Cenário Econômico Nacional – 29/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 29/11/2021

Cenário Econômico Nacional – 29/11/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Produção industrial fica estável em outubro pelo segundo mês, diz CNI
  • Economia: projeção de gasto com Previdência sobe R$ 59,2 milhões; para R$ 709,92 bilhões
  • Governo reduz para R$ 95,8 bilhões previsão de déficit para 2022
  • Nordeste se destaca em recuperação do consumo de serviços, aponta BC
  • Confiança do consumidor cai em novembro e atinge menor nível desde abril
  • Recuo previsto no comércio de fim de ano afeta projeções para 2022
  • Ipea vê inflação perto de 10% em 2021
  • Arrecadação de impostos tem alta real de 4,92% em outubro, para R$ 178 bilhões, a maior para o mês em 5 anos
  • IPCA-15: prévia da inflação fica em 1,17% em novembro e atinge 10,73% em 12 meses
  • Rombo das contas externas piora, mas investimentos estrangeiros aumentam no ano, aponta BC
  • Lula diz não se preocupar com possível candidatura de Moro
  • TSE abre sexto teste de segurança das urnas eletrônicas
  • Bolsonaro indica ministro do TCU para embaixada em Lisboa e tenta emplacar um aliado na vaga aberta no tribunal
  • Pacheco diz a empresários que desoneração da folha tem ‘ampla maioria’ no Senado
  • PSDB diz que prévias serão concluídas até domingo
  • Senado aprova recriação do Ministério do Trabalho e Previdência
  • Bolsonaro diz que está buscando rever política de preços da Petrobras atrelada ao exterior
  • Moro venceria Bolsonaro no 2° turno, mas perderia de Lula, diz pesquisa
  • STF marca julgamento de recurso contra foro especial de Flávio Bolsonaro
  • Pacheco adia para segunda-feira (29) votação de regras sobre orçamento secreto
  • Lançamentos de imóveis residenciais crescem no 3º trimestre, mas vendas caem, diz Cbic
  • Empresas da Zona Franca de Manaus faturam R$ 116,59 bilhões em 2021
  • Mercado imobiliário tem redução de 9,5% nas vendas no 3º trimestre
  • Touro dourado é removido da frente da B3 após determinação de comissão da prefeitura
  • Condomínio pode proibir locação por Airbnb, decide STJ
  • Produção de celulose no Brasil cresce 4,9% no 3º trimestre
  • Abimaq: faturamento líquido total do setor cai 6,4% em outubro
  • Confiança da indústria cai em novembro e vai ao menor nível desde agosto de 2020
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Produção industrial fica estável em outubro pelo segundo mês, diz CNI

A produção industrial ficou estável em outubro, informou na segunda-feira (22) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Este é o segundo mês consecutivo de estabilidade na produção, após quatro meses de alta. Os dados, que constam do boletim Sondagem Industrial, elaborado pela confederação, mostram que em outubro, o índice de evolução da produção ficou em 50,1 pontos, ante os 50 registrados em setembro.

Os números refletem o desempenho de pequenas, médias e grandes empresas que atuam na indústria em geral, na indústria extrativista e na de transformação. O resultado também mostra que, no mês passado, a utilização da capacidade instalada das indústrias caiu um ponto percentual ao registrado em setembro, ficando em 71%. O resultado é menor do que o registrado em outubro de 2020, quando a utilização da capacidade industrial ficou em 74%.

De acordo com a CNI, a redução é explicada em parte devido a influência da recuperação da atividade industrial no último trimestre do ano passado e a necessidade de recomposição de estoques. Por isso, a entidade vê o resultado de 2021 como positivo, pois está acima da média dos mesmos meses de 2011 a 2019, quando ficou em 70,4%.

Já o indicador de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 45,4 pontos em outubro. O resultado representa a terceira queda consecutiva do indicador.

“Apesar de estar abaixo da linha divisória de 50 pontos, que indica que a utilização da capacidade instalada está menor que a usual para o mês, o índice se encontra acima da média histórica de 42,6 pontos. Na comparação com outubro de 2020, o índice apresenta redução de 5,7 pontos”, informou a CNI.

A CNI disse ainda que em outubro, os estoques aumentaram e atingiram o nível planejado pelas empresas. Com isso, o índice de evolução do nível de estoques ficou em 50,5 pontos, cinco pontos acima do registrado em outubro de 2020.

“O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado registrou 50 pontos em outubro, o que significa que o estoque efetivo atingiu exatamente o nível planejado pelas empresas. O resultado rompeu a sequência de meses nos quais os estoques efetivos estavam abaixo do planejado, o que vinha acontecendo desde dezembro de 2019. Na comparação com outubro de 2020, momento crítico da falta de estoques no ano passado, o índice mostra aumento de 6,7 pontos”, diz o boletim.

Economia: projeção de gasto com Previdência sobe R$ 59,2 milhões; para R$ 709,92 bilhões

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º Bimestre, divulgado na segunda-feira (22), pelo Ministério da Economia, traz revisões em expectativas de receitas e nas projeções de gastos até o fim deste ano, na comparação com o relatório anterior.

A previsão de gastos com benefícios previdenciários em 2021 subiu R$ 59,2 milhões, para R$ 709,92 bilhões. A projeção para os pagamentos de pessoal e encargos sociais caiu R$ 201,2 milhões, para R$ 330,60 bilhões.

O gasto previsto com subsídios e subvenções ficou R$ 192,3 milhão menor, passando para R$ 10,52 bilhões. Já os valores estimados para o pagamento de precatórios e sentenças judiciais caíram R$ 34,5 milhões, para R$ 20,18 bilhões.

Pelo lado da arrecadação, a estimativa para as receitas com dividendos de estatais subiu R$ 17,7 bilhões, passando para R$ 43,51 bilhões.

As receitas previstas com concessões também aumentaram em R$ 182,2 milhões, para R$ 8,55 bilhões. O relatório também mostra que a projeção para arrecadação com royalties neste ano subiu R$ 6,05 bilhões, para R$ 94,09 bilhões.

Governo reduz para R$ 95,8 bilhões previsão de déficit para 2022

A recuperação da economia e o crescimento da arrecadação fizeram a equipe econômica reduzir de R$ 139,4 bilhões para R$ 95,8 bilhões a previsão de déficit primário para 2021. A estimativa consta do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas, divulgado pelo Ministério da Economia.

Na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país), a previsão de déficit primário caiu de 1,6% para 1,1% do PIB. O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo sem os juros da dívida pública.

O principal fator para a redução do déficit foi a melhoria das receitas, cuja estimativa foi aumentada em R$ 57,705 bilhões em relação ao relatório anterior, divulgado em setembro. Isso ocorre porque, pelas projeções oficiais do Ministério da Economia, mesmo com a previsão de crescimento do PIB tendo sido reduzida para 5,1% neste ano, a recuperação da economia aumenta a arrecadação.

Com o déficit menor, o governo poderá ampliar em R$ 4,574 bilhões os gastos discricionários (não obrigatórios) na reta final do ano. Segundo o Ministério da Economia, isso ocorrerá porque, além da entrada maior de recursos em caixa em 2021, o relatório reduziu, em R$ 514,8 milhões, as projeções de despesas obrigatórias.

O Orçamento de 2021 foi totalmente desbloqueado em julho, mas os gastos discricionários podem continuar a ser ampliados por causa de restos a pagar (verbas empenhadas em anos anteriores). No total, as despesas serão elevadas em R$ 4,059 bilhões, reduzindo a folga no teto de gastos deste ano de R$ 9,203 bilhões para R$ 6,009 bilhões.

Nordeste se destaca em recuperação do consumo de serviços, aponta BC

O Banco Central apontou que o Nordeste é a região do país que se destaca na recuperação do consumo de serviços às famílias na comparação com o nível observado antes da pandemia de Covid-19, o que atribuiu ao possível impacto positivo do setor de turismo.

“Considerando a redução no número de beneficiários e no valor do Auxílio Emergencial, esse desempenho pode ter sido influenciado pela retomada do setor de turismo, em ritmo mais intenso do que o observado nas outras regiões”, disse o BC em box sobre o tema.

O BC comparou apenas a performance das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, justificando que para as regiões Norte e Centro-Oeste não havia detalhamento da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), que serviram de referencial para sua análise.

Em gráfico do box, o BC indicou que o consumo de serviços às famílias no Nordeste já havia caminhado para o terreno positivo em setembro na variação sobre fevereiro de 2020, enquanto permaneceu no vermelho no Sul e principalmente no Sudeste.

“Na margem, os efeitos já verificados da vacinação na atenuação da crise sanitária favorecem a volta à normalidade de atividades que dependem de maior interação social, contribuindo para a manutenção da retomada do setor de serviços às famílias no Nordeste e para o aumento do consumo desses serviços nas regiões Sudeste e Sul”, disse o BC.

Confiança do consumidor cai em novembro e atinge menor nível desde abril

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 1,4 ponto em novembro, para 74,9 pontos, menor valor desde abril (72,5 pontos), segundo informou na quarta-feira (24) a Fundação Getúlio Vargas.

Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve em queda ao cair 2,3 pontos, para 75,5 pontos, sendo o terceiro mês consecutivo de retração.

“Apesar do avanço da vacinação, suas consequências favoráveis na redução de casos e mortes e flexibilização das medidas restritivas, o aumento da incerteza econômica diante de uma inflação elevada, política monetária restritiva e maior endividamento das famílias de baixa renda tornam a situação ainda desconfortável e as perspectivas ainda cheias de ameaças”, afirmou Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens.

Em novembro, o índice foi influenciado por piora tanto na avaliação da situação corrente quanto das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) diminuiu 2,1 pontos, para 66,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,0 ponto, para 81,4 pontos.

A análise por faixa de renda revela piora da confiança para todos os grupos, com exceção das famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, que apresentou acomodação pelo segundo mês consecutivo. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 registrou o pior desempenho com queda de 6,7 pontos para 66,3 pontos, eliminado o avanço registrado no mês anterior.

Segundo a FGV, a piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada por deterioração da situação econômica local e das finanças das famílias.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) disparou 10,67% no acumulado em 12 meses até outubro, taxa mais acentuada desde janeiro de 2016.

Diante de indicadores de inflação persistentemente fortes, o Banco Central tem promovido um intenso ciclo de aperto monetário, o que é visto como um empecilho ao crescimento econômico, já que juros mais altos tendem a esfriar os gastos. A taxa Selic está atualmente em 7,75% ao ano. O mercado projeta uma taxa de 9,25% ao ano no fim de 2021, chegando a 11,25% ao ano em 2022.

A pesquisa coletou informações de 1510 domicílios entre os dias 1 e 22 de novembro.

Recuo previsto no comércio de fim de ano afeta projeções para 2022

O estrago provocado pela alta da inflação e dos juros e a queda do poder de compra do brasileiro não deve se limitar ao consumo de fim de ano. Normalmente, a movimentação da economia no último trimestre tem desdobramentos no começo do ano seguinte. Quando o final de ano é bom, janeiro começa com reposição de estoques e muitos empregos temporários viram definitivos.

Caso o cenário de recuo das vendas no último trimestre traçado pelo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) se confirme, corre-se o risco de começar o próximo ano sem esse impulso, alerta a economista da Prada Assessoria, Marcela Kawauti. “O começo do próximo ano pode ser bem morno”, prevê.

Ela lembra que 2022 terá dificuldades adicionais porque é um ano eleitoral, quando as incertezas aumentam, o que afeta os investimentos. Também a alta da taxa de básica de juros para conter a inflação, além de encarecer o custo do crédito neste momento, ainda não teve seu efeito pleno de deprimir o consumo. “O impacto maior acabará se manifestando ao longo de 2022.”

O consumo das famílias responde por mais da metade da geração de riqueza na economia brasileira, e não é sem motivos que as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 começam a migrar para estabilidade e até para desempenho negativo.

Ipea vê inflação perto de 10% em 2021

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou na quarta-feira (24) suas projeções para a inflação no Brasil em 2021 e 2022 diante da forte pressão de preços no país e no mundo, com a estimativa para este ano perto de 10%.

Segundo o instituto, o IPCA deve encerrar 2021 com alta acumulada de 9,8%, contra taxa de 8,3% prevista em setembro. O resultado fica bem acima do teto da meta oficial para este ano, de 3,75% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Para 2022, embora seja esperada desaceleração em relação à taxa de inflação deste ano, a projeção do Ipea para a alta dos preços subiu a 4,9%, de 4,1% antes, fora do centro da meta, que neste caso é de 3,5%, com margem também de 1,5 ponto.

“O recuo esperado da inflação em 2022 está balizado na estimativa de acomodação dos preços do petróleo, ainda que em patamar elevado, à baixa probabilidade de efeitos climáticos intensos e à projeção de um aumento de 7,8% da safra brasileira, que devem gerar uma pressão menor sobre combustíveis, energia elétrica e alimentos”, explicou o Ipea em comunicado.

O instituto destacou ainda que, apesar dos efeitos positivos sobre a demanda doméstica da retomada mais forte do mercado de trabalho e da implementação do Auxílio Brasil, as variações dos preços de bens e serviços no próximo ano devem ser atenuadas pela sinalização de continuidade da trajetória de alta dos juros.

Arrecadação de impostos tem alta real de 4,92% em outubro, para R$ 178 bi, a maior para o mês em 5 anos

A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 178,742 bilhões em outubro, informou a Secretaria da Receita Federal.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 170,367 bilhões (valor já corrigido pela inflação), houve aumento real de 4,92%.

De acordo com o Fisco, o resultado é o maior para meses de outubro desde 2016, quando somou R$ 188,425 bilhões, valor corrigido pelo IPCA. Com isso, é o melhor resultado para outubro em cinco anos.

De acordo com a Receita Federal, a arrecadação, neste ano, reflete a melhora na atividade econômica. Com mais vendas de produtos e serviços, o governo aumenta sua arrecadação de tributos.

Entretanto, os números da Receita Federal também mostram que a arrecadação desacelerou no mês passado. O aumento de arrecadação registrado em outubro foi o menor verificado desde fevereiro.

No mês passado, de acordo com dados do Fisco, a produção industrial recuou 4,82%.

Já as vendas do setor de serviço avançaram 11,4%, e o volume das notas fiscais eletrônicas subiu 16,87%.

As compensações de tributos pelas empresas, que diminuem a arrecadação, totalizaram R$ 24,086 bilhões em outubro deste ano, contra R$ 25,513 bilhões no mesmo mês de 2020.

IPCA-15: prévia da inflação fica em 1,17% em novembro e atinge 10,73% em 12 meses

Puxado mais uma vez pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,17% em novembro, após ter registrado taxa de 1,20% em outubro, mostram os dados divulgados na quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É a maior variação para um mês de novembro desde 2002, quando o índice foi de 2,08%”, informou o IBGE.

Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 9,57% no ano e de 10,73% nos últimos 12 meses, acima dos 10,34% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Trata-se da maior taxa para um intervalo de 1 ano desde fevereiro de 2016 (10,84%).

A inflação acumulada segue acima do dobro da meta para o ano. A meta central do governo para o IPCA em 2021 foi fixada em 3,75%, e o intervalo de tolerância varia de 2,25% a 5,25%. Em 2020, a inflação oficial foi de 4,52%.

O resultado de novembro veio levemente acima das expectativas. A mediana de 36 projeções pesquisadas pelo Valor Data projetava uma alta de 1,12% em novembro.

A gasolina foi mais uma vez a vilã da inflação, com alta de 6,61%, que representou o maior impacto individual no índice do mês (0,40 ponto percentual). No ano, o combustível acumula variação de 44,83% e, em 12 meses, de 48%.

Também houve altas no mês nos preços do óleo diesel (8,23%), do etanol (7,08%) e do gás veicular (2,59%). No acumulado em 12 meses, o etanol subiu 62,56% e o diesel 48,12%.

Rombo das contas externas piora, mas investimentos estrangeiros aumentam no ano, aponta BC

O rombo das contas externas do Brasil e os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira avançaram de janeiro a outubro deste ano. Os números foram divulgados pelo Banco Central (BC).

Segundo a instituição, o déficit das contas externas do Brasil somou US$ 15,783 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, na comparação com US$ 13,571 bilhões no mesmo período de 2020. Somente em outubro, o resultado ficou negativo em US$ 4,464 bilhões, o maior rombo desde março deste ano (-US$ 5,189 bilhões).

O resultado em transações correntes, um dos principais sobre o setor externo do país, é formado por balança comercial (comércio de produtos entre o Brasil e outros países), serviços (adquiridos por brasileiros no exterior) e rendas (remessas de juros, lucros e dividendos do Brasil para o exterior).

De acordo com o BC, o aumento no rombo das contas externas em outubro está relacionado com um superávit menor da balança comercial e, também, com um crescimento nas despesas de brasileiros no exterior, entre outros.

  • Em um cenário de recessão por conta do coronavírus, o déficit das contas externas recuou 75% em 2020 e foi para US$ 12,517 bilhões.
  • Para todo ano de 2021, a expectativa do Banco Central é de uma piora nas contas externas. A estimativa da instituição é de um saldo negativo de US$ 21 bilhões nas contas externas neste ano.

Os investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira somaram US$ 45,788 bilhões nos dez primeiros meses deste ano, com alta de 33,3% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 34,352 bilhões), informou o BC.

Somente em outubro, porém, os investimentos somaram US$ 2,493 bilhões, o menor patamar desde junho deste ano (US$ 693 milhões).

O aumento dos investimentos acontece em um momento de recuperação da economia mundial, mas também com a perspectiva de taxas de juros maiores em outros países, com a alta da inflação disseminada pelo mundo.

Lula diz não se preocupar com possível candidatura de Moro

Na sua passagem por Madri, o ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva disse que não se preocupa com a possível candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) à Presidência.

“Não estou preocupado. É ele que precisa ficar preocupado. Sem a proteção da toga de juiz e sem a proteção do Código Penal, será candidato como eu, como cidadão comum. E, nesse caso, é muito mais fácil”, afirmou em entrevista ao jornal espanhol “El País”.

No sábado (20), durante a última parada de sua visita à Europa, Lula deu uma palestra ao partido de esquerda Podemos, da Espanha e disse que vai decidir sobre candidatura à presidência do Brasil “entre fevereiro ou março”.

O ex-presidente brasileiro esteve antes em Berlim, Bruxelas e Paris. Durante sua viagem à Europa, foi recebido pelo presidente da França, Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e pelo futuro chanceler da Alemanha, Olaf Sholz.

Sérgio Moro se filiou recentemente ao Podemos, mas ainda não anunciou formalmente a candidatura. Em entrevista concedida ao programa Conversa com Bial, Moro se colocou como pré-candidato ao afirmar que está pronto para ser candidato à Presidência da República em 2022.

TSE abre sexto teste de segurança das urnas eletrônicas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu na segunda-feira (22) o sexto teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições de 2022.

Ao todo, 26 investigadores vão colocar em prática 29 planos de ataque aos equipamentos e sistemas para tentar encontrar eventuais fragilidades. Segundo o TSE, esse número de inscritos é recorde.

O teste vai durar até a próxima sexta-feira (26).

Na abertura do teste, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, afirmou que o teste é o segundo momento do processo eleitoral.

“O primeiro é a abertura do código-fonte, que é tornar o programa acessível às entidades habilitadas. Uma das questões que vamos discutir com a comissão de transparência é progressivamente abrir o código-fonte para toda a sociedade”, afirmou.

Segundo Barroso, o teste é uma parceria para melhorar o sistema eleitoral. “É nós procurarmos aprimorar os sistemas mediante ataques de pessoas físicas, hackers do bem, que queiram tentar vulnerar as diferentes camadas do sistema. Essas pessoas estão nos ajudando a melhorar o sistema”, explicou.

O TSE colocou à disposição dos participantes computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos no terceiro andar do edifício-sede da Corte Eleitoral, em Brasília.

A estrutura de apoio foi montada em espaço exclusivo, com entrada controlada, monitorado por câmeras.

Bolsonaro indica ministro do TCU para embaixada em Lisboa e tenta emplacar um aliado na vaga aberta no tribunal

O presidente Jair Bolsonaro indicou o nome do ministro Raimundo Carreiro, do Tribunal de Contas da União (TCU), para ser o embaixador do Brasil em Lisboa.

Pela lei, Carreiro só seria obrigado a se aposentar em 2023, quando completaria 75 anos. Agora, a vaga dele vai ficar aberta no TCU, e Bolsonaro busca emplacar um aliado.

O presidente sabe que será preciso negociar. A vaga aberta é de indicação do Senado (parte dos ministros é indicada pelo Poder Executivo e parte pelo Congresso).

Um dos nomes defendido por Bolsonaro para a vaga de Carreiro é o do senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado.

Outro que também agrada ao Palácio do Planalto é o senador Marcos Rogério (DEM-RO), defensor do governo na CPI da Covid.

Mas há outros senadores no páreo. O preferido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga no TCU é o senador Antonio Anastasia (PSD-MG).

O nome da senadora Kátia Abreu (PP-TO) surge como uma candidatura independente.

A nomeação para o TCU coloca frente a frente Bolsonaro e Pacheco. O senador foi eleito para a presidência da Casa, em fevereiro, com o apoio do presidente da República. Mas ambos se afastaram ao longo do ano.

Carreiro é o relator no TCU de todos os processos que envolvem a Presidência da República e os ministérios palacianos.

Um desses processos investiga gastos no cartão corporativo da Presidência.

Se Pacheco derrotar o Palácio do Planalto, o cenário no TCU passa a preocupar Bolsonaro.

Pacheco diz a empresários que desoneração da folha tem ‘ampla maioria’ no Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse a empresários paulistas que a desoneração da folha de pagamento tem uma “ampla maioria” para ser aprovada na Casa. Além disso, ele reforçou a intenção de levar o projeto para votação diretamente no plenário.

A proposta passou pela Câmara e ainda depende de aval do Senado e de sanção do presidente Jair Bolsonaro, que já prometeu prorrogar o benefício. O projeto garante a redução de encargos cobrados sobre a folha de salários para 17 setores da economia até dezembro de 2023. Defensores do texto apontam a necessidade da desoneração para evitar demissões. Juntos, os 17 setores (incluindo call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil) empregam 6 milhões de trabalhadores.

Nesta segunda-feira (22), Pacheco participou de um debate na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ao falar sobre propostas em tramitação no Congresso, ele destacou aos empresários que a desoneração tem “ampla maioria” e que deve ser pautada diretamente no plenário assim que o texto aprovado pela Câmara chegar consolidado aos senadores, o que ainda não ocorreu. No Senado, há expectativa de que a aprovação possa ocorrer ainda nesta semana.

A desoneração beneficia as empresas porque reduz os encargos trabalhistas que são pagos por elas. A medida consiste em trocar os tributos sobre os salários dos empregados por uma alíquota sobre o faturamento. Hoje, essas empresas podem escolher: ou pagam 20% de contribuição previdenciária sobre os salários dos funcionários ou uma alíquota que vai de 1% a 4,5% sobre o faturamento bruto.

A desoneração ganhou impulso após a aprovação pela Câmara da proposta de emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que adia o pagamento das dívidas que o governo é obrigado judicialmente a fazer e muda o cálculo do teto de gastos. A PEC foi criada para garantir o Auxílio Brasil, programa que substitui o Bolsa Família, mas governistas também a citaram como condição para a desoneração ser prorrogada.

Com a aprovação da proposta que abre espaço fiscal, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou publicamente favorável à prorrogação por mais dois anos.

PSDB diz que prévias serão concluídas até domingo

O PSDB irá escolher seu pré-candidato à Presidência da República até o próximo domingo, informou o partido em nota, e uma empresa alternativa pode ser contratada para concluir o processo interno de prévias caso não seja apresentada uma solução tecnológica para o aplicativo contratado inicialmente para a votação dos membros da sigla.

As prévias da legenda foram suspensas no domingo após falha na tecnologia desenvolvida exclusivamente para a consulta interna.

“A votação para escolha do candidato do PSDB à Presidência da República será concluída até o próximo domingo (28). A decisão foi tomada em conjunto pela direção do partido e pelos três pré-candidatos”, disse o PSDB.

“O partido ainda aguarda manifestação da empresa contratada, a Faurgs. Se, até terça-feira (23), se ela não oferecer garantias concretas de viabilidade e robustez da solução contratada, o PSDB adotará tecnologia privada para concluir o processo de prévias. Em qualquer alternativa, a integridade do processo eleitoral será rigorosamente observada”, acrescenta a nota.

Segundo o presidente do partido, Bruno Araújo, ficou definido o prazo de 12h de terça-feira como limite para uma solução tecnológica ao atual aplicativo, do contrário, serão buscadas alternativas.

“A emergência faz com que a gente precise concluir o processo de prévias”, disse Araújo a jornalistas, acrescentando que o “pior dos mundos” seria não concluir o processo.

Araújo conclamou os integrantes da sigla que concorrem nas prévias, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, a deixarem a disputa de lado e se unirem em busca de uma solução em respeito aos filiados que ainda não votaram.

A despeito das declarações de Araújo, Leite considerou a nota do partido “equivocada” e disse que não há acordo sobre a conclusão das prévias, citando incertezas a respeito de um possível novo aplicativo a ser adotado para as prévias. Segundo ele, a disputa está perdendo a “legitimidade”.

Doria declarou apoio, em nota, às soluções anunciadas pelo presidente do PSDB. “É preciso concluir o processo eleitoral de consulta interna. Qualquer alternativa que não seja a rápida conclusão da votação é um desrespeito à vontade da maioria partidária.”

O impasse gerado pelos problemas técnicos sobre a retomada das prévias escancara a divisão interna na legenda, especialmente entre Doria e Leite.

Senado aprova recriação do Ministério do Trabalho e Previdência

O plenário do Senado aprovou a medida provisória que recria o Ministério do Trabalho e Previdência. A proposta também transfere a Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania para a pasta do Turismo. A MP, já aprovada pela Câmara dos Deputados, não foi modificada pelo Senado e segue para sanção presidencial.

Criado em 1930 no governo de Getúlio Vargas, o Ministério do Trabalho havia sido incorporado ao Ministério da Economia, criado pelo presidente Jair Bolsonaro no início de sua gestão. À medida que recria a pasta está em vigor desde que foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro, em julho.

O Ministério do Trabalho e Previdência será responsável por definir políticas sobre geração de emprego e renda, apoio ao trabalhador, fiscalização do trabalho, política salarial, segurança no trabalho, registro sindical e previdência, entre outras, responsabilizando-se, inclusive, pela previdência complementar.

Ao tramitar na Câmara, os parlamentares incluíram no texto a possibilidade de que o ministro da pasta, atualmente comandada por Onyx Lorenzoni, possa definir as hipóteses de substituição de exame pericial presencial por exame remoto, assim como as condições e as limitações para sua realização.

Outro ponto incluído pelos deputados foi o Domicílio Eletrônico Trabalhista para permitir ao Ministério do Trabalho notificar o empregador, por comunicação eletrônica, sobre atos administrativos, ações fiscais, intimações e avisos em geral. A proposta dispensa a publicação em Diário Oficial e o envio de notificação pelos Correios.

Bolsonaro diz que está buscando rever política de preços da Petrobras atrelada ao exterior

Em mais um ataque à Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo busca rever a política de preços da estatal, que alinha os reajustes dos combustíveis ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.

“Tivemos problemas sérios no passado, além da corrupção: a questão da paridade com o preço internacional. Estamos buscando rever essa questão”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Correio, da Paraíba. A entrevista foi gravada na manhã desta terça-feira no Palácio da Alvorada, mas não constava da agenda oficial do chefe do Executivo.

Com a alta dos combustíveis comprometendo sua popularidade, Bolsonaro tem feito uma série de críticas à Petrobras e aos impostos cobrados por governadores sobre os derivados de petróleo. O presidente já chegou a dizer, por exemplo, que a estatal dá muito lucro.

Moro venceria Bolsonaro no 2° turno, mas perderia de Lula, diz pesquisa

O ex-ministro Sérgio Moro (Podemos) aparece na frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) num eventual segundo turno das eleições presidenciais de 2022, segundo pesquisa do Modalmais em parceria com a Futura Inteligência, divulgada na quarta-feira (24). De todo modo, o ex-presidente Lula (PT) mantém o favoritismo sobre os demais candidatos testados.

Frente à pergunta: “Se tiver segundo turno e os candidatos a disputar fossem Jair Bolsonaro e Sérgio Moro, em quem você votaria?”, 38,8% se manifestaram a favor do ex-juiz, enquanto 35,7% optaram pelo presidente da República. Na simulação de Bolsonaro versus Lula, o petista venceria com 49,2%, ante 37,4% do presidente que vai disputar a reeleição. E na hipótese de Lula contra Moro, também daria o petista com 46,6%, ante 33,6%.

Na pesquisa estimulada, Lula continua na liderança, com 38,6% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro (32,4%). Sérgio Moro vem em terceiro lugar, registrando 11,9%, superando Ciro Gomes (PDT), que fica com 6,2%, mostrando tendência de queda. Já os pré-candidatos do PSDB, João Doria e Eduardo Leite, apresentam baixos percentuais no levantamento.

“Neste momento, o crescimento de Sergio Moro (Podemos) se dá a partir da diminuição dos votos de quem anteriormente estava indeciso ou optava por votos branco ou nulo”, destaca o levantamento do Modalmais/Futura Inteligência.

A pesquisa ouviu 2000 eleitores entre os dias 16 e 20 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

STF marca julgamento de recurso contra foro especial de Flávio Bolsonaro

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pautou para a próxima semana o julgamento do recurso que contesta o foro especial do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O caso será analisado pela 2ª Turma do STF na próxima terça-feira, após dois adiamentos.

A defesa do senador conseguiu na Justiça do Rio no ano passado o foro especial para o parlamentar em meio às investigações do esquema de corrupção conhecido como “rachadinha”.

De acordo com as investigações, Flávio é suspeito de se beneficiar de desvios de recursos públicos na época em que era deputado federal na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

O Ministério Público do Rio, autor da denúncia contra o senador, recorreu ao STF contra a decisão do Tribunal de Justiça de conceder o foro especial ao parlamentar.

Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça anulou todas as decisões tomadas pela Justiça do Rio de Janeiro no âmbito das investigações da “rachadinha”.

Pacheco adia para segunda-feira (29) votação de regras sobre orçamento secreto

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou para a segunda-feira (29), a votação do projeto de resolução que regulamenta o ‘orçamento secreto’. As informações constam da agenda do Congresso publicada na internet.

O projeto pretende ampliar a transparência da sistemática de apresentação, aprovação e execução das emendas de relator-geral, as chamadas RP9, mecanismo central do orçamento secreto.

Inicialmente, a votação estava prevista para a manhã de sexta-feira (26). No entanto, como o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) divulgou, o adiamento da sessão já estava no radar desde a quinta-feira (25) à noite.

A decisão de votar a proposta nesta sexta havia incomodado parlamentares e levou Rodrigo Pacheco a reavaliar o prazo.

O projeto mantém as emendas de relator sem limite no Orçamento da União, conforme o Broadcast Político revelou, o que levantou críticas. Também houve questionamentos se a transparência dos padrinhos das verbas proposta pelo texto é suficiente.

O Congresso redigiu um ato conjunto no qual afirma que não fará a divulgação dos nomes dos deputados e senadores que direcionaram verbas do orçamento secreto nos anos de 2020 e 2021 e só abrirá informações sobre solicitações feitas daqui para a frente.

O documento oficial das mesas diretoras da Câmara e do Senado contraria decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) que, há 20 dias, determinou ao Executivo e ao Legislativo dar ampla publicidade sobre a distribuição das verbas secretas. O ato deve ser publicado nesta sexta e não depende de votação.

Com o adiamento, a sessão na Câmara dos Deputados para votar o projeto de resolução está prevista para as 14 horas da segunda-feira e a do Senado, para as 16 horas.

Lançamentos de imóveis residenciais crescem no 3º trimestre, mas vendas caem, diz Cbic

Os lançamentos de imóveis residenciais no Brasil no 3º trimestre subiram 7% sobre o segundo e 13,6% na comparação com o período de julho a setembro de 2020, mas as vendas recuaram em ambas as comparações, com o setor manifestando preocupação com o aumento de custos de materiais de construção e queda no poder de compra da população com encarecimento dos financiamentos.

Segundo números divulgados nesta segunda-feira pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), os dados no acumulado do ano, porém, indicam que 2021 deve fechar como o ano de maior venda e lançamentos da história do setor. Os lançamentos de 171 mil unidades nos nove primeiros meses do ano representam uma alta de 37,6% sobre um ano antes, enquanto as vendas de 78,5 bilhões de reais na métrica VGV representam um crescimento de 33,8% na mesma comparação.

“Esse ano vamos fechar com contratação de 350 mil, 400 mil novos empregos porque vendemos muito bem nos últimos meses, e já tínhamos aumentado 10% no ano passado. Mas o emprego de amanhã precisa da venda de hoje, e ela caiu”, disse o presidente da Cbic, José Carlos Martins, em entrevista a jornalistas.

Ele se referiu às quedas de vendas de 11,2% no terceiro trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores e de 9,5%na comparação com o período de julho a setembro de 2020.

A entidade afirmou que registrou no terceiro trimestre uma “inflexão nas vendas”, motivada principalmente por um aumento dos custos de produção que não foi acompanhado por ajustes nos limites máximos de preços do programa governamental Casa Verde Amarela, que até então representava a maior parte das vendas de unidades do país.

Segundo a Cbic, os ajustes recentemente implantados no programa federal vão ter efeito a partir do quarto trimestre. A entidade também informou que a inflação dos materiais de construção medido pelo INCC “indica que teremos aumentos de preços (de imóveis) nos próximos trimestres”.

Empresas da Zona Franca de Manaus faturam R$ 116,59 bilhões em 2021

As empresas que atuam no Polo Industrial na Zona Franca de Manaus faturaram R$ 116,59 bilhões no período de janeiro a setembro deste ano. Um crescimento de 42,27% em relação ao mesmo intervalo do ano passado, quando o polo registrou R$ 81,95 bilhões de faturamento. Os dados foram repassados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) nesta semana.

O resultado dos noves primeiros meses mantém a previsão de faturamento até dezembro, que deve ficar entre R$ 140 e R$ 145 bilhões. O resultado é impulsionado pelo crescimento do segmento de bens de informática, que representa 27,37% de todo o faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM).

De acordo com o balanço, as exportações também fecharam os nove primeiros meses do ano em alta. Até setembro, o polo teve exportações de US$ 331.92 bilhões, o que indica crescimento de 25,08% na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram o resultado das exportações registrou US$ 265.37 bilhões. A alta, segundo a superintendência, foi impulsionada pela variação da taxa de câmbio.

De acordo com a Suframa, apesar do resultado positivo, a intenção é aumentar a participação das exportações da Zona Franca. “Entre as medidas que estão sendo tomadas, podem ser destacadas a melhoria do ambiente de negócios e as ações de promoção comercial e atração de investimentos realizadas pela Suframa que buscam evidenciar as diversas janelas de oportunidades de negócios existentes no ambiente tecnológico e produtivo da Zona Franca de Manaus”, informou a assessoria do órgão.

Entre os setores que apresentaram desempenho positivo está o de bens de informática, que apresentou faturamento de R$ 31,88 bilhões e crescimento de 48,69% no período de janeiro a setembro. Na sequência vem o setor eletroeletrônico, com faturamento de R$ 25,38 bilhões e crescimento de 22,77%; o de duas rodas, com faturamento de R$ 14,84 bilhões e crescimento de 44,34%; o termoplástico, com faturamento de R$ 10,18 bilhões e crescimento de 76,26%; o metalúrgico, com faturamento de R$ 9,95 bilhões e crescimento de 46,87%; o químico, com faturamento de R$ 9,43 bilhões e crescimento de 36,48%; e o mecânico, com faturamento de R$ 8,13 bilhões e crescimento de 69,48%.

Mercado imobiliário tem redução de 9,5% nas vendas no 3º trimestre

O aumento no custo dos insumos da construção civil e a queda no poder de compra das famílias impactaram os números do mercado imobiliário no país e as vendas de imóveis novos tiveram queda de 9,5% no terceiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. Em relação ao segundo trimestre de 2021, a queda foi de 11,2%.

Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) que apresentou os Indicadores Imobiliários Nacionais, estudo que traz informações sobre lançamentos, vendas, oferta final, preço, além da participação do programa Casa Verde e Amarela no setor. A pesquisa foi realizada em 162 cidade, sendo 20 capitais.

No acumulado do ano, entretanto, houve aumento de 22,6% nas vendas, se comparado com o período de janeiro a setembro de 2020. “O primeiro semestre já nos deu um gás e o ano vai fechar bom, mas o terceiro trimestre mostra queda muito forte nas vendas”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins, durante coletiva virtual para apresentar os dados.

Segundo ele, a inflação de materiais e máquinas, pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), já passa de 30% no período de pandemia e os custos não foram repassados totalmente aos compradores, ou seja, ainda há margem para aumento no preço dos imóveis.

Ele explica que a falta de poder aquisitivo das famílias está segurando esse aumento, já que a inflação geral já chega a 10%, “mas não quer dizer que não vá acontecer mais na frente”.

“A grande esperança é que temos o contínuo interesse na aquisição, as famílias estão querendo imóveis, elas continuam com apetite”, destacou.

Apesar dos bons números no acumulado do ano, Martins alerta que os custos dos insumos podem continuar afetando o setor, consequentemente na geração de empregos. “O emprego de hoje é a venda de ontem. Vamos fechar o ano com contratação de 360 mil a 400 mil novos empregos porque vendemos muito bem nos primeiros nove meses”, disse. “O emprego de amanhã depende da venda de hoje e ela caiu quase 10%, então temos que ter muito cuidado para não termos uma situação delicada no próximo ano”, ressaltou.

Em relação aos lançamentos, houve crescimento de 13,6% no terceiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Em comparação ao trimestre anterior, o aumento foi de 7%. No acumulado do ano, a alta foi de 37,6% nos lançamentos, frente ao resultado de janeiro a setembro do ano passado.

Segundo a CBIC, muitos empreendedores seguraram os lançamentos no ano passado em razão da pandemia e, com a melhora na situação sanitária, estão retomando os negócios. Com isso, o setor está chegando a um equilíbrio entre o volume de lançamentos e vendas.

Touro dourado é removido da frente da B3 após determinação de comissão da prefeitura

O touro dourado foi retirado na noite de terça-feira (23) da frente da B3, a Bolsa de valores de São Paulo, localizada no centro da capital paulista. A retirada aconteceu após decisão da CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana), órgão ligado à Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo.

Após uma reunião realizada na terça-feira (23), os integrantes da comissão decidiram que a peça não tinha licença para estar lá e ainda tinha caráter de peça publicitária. A Bolsa ainda receberá uma multa por ter infringido os artigos 39 e 40 da Lei Cidade Limpa, já que os responsáveis não consultaram a CPPU para realizar a instalação.

Em um encontro extraordinário, a CPPU decidiu por 5 votos a 4, além de uma abstenção, enviar a deliberação para a Subprefeitura da Sé para que a peça seja retirada.

O touro dourado foi inaugurado no último dia 16 de novembro e tem como padrinho o empresário e influenciador digital Pablo Spyer, conhecido na internet como “Vai tourinho”, que é o seu bordão na internet. Spyer, que ocupou o cargo de diretor de importantes corretoras no Brasil, hoje é sócio de outra corretora na empresa que leva o nome do seu bordão.

Um dos pontos que o CPPU utilizou para dizer que a peça é publicitária é o vínculo que Pablo tem com o “touro de ouro”. Afinal, ele apresenta um programa com esse nome na rádio e na TV Jovem Pan. Procurado, Spyer não respondeu às mensagens. Mas, no Twitter, postou um vídeo com o momento da retirada do touro.

Condomínio pode proibir locação por Airbnb, decide STJ

A terceira turma do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que os condomínios podem proibir proprietários de alugarem seus imóveis por uma curta temporada, como os realizados por meio do Airbnb.

A decisão foi no mesmo sentido de outra, realizada pela quarta turma do mesmo tribunal em abril. Na época, os ministros entenderam que as convenções do condomínio poderiam prever a vedação a esse tipo de locação.

Na terça-feira (23), os ministros da terceira turma julgaram um caso específico de um condomínio em Londrina, no Paraná. Um dos proprietários entrou na Justiça depois que o condomínio aprovou a vedação de locação dos imóveis por menos de 90 dias.

O proprietário venceu na primeira instância, mas perdeu no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), o que levou o caso para o STJ.

O entendimento majoritário na turma foi o do ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que relatou o caso. Segundo ele, não haveria ilegalidade na restrição colocada pelo condomínio e esse tipo de locação poderia afetar o sossego e a segurança do local pela alta rotatividade de pessoas.

Na sessão, o ministro Marco Aurélio Bellizze, que havia pedido vista, concordou com o relator e pediu que a decisão deixasse claro que o quórum mínimo para esse tipo de decisão em uma reunião de condomínio seria de dois terços. O relator concordou.

Produção de celulose no Brasil cresce 4,9% no 3º trimestre

A produção de celulose no Brasil cresceu 4,9% no terceiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para 5,6 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), mostrando que o consumo aparente aumentou 16%.

As importações tiveram uma alta de 14,6%, enquanto as exportações encolheram 0,1%.

No segmento de papel, a produção somou 2,7 milhões de toneladas, alta de 4,1% frente ao mesmo trimestre de 2020, com as vendas domésticas avançando 2,9%, enquanto as exportações registraram um acréscimo de 5,2%. As importações, por sua vez, saltaram 34%. O consumo aparente cresceu 5,3%.

Os números do Ibá também mostraram que as vendas domésticas de painéis de madeira recuaram 4,8% no período de julho a setembro ante o mesmo intervalo do ano passado, para 2 milhões de metros cúbicos.

Abimaq: faturamento líquido total do setor cai 6,4% em outubro

O faturamento líquido do setor de máquinas e equipamentos recuou 6,4% em outubro ante setembro, segundo informou na quarta-feira (24), a Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor. Na comparação com igual mês do ano passado o faturamento líquido total do setor caiu 2,2%.

Porém no acumulado do ano mostra crescimento de 25,4% e expansão de 26,3% em 12 meses até outubro.

O consumo aparente do setor de máquinas e equipamentos recuou 2,5% em outubro ante setembro. Na comparação com o mesmo mês no ano passado, o consumo aparente cresceu 2,6%. No ano acumula alta de 18,2% e em 12 meses, expansão de 21,5%.

As exportações caíram 10,5% em outubro em relação a setembro, cresceram 31,6% na comparação com outubro de 2020 e passaram a acumular alta de 31,1% no ano até outubro. No acumulado de 12 meses as exportações cresceram 22,1%.

As importações caíram 2% na margem, avançaram 43,5% na comparação com outubro do ano passado e passaram acumular no ano alta de 24%.

No acumulado de 12 meses até outubro as importações cresceram 23,5%.

Confiança da indústria cai em novembro e vai ao menor nível desde agosto de 2020

A confiança da indústria no Brasil mostrou em novembro queda pelo quarto mês seguido e chegou ao nível mais baixo desde meados de 2020, diante da piora tanto do cenário atual quanto das perspectivas futuras, segundo dados da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A FGV informou na sexta-feira (26) que seu Índice de Confiança da Indústria (ICI) apresentou no mês recuo de 3,1 pontos e foi a 102,1 pontos, menor nível desde agosto de 2020 (98,7 pontos).

“A confiança de novembro sinaliza uma mudança na trajetória de recuperação da indústria de forma disseminada, com 15 dos 19 segmentos apresentando queda da confiança”, destacou a economista do FGV IBRE Claudia Perdigão, em nota.

“A retração da confiança ocorre em um momento em que a inflação avança, reduzindo a capacidade de compra dos consumidores, ao mesmo tempo em que o desemprego continua elevado. Soma-se a esses pontos choques de custos e gargalos de logística. Como resultado, o setor pode terminar 2021 com o otimismo em queda”, completou.

Segundo a FGV, o Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 4,6 pontos e foi a 103,7 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (97,8 pontos).

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 1,6 ponto para 100,3 pontos, menor patamar desde maio desse ano (99 pontos).

Os dados mais recentes do IBGE mostram que a indústria brasileira encerrou o terceiro trimestre com perdas de 1,7% sobre o segundo, depois de recuo da produção de 0,4% em setembro.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (29), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,25%, ante 9,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (29), a projeção para o IGP-M ficou em 18,08%, ante 18,09% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

O mercado recebeu sem muita surpresa a prévia da inflação de novembro, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). O indicador divulgado na manhã de quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), teve alta de 1,17% em novembro frente outubro, o maior valor para o mês desde 2002, quando ficou em 2,08%. Mesmo assim veio praticamente em linha com que os economistas projetavam, um avanço de 1,1%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (29), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 10,15%, ante 10,12% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Ministério da Economia anunciou na quinta-feira (25) que passará a divulgar mensalmente o IAE (Indicador de Atividade Econômica). O índice é medido pela SPE (Secretaria de Política Econômica) e aponta um crescimento de 2% da economia brasileira em outubro de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020.

O Indicador de Atividade Econômica usa dados de alta frequência para acompanhar em tempo real o desempenho de subsetores do PIB (Produto Interno Bruto). Entre os dados considerados, estão volume de notas fiscais, consumo de energia elétrica, fluxo de veículos em rodovias com pedágios e quantidade de voos em 15 aeroportos do país.

Segundo a Secretaria de Política Econômica, essa metodologia permite antecipar em 2 meses o desempenho dos principais subsetores do PIB brasileiro. O objetivo é o acompanhamento tempestivo da atividade econômica. Por isso, o IAE deve ser divulgado sempre do dia 10 ao dia 20 do mês seguinte.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (29), A projeção para o PIB ficou em 4,78%, ante 4,80% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (22), o Ibovespa fechou em queda, e soma agora cinco baixas nos últimos seis pregões, influenciado pelo cenário externo, diante de baixa do Nasdaq (IXIC) e do S&P 500, e pela manutenção das incertezas fiscais no fronte doméstico. O índice Ibovespa teve queda de 0,89%, a 102.122,37 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,1 bilhões.

Na terça-feira (23), o Ibovespa fechou em alta, com suporte de empresas ligadas a commodities, como Petrobras e Vale, enquanto noticiário relacionado à PEC dos Precatórios e ao Auxílio Brasil segue no radar dos investidores, movimentando os negócios. O índice Ibovespa teve alta de 1,5%, a 103.653,82 pontos. O volume financeiro somou R$ 30,8 bilhões.

Na quarta-feira (24), o Ibovespa fechou em alta, segundo dia de recuperação parcial, chegando a testar a linha dos 105 mil pontos no melhor momento da sessão, com desempenho positivo das ações de commodities, siderurgia e bancos. O índice Ibovespa teve alta de 0,83%, a 104.514,19 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,9 bilhões.

Na quinta-feira (25), o Ibovespa fechou em alta, em sessão com pouca liquidez já que o índice não contou com o suporte do mercado norte-americano, fechado por conta de feriado. Os papéis da Petrobras (SA:PETR4) foram o principal fator de influência para a alta do Ibovespa, apesar de uma sessão morna para o petróleo. O índice Ibovespa teve alta de 1,24%, a 105.811,25 pontos. O volume financeiro somou R$ 26,6 bilhões.

Na sexta-feira (26), por volta das 12h43, o índice Ibovespa operava em forte queda de 3,68%, a 101.914,33 pontos. Com o pânico no exterior acerca da nova variante do Coronavírus encontrada na África do Sul. As incertezas quanto à descoberta da Organização Mundial da Saúde, informada na véspera (25), levam os investidores a preferirem não se comprometer e desfazer posições, o que afeta principalmente os papéis globais ligados à retomada, como os de companhias aéreas. Em dia de Black Friday, nem mesmo as varejistas conseguem amenizar as perdas. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 3,39%, fechando a 102.224,26 pontos. O volume financeiro somou 27,2 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (26), por volta das 12h54, o dólar registrava alta de 0,40%, cotado a R$ 5,5870 na venda. O dólar chegou a saltar mais de 1% frente ao real na manhã de sexta-feira (26), acompanhando movimento internacional de aversão a risco em meio ao pânico de investidores com a descoberta de uma nova variante do Coronavírus possivelmente resistente a vacinas.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (26) cotado a R$ 5,5961, o dólar subiu frente ao real na sexta-feira (26), acompanhando movimento internacional de aversão a risco em meio ao pânico de investidores com a descoberta de uma nova variante do Coronavírus.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
29/11/2021