Cenário Econômico Nacional – 13/12/2021

Cenário Econômico Nacional – 13/12/2021

Cenário Econômico Nacional – 13/12/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Governo estima que arrecadação maior pode compensar gasto extra com PEC dos Precatórios
  • Mapa do endividamento no Brasil bate recorde: 75% das famílias têm dívidas
  • Mercado financeiro prevê inflação acima de 5% em 2022 e estouro da meta pelo segundo ano seguido
  • Governo federal fechará 2021 com déficit primário de 1% do PIB, diz Guedes
  • Guedes: tem havido muito barulho sobre situação fiscal no Brasil
  • Taxa Selic sobre para 9,25%, maior patamar nos últimos 4 anos
  • Crise afetava negócios de 96% das micro e pequenas indústrias de SP em novembro
  • Consumo das famílias cresceu 4,95% em outubro
  • IPCA: inflação desacelera em novembro, mas chega a 10,74% em 12 meses
  • Após decisão de Barroso, governo deve editar nova portaria e cobrar certificado de vacina
  • Bolsonaro assina nomeação de Mendonça para STF; posse será dia 16 de dezembro
  • Derrotado em prévias do PSDB, governador do RS, Eduardo Leite, se encontra com Sergio Moro
  • Pacheco e Lira reúnem-se com líderes para discutir fatiamento de PEC dos Precatórios
  • Irritado com Barra Torres, Bolsonaro mandou cancelar reunião sobre passaporte da vacina
  • Rosa Weber libera pagamento das emendas do ‘orçamento secreto’
  • Aliados temem esvaziamento de Bolsonaro com polarização precoce entre Lula e Moro
  • Congresso promulga primeira parte da PEC dos Precatórios
  • Câmara aprova projeto que atualiza regras do Fundeb, mas ainda deixa pendências para 2023
  • Senado aprova nova prorrogação de desoneração para 17 setores
  • Ministério da Economia pede ao Congresso que inclua R$ 100 bilhões no projeto do Orçamento 2022
  • Crédito Brasil Criativo libera R$ 408 milhões para setor cultural
  • Gol tem alta de 17% na demanda por voos em novembro sobre um ano antes
  • Montadoras esperam nova queda de produção em dezembro por falta de componentes, diz Anfavea
  • E-commerce volta a crescer na Black Friday, mas entrega ainda é ‘gargalo’
  • Pequenos negócios geraram quase 80% das vagas de trabalho em outubro
  • Hotel Maksoud fecha definitivamente no Centro de SP após 42 anos
  • Anac publica decisão sobre contrato de concessão do aeroporto de Guarulhos
  • 62% das empresas planejam voltar ao trabalho presencial; 78% dos profissionais que preferem home office cogitam trocar de emprego
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Governo estima que arrecadação maior pode compensar gasto extra com PEC dos Precatórios

Diante de surpresas positivas na arrecadação tributária, a equipe econômica está refazendo cálculos e deve apresentar uma revisão das projeções para o resultado primário do governo federal, informaram membros do governo que participam do acompanhamento fiscal.

Com as mudanças, o salto nas receitas deve compensar o gasto extra promovido pela PEC dos precatórios disseram as fontes, falando nesta sexta-feira sob a condição de anonimato.

Os novos cálculos apontam para um déficit primário equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (42 bilhões de reais) no fim do ano que vem. Em outubro, a equipe econômica estimava que o governo encerraria 2022 com um déficit de 1,5% do PIB por conta dos gastos extras da PEC dos Precatórios.

Nos últimos meses, o governo vem registrando resultados expressivos de arrecadação, com recordes históricos na maior parte dos resultados mensais, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem argumentado que parte desse aumento é estrutural.

Para este ano, duas fontes do governo afirmam que a previsão de déficit de 1,1% do PIB (95 bilhões de reais) pode ser alterada para um patamar melhor. Quando incluídas as contas de Estados e municípios, há a expectativa de que haja um superávit já em 2021.

Ao apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2022, em agosto, o governo estimou que o déficit do governo geral seria de 1,2% do PIB neste ano e de 0,5% em 2022. Agora, os números foram para déficit de 1,1% do PIB neste ano e 0,4% do PIB em 2022.

Em relação à despesa total do governo, o PLOA previa o patamar de 17,5% do PIB em 2022. Agora, o cálculo aponta para 18,0% do PIB.

Pelos cálculos do ministério da Economia, a PEC dos Precatórios criará um espaço adicional de 106 bilhões de reais em 2022. O texto limita os gastos do governo com sentenças judiciais, abrindo margem de 62,2 bilhões de reais, além de alterar a forma de cálculo do teto de gastos, gerando ganho de 43,8 bilhões de reais.

Segundo uma fonte da pasta, o espaço já foi integralmente ocupado, havendo inclusive uma insuficiência de 2,6 bilhões de reais, que precisarão ser cortados em despesas discricionárias.

A maior parte dessa margem foi ocupada pelo Auxílio Brasil e benefícios previdenciários. Há promessas do presidente Jair Bolsonaro que não foram incluídas nessa conta, como o auxílio diesel a caminhoneiros e o reajuste salarial a servidores públicos.

Mapa do endividamento no Brasil bate recorde: 75% das famílias têm dívidas

A pesquisa realizada pela Serasa revela os motivos de endividamento no país nos últimos 12 meses. Com o baque da pandemia, o desemprego se tornou a maior causa de dívidas dos brasileiros. Três em cada dez inadimplentes estão sem trabalho. A pesquisa também mostra que a média das dívidas é de R$ 4 mil.

A pesquisa revela que a maioria das pessoas sente muita vergonha da dívida. Foi o que 88% dos entrevistados afirmaram. Ficar devendo também acaba prejudicando o trabalho para 76%, os relacionamentos familiares para 64%, com os parceiros para 62%, e a vida social de 84%.

Mas um feirão de negociação de dívidas, organizado pela Serasa, já permitiu que 2,7 milhões de brasileiros limpassem seus nomes. Matheus, que trabalha na instituição, conta que percebe na população uma grande vontade de pagar suas dívidas.

“Ninguém fica numa fila daquela porque quer, é porque precisa. Porque tem o orgulho próprio de querer pagar aquela dívida e recomeçar.”

Mercado financeiro prevê inflação acima de 5% em 2022 e estouro da meta pelo segundo ano seguido

O mercado financeiro passou a prever que a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficará acima de 5% em 2022, o que, caso se confirme, representará o estouro da meta pelo segundo ano consecutivo.

A informação consta do relatório “Focus”, divulgado na segunda-feira (06) pelo Banco Central (BC). As projeções foram colhidas na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.

A meta central de inflação para o ano que vem, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2% e 5%. O mercado financeiro, porém, já projeta 5,02%.

Para 2021, o centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%.

Mas, com a inflação superando 10,7% em 12 meses a prévia de novembro, o próprio BC já admitiu oficialmente que a meta não será cumprida neste ano.

O principal instrumento do Banco Central para conter a propagação da alta de preços é a taxa básica de juros, que é definida com base no sistema de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic, e a reduz quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas.

A instituição também pode atuar no mercado de câmbio, vendendo dólares nos mercados à vista e futuro, para impedir uma contaminação dos preços pela alta da moeda. Entretanto, o BC tem informado que suas atuações no mercado de câmbio visam apenas corrigir distorções e prover liquidez, não tendo como objetivo oficial conter a inflação.

Autoridades do BC afirmaram em diversas ocasiões, nos últimos meses, que seguem mirando na meta de inflação de 2022, ou seja, calibrando a taxa Selic para atingir o objetivo fixado para o próximo ano.

E, para isso, o Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias, tem optado por uma estratégia de gradualismo: aumento sucessivo dos juros em doses menores, ao invés de uma puxada maior de uma vez na taxa Selic.

O Copom começou a subir os juros em março de 2021, quando a taxa avançou para 2,75% ao ano (a primeira elevação em quase seis anos). Em outubro, na sexta alta seguida, a taxa avançou para 7,75% ao ano. O mercado prevê, até o momento, que a taxa avançará para 9,25% ao ano em dezembro, na última reunião do Copom em 2021, e para 11,25% ao ano até o fim de 2022.

Governo federal fechará 2021 com déficit primário de 1% do PIB, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o déficit primário do governo federal deve ficar em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no encerramento deste ano e em 0,5% do PIB em 2022, o que representa uma recuperação na trajetória das contas públicas após déficit de 10,5% do PIB em 2020.

Em apresentação durante o prêmio anual do Tesouro Nacional, o ministro disse que a atuação da equipe econômica tem foco na área fiscal.

“É o fiscal que dirige todo o processo. Nós derrubamos e controlamos a trajetória futura dos gastos com Previdência, os juros, os gastos com salários do funcionalismo, que estavam fora de controle, e, finalmente, essa jabuticaba brasileira, que foram os precatórios”, disse.

De acordo com o ministro, o descontrole das trajetórias futuras de gastos do governo tem relação com problemas que o país já enfrentou, como hiperinflação, elevação da dívida pública, juros altos, aumento de impostos, baixo crescimento e corrupção.

Guedes: tem havido muito barulho sobre situação fiscal no Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na terça-feira (07), que a classe política faz muito ruído sobre a situação fiscal no Brasil quando, segundo ele, o governo vem reduzindo o rombo das contas primárias como proporção do PIB.

Ao participar de fórum da consultoria Eurasia, Guedes salientou que, contrariando previsões de queda de 10% do PIB no ano passado, o Brasil caiu menos e se recuperou mais rápido, sem perder empregos formais na crise.

O ministro da Economia disse que o governo tinha um compromisso duplo de colocar o dinheiro necessário no enfrentamento da pandemia e, ao mesmo tempo, respeitar as gerações futuras, de modo que, após a expansão fiscal na crise sanitária, “nenhum outro país” promoveu política fiscal mais contracionista do que o Brasil.

Guedes projetou que, mesmo com o aumento das despesas com o Auxílio Brasil, o déficit primário deve cair para 0,5% do PIB no ano que vem. Ele lembrou que, no primeiro ano do governo, o rombo já tinha sido reduzido de perto de 2% para 1%, porém a pandemia exigiu que subisse para acima de 10% do PIB.

Após prever crescimento de 5% da economia neste ano, Guedes disse que o Auxílio Brasil eleva de 17% para 18,5% o gasto público como proporção do PIB previsto para o ano que vem. “Posso assegurar que os políticos estão fazendo muito barulho sobre a situação fiscal”, afirmou o ministro.

Taxa Selic sobre para 9,25%, maior patamar nos últimos 4 anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aprovou, por unanimidade, a elevação da taxa Selic de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão foi tomada na quarta-feira (08). Esse é o sétimo aumento consecutivo na taxa desde janeiro, quando a taxa se encontrava em 2% ao ano.

A Selic é reformulada a cada 45 dias pelo Copom, podendo aumentar, diminuir, ou se manter estável. Ela é utilizada pelo Banco Central (BC) para conter a inflação.

Se a inflação cresce, o BC aumenta a Selic. Quando a inflação cai, o BC reduz.

Por influenciar todas as demais taxas de juros, como empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras, ao aumentar a Selic, o Banco Central está desestimulando o consumo, o que favorece a queda da inflação.

Por ser o sétimo aumento seguido e retornar ao patamar de julho de 2017, o anúncio de hoje demonstra a preocupação do Banco Central em manter a meta inflacionária central de 3,50% para o próximo ano, que será considerada cumprida se o índice ficar entre 2% a 5%.

Para este ano de 2021, a meta central estabelecida foi de 3,75% (podendo ser cumprida caso chegasse a 5,25%). No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação atingiu a marca de 10,73%. O maior patamar desde fevereiro de 2016, e mais que o dobro da meta central.

Crise afetava negócios de 96% das micro e pequenas indústrias de SP em novembro

A crise afetava os negócios de 96% das micro e pequenas indústrias paulistas no mês de novembro, segundo pesquisa do Sindicato da Micro e Pequena Indústria no Estado de São Paulo (Simpi), encomendada ao Datafolha. Mais da metade (54%) dos pequenos empresários industriais afirmava que a crise é forte, afeta muito os negócios, e não há previsão de quando a economia voltará a crescer.

Outros 42% dos entrevistados acreditam que a crise está mais fraca e ainda afeta os negócios, mas que a economia deve voltar a crescer nos próximos meses. Apenas 3% dos pequenos industriais paulistas estão satisfeitos com a situação atual dos negócios e veem a economia crescendo novamente.

A coleta de dados para a pesquisa ocorreu de 19 a 30 novembro. Segundo o presidente do Simpi, Joseph Couri, os resultados apontam para mais um período de retração nos negócios, contrariando as expectativas de aumento na demanda por causa das festas de fim de ano.

“Teve uma conjunção de fatores: alta da inflação, perda de poder de compra das pessoas, somado a isso tem a diminuição do consumo, a elevação do custo do dinheiro (alta dos juros). Todos esses fatores relacionados à recessão”, justifica Couri.

O empresário ressalta que há um porcentual elevado de micro e pequenas indústrias com dificuldades financeiras. Apenas uma em cada dez indústrias (10%) tinham capital de giro mais do que suficiente para manter os negócios em novembro. Por outro lado, 43% declararam ter capital de giro insuficiente ou muito pouco, enquanto outros 46% tinham exatamente o necessário.

“Chegamos ao final do ano, quando deveríamos ter aumento de produção, mas, infelizmente, os pedidos não vieram”, relatou Couri. “Então você pega o dinheiro necessário para passar o mês, metade das empresas tem o que precisa, o resto não tem”, acrescentou.

Consumo das famílias cresceu 4,95% em outubro

Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta crescimento de 4,95% no consumo entre as famílias brasileiras no mês de outubro, na comparação com setembro. Houve, entretanto, desaceleração de 0,24% em relação a outubro de 2020. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, foi registrado alta de 3,14%.

O levantamento inclui o índice Abrasmercado, medição feita com uma cesta de 35 produtos de largo consumo, como alimentos (incluindo cerveja e refrigerante), higiene, beleza e limpeza doméstica.

No mês de outubro, o gasto com esses produtos manteve a tendência de alta e fechou em R$ 700,04, aumento de 2,20% em relação a setembro. No comparativo com outubro do ano passado, a cesta ficou mais cara em 17,27%. Cuiabá apresentou a cesta mais barata do país (R$ 540,07), enquanto Porto Alegre teve a cesta mais cara, no valor de R$ 795,45.

Os grandes vilões da alta do preço, na comparação de setembro com outubro deste ano, foram o tomate (28,77%), a batata (24,05%), o frango congelado (6,33%), o café torrado e moído (6,11%) e o açúcar (4,79%). Tiveram as maiores baixas a cebola, o feijão e o extrato de tomate, com quedas de 5,17%, 2,27% e 1,95%, respectivamente.

IPCA: inflação desacelera em novembro, mas chega a 10,74% em 12 meses

Puxado mais uma vez pela alta da gasolina, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,95% em novembro, após ter registrado taxa de 1,25% em outubro, segundo os dados divulgados na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar de ter desacelerado na comparação com a inflação de outubro, foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015 (1,01%).

Com o resultado, o IPCA acumula alta de 9,26% no ano e de 10,74% nos últimos 12 meses, acima do registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (10,67%). Trata-se do maior índice para um intervalo de 1 ano desde novembro de 2003, quando a taxa foi de 11,02%.

A inflação acumulada em 1 ano permanece também mais do que o dobro do teto da meta fixada pelo governo para 2021 (5,25%).

O resultado veio um pouco abaixo do que o esperado. A mediana de 37 projeções de consultorias e instituições financeiras compiladas pelo Valor Data apontava para uma taxa de 1,1% em novembro. No acumulado em 12 meses, a mediana das estimativas indicava alta de 10,9%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 ponto percentual) vieram dos custos do grupo Transportes.

O grande destaque mais uma vez foi a alta da gasolina (7,38%), que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA do mês (0,46 p.p.), respondendo por praticamente metade da taxa de inflação do mês.

Houve altas expressivas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).

Com o resultado de novembro, a gasolina acumula, em 12 meses, alta de 50,78%, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.

Os preços dos automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%) também pesaram na inflação do mês. Já as passagens aéreas recuaram 6,12% em novembro, após as altas de 28,19% em setembro e 33,86% em outubro.

Em habitação, os custos foram novamente pressionados pela energia elétrica (1,24%) e pela alta de 2,12% no gás de botijão, que já subiu 38,88% nos últimos 12 meses.

A inflação foi também menos disseminada em novembro do que em outubro. O índice de difusão passou de 67% para 63%. O indicador reflete o espalhamento da alta de preços entre os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

A inflação de serviços também desacelerou de 1,04% em outubro para 0,27% em novembro.

Após decisão de Barroso, governo deve editar nova portaria e cobrar certificado de vacina

Reunião ocorrida no Palácio do Planalto no domingo (12) discutiu uma nova portaria interministerial para adequar as regras de entrada de passageiros no País após a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou no sábado (11) a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

A Casa Civil confirmou ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que se reuniram no domingo (12) representantes da Casa Civil, Ministério da Saúde, Infraestrutura e Relações Exteriores, além da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e AGU (Advocacia-Geral da União), que analisa possível recurso à decisão do ministro. Segundo apurou a reportagem, a AGU vai esperar a notificação do STF para avaliar a possibilidade de recorrer.

A reunião durou mais de quatro horas. De acordo com a Casa Civil, participaram técnicos dos órgãos envolvidos, nenhum ministro estava presente. A nova portaria, segundo a Casa Civil, deve ser publicada o mais rápido possível, já que a decisão de Barroso passa a valer a partir da notificação dos órgãos do governo envolvidos no controle das fronteiras. A comunicação oficial deve sair do STF na segunda-feira (13).

Agora, os viajantes que não puderem comprovar a imunização serão impedidos de entrar no País. Barroso levou em consideração o avanço da variante Ômicron. Onze casos da nova cepa já foram confirmados em território nacional. Barroso justificou sua decisão do último sábado ao falar sobre a gravidade da pandemia, sobretudo “com a existência de autoridades negacionistas”. A ordem foi dada em uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade, que acusa o governo de “omissão” por não revisar as restrições para desembarques internacionais, como recomenda Anvisa.

Antes do despacho do ministro, o governo federal sinalizou que o passaporte de vacina poderia ser substituído por uma quarentena de cinco dias para não vacinados, mas a medida, que passaria a valer a partir do último sábado, foi adiada em uma semana após o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde. A invasão tirou do ar dados de vacinação contra a Covid-19 de usuários que acessam a plataforma Conecte SUS.

A decisão de Barroso foi tomada em caráter liminar. Ao determinar que o governo federal exija o comprovante de vacinação para viajantes que entrarem no Brasil, o ministro do STF solicitou que o processo fosse incluído para julgamento no Plenário Virtual do Supremo. A ministra Rosa Weber, presidente em exercício da Corte, marcou o início do julgamento para a próxima quarta-feira (15), com término na quinta-feira (16), às 23h59. A Corte entre em recesso no dia 17.

Bolsonaro assina nomeação de Mendonça para STF; posse será dia 16 de dezembro

O presidente Jair Bolsonaro assinou o ato de nomeação de André Mendonça a uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e informou que a posse do magistrado vai ocorrer no dia 16 de dezembro.

Segundo Bolsonaro, a data já está acertada com o presidente da Corte, Luiz Fux, de forma a preencher a vaga com celeridade e permitir que o tribunal funcione “em sua plenitude”.

“Agora há pouco o André esteve aqui na Presidência e nós assinamos o ato de nomeação do André Mendonça. E ele vai tomar posse, já acertada com o ministro Fux, no próximo dia 16”, disse o presidente na transmissão semanal ao vivo por redes sociais.

A indicação de Mendonça para o STF foi aprovada pelo Senado Federal na véspera, após mais de quatro meses de espera para que seu nome fosse analisado, ele enfrentava resistências entre senadores.

Bolsonaro lembrou que a indicação de Mendonça, um pastor, obedeceu a compromisso assumido por ele de escolher um nome “terrivelmente evangélico”.

De acordo com o presidente, o novo ministro “vai defender na íntegra a nossa Constituição, defender a democracia e defender a liberdade”.

Durante a sabatina, Mendonça sinalizou a críticos ao defender a laicidade do Estado. Mas uma vez chancelado pelo plenário do Senado, o novo ministro afirmou que sua condução à Corte é um “salto” na história dos evangélicos do país.

Derrotado em prévias do PSDB, governador do RS, Eduardo Leite, se encontra com Sergio Moro

O ex-juiz Sergio Moro e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), se reuniram no sábado (04) em Porto Alegre.

O encontro ocorre uma semana depois da conclusão das prévias do PSDB, em que o governador de São Paulo, João Doria, foi escolhido como pré-candidato do partido à Presidência nas eleições de 2022. Leite ficou em segundo lugar.

As prévias do PSDB foram marcadas por divergências entre os pré-candidatos, que dividiram posições dentro da legenda. Ao longo da pré-campanha, Doria e Leite trocaram farpas, e a demora para a conclusão da votação (houve problema no aplicativo usado pelo partido) acabou agravando a crise entre os governadores.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, chegou a dizer que as prévias geravam “racha” no partido e que o vencedor terá de “lamber as feridas internas” e unificar a legenda.

Após o anúncio do resultado, o ex-prefeito e ex-senador Arthur Virgílio, que ficou em terceiro na disputa, afirmou que a prioridade agora será “unir o partido”.

Responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, e ex-ministro da Justiça e ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao Podemos em novembro de 2021. Dias depois, declarou que é pré-candidato ao Planalto.

Moro tem ido ao Congresso para costurar alianças para a sua candidatura. Saiu do governo fazendo críticas ao presidente Jair Bolsonaro e intensificou essa postura na condição de pré-candidato.

O ex-juiz também busca crescer como o principal nome da chamada terceira via, como vem sendo chamada a movimentação em torno de um nome que consiga atrair o eleitorado que resiste às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL), considerados, hoje, os nomes mais fortes na corrida ao Planalto.

Dória também tenta se firmar como opção para essa terceira via.

Ainda não houve um lançamento oficial da pré-candidatura de Moro, mas a cúpula do Podemos tem dito que ele é o nome do partido para 2022.

Por meio de uma rede social, Eduardo Leite disse que recebeu Moro neste sábado “para uma boa conversa”.

Pacheco e Lira reúnem-se com líderes para discutir fatiamento de PEC dos Precatórios

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reuniram com líderes de bancada para discutir a promulgação de partes da PEC dos Precatórios, o chamado “fatiamento”, informou a assessoria da presidência da Câmara.

Segundo uma fonte que acompanha as negociações, parlamentares estão perto de um acordo para essa promulgação fatiada, em sessão do Congresso Nacional ainda sem data, na tentativa de possibilitar o pagamento do Auxílio Brasil ainda neste ano. As resistências de senadores à promulgação parcelada estariam sendo vencidas, de acordo com essa fonte.

A Proposta da Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios altera as regras do pagamento dos precatórios, dívidas do governo cujo pagamento foi determinado pela Justiça, e modifica o prazo de correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidas adotadas de forma a abrir um espaço fiscal de mais de 100 bilhões de reais, de forma a possibilitar o pagamento do novo programa social.

Já analisada pelas duas Casas do Congresso, a PEC foi bastante modificada em sua tramitação no Senado.

Pelas regras regimentais e constitucionais, só pode ser promulgado o conteúdo em que as duas Casas do Congresso concordam. Por isso mesmo, após a aprovação no Senado, ela foi devolvida à Câmara. O fatiamento de PECs é um instrumento a que parlamentares frequentemente recorrem. Nesse caso, os dispositivos em que há divergência teriam que passar novamente por todo o trâmite na Câmara: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e comissão especial, antes de dois turnos de votação em plenário.

Na última semana, Lira já reconhecia que não haverá tempo hábil ainda neste ano para a análise na Câmara da parte pendente. Podem entrar na lista de temas a serem deixados para depois as alterações promovidas pelo relator da proposta no Senado, o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

O senador mudou o conteúdo da PEC para determinar, por exemplo, que o auxílio terá caráter permanente e retirou do texto medidas relacionadas à securitização de dívidas tributárias, tema que não contava com consenso na Casa.

Inseriu, por outro lado, dispositivos que vinculam o espaço fiscal a ser aberto com a mudança na regra de quitação dos precatórios à ampliação de programas sociais de combate à pobreza e à extrema pobreza, saúde, Previdência e assistência social.

“Outra sugestão que acolhemos, é a de reduzir o tempo em que o sublimite para precatórios vigorará. Em vez de vigorar por todo o tempo do Novo Regime Fiscal, ou seja, até 2036, o sublimite irá até 2026, dando tempo suficiente para o Poder Executivo melhor acompanhar o processo de apuração e formação dos precatórios e seus riscos fiscais, mas sem criar um passivo de ainda mais difícil execução orçamentária”, disse o relator no parecer aprovado pelo Senado.

Irritado com Barra Torres, Bolsonaro mandou cancelar reunião sobre passaporte da vacina

O presidente Bolsonaro (PL) tem demonstrado irritação com o protagonismo do diretor-geral da Anvisa, Barra Torres, que vem defendendo medidas técnicas para combater a pandemia do Coronavírus.

O mais novo foco de ira do presidente ocorreu nesta segunda-feira (6), quando o governo cancelou em cima da hora uma reunião que havia sido convocada para debater, com técnicos da Anvisa, a adoção da exigência de um passaporte da vacina para viajantes que desejem entrar no Brasil.

O motivo oficial do cancelamento não foi informado. Mas, segundo auxiliares do presidente relataram, Bolsonaro mandou cancelar a reunião assim que soube que a agência comandada por Barra Torres “iria apresentar novas medidas de restrição”.

Bolsonaro tem criticado nos bastidores o diretor-geral da Anvisa. Na versão de auxiliares de Bolsonaro, Barra Torres foi indicado por Bolsonaro em 2020 como uma espécie de “prêmio de consolação” por não ter sido ministro da Saúde após a saída de Mandetta. A expectativa do presidente com Torres, que é militar, era de um diretor alinhado com as teses negacionistas do Planalto, como fez Eduardo Pazuello na Saúde, mas o que não aconteceu na Anvisa.

Apesar da irritação, afirmam aliados, o problema é que Bolsonaro não pode demitir o diretor, já que se trata de um cargo com mandato. Então, o presidente demonstra sua insatisfação com o trabalho da agência com decisões como a de ontem, cancelando o encontro com a agência.

A Anvisa vem defendendo, nas últimas semanas, que o Brasil exija comprovante de vacinação ou “autoquarentena” obrigatória para os passageiros que cheguem ao país. O presidente Jair Bolsonaro diz ser contra a medida e o governo, até agora, não adotou nenhuma medida nesse sentido.

Rosa Weber libera pagamento das emendas do ‘orçamento secreto’

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber liberou, na segunda-feira (06), a retomada da execução orçamentária das emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, no Orçamento de 2021.

Na decisão, Rosa Weber diz que devem ser observadas as regras do ato conjunto aprovado pelo Congresso Nacional na última semana para dar transparência às emendas.

O “orçamento secreto” é como ficaram conhecidas as emendas parlamentares pagas na modalidade “emendas de relator”. Ao contrário das emendas individuais, que seguem critérios bem específicos e são divididas de forma equilibrada entre todos os parlamentares, as emendas de relator não seguiam critérios usuais e beneficiam somente alguns parlamentares.

Em novembro, ao analisar ações dos partidos Cidadania, PSOL e PSB, a ministra determinou a suspensão do pagamento dessas emendas. Na mesma decisão, pediu a adoção de total transparência e publicidade nessas movimentações financeiras. A decisão individual de Rosa Weber foi confirmada pelos colegas, por 8 votos a 2.

“Ante o exposto, acolho o pedido formulado pelos Senhores Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, “ad referendum” do Plenário desta Corte, e para tanto estou a solicitar, nesta mesma data, ao Presidente do STF, a inclusão desta ADPF em sessão virtual extraordinária, para afastar a suspensão determinada pelo item “c” da decisão cautelar anteriormente proferida, autorizando, dessa forma, a continuidade da execução das despesas classificadas sob o indicador RP 9, devendo ser observadas, para tanto, no que couber, as regras do Ato Conjunto das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal nº 1, de 2021, e a Resolução nº 2/2021-CN. À Secretaria Judiciária. Publique-se. Intime-se, com urgência”, diz a decisão de Rosa Weber.

Aliados temem esvaziamento de Bolsonaro com polarização precoce entre Lula e Moro

Interlocutores políticos do presidente Jair Bolsonaro já demonstram preocupação com a polarização precoce entre o ex-juiz Sergio Moro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a Lava Jato muito antes do período eleitoral.

O temor de aliados próximos do presidente é de que esse debate antecipado entre Lula e Moro possa esvaziar o próprio Bolsonaro na corrida sucessória.

Nesta terça-feira (07), o pedido do Ministério Público Federal pelo arquivamento do processo contra Lula no caso triplex, sob o argumento de prescrição, trouxe um embate direto entre Moro e o ex-presidente.

Numa conversa recente, Moro disse que sua presença na eleição do próximo ano também teria o papel de defender o legado da Lava Jato, que passaria a sofrer ataques não só de Lula, mas também de Bolsonaro.

Até aqui, toda a estratégia de Bolsonaro era estabelecer o confronto direto com Lula. E com essa polarização, impedir o crescimento da chamada terceira via.

Mas numa “live” recente, o presidente passou a atacar Moro e disse que as trocas de mensagens entre o ex-juiz e procuradores da Lava Jato eram “vergonhosas”. Em entrevista à “Rádio O Povo CBN”, do Ceará, Moro disse que as pessoas sabem “quem é quem”.

Congresso promulga primeira parte da PEC dos Precatórios

O Congresso Nacional promulgou na tarde de quarta-feira (08) parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 23/21, conhecida como PEC dos Precatórios. A cerimônia contou com a presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.

A agora Emenda Constitucional 113/21 é essencial para viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, criado para substituir o programa Bolsa Família. “O nosso esforço é em função da necessidade de dar sustentação do programa social Auxílio Brasil”, disse Pacheco, durante a cerimônia.

De acordo com nota informativa da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, a promulgação da parte comum da PEC dos Precatórios, sobre a qual as duas casas legislativas não têm divergências, vai abrir o espaço fiscal de R$ 64,9 bilhões no Orçamento de 2022. Os recursos se devem à mudança da fórmula de cálculo da atualização dos limites do teto de gastos. A nota técnica diz que o dinheiro só poderá ser usado nas despesas de saúde, previdência e assistência social, rubrica em que está incluso o Auxílio Brasil.

As partes alteradas durante a votação do Senado, há uma semana, voltaram para a Câmara e terão de ser analisadas novamente. De acordo com Lira, esses pontos serão apensados a outra PEC sobre o assunto e serão apreciados na próxima terça-feira (14).

As partes não convergentes que deverão ser apreciadas pela Câmara na próxima terça (14) liberarão mais R$ 43,56 bilhões. Destes, R$ 39,485 bilhões serão abertos com o limite de pagamento para precatórios. Esses recursos poderão ser utilizados em despesas vinculadas à seguridade social, incluindo o programa Auxílio Brasil. Por fim, R$ 4,08 bilhões serão abertos com os precatórios parcelados fora do limite. Esses recursos não têm nenhuma restrição de uso.

Câmara aprova projeto que atualiza regras do Fundeb, mas ainda deixa pendências para 2023

Por 421 votos a 1, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (08) um projeto de lei que atualiza a legislação que regulamenta o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), principal mecanismo de financiamento da educação básica no país.

O texto, no entanto, adia de 2021 para 2023 a definição dos chamados “fatores de ponderação”, que vão definir o rateio dos recursos entre estados e municípios. O texto aprovado vai ao Senado.

Promulgado em agosto do ano passado pelo Congresso Nacional, o novo Fundeb passou a fazer parte da Constituição e se tornou um fundo permanente. Antes, o fundo tinha prazo de validade e acabaria no fim de 2020.

Em dezembro do ano passado, o Parlamento já havia aprovado um projeto que regulamentava o fundo. Contudo, algumas correções ainda precisavam ser feitas, segundo os deputados.

Uma das mudanças no texto também amplia a definição dos “profissionais da educação” para áreas administrativas. No novo modelo, 70% do Fundeb pode ir para o pagamento de salários de profissionais da educação.

Pela proposta, os profissionais de educação são: docentes, profissionais no exercício de funções de suporte pedagógico direto à docência, de direção ou administração escolar, planejamento, inspeção, supervisão, orientação educacional, coordenação e assessoramento pedagógico, e profissionais de funções de apoio técnico, administrativo ou operacional, em efetivo exercício nas redes de ensino de educação básica.

Deputados da oposição queriam retirar a expressão “profissionais no exercício de funções de suporte pedagógico direto à docência”, por considerarem a definição muito ampla.

Senado aprova nova prorrogação de desoneração para 17 setores

O Senado Federal aprovou na quinta-feira (09) projeto de lei (PL) 2.541/21, que prorroga por dois anos a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia. O texto segue para a sanção presidencial.

Apesar de alguns senadores terem argumentado sobre a inclusão de certas atividades empresariais, o PL não sofreu alterações. Caso houvesse algum acréscimo, o projeto retornaria para a Câmara para ser novamente apreciado. O relator, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), alegou que havia a necessidade de garantir a renovação antes do fim do ano. “Estamos diante da iniquidade temporal. O dia 31 de dezembro é o prazo fatal”, afirmou em plenário.

A desoneração aprovada engloba 17 setores, entre eles: comunicação, tecnologia da informação (TI), transportes coletivos urbanos rodoviários e metroviários, construção civil e têxtil e infraestrutura, fabricação de veículos e derivados e outros.

A desoneração de folha é uma forma de mudar a contribuição paga por empresas para incentivar o crescimento de setores e a geração de empregos. Ao invés da contribuição regular de 20% sobre a folha de salários, as empresas desoneradas pagam apenas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta gerada no ano. A estimativa do Ministério da Economia é que 6 milhões de empregos formais sejam preservados com a desoneração.

Durante a sessão, senadores argumentaram que as sucessivas prorrogações da lei de desoneração (lei 12.546 de 2011) são nocivas, já que não constituem uma regra permanente para os setores e comprometem o planejamento orçamentário das empresas.

Com as desonerações, a estimativa é que o governo deixe de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões em 2021.

Ministério da Economia pede ao Congresso que inclua R$ 100 bilhões no projeto do Orçamento 2022

O Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso para pedir que sejam incluídos R$ 100 bilhões adicionais em gastos no projeto do Orçamento de 2022 e considerou R$ 415 como valor do benefício médio do Auxílio Brasil no ano que vem.

De acordo com a pasta, o ajuste é necessário em razão da promulgação de parte da PEC dos Precatórios nesta quarta e de uma projeção mais alta para a inflação deste ano.

Nos cálculos da Economia, a parte da PEC dos Precatórios que foi promulgada deve abrir espaço de R$ 62,2 bilhões no teto de gastos do ano que vem. Se o restante da proposta também for aprovado e entrar em vigor, a folga deve subir para R$ 106,1 bilhões.

O ofício assinado pelo ministro Paulo Guedes aponta que a correção pela inflação dos benefícios da Previdência, do seguro-desemprego, do abono salarial, entre outros, custará R$ 33,5 bilhões.

Outros R$ 5,5 bilhões serão necessários para cobrir outros gastos obrigatórios, como salários de servidores, ajustes no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e subsídios a fundos constitucionais.

Como os gastos são obrigatórios, ou seja, não podem ser cortados, o ministério avalia ser “prudencial” que sejam incluídos no Orçamento antes da aprovação.

“A sugestão de alteração refere-se a despesas obrigatórias que inevitavelmente deverão ser arcadas para o próximo ano”, afirma Guedes no documento.

Ainda, o ministro avalia que a promulgação parcial da PEC dos Precatórios “permite a adequação do PLOA 2022 majoritariamente às despesas obrigatórias ajustadas”.

O ofício enviado ao Congresso afirma que a ampliação do Auxílio Brasil no ano que vem exigirá mais R$ 54,6 bilhões do Orçamento. Em 2022, o governo promete elevar o benefício para R$ 400 e ampliar o público do programa de 14,5 milhões de famílias para 17 milhões de famílias.

Crédito Brasil Criativo libera R$ 408 milhões para setor cultural

O Programa de Crédito Brasil Criativo disponibilizará R$ 408 milhões em linhas de crédito para o setor de eventos culturais, de acordo com informações divulgadas pela Secretaria Especial de Cultura (Secult).

 O Crédito Brasil Criativo usa recursos do Fundo Nacional de Cultura (FNC) para financiar empreendimentos culturais de pessoas físicas ou jurídicas privadas. Os empréstimos são contratados pelos interessados em instituições financeiras credenciadas pela Secretaria Especial de Cultura.

A concessão de empréstimos com recursos do FNC está disponível aos empreendedores criativos ou artísticos que desenvolvam atividades econômicas vinculadas ao setor cultural.

Segundo o secretário especial de Cultura, Mário Frias, a economia criativa movimenta quase 4,5% da economia nacional. “Sabemos que economia é vida, o local onde criamos os meios materiais para a nossa sobrevivência”, disse Frias.

De acordo com a secretaria especial, o setor de cultura e entretenimento abrange 60 mil empresas em todo o país, proporciona cerca de 2 milhões de empregos diretos e indiretos e mobiliza 4 milhões de trabalhadores informais.

O setor representa ainda 4,32 do Produto Interno Bruno (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, e recolhe, por ano, R$ 48 bilhões.

Gol tem alta de 17% na demanda por voos em novembro sobre um ano antes

A Gol informou na segunda-feira (06) que a demanda por seus voos em novembro cresceu 17,1% sobre o mesmo mês de 2020, enquanto a oferta avançou 20,4%, segundo comunicado da companhia ao mercado.

Ante outubro, a expansão da demanda foi de 8,5%, enquanto a oferta subiu 11,3%.

A empresa afirmou que a taxa de ocupação de passageiros nas aeronaves no mercado doméstico em novembro foi de 82,4%, queda ante os 84,4% de um ano antes e dos 84,3% de outubro deste ano.

A companhia retomou no mês passado os voos internacionais e apurou 143 decolagens e uma taxa de ocupação de 70,2%. O número de passageiros transportados para fora do Brasil somou 15 mil, informou a empresa sem revelar os destinos voados.

Montadoras esperam nova queda de produção em dezembro por falta de componentes, diz Anfavea

As montadoras instaladas no país devem produzir em dezembro volume menor de veículos que o montado em novembro, ainda pressionadas pelas crises logísticas e de oferta de componentes como semicondutores, projetou na segunda-feira (06) a associação que representa o setor, Anfavea. A indústria teve o pior novembro em vendas desde 2005, afetada pela crise de oferta, e deve promover férias coletivas neste mês diante da falta de componentes, afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, nesta segunda-feira, a jornalistas.

“Com certeza, o número de dezembro vai ser menor (que novembro)”, disse Moraes durante apresentação do desempenho do setor em novembro. No mês passado, as montadoras no país produziram 206 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, um crescimento de 15,1% sobre outubro, mas queda de 13,5% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Na relação anual, a queda na produção foi puxada pelo segmento formado por carros e comerciais leves, que teve um recuo de 15,5%. O segmento exige um maior volume de componentes como semicondutores, escassos na indústria mundial desde o fim do ano passado, segundo a Anfavea.

“Nunca tivemos na história uma limitação de oferta desta magnitude”, disse o executivo. O estoque de veículos acabados terminou novembro em 103,8 mil unidades, um crescimento de 11% em relação a outubro. Segundo Moraes, no entanto, o aumento do volume estocado deve se reverter em dezembro com os veículos adicionais sendo despachados para grandes clientes como locadoras de veículos, que há meses estão enfrentando dificuldades em receber carros das montadoras nos volumes que consideram adequados para suas frotas.

Moraes evitou fazer projeções para 2022, mas afirmou que a “normalização das cadeias globais se dará mais para o final de 2022 e início de 2023, semicondutores ainda é desafio e uma estabilização pode ocorrer em 2023”, disse o executivo citando dados de especialistas do mercado. “Tem muito veículo que vai ficar sem ser concluído este ano por falta de componentes”, disse o presidente da Anfavea. Em novembro, as vendas de veículos novos tiveram incremento de 6,5% sobre o mês anterior, para 172,96 mil veículos, mas na comparação com novembro de 2020 o volume representa uma queda de 23,1%, segundo os dados da entidade.

A indústria nacional registrou quedas de 6% nas exportações de veículos montados em novembro ante outubro e de 36,3% ante novembro do ano passado, para 28.018 unidades. O nível de emprego se manteve estável em novembro ante outubro, a cerca de 102,6 mil postos de trabalho ocupados, avançando 1% sobre novembro do ano passado.

E-commerce volta a crescer na Black Friday, mas entrega ainda é ‘gargalo’

A arrancada da inflação em 2021 colocou em xeque o desempenho do comércio durante as datas de fim de ano. Primeiro teste do período, a Black Friday afastou esse fantasma e registrou um bom desempenho, ao menos nas vendas online.

Segundo um levantamento da NielsenIQ|Ebit cedido com exclusividade ao g1, o mês de novembro teve uma alta de 19% em faturamento do e-commerce em relação ao mesmo período do ano passado. O recorte do mês inteiro engloba a estratégia do varejo de espalhar as promoções de Black Friday ao longo dos 30 dias.

Em 2021, o e-commerce teve R$ 15,2 bilhões de faturamento, contra R$ 12,8 bilhões de 2020. O número de pedidos subiu 13%, de 22,8 milhões para 25,8 milhões no mês. O ticket médio (valor médio das compras) foi maior, com alta de 3%.

Considerando apenas a data em si, foram R$ 4,2 bilhões, um crescimento nominal de 5%. O número de pedidos caiu 9%, para 5,6 milhões, e o ticket médio subiu 16%.

Mas o levantamento mostra também uma redução da “dependência” da Black Friday para novembro, o que comprova o espalhamento das vendas ao longo do mês. Em 2019, a data representava 36% das vendas do mês. Em 2020, 31%. Neste ano, a fatia foi de 28%.

A Black Friday de 2020 havia sido destaque de vendas digitais, impulsionada pela pandemia do Coronavírus. Naquele momento, o país passava por uma migração em massa da população para as compras online com a menor circulação nas ruas.

Houve também uma redução do consumo de serviços, bares, restaurantes e turismo, por exemplo, que ajudou a população mais rica a ter mais dinheiro em mãos. Por fim, os mais pobres contavam com um reforço de renda com o Auxílio Emergencial.

“A limitação do comércio físico no ano passado criou uma base de comparação alta e que foi superada neste ano. O resultado foi bem positivo”, diz Marcelo Osanai, chefe de e-commerce da NielsenIQ|Ebit.

Pequenos negócios geraram quase 80% das vagas de trabalho em outubro

Com a abertura de 201,7 mil novos postos de trabalho, as micro e pequenas empresas foram as responsáveis por 79,7% das 253 mil vagas criadas no mês de outubro. O levantamento é do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nos meses anteriores, segundo o Sebrae, esse percentual girava em torno de 70%.

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, mesmo com a nova metodologia adotada pelo Caged, as micro e pequenas empresas (MPE) mantiveram o bom desempenho apresentado desde a retomada da geração de empregos no país. “Mesmo com um quantitativo menor do que o observado nos últimos meses, devido à mudança de metodologia, os pequenos negócios são os que mais têm ajudado no aumento da criação dos novos postos de trabalho no país. São eles os grandes responsáveis pelo sustento de milhões de famílias brasileiras”, ressaltou Melles, em nota.

No acumulado do ano, 72,7% das vagas criadas entre os meses de janeiro e outubro são dos pequenos negócios. No total, foram gerados, no Brasil, 2,6 milhões de empregos, sendo que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 1,9 milhão. “No mês de outubro, o acumulado de vagas criadas pelas MPE cresceu de cerca 1,8 milhão para 1,9 milhão, enquanto nas médias e grandes, o incremento foi de apenas 3 mil vagas, passando de 587,7 mil para 590,7 mil”, observou o presidente do Sebrae.

Quando analisada a geração de empregos por setor, no mês de outubro, as micro e pequenas empresas do segmento de serviços foram as que mais criaram vagas (87,5 mil), como vem ocorrendo nos últimos meses. Em segundo lugar ficaram as empresas do comércio, com 61,3 mil novos postos de trabalho, seguidas pelas da indústria de transformação (28,4 mil) e construção civil (22,6 mil). Já os pequenos negócios da agropecuária apresentaram saldo negativo de 1.153 vagas.

Ao analisar as empresas de médio e grande porte, no mesmo período, dos principais setores monitorados, três apresentaram saldo negativo. Construção, com fechamento de 6,7 mil vagas, seguida pela agropecuária (-2,3 mil) e indústria de transformação (-81). Nesse segmento, o setor de serviços apresentou incremento de 53,9 mil vagas e o comércio, de 7,1 mil novos postos.

Hotel Maksoud fecha definitivamente no Centro de SP após 42 anos

O hotel Maksoud Plaza, localizado na Bela Vista, no Centro da capital paulista, fechou definitivamente as portas na terça-feira (07) após 42 anos.

O hotel operava com 20% da capacidade e não resistiu aos prejuízos financeiros provocados pelo fechamento durante o período mais crítico da pandemia de Coronavírus.

Segundo a HM Hotéis, administradora do Maksoud e a Hidroservice Engenharia, controladora do hotel, os últimos hóspedes deixaram a unidade ao meio-dia de segunda (06).

Os demais clientes que tinham reservas futuras serão reembolsados.

A HM Hotéis diz que prosseguirá no segmento de hospitalidade, utilizando a marca Maksoud Plaza. A empresa busca parceiros para um projeto com a marca em um novo endereço.

Nesta terça, foi iniciado o processo de desmontagem do espaço. A empresa tem até o dia 31 de dezembro para entregar o prédio.

Os novos donos serão os irmãos Fernando e Jussara Simões, empresários do grupo JSL, sediado em Mogi das Cruzes. Eles arremataram o hotel em leilão em 2011 e, desde então, vinham tentando a posse do imóvel. A assessoria do grupo disse não ter informações sobre o que será feito com o prédio onde ficava o Maksoud.

No ano passado, por conta das dívidas, a administradora do Maksoud e a Hidroservice Engenharia entraram com um pedido de recuperação judicial avaliado em R$ 81 milhões, excluindo as dívidas tributárias, junto à Justiça de São Paulo.

Com a recuperação judicial, as empresas conseguiram reduzir e alongar o prazo de pagamento das dívidas, utilizando-se de imóveis que compunham o patrimônio do grupo.

As dívidas incluídas na recuperação foram reduzidas pela metade e parceladas para pagamento em até 23 anos, com exceção dos créditos trabalhistas, que serão pagos em até 12 meses.

O grupo também renegociou outros débitos herdados pela HM Hotéis que não estavam incluídos no processo, como dívidas tributárias.

O endividamento fiscal federal total do grupo foi reduzido em mais de 60% e o saldo remanescente parcelado em até 10 anos.

No caso do hotel, o prédio e seu terreno foram arrematados em 2011 por Fernando e Jussara Simões, em leilão da Justiça do Trabalho, para pagar dívidas trabalhistas do grupo.

Anac publica decisão sobre contrato de concessão do aeroporto de Guarulhos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou, na edição do Diário Oficial da União de quarta-feira (08), a decisão da diretoria colegiada que aprovou a revisão extraordinária do contrato de concessão do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) noticiou em 2 de dezembro, a revisão ocorre em razão dos impactos econômicos decorrentes da pandemia de Covid-19 em 2021, com o objetivo de recompor o equilíbrio econômico-financeiro.

O valor reconhecido pela Anac como referente ao desequilíbrio verificado em 2021 corresponde a R$ 799,675 milhões.

Segundo a decisão, a recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato será realizada, após a anuência do Ministério da Infraestrutura, por meio da revisão da contribuição fixa devida pela concessionária em 2021.

62% das empresas planejam voltar ao trabalho presencial; 78% dos profissionais que preferem home office cogitam trocar de emprego

A queda nos índices de contágio do Coronavírus está provocando uma movimentação nas empresas para uma possível volta ao presencial. Uma pesquisa realizada na base de mais de 24 mil companhias clientes da startup de recrutamento Revelo mostra que 61,8% das empresas de tecnologia planejam retomar o trabalho no escritório.

Enquanto isso, em outro levantamento da startup, 78% dos profissionais da área de tecnologia consideram trocar de emprego caso não haja flexibilidade em permanecer trabalhando de casa.

“A competição entre companhias e a escassez de profissionais capacitados já era um problema para retenção de talentos antes da pandemia, trazendo o cenário de existir duas vagas para cada candidato no mercado. Agora, a falta de flexibilização de horários e formato de trabalho pode trazer uma dificuldade adicional. Por isso, a saída é dialogar para chegar no modelo ideal de trabalho”, avalia o cofundador da Revelo, Lucas Mendes.

O estudo também aponta que 59,2% das empresas cogitam o revezamento entre o home office e o escritório, considerando a vontade de 79% dos profissionais de tecnologia que têm o remoto como modelo favorito.

Cerca de 93% das empresas disseram estar trabalhando em modelo remoto. Dessas, 92% têm mais de um ano em home office. Ao avaliar os custos para a organização desde que os colaboradores estão em casa, 51,3% disseram não ter percebido nenhuma diminuição significativa.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Com o aumento da inflação, o Banco Central fez mais um ajuste nos juros básicos para tentar segurar a alta dos preços. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou na quarta-feira (08) a taxa básica de juros, a Selic, de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão era esperada por analistas do mercado financeiro.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (13), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 9,25%, ante 9,25% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (13), a projeção para o IGP-M ficou em 17,47%, ante 17,47% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 10,15% para 10,18% neste ano. Essa foi a 35ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de segunda-feira (06), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação subiu de 5% para 5,02%. Para 2023, a previsão passou de 3,42% para 3,50% e para 2024 foi mantida em 3,10%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (13), os economistas reduziram as estimativas do IPCA para 10,05%, ante 10,18% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (13), A projeção para o PIB ficou em 4,65%, ante 4,71% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (06), o Ibovespa fechou em alta, seguindo o movimento observado nas principais bolsas externas. A onda positiva se deu após a divulgação de novos dados sobre os casos de Covid-19 da variante Ômicron, que reduziram os temores sobre os possíveis impactos negativos da cepa. O índice Ibovespa teve alta de 1,70%, a 106.858,87 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,5 bilhões.

Na terça-feira (07), o Ibovespa fechou em alta, o índice teve suporte das ações de setores de commodities e tecnologia. O papel ON da Petrobras foi a maior contribuição positiva. O índice Ibovespa teve alta de 0,65%, a 107.557,67 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,4 bilhões.

Na quarta-feira (08), o Ibovespa fechou em alta, o quinto pregão consecutivo de alta. Ainda que o avanço de hoje tenha tido fôlego mais contido que nos últimos dias, o índice alcançou o patamar dos 108 mil pontos e fechou o dia no melhor nível desde 25 de outubro. O índice Ibovespa teve alta de 0,50%, a 108.095,53 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,9 bilhões.

Na quinta-feira (09), o Ibovespa fechou em queda, sem conseguir sustentar os 108 mil pontos conquistados na véspera. Além disso, os fatores que levaram à alta sustentada nos últimos dias, ou se dissiparam ou tiveram menos força nesta quinta-feira (09), com as bolsas norte-americanas sem fôlego e as commodities desacelerando. O índice Ibovespa teve queda de 1,67%, a 106.291,24 pontos. O volume financeiro somou R$ 23,8 bilhões.

Na sexta-feira (10), por volta das 12h46, o índice Ibovespa operava em alta de 1,14%, a 107.500,69 pontos. Após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançar em novembro menos do que o esperado por economistas. O movimento de alta ganhou mais fôlego após a divulgação de dado de inflação dos Estados Unidos praticamente em linha com as expectativas. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em alta de 1,38%, fechando a 107.758,34 pontos. O volume financeiro somou 20,7 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (10), por volta das 12h58, o dólar registrava alta de 0,53%, cotado a R$ 5,6030 na venda. Conforme investidores digeriam a divulgação de dados de inflação norte-americanos que podem influenciar a decisão de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA, a ser anunciada na semana que vem. No Brasil, investidores reagiam a dados de inflação divulgados na sexta-feira (10) pelo IBGE, mostrando que o IPCA subiu 0,95% em novembro, leitura abaixo da expectativa, de avanço de 1,08%. Ainda assim, foi a maior alta para o mês em seis anos.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (10) cotado a R$ 5,6136, o dólar avançou acentuadamente na sexta-feira (10), depois que um leilão de moeda à vista anunciado pelo Banco Central não conseguiu frear a pressão compradora, enquanto investidores debatiam o que uma leitura mais fraca do que o esperado do IPCA significará para a política monetária brasileira.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
13/12/2021