comércio de vizinhança tem mostrado números mais fortes.

No início do ano, as previsões de crescimento para o setor eram de 3%, já no segundo trimestre, foram revistas para 1,5%. A atual projeção de alta anual é de 1,25%. No entanto, nas próximas semanas, deve haver nova revisão. Para estimar crescimento nos próximos meses a associação conta com o Auxílio Brasil e o 13º salário, que podem impulsionar as vendas de fim de ano nos supermercados do Estado.

Só o Auxílio Brasil deve injetar R$ 1,7 bilhão na economia paulista. “Isso é o valor referente às parcelas do auxílio que já estão garantidas para esse ano. Esperamos que o novo auxílio dê certo, respeitando o teto de gastos. Mas, para o próximo ano, a inflação também deve vir para o controle”, afirma Correa.

De janeiro a setembro, o faturamento real do setor supermercadista registrou queda de 10,11% na comparação com o mesmo período do ano passado. A comparação entre setembro de 2020 com setembro de 2021, por sua vez, aponta uma diminuição no faturamento real de 10,90%.

O Índice de Vendas dos Supermercados (IVS) mede o Faturamento Real dos hipermercados e supermercados que representam 85% do setor supermercadista paulista.

Atividade econômica brasileira encolhe 0,27% em setembro, mostra IBC-Br

A atividade econômica brasileira caiu 0,27% em setembro na comparação mensal, chegando ao patamar de 138,56 pontos, próximo ao nível de março, apontou o indicador IBC-Br do Banco Central na terça-feira (16). É a segunda queda consecutiva do índice.

Segundo a instituição, no acumulado do ano, o indicador teve alta de 5,88%, enquanto nos últimos 12 meses, cresceu 4,22%.

O IBC-Br é conhecido pelo mercado como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) e um importante indicador sobre as atividades da economia no país.

Ele complementa os dados de inflação do Brasil da semana passada, que teve alta mensal de 1,25% em outubro, puxado pelos preços dos combustíveis, com destaque para a gasolina.

Foi o maior avanço para o mês desde outubro de 2002. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já hoje os economistas consultados pelo Banco Central no relatório Focus disseram esperar que a economia brasileira cresça 0,93% em 2022, abaixo do 1% esperado no relatório da semana passada.

Segundo a pesquisa divulgada na terça-feira (16), os especialistas esperam que a inflação suba 4,79% no próximo ano, contra 4,63% na previsão da semana passada. Para 2021, a expectativa é de alta de 9,77%, acima dos 9,33% anteriores.

Campos Neto: realidade superou expectativas; uso do Pix aumenta mês após mês

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou na terça-feira (16), que o Pix superou todas as expectativas no primeiro ano de sua existência. Campos Neto lembrou que, na época do lançamento do Pix, disse que o novo sistema de pagamentos instantâneos transformaria o sistema de pagamentos brasileiro.

“A realidade superou as expectativas. O uso do Pix aumenta mês após mês. A velocidade de adoção é a mais rápida do mundo”, disse, destacando que o sistema também já superou meios de pagamento tradicionais, como TED, DOC e Boleto, em número de transações.

Além disso, o presidente do BC destacou que o Pix é importante vetor de inclusão financeiro e foi especialmente relevante durante a pandemia de Covid-19.

Campos Neto afirmou ainda as melhorias do Pix este ano, como cobrança com vencimento e os novos mecanismos de segurança, e citou as novas funcionalidades que estão por vir, como o Pix Saque e o Pix Troco, que vão entrar em vigor no dia 29 de novembro.

“O Pix ainda não atingiu todo o seu potencial, como o uso de QR Code”, disse, acrescentando que é preciso adaptação do sistema de empresas. “Há novas funcionalidades previstas para os próximos anos, como pagamento off-line”, afirmou, citando também que, no médio prazo, o Pix deve ser interligado a sistemas de pagamentos de outros países.

As declarações foram dadas em participação no evento (R)evolução Pix, em comemoração de um ano do sistema de pagamentos, por meio de vídeo gravado.

Setor de cartões cresce 35,8% no 3º trimestre em base anual e movimenta R$ 687,3 bilhões

O setor brasileiro de cartões cresceu 35,8% no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, e movimentou R$ 687,3 bilhões, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apresentado nesta terça-feira em coletiva de imprensa.

As transações com cartão de crédito puxaram o crescimento, com salto de 42,2% em um ano, para R$ 426,1 bilhões. Os cartões pré-pagos tiveram alta maior, de 153,6%, mas têm volume menor, de R$ 31,9 bilhões no trimestre. As transações com cartões de débito subiram 18,6%, para R$ 235,3 bilhões.

De janeiro a setembro deste ano, de acordo com a Abecs, o setor já movimentou R$ 1,8 trilhão em transações, uma alta de 34,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O crescimento em cada mês em relação a igual mês de 2020 vem desacelerando ao longo do ano, e ficou em 33,1% em setembro.

O presidente da Abecs, Pedro Coutinho, disse que essa desaceleração é natural, mas que ainda assim, o setor deve ter crescimento de dois dígitos porcentuais neste ano. “A média anual de crescimento (mensal) deve ultrapassar 20%”, afirmou.

A quantidade de transações avançou 39,1% no terceiro trimestre, para 8,2 bilhões de operações, e chegou a 21,8 bilhões no acumulado do ano até setembro, crescimento de 33,6%.

Também houve alta nas transações realizadas por brasileiros no exterior. Entre julho e setembro, foram US$ 922,3 milhões gastos com cartões fora do País, alta de 56,2%. Em reais, a elevação foi de 51,9%, para R$ 4,8 bilhões. Já os gastos de estrangeiros no Brasil somaram US$ 589,9 milhões, crescimento de 78,8%.

Com os resultados do terceiro trimestre e os primeiros números observados neste quarto trimestre, a Abecs tornou mais otimista sua projeção para a alta do setor neste ano. O número anterior era de 24%; agora, passou para 30%. “Estamos com uma linha mais otimista, é um número bastante impressionante”, disse Coutinho.

Segundo o presidente da Abecs, a reabertura da economia foi o principal fator de impulso dos gastos com cartões, assim como a safra agrícola na região Centro-Oeste do País. Ainda de acordo com ele, o auxílio emergencial, pago com valores menores neste ano, perdeu importância na composição do mix de transações com cartões.

‘Prévia’ do PIB do Banco Central indica queda de 0,14% no 3º trimestre e possível recessão

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda de 0,14% no terceiro trimestre de 2021 na comparação com os três meses anteriores.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

O IBC-BR do Banco Central é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB, mas os números oficiais serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2 de dezembro.

O resultado divulgado na terça-feira (16) pelo BC foi calculado após ajuste sazonal, espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes.

O recuo da prévia do PIB no terceiro trimestre aconteceu após retração também nos três meses anteriores, entre abril e junho deste ano. Segundo a instituição, o IBC-Br registrou queda de 0,35% nesse período (valor revisado).

Com isso, o indicador apontou a possibilidade de uma recessão técnica, que se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração do PIB.

Em 2020, o PIB do Brasil registrou queda de 4,1%, representando a maior contração desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996.

Para 2021, analistas de instituições financeiras projeta alta de 5,3%, assim como o governo.

Segundo o Banco Central, o nível de atividade medido pelo IBC-Br registrou queda pelo segundo mês seguido em setembro, recuando 0,27% na comparação com o mês anterior. O indicador foi calculado após ajuste sazonal.

O resultado divulgado pelo BC acontece em um momento em que o país tenta se recuperar dos efeitos econômicos da pandemia.

Para tentar evitar um impacto ainda maior, o governo anunciou no ano passado uma série de medidas, com impacto de R$ 524 bilhões nos gastos públicos.

No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, fechou em alta de 4,52%, a maior desde 2016.

A expectativa do mercado financeiro para 2021, segundo pesquisa do Banco Central, é que a inflação chegue a 9,77%.

PIX completa 1 ano com novas medidas de segurança

O PIX, o sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), completou 1 ano de funcionamento no país e ganhou na terça-feira (16) um conjunto de novas medidas de segurança.

Entre as novas medidas, estão o bloqueio preventivo dos recursos em caso de suspeita de fraude, notificações obrigatórias de transações rejeitadas e devolução de valores pela instituição recebedora, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes.

As novas medidas foram anunciadas no final de setembro. Segundo o Banco Central, os mecanismos “criam incentivos para que os participantes aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes”.

O PIX é um mecanismo de transferência de recursos que opera em tempo real, 24 horas por dia.

Atualmente já são quase 350 milhões de chaves cadastradas, sendo 334 milhões delas de pessoas físicas. Segundo o Banco Central, mais de 104 milhões de usuários pessoas físicas já realizaram alguma transação via PIX.

Neste 1 ano de PIX, o Banco Central estima que mais de 45 milhões de pessoas que não realizavam transações eletrônicas agora fazem PIX com frequência e que o sistema já conseguiu reduzir em quase R$ 5 bilhões os custos bancários para as empresas. Veja no vídeo acima.

O PIX já respondia por 72% das operações, considerando TED, DOC, TEC, boleto e cheque. Segundo o BC, a quantidade de operações via PIX já ultrapassa outros meios como cartão pré-pago, transferência intrabancária e débito direto.

Veja os novos mecanismos

Bloqueio cautelar: medida vai permitir que o banco que detém a conta do usuário possa efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. Sempre que o bloqueio cautelar for acionado, a instituição deverá comunicar imediatamente ao cliente.

Notificação de infração: notificação de infração deixará de ser facultativa e passará a ser obrigatória. Mecanismo visa permitir que os bancos registrem uma marcação na chave PIX, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há “fundada suspeita de fraude”. Essas informações serão compartilhadas com as demais instituições financeiras para aumentar aos mecanismos de prevenção a fraudes;

Ampliação do uso de informações para fins de prevenção à fraude: será criada uma nova funcionalidade que permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves PIX. Assim, informações de notificação de fraudes estarão disponíveis para todos os participantes do PIX, que poderão utilizar essas informações em seus processos como, por exemplo, abertura de contas;

Mecanismos adicionais para proteção dos dados: mecanismos adotados pelos bancos devem ser, no mínimo, iguais aos mecanismos implementados pelo BC. Os bancos também terão de definir procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram excessivas consultas de chaves PIX;

Devolução de valores em caso de fraude ou falha: a devolução poderá ser iniciada pelo prestador de serviço de pagamento do usuário recebedor, por iniciativa própria ou por solicitação do prestador de serviço do usuário pagador, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes.

O Banco Central também mudou o regulamento do PIX para deixar claro que os bancos devem ser responsabilizados por “fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos”.

Problema do Brasil em 2022 não será crescimento baixo, mas inflação resiliente, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na quarta-feira (17) que o problema do Brasil em 2022 não será o crescimento baixo, mas a inflação resiliente, ressaltando que não acredita nas previsões mais pessimistas do mercado para a atividade no ano que vem, mas prevê que a inflação pode surpreender para cima.

“Vamos ver o que vai acontecer com essas pessoas que estão prevendo zero, ou 1% (de crescimento do PIB em 2002)”, disse Guedes, em inglês, ao participar de evento virtual.

“O problema não será crescimento baixo, o problema será inflação resiliente. A inflação provavelmente será um pouco acima do que vocês estão prevendo, mas o crescimento também será maior do que vocês estão prevendo, então vamos ver. Eu não faço previsões, eu faço piada de previsões, de previsões erradas.”

O mercado estima que o PIB crescerá 0,9% em 2022 e que o IPCA terá alta de 4,8%, segundo o relatório Focus mais recente.

De acordo com Guedes, haverá desaceleração cíclica no país em meio ao ciclo de aperto monetário conduzido pelo Banco Central para domar a inflação, mas ele frisou que o pano de fundo é de crescimento sustentável da economia baseado em investimentos privados.

O ministro também reforçou que seu cenário leva em conta a aprovação pelo Senado da PEC dos Precatórios sem danos ao que chamou de arquitetura fiscal do país.

“É verdade que juros vão subir com luta do BC para controlar inflação, mas estamos realmente fazendo a transição para crescimento sustentável em todos os setores”, disse ele.

Segundo Guedes, as conversas mantidas pelo governo em viagem aos Emirados Árabes asseguraram ao país compromisso de investimentos de 10 bilhões de dólares em 10 anos e, no total, o Brasil já tem assegurados investimentos de 700 bilhões de dólares para as próximas décadas.

Guedes criticou ainda proposta apresentada por alguns senadores de tirar o pagamento de precatórios do teto de gastos, ressaltando que, num cenário em que a PEC dos Precatórios não seja aprovada no Senado com o formato já chancelado pelos deputados, aí sim ele se preocupará com a economia em 2022.

PEC dos Precatórios deve gerar espaço de R$ 93 bilhões no teto de gastos em 2022

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios deve gerar um espaço no teto de gastos de R$ 93 bilhões em 2022, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI).

O cálculo considera uma taxa de 8,7% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2021, o que produziria um espaço de R$ 47,6 bilhões. Conforme a regra original, o teto é corrigido pelo IPCA em 12 meses até junho, mas a PEC propõe mudar o indexador para o IPCA até dezembro.

A outra alteração da PEC, a criação de limite de gastos para precatórios, abriria outros R$ 45,4 bilhões no teto em 2022. A proposta é criar um subteto com a despesa paga com essas dívidas judiciais em 2016, corrigida pela regra geral do teto de gastos.

No Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) de novembro, a IFI calcula que o principal destino do montante de R$ 93,0 bilhões será o Auxílio Brasil. Considerando o reajuste permanente de 17,8% no valor do benefício e a parte temporária até o fim de 2022, que faria chegar a R$ 400, custariam juntos R$ 81,6 bilhões no ano que vem, um aumento de R$ 46,9 bilhões ante o valor previsto originalmente no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).

A IFI ainda ressalta que outras despesas devem preencher R$ 21,5 bilhões dos R$ 93,0 bilhões do espaço aberto no teto, como a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que deve custar R$ 6,0 bilhões em 2022, além dos R$ 3,2 bilhões previstos na PLOA. O auxílio diesel teria impacto próximo a R$ 3,6 bilhões e o de gás custaria R$ 600 milhões no primeiro ano. Há ainda perspectiva de ampliação do Fundo Eleitoral, de R$ 2,1 bilhões para R$ 5,0 bilhões.

Além disso, assim como teto de gastos, os pisos constitucionais de saúde e educação, e a despesa com emendas parlamentares positivas seria corrigida pelo IPCA de dezembro, com impacto de R$ 6,4 bilhões.

Ainda sobrariam R$ 24,5 bilhões que poderiam ser usadas para ampliação de outras despesas primárias, como reajustes salariais do Executivo e emendas do relator-geral do Orçamento.

Esses cálculos consideram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que reajusta o salário mínimo e outros benefícios sociais e previdenciários, deve terminar 2021 em de 9,1%.

A IFI pondera, contudo, que, se as contas fossem feitas a partir do PLOA, a margem seria de 1,8 bilhão. No PLOA, o INPC considerado para 2021 foi de 6,3%.

No RAF, a IFI ainda argumenta que a PEC dos precatórios, na prática, leva ao fim da regra do teto de gastos. Segundo a instituição, com a perspectiva de aprovação da medida, o cenário pessimista para a economia brasileira ganha força. A PEC foi aprovada na Câmara e está sendo negociada no Senado.

“Em resumo, aumentou o risco fiscal e os desdobramentos desse novo quadro sobre a economia poderão ser graves. A IFI seguirá acompanhando o quadro geral e estimando os efeitos fiscais decorrentes.”

A IFI projeta crescimento de 4,91% do PIB em 2021 e de 1,72% em 2022, no cenário básico. No pessimista, a estimativa para o ano que vem é de alta de 0,1%.

Mercado piora perspectiva para déficit primário e dívida em 2022

O mercado financeiro previu um rombo primário maior para o governo central no próximo ano na comparação com os cálculos feitos um mês antes, também piorando a expectativa para a dívida bruta, mostrou relatório Prisma Fiscal divulgado na quinta-feira (18) pelo Ministério da Economia.

Agora, a perspectiva é de déficit primário de 97,739 bilhões de reais em 2022, ante 83,100 bilhões de reais estimados em outubro, segundo mediana das projeções.

A dívida bruta deve subir a 84% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, ante projeção anterior de 82,8%.

Já para este ano a conta do resultado primário foi melhorada a um déficit de 111,596 bilhões de reais, frente a 129 bilhões de reais no boletim Prisma anterior.

A estimativa é de uma dívida bruta fechando 2021 em 81,5%, ligeiramente acima do patamar de 81,39% visto anteriormente.

A piora para o ano que vem ocorre após sinalizações do governo de que realizará um maior volume de gastos, especialmente com o Auxílio Brasil, programa que sucedeu o Bolsa Família e que terá, extraordinariamente no ano eleitoral de 2022, benefício de 400 reais por família.

Para tanto, o governo aposta na aprovação da PEC dos Precatórios, que abrirá espaço orçamentário de 91,6 bilhões de reais em 2022 ao instituir um limite anual para o pagamento das sentenças judiciais perdidas em definitivo pela União, ao mesmo tempo em que muda a janela de correção da regra do teto de gastos.

A proposta já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas ainda precisa ser analisada no Senado.

Lula nega decisão sobre vice, mas elogia Alckmin e diz que diferenças não são irreconciliáveis

Depois das notícias de que estaria negociando com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para ser candidato à vice-presidente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou na segunda-feira (15) que já tenha uma decisão sobre sua chapa, mas disse ter “um profundo respeito” pelo ex-governador e não descartou o acordo.

“Eu tenho uma extraordinária relação de respeito com Alckmin, eu fui presidente quando ele foi governador, nós conversamos muito. Não há nada que aconteceu entre eu e Alckmin que não possa ser reconciliado”, disse Lula em uma entrevista durante sua visita ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O ex-presidente está em uma viagem de 10 dias a vários países europeus, onde tem encontrado líderes como o próximo chanceler alemão, Olaf Scholz, e o ex-presidente espanhol José Luis Zapatero.

Lula disse que ainda não há decisão ou negociação porque nem ele mesmo teria decidido se será ou não candidato, uma afirmação que não é levada a sério nem dentro do PT, mas que já foram especulados “22 vices e 8 ministros da Fazenda” em sua chapa que ele nunca teria discutido.

“Eu não estou discutindo vice ainda porque não discuti a minha candidatura. Quando eu decidir aí eu vou sair a campo para encontrar alguém para ser vice”, disse o ex-presidente.

Perguntado sobre a possibilidade, na última sexta-feira (12) Alckmin disse que não existe uma decisão sobre o que vai fazer em 2022, mas que se sentia honrado com a lembrança, e elogiou Lula.

“A política precisa ser feita com civilidade, com quem tem apreço pela democracia. Em relação a candidaturas, a decisão não é agora, não é já”, disse Alckmin. Perguntado se o ex-presidente teria apreço pela democracia, respondeu: “Mas é claro que tem, e não só ele”.

Apesar da negativa do ex-presidente, fontes ligadas ao partido contaram a Reuters que há sim conversas entre pessoas próximas de Lula e aliados de Alckmin para formar uma chapa para 2022, mas muito longe ainda de um consenso ou de um convite.

Nem mesmo um encontro pessoal entre os dois aconteceu. Dentro do PT, no entanto, há quem defenda a possibilidade com base na ideia de mostrar que um futuro governo Lula seria, de fato, um governo de aliança nacional.

Tucano até o momento, o ex-governador sempre foi um adversário do PT, mas tem boa relação com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, um dos intermediários das conversas, e com o próprio Lula.

A negociação, no entanto, teria que incluir a decisão do ex-governador de se filiar ao PSB, a decisão de sair do PSDB já está tomada, em vez do PSD de Gilberto Kassab, com quem Alckmin vinha negociando. O convite já foi feito, mas o ex-governador ainda pesa suas possibilidades.

Brigado com o atual governador de São Paulo, cuja entrada na política ele apadrinhou, Alckmin sairá do PSDB depois das prévias para candidatura a presidente que os tucanos fazem no próximo domingo. Inicialmente, a ideia era ser candidato a governador pelo PSD, uma eleição dada como certa.

Mas, como Kassab está firme na ideia de lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), à Presidência, uma aliança com o PT teria que vir através do PSB.

PEC dos Precatórios tem que ter pequeno espaço para reajuste de servidores, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na terça-feira (16) que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios pelo Congresso irá abrir espaço para se conceder reajuste aos servidores públicos federais, justificando o eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à inflação.

“Há possibilidade, porque a inflação, está há dois anos sem reajuste. A questão da pandemia até se justifica, porque muita gente perdeu emprego ou teve seu salário reduzido. Agora a inflação chegou a dois dígitos. Então conversei com Paulo Guedes, em passando a PEC dos Precatórios, tem que ter um pequeno espaço para dar algum reajuste. Não é o que eles merecem, mas é o que podemos dar”, disse Bolsonaro em entrevista a jornalistas no Barein, onde está em viagem oficial.

Segundo o presidente, o aumento, se vier a ser concedido, seria dado a todos os servidores públicos federais, sem exceção. Bolsonaro disse ainda que concursos públicos só vão ocorrer para o que for essencial, citando o que foi feito para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal.

Na véspera, Bolsonaro já havia dito que a folga no teto de gastos a ser criada pela PEC dos Precatórios poderia ser usada para reajuste dos servidores federais, além de seu propósito principal, que é financiar o novo programa de transferência de renda Auxílio Brasil.

“Dá para atender a população mais carente, dá para atender a questão orçamentária e pensamos até, dado o espaço que está sobrando, em atender até em parte os servidores”, disse Bolsonaro durante entrevista em Dubai.

Até o momento, entre as várias intenções do governo para aproveitar a folga no Orçamento aberta pela PEC, o reajuste de servidores, mal visto pela equipe econômica dado o efeito cascata que causa, não tinha sido aventada.

O salário dos servidores federais está congelado desde 2019 e concursos públicos estão suspensos, medidas que foram cruciais para conter as despesas públicas este ano.

PL diz a aliados que, se Bolsonaro desistir de filiação, partido pode liberar diretórios em 2022

O PL avisou a aliados do centrão que, se o presidente Bolsonaro recuar da filiação ao partido, Valdemar Costa Neto pode liberar diretórios estaduais na eleição de 2022 para apoiarem o candidato que quiserem, como os de oposição ao governo.

Essa é uma das principais preocupações do governo Bolsonaro. Em meio às articulações para levar o presidente a se filiar ao partido, Costa Neto tem dito a bolsonaristas que vai trabalhar para reduzir ao máximo o apoio do PL a palanques opositores a Bolsonaro. No entanto, o principal cacique do PL não garante o mesmo empenho caso o presidente desfaça o “noivado” e desista de se filiar à legenda.

Isso significa, na prática, que o partido pode ter palanques regionais apoiando Bolsonaro, João Doria e, principalmente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Esse eventual apoio pulverizado do PL em 2022 é o motivo pelo qual ministros do governo defendem o ingresso do presidente na legenda. Para eles, o casamento entre Bolsonaro e PL inviabilizará o apoio do partido a Lula na eleição do ano que vem.

Bolsonaro, no entanto, recuou da filiação, por ora, alegando problemas em palanques estaduais, como o de São Paulo.

Nos bastidores, pesou também a repercussão negativa da aliança entre Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, que foi condenado no mensalão, esquema de corrupção que atingiu o governo Lula.

Bolsonaro inaugura embaixada no Bahrein durante viagem ao Oriente Médio

O presidente Jair Bolsonaro participou na terça-feira (16) de cerimônia de inauguração da embaixada brasileira em Manama, no Bahrein.

A inauguração marcou o quarto dia da viagem de Bolsonaro ao Oriente Médio. O presidente foi recebido na sequência pelo rei Hamad Bin Isa Al-Khalifa.

O Bahrein é o segundo destino da comitiva brasileira no Oriente Médio. A agenda começou no sábado (13), em Dubai, nos Emirados Árabes, onde Bolsonaro ficou por três dias.

O objetivo da viagem é fortalecer as relações do Brasil com países da região do Golfo Pérsico, que são grandes produtores de petróleo e possuem fundos soberanos de investimentos.

O Brasil deseja ampliar exportações de produtos agrícolas e de defesa e atrair recursos para concessões de infraestrutura.

Na quarta (17), Bolsonaro e comitiva seguem para Doha, no Catar, último destino da viagem ao Oriente Médio.

PGR pede abertura de inquérito no STF para apurar suposto crime de racismo da deputada Bia Kicis

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para apurar suposto crime de racismo da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Em setembro de 2020, a parlamentar publicou nas redes sociais uma imagem de “blackface”, uma prática racista, para criticar o processo seletivo em um programa de trainee exclusivo para negros, realizado pela empresa Magazine Luiza.

A publicação da deputada nas redes sociais foi ilustrada com fotos dos ex-ministros Sérgio Moro e Luiz Henrique Mandetta com os rostos pintados de preto, que é um meio do mecanismo de discriminação racial.

O g1entrou em contato com a assessoria da deputada federal, que informou que “a deputada não vai se manifestar” sobre o caso.

Na montagem, a publicação sobre os ex-ministros aparece acompanhada da frase “não está fácil para ninguém”, com referência às pessoas desempregadas e à perda dos cargos dos ex-gestores.

Segundo o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a conduta da parlamentar implica, em tese, na prática de crimes resultantes de preconceito ou discriminação.

Medeiros pediu ao STF que autorize a tomada de depoimento da deputada e que as postagens sejam guardadas.

Em entrevista anterior ao g1, a advogada negra Jéssica Silva, especialista em Direito Penal, explica que o “blackface” está listado na legislação federal (Lei nº 7.716) entre as práticas de racismo, descrita como “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

“Blackface é uma atitude extremamente racista, preconceituosa e humilhante.”

Ainda de acordo com a especialista, a prática pode ser enquadrada como injúria racial, prevista no Código Penal, com pena de um a três anos de reclusão e multa.

Câmara aprova medida provisória que recria Ministério do Trabalho; texto segue para o Senado

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira (16) a medida provisória que recria o Ministério do Trabalho e Previdência. Matéria segue para o Senado.

A pasta foi criada em 1930, no entanto, no governo do presidente Jair Bolsonaro, a estrutura foi incorporada ao Ministério da Economia. Em julho de 2021, o presidente decidiu fazer uma minirreforma ministerial e editou uma medida provisória estabelecendo a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência. O atual titular é o ministro Onyx Lorenzoni.

Por se tratar de uma medida provisória, as regras previstas no texto começaram a valer a partir da publicação da matéria no “Diário Oficial da União” (DOU), o que foi feito em julho. Mas para virar lei em definitivo a medida precisa ser aprovada pelo Congresso.

Além de recriar o Ministério do Trabalho e Previdência, o texto também transfere secretarias da estrutura do Ministério da Economia para a nova pasta, entre elas, as de Trabalho e da Previdência e a subsecretaria de assuntos corporativos.

De acordo com a medida, o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o Conselho de Recursos da Previdência Social também foram deslocados para o Ministério do Trabalho e Previdência.

Bolsonaro tem que entender composição do preço do combustível, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na quarta-feira (17) que o presidente Jair Bolsonaro tem que entender como é a composição do preço dos combustíveis.

“O presidente tem que entender realmente como se constrói esse preço. Estamos com choque de oferta, não de demanda”, disse Mourão, em entrevista ao UOL.

Para o vice-presidente, não adianta ficar discutindo o ICMS. Bolsonaro tem culpado esse imposto como um dos vilões para o alto preço dos combustíveis e defende mudanças em sua forma de tributação.

Em outro contraponto ao presidente, Mourão disse ser contra a privatização da Petrobras e destacou que a iniciativa não é a solução, uma vez que o problema dos combustíveis do país está no monopólio do refino. Ele disse acreditar que com novas refinarias em um “curto espaço de tempo” haveria uma “queda significativa” do preço do insumo.

Mourão exerce interinamente a Presidência nesta semana em razão de viagem internacional de Bolsonaro.

Moro se diz pronto para liderar projeto eleitoral e diz que se aconselha com Pastore na economia

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro disse em entrevista à TV Globo que se sente preparado para liderar um projeto na eleição presidencial do ano que vem e afirmou que tem se aconselhado com o economista Affonso Celso Pastore em assuntos macroeconômicos.

Em entrevista ao programa ‘Conversa com Bial’, Moro se recusou a citar outros nomes que o vem aconselhando em sua empreitada eleitoral alegando que seu projeto ainda está em construção.

“Estou pronto para liderar esse projeto, e construindo um projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante”, disse o ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, com quem rompeu no ano passado.

“O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico, quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país, alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore”, afirmou.

Moro, que deixou o governo Bolsonaro no ano passado acusando o presidente de buscar interferir politicamente na Polícia Federal, filiou-se ao Podemos na semana passada e adotou discurso de candidato ao Palácio do Planalto no discurso que fez em sua cerimônia de filiação.

O ex-juiz também foi responsável pelas condenações em primeira instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela decretação de sua prisão após confirmação das condenações em segunda instância, que impediram Lula de disputar a eleição de 2018. Neste ano, as condenações contra Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, que ainda considerou Moro parcial nos protestos contra o petista.

Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro do ano que vem, bem à frente de Bolsonaro, que aparece em segundo.

Moro é um dos principais nomes da chamada terceira via, candidatos que tentam superar polarização entre Bolsonaro e Lula. Entretanto, em recente pesquisa Genial/Quaest, o petista venceria o ex-magistrado por 57% a 22% num eventual segundo turno.

Pastore, de 82 anos, foi presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, durante o governo do presidente João Figueiredo, último general a presidir o Brasil durante a ditadura militar que governou o país de 1964 a 1985.

Lula se reúne com premiê da Espanha no Palácio da Moncloa

O ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva se reuniu na sexta-feira (19) com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol, no Palácio da Moncloa, em Madri.

O encontro ocorre dois dias após Lula se encontrar com o presidente da França, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris.

Na ocasião, o presidente francês afirmou que conversou com Lula sobre como “o Brasil se apartou do sistema multilateral e de grandes acordos internacionais”.

Na França, Lula também recebeu um prêmio de uma revista especializada em política internacional.

Nesta sexta, Sánchez publicou fotos do encontro em uma rede social e escreveu que “Espanha e Brasil compartilham fortes laços estruturais e permanentes em diferentes áreas”.

“Hoje, encontrei-me com seu ex-presidente, Lula, para tratar de vários assuntos de interesse comum, como a situação da pandemia, as mudanças climáticas ou a recuperação econômica”.

A assessoria de imprensa de Lula afirmou que eles conversaram sobre “o papel que Espanha e Brasil podem ter para a consolidação do desenvolvimento na América Latina, com governos solidários e democráticos”.

Disse também que Lula e Sánchez conversaram sobre a integração europeia e da América Latina, programa sociais, os riscos para a democracia e a importância de se contrapor com governos democráticos.

Lira diz que não há espaço para reajuste a servidores com PEC dos Precatórios

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não vê espaço para reajuste aos servidores em 2022 com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.

A PEC abre um espaço de aproximadamente R$ 90 bilhões no teto de gastos no próximo ano, mas cálculos do Ministério da Economia apontam outras despesas como destinatárias da folga, entre elas o Auxílio Brasil. Além disso, o reajuste criaria um aumento de despesa permanente para a União.

“Eu absolutamente não vi esse espaço, não conheço esse espaço. Os números que foram apresentados pela Economia para a Câmara dos Deputados não previam esse aumento e eu penso que aquele portfólio de custos que foi amplamente divulgado pela imprensa possam ser honrados para que tenha fidedignidade do que foi acertado nas discussões de plenário”, disse Lira em entrevista coletiva na Câmara.

Na terça-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro sinalizou com a possibilidade de o governo dar reajuste aos servidores se a PEC dos precatórios for aprovada. A declaração, no entanto, foi negada em seguida por integrantes da equipe econômica e parlamentares, entre eles o relator do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ).

Embraer anuncia contrato com a Overland Airways para venda de até seis aeronaves

A Embraer anunciou na segunda-feira (15) a venda de três novos jatos E175 para a Overland Airways, da Nigéria, com direitos de compra para outras três aeronaves do mesmo modelo. As aeronaves, de 88 lugares, com configuração de cabine classe premium, começarão a ser entregues a partir de 2023. O valor do contrato é de US$ 299,4 milhões, a preço de lista com todas os direitos de compra sendo exercidos. O anúncio do negócio foi feito durante o Dubai Air Show.

Essas aeronaves aumentarão os voos domésticos e permitirão expandir as rotas regionais da companhia. “Estamos confiantes de que este é o momento certo para investir, já que a aviação regional vem tendo uma otimista recuperação pós-pandemia. Nossos clientes vão realmente desfrutar de todo o conforto do E175, e agradecemos nossa parceria com a Embraer”, disse o capitão Edward Boyo, presidente e CEO da Overland Airways, em nota.

“Estamos orgulhosos desta parceria com a Overland e apoiar sua expansão regional. Estamos vendo uma crescente demanda de longo prazo por aeronaves corretamente dimensionadas para fornecer conexões domésticas lucrativas na Nigéria”, afirmou César Pereira, vice-Presidente para Europa, Oriente Médio e África, a Embraer Aviação Comercial, também em nota.

A Embraer acrescentou que, durante a pandemia, o E175 tem sido uma ferramenta vital para muitas companhias aéreas regionais, pois estão perfeitamente adaptadas à reconstrução da malha aérea, melhorando frequências e adicionando eficientemente capacidade para atender à demanda que vem se recuperando gradualmente.

Magalu recomprou quase R$ 200 milhões em ações em outubro; papel despenca

As ações da Magazine Luiza chegaram a cair mais de 20% na terça-feira (16), seguindo o movimento de queda das grandes varejistas e outros papéis ligados ao varejo no Brasil, com investidores aproveitando para realizar lucros enquanto monitoram os mais recentes dados sobre a economia do país.

A empresa também informou hoje uma compra de ações de R$ 193,2 milhões no mês de outubro. A transação foi feita em três etapas, totalizando 13,4 milhões de papéis comprados.

Segundo dados enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a maior movimentação aconteceu em 18 de outubro, onde foram negociadas aproximadamente R$ 86,3 milhões de ações. Após a transação, o saldo final em tesouraria relatado subiu 18%.

Na última quinta-feira (11), a companhia reportou seus rendimentos do terceiro trimestre, no qual viu seu lucro encolher 89,5% em 12 meses. A varejista lucrou R$ 22,6 milhões entre julho e setembro. Há um ano, reportava R$ 215,9 milhões. As lojas físicas tiveram queda de 8% nas vendas entre julho e setembro, nessa mesma comparação.

A companhia atribuiu a performance negativa à “piora dos indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como o aumento da inflação e da taxa de juros, e também pela forte base de comparação (crescimento 18,3% no 3T20)”. No dia seguinte, o papel teve queda de mais de 7%.

Publicidade tenta animar Black Friday ‘morna’

O cenário desolador para o varejo, que recuou 1,3% em setembro em meio à inflação em disparada, coloca em dúvida a força de uma das datas mais esperadas do varejo: a Black Friday. Diante do momento econômico difícil, o jeito está sendo apostar na força da comunicação: desde o início deste mês, as marcas veiculam campanhas sobre a data na televisão, nas redes sociais e até em jogos de computador.

Segundo o levantamento feito pela plataforma Buzzmonitor, o interesse pela Black Friday cresceu entre outubro e novembro nas redes sociais, como é comum neste período. Em um mês, as publicações no Instagram sobre o tema cresceram 3.900%. “De um lado algumas empresas estão cautelosas, mas de outro o cliente tenta tirar o atraso do que ele não fez durante a pandemia”, diz o consultor Jaime Troiano, da Troiano Branding.

Nomes como Magazine Luiza, Via, dona da Casas Bahia e Ponto Frio, e Mercado Livre prometem nas campanhas facilidades como frete grátis, parcelamentos e descontos que vão de 20% até 70% nos produtos de plataformas digitais e em lojas físicas.

Para o consultor em marcas Luciano Deos, da consultoria GAD, o cenário de inflação, dólar alto e baixos estoques deixam companhias receosas de fazer campanhas mais agressivas. “Dar descontos neste momento é uma dificuldade de todas as empresas, principalmente a um mês do Natal, que também é uma data muito importante para o setor.”

Para Deos, diferentemente de anos anteriores, esta edição deve ser dedicada a “manter a agenda” e trazer reposicionamento de marcas, já que as ofertas devem ser mais tímidas. “As marcas vão preferir esperar para vender no Natal, quando é possível vender com preços melhores”, diz.

Às vésperas da data mais importante do ano para os seus negócios, o Mercado Livre tenta superar os resultados obtidos em 2020. Para atingir esse objetivo, a companhia decidiu fazer um “esquenta” de promoções com foco nas campanhas publicitárias veiculadas no TikTok e no Instagram.

Além disso, o marketplace se prepara para lançar uma ação voltada aos gamers, dentro de um jogo de computador. “Vamos criar uma réplica do Meli dentro da plataforma para os usuários”, diz a diretora regional de marca do Mercado Livre, Thais Nicolau.

E a Black Friday também entrou no radar de sites chineses de e-commerce. Conforme levantamento do Buzzmonitor, as buscas no Google por empresas asiáticas como Shopee e Shein cresceram 14%. Nas redes sociais, a marca de roupas anuncia sua ação de cartões-presentes e divulga produtos com preço inicial de R$ 3,99, enquanto o e-commerce de variedades promete itens partindo de R$ 1,99.

B3 ganha escultura do touro dourado em frente à sua sede

A B3 inaugurou na terça-feira (16), no centro histórico de São Paulo, uma escultura chamada Touro de Ouro, inspirada no Touro de Wall Street, que fica no centro financeiro de Nova York.

No mercado financeiro, o touro representa ‘o otimismo e a força dos investidores’. Segundo a bolsa, a escultura foi um presente do economista Pablo Spyer e do artista plástico Rafael Brancatelli “para a cidade de São Paulo e o mercado financeiro brasileiro”.

O Touro de Ouro fica em frente ao prédio da B3, na rua XV de Novembro.

A versão da brasileira do touro de Wall Street foi construída sobre uma estrutura metálica tubular com multicamadas de fibra de vidro de alta densidade e pintura anticorrosiva. O Touro tem 5,10 metros de comprimento, 3 metros de altura e 2 metros de largura.

“O Touro de Ouro representa a força e a resiliência do povo brasileiro. A B3 está trazendo esse novo símbolo para valorizar não apenas o centro de São Paulo, mas o desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil, que passa pela própria história da bolsa”, diz Gilson Finkelsztain, CEO da B3.

Exportação do agro do Brasil atinge valor recorde para outubro com alta nos preços

As exportações de agronegócio do Brasil atingiram US$ 8,84 bilhões no mês passado, valor recorde para outubro, como reflexo de preços internacionais mais altos, apontou o Ministério da Agricultura.

As vendas externas do agro do país subiram 10% ante o resultado do mesmo mês de 2020, com os preços mais do que compensando uma queda de 12,5% em volumes, segundo estudo da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do ministério.

As importações de produtos do agronegócio subiram de 1,2 bilhão de dólares, em outubro de 2020, para 1,4 bilhão de dólares no mesmo período deste ano, uma alta de 16,8%.

De acordo com analistas da SCRI, os principais destaques do mês foram soja em grão, carne suína e de frango e café.

A soja em grão foi responsável por 1,72 bilhão de dólares (+94,3%), correspondendo a 3,3 milhões de toneladas (+35,9%).

As vendas externas da carne suína chegaram a 215,98 milhões de dólares (+8,9%), já a carne de frango totalizou 700,08 milhões de dólares (+60%). E o setor cafeeiro registrou vendas de 606,71 milhões de dólares (+18,9%).

A China se manteve como principal compradora dos produtos do agronegócio brasileiro, com 2,25 bilhões de dólares.

Shoppings superam os níveis de vendas pré-pandemia

Pela primeira vez em um ano e meio, as maiores operadoras de shoppings do Brasil conseguiram vender mais do que antes da pandemia. Aliansce Sonae, BRMalls, Iguatemi e Multiplan vinham registrando quedas nas vendas dos lojistas desde que a crise sanitária fechou o comércio e, posteriormente, permitiu a abertura aos poucos.

Com o avanço da vacinação e o fim das restrições para os centros de compras, o quadro se inverteu. Em outubro, essas empresas viram crescimento nas vendas em relação ao mesmo mês de 2019, em termos nominais. Iguatemi e Multiplan tiveram altas de 15% e 10%, respectivamente. Aliansce e BRMalls confirmaram que houve aumento, mas sem divulgar dados. “Em novembro, as primeiras semanas de vendas também foram boas”, afirmou o presidente da Aliansce Sonae, Rafael Sales, em reunião com analistas. Paralelamente, a inadimplência dos lojistas e os espaços vagos dos shoppings estão diminuindo pouco a pouco.

A pergunta que fica agora é se os negócios vão permanecer saudáveis, em meio à piora da economia brasileira, com juros e inflação em alta. Na visão dos empresários, a expectativa é de desempenho muito forte nas vendas neste fim de ano, com Black Friday e Natal. Para o próximo ano, pairam dúvidas.

Sales, da Aliansce Sonae, afirmou que estimar o desempenho das vendas para 2022 é um “exercício mais complexo” devido às incertezas. “Não sabemos como estará a economia brasileira no ano que vem”, afirmou. Mas ele se diz otimista, porque o pior da pandemia ficou para trás, e a sua rede tem boa ocupação, além de novos canais para vendas online.

O presidente da BRMalls, Ruy Kameyama, também tem visão positiva. Segundo ele, a recuperação nas vendas foi vista em todas as regiões onde está presente, especialmente nos empreendimentos do Centro-Oeste e do Paraná, regiões puxadas pelo agronegócio.

“Temos percebido que existe um interesse forte dos lojistas para entrar nos shoppings”, disse, em teleconferência. A expectativa, segundo ele, é cortar descontos nos aluguéis e reajustar aluguéis para recuperar parte das receitas. Na rede Iguatemi, com shoppings voltados para as classes A e B, a previsão é de que as vendas sigam fortes até a metade de 2022. Isso porque os seus consumidores ainda estão limitados para viajar e devem direcionar boa parte dos gastos com lazer e compras para o mercado local, diz a vice-presidente de finanças, Cristina Betts. O Iguatemi prevê que a taxa de ocupação suba de 90,7% para 93% no fim do ano.

Para analistas, o movimento de recuperação deve continuar, embora em ritmo diferente. “Os shoppings de baixa renda devem se recuperar mais lentamente do que aqueles de alta renda, já que o crescimento da inflação está concentrado em alimentos e mercadorias”, afirmou o analista do Citi André Mazini, em relatório.

Google Maps libera recurso para ajudar usuários a evitarem aglomerações em compras de fim de ano

O aplicativo Google Maps ampliou a disponibilidade de recursos que indicam locais muito cheios e que facilitam a circulação em shoppings e aeroportos. Segundo o Google, o objetivo é ajudar as pessoas em confraternizações e compras de fim de ano.

Um dos recursos é chamado de “Area Busyness” e analisa tendências de circulação dos usuários em tempo real para indicar se uma loja ou um restaurante, por exemplo, estão muito cheios em um determinado horário do dia.

Com ele, é possível buscar um estabelecimento no Google Maps antes de sair de casa para decidir se vale a pena visitá-lo naquele momento. O aplicativo também informa como costuma ser a movimentação no local em outros horários.

Além de pesquisar sobre um local específico, o aplicativo oferece detalhes sobre a circulação em bairros. O Google informa que o recurso está sendo liberado para todos os usuários de Android e iOS em todo o mundo.

A empresa também expandiu o recurso que ajuda usuários a se localizarem em shoppings, aeroportos e estações de transporte. Usuários de Android e iOS em todo o mundo poderão pesquisar por um determinado ponto desses locais por meio da aba “Diretório”.

Ela permite encontrar locais como lojas e estacionamentos, caso o Google Maps tenha acesso a essa informação. Na seção, também é possível filtrar estabelecimentos por categorias e encontrar detalhes como andar, horário de funcionamento e avaliações de outros usuários sobre o local.

Indústria diz que imposto que elimina PIS/Pasep aumenta carga tributária

Estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado na sexta-feira (19) aponta que a alíquota padrão para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), novo imposto previsto na reforma tributária para eliminar o PIS/Pasep e a Cofins, na realidade aumenta a carga de impostos no país.

Segundo a entidade, para não haver esse aumento, o novo imposto deveria ser no máximo de 8,7% para os produtores de bens e serviços e 5,15% para as instituições financeiras. Segundo a CNI, o projeto encaminhado pelo governo tem alíquota padrão de 12% e de 5,8% para as instituições financeiras. Isso aumenta a arrecadação do governo em 40%, ou o equivalente a cerca de R$ 100 bilhões, se comparados os dados com o ano de 2019.

A CBS é um tributo federal que surge na reforma tributária ampla promovida pela PEC 110. A entidade industrial destaca que apoia a aprovação da PEC 110, mas defende uma discussão sobre a alíquota.

De acordo com o gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, a adoção da CBS reduz os efeitos negativos sobre a economia provocados pela cumulatividade do PIS/Cofins e torna o sistema tributário mais simples e transparente.

“As mudanças trazem benefícios para a economia brasileira, principalmente com o aumento da competitividade dos produtos brasileiros em relação aos produzidos em outros países. Mas é fundamental que não aumente a carga tributária total da economia”, afirma Telles.

Segundo a CNI, atualmente a tributação total do PIS/Cofins é de 9,1% da receita líquida, na média da economia, mas para a indústria, a tributação total é de 11,6% da receita líquida do setor.

Nos setores de serviços e agropecuária, a tributação total é de 6,9% e 5,9%, respectivamente, diz a CNI, considerando que a tributação total inclui o recolhimento direto feito pelo setor, o recolhimento nas etapas anteriores da cadeia produtiva que dá direito a crédito e ainda o resíduo tributário.

Segundo o economista da CNI, com a adoção da CBS, a tributação total passaria a ser de 11,2% da receita líquida na média da economia, de 11,5% na indústria, de 10,7% nos serviços e de 5,6% na agropecuária. Isso, considerando uma alíquota padrão de 12% em todos esses casos.

Se fosse adotada a alíquota de 8,7% na CBS, a tributação total da indústria seria de 8,7% da receita líquida do setor, dos serviços seria de 8% e da agropecuária, de 4,3%.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (22), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,25%, ante 9,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (22), a projeção para o IGP-M ficou em 18,09%, ante 18,54% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 7,90% para 9,70%. Para 2022, a projeção passou de 3,75% para 4,70%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (22), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 10,12%, ante 9,77% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reduziu na quarta-feira (17) suas projeções oficiais para a inflação e para a economia tanto em 2021 quanto em 2022, embora tenha seguido mais otimista que o mercado em relação à atividade, fiando-se na força do mercado de trabalho no próximo ano.

Agora, a estimativa é de alta no Produto Interno Bruto (PIB) de 5,1% este ano, contra 5,3% antes. Para o ano que vem a projeção passou a 2,1%, de 2,5% em setembro.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (22), A projeção para o PIB ficou em 4,80%, ante 4,88% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (15), sem operações devido ao feriado.

Na terça-feira (16), o Ibovespa fechou em queda, devolvendo boa parte da alta acumulada desde o começo do mês, com as ações de Vale (SA:VALE3) e Magazine Luiza (SA:MGLU3) entre as maiores pressões de baixa. O índice Ibovespa teve queda de 1,82%, a 104.403,29 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,7 bilhões.

Na quarta-feira (17), o Ibovespa fechou em queda, passando a mostrar sinal negativo em novembro, em meio a renovadas preocupações com o quadro fiscal, em um contexto de deterioração nas perspectivas econômicas do país. O índice Ibovespa teve queda de 1,39%, a 102.948,45 pontos. O volume financeiro somou R$ 45 bilhões.

Na quinta-feira (18), o Ibovespa fechou em queda, ainda sob pressão das incertezas que rondam a tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso. O tom relativamente mais fraco observado nas bolsas do exterior nas últimas sessões, em meio a novo avanço da Covid-19 na Europa e a alertas de autoridades monetárias dos Estados Unidos sobre pressões inflacionárias, contribui para que os ativos brasileiros sigam na defensiva. O índice Ibovespa teve queda de 0,51%, a 102.426,00 pontos. O volume financeiro somou R$ 28,7 bilhões.

Na sexta-feira (19), por volta das 13h19, o índice Ibovespa operava em alta de 1,05%, a 103.497,36 pontos. Em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações e com as discussões em torno da PEC dos Precatórios ainda no radar. A Vale era a principal contribuição positiva do índice, acompanhando recuperação dos preços do minério de ferro, enquanto empresas de telecomunicação também se destacavam após decisão do STF favorável ao setor. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 0,59%, fechando a 103.035,02 pontos. O volume financeiro somou 27,1 bilhões.

O dólar operava em queda na sexta-feira (19), por volta das 13h34, o dólar registrava queda de 0,13%, cotado a R$ 5,5630 na venda. O catalisador da melhora moderada é a possibilidade de fatiamento da PEC dos Precatórios para viabilizar mais rápido o pagamento do Auxílio Brasil de R$ 400, o que evitaria reedição do auxílio emergencial, considerado por muitos investidores opção pior do que a proposta aprovada pela Câmara.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (19) cotado a R$ 5,6104, puxado pela força da moeda no exterior em meio a discussões acaloradas sobre chances de aperto monetário antecipado nos Estados Unidos.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
22/11/2021