Cenário Econômico Internacional – 23/12/2021

Cenário Econômico Internacional – 23/12/2021

Cenário Econômico Internacional – 23/12/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • General da Otan quer tropas na Bulgária e na Romênia, diz jornal alemão
  • Fórum Econômico Mundial adia reunião em Davos por temores da Ômicron
  • G7 condena ‘erosão’ da democracia nas pesquisas de Hong Kong
  • Melhor cancelar os eventos de Natal do que lamentar mais tarde, avisa o chefe da OMS em meio a disseminação da Ômicron
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Presidente do Fed vê ‘progressos reais’ para que taxa Libor deixe de ser usada
  • Parlamentares argentinos rejeitam Orçamento e impõem a governo revés em negociações com FMI
  • Senador dos EUA rejeita pacote de US$ 1,75 trilhões de Biden
  • Gabriel Boric é eleito presidente do Chile
  • CNN fecha escritórios nos EUA por alta em casos de Covid
  • Oracle prevê dobrar número de clientes na América Latina
  • Vendo Ômicron crescer, Biden amplia exames e alerta não vacinados
  • EUA aprova venda de mísseis Javelin para a Lituânia enquanto as tensões na Rússia aumentam
  • Mercado acionário europeu
  • Prefeito de Londres diz que é inevitável que cidade imponha mais restrições contra a Covid-19
  • Ômicron: Reino Unido tem alta de casos e Europa amplia restrições
  • Novo governo da Alemanha escolhe Joachim Nagel para comandar Bundesbank
  • Autoridades do BCE pediram maior reconhecimento de riscos inflacionários, dizem fontes
  • A polícia francesa detectou 182.000 passes Covid falsos em seis meses
  • Espanha devolve antiguidades roubadas do Egito
  • Crescimento da economia do Reino Unido no 3º trimestre é revisado para baixo por impacto da Ômicron
  • Mercado acionário na Ásia
  • China corta taxa de empréstimo e mercado vê mais afrouxamento em 2022
  • É muito cedo para pensar em normalizar a política monetária, diz chefe do BC do Japão
  • O governo de Taiwan aprovou a nova fábrica de chips da Taiwan Semicondutores no Japão
  • Parlamento do Japão aprova orçamento extra recorde para garantir crescimento pós-pandemia
  • China pede aquisições de projetos imobiliários para ajudar incorporadoras em dificuldades
  • China deve estender as repressões regulatórias até 2022
  • China Mobile levantará até US$ 8,8 bilhões na listagem de ações de Xangai
  • Líderes do Talibã pedem ajuda internacional para evitar crise migratória
  • Israel vai proibir viagens para os EUA e Canadá em relação à variante Ômicron
  • Países da OIC prometem fundo para afastar o ‘caos’ do Afeganistão
  • Aeroporto de Dubai totalmente operacional pela primeira vez desde a pandemia
  • Irã, ao contrário do Ocidente, otimista com as negociações nucleares, dizem especialistas

General da Otan quer tropas na Bulgária e na Romênia, diz jornal alemão

O principal general da Otan sugeriu que a aliança estabeleça uma presença militar na Bulgária e na Romênia depois que a Rússia montou posição perto da fronteira com a Ucrânia, publicou o jornal alemão Der Spiegel no sábado (18).

A publicação afirmou que as propostas feitas por Tod Wolters, Comandante Supremo das Forças Aliadas da Otan na Europa, terão como efeito ampliar a missão da “presença avançada melhorada” da aliança, sob a qual tem enviado forças militares para Estados bálticos e para a Polônia.

O Der Spiegel não citou Wolters diretamente. A publicação afirmou que obteve a “informação” de que Wolters “defendeu um reforço de tropas na fronteira oriental” da Otan durante uma videoconferência com chefes militares das nações aliadas da Otan.

O jornal afirmou que o plano terá como efeito “expandir a presença da Otan (para Romênia e Bulgária) por meio da missão de Presença Avançada Melhorada (EFP)”.

Representantes da Otan não comentaram o assunto. A expansão da presença da Otan na Bulgária e Romênia é algo que ambos os países têm pedido.

A Rússia nega que esteja planejando uma invasão da Ucrânia. O país afirma que está respondendo ao que considera como ameaças à sua segurança por conta das relações cada vez mais próximas da Ucrânia com a Otan e aspirações do país em aderir à aliança.

Moscou disse na sexta-feira (17) que quer uma garantia vinculante da Otan de que vai desistir de qualquer atividade militar no leste da Europa e na Ucrânia.

Fórum Econômico Mundial adia reunião em Davos por temores da Ômicron

O Fórum Econômico Mundial anunciou hoje que adiará sua reunião anual em Davos, na Suíça, por preocupações com a variante Ômicron do Coronavírus. O evento presencial aconteceria entre os dias 17 e 21 de janeiro de 2022.

Sem o evento presencial, o fórum informou que serão realizadas sessões online “para se concentrar na formulação de soluções para os desafios mais urgentes do mundo”.

O fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, disse esperar reunir os líderes globais presencialmente em breve. “O adiamento da reunião anual não impedirá o progresso por meio da convocação digital contínua de líderes empresariais, governamentais e da sociedade civil”.

Uma reunião presencial está sendo planejada para acontecer no verão do hemisfério norte, a partir de junho. Em 2021, com o avanço do Coronavírus, os organizadores também optaram por um evento online.

A medida anunciada hoje pelo Fórum Econômico Mundial acontece no momento que países e cidades da Europa anunciaram o retorno de restrições para conter o avanço da Covid-19 e da variante Ômicron. As previsões da Comissão Europeia apontam que a nova variante, ainda mais contagiosa que as anteriores, será a dominante no continente em meados de janeiro.

G7 condena ‘erosão’ da democracia nas pesquisas de Hong Kong

As potências mundiais condenaram a votação da legislatura de Hong Kong, que foi rigorosamente examinada, dizendo que as regras impostas por Pequim que reduzem as cadeiras eleitas diretamente e controlam quem pode concorrer corroeram a democracia no território chinês.

A China supervisionou uma forte repressão em Hong Kong em resposta a enormes e frequentemente violentos protestos contra a democracia há dois anos.

Impôs uma lei de segurança nacional na ex-colônia britânica que criminalizou muitos dissidentes e introduziu regras políticas que examinam a lealdade de qualquer um que esteja concorrendo a um cargo.

A primeira votação pública sob esta nova ordem foi realizada no domingo (19) para o legislativo da cidade, com uma baixa participação histórica registrada e o número de eleitos diretamente caiu da metade para 22 por cento.

Os números mostram apenas 30% dos votos do eleitorado, a taxa mais baixa no período desde a transferência da cidade para a China em 1997 e na era colonial britânica.

A participação nas últimas pesquisas legislativas em 2016 foi de 58%, enquanto as eleições para o conselho distrital de 2019, quando os números pró-democracia ganharam uma vitória esmagadora, tiveram um recorde de 71%.

Os chanceleres do grupo G7 das nações mais desenvolvidas expressaram “grave preocupação com a erosão dos elementos democráticos” no sistema eleitoral de Hong Kong após a votação.

O novo processo de verificação “para restringir severamente a escolha dos candidatos no boletim de voto minou o alto grau de autonomia de Hong Kong” sob o princípio de “Um País, Dois Sistemas” acordado para a transferência do território do Reino Unido para a China em 1997.

Os ministros das Relações Exteriores do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e EUA exortaram a China “a restaurar a confiança nas instituições políticas de Hong Kong e acabar com a opressão injustificada daqueles que promovem os valores democráticos e a defesa dos direitos e das liberdades”.

O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse em um comunicado que a pesquisa era “mais um passo no desmantelamento do princípio de um país, dois sistemas” e pediu um alto grau de autonomia, bem como respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais, princípios democráticos e estado de direito em Hong Kong.

Em uma declaração anterior, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia haviam repreendido o novo sistema em uma linguagem ainda mais forte, dizendo que “essas mudanças eliminaram qualquer oposição política significativa”.

“Também continuamos gravemente preocupados com o efeito inibidor mais amplo da Lei de Segurança Nacional e as crescentes restrições à liberdade de expressão e de reunião, que estão sendo sentidas em toda a sociedade civil”, acrescentaram os cinco aliados ocidentais.

A China pediu aos habitantes de Hong Kong que adotem as novas regras que, segundo eles, irão restaurar a estabilidade e erradicar os elementos “anti-China” perturbadores para sempre.

Analistas alertaram que o novo sistema pode deixar os governantes da cidade ainda mais fora de contato com seus residentes.

“A tensão entre as autoridades e o povo permanecerá por muito tempo, enquanto os legisladores não serão mediadores porque têm que seguir a linha de Pequim”, disse à AFP Chung Kim-wah, do Instituto de Pesquisa de Opinião Pública de Hong Kong.

Melhor cancelar os eventos de Natal do que lamentar mais tarde, avisa o chefe da OMS em meio a disseminação da Ômicron

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que as pessoas cancelassem as reuniões de feriado enquanto a Ômicron continua a se espalhar.

Falando em uma entrevista coletiva em Genebra, o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus disse que “um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada”.

“Todos nós estamos fartos desta pandemia. Todos nós queremos passar tempo com amigos e família. Todos nós queremos voltar ao normal. A maneira mais rápida de fazer isso é todos nós, líderes e indivíduos, tomar as decisões que devem ser feitas para proteger a nós mesmos e aos outros. “

“Em alguns casos, isso significará cancelar ou atrasar eventos”, continuou ele. “Mas um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada. É melhor cancelar agora e comemorar mais tarde do que comemorar agora e sofrer mais tarde. Nenhum de nós quer estar aqui novamente em 12 meses.”

O chefe da OMS sinalizou “evidências consistentes” de que a última variante de preocupação, Ômicron, está se espalhando “significativamente mais rápido” do que a variante Delta. Os dados sugerem que a transmissão comunitária da Ômicron tem um tempo de duplicação entre 1,5 e três dias.

A Dra. Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, também alertou que é muito cedo para concluir que a Ômicron é uma variante mais branda e destacou que estudos preliminares sugerem que é mais resistente às vacinas usadas atualmente para combater a pandemia.

As evidências atuais mostram que é mais provável que as pessoas que foram vacinadas ou se recuperaram da Covid-19 possam ser infectadas ou reinfectadas pela Ômicron.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (20), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com investidores se mostrando cautelosos antes das festas de fim de ano, diante das incertezas geradas pelo avanço da variante Ômicron do Coronavírus. Com o volume de operações já sendo reduzido pela proximidade do Natal, o movimento na segunda-feira (20), foi de fuga do risco, levando os principais índices acionários americanos a quedas superiores a 1%. O índice Dow Jones teve queda de 1,23%, a 34932,16 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,14%, a 4.568,02 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,24%, a 14.980,94 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com avanço das ações de viagens e tecnologia assim como da Nike (NYSE:NKE) e Micron Technology, conforme os papéis se recuperavam de um tombo na sessão anterior causado por preocupações com o Coronavírus. O índice Dow Jones teve alta de 1,6%, a 35.492,70 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,78%, a 4.649,23 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 2,4%, a 15.341,09 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, os principais índices de Wall Street buscavam direção nesta quarta-feira (22), depois de um rali no dia anterior, em meio às preocupações com a variante Ômicron do Coronavírus e seu impacto na recuperação econômica global. Por volta das 13h08, o índice Dow Jones registrava alta de 0,45%, a 35.653,59 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 0,63%, a 4.678,70 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,69%, a 16.096,91 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 17.12.21 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) cotado a R$ 5,6845 com alta de 0,10%. Em dia marcado pela cautela, em meio a um maior aperto monetário dos principais bancos centrais, e com temores pela variante Ômicron do Coronavírus. No caso do Federal Reserve (Fed), que sinalizou até três elevações de juros em 2022 na sua última reunião, analistas avaliam que o movimento “hawkish” tende a seguir impulsionando o dólar nos próximos meses.

Na segunda (20) – O dólar à vista registrou alta de 1,02%, cotado a R$ 5,7430 na venda. O comportamento do mercado de câmbio na segunda-feira (21) espelhou a busca por proteção com demanda alta pela moeda à vista em dia de negociação e véspera de votação do Orçamento de 2022 na CMO, além de aspectos mais preocupantes no exterior por conta da variante Ômicron e seus impactos nas economias globais. O dólar oscilou entre R$ 5,7460 na máxima e R$ 5,6900 na mínima.

Na terça-feira (21) – O dólar à vista registrou queda de 0,10%, cotado a R$ 5,7394 na venda. O dólar caiu ligeiramente frente ao real, mas fechou a sessão longe das mínimas do dia apesar de mais uma intervenção do Banco Central no mercado à vista, com investidores mantendo-se cautelosos em meio à disseminação global da variante Ômicron da Covid-19 e a temores fiscais domésticos. O dólar oscilou entre R$ 5,7570 na máxima e R$ 5,7120 na mínima.

Na quarta-feira (22) – Por volta das 13h09, o dólar operava em queda de 0,41% cotado a R$ 5,7150 na venda. O dólar esboçava queda na sessão desta quarta-feira (22), num dia que promete ser de menor liquidez à medida que o Natal se aproxima, com investidores analisando a aprovação do Orçamento de 2022 e à espera de dados nos Estados Unidos.

Presidente do Fed vê ‘progressos reais’ para que taxa Libor deixe de ser usada

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que há “progressos reais” para que a taxa Libor deixe de ser usada. Durante reunião virtual do Conselho de Monitoramento da Estabilidade Financeira (FSOC, na sigla em inglês), ele disse que há expectativa por legislação para apoiar essa transição da taxa interbancária, qualificando a questão como “complexa”.

Presidindo a reunião, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, falou em linha similar. Ela pediu que o Congresso adapte a legislação para ajudar essa transição “e eliminar incertezas potenciais”.

As autoridades esperam que a Libor deixe de ser usada em grande medida no fim do ano atual, sendo preservada ainda apenas para algumas modalidades específicas de usos.

Parlamentares argentinos rejeitam Orçamento e impõem a governo revés em negociações com FMI

A Câmara dos Deputados da Argentina rejeitou na sexta-feira (17) o projeto de lei orçamentária do governo para 2022, minando o plano econômico do país e criando possível empecilho para as negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre uma dívida de 45 bilhões de dólares.

Depois de um longo, e em alguns momentos acalorado debate, 132 deputados votaram contra o projeto de lei, com 121 a favor e uma abstenção, uma grande derrota para o já enfraquecido governo do presidente peronista de centro-esquerda Alberto Fernández.

Agora, Fernández precisará decidir se estenderá o Orçamento de 2021 por decreto ou tentará aprovar um novo texto, o que gera incertezas à medida que o país negocia as etapas finais de um acordo com o FMI para o qual a clareza sobre os planos econômicos do país é fundamental.

Senador dos EUA rejeita pacote de US$ 1,75 trilhões de Biden

O senador norte-americano Joe Manchin, um democrata moderado considerado importante para a aprovação de um pacote de investimento doméstico do presidente Joe Biden, orçado em 1,75 trilhão de dólares, disse no domingo (19) que não irá apoiar o projeto.

“Não posso votar para continuar com esta parte da legislação”, disse Manchin durante uma entrevista ao programa “Fox News Sunday”. “Eu simplesmente não posso. Eu tentei tudo que era humanamente possível.”

A Casa Branca ainda não se pronunciou.

Manchin tem sido um obstáculo importante no plano “Construir Melhor” da Casa Branca, que visa fortalecer a rede de segurança social e combater a mudança climática e é a pedra angular da agenda legislativa de Biden.

O apoio do senador da Virgínia Ocidental é crucial em um senado em que os democratas têm a menor margem de controle e os republicanos estão unidos na oposição ao projeto.

Biden disse na semana passada, depois de conversar com Manchin, que o senador havia reiterado “seu apoio ao ‘Construir Melhor’ no nível das linhas gerais anunciadas em setembro”. O presidente democrata prometeu trabalhar, nas próximas semanas, para finalizar um acordo.

Embora as negociações com Manchin estejam indo mal, os assessores de Biden demonstraram estar confiantes nos últimos dias de que chegariam a um acordo.

Muitos democratas consideram a aprovação do projeto de lei essencial para as chances do partido em manter o controle do Congresso nas eleições do próximo ano.

O pacote aumentará os impostos sobre os ricos e as empresas para pagar uma série de programas visando impedir a mudança climática, aumentar os subsídios à saúde e fornecer creche gratuita.

Biden argumentou que reduzir esses custos é fundamental em um momento de aumento da inflação e à medida que a economia se recupera das consequências da pandemia do Coronavírus. Os republicanos dizem que o pacote proposto alimentará a inflação e prejudicará a economia.

Gabriel Boric é eleito presidente do Chile

O candidato de esquerda Gabriel Boric foi eleito presidente do Chile no domingo (19) e será, aos 35 anos, a pessoa mais jovem da história a ocupar o cargo.

Boric, que já foi deputado e líder estudantil, derrotou no segundo turno o advogado José Antonio Kast, candidato da extrema direita, em uma eleição marcada pela polarização política.

Ele teve 55,9% dos votos, contra 44,1% de Kast, e o candidato da extrema direita telefonou para Boric, reconhecendo a derrota e parabenizando-o pela vitória.

“Vou ser o presidente de todos os chilenos, porque acho importante ter interlocução com todos, e os acordos devem ser entre todas as pessoas e não entre quatro paredes”, disse o presidente recém-eleito, que também conversou com o atual mandatário, Sebastián Piñera.

Boric havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, com 25,82% dos votos. Kast teve 27,91%.

É a primeira vez em três décadas, desde a redemocratização, que um candidato que não venceu o primeiro turno ganha a eleição. A posse de Boric ocorrerá em março.

Boric e Kast representaram lados opostos do espectro político e disputaram cada voto do eleitorado.

O novo presidente representa uma esquerda progressista revitalizada, que cresceu muito desde os protestos de 2019. Já Kast fundou o ultraconservador Partido Republicano e avalizou a mensagem “lei e ordem” na campanha.

Boric disputou a presidência do Chile com a idade mínima exigida e foi o mais jovem dos sete candidatos na disputa pela sucessão do conservador Sebastián Piñera. Sua candidatura representa a coalizão “Aprovo Dignidade”, que reúne a Frente Ampla e o Partido Comunista.

CNN fecha escritórios nos EUA por alta em casos de Covid

A CNN anunciou o fechamento de seus escritórios nos Estados Unidos para todos os funcionários não essenciais por causa de alta em casos de Covid-19, afirmou a rede de notícias em comunicado interno visto pela Reuters.

A CNN vai fechar suas instalações para todos os funcionários que não precisam trabalhar no escritório, afirma o documento.

“Estamos fazendo isso mais em razão de abundância de cautela”, afirmou o presidente da CNN, Jeff Zucker, no comunicado. “E a medida também vai proteger aqueles que estiverem nos escritórios ao minimizarmos o número de pessoas nestes locais.”

A CNN tinha marcado em princípio um retorno para o trabalho presencial em janeiro e ainda não está claro se a data vai ser alterada”, publicou o Wall Street Journal, citando uma fonte.

Oracle prevê dobrar número de clientes na América Latina

A Oracle estima que vai dobrar seus clientes na América Latina e aumentar resultados em 2022, disse um executivo da empresa à Reuters.

A Oracle tem cerca de 7.000 clientes na América Latina. A empresa planeja formar 40 mil jovens trabalhadores em um programa gratuito de inclusão social como parte de seus planos de expansão, disse o vice-presidente executivo da empresa para a América Latina, Luiz Meisler.

O esquema de treinamento estará disponível exclusivamente para pessoas que não têm acesso à educação paga.

“Nossa estimativa é ter 40 mil alunos certificados prontos para trabalhar no mercado, que está crescendo muito”, disse Meisler, acrescentando que os números podem ser muito maiores em meio à grande demanda do mercado. “Tenho muito mais mercado do que minha capacidade atual de entrega; meu limite é de quantas pessoas posso treinar, então projetaria um crescimento de pelo menos o dobro”, disse.

No programa Oracle Next Education (ONE), a empresa espera criar oportunidades e treinar futuros profissionais que enfrentarão os desafios de acesso à educação e emprego em toda a América Latina.

Existem cerca de 23 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos na América Latina que não trabalham nem estudam, segundo o Banco Mundial.

A Oracle está crescendo na América Latina como parte de um processo de expansão da cobertura de serviços de computação em nuvem e para apoiar a forte demanda de clientes, disse Meisler.

Durante 2022, a empresa, que atende 430 mil clientes em 175 países, estabelecerá 14 novas regiões de serviços de computação em nuvem em cinco continentes. A expansão incluirá a ampliação de seus centros de dados na América Latina para oito, que serão sediados no Brasil, México, Chile e Colômbia.

Vendo Ômicron crescer, Biden amplia exames e alerta não vacinados

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abrirá instalações federais para exames de Covid-19 na cidade de Nova York nesta semana e comprará 500 milhões de exames domiciliares rápidos que os norte-americanos poderão encomendar pela internet de graça a partir de janeiro enquanto tenta enfrentar a variante Ômicron que se alastra.

Adotando um tom mais duro sobre os riscos de continuar sem vacinações, o presidente Joe Biden delineará as iniciativas na terça-feira (21) em um discurso que pretende persuadir os norte-americanos a se protegerem da variante de disseminação rápida, disse uma autoridade de alto escalão do governo.

As medidas incluem acionar cerca de mil funcionários médicos dos militares em apoio aos hospitais.

“Também ressaltaremos que, se você não está vacinado, corre um risco alto de ficar doente. Esta variante é altamente transmissível e os não vacinados têm oito vezes mais probabilidade de ser hospitalizados e 14 vezes mais probabilidade de morrer de Covid”, disse o funcionário.

Como a temporada de viagens de final de ano já começou, os casos novos de Covid-19 estão em disparada nos Estados Unidos, o que renova o dilema de autoridades municipais e federais sobre o quão longe ir para combater o vírus. Autoridades federais disseram que agora a Ômicron responde por 73% de todos os casos novos, no início do mês eram menos de 1%.

Na segunda-feira (20), autoridades de saúde do Texas disseram que o Estado registrou o que a rede ABC News noticiou que se acredita ser a primeira morte relacionada à Ômicron de que se tem conhecimento no país.

A variante altamente contagiosa foi detectada primeiramente no mês passado no sul da África e em Hong Kong, já tendo se propagado por todo o globo e sido relatada em 89 países, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no sábado.

Filas para exames de Covid-19 davam voltas no quarteirão em Nova York, Washington D.C. e outras cidades dos EUA no final de semana, já que as pessoas estavam ansiosas para saber se estão infectadas antes de comemorar as festas com os familiares.

“A realização de exames neste país está muito melhor do que era, mas há mais a se fazer e estamos agindo agora”, disse o funcionário governamental a propósito dos 500 milhões de exames encomendados.

Os exames gratuitos federais se somam a um plano para fazer com que planos de saúde ofereçam exames gratuitos para os norte-americanos segurados que também se espera ter início em janeiro.

EUA aprova venda de mísseis Javelin para a Lituânia enquanto as tensões na Rússia aumentam

O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda potencial de mísseis antitanque Javelin para o governo da Lituânia em um negócio avaliado em até US$ 125 milhões, disse o Pentágono.

A venda ocorre em um momento em que as tensões estão aumentando na Europa Oriental, com a Rússia reunindo tropas ao longo de sua fronteira com a Ucrânia. Em outubro, a administração Biden enviou Javelins para a Ucrânia, disse a embaixada dos EUA em Kiev no Twitter.

O pacote total de mísseis antitanque Javelin incluiria 341 da variante FGM-148F das armas e 30 unidades de lançamento de comando, peças sobressalentes e suporte técnico, disse o Pentágono.

A Agência de Cooperação e Segurança de Defesa do Pentágono notificou o Congresso sobre a possível venda na terça-feira (21).

O Pentágono disse que a venda proposta “ajudará a Lituânia a construir sua capacidade de defesa de longo prazo para defender sua soberania e integridade territorial a fim de atender às suas necessidades de defesa nacional”.

Apesar da aprovação do Departamento de Estado, a notificação não indica que um contrato foi assinado ou que as negociações foram concluídas.

O Pentágono disse que a Lockheed Martin e a Raytheon Technologies foram as principais contratadas para as armas.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (20), as bolsas europeias fecharam em queda, com investidores focados no impacto da variante Ômicron do Coronavírus sobre a atividade econômica. Uma série de países da UE adotaram novas medidas, ou acirraram as já existentes, em esforços para conter a disseminação da nova cepa. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,41%, a 467,22 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,82%, a 6.870,10 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,88%, a 15.239,67 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 1,00%, a 5.385,60 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,83%, a 8.242,40 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,99%, a 7.198,03 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas europeias fecharam em alta, recuperando as perdas da véspera com um salto nos papéis ligados a commodities e viagens, ofuscando as preocupações em torno de riscos associados à disseminação da variante Ômicron do Coronavírus. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,39%, a 473,84 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,38%, a 6.964,99 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,36%, a 15.447,44 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,22%, a 5.451,37 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,76%, a 8.387,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,38%, a 7.297,41 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas europeias fecharam em alta, investidores seguem o apetite por risco visto no mercado acionário de Nova York ontem, enquanto avaliam os riscos induzidos pela variante Ômicron do Coronavírus. Com investidores atentos após o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido desacelerar no terceiro trimestre de 2021, ante o avanço registrado no trimestre anterior. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,77%, a 477,63 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 1,24%, a 7.051,67 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,95%, a 15.593,47 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,15%, a 5.459,66 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,85%, a 8.459,10 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,61%, a 7.341,66 pontos.

Prefeito de Londres diz que é inevitável que cidade imponha mais restrições contra a Covid-19

Novas restrições contra a Covid-19 são inevitáveis uma vez que sem elas o sistema de saúde vai entrar em colapso, afirmou o prefeito de Londres, Sadiq Khan, à BBC, no domingo (19).

Khan declarou “estado de grande incidente” no sábado para ajudar os hospitais da capital britânica a lidarem com a alta de casos de Covid-19 causada pela variante Ômicron.

“Eu creio que é inevitável”, disse Khan à BBC quando questionado sobre a possibilidade de imposição de novas restrições.

“Se não anunciarmos as novas restrições, vamos ver ainda mais casos positivos e potencialmente o serviço de saúde ficará à beira do colapso, se já não estiver.”

Ômicron: Reino Unido tem alta de casos e Europa amplia restrições

O Reino Unido registrou 82.886 novos casos de Covid-19 no domingo (19), um salto de 72% em relação às 48.071 novas infecções registradas no último domingo, e a quarta vez em que o país tem mais de 80 mil casos registrados desde o começo da pandemia. Outras 45 pessoas morreram por motivos relacionados à covid, ante 111 na sexta-feira (17). Os números de domingo são ligeiramente mais baixos do que as taxas de casos diários recordes recentes, estavam acima de 90.000 na quinta-feira (16). Os números reportados tendem a ser menores nos fins de semana.

No Reino Unido, os casos diários confirmados dispararam para números recordes nesta última semana. O governo impôs uma nova exigência para o uso de máscaras em ambientes fechados e ordenou que as pessoas apresentassem prova de vacinação ou um recente teste de Coronavírus negativo para entrarem em boates e grandes eventos.

Cientistas estão alertando o governo britânico da possibilidade dos hospitais ficarem lotados. O Reino Unido e outras nações estão acelerando o ritmo das doses de reforço depois que dados preliminares, de pesquisas não revisadas por pares, mostraram que duas doses da vacina foram menos eficazes contra a variante Ômicron. Shopping centers, catedrais e estádios de futebol no país foram convertidos em centros de vacinação em massa.

Isso ocorre depois que o Reino Unido relatou 12.133 novos casos da variante Ômicron altamente transmissível, totalizando 37.101.

O Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências (SAGE) do governo disse ser “quase certo” que centenas de milhares de pessoas estão sendo infectadas com a variante todos os dias e não foram detectadas nos números.

A SAGE disse que, sem um maior endurecimento das regras de combate à covid-19, “a modelagem indica um pico de pelo menos 3.000 internações hospitalares por dia na Inglaterra”, disseram em uma reunião em 16 de dezembro.

Em janeiro passado, antes que a campanha de vacinação ganhasse velocidade, as internações hospitalares diárias no Reino Unido como um todo ultrapassavam 4.000.

Novo governo da Alemanha escolhe Joachim Nagel para comandar Bundesbank

O novo governo da Alemanha escolheu Joachim Nagel, banqueiro central de carreira com laços com o partido governista Social Democrata, como próximo chefe do banco central, o Bundesbank, disse na segunda-feira (20) o ministro das Finanças, Christian Lindner.

Nagel, ex-membro da diretoria do Bundesbank, vai substituir em 1° de janeiro Jens Weidmann, que deixa o cargo cinco anos antes do fim de seu mandato depois de uma década de oposição infrutífera à política de estímulo agressiva do Banco Central Europeu (BCE), de juros abaixo de zero e fortes compras de títulos do governo.

O economista de 55 anos assumirá o maior banco nacional da zona do euro num momento tenso. A inflação está em mais de duas vezes a meta de 2% do BCE, e lados opostos dentro do Conselho do banco têm visão distinta sobre sua provável evolução.

“Diante dos riscos de inflação, a importância de uma política monetária orientada para a estabilidade está crescendo”, disse Lindner no Twitter. “Nagel é uma pessoa experiente, que garante a continuidade no Bundesbank.”

Weidmann se opôs sem sucesso à decisão do BCE em sua última reunião, na quinta-feira (16), de ampliar o estímulo sob um programa de compras de títulos existente desde antes da pandemia, e alertou que a inflação pode superar as projeções benignas do BCE.

Ex-membro do conselho do banco de desenvolvimento estatal KfW Bank, Nagel trabalha atualmente no Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), considerado o banco central dos bancos centrais.

Na sua carreira ele ainda foi consultor do SPD, partido que assumiu o governo neste mês e terá a indicação ao comando do Bundesbank como uma de suas primeiras decisões.

Autoridades do BCE pediram maior reconhecimento de riscos inflacionários, dizem fontes

A reunião das autoridades de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) da semana passada teve pedidos de maior reconhecimento dos riscos de inflação, que foram rejeitados pelo economista-chefe da instituição, Philip Lane, num debate anormalmente duro, disseram fontes com conhecimento da discussão à Reuters.

Bancos centrais de todo o mundo, incluindo o Federal Reserve, dos Estados Unidos, reconheceram que a inflação pode ser mais persistente do que se pensava, mas o BCE manteve a narrativa de que o crescimento dos preços voltará a ficar abaixo de sua meta por conta própria ao final de 2022.

No que foi descrito como um encontro robusto e tenso, um número significativo de autoridades questionou a qualidade das projeções do BCE, apontando para seu histórico irregular, e argumentou que a inflação corre o risco de terminar o próximo ano acima da expectativa da autoridade monetária.

“Muitos queriam reconhecer os riscos de alta (para a inflação), mas Philip (Lane) resistiu com força”, disse uma das fontes. “Depois de um longo debate, parecemos concordar com ‘pequenos riscos de alta’, mas mesmo isso não foi encontrado em nenhum lugar do comunicado.”

O mais próximo que a presidente do BCE, Christine Lagarde, chegou de tal reconhecimento foi quando disse que “possivelmente há um risco de alta” em resposta à pergunta de um repórter sobre a inflação.

“O comunicado não indicou muito bem o teor de nosso debate”, disse uma segunda fonte.

Mesmo enquanto Lagarde buscava consenso, quatro autoridades se opuseram ao pacote de medidas do BCE da semana passada, que reduziu o estímulo emergencial, mas estendeu um pacote de compras de títulos existente antes da pandemia.

Jens Weidmann, da Alemanha; Gaston Reinesch, de Luxemburgo; e Robert Holzmann, da Áustria, votaram contra as medidas, enquanto Pierre Wunsch, da Bélgica, que não tinha direito a voto, também expressou sua oposição.

Porta-vozes do BCE e dos bancos centrais de Áustria, Bélgica, Alemanha e Luxemburgo não quiseram comentar.

A polícia francesa detectou 182.000 passes Covid falsos em seis meses

A polícia francesa detectou 182.000 passes Covid falsos desde que foram introduzidos neste verão, disse o Ministério do Interior.

O último número é significativamente maior do que os 110.000 comunicados pelo governo na sexta-feira (17).

De acordo com sua comitiva, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, instruiu os diretores-gerais da polícia e da gendarmaria na semana passada a intensificar o controle.

Darmanin também revelou na semana passada que 400 investigações foram abertas sobre a venda de passes falsos, incluindo alguns ligados a profissionais de saúde.

Isso ocorre num momento em que o país está lutando contra um aumento repentino de casos e hospitalizações por Covid-19.

A França lançou seu passe Covid pela primeira vez no final de julho. É necessário visitar restaurantes, bares, espaços culturais, grandes eventos e transportes públicos de longa distância.

Espanha devolve antiguidades roubadas do Egito

A Espanha devolveu 36 antiguidades roubadas às autoridades egípcias, incluindo estatuetas de deuses e deusas e potes antigos que deveriam conter restos humanos.

Os artefatos, entre eles, uma escultura em granito da cabeça do leão da deusa guerreira Sekhmet, foram retirados ilegalmente de sítios arqueológicos, disseram as autoridades.

Contrabandistas os trouxeram para a Espanha, onde a polícia os apreendeu após uma investigação em 2014.

O embaixador do Egito na Espanha, Youssef Diaeldin Mekkawy, os recebeu em uma cerimônia no Museu Nacional de Arqueologia de Madri.

“A recuperação destas 36 peças arqueológicas é uma operação de sucesso que já dura anos, uma operação coordenada entre autoridades egípcias e espanholas”, disse.

Os artefatos, avaliados em mais de 150 mil euros, foram todos provavelmente saqueados de locais em Saqqara e Mit Rahina, informou a polícia espanhola.

Egito e outros países intensificaram as campanhas para a devolução de artefatos tomados por contrabandistas ou saqueados por potências imperiais.

Crescimento da economia do Reino Unido no 3º trimestre é revisado para baixo por impacto da Ômicron

A economia do Reino Unido cresceu mais lentamente no terceiro trimestre do que o calculado anteriormente, antes de a variante Ômicron do Coronavírus apresentar nova ameaça à recuperação, mostraram dados oficiais na quarta-feira (22).

O Produto Interno Bruto da quinta maior economia do mundo cresceu 1,1% no terceiro trimestre, contra estimativa anterior de expansão de 1,3%, uma vez que os problemas na cadeia global de oferta pesaram sobre a indústria e as empresas de construção.

O resultado também foi mais fraco do que a retomada de 5,4% da economia no segundo trimestre, quando muitas restrições de combate ao Coronavírus foram suspensas, informou a Agência Nacional de Estatísticas.

Os investidores estão preparados para nova desaceleração no quarto trimestre de 2021 e um começo fraco de 2022 devido ao aumento nos casos de Covid-19 provocado pela Ômicron.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, descartou novas restrições na Inglaterra antes do Natal, mas disse que pode ter de agir depois. Escócia e País de Gales intensificaram os controles.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam em queda, à medida que investidores retiram posição na renda variável por conta de riscos associadas à variante Ômicron do Coronavírus, que tem se disseminado com rapidez em diversas regiões do mundo e provocado a adoção de novas restrições e medidas protetivas por governos. O índice Xangai teve queda de 1,07%, a 3.593,60 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,13%, a 27.937,81 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,93%, a 22.744,86 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,50%, a 4.880,42 pontos.

Na terça-feira (21), as bolsas asiáticas fecharam em alta, recuperando as perdas vistas ontem entre ativos de risco nos mercados globais. Os ganhos foram puxados pela bolsa de Tóquio, que subiu mais de 2% após o governo do Japão aprovar um pacote de estímulos à economia. Principal indutora da queda no pregão anterior, a variante Ômicron do Coronavírus segue no radar de investidores. O índice Xangai teve alta de 0,88%, a 3.625,13 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 2,08%, a 28.517,59 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,00%, a 22.971,33 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,68%, a 4.913,49 pontos.

Na quarta-feira (22), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, com investidores otimistas após as bolsas de Nova York se recuperarem do sell-off do primeiro pregão da semana e terminarem a terça-feira (21), em alta. O índice Xangai teve queda de 0,07%, a 3.622,62 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,16%, a 28.562,21 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,57%, a 23.102,33 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,020%, a 4.914,45 pontos.

China corta taxa de empréstimo e mercado vê mais afrouxamento em 2022

A China cortou sua taxa referencial de empréstimo (LPR) pela primeira vez em 20 meses na segunda-feira (20), em uma tentativa de impulsionar o crescimento da economia, embora permaneça cautelosa em afrouxar as condições no mercado imobiliário altamente alavancado do país.

A LPR de um ano foi reduzida em 5 pontos básicos, a 3,80%, enquanto a taxa de cinco anos permaneceu em 4,65%.

O corte da LPR foi o primeiro desde abril de 2020.

Vinte e nove dos 40 operadores e economistas consultados pela Reuters na semana passada previam reduções na LPR.

A maioria dos empréstimos novos e pendentes na China é baseado na LPR de um ano, enquanto a taxa de cinco anos influencia o preço das hipotecas imobiliárias.

“O corte reforça nossa visão de que as autoridades estão cada vez mais abertas a redução dos juros em meio a obstáculos econômicos iminentes”, disse Xing Zhaopeng, estrategista sênior da ANZ.

No entanto, ele destacou que a decisão de manter a taxa de cinco anos mostra que Pequim prefere “não usar o setor imobiliário para estimular o crescimento econômico”.

Alguns analistas disseram que os dois cortes da taxa de compulsório realizados este ano pelo banco central permitiram que as instituições reduzissem seus custos de empréstimo, com os bancos economizando até 28 bilhões de iuanes (4,39 bilhões de dólares), segundo estimativas do Goldman Sachs.

Embora a decisão de reduzir a LPR tenha sido amplamente esperada, ela destaca a divergência de política monetária da China em relação a outros grandes bancos centrais, que devem aumentar os juros.

Alguns analistas esperam que Pequim possa afrouxar a política monetária ainda mais para conter a desaceleração econômica, embora eles sigam divididos sobre a trajetória do afrouxamento.

É muito cedo para pensar em normalizar a política monetária, diz chefe do BC do Japão

O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse na segunda-feira (20) que é muito cedo para considerar a normalização da política monetária, reforçando a visão de que o Banco do Japão ficará atrás de outros bancos centrais na redução do estímulo monetário.

Os comentários de Kuroda vêm após o banco central britânico se tornar, na semana passada, o primeiro BC do G7 a elevar os juros, e o Federal Reserve e o Banco Central Europeu (BCE) se afastarem do estímulo monetário.

Os ativos do Banco do Japão cresceram o equivalente a 135% do PIB, ultrapassando em muito os 36% para o Fed e 66% para o BCE, até setembro de 2021, disse Kuroda, prometendo conduzir uma política monetária apropriada levando em consideração sua saúde financeira.

“Não acho que a expansão dos ativos do Banco do Japão afetará nossa capacidade de manter a política monetária e o sistema financeiro constantes”, disse Kuroda ao Parlamento.

“Há uma grande distância da meta de inflação de 2%. Ainda é muito cedo para considerar a normalização da política monetária”, acrescentou.

“Ao contrário dos países ocidentais, a inflação está extremamente baixa e as expectativas de inflação permanecem muito baixas. Estamos em uma fase de continuar pacientemente a flexibilização monetária em larga escala.”

O governo de Taiwan aprovou a nova fábrica de chips da Taiwan Semicondutores no Japão

A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co Ltd. recebeu aprovação para abrir uma fábrica de chips no Japão, disse a comissão de investimentos de Taiwan do ministério de assuntos econômicos, que aprovou o investimento, em um comunicado na segunda-feira (20).

A TSMC, fabricante mundial de chips contratados, disse no mês passado que construiria uma fábrica de chips de US$ 7 bilhões no Japão com o Sony Group.

“A tecnologia que será usada na nova fábrica da TSMC no Japão está atrasada em relação ao que foi aplicado em Taiwan por pelo menos uma geração ou mais. Não deve haver dúvidas sobre o fluxo de saída de tecnologia de ponta”, disse a comissão de investimento no comunicado.

A potência tecnológica de Taiwan, lar de fabricantes de chips como a TSMC, se tornou a frente e o centro dos esforços para resolver a escassez de chips que fechou algumas linhas de produção automotiva e impactou fabricantes de eletrônicos de consumo em todo o mundo.

TSMC, um importante fornecedor da Apple, produz alguns dos semicondutores mais avançados do mundo.

Parlamento do Japão aprova orçamento extra recorde para garantir crescimento pós-pandemia

O parlamento do Japão aprovou na segunda-feira (20) o primeiro orçamento extra do ano fiscal de 2021, com um gasto recorde de US$ 317 bilhões, para ajudar a economia a resistir às consequências da Covid-19, sobrecarregando ainda mais as cargas de dívida mais pesadas do mundo industrial.

O orçamento de 36 trilhões de ienes (US$ 317 bilhões) destina fundos para combater a Covid-19, inclusive para garantir vacinas e medicamentos, ao mesmo tempo que oferece pagamentos em dinheiro para famílias com crianças e fundos para a promoção do turismo.

É o maior orçamento suplementar que o governo já implementou. O governo do Japão emitiu três orçamentos extras no último ano fiscal.

O orçamento extra será parcialmente financiado por cerca de 22 trilhões de ienes em títulos do governo adicionais a serem emitidos no ano fiscal atual.

O primeiro-ministro Fumio Kishida disse que seu primeiro orçamento extra visava restaurar a economia atingida pela Covid e alcançar um ciclo virtuoso de crescimento e distribuição de riqueza, ao mesmo tempo em que consertava as finanças públicas do país no longo prazo.

O orçamento também visa a promoção do turismo, garantindo financiamento corporativo, impulsionando o crescimento na transformação verde e digital e fortalecendo fábricas de semicondutores e cadeias de abastecimento.

O orçamento extra também será uma fonte de financiamento para o pacote econômico recorde do governo de 79 trilhões de ienes, divulgado no mês passado. O governo diz que o pacote, que inclui um gasto recorde de 55,7 trilhões de ienes, vai impulsionar o produto interno bruto em cerca de 5,6%, uma estimativa que economistas do setor privado dizem ser muito otimista.

China pede aquisições de projetos imobiliários para ajudar incorporadoras em dificuldades

A China está pedindo a grandes empresas privadas e estatais que adquiram projetos imobiliários de incorporadores problemáticos para reduzir os riscos de que as pilhas de dívidas desestabilizem a economia, disse o China Securities Journal.

O Banco Popular da China (PBOC) e a Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China (CBIRC) emitiram recentemente um aviso às instituições financeiras, instando-as a fortalecer o apoio financeiro para tais aquisições, informou o jornal.

Nos últimos meses, os reguladores chineses abrandaram marginalmente as restrições ao financiamento do setor imobiliário, para evitar que os riscos da dívida se espalhem por empreendedores em dificuldade, incluindo o China Evergrande Group e a Kaisa Property Holdings.

Os reguladores estão pedindo aos bancos chineses que forneçam ativamente empréstimos para financiar aquisições de projetos de propriedade de incorporadores com pouco dinheiro, e evitem cortar ou retirar empréstimos a essas empresas, informou o China Securities Journal.

Mas apenas a aquisição de projetos imobiliários, em vez de adquirir participações nas incorporadoras em dificuldades, seria incentivada, disse o jornal, citando fontes não identificadas.

Enquanto isso, os desenvolvedores sem problemas financeiros também estão sendo incentivados a emitir títulos para financiar essas aquisições, e o PBOC está pedindo às instituições financeiras que invistam em tais instrumentos de dívida, de acordo com o jornal.

Os desenvolvedores, incluindo a China Merchants Shekou Industrial Zone Holdings, planejam emitir instrumentos de dívida por meio do mercado interbancário no curto prazo para financiar fusões e aquisições, informou a mídia local.

China deve estender as repressões regulatórias até 2022

Após o ano de repressões sem precedentes na China, mercados turbulentos e acordos suspensos, banqueiros e advogados esperam que um escrutínio mais rigoroso continue em 2022, mas dizem que regras mais claras darão aos investidores alguma certeza sobre o ambiente regulatório.

No ano passado, Pequim reprimiu as violações antitruste, baniu grupos de ensino privado, refreou a farra de dívidas de incorporadores imobiliários e tornou algumas listagens offshore quase impossíveis.

Os analistas esperam que essas ações se estendam até o ano novo, com foco particular na proteção de dados e negócios que apresentam riscos à segurança nacional, enquanto as autoridades também procuram intensificar o controle sobre a empresa privada.

“Os investidores foram forçados a considerar uma série de novos riscos regulatórios no ano passado, e esses temores não vão desaparecer tão cedo”, disse Logan Wright, diretor de pesquisa de mercado da China no Rhodium Group.

“Também vimos algumas instituições burocráticas expandindo com sucesso suas atribuições nos últimos meses, o que amplia o leque de potenciais preocupações regulatórias para os investidores no próximo ano”, disse ele.

Em novembro, a China elevou o status da unidade antitruste da Administração Estatal de Regulação do Mercado para nível de ministério-adjunto, uma promoção burocrática que lhe dá mais acesso a recursos para sondar negócios.

Em um sinal de novas medidas que virão, a Reuters relatou na semana passada que os reguladores estão planejando proibir as corretoras on-line de oferecer serviços de comércio offshore para clientes do continente devido a preocupações com a segurança de dados e saídas de capital.

Separadamente, Pequim expandiu sua prática de assumir participações minoritárias em empresas privadas, antes limitadas aos meios de comunicação, para empresas que possuem grandes quantidades de dados importantes, disseram fontes à Reuters.

Alex Roberts, um advogado da Linklaters com sede em Xangai, disse que os reguladores também analisarão mais profundamente a segurança da rede de grandes empresas de tecnologia e esperam uma maior sobreposição de dados e objetivos de supervisão dos reguladores antitruste.

Essas medidas regulatórias ocorrem no momento em que a China entra em um ano crítico com o presidente Xi Jinping quase certo de garantir um terceiro mandato histórico como líder do Partido Comunista. “Os controles (governamentais) mais rígidos não têm precedentes desde que Deng Xiaoping abriu gradualmente a economia”, disse Andrew Collier, diretor administrativo da Orient Capital Research, com sede em Hong Kong.

China Mobile levantará até US$ 8,8 bilhões na listagem de ações de Xangai

A China Mobile, a maior operadora de rede móvel do mundo, pretende arrecadar até US$ 8,8 bilhões (£ 6,7 bilhões) ao listar suas ações em Xangai.

A empresa foi lançada na Bolsa de Valores de Nova York devido a regras impostas durante a presidência de Donald Trump.

Ela se junta a um número crescente de empresas chinesas listadas nos Estados Unidos que estão saindo de Wall Street.

Os rivais menores da China Mobile, China Telecom e China Unicom, já mudaram para seu país de origem.

As três empresas foram retiradas da Bolsa de Valores de Nova York após uma decisão da era Trump de restringir os investimentos em empresas chinesas de tecnologia.

A política permaneceu inalterada sob a administração do presidente Joe Biden, já que as tensões entre Washington e Pequim continuam a ser tensas.

Líderes do Talibã pedem ajuda internacional para evitar crise migratória

Importantes representantes do Talibã apelaram no sábado (18) por ajuda internacional para combater o agravamento da crise econômica que tem alimentado o temor de outro êxodo em massa de refugiados do Afeganistão.

Os comentários, em uma reunião especial para marcar o dia internacional dos migrantes da ONU, ressaltaram a posição do novo governo islâmico do Talibã para ampliar laços com a comunidade mundial, quatro meses depois do grupo ter tomado o poder no país em meio à retirada dos militares dos Estados Unidos do país.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Talibã, Sher Mohammad Abbas Stanikzai, disse que é responsabilidade de países como os EUA, que bloquearam bilhões de dólares em reservas do banco central afegão, ajudar o Afeganistão a se recuperar após décadas de guerra.

“O impacto dos recursos congelados é sobre as pessoas comuns e não sobre as autoridades do Talibã“, disse ele na conferência, com a presença de representantes da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do ACNUR, a organização de refugiados das Nações Unidas.

Organismos da ONU estimam que milhões de afegãos podem enfrentar a fome durante o inverno sem ajuda urgente. Envios de ajuda têm sido prejudicados pela falta de vontade internacional de envolvimento direto com o Talibã.

A retirada abrupta da ajuda externa após a vitória do Talibã levou a frágil economia do Afeganistão à beira do colapso. Milhões estão sem trabalho e o sistema bancário está apenas parcialmente funcional.

“Se a situação política e econômica não mudar, haverá mais migração”, disse Stanikzai.

Israel vai proibir viagens para os EUA e Canadá em relação à variante Ômicron

Os ministros israelenses concordaram na segunda-feira (20) em proibir viagens aos Estados Unidos, Canadá e outros oito países em meio à rápida disseminação global da variante Ômicron.

O gabinete do primeiro-ministro Naftali Bennett anunciou a decisão após uma votação do gabinete.

A rara mudança para a lista vermelha dos EUA ocorre em meio ao aumento das infecções por Coronavírus em Israel e marca uma mudança nas práticas de pandemia entre as duas nações com estreitas relações diplomáticas. Os Estados Unidos se juntarão a uma lista crescente de países europeus e outros destinos para os quais os israelenses estão proibidos de viajar e dos quais os viajantes que retornam devem permanecer em quarentena.

Espera-se que uma comissão parlamentar dê a aprovação final à medida. Uma vez autorizada, a proibição de viagens entrará em vigor à meia-noite da manhã de quarta-feira (22).

Israel viu um aumento de novos casos da variante mais infecciosa do Coronavírus nas últimas semanas, e começou a fechar suas fronteiras e restringir viagens no final de novembro. Cidadãos estrangeiros não têm permissão para entrar e todos os israelenses que chegam do exterior são obrigados a entrar em quarentena – incluindo as pessoas que foram vacinadas.

Outros países que foram aprovados para serem adicionados à proibição de viagens a partir de quarta-feira são Bélgica, Alemanha, Hungria, Itália, Marrocos, Portugal, Suíça e Turquia.

Israel lançou uma campanha de vacinação líder mundial no início deste ano, e mais de 4,1 milhões dos 9,3 milhões de israelenses receberam uma terceira dose da vacina Pfizer / BioNTech.

Em um discurso no horário nobre no domingo, o primeiro-ministro israelense Naftali Bennett pediu aos pais que vacinassem seus filhos, declarando que a “quinta onda” de infecções por Coronavírus no país havia começado. Até domingo, o Ministério da Saúde de Israel relatou 175 casos da nova variante.

Israel registrou pelo menos 8.232 mortes por Coronavírus desde o início da pandemia.

Países da OIC prometem fundo para afastar o ‘caos’ do Afeganistão

As nações muçulmanas se comprometeram a criar um fundo para ajudar o Afeganistão a evitar um colapso econômico iminente que, segundo eles, teria um impacto global “horrendo”.

Em uma reunião especial no Paquistão dos 57 membros da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), os delegados também resolveram trabalhar com as Nações Unidas para tentar desbloquear centenas de milhões de dólares em bens afegãos congelados.

O fundo prometido fornecerá ajuda humanitária por meio do Banco de Desenvolvimento Islâmico (BID), que forneceria uma cobertura para os países doarem sem negociar diretamente com os governantes talibãs do país.

Uma resolução da OIC divulgada após a reunião disse que o BID lideraria os esforços para liberar a assistência até o primeiro trimestre do ano que vem.

A reunião foi a maior conferência sobre o Afeganistão desde que o governo apoiado pelos EUA caiu em agosto e o Talibã voltou ao poder.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, alertou anteriormente sobre o caos se o agravamento da emergência não fosse tratado com urgência.

“A menos que uma ação seja tomada imediatamente, o Afeganistão está caminhando para o caos”, disse Khan em uma reunião de ministros das Relações Exteriores da OIC em Islamabad.

A crise está causando crescente alarme, mas a resposta internacional foi silenciada, dada a relutância do Ocidente em ajudar o governo do Talibã, que assumiu o poder em agosto.

Bilhões de dólares em ajuda e ativos foram congelados pela comunidade internacional, e a nação está no meio de um inverno rigoroso. Khan dirigiu seus comentários aos EUA, instando Washington a abandonar as condições prévias para liberar fundos desesperadamente necessários e reiniciar os sistemas bancários do Afeganistão.

“Falo especificamente com os Estados Unidos que eles devem desvincular o governo do Afeganistão dos 40 milhões de cidadãos afegãos”, disse ele, “mesmo que estejam em conflito com o Talibã há 20 anos”.

Ele também pediu cautela ao vincular o reconhecimento do novo governo aos ideais ocidentais de direitos humanos.

“Cada país é diferente, a ideia de direitos humanos de cada sociedade é diferente”, disse ele.

Aeroporto de Dubai totalmente operacional pela primeira vez desde a pandemia

O aeroporto de Dubai, um dos centros de viagens mais movimentados do mundo, está totalmente operacional pela primeira vez desde a erupção da pandemia de Coronavírus em março de 2020, disseram autoridades.

A abertura de seções fechadas com o início da crise da Covid-19 ocorre no momento em que os Emirados Árabes Unidos registram um aumento de infecções em meio a temores da nova variante Ômicron.

“Após a abertura da fase final, o aeroporto está 100% operacional com todos os terminais, saguões, salões, restaurantes e lojas de varejo agora abertos”, disse um comunicado divulgado pela agência de notícias oficial WAM dos Emirados Árabes Unidos.

As viagens por Dubai aumentam no final do ano, com estrangeiros, que constituem a maioria da população do emirado, voltando para casa nas férias e visitantes chegando para comemorar o ano novo.

No ano passado, o Aeroporto Internacional de Dubai registrou uma queda de 70% no tráfego, de mais de 86 milhões de viajantes em 2019 para 25,9 milhões em 2020.

No primeiro semestre deste ano, 10,6 milhões de pessoas passaram pelo aeroporto, uma queda de 41% em relação ao período anterior.

O turismo é um pilar da economia de Dubai, que recebeu 16,7 milhões de visitantes em 2019.

A UAE, feita de sete emirados, incluindo Abu Dhabi e Dubai, promoveu uma campanha abrangente de vacinação para sua população de quase 10 milhões.

Mas os números de infecção por Coronavírus estão novamente em alta, com os Emirados Árabes Unidos registrando 301 casos na segunda-feira (20), em comparação com apenas 92 na semana passada.

Desde o início da pandemia, os Emirados Árabes Unidos registraram mais de 744.400 casos, incluindo 2.152 mortes.

A WAM também informou na segunda-feira que Abu Dhabi recebeu seu primeiro carregamento do Evusheld da AstraZeneca, um tratamento anticorpo.

Irã, ao contrário do Ocidente, otimista com as negociações nucleares, dizem especialistas

O Irã acredita que marcou pontos nas negociações de Viena destinadas a reviver seu esfarrapado acordo nuclear de 2015 ao conseguir incluir o alívio das sanções em documentos de discussão para a próxima rodada, dizem os especialistas.

O levantamento do regime de sanções punitivas que o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs quando retirou Washington do acordo em 2018, tem sido a principal prioridade de Teerã.

As potências europeias expressaram frustração com a falta de progresso até agora nas negociações de Viena, que seus diplomatas alertaram na sexta-feira (17) que estão “chegando rapidamente ao fim da estrada”.

Mas, da perspectiva de Teerã, houve progresso, dizem autoridades iranianas e analistas políticos da república islâmica e de outros países.

“As partes concordaram em dois novos textos, resultado de intensas discussões nos últimos dias em Viena”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, na segunda-feira (20).

“Estes são documentos nos quais a posição do Irã foi levada em consideração, e com base nos quais podemos continuar as discussões futuras.”

Bernard Hourcade, um especialista francês em Irã, disse que Teerã “teve sucesso nesta sessão em convencer seus interlocutores de que as sanções devem ser resolvidas com prioridade, porque isso abrirá o caminho para uma solução técnica do componente nuclear”.

Ele disse que o Irã regularmente enfatiza que “sempre respeitou” o acordo original de 2015, chamado de Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA), e “que cabe aos Estados Unidos, que desrespeitou sua honra, reparar os danos.”

O Irã, acrescentou, “sabe que o equilíbrio de poder é vantajoso porque agora está no limiar, que é capaz, a curto prazo, como cerca de 30 outros países do mundo, de fabricar uma bomba atômica, se desejar. Ele pode enriquecer urânio sempre que quiser.”

As partes do acordo de 2015 com o Irã, Grã-Bretanha, China, França, Alemanha, Rússia e os Estados Unidos, viram nele a melhor maneira de impedir o desenvolvimento de uma capacidade de armas nucleares, uma meta que Teerã sempre negou perseguir.

O Irã prometeu reduzir suas atividades nucleares, que são monitoradas pela Agência Internacional de Energia Atômica, em troca de alívio das sanções então em vigor contra ele.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
23/12/2021