Cenário Econômico Internacional – 26/11/2021

Cenário Econômico Internacional – 26/11/2021

Cenário Econômico Internacional – 26/11/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • A África Ocidental tem o maior número de crianças-soldados, diz ONU
  • ONU deve evacuar famílias de funcionários na Etiópia à medida que o alarme aumenta
  • Europa e Ásia Central podem ver 700 mil mortes extras por Covid-19 até 1º de março, avisa a OMS
  • Comitê internacional da Cruz Vermelha será comandado por uma mulher pela primeira vez
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Parlamentares dos EUA pedem legislação de privacidade após reportagem da Reuters sobre lobby da Amazon
  • Licença familiar paga entra em foco conforme Senado dos EUA avalia plano de gastos sociais de Biden
  • Candidatos da extrema direita e da esquerda vão ao 2º turno no Chile
  • EUA chama as eleições na Venezuela de ‘grosseiramente enviesadas’
  • Casa Branca afirma que Biden pretende concorrer novamente em 2024
  • Com renomeação de Powell, foco passa para ritmo de redução de compras de títulos do Fed
  • Bônus argentinos caem a “níveis de calote” com aumento de risco político
  • Fed deve acelerar plano de redução de compras a partir de janeiro
  • Mercado acionário europeu
  • Empresa britânica do setor de energia, Bulb entra em ‘administração especial’
  • Executivo da UE investiga se Polônia e Hungria devem receber dinheiro do bloco
  • Gabinete alemão toma forma conforme negociações de coalizão entram em reta final
  • Bielo-Rússia diz que não quer confronto, quer UE receba imigrantes
  • Moscou diz que 13 empresas estrangeiras de tecnologia devem estar representadas em solo russo até 2022
  • Distanciamento social obrigatório com aumento de infecções por Covid-19 na Holanda
  • Relógio do Big Ben será exibido no Ano Novo após quase quatro anos de obras
  • Índice de confiança do consumidor cai a -1,6 na Alemanha
  • Mercado acionário na Ásia
  • Economia chinesa enfrenta pressão, mas não há necessidade de medidas agressivas, diz premiê
  • O ex-ditador militar sul-coreano Chun Doo-hwan morre aos 90
  • Filipinas retomará missão de reabastecimento no Mar da China Meridional
  • China busca informações online sobre celebridades para intensificar a repressão à cultura de fãs
  • China diz que vai liberar reservas de petróleo de acordo com suas necessidades
  • Novas infecções por coronavírus na Coreia do Sul ultrapassaram 4.000 em um dia
  • Embaixador do Japão encontra oficiais do Talibã
  • Israel sinaliza bases de UAV iranianas e oferece contra-medidas aos aliados árabes
  • Grossi, da AIEA, diz no Irã que quer aprofundar a cooperação
  • Egito assume a presidência da COMESA
  • As exportações sauditas não petrolíferas aumentaram 28,4% no terceiro trimestre de 2021
  • Economia saudita deve crescer 4,9% em 2022 com maior produção de petróleo, prevê KPMG

A África Ocidental tem o maior número de crianças-soldados, diz ONU

Presas em conflitos, as crianças da África Ocidental e Central são as mais recrutadas por grupos armados no mundo e também têm o maior número de vítimas de violência sexual, diz um relatório divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância.

Por cinco anos, a região tem visto conflitos crescentes nos quais mais de 21.000 crianças foram recrutadas por forças governamentais e grupos armados, diz o relatório. Além disso, mais de 2.200 crianças na região foram vítimas de violência desde 2016, diz o relatório.

Mais de 3.500 crianças foram sequestradas, tornando-se a região com o segundo maior sequestro do mundo, disse o relatório.

“Os números e as tendências são extremamente preocupantes para as gerações atuais e futuras de crianças”, disse à Associated Press Marie-Pierre Poirier, diretora regional do UNICEF para a África Central e Ocidental.

“Não só as violações graves contra crianças perpetradas pelas partes nos conflitos não pararam na África Ocidental e Central, mas também vimos um aumento nos últimos cinco anos, com um aumento de 50% no número total de violações graves verificadas”, ela disse.

Desde 2005, quando a ONU estabeleceu um sistema para monitorar e relatar violações graves contra crianças, como recrutamento, sequestro, estupro e ataques a escolas e hospitais, uma em cada quatro violações em todo o mundo foi cometida na África Ocidental e Central, disse o relatório.

ONU deve evacuar famílias de funcionários na Etiópia à medida que o alarme aumenta

Alarme internacional soou na terça-feira (23) sobre a escalada da guerra na Etiópia quando os rebeldes Tigrayan alegaram estar se aproximando da capital Addis Ababa e mais cidadãos estrangeiros foram instruídos a partir.

O enviado dos EUA, Jeffrey Feltman, falou sobre alguns progressos nos esforços para chegar a um acordo diplomático para encerrar o conflito brutal de um ano, mas alertou que há o risco de ser prejudicado por “desenvolvimentos alarmantes” no local.

A Organização das Nações Unidas disse que ordenou a evacuação imediata de familiares de funcionários internacionais, enquanto a França se tornou o último governo ocidental a dizer a seus cidadãos para deixar a Etiópia.

O grupo rebelde Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) afirmou nesta semana que tomou uma cidade a apenas 220 quilômetros (135 milhas) da capital, embora as reivindicações do campo de batalha sejam difíceis de verificar por causa de um blecaute de comunicações.

“Estamos agora nos estágios finais de salvar a Etiópia”, disse Abiy, que há apenas dois anos recebeu o Prêmio Nobel da Paz por garantir um acordo de paz com a vizinha Eritreia.

Europa e Ásia Central podem ver 700 mil mortes extras por Covid-19 até 1º de março, avisa a OMS

A Organização Mundial da Saúde alertou que a Europa e a Ásia Central podem enfrentar outras 700.000 mortes por Covid-19 até 1º de março.

Duas semanas e meia atrás, o mesmo órgão disse que o excesso de mortes poderia chegar a 500 mil até 1º de fevereiro.

Ele disse que as mortes devido a Covid-19 aumentaram para quase 4.200 por dia na semana passada, o dobro dos níveis registrados no final de setembro. As mortes acumuladas já atingiram 1,5 milhão na região europeia da OMS, que cobre 53 países da Europa e Ásia Central.

“Estima-se que as mortes cumulativas relatadas cheguem a mais de 2,2 milhões na primavera do próximo ano, com base nas tendências atuais”, disse o órgão de saúde da ONU em um comunicado.

“Hoje, a situação da Covid-19 na Europa e Ásia Central é muito séria. Enfrentamos um inverno desafiador pela frente, mas não devemos perder a esperança, porque todos nós – governos, autoridades de saúde, indivíduos – podemos tomar medidas decisivas para estabilizar a pandemia”, disse o Dr. Hans Kluge, diretor regional da OMS para a Europa.

A OMS Europa também citou evidências crescentes de um declínio na proteção contra infecções e doenças leves por meio de vacinas, e disse que uma “dose de reforço” deve ser dada como uma prioridade para as populações mais vulneráveis, incluindo pessoas com sistema imunológico enfraquecido, bem como pessoas acima 60 anos e profissionais de saúde.

Comitê internacional da Cruz Vermelha será comandado por uma mulher pela primeira vez

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou na quinta-feira (25) que será comandado por uma mulher pela primeira vez: a suíça Mirjana Spoljaric Egger será a presidente do comitê da instituição, uma das mais prestigiosas organizações humanitárias do mundo.

Egger substituirá Peter Maurer em 1º de outubro de 2022. Atualmente, ela é diretora do escritório regional para a Europa e a Comunidade de Estados Independentes do Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Maurer decidiu que deixará o cargo em setembro de 2022, depois de presidir o CICV durante 10 anos.

O mandato do presidente é de quatro anos, com possibilidade de renovação.

Spoljaric Egger é uma diplomata renomada e teve diversos cargos no ministério das Relações Exteriores da Suíça.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (22), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, em sessão com grandes atenções à nomeação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de Jerome Powell para mais um mandato à frente do Federal Reserve (Fed), o que amenizou parte das incertezas de investidores. O índice Dow Jones teve alta de 0,05%, a 35.619,38 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,14%, a 4.682,95 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,26%, a 15.854,76 pontos.

Na terça-feira (23), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com a escalada dos juros dos Treasuries provocando uma rotação de ações do setor de tecnologia em direção ao financeiro. O movimento na renda fixa responde a ajustes nas expectativas para elevação da taxa básica de juros nos Estados Unidos, um dia após o presidente norte-americano, Joe Biden, indicar Jerome Powell a um segundo mandato à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O índice Dow Jones teve alta de 0,55%, a 35.813,80 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,17%, a 4.690,70 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,50%, a 15.775,14 pontos.

Na quarta-feira (24), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, em sessão marcada pela publicação de indicadores nos Estados Unidos e a divulgação da ata referente à última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed). Em ambos os casos, investidores buscaram sinalizações sobre a inflação e potenciais reações do BC norte-americano. O índice Dow Jones teve queda de 0,03%, a 35.804,38 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,23%, a 4.701,46 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,44%, a 15.845,23 pontos.

Na quinta-feira (25), o feriado do Dia de Ação de Graças manteve as bolsas de Nova York fechadas.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 19.11.21 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (19) cotado a R$ 5,6089 com alta de 0,7%. Influenciado pelo mercado externo, o dólar subiu pelo quinto dia seguido e voltou a ficar acima de R$ 5,60.

Na segunda (22) – O dólar à vista registrou queda de 0,27%, cotado a R$ 5,5936 na venda. Em dia de ajustes de fluxos cambiais, o dólar contrariou as principais moedas dos países emergentes e iniciou a semana com a primeira queda após cinco altas seguidas. O dólar oscilou entre R$ 5,6142 na máxima e R$ 5,5642 na mínima.

Na terça-feira (23) – O dólar à vista registrou alta de 0,26%, cotado a R$ 5,6085 na venda. Mas longe das máximas do dia, depois que o mercado repercutiu positivamente notícias sobre mudanças propostas para o texto da PEC dos Precatórios no Senado. O dólar oscilou entre R$ 5,6642 na máxima e R$ 5,5951 na mínima.

Na quarta-feira (24) – O dólar à vista registrou queda de 0,25%, cotado a R$ 5,5948 na venda. Após uma manhã volátil, com algumas trocas de sinal, o dólar à vista se acomodou ao longo da tarde em leve queda, na contramão do fortalecimento global da moeda norte-americana diante da expectativa de antecipação da alta de juros nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,6233 na máxima e R$ 5,5562 na mínima.

Na quinta-feira (25) – Por volta das 14h34, o dólar operava em alta de 0,59% cotado a R$ 5,562 na venda. O dólar acelerou a queda no fim da manhã de quinta-feira (25) e começava a tarde na casa de 5,56 reais, num movimento em sintonia com melhora também nos mercados de juros e ações, num dia sem a referência dos negócios nos Estados Unidos, fechados por um feriado.

Parlamentares dos EUA pedem legislação de privacidade após reportagem da Reuters sobre lobby da Amazon

Cinco membros do Congresso dos Estados Unidos defenderam uma legislação federal de privacidade do consumidor depois que uma reportagem da Reuters, publicado na sexta-feira, revelou como a Amazon.com liderou uma campanha secreta para quebrar proteções de privacidade em 25 estados, enquanto acumulava um tesouro valioso de dados pessoais de consumidores norte-americanos.

“A Amazon vergonhosamente lançou uma campanha para suprimir a legislação de privacidade enquanto seus dispositivos ouvem e assistem nossas vidas”, escreveu o senador norte-americano Richard Blumenthal, democrata de Connecticut. “Este é, agora, o movimento clássico das Big Tech: empregar dinheiro e exércitos de lobistas para lutar contra reformas significativas nas sombras, mas alegar apoiá-los publicamente.”

O senador Ron Wyden, democrata do Oregon que apresentou vários projetos de lei de privacidade nos últimos anos, disse em um comunicado que a matéria da Reuters mostrou como empresas como a Amazon estão “gastando milhões para enfraquecer as leis estaduais” e esperando que o Congresso também atenue a legislação federal “até que seja inútil.”

“O Congresso precisa provar que a Amazon está errada e aprovar uma legislação que finalmente impeça que grandes corporações abusem e explorem nossos dados pessoais”, disse Wyden.

Questionada, a Amazon não respondeu diretamente às críticas do parlamentar sobre sua campanha de lobby contra as proteções à privacidade. A companhia disse que deseja uma lei federal de privacidade que “exija transparência sobre as práticas de dados, proíba a venda de dados pessoais sem consentimento e garanta que os consumidores tenham o direito de solicitar acesso e exclusão de suas informações pessoais”.

Jan Schakowsky, democrata de Illinois que preside um importante subcomitê de proteção ao consumidor da Câmara que lida com questões de privacidade, disse que as revelações da Reuters mostram como a Amazon está trabalhando para obstruir a legislação de privacidade do consumidor, enquanto “afirma apoiar” tais regulamentações.

Duas parlamentares que representam regiões com presença significativa da Amazon, a senadora norte-americana Marsha Blackburn, republicana do Tennessee, e a deputada Suzan DelBene, democrata do estado de Washington, também disseram que as conclusões da Reuters mostram a necessidade de uma ação federal para proteger os consumidores.

“O Congresso protegerá a privacidade dos consumidores para impedir que grandes empresas de tecnologia roubem informações pessoais dos norte-americanos, gostem ou não”, disse Blackburn em um comunicado.

Licença familiar paga entra em foco conforme Senado dos EUA avalia plano de gastos sociais de Biden

Pouco depois da aprovação do plano de gastos sociais e ambientais do presidente norte-americano, Joe Biden, pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, seus colegas democratas estão pressionando o projeto no Senado, onde pode sofrer grandes mudanças em questões como o pagamento de licença familiar de forma a satisfazer os centristas do partido.

O pacote de 1,75 trilhão de dólares, aprovado pela Câmara na sexta-feira contra oposição republicana unificada, inclui quatro semanas de licença familiar pagas pelo governo por motivos como nascimento de uma criança ou necessidade de cuidar de um parente doente. É provável que isso se torne um ponto de conflito nos próximos dias.

A legislação, que visa fortalecer a rede de segurança social dos Estados Unidos e combater a mudança climática, deve conquistar moderados e liberais democratas do Senado, conforme os republicanos continuam se opondo. Os democratas disseram que querem um acordo até o final do ano. Quaisquer mudanças no Senado precisariam da aprovação da Câmara novamente.

“Haverá algumas mudanças”, disse o senador democrata Jon Tester ao programa “Meet the Press” da NBC, pedindo um meio-termo. “Nem todos nós vemos o mundo da mesma maneira.”

Biden disse que espera assinar o projeto de lei assim que for aprovado no Congresso, controlado pelos democratas, que detêm maioria estreita. O pacote deve garantir apoio dos 48 democratas do Senado, com 100 cadeiras, e de dois independentes que concordam com eles, porque nenhum republicano votará a favor.

Os democratas centristas Joe Manchin e Kyrsten Sinema, em particular, levantaram preocupações sobre seu custo e escopo.

A senadora democrata Kirsten Gillibrand mencionou diferenças com Manchin sobre a licença familiar paga, mas disse que espera que eles possam chegar a um acordo nas próximas três semanas.

Candidatos da extrema direita e da esquerda vão ao 2º turno no Chile

O candidato de extrema direita José Antonio Kast foi o mais votado no primeiro turno das eleições presidenciais do Chile, realizadas no domingo (21) com 27,92% dos votos, seguido do adversário da esquerda Gabriel Boric, que tem 25,80%.

Assim, os dois vão disputar o segundo turno, que será realizado em 19 de dezembro. Para que houvesse um vencedor das eleições já no primeiro turno, um deles precisaria ter mais de 50% dos votos válidos, o que não ocorreu.

Franco Parisi, candidato de direita que passou toda a campanha nos Estados Unidos, onde vive, ficou em 3º lugar com 12,83% dos votos; em quarto, Sebastián Sichel, com 12,75%, que ultrapassou a senadora Yasna Provoste, candidata dos democratas-cristãos, que teve 11,62%.

Foi a primeira eleição em 16 anos sem Sebastián Piñera nem Michelle Bachelet como candidatos a presidente. Piñera é o atual presidente, mas enfrenta forte rejeição popular e acabou de escapar de um processo de impeachment. Bachelet é hoje alta comissária da ONU para os Direitos Humanos.

O voto não é obrigatório no Chile, e nas duas últimas grandes eleições a participação não passou de 50% do total de eleitores (em 2017, quando Piñera foi eleito, apenas 46% dos eleitores compareceram ao primeiro turno e 48% ao segundo).

Na eleição deste domingo (21), um dia de primavera particularmente quente, com termômetros acima dos 30ºC, foram registradas longas filas nos centros de votação de Santiago e cidades do norte e do sul do país.

Mesmo após o fechamento das seções às 18h (horário de Brasília), muitas pessoas ainda aguardavam para votar no pleito, que também envolvia escolhas de deputados, senadores e conselheiros regionais. São mais de 4.400 candidatos para 485 cargos eletivos.

Os jovens, protagonistas do plebiscito que decidiu em outubro de 2020 por mudar a Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), processo atualmente em curso, compareceram em grande número para votar.

EUA chama as eleições na Venezuela de ‘grosseiramente enviesadas’

Os Estados Unidos disseram na segunda-feira (22) que as eleições regionais da Venezuela não foram livres e justas e prometeram manter a pressão sobre o líder esquerdista Nicolas Maduro, que Washington considera ilegítimo.

As forças de Maduro teriam obtido uma vitória esmagadora na eleição de domingo, que viu o retorno dos partidos da oposição às urnas pela primeira vez desde 2017.

Mas o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, apontou para detenções de líderes políticos, proibição de candidatos da oposição, censura da mídia e manipulação do registro eleitoral.

“Com medo da voz e do voto dos venezuelanos, o regime distorceu grosseiramente o processo para determinar o resultado desta eleição muito antes de qualquer votação ter sido lançada”, disse Blinken em um comunicado.

“Maduro rouba aos venezuelanos sua chance de moldar seu próprio futuro”, disse ele.

“Pedimos ao regime de Maduro que cesse sua repressão e permita que os venezuelanos vivam no país pacífico, estável e democrático que merecem e há muito buscam”.

Blinken reiterou o apoio dos EUA ao líder da oposição Juan Guaido, que os Estados Unidos consideram ser o presidente interino após questionar a legitimidade da última eleição de Maduro.

Os observadores da União Europeia regressaram ao país após uma ausência de 15 anos e apresentarão um relatório na terça-feira (23).

Enfraquecida e fragmentada, a oposição só conseguiu vencer em três estados, embora isso incluísse significativamente Zulia, rica em petróleo, a região mais populosa do país, cuja capital Maracaibo é a segunda maior cidade da Venezuela.

Casa Branca afirma que Biden pretende concorrer novamente em 2024

O presidente Joe Biden pretende se candidatar à reeleição em 2024, disse a porta-voz da Casa Branca Jen Psaki a repórteres.

Biden, 79, sofreu uma queda em seus índices de aprovação de empregos nos últimos meses, levando alguns democratas a se perguntarem se ele não poderia concorrer a outro mandato de quatro anos.

“Essa é a intenção dele”, disse Psaki enquanto Biden voava a bordo do Força Aérea Um para um evento de Ação de Graças com as tropas americanas em Fort Bragg, Carolina do Norte.

Os democratas foram abalados pelas vitórias republicanas nas eleições estaduais da Virgínia no início deste mês e uma vitória democrata por pouco em Nova Jersey.

Surgiram questões sobre a viabilidade do vice-presidente Kamala Harris em 2024, caso Biden decida não concorrer novamente. Uma pesquisa recente da USA TODAY / Suffolk University revelou que ela tinha uma taxa de aprovação de trabalho de 28%.

Biden fez seu primeiro exame físico na sexta-feira (19) desde que assumiu o cargo em janeiro e os médicos descobriram que ele tem uma postura rígida e atribuíram acessos frequentes de tosse ao refluxo ácido. Os médicos disseram que ele estava apto para servir.

As perspectivas políticas de Biden pareciam ter sido impulsionadas na semana passada pela aprovação pelo Congresso de um plano de infraestrutura de US$ 1 trilhão. Ainda está sendo debatido outros US$ 2 trilhões em gastos em um pacote de rede de segurança social.

Com renomeação de Powell, foco passa para ritmo de redução de compras de títulos do Fed

Com o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sendo nomeado para mais quatro anos à frente do banco central mais poderoso do mundo, a atenção se volta agora para se ele e seus colegas formuladores de política monetária precisarão retirar o apoio emergencial da economia dos Estados Unidos mais rapidamente em face da inflação elevada.

Ao indicar Powell para um segundo mandato como chair do Fed, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixou claro que tanto o governo quanto o banco central tomariam medidas para enfrentar os crescentes custos de itens cotidianos, como alimentos, gasolina e o aluguel.

Em outubro, os preços ao consumidor norte-americano subiram ao ritmo anual mais rápido em 31 anos, testando a suposição atual do Fed de que o pico inflacionário induzido pela pandemia de Covid-19 seria temporário.

A extensão do debate entre as autoridades do banco central sobre a rapidez com que eles deveriam encerrar seu programa de compras mensais de ativos pode ser esclarecida na quarta-feira (24), quando o Fed publicar a ata de sua última reunião de política monetária.

Bônus argentinos caem a “níveis de calote” com aumento de risco político

Os títulos argentinos estão voltando a patamares de preços compatíveis com calote, à medida que o risco político aumenta e se arrastam negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para renovar cerca de 45 bilhões de dólares em dívidas do país sul-americano.

A nação, nos últimos anos atingida por crises econômicas e cambiais, reestruturou sua dívida externa com credores privados no fim do ano passado, o que fez os preços dos títulos subirem para 40-50 centavos por dólar.

Os preços voltaram a cair, no entanto, golpeados por negociações lentas com o FMI e um ambiente político complexo depois que a coalizão peronista no governo sofreu uma perda fragorosa nas eleições legislativas de meio de mandato neste mês, que eliminou sua maioria no Senado.

O risco-país do JP Morgan para a Argentina aumentou 22 unidades, para a região de 1.819 pontos-base nesta quarta-feira, nível mais alto desde a reestruturação da dívida no ano passado. O economista local Gustavo Ber disse que isso está no mesmo nível dos “patamares de inadimplência”.

Fed deve acelerar plano de redução de compras a partir de janeiro

O Federal Reserve provavelmente irá dobrar o ritmo de redução de suas compras mensais de títulos a partir de janeiro, para 30 bilhões de dólares, e encerrará seu esquema da época da pandemia até meados de março, disseram estrategistas do Goldman Sachs em nota diária na quinta-feira (25).

“A elevada abertura para acelerar o ritmo de redução de estímulos provavelmente reflete tanto inflação mais alta do que o esperado nos últimos dois meses e maior conforto entre autoridades do Fed de que um ritmo mais rápido não vai causar choque nos mercados financeiros”, disseram analistas liderados por Jan Hatzius.

Apesar do calendário acelerado de redução, os especialistas do Goldman esperam que o Fed comece a elevar os juros apenas a partir de junho, em um total de três vezes em 2022.

O banco de investimento norte-americano é um dos vários bancos que elevaram recentemente suas expectativas para alta dos juros em 2022 de duas para três vezes.

A ata da reunião de novembro do Fed mostrou que várias autoridades disseram que estariam abertas a acelerar a redução de seu programa de compra de títulos se a inflação alta permanecer, além de dispostas a agir mais rápido para aumentar os juros.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (22), as bolsas europeias fecharam mistas, com os alertas da Alemanha sobre um lockdown mais rigoroso ofuscando os ganhos da Telecom Italia após proposta de 12 bilhões de dólares do fundo norte-americano KKR para assumir o grupo italiano. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,010%, a 486,03 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,10%, a 7.105,00 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,27%, a 16.115,69 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,32%, a 5.519,58 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,78%, a 8.821,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,44%, a 7.255,46 pontos.

Na terça-feira (23), as bolsas europeias fecharam a maioria em baixa, a exceção foi a Bolsa de Londres, que avançou puxada por petroleiras. A preocupação com avanço da Covid-19 segue no radar dos investidores. Nesta sessão, os acionistas acompanharam falas de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,28%, a 479,25 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,85%, a 7.044,62 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,11%, a 15.937,00 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,40%, a 5.497,53 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,07%, a 8.815,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,15%, a 7.266,69 pontos.

Na quarta-feira (24), as bolsas europeias fecharam mistas, após terem iniciado o pregão em alta. A onda de casos de Covid-19 na região segue como principal foco dos mercados. No entanto, ações de petroleiras impulsionaram alguns índices acionários, como o de Londres. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,09%, a 479.69 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,03%, a 7.042,23 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,37%, a 15.878,39 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,45%, a 5.522,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,26%, a 8.792,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,27%, a 7.286,32 pontos.

Na quinta-feira (25), as bolsas europeias fecharam em alta, com os investidores comprando setores defensivos, como serviços públicos, em meio a preocupações com o aumento nos casos de coronavírus no continente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,42%, a 481,72 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,48%, a 7.075,87 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,25%, a 15.917,98 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,69%, a 5.560,44 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,56%, a 8.840,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,33%, a 7.310,37 pontos.

Empresa britânica do setor de energia, Bulb entra em ‘administração especial’

A Bulb, companhia do setor de energia do Reino Unido, informa em comunicado em seu site que entrou em “administração especial”, a fim de manter suas operações, sem alterar tarifas. Fundada em 2015, a empresa diz, em sua nota, que é responsável atualmente por 6% do mercado de energia no país, mas se tornou “insolvente”.

Em seu comunicado, a empresa lembra que expandiu negócios para França, Espanha e Texas, nos Estados Unidos.

A Bulb diz que avaliou opções para levantar fundos, tendo recebido várias demonstrações de interesse. Segundo ela, porém, a “crescente crise de energia no Reino Unido e no mundo” deixou investidores temerosos sobre a chance de serem impostos limites aos preços, o que significaria prejuízo para as fornecedoras.

Para a empresa, um teto atual no país para o preço de energia a deixou com valor negociado abaixo de seu custo de produção. A incerteza geopolítica sobre o gasoduto Nord Stream 2, que vai da Rússia à Alemanha, é outro problema no setor, nota a empresa.

Agora, a empresa diz que o processo de administração especial protegerá os consumidores, respeitando a legislação britânica sobre o assunto.

Os negócios internacionais devem prosseguir, afirmou ainda a Bulb, notando que eles são tocados em separado e sem efeito imediato da mudança na administração no Reino Unido.

Executivo da UE investiga se Polônia e Hungria devem receber dinheiro do bloco

A Comissão Europeia iniciou uma investigação há muito esperada sobre se a Polônia e a Hungria deveriam continuar a receber bilhões de euros do Orçamento da União Europeia, em meio a problemas de corrupção e desrespeito ao Estado de Direito.

Documentos da Comissão mostraram neste sábado que cartas foram enviadas a Varsóvia e Budapeste na sexta-feira (19) pedindo esclarecimentos aos governos sob uma recente lei da UE que permite a suspensão de fornecimento de dinheiro do bloco caso ele seja mal gasto.

A lei foi adotada em dezembro passado, mas a Comissão, guardiã das leis da UE, tem sido lenta em aplicá-la, apesar da pressão do Parlamento Europeu, que até processou a Comissão no mês passado por inação.

Sob outro processo legal, a Comissão já suspendeu bilhões do fundo de recuperação da UE em subsídios à Polônia e à Hungria, citando as mesmas preocupações em relação ao Estado de Direito e à corrupção.

As cartas enviadas na sexta-feira (19) são apenas o primeiro passo de um longo processo, mas podem comprometer dezenas de bilhões de euros da UE destinados aos dois países nos próximos sete anos. Ambos os países têm dois meses para responder às cartas.

Se a Comissão concluir que o dinheiro da UE não está seguro na Polônia e na Hungria, ainda assim será necessária uma decisão do tribunal superior da UE antes de poder agir.

A Polônia e a Hungria estão há anos sob investigação formal da UE por minar a independência de tribunais, organizações não governamentais e meios de comunicação.

Gabinete alemão toma forma conforme negociações de coalizão entram em reta final

O próximo gabinete da Alemanha está tomando forma à medida que as negociações de coalizão se aproximam de um acordo, com o candidato a chanceler Olaf Scholz determinado a cumprir sua promessa de campanha de ter tantas mulheres quanto homens em sua equipe, disseram fontes.

O Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz, de centro-esquerda, que venceu por pouco as eleições federais em setembro ao derrotar os conservadores da chanceler Angela Merkel, estão tentando formar uma coalizão governamental com os Verdes, pró-gastos, e o Partido Liberal Democrático (FDP), conservador.

O SPD deve nomear três mulheres para cargos de gabinete: a ministra do Meio Ambiente, Svenja Schulze, a ministra da Justiça, Christine Lambrecht, e a ex-companheira de chapa de Scholz na corrida pela co-liderança do partido, Klara Geywitz, disseram à Reuters três fontes familiarizadas com a decisão.

Schulze deve se tornar ministra da Economia, Lambrecht provavelmente será encarregada da pasta do interior, incluindo a migração, e Geywitz pode ficar com o Ministério da Ciência e Educação, disseram as fontes.

Entre os homens do SPD, Scholz vai liderar o próximo governo como chanceler, seu braço direito Wolfgang Schmidt deve se tornar seu chefe de gabinete e o ministro do Trabalho, Hubertus Heil, deve manter seu emprego graças ao seu forte desempenho durante a pandemia de Covid-19, disseram as fontes.

As autoridades da coalizão disseram repetidamente que os cargos no gabinete serão decididos no final das negociações da coalizão. Autoridades dos partidos sugeriram que um acordo poderia ser alcançado na próxima semana, possivelmente já na segunda (22) ou terça-feira (23).

Bielo-Rússia diz que não quer confronto, quer UE receba imigrantes

A Bielo-Rússia não quer confronto com a Polônia, mas quer que a União Europeia receba 2.000 imigrantes retidos em sua fronteira, disse o presidente Alexander Lukashenko, após Varsóvia alertar que as tensões sobre as pessoas presas podem aumentar.

A UE acusa a Bielo-Rússia de voar com milhares de pessoas do Oriente Médio e forçá-los a cruzar para a UE via Polônia, Lituânia e Letônia em resposta a sanções europeias. Minsk nega fomentar a crise.

O primeiro-ministro polonês Mateusz Morawiecki advertiu no domingo (20) que a crise de imigrantes na fronteira com a Bielo-Rússia pode ser um prelúdio para “algo muito pior”, e o guarda da fronteira polonês disse que as forças bielorrussas ainda estão transportando imigrantes para a fronteira.

Lukashenko, citado pela agência de notícias estatal Belta, disse que não queria que as coisas piorassem.

“Precisamos chegar aos poloneses, a todos os polos, e mostrar a eles que não somos bárbaros, que não queremos confrontos”, disse ele.

“E isso será uma catástrofe. Nós entendemos isso perfeitamente bem. Não queremos nenhum tipo de surto”.

A Polónia ameaçou cortar uma ligação ferroviária entre os dois países se a situação não melhorar, e Lukashenko foi citado como tendo dito que a ameaça pode sair pela culatra.

O tráfego ferroviário poderia ser desviado para atravessar uma zona de conflito no leste da Ucrânia em tal cenário, disse ele.

Na quinta-feira passada, a Comissão Europeia e a Alemanha rejeitaram publicamente uma proposta da Bielo-Rússia feita no mesmo dia, de que os países da UE recebessem 2.000 dos migrantes que atualmente estão em seu território.

Moscou diz que 13 empresas estrangeiras de tecnologia devem estar representadas em solo russo até 2022

A Rússia exigiu que 13 empresas estrangeiras de tecnologia fossem oficialmente representadas em solo russo até o final de 2021, mas deu poucos detalhes sobre o que é necessário na prática, visando algumas empresas que já têm escritórios na Rússia.

O presidente Vladimir Putin assinou uma lei, em vigor a partir de 1º de julho, que obriga os gigantes das mídias sociais estrangeiras a abrir escritórios na Rússia, como parte de uma campanha mais ampla de Moscou para exercer maior controle sobre a Big Tech.

O regulador estadual de comunicações Roskomnadzor publicou uma lista de empresas estrangeiras com mais de 500.000 usuários diários que devem cumprir a lei. As empresas que violarem a legislação podem enfrentar penalidades como proibição de publicidade.

As empresas nomeadas incluem Google, Facebook, Twitter, TikTok e aplicativo de mensagens Telegram da Alphabet, que a Rússia multou este ano por não excluir conteúdo que considera ilegal.

A Apple, alvo da Rússia por suposto abuso de sua posição dominante no mercado de aplicativos móveis, também estava na lista.

Nenhuma das empresas respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.

Não está claro exatamente qual representação as empresas precisam ter, disse Karen Kazaryan, chefe da empresa de análises Internet Research Institute.

“Não há explicação na lei, nenhum esclarecimento sobre qual deve ser a forma legal de representação da organização”, disse Kazaryan à Reuters na terça-feira (23).

Roskomnadzor, quando questionado por mais clareza, referiu a Reuters para sua declaração.

Além de ter representação na Rússia, as empresas devem abrir uma conta no site do regulador e ter um formulário de feedback para interagir com os usuários russos, disse Roskomnadzor.

“As entidades estrangeiras são obrigadas a limitar o acesso a informações que violam a legislação russa”, disse Roskomnadzor, sem fornecer mais detalhes.

Distanciamento social obrigatório com aumento de infecções por Covid-19 na Holanda

O número de infecções por coronavírus holandeses atingiu um novo recorde semanal, subindo 39%, enquanto as internações em hospitais e unidades de terapia intensiva também aumentaram drasticamente, levando o governo a tornar o distanciamento social obrigatório novamente para todos os adultos.

O último relatório do instituto de saúde pública do país sobre um aumento de casos de Covid-19 veio um dia depois que o governo holandês introduziu uma legislação que abriria caminho para restringir o acesso de pessoas não vacinadas a locais fechados como bares, restaurantes e museus se as infecções persistirem em aumentar.

A legislação limitaria o sistema de passes Covid-19 do país às pessoas que estão totalmente vacinadas ou se recuperaram de uma infecção por coronavírus. As pessoas não conseguiam mais passar no teste de saúde com testes negativos. O projeto deve ser debatido pelos legisladores na próxima semana.

A política “protege pessoas não vacinadas contra infecções, doenças e internação em locais de alto risco”, disse o governo.

Mas o governo não esperou tanto para trazer de volta o distanciamento social obrigatório, que entra em vigor na quarta-feira (24) para todas as pessoas com 18 anos ou mais. O governo já aconselhou fortemente as pessoas a ficarem a 1,5 metros umas das outras; torná-la obrigatória significa que as empresas terão que fazer cumprir a medida e as autoridades policiais podem emitir multas se as pessoas não cumprirem.

Relógio do Big Ben será exibido no Ano Novo após quase quatro anos de obras

Os mostradores do relógio do Big Ben, em Londres, emergirão de uma mortalha de andaimes a tempo para que o relógio mundialmente famoso cumpra sua função anual mais importante: soar no Ano Novo para milhares nas ruas de Londres e outros milhões assistindo na televisão.

A torre do relógio da Casa do Parlamento da Grã-Bretanha ficou escondida por três anos e meio enquanto centenas de artesãos consertavam a alvenaria, substituíam a metalurgia e repintavam e regravam na maior restauração desde sua construção, em 1859.

Nick Sturge, gerente de projetos especiais de Sir Robert McAlpine, disse que remover o andaime foi um “marco enorme” na restauração de 79,7 milhões de libras (mais de R$ 600 milhões).

Na segunda-feira (22) a equipe da McApline iniciou o processo de desmontagem do andaime, tarefa que levará meses.

No Ano Novo, o público verá os quatro mostradores do relógio com a maior parte dos andaimes removidos da fachada, disse Sturge à Reuters.

O trabalho inclui a substituição de todos os painéis nas faces do relógio por vidro soprado à mão, disse ele, e os ponteiros, numerais e outros detalhes foram repintados de azul brilhante em vez do preto que há muito é familiar aos londrinos.

Sturge disse que uma aquarela antiga mostrava um esquema de cores azul, o que foi confirmado por analistas de tintas que descobriram que a primeira camada era azul da Prússia.

Os emblemas florais das quatro partes do Reino Unido, cardo, trevo, alho-poró e rosa, foram repintados nas cores do projeto original de Charles Barry para a torre, que foi renomeada em homenagem à Rainha Elizabeth em 2012.

A véspera de Ano Novo marcará a última vez que o Grande Sino, que é a origem do nome Big Ben, toca antes que os sinos retomem seu padrão familiar de tocar a cada trimestre na primavera.

As 12 badaladas que marcarão a virada do ano serão movidas por um motor elétrico antes que o mecanismo original seja reconectado na primavera.

Índice de confiança do consumidor cai a -1,6 na Alemanha

O sentimento do consumidor da Alemanha deve piorar claramente em dezembro, diante da inflação elevada e de um salto nos casos de Covid-19, segundo dados publicados pelo grupo de pesquisas de mercado GfK na quinta-feira (25). O índice de sentimento do consumidor recuou a -1,6 para dezembro, de 1,0 em novembro (dado revisado nesta quinta, de 0,9 antes informado). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda a -1,0.

Segundo o GfK, o sentimento do consumidor é pressionado por dois lados. O número de casos na quarta onda da pandemia no país avança, o que ameaça sobrecarregar o sistema de saúde e pode levar a mais restrições à circulação. Além disso, o poder de compra dos consumidores diminui, diante da alta nos preços.

O GfK utiliza dados de três subíndices do mês atual para derivar o sentimento para o mês seguinte, medindo as expectativas econômicas dos consumidores, as expectativas para a renda e a propensão a comprar. Em novembro, essas três variáveis recuaram.

A leitura sobre as expectativas recuou de 46,6 em outubro a 31 em novembro. A recuperação alemã começa a perder força, sobretudo por interrupções nas cadeias de produção, diz o instituto.

O indicador de expectativa de renda teve baixa de 23,3 em outubro a 12,9 em novembro. Já a propensão a gastar caiu de 19,4 em novembro a 9,7 em novembro, na mínima em nove meses.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com as ações de semicondutores e de nova energia liderando os ganhos, conforme os investidores comemoravam a tentativa do banco central chinês de encontrar um equilíbrio entre crescimento econômico e controle de risco. O índice Xangai teve alta de 0,61%, a 3.582,08 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,09%, a 29.774,11 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,39%, a 24.951,34 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,46%, a 4.912,40 pontos.

Na terça-feira (23), as bolsas asiáticas fecharam mistas, uma vez que o apetite por risco foi impulsionado pela perspectiva de que a China vai reduzir os custos de financiamento corporativo e ajudar pequenas empresas, enquanto o setor imobiliário recuperou perdas depois de os bancos serem instruídos a realizar mais empréstimos para projetos. O índice Xangai teve alta de 0,20%, a 3.589,09 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido ao feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,20%, a 24.651,58 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,019%, a 4.913,35 pontos.

Na quarta-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam mistas, as ações de mineradoras de carvão e de alimentos e bebidas avançaram, enquanto a melhora do sentimento no setor imobiliário sustentou os papéis de incorporadoras. O índice Xangai teve alta de 0,10%, a 3.592,70 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,58%, a 29.302,66 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,14%, a 24.685,50 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,067%, a 4.916,66 pontos.

Na quinta-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam mistas, sob o peso das incorporadoras imobiliárias e de automóveis, enquanto os semicondutores subiram após o governo dos Estados Unidos colocar algumas fabricantes de chips chinesas em sua lista de proibição comercial. O índice Xangai teve queda de 0,24%, a 3.584,18 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,67%, a 29.499,28 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,22%, a 24.740,16 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,41%, a 4.896,44 pontos.

Economia chinesa enfrenta pressão, mas não há necessidade de medidas agressivas, diz premiê

A economia da China enfrenta novas pressões baixistas, mas as autoridades devem evitar implementar medidas econômicas de forma “agressiva e semelhante a uma campanha”, disse o primeiro-ministro, Li Keqiang, nesta segunda-feira, de acordo com a imprensa chinesa.

A segunda maior economia do mundo teve uma recuperação impressionante desde a crise da pandemia no ano passado, mas desde então perdeu força ao ter que lidar com a desaceleração do setor manufatureiro, problemas de dívidas no mercado imobiliário e surtos de Covid-19.

A China deve intensificar os esforços para estabilizar seis áreas importantes, incluindo emprego, financiamento, comércio e investimento, além de garantir a subsistência das pessoas e o desenvolvimento das entidades do mercado e a segurança alimentar e energética, disse Li segundo a mídia.

Mas o governo deve evitar adotar “uma abordagem semelhante a campanha, agressiva e padronizada” ao implementar medidas econômicas, disse Li durante uma reunião com autoridades de províncias.

O governo está estudando políticas de redução de impostos e taxas, junto com algumas medidas de reforma, para apoiar as empresas, disse Li.

O banco central da China disse na sexta-feira que manterá sua política monetária prudente “flexível e direcionada”.

A Nomura disse que algumas mudanças no texto do relatório de implementação de política monetária do banco central no terceiro trimestre sugerem que o banco pode se tornar mais decisivo no afrouxamento monetário.

“Esperamos que a chance de um corte na taxa de compulsório (RRR) aumente rapidamente nos próximos meses, mas ainda vemos a probabilidade de um corte nas taxas de juros como muito pequena”, disse a Nomura em nota.

O ex-ditador militar sul-coreano Chun Doo-hwan morre aos 90

O ex-presidente sul-coreano Chun Doo-hwan, cujo governo com mão de ferro no país após um golpe militar de 1979 gerou protestos massivos pela democracia, morreu na terça-feira (23) aos 90 anos, disse seu ex-assessor de imprensa.

Chun tinha mieloma múltiplo, um câncer no sangue que estava em remissão, e sua saúde piorou recentemente, disse seu ex-secretário de imprensa, Min Chung-ki, a repórteres. Ele faleceu em sua casa em Seul no início da manhã e seu corpo foi transferido para um hospital para um funeral no final do dia.

Ex-comandante militar, Chun presidiu o massacre de manifestantes pró-democracia do exército de Gwangju em 1980, crime pelo qual foi posteriormente condenado e recebeu pena de morte comutada.

Sua morte veio cerca de um mês após a co-conspirador golpe e Presidente sucedendo Roh Tae-Woo, que desempenhou um papel crucial, mas controversa em transição conturbada do país para a democracia, morreu com a idade de 88.

Um distante, Chun ramrod reta durante sua meados de O julgamento dos anos 1990 defendeu o golpe como necessário para salvar o país de uma crise política e negou o envio de tropas para Gwangju.

“Tenho certeza de que tomaria a mesma atitude, se surgisse a mesma situação”, disse Chun ao tribunal.

O governo de oito anos de Chun na Casa Azul presidencial foi caracterizado pela brutalidade e repressão política. No entanto, também foi marcado por uma prosperidade econômica crescente.

Chun renunciou ao cargo em meio a um movimento democrático liderado por estudantes em todo o país, em 1987, exigindo um sistema eleitoral direto.

Filipinas retomará missão de reabastecimento no Mar da China Meridional

O chefe da defesa das Filipinas disse que uma missão de reabastecimento militar para as tropas do país estacionadas em um atol no Mar da China Meridional será retomada esta semana, depois de ter sido abortada na semana passada quando foi bloqueada pela guarda costeira chinesa.

O secretário de Defesa, Delfin Lorenzana, disse que instruiu os militares a enviarem seus navios de reabastecimento de volta ao Second Thomas Shoal, ocupado pelas Filipinas, e que a China “não vai interferir” desta vez.

Na quinta-feira (18), as Filipinas condenaram “nos termos mais veementes” as ações de três navios da guarda costeira chinesa que bloquearam e usaram canhões de água em barcos de reabastecimento em direção a Second Thomas Shoal, localmente conhecido como Ayungin Shoal. Os EUA classificaram as ações chinesas como “perigosas, provocativas e injustificadas” e advertiram que um ataque armado a navios filipinos invocaria compromissos de defesa mútua dos EUA.

“Os chineses não vão interferir na minha conversa com o embaixador chinês (Huang Xilian)”, disse Lorenzana. Lorenzana disse que ele e Huang estiveram conversando “desde a noite do dia 16, enquanto o incidente estava acontecendo, até ontem, 20 de novembro”. Não haverá escoltas da marinha ou da guarda costeira para os barcos de reabastecimento das Filipinas quando eles navegarem de volta ao Second Thomas Shoal, disse Lorenzana.

“Eles (China) não têm o direito de impedir, prevenir ou assediar nossos navios dentro de nossa ZEE (zona econômica exclusiva), quer estejamos pescando ou trazendo suprimentos para nosso destacamento em Sierra Madre (navio da marinha) em Ayungin Shoal”, disse ele.

O chefe do Comando Ocidental dos militares filipinos, vice-almirante Ramil Roberto Enriquez, disse que o número de navios chineses em Second Thomas Shoal caiu para dois na noite de sábado (20).

China busca informações online sobre celebridades para intensificar a repressão à cultura de fãs

O órgão regulador do ciberespaço da China disse na terça-feira (23) que aumentará a supervisão sobre como as informações sobre celebridades são disseminadas online, como a publicação de seus dados pessoais e a colocação de seus anúncios em sites da Internet.

A Administração do Ciberespaço da China (CAC) disse que o objetivo era criar um ambiente de Internet positivo e saudável, descrevendo a proliferação de fofocas e a caça às estrelas como tendo um impacto sobre os valores tradicionais.

Ele disse que criaria uma “lista negativa” que teria como alvo informações sobre celebridades online que promovessem valores ruins, como riqueza ostensiva, bem como qualquer tentativa de encorajar os fãs a gastar dinheiro para apoiá-las.

Os endossos e anúncios de celebridades devem ser claramente marcados por plataformas, disse o CAC, e os fã-clubes devem ser administrados por agentes autorizados.

As autoridades chinesas nos últimos meses tomaram medidas para diminuir o que chamaram de cultura “caótica” de fãs de celebridades do país, ordenando que emissoras, plataformas online e artistas ajudem a conter o fenômeno após uma série de escândalos envolvendo celebridades envolvendo evasão fiscal e agressão sexual.

Fã-clubes de celebridades online se tornaram um fenômeno generalizado na China com o jornal local The Paper projetando que a “economia ídolo” do país poderia valer 140 bilhões de yuans (US$ 22 bilhões) em 2022. Mas eles também foram criticados por sua influência sobre os menores e por causando desordem social.

Quando a estrela pop canadense-chinesa Kris Wu foi detida pela polícia de Pequim em julho sob suspeita de agressão sexual, seus grupos de fãs vieram em sua defesa nas redes sociais. A maioria dessas contas de fãs, junto com as contas online de Wu, foram posteriormente encerradas.

China diz que vai liberar reservas de petróleo de acordo com suas necessidades

A China irá liberar petróleo bruto de suas reservas de acordo com suas necessidades, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores na quarta-feira (24), acrescentando que o país está em estreita comunicação com os países produtores e consumidores de petróleo.

Os Estados Unidos disseram na terça-feira (23) que liberarão milhões de barris de petróleo de reservas estratégicas em coordenação com a China e outras nações asiáticas para tentar esfriar os preços depois que os produtores da OPEP + repetidamente ignoraram os pedidos por mais produção de petróleo bruto.

A Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas da China confirmou à Reuters na semana passada que estava trabalhando em uma liberação dos estoques de petróleo, mas se recusou a comentar o pedido dos EUA.

Falando em uma coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, novamente se recusou a comentar se a China está participando das divulgações de estoques de petróleo coordenadas pelos Estados Unidos.

“O lado chinês organizará uma liberação de petróleo bruto das reservas estatais de acordo com suas próprias necessidades reais”, disse Zhao, acrescentando que publicaria informações relevantes sem demora.

Zhao disse que a China manterá a comunicação e a cooperação para garantir a estabilidade de longo prazo do mercado de petróleo.

Novas infecções por coronavírus na Coreia do Sul ultrapassaram 4.000 em um dia

Novas infecções por coronavírus na Coreia do Sul ultrapassaram 4.000 em um dia pela primeira vez desde o início da pandemia, já que uma propagação impulsionada pelo delta continua a sacudir o país depois de diminuir o distanciamento social nas últimas semanas para melhorar sua economia.

A Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças disse que a maioria dos novos 4.116 casos relatados na quarta-feira (24) veio da capital Seul e sua região metropolitana, onde um aumento nas hospitalizações criou temores sobre uma possível escassez de unidades de terapia intensiva.

O número de mortos no país é agora de 3.363, depois que 35 pacientes com vírus morreram nas últimas 24 horas. Os 586 pacientes que estão em condições graves ou críticas também marcaram um novo recorde.

A Coreia do Sul é o último país a ver o aumento de infecções e hospitalizações depois de afrouxar as medidas de distanciamento social em meio a altas taxas de vacinação. Os casos também estão aumentando nos Estados Unidos antes do fim de semana do feriado de Ação de Graças, enquanto a Áustria entrou em um grande bloqueio na segunda-feira (22), quando uma onda de vírus se espalhou pela Europa.

Autoridades da Coreia do Sul abrandaram as regras de distanciamento social a partir deste mês e reabriram totalmente as escolas na segunda-feira (22), no que descrevem como os primeiros passos para restaurar alguma normalidade pré-pandemia. Ao permitir reuniões sociais maiores e mais horas de refeições em restaurantes, as autoridades esperavam que a melhoria das taxas de vacinação manteria as hospitalizações e mortes baixas, mesmo que o vírus continuasse a se espalhar.

Mas os trabalhadores da saúde agora estão lutando com um aumento de casos graves e fatalidades entre pessoas mais velhas que rejeitaram as vacinas ou cujas imunidades diminuíram após serem injetadas no início do lançamento da vacina, que começou em fevereiro.

“O aumento de casos graves foi consideravelmente maior do que esperávamos”, disse o funcionário do Ministério da Saúde, Son Youngrae, em uma entrevista coletiva. Son disse que as autoridades estão monitorando a situação de perto e podem anunciar medidas para impor medidas de distanciamento social mais fortes nas próximas semanas, se a propagação continuar a piorar.

Embaixador do Japão encontra oficiais do Talibã

O embaixador japonês no Afeganistão OKADA Takashi conversou com o Talibã em Cabul em novembro, disse o Ministério das Relações Exteriores do Japão na quinta-feira (25).

De acordo com o ministério, Okada comentou sobre a situação no terreno durante a visita que durou de 21 a 24 de novembro. Medidas de segurança foram implementadas para o enviado japonês.

O Embaixador Okada se reuniu com altos membros do Talibã, incluindo o mulá Abdul Ghani Baradar, e os exortou a garantir a segurança dos cidadãos japoneses e funcionários locais.

Ele também pediu que eles garantissem uma passagem rápida e segura para aqueles que desejam deixar o país, disse o ministério. Além disso, Okada disse que o Japão está implementando assistência por meio de organizações internacionais para responder à deterioração da situação humanitária no Afeganistão.

O lado do Talibã teria dito que garantiria o acesso humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários.

Nas reuniões, o embaixador japonês enfatizou a importância de respeitar os direitos de todo o povo afegão, incluindo mulheres e crianças, construir um sistema político inclusivo e evitar que o Afeganistão se torne um refúgio seguro para terroristas. Ele enfatizou que se espera que o Talibã tome uma atitude positiva a respeito.

Okada também manteve conversações com outras autoridades, incluindo o ex-presidente Hamid Karzai.

O ministério disse que o Japão continuará tendo discussões em nível de trabalho com o Talibã e contribuirá para a estabilização do Afeganistão.

Israel sinaliza bases de UAV iranianas e oferece contra-medidas aos aliados árabes

Israel aguçou sua retórica contra os drones de combate iranianos, revelando o que disse serem duas bases usadas para realizar ataques marítimos com os aviões de controle remoto e se oferecendo para cooperar com parceiros árabes em contra-medidas.

Os países árabes do Golfo compartilham as preocupações israelenses sobre esses drones, vendo a mão do Irã ou de seus aliados em ataques aéreos a navios ou a instalações de energia na Arábia Saudita. Teerã frequentemente nega tais acusações.

“Hoje eu revelo a vocês duas bases centrais na área de Chabahar e na ilha de Qeshm no sul do Irã, a partir das quais as operações na arena marítima foram lançadas, e onde hoje, também, drones de ataque Shahed avançados são implantados”, Ministro da Defesa israelense Benny Gantz disse uma conferência de segurança televisionada.

Separadamente, o chefe da Força Aérea de Israel propôs trabalhar com parceiros árabes, como os Emirados Árabes Unidos e Bahrein, com os quais Israel formalizou laços no ano passado, contra a ameaça dos drones.

“Acho que esta é uma grande oportunidade para criar contatos e construir um plano de defesa para todos os países que têm um interesse comum em se proteger”, disse o Major-General Amikam Norkin na conferência, promovida pela Universidade Reichman.

“Podemos ajudar significativamente (contra drones), seja em termos de inteligência, detecção ou interceptação.”

Grossi, da AIEA, diz no Irã que quer aprofundar a cooperação

O chefe da vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, disse na terça-feira (23) que queria aprofundar a cooperação com o Irã em suas negociações em Teerã, dias antes da retomada das negociações entre a República Islâmica e as potências mundiais para reativar um acordo nuclear de 2015.

“A agência está procurando continuar e aprofundar o diálogo com o governo do Irã … Concordamos em continuar nosso trabalho conjunto sobre transparência e isso vai continuar”, disse Grossi, que chegou a Teerã na segunda-feira (23), em entrevista coletiva televisionada.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou na semana passada relatórios detalhando seus conflitos com o Irã, desde o tratamento rude de seus inspetores à reinstalação de câmeras que considera “essencial” para o renascimento do acordo nuclear de Teerã.

Teerã e Washington retomarão as negociações indiretas em 29 de novembro em Viena, que estão suspensas desde junho, para encontrar maneiras de restabelecer o acordo nuclear que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encerrou há três anos e impôs duras sanções ao Irã.

Teerã respondeu quebrando os principais limites da atividade nuclear estabelecidos pelo acordo, incluindo a reconstrução de estoques de urânio enriquecido, refinando-o para maior pureza físsil e instalando centrífugas avançadas para acelerar a produção.

O fracasso da diplomacia em trazer Teerã e Washington de volta ao cumprimento do acordo nuclear acarretaria o risco de uma nova guerra regional.

O primeiro-ministro israelense Naftali Bennett sinalizou disponibilidade na terça-feira (23) para intensificar o confronto de Israel com o Irã e reiterou que seu país não seria vinculado a nenhum novo acordo nuclear iraniano com potências mundiais.

Egito assume a presidência da COMESA

O Egito assumiu a presidência rotativa do Mercado Comum para a África Oriental e Austral em sua 21ª cúpula.

Foi realizado na nova capital administrativa do Egito, sob os auspícios do presidente Abdel Fattah El-Sisi, e reuniu chefes de estado africanos.

Em seu discurso, El-Sisi disse que o Egito trabalhará com os estados membros do COMESA para alcançar suas aspirações e incentivar o comércio, inclusive buscando concluir um projeto que liga o Mar Mediterrâneo ao Lago Vitória.

Durante uma reunião com o secretário-geral do COMESA, Chileshe Kapwepwe, El-Sisi disse que a presidência egípcia do bloco se esforçará para a integração econômica e regional.

El-Sisi expressou o desejo do Egito de uma estreita coordenação e cooperação com o secretariado do COMESA durante sua presidência.

A reunião discutiu as prioridades para a presidência egípcia do COMESA, incluindo o fortalecimento da capacidade dos Estados membros de resistir à pandemia COVID-19 e a desafios semelhantes no futuro; fortalecimento das cadeias produtivas regionais; maximização da integração industrial; aumentar os investimentos em projetos de infraestrutura e conectividade transfronteiriços; cooperação em transformação digital; e contando com técnicas de produção mais sustentáveis ​​à luz do Egito sediar a Cúpula da COP27 no próximo ano.

As exportações sauditas não petrolíferas aumentaram 28,4% no terceiro trimestre de 2021

As exportações não petrolíferas da Arábia Saudita saltaram 28,4% no terceiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano passado, devido a maiores embarques de plásticos e produtos químicos, de acordo com dados da Autoridade Geral de Estatísticas.

As vendas do grupo de produtos plásticos, borracha e artigos relacionados aumentaram 49%, enquanto as exportações de produtos das indústrias químicas ou afins aumentaram 38,4%.

As exportações não petrolíferas aumentaram a uma taxa anual mais elevada no trimestre anterior, aumentando 52,3%.

No 3T 2021, a China foi o principal parceiro comercial do Reino. A Arábia Saudita exportou SR51,7 bilhões (US$ 13,8 bilhões) em remessas para a China, representando 18,7% do total das exportações. Os países que vieram a seguir foram Índia e Japão, com participações de 9,6 e 9,5%, respectivamente.

As importações da Arábia Saudita da China foram avaliadas em SR30,9 bilhões no terceiro trimestre de 2021. Isso constituiu mais de um quinto do total do Reino.

As importações dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos também foram relativamente grandes, representando 10,3 e 7,2%, respectivamente.

Em setembro, as exportações não petrolíferas aumentaram 38,2% com relação ao ano anterior, subindo para SR25,3 bilhões de SR18,3 bilhões no mesmo mês do ano anterior. Este foi o maior aumento anual desde junho.

As exportações gerais aumentaram a uma taxa anual de 71,8% no terceiro trimestre de 2021.

Economia saudita deve crescer 4,9% em 2022 com maior produção de petróleo, prevê KPMG

A economia saudita provavelmente crescerá 4,9% em 2022 devido a uma recuperação do setor de petróleo, previu a KPMG.

Uma das Quatro Grandes organizações de contabilidade disse em seu relatório que a produção de petróleo deve aumentar a uma taxa anual de 10% em 2022 devido à redução dos cortes no fornecimento de petróleo que faziam parte do acordo OPEP +. No entanto, acrescentou, a expansão seguirá uma possível contração do setor no que resta de 2021.

A alta produção e os preços do petróleo também devem aumentar a confiança do consumidor e das empresas, disse o relatório.

Além disso, espera-se que o setor não petrolífero saudita mostre sinais de força em 2022. O setor já está testemunhando uma recuperação após a facilidade das restrições induzidas pela pandemia. Os setores de varejo e turismo terão um novo impulso no próximo ano.

A KPMG apontou que o crescimento do produto interno bruto para 2021 deve ser de 2,4%.

A empresa com sede na Holanda também afirmou que projeta que os preços ao consumidor aumentem 3,1% em 2021 e 2,2% em 2022, acrescentando que a política do governo afetará diretamente a taxa de inflação. No entanto, a KPMG disse que as pressões inflacionárias de alta ainda estão presentes. O aumento dos preços internacionais das importações, induzido pela baixa oferta ou pelos custos de transporte mais altos, pode elevar os preços ao consumidor.

Além disso, um dólar mais fraco também pode causar mais inflação, uma vez que o rial do Reino está atrelado ao dólar americano.

Quanto ao desemprego, a empresa espera que a taxa de desemprego continue seu declínio, caindo para 6,3% projetados em 2022 de 6,5% esperados em 2021. Isso se compara à queda acentuada que o indicador experimentou ao passar de 2020 para 2021, conforme diminuiu de 7,7% para 6,5%.

A organização de contabilidade afirmou que esta queda acentuada foi induzida por um evento temporário, que é a reabertura da economia após o pico da pandemia. Assim, a queda do desemprego deverá desacelerar em 2022.

Olhando para a região do Oriente Médio como um todo, a KPMG disse que os países do Conselho de Cooperação do Golfo devem ter o efeito mais significativo na recuperação da região. Isso se deve principalmente aos preços mais altos do petróleo. No entanto, qualquer queda inesperada na demanda de petróleo afetará negativamente essa recuperação, observou o relatório. Um novo surto de Covid-19 também pode representar uma ameaça para a região.

A empresa acrescentou que as taxas de desemprego também devem cair no Oriente Médio.

Com relação aos preços ao consumidor, é provável que a inflação seja fraca nos países do GCC no próximo período, enquanto outros países não pertencentes ao GCC deverão enfrentar pressões inflacionárias mais altas.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | 6 Minutos

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
26/11/2021