Cenário Econômico Internacional – 30/12/2021

Cenário Econômico Internacional – 30/12/2021

Cenário Econômico Internacional – 30/12/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Desmond Tutu, símbolo da luta contra o apartheid e Nobel da Paz, morre aos 90 anos
  • Economia mundial definida para ultrapassar US$ 100 trilhões pela primeira vez no próximo ano
  • Conselho da OTAN quer reunião para discutir garantias de segurança da Europa
  • Pela primeira vez, mundo registra mais de 1 milhão de casos de Covid em 24 horas
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Ômicron não deve prejudicar cadeia de abastecimento no longo prazo, diz secretária de Comércio dos EUA
  • Biden é insultado por apoiadores de Trump durante ligação de Natal
  • Em missão histórica, Nasa lança com sucesso o James Webb, maior telescópio do mundo
  • O presidente da Venezuela, Maduro, visitará o Irã ‘muito em breve’
  • Apple fecha lojas de Nova York após aumento de casos de Covid
  • Biden sanciona pacote de US$ 770 bilhões para a Defesa nos EUA
  • O CDC dos EUA estima que a variante do Ômicron seja responsável por 58,6% dos casos de Covid-19, e revisa a projeção
  • O ex-líder da maioria no Senado dos EUA, Harry Reid, morre aos 82 anos
  • Mercado acionário europeu
  • Variante Ômicron torna-se dominante em Portugal, um dos países mais vacinados do mundo
  • Rússia está considerando proposta da Otan para discussões em 12 de janeiro, diz agência
  • Berlim quer que a UE seja o ‘Quarto Reich alemão’, diz Kaczynski da Polônia
  • Presidente da Polônia veta polêmica lei de mídia após pressão dos EUA
  • Rússia e EUA irão dialogar sobre Ucrânia e segurança nuclear em 10 de janeiro
  • Após saída de Merkel, Europa busca desesperadamente um novo líder
  • Indústria do turismo da Itália pede mais ajuda estatal à medida que o número de visitantes cai
  • Tribunal fecha outro grupo de direitos humanos na Rússia
  • Mercado acionário na Ásia
  • Grupo chinês Evergrande relata progresso na retomada de entregas de moradias
  • Regras chinesas de listagem no exterior reduzem incertezas do mercado
  • China estende isenções tarifárias para alguns produtos dos EUA por mais 6 meses
  • Premiê do Japão pede esforços do BC para atingir meta de inflação
  • BC da China manterá política monetária flexível no próximo ano para apoiar crescimento
  • Indústria de chips de Taiwan surge como frente de batalha no confronto EUA-China
  • Jornal pró-democracia de Hong Kong fecha após operação policial e detenções
  • Talibã proíbe mulheres de viajar sem acompanhante homem
  • Embarques de produtos químicos impulsionam o crescimento das exportações sauditas não petrolíferas em outubro
  • A Arábia Saudita revisará o IVA quando a posição fiscal melhorar, promete o ministro
  • Os preços do petróleo sobem à medida que as preocupações com a demanda de combustível diminuem
  • Israel aprova medidas para palestinos após reunião de líderes

Desmond Tutu, símbolo da luta contra o apartheid e Nobel da Paz, morre aos 90 anos

Morreu aos 90 anos o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1984 por sua luta contra o apartheid na África do Sul. A informação foi confirmada pelo presidente do país, Cyril Ramaphosa, no domingo (26).

“A morte do arcebispo emérito Desmond Tutu é outro capítulo de luto no adeus de nossa nação a uma geração de sul-africanos excepcionais que nos deixou uma África do Sul liberta”, disse Ramaphosa.

“Desmond Tutu era um patriota sem igual; um líder de princípio e pragmatismo que deu significado à compreensão bíblica de que a fé sem obras está morta”, continuou o presidente.

Ativista pelos direitos humanos, o arcebispo anglicano falava sobre a ocupação do território palestino por Israel, direitos da população LGBTQIA+, mudanças climáticas e outros assuntos de relevância mundial.

Tutu deixa a esposa, Nomalizo Leah, e quatro filhos.

Em 1984, Tutu recebeu o Nobel da Paz por sua oposição não violenta ao apartheid. Uma década mais tarde, ele testemunhou o fim do regime e presidiu a Comissão da Verdade e da Reconciliação, criada para revelar as atrocidades cometidas durante aqueles dias sombrios.

Tutu comandou numerosas marchas e campanhas para acabar com o apartheid nos degraus da entrada da Catedral de São Jorge, e em resultado disto se tornou conhecida como a “Catedral do Povo” e um símbolo poderoso da democracia local.

Ele foi amigo de toda a vida de Nelson Mandela, e durante algum tempo morou na mesma rua do município sul-africano de Soweto, a única rua do mundo que abrigou dois ganhadores do Prêmio Nobel da Paz.

Economia mundial definida para ultrapassar US$ 100 trilhões pela primeira vez no próximo ano: Macro Instantâneo

A produção econômica mundial no próximo ano deve ultrapassar US$ 100 trilhões pela primeira vez, de acordo com um relatório da consultoria britânica Cebr.

O relatório também disse que a China demorará mais do que o esperado para superar os Estados Unidos como a maior economia do mundo. Ele previu que a China ocupará esse lugar em 2030, em comparação com 2028 no relatório anterior, de acordo com a Reuters.

Também é provável que a economia da Alemanha supere a do Japão em 2033.

A Rússia está destinada a se tornar uma das 10 maiores economias do mundo em 2036 e a Indonésia espera alcançar o nono lugar em 2034, acrescentou o relatório.

Ameaça de inflação

O chefe do fundo de riqueza da Noruega disse que os mercados financeiros devem experimentar retornos fracos na próxima década e que a inflação é o principal obstáculo à frente.

O fundo teve uma taxa média de retorno de 6% durante um quarto de século, mas retornos mais baixos são esperados e podem se tornar negativos, de acordo com a Bloomberg.

Ele afirmou que a inflação está afetando várias frentes, como taxas de frete, preços de metais e alimentos, custos de construção e potencialmente salários. O CEO do maior fundo de riqueza do mundo acrescentou que a inflação pode ter mais consequências do que se acredita atualmente.

Movimento político não convencional da Turquia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o país não vai depender do aumento das taxas de juros para combater a inflação, indicando que algumas das políticas que ele lançou na semana passada estabilizaram a inflação em menos de um dia.

O governo mudará seu foco para o crescimento econômico, enfatizando o investimento, emprego, produção, exportações e um superávit em conta corrente, informou a Bloomberg, citando Erdogan.

Preços japoneses aceleram

A taxa de inflação anual no Japão atingiu 0,6% em novembro, acelerando de 0,1% no mês anterior, mostraram dados oficiais.

O aumento nos preços ao consumidor foi atribuído a um aumento de 9,2% nos custos de combustível, luz e água, bem como um aumento de 1,4% nos preços dos alimentos.

Se os preços dos alimentos frescos e da energia fossem excluídos, a taxa anual refletiria, na verdade, uma deflação de 0,6%.

Em termos mensais, os preços gerais ao consumidor no país subiram 0,3% em novembro.

Economia mexicana

O PIB do México diminuiu 0,2% em outubro em comparação com um mês atrás, enquanto o país continuava a lutar com questões relacionadas à pandemia que se estendiam até o quarto trimestre deste ano.

Além disso, esta foi a terceira queda mensal consecutiva na atividade econômica, informou a Reuters, citando dados da agência de estatísticas oficial do país, INEGI.

As exportações do país, em termos dessazonalizados, atingiram o maior recorde histórico de US$ 43,9 bilhões em novembro, induzindo o primeiro déficit em seis meses, avaliado em US$ 463 milhões.

Banco central da China

O Banco Popular da China, o banco central chinês, disse que a economia real do país deve receber mais apoio e que a política monetária se tornará mais voltada para o futuro.

O banco também pretende impulsionar o crescimento do setor imobiliário, salvaguardando os direitos dos compradores de casas e ajudando no atendimento à demanda por imóveis, de acordo com a Bloomberg.

Conselho da OTAN quer reunião para discutir garantias de segurança da Europa

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, anunciou que propôs convocar uma reunião do Conselho Rússia-OTAN no próximo dia 12 de janeiro.

“Considerando as preocupações da OTAN sobre as ações russas, qualquer diálogo com a Rússia deve ser realizado com base na reciprocidade, nos princípios importantes e nos documentos fundamentais da segurança europeia, em coordenação com os parceiros europeus da Aliança”, garantiu Stoltenberg.

No dia 17 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia publicou os projetos de acordo com os EUA e a OTAN sobre novas garantias recíprocas de segurança na Europa. Segundo Moscou, o projeto foi encaminhado e já recebido por todos os países da OTAN.

A chancelaria da Rússia disse estar considerando o convite para o encontro do Conselho Rússia-OTAN, em que é preciso decidir várias questões, inclusive a respeito da composição da delegação. “Estamos trabalhando no assunto. É preciso rever muitas questões, inclusive a composição da delegação. Como se sabe, em resultado das ações hostis da OTAN, não só não temos um embaixador, como não temos qualquer diplomata, representante militar credenciado junto da OTAN. Por isso, estamos revendo todas estas questões”, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores do país, Aleksandr Grushko. 

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, reiterou a fala de Grushko, ao afirmar que a Rússia estava analisando a proposta da OTAN de realizar em janeiro uma reunião do Conselho Rússia-OTAN. Mas, Zakharova acrescentou ainda que seu governo se encontra disposto a efetuar um diálogo direto com a OTAN sobre os acordos de garantias de segurança, propostas por Moscou, e que buscam prevenir uma maior expansão da Aliança para leste e a implantação de armas próximo as fronteiras russas.

Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov foi categórico ao comunicar que a Rússia deve pôr fim à expansão da OTAN para leste e excluir a adesão da Ucrânia à Aliança. Além disso, Ryabkov declarou que, na normalização da situação de segurança atual, a prioridade é a diplomacia, porém que outros cenários de desenvolvimento dos acontecimentos continuam em aberto. De acordo com o MRE russo não tem como voltar ao passado, inclusive aos tempos da União Soviética, no entanto o país não pode tolerar mais o comportamento do Ocidente.

Pela primeira vez, mundo registra mais de 1 milhão de casos de Covid em 24 horas

O mundo registrou, pela primeira vez, mais de um milhão de casos em um único dia: 1,4 milhão. Os dados são da plataforma “Our World in Data”, ligada à Universidade de Oxford.

Os dados são compilados desde janeiro de 2020. O primeiro grande pico foi registrado em 7 de janeiro deste ano, com quase 900 mil casos. Três meses depois, em abril, a marca de 900 mil foi rompida três vezes. Em dezembro, com a variante Ômicron circulando, os registros diários se aproximaram de um milhão, batendo a marca nas últimas 24 horas.

O país com o maior número de casos registrados foram os Estados Unidos, com mais de 512.553 casos, cerca de 37% do total. Em seguida vêm o Reino Unido (318.699, equivalente a 23%) e a Espanha (15%). É importante lembrar, entretanto, que países como o Reino Unido estão entre os que mais testam no mundo, por isso, é possível que haja casos ainda mais casos não rastreados em outros lugares.

Apesar da incerteza por causa dos níveis diferentes de testagem entre os países, mesmo no continente europeu, a Europa é a região responsável por mais da metade dos casos registrados na segunda-feira (27): dos 1,4 milhão de casos, 763.876 foram vistos nessa parte do mundo (o equivalente a 54,5% do total).

Também segundo o “Our World in Data”, a Europa tem apenas 60,73% da população totalmente vacinada contra a Covid-19. No Brasil, esse percentual está próximo dos 67%.

O percentual europeu, entretanto, esconde realidades distintas entre os países: enquanto em Gibraltar, território ultramarino britânico, a cobertura vacinal está acima dos 100%, na Bósnia, na Armênia e em Guernsey, por exemplo, o percentual está em torno de 22%, os mais baixos da região.

Na segunda-feira (27), países como Alemanha, França, Reino Unido e Estados Unidos anunciaram restrições para conter a variante Ômicron.

Na Alemanha, os encontros em grupo têm limite máximo de 10 pessoas vacinadas ou recuperadas da doença. Grandes eventos culturais e esportivos devem ocorrer sem público.

Na França, onde os 100 mil novos casos foram superados pela primeira vez em 24 horas desde o início da pandemia, o passaporte sanitário atual deve ser substituído pelo passaporte de vacinação. O país também decidiu que vai tornar compulsório o trabalho em casa pelo menos três dias por semana.

Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte decretaram novas restrições que incluem limite no total de pessoas em encontros, funcionamento de bares e distanciamento social. Enquanto isso, na Inglaterra, o governo aguarda mais evidências sobre se o serviço de saúde consegue lidar com as altas taxas de infecção.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos Estados Unidos, atualizou nesta segunda-feira (27) suas diretrizes de isolamento para casos confirmados de Covid-19. O tempo recomendado passa de 10 para 5 dias, seguido de uso constante de máscara por mais 5 dias quando o paciente estiver em contato com outras pessoas.

O doutor Anthony Fauci, a maior autoridade de doenças infecciosas do país, pediu nesta segunda que as pessoas evitem aglomerações de Ano Novo para diminuir a disparada de casos provocados pela Ômicron.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (27), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, os mercados acionários de Nova York voltaram do feriado do Natal com fôlego. Mesmo em semana atípica pelo fim do ano, com volumes menores em negociação, o índice S&P 500 renovou recorde histórico de fechamento, com o setor de tecnologia entre os destaques na segunda-feira (27). O índice Dow Jones teve alta de 0,98%, a 36.302,38 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 1,38%, a 4.791,19 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,39%, a 15.871,26 pontos.

Na terça-feira (28), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, com novo recorde histórico intraday do índice S&P 500. Ao longo do dia, porém, o quadro misto predominou, com o Nasdaq em queda mais clara e o S&P 500 oscilando, tirando impulso do rali de fim de ano que muitas vezes ocorre nas bolsas locais. O índice Dow Jones teve alta de 0,26%, a 36.398,21 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,10%, a 4.786,35 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,56%, a 15.781,72 pontos.

Na quarta-feira (29), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, O Dow Jones se aproximava de uma máxima histórica, impulsionado pelas varejistas Home Depot e Nike, enquanto os recordes de infecções diárias de Covid-19 nos EUA continham os ganhos em meio à baixa liquidez na última semana do ano. Por volta das 14h15, o índice Dow Jones registrava alta de 0,10%, a 36.435,32 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,084%, a 4.782,32 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,31%, a 16.437,98 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 23.12.21 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (17) cotado a R$ 5,6634 com queda de 0,09%. O dólar operou em baixa ante a maioria das moedas, em dia marcado por menor cautela entre investidores por conta da variante Ômicron do Coronavírus, movimento impulsionado por sinalização sobre menor gravidade da doença e eficácia de vacinas.

Na segunda (27) – O dólar à vista registrou queda de 0,43%, cotado a R$ 5,6393 na venda. O dólar emendou a quarta queda ante o real nesta segunda-feira, fechando na mínima em mais de duas semanas, com investidores captando o dia otimista nos mercados externos após dados nos EUA sugerirem força da economia a despeito da variante Ômicron da Covid-19. O dólar oscilou entre R$ 5,7060 na máxima e R$ 5,6340 na mínima.

Na terça-feira (28) – O dólar à vista registrou alta de 0,016%, cotado a R$ 5,6401 na venda. Em sessão sem grandes catalisadores e de baixa liquidez devido à aproximação do final do ano, com a disseminação global da Covid-19 e a saúde fiscal do Brasil no radar de investidores. O dólar oscilou entre R$ 5,6629 na máxima e R$ 5,6224 na mínima.

Na quarta-feira (29) – Por volta das 14h15, o dólar operava em alta de 1,01% cotado a R$ 5,6970 na venda. O destaque hoje é o IGP-M acima do esperado, e a leve alta do dólar é atribuída ainda a um fluxo financeiro negativo residual de fim de ano, porque o grosso das remessas de lucros e demanda para ajustes contábeis de empresas já ocorreu nas semanas anteriores.

Ômicron não deve prejudicar cadeia de abastecimento no longo prazo, diz secretária de Comércio dos EUA

Parece ser improvável que a variante Ômicron do Coronavírus tenha um impacto de longo prazo na cadeia de abastecimento da manufatura nos próximos meses, mas isso dependerá de quantas pessoas forem vacinadas, disse a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo.

“Não acho que a Ômicron causará interrupções significativas de longo prazo na cadeia de abastecimento”, disse ela em entrevista à CNN norte-americana.

Biden é insultado por apoiadores de Trump durante ligação de Natal

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi insultado durante uma ligação telefônica para celebrar o Natal na sexta-feira (24), quando uma pessoa usou uma frase muito popular entre os simpatizantes do ex-presidente Donald Trump.

O presidente e sua esposa Jill seguiram a tradição de conversas com algumas pessoas que ligavam para uma linha especial para acompanhar o trajeto do Papai Noel, que é rastreado desde 1955 pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD).

Por videoconferência na Casa Branca, os dois conversaram com um homem que se identificou como “Jared”, pai de quatro filhos.

Depois de conversar rapidamente com as crianças sobre os presentes que pediram e afirmar que precisavam ir para a cama antes da meia-noite, Biden conversou com o pai e comentou que os dois tinham um filho chamado Hunter.

No fim da conversa, o presidente americano desejou um “Natal maravilhoso” ao interlocutor, que respondeu “eu também desejo um Natal maravilhoso para vocês, Feliz Natal”. E se despediu com a frase “Vamos Brandon”.

“Vamos Brandon, eu concordo”, respondeu Biden, sem outro comentário para a frase, um código para ofender o presidente.

Não ficou claro se o presidente entendeu imediatamente a referência, mas a primeira-dama Jill Biden deu um sorriso constrangido.

Em missão histórica, Nasa lança com sucesso o James Webb, maior telescópio do mundo

Em uma missão histórica, o telescópio espacial James Webb foi lançado pela Nasa na manhã de sábado (25) a partir de uma base da Agência Espacial Europeia (ESA) na Guiana Francesa. É o maior e mais poderoso telescópio do mundo.

O James Webb é o novo telescópio espacial da Nasa. Ele é, basicamente, um grande observatório espacial que consegue enxergar objetos, como estrelas, galáxias e exoplanetas, super distantes no espaço. Sou nome foi dado em homenagem a um supervisor da Nasa da década de 60.

O telescópio infravermelho custou quase US$ 9 bilhões e tem uma massa de 6,5 toneladas. Após entrar em órbita, ele irá se desenrolar gradualmente até chegar ao tamanho de uma quadra de tênis. Esse processo está previsto para durar 13 dias.

Seu destino é uma órbita a 1,5 milhões de km da Terra. Isso é quase quatro vezes a distância do nosso planeta até a Lua. Apesar de estar bastante longe, o telescópio ficará sempre alinhado à Terra.

Diferenças em relação ao Hubble

A primeira é que ele é maior do que o seu antecessor então consegue captar bem mais luz e enxergar mais longe. Seu espelho primário tem 6,5m de diâmetro (quase 3 vezes maior do que o do Hubble).

O espelho de 18 segmentos do Telescópio Espacial James Webb vai capturar a luz infravermelha de algumas das primeiras galáxias que se formaram.

Outra é que o James Webb só consegue enxergar em infravermelho. Esse tipo de radiação quase não é visível para o Hubble, que só consegue enxergar uma faixa limitada dele.

Como a luz infravermelha tem um comprimento de onda é mais longo que os outros, é como se o James Webb vai conseguir olhar mais para trás no tempo, e enxergar as primeiras galáxias que se formaram no início do Universo.

O objetivo é que o telescópio tenha uma vida útil maior do que 10 anos. Essa vida útil é limitada pela quantidade de combustível usado para manter a órbita e pelo funcionamento adequado dos instrumentos. Por ficar tão longe da Terra, fica inviável consertar o Webb se houver algum defeito, como já foi feito com o Hubble.

O presidente da Venezuela, Maduro, visitará o Irã ‘muito em breve’

O presidente venezuelano Nicolas Maduro disse no domingo (26) que em breve visitará o Irã para finalizar novos acordos de cooperação com o país do Oriente Médio, que se tornou o principal aliado da Venezuela para aumentar a produção de petróleo em meio às sanções americanas.

Venezuela e Irã fortaleceram seus laços desde o ano passado.

O governo de Maduro recebeu do Irã equipamento vital para sua indústria de petróleo, que em troca recebeu petróleo bruto e outros recursos primários do país sul-americano. O Irã foi crucial para o aumento da produção de petróleo da Venezuela em 2021.

“Vou a Teerã muito em breve, para uma visita que o presidente (Ebrahim) Raisi me ofereceu, para que nos encontrássemos pessoalmente, para conversarmos e assinarmos novos acordos, e agilizar processos de cooperação”, disse Maduro durante uma entrevista com a emissora de notícias via satélite Al Mayadeen em espanhol, que foi depois transmitida pela televisão estatal venezuelana.

Maduro disse que teve duas conversas telefônicas com o presidente do Irã, acrescentando que eles concordaram em trabalhar em novos planos, sem fornecer detalhes. Ele também não deu uma data para a visita, mas descreveu os dois países como “lutadores”.

Em 2022, a Venezuela também buscará reativar os meios de cooperação com os países árabes, acrescentou Maduro, dizendo que “eles nos amam no mundo árabe, eu sei que os governos e povos árabes amam a Venezuela”.

O endurecimento das sanções dos EUA desde 2019 afetou a capacidade da Venezuela de vender petróleo bruto e importar combustível, o que exacerbou a escassez de gasolina em todo o país.

Apple fecha lojas de Nova York após aumento de casos de Covid

A Apple fechou suas lojas em Nova York após o aumento de casos de Covid na região. Nas unidades, entre elas a famosa da Quinta Avenida, só é permitida a entrada para retirar itens comprados previamente. A marca possui 7 lojas em Manhattan.

Outras unidades nos Estados Unidos já tinham sido fechadas, completamente, desde a semana passada. É o caso da loja no Garden Malls, em Palm Beach, na Flórida, que só reabrirá no próximo dia 31.

A marca do iPhone também passou a exigir o uso de máscaras dentro das lojas mesmo onde essa medida não é determinada pelo governo local.

Biden sanciona pacote de US$ 770 bilhões para a Defesa nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou o Ato de Autorização de Defesa Nacional, ou NDAA, na sigla em inglês, para o ano fiscal de 2022, que autoriza investimentos de 770 bilhões de dólares em Defesa, anunciou a Casa Branca.

“O Ato oferece benefícios vitais e intensifica o acesso à Justiça para funcionários militares e suas famílias, e inclui autoridades essenciais para apoiar a Defesa Nacional do nosso país”, disse Biden em nota após sancionar o projeto em lei.

O NDAA é observado de perto por uma ampla faixa de setores da indústria e outros interessados, já que é um dos únicos grandes projetos a se tornar lei a cada ano, e por abordar uma ampla gama de questões. O NDAA é aprovado em lei todos os anos há seis décadas.

Autorizando de cerca de 5% de investimentos a mais para os militares em relação ao ano passado, o NDAA do ano fiscal de 2022 é um compromisso fruto de negociações intensas entre democratas e republicanos do Senado e da Câmara após impasses em relação a políticas relacionadas à Rússia e à China.

O projeto inclui um aumento de salário de 2,7% para tropas e mais compras de aeronaves e embarcações para a Marinha, além de estratégias para lidar com ameaças geopolíticas, especialmente da Rússia e da China.

O CDC dos EUA estima que a variante do Ômicron seja responsável por 58,6% dos casos de Covid-19, e revisa a projeção

A variante Ômicron foi responsável por 58,6% dos casos entre as variantes do Coronavírus em circulação nos Estados Unidos em 25 de dezembro, de acordo com dados do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

A agência também revisou para baixo a proporção de casos Ômicron na semana encerrada em 18 de dezembro para 22% de 73%, citando dados adicionais e a rápida disseminação da variante que em parte causou a discrepância.

“Recebemos mais dados desse período e houve uma proporção reduzida da Ômicron”, disse um porta-voz do CDC. “É importante notar que ainda estamos vendo um aumento constante na proporção de Ômicron.”

A variante de rápida disseminação foi detectada pela primeira vez no sul da África e Hong Kong em novembro, com o primeiro caso conhecido nos Estados Unidos identificado em 1°. de dezembro em uma pessoa totalmente vacinada que viajou para a África do Sul.

Desde então, a cepa se espalhou rapidamente pelo mundo e impulsionou um aumento nas infecções nos EUA, causando cancelamentos generalizados de voos e frustrando as esperanças de uma temporada de férias mais normal.

A variante Delta, que havia sido a cepa dominante nos últimos meses, era responsável por 41,1% de todos os casos de Covid-19 nos Estados Unidos em 25 de dezembro, mostraram dados da agência de saúde pública.

O ex-comissário da Food and Drug Administration dos Estados Unidos, Scott Gottlieb, disse no Twitter que, se a nova estimativa do CDC da prevalência de Ômicron for precisa, ela sugere que uma boa parte das hospitalizações atuais ainda pode ser causada por infecções por Delta.

A agência disse que os dados incluem projeções modeladas que podem diferir das estimativas ponderadas geradas em datas posteriores.

O ex-líder da maioria no Senado dos EUA, Harry Reid, morre aos 82 anos

Harry Reid, o ex-líder da maioria no Senado dos EUA e o mais antigo membro do Congresso de Nevada, morreu. Ele tinha 82 anos.

Reid morreu na terça-feira (28), “pacificamente” e cercado por amigos em casa no subúrbio de Henderson, “após uma batalha corajosa de quatro anos contra o câncer de pâncreas”, de acordo com parentes e um depoimento de Landra Reid, sua esposa de 62 anos.

“Harry era um homem de família devoto e um amigo profundamente leal”, disse ela. “Agradecemos imensamente a manifestação de apoio de tantas pessoas nos últimos anos. Somos especialmente gratos aos médicos e enfermeiras que cuidaram dele. Por favor, saiba que isso significava muito para ele”, disse Landra Reid.

Os preparativos para o funeral serão anunciados nos próximos dias, disse ela.

Harry Mason Reid, um combativo ex-pugilista que virou advogado, era amplamente reconhecido como um dos negociadores mais duros do Congresso, um democrata conservador em uma câmara cada vez mais polarizada que irritava legisladores de ambos os partidos com uma maneira brusca e com este lema: “Prefiro dançar do que lutar, mas eu sei lutar.”

Ao longo de uma carreira de 34 anos em Washington, Reid prosperou em disputas nos bastidores e manteve o Senado controlado por seu partido por meio de dois presidentes, o republicano George W. Bush e o democrata Barack Obama, uma recessão paralisante e a conquista da Câmara pelos republicanos após as eleições de 2010.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (27), as bolsas europeias fecharam em alta, em dia de pouco volume, lideradas por ganhos em papéis de tecnologia e saúde, com a farmacêutica suíça Roche subindo com a aprovação regulatória para produtos relacionados à Covid-19. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,62%, a 485,49 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,76%, a 7.140,39 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,50%, a 15.835,25 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,43%, a 5.534,89 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,68%, a 8.622,10 pontos. O índice FTSE 100 não teve operações.

Na terça-feira (28), as bolsas europeias fecharam em alta, impulsionadas por fortes ganhos de Wall Street, mesmo com a permanência de preocupações com a Ômicron enquanto a França aumenta as restrições e os casos de Covid-19 na Espanha e Reino Unido sobem. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,62%, a 488,50 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,57%, a 7.181,11 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,81%, a 15.963,70 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,47%, a 5.560,79 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,77%, a 8.688,90 pontos. O índice FTSE 100 não teve operações.

Na quarta-feira (29), as bolsas europeias fecharam mistas, em meio à acentuada escalada de casos de Coronavírus na região, onde a variante Ômicron avança rapidamente. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,18%, a 487,63 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,27%, a 7.161,52 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 0,70%, a 15.852,25 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,25%, a 5.574,50 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,17%, a 8.673,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,66%, a 7.420,69 pontos.

Variante Ômicron torna-se dominante em Portugal, um dos países mais vacinados do mundo

A variante Ômicron tornou-se dominante em Portugal, que registou mais de 10.000 novos casos em 24 horas neste sábado (25) pelo terceiro dia consecutivo, de acordo com o último relatório da Direção Geral da Saúde (DGS).

“A variante Ômicron já é dominante em Portugal, com um número de casos estimado em 61,5% em 22 de dezembro”, informa um comunicado que especifica que a mortalidade e as hospitalizações em cuidados intensivos se mantêm “estáveis”.

País com uma das maiores taxas de cobertura vacinal do mundo, Portugal registou 10.016 novos casos em 24 horas e 10 mortes ligadas à Covid-19, de acordo com o último relatório das autoridades de saúde publicado no sábado (25).

No dia anterior, o país havia registrado 12.943 novos contágios, o que era um recorde desde 29 de janeiro. Portugal experimentou uma onda de infecções no início de 2020 que sobrecarregou os serviços hospitalares.

Perante a nova variante, Portugal adotou um conjunto de novas medidas de combate à epidemia que incluem, principalmente, o home office obrigatório, a apresentação de um certificado de vacinação para assistir a um espetáculo ou evento desportivo, bem como o fechamento de bares e discotecas.

O governo já havia estabelecido outras restrições no início de dezembro para expandir o uso de máscaras, certificados de vacinação e testes de triagem.

Para diminuir o contágio após os encontros previstos para as comemorações de fim de ano, o governo anunciou no dia 25 de novembro que as férias escolares seriam estendidas e que o trabalho remoto seria obrigatório na primeira semana de janeiro.

Portugal também exige um teste negativo para os viajantes que chegam ao seu território, incluindo aqueles que estão vacinados.

Rússia está considerando proposta da Otan para discussões em 12 de janeiro, diz agência

A Rússia recebeu uma proposta da Otan para começar conversas em 12 de janeiro sobre as preocupações de segurança de Moscou e a está considerando, disse o Ministério das Relações Exteriores segundo publicação da agência de notícias TASS no domingo (26).

A Rússia, que tem deixado o Ocidente nervoso com um deslocamento de tropas perto da Ucrânia, revelou na semana passada uma lista com propostas de segurança que deseja negociar, incluindo uma promessa da Otan de abrir mão de qualquer atividade militar no leste europeu e na Ucrânia.

“Já recebemos essa proposta (da Otan) e a estamos considerando”, teria dito o Ministério das Relações Exteriores, segundo a TASS.

Os Estados Unidos e a Ucrânia afirmam que a Rússia pode estar preparando uma invasão à vizinha ex-soviética. A Rússia nega e diz que é a relação cada vez mais próxima da Ucrânia com a Otan que fez o impasse ficar mais grave. Comparou com a crise dos mísseis cubanos de 1962, quando o mundo ficou à beira da guerra nuclear.

O presidente Vladimir Putin disse na quinta-feira que a Rússia quer evitar um conflito, mas precisava de uma resposta “imediata” dos Estados Unidos e dos seus aliados às suas demandas por garantias. Moscou disse que espera que discussões com autoridades dos EUA sobre o assunto comecem em janeiro em Genebra.

Berlim quer que a UE seja o ‘Quarto Reich alemão’, diz Kaczynski da Polônia

O líder nacional-populista da Polônia Jaroslaw Kaczynski acusou a Alemanha de tentar transformar a União Europeia em um “Quarto Reich Alemão” federalista em uma entrevista publicada na sexta-feira (24).

Há países que “não estão entusiasmados com a perspectiva de construir um Quarto Reich alemão com base na UE”, disse o presidente do partido Lei e Justiça (PiS) ao jornal de extrema direita polonês GPC.

De acordo com Kaczynski, que também é vice-primeiro-ministro da Polônia encarregado da segurança nacional, o termo “Quarto Reich Alemão” “não tem nada de negativo, já que não é o Terceiro Reich, mas o Primeiro”, ou seja, o Sacro Império Romano.

Durante a recente visita do novo chanceler alemão Olaf Scholz à Polônia, seu homólogo polonês Mateusz Morawiecki descreveu o apoio do governo de coalizão alemão a um maior federalismo na União Europeia como utópico, e portanto, perigoso. E reiterou que seu governo apoiava o conceito de uma Europa das nações soberanas.

Kaczynski, que geralmente é considerado o “mentor” de qualquer mudança significativa na Polônia, acrescentou na entrevista que “se nós, poloneses, concordássemos com uma submissão tão moderna, seríamos degradados de muitas maneiras”.

E atacou o Tribunal de Justiça da UE (TJEU), que considerou ser “o instrumento básico” para impor ideias federalistas.

O TJUE, disse ele, pode interpretar o direito europeu e tirar conclusões que considera ilegítimas. “E faz,” ele argumentou.

Bruxelas tem se envolvido em uma batalha prolongada com Varsóvia, principalmente sobre as reformas judiciais lançadas pelo governo PiS desde 2015.

Essas reformas, acusadas de minar a independência dos juízes, renderam à Polônia várias condenações pelo TJUE.

Presidente da Polônia veta polêmica lei de mídia após pressão dos EUA

O presidente da Polônia vetou uma polêmica lei de mídia que foi aprovada no parlamento do país, sob pressão dos EUA.

Andrzej Duda disse na segunda-feira (27) que decidiu vetar o projeto de lei que obrigaria a empresa norte-americana Discovery a abrir mão do controle acionário da rede de TV polonesa TVN.

O presidente observou que o projeto de lei não era popular entre muitos poloneses e teria prejudicado a reputação da Polônia como um lugar para fazer negócios.

Duda estava enfrentando pressão do governo dos Estados Unidos sobre o projeto de lei.

Ele acrescentou que é importante para a Polônia ser vista como um parceiro honrado com seus aliados.

O projeto de lei, que foi aprovado pela câmara baixa do parlamento, teria impedido qualquer entidade não europeia de possuir mais de 49% das ações em emissoras de televisão ou rádio na Polônia.

Seu efeito prático teria como alvo apenas uma empresa existente, a Discovery Inc, forçando o dono norte-americano da maior rede de televisão privada da Polônia, a TVN, a vender a maioria ou até mesmo todas as suas participações na Polônia.

Os líderes do governo polonês pressionaram a legislação e argumentaram que é importante para a segurança e soberania nacional garantir que nenhuma empresa fora da Europa possa controlar empresas que ajudem a formar a opinião pública.

Mesmo assim, muitos poloneses viram o projeto de lei, impulsionado pelo partido governante Law and Justice (PiS) com o qual Duda está alinhado, como uma tentativa de silenciar uma emissora com uma estação totalmente de notícias, a TVN24, e um noticiário noturno em seu canal principal visto por milhões.

Rússia e EUA irão dialogar sobre Ucrânia e segurança nuclear em 10 de janeiro

A Rússia e os Estados Unidos irão dialogar em 10 de janeiro sobre controle de armas nucleares e as tensões com a Ucrânia, informou um porta-voz de Segurança Nacional.

“Os EUA esperam se comprometer com um diálogo com a Rússia”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

Um encontro entre a Rússia e a Otan poderia acontecer em 12 de janeiro, seguido, em 13 de janeiro, por um encontro entre a Rússia e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que também tem os EUA como integrante, completou a fonte.

“A Rússia poderá colocar suas preocupações sobre a mesa e nós poderemos colocar as nossas, particularmente em relação às atividades da Rússia”, disse.

A reunião bilateral em 10 de janeiro acontecerá no âmbito do diálogo estratégico de segurança lançado pelos presidentes Joe Biden e Vladimir Putin durante sua cúpula em Genebra, em junho passado.

Embora esse formato tenha como objetivo principal renegociar os tratados de controle de armas nucleares pós-Guerra Fria, as discussões também giram em torno da situação na fronteira russo-ucraniana, para onde Moscou enviou dezenas de milhares de soldados, indicou um alto funcionário do governo dos EUA que também pediu anonimato.

As reuniões com a Otan e a OSCE irão focar na questão ucraniana.

Em 17 de dezembro, a Rússia revelou duas propostas de tratado para limitar drasticamente a influência dos EUA e da Otan perto de suas fronteiras.

Os documentos foram publicados em plena tensão entre a Rússia e o Ocidente ao longo da fronteira com a Ucrânia, onde americanos e europeus acusam Moscou de preparar uma ofensiva militar.

Os dois textos apresentados, um relativo à Otan e outro aos EUA, visam impedir uma nova expansão da Otan para o leste e o estabelecimento de bases militares norte-americanas em antigos países soviéticos.

Na quinta-feira (23), tanto a União Europeia quanto a Otan demonstraram novamente seu apoio à Ucrânia.

Há sete anos, a Aliança Atlântica denuncia sistematicamente a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia e exige respeito pela soberania territorial da Ucrânia, minada por um conflito com separatistas pró-russos no leste do país desde 2014.

Tanto a Rússia quanto os países ocidentais se acusam mutuamente de provocação, aumentando suas capacidades militares em suas fronteiras comuns.

Após saída de Merkel, Europa busca desesperadamente um novo líder

Emmanuel Macron, Mario Draghi, Olaf Scholz, quem pode suceder Angela Merkel como líder da União Europeia (UE), após a aposentadoria da chanceler depois de 16 anos no poder? A corrida para ocupar esse posto começa em 2022, mas, segundo os analistas, os resultados podem não estar à altura das expectativas.

Ao final é possível que ninguém tenha, por ora, a capacidade de enfrentar sozinho os profundos problemas que a UE atravessa: desde o enfraquecimento do Estado de Direito em alguns países-membros, até o risco de marginalização geopolítica e os revezes do Brexit.

Angela Merkel, que foi substituída em dezembro no governo da Alemanha pelo social-democrata Olaf Scholz, marcou história na Europa com seu esforço para manter a coesão da UE, apesar das longas e numerosas crises.

Merkel “é vista como a líder ‘de facto’ da União Europeia, e também do mundo livre”, escreveu Sebastian Reiche, professor da escola de negócios (IESE) da Universidade de Navarra, na Espanha, em seu blog.

Uma pesquisa recente do centro de pensamento European Council on Foreign Relations (ECFR), revelou que, se pudessem, 41% dos europeus apoiariam Angela Merkel como presidente da Europa, contra apenas 14% dos que optariam pelo presidente francês Emmanuel Macron, a outra personalidade citada na enquete.

Oportunidade para Macron, o chefe de Estado francês, no entanto, tem diante de si uma oportunidade para ocupar esse posto, cuja primeira etapa será a presidência por seis meses da UE, que a França assumirá em janeiro.

A saída de Merkel, “poderia permitir que a visão francesa de uma Europa poderosa se desenvolvesse. Algo que Macron defende desde a sua chegada ao poder”, explica Alexandre Robinet-Borgomano, em um texto publicado pelo centro de análise francês Institut Montaigne.

“É o presidente Macron que tem a iniciativa” de recuperar a liderança europeia, apesar de suas autoproclamadas tentativas de dar à União Europeia um objetivo claramente político terem sido barradas até agora”, opina Helen Thompson, professora da Universidade de Cambridge, em um artigo publicado recentemente no New York Times.

Indústria do turismo da Itália pede mais ajuda estatal à medida que o número de visitantes cai

A Itália registrou números desastrosos de turismo em 2021, com apenas 60 milhões de visitantes, em comparação com mais de 100 milhões em 2019, bem como 13 milhões de viagens a menos de italianos no exterior.

Carlo Sangalli, o presidente da associação Confcommercio, apresentou as estatísticas alarmantes ao governo italiano, apelando a mais apoio, incluindo uma extensão do pagamento do desemprego.

Sangalli acrescentou que é “impensável” que uma economia italiana funcione sem o setor de turismo.

“O governo deve apoiar a indústria do turismo adotando medidas sobre redes de seguridade social, sem aumentar o custo para as empresas, e o acesso ao crédito, mas também medidas tributárias”, disse.

As crescentes preocupações com a variante Ômicron e novas restrições de viagens sem dúvida causaram números tão dramáticos e levaram a cancelamentos.

A Itália já exige que os cidadãos da UE não vacinados fiquem em quarentena por cinco dias ao entrar no país, enquanto os visitantes vacinados devem obter um teste negativo dentro de 24 horas após a chegada.

Em comparação com as 25 milhões de saídas planejadas pelos italianos há poucos meses, cinco milhões já foram canceladas e 5,3 milhões modificadas pela redução do número de feriados ou pela escolha de um destino mais próximo. Outros sete milhões de viagens permanecem pendentes.

Além de bares e restaurantes, o setor de esqui da Itália também enfrenta outro inverno rigoroso. Os turistas só podem esquiar no país se possuírem um “Green Pass” válido.

E, à medida que os casos aumentam nas regiões do norte, medidas mais duras podem ser introduzidas, deixando ainda mais incertezas para as estações de esqui.

Tribunal fecha outro grupo de direitos humanos na Rússia

Um tribunal em Moscou atendeu na quarta-feira (29) um pedido para fechar outra importante organização de direitos humanos em meio a uma violenta repressão a grupos de direitos humanos, mídia independente e partidários da oposição.

A decisão do Tribunal da Cidade de Moscou de fechar o Centro de Direitos Humanos Memorial veio um dia depois que a Suprema Corte da Rússia revogou o status legal de sua organização irmã, o Memorial, um grupo de direitos humanos que foi aclamado internacionalmente por seus estudos sobre repressão política na União Soviética.

As autoridades russas anteriormente declararam ambas as organizações como “agentes estrangeiros”, uma designação que traz escrutínio governamental adicional e carrega fortes conotações pejorativas. Os promotores solicitaram o fechamento dos grupos no mês passado, argumentando que eles haviam violado repetidamente os regulamentos que os obrigavam a se identificar como agentes estrangeiros em todo o conteúdo que produzem.

O Memorial e o Centro de Direitos Humanos do Memorial rejeitaram as acusações por serem de motivação política.

“Dizemos desde o início que a lei dos ‘agentes estrangeiros’, e estou fazendo as cotações aéreas de novo – não é legal e não deve ser alterada, mas apenas abolida porque foi concebida com o objetivo de estrangulando a sociedade civil. Hoje, recebemos outra prova disso”, disse Alexander Cherkasov, presidente do conselho do Memorial Human Rights Center, na quarta-feira (29).

A decisão de fechá-los atraiu indignação pública generalizada, com multidões de apoiadores comparecendo aos tribunais na terça e na quarta-feira, apesar do tempo gelado.

Ambas as organizações do Memorial prometeram apelar das decisões que revogam seu status legal. Em uma declaração na terça-feira, o Memorial prometeu “encontrar maneiras legítimas de continuar nosso trabalho”.

Várias autoridades americanas e europeias condenaram a decisão de terça-feira de fechar o Memorial como um ataque à sociedade civil russa.

A Amnistia Internacional considerou a decisão de quarta-feira (29) para encerrar o Memorial Human Rights Center “mais um golpe para o movimento da sociedade civil da Rússia, após anos de ataques implacáveis”.

Nos últimos meses, as autoridades russas pressionaram grupos de direitos humanos, meios de comunicação e jornalistas individuais, nomeando dezenas de agentes estrangeiros. Alguns foram declarados “indesejáveis”, um rótulo que proíbe organizações na Rússia, ou foram acusados ​​de ligações com grupos “indesejáveis”, e vários foram forçados a fechar ou se extinguir para evitar novos processos.

No sábado, as autoridades bloquearam o site do OVD-Info, um importante grupo de assistência jurídica que se concentra em prisões políticas, e instaram as plataformas de mídia social a retirarem suas contas depois que um tribunal decidiu que o site continha materiais que “justificam ações de extremistas e grupos terroristas.” O grupo rejeitou as acusações por considerá-las politicamente motivadas.

As autoridades da cidade de Moscou atenderam outro importante grupo de direitos humanos com um aviso de despejo na terça-feira (28). O Comitê de Assistência Cívica, que assiste refugiados e migrantes na Rússia, disse que as autoridades entregaram à organização um documento que anula o acordo que permite o uso do espaço sem compensação e ordenou que ela partisse dentro de um mês.

“A Assistência Cívica estará lutando contra (isso)”, disse a presidente da organização, Svetlana Gannushkina.

Várias organizações não governamentais russas passaram a operar como entidades informais nos últimos anos para evitar serem afetadas por leis restritivas.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio às persistentes incertezas em relação à disseminação da variante Ômicron do Coronavírus. Os mercados em Hong Kong e na Austrália ficaram fechados por conta do feriado de Natal, o que reduziu a liquidez na região. O índice Xangai teve queda de 0,06%, a 3.615,97 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,37%, a 28.676,46 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong não teve operações. O índice CSI300 teve queda de 0,041%, a 4.919,32 pontos.

Na terça-feira (28), as bolsas asiáticas fecharam em alta, após os fortes ganhos em Wall Street na véspera. Embora a Ômicron tenha deflagrado uma escalada no número de casos de Coronavírus em vários países, a maioria dos governos tem evitado as versões mais duras de medidas restritivas, o que é encarado positivamente por investidores. O índice Xangai teve alta de 0,39%, a 3.630,11 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,37%, a 29.069,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,24%, a 23.280,56 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,74%, a 4.955,96 pontos.

Na quarta-feira (29), as bolsas asiáticas fecharam em queda, em meio à cautela nas mesas de operações, alimentada pelas incertezas relativas à variante Ômicron do Coronavírus. O recrudescimento da pandemia ameaça o tradicional rali de fim de ano nos mercados acionários globais. O índice Xangai teve queda de 0,91%, a 3.597,00 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,56%, a 28.906,88 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,83%, a 23.086,54 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,46%, a 4.883,48 pontos.

Grupo chinês Evergrande relata progresso na retomada de entregas de moradias

O chinês Evergrande Group disse no domingo (26) que fez progresso na retomada do trabalho de construção, com seu presidente prometendo entregar 39.000 unidades de moradia em dezembro, em comparação com menos de 10.000 em cada um dos últimos três meses.

O Evergrande é o desenvolvedor imobiliário mais endividado do mundo, com mais de 300 bilhões de dólares em passivos. O grupo está tendo problemas para pagar os detentores de títulos, fornecedores e entregar casas aos compradores, sintetizando uma indústria inchada que sofre com a campanha de desalavancagem do governo chinês.

O presidente da empresa, Hui Ka Yan, enfatizou durante uma reunião no domingo que ninguém no Evergrande “dormiria no ponto”, pedindo que funcionários trabalhassem dia e noite para que as vendas possam ser retomadas, e as dívidas, reembolsadas, disse o Evergrande em um comunicado.

“Com a empresa retomando o trabalho de construção a todo vapor, o grupo planeja entregar 115 projetos em dezembro”, disse Yan na nota.

“A cinco dias do fim do mês, precisamos fazer de tudo para garantir o cumprimento do objetivo de entregar 39.000 unidades este mês”.

Na véspera, o banco central da China disse que preservaria os direitos legais de compradores de casas.

Regras chinesas de listagem no exterior reduzem incertezas do mercado

O plano da China de aumentar o escrutínio sobre as vendas de ações das empresas nacionais no exterior deve aliviar a incerteza regulatória que turvou os mercados financeiros este ano e paralisou as listagens offshore, disseram banqueiros e analistas.

Mas o novo sistema baseado em arquivamento do regulador de valores mobiliários, projetado para controlar as listagens chinesas antes liberais nos mercados dos EUA e de outros lugares, deixa em aberto questões sobre a aplicação de regras e critérios de conformidade, acrescentaram eles.

“As novas regras representam uma atualização regulatória abrangente, sistêmica e orientada para o mercado”, disse o banco de investimentos China International Capital Corp (CICC) em uma nota, mas acrescentou que elas contêm “alguns itens que precisam de mais observação e esclarecimento”.

A Comissão de Valores Mobiliários e Regulamentares da China publicou um projeto de lei na noite de sexta-feira (24) exigindo registros de empresas que buscam listagens no exterior sob uma estrutura para garantir que cumpram as leis e regulamentações chinesas.

As empresas que usam a chamada estrutura de entidade de interesse variável (VIE) ainda poderão buscar listagens no exterior, desde que estejam em conformidade, eliminando a incerteza para os investidores que temem que a China bloqueie tais listagens.

Tal risco se tornou grande depois que a listagem da Didi Global, em julho, gerou uma grande reação regulatória das autoridades chinesas, preocupadas com a segurança nacional.

A estrutura VIE tem sido usada pela maioria das empresas de tecnologia chinesas listadas no exterior, como Alibaba (NYSE:BABA) (SA:BABA34) e JD.com (NASDAQ:JD) (SA:JDCO34), para contornar as restrições chinesas ao investimento estrangeiro em certos setores.

A incerteza sobre o futuro das estruturas VIE, juntamente com as repressões regulamentares da China em setores importantes como e-commerce e tutoria, destruiu as ações de empresas chinesas listadas no exterior este ano.

E embora as empresas chinesas tenham levantado 12,8 bilhões de dólares nos Estados Unidos este ano, o valor dos negócios foi interrompido após a listagem da Didi em julho. Em Hong Kong, o valor dos IPOs em 2021 caiu para 26,7 bilhões de dólares em relação aos 32,1 bilhões de dólares do ano anterior, de acordo com dados da Refinitiv.

China estende isenções tarifárias para alguns produtos dos EUA por mais 6 meses

A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China anunciou na sexta-feira (23), que certos produtos importados dos Estados Unidos e Canadá continuarão a ser excluídos das tarifas impostas pelo país asiático.

As isenções vão vigorar até pelo menos 30 de junho de 2022, segundo nota do órgão.

Esta é a sexta vez que a medida de Pequim para excluir certas mercadorias exportadas pelos EUA e Canadá das tarifas foi estendida, de acordo com o comunicado.

Premiê do Japão pede esforços do BC para atingir meta de inflação

O governo do Japão espera que o Banco Central mantenha os esforços para alcançar a meta de inflação de 2% e que ambos trabalhem juntos em relação à política econômica, disse o primeiro-ministro, Fumio Kishida.

“A economia do Japão pode retomar o crescimento saudável garantindo que a política monetária do Banco do Japão e a política fiscal do governo trabalhem juntas”, disse Kishida em seminário.

“É por isso que é importante que ambos os lados se comuniquem e se coordenem.”

Futuras decisões podem ser influenciadas por acontecimentos na economia global e pela pandemia de Covid-19, completou ele.

“Mas, por enquanto, é importante que ambos os lados coordenem a política com base em um entendimento esboçado em comunicado conjunto de 2013”, disse Kishida.

O documento esclareceu o papel que o governo e o banco central têm em tirar o Japão da deflação, especificando a meta para a alta de preços pela primeira vez.

BC da China manterá política monetária flexível no próximo ano para apoiar crescimento

A China manterá sua política monetária flexível no próximo ano, à medida que busca estabilizar o crescimento e reduzir os custos de financiamento para empresas em meio a obstáculos econômicos crescentes, disse o banco central nesta segunda-feira.

Em uma reunião de fim de ano para delinear o trabalho para 2022, o Banco do Povo do China (PBoC, na sigla em inglês) acrescentou que intensificará a supervisão das empresas de capital e de plataformas e implementará continuamente um sistema de gerenciamento para o financiamento imobiliário.

Crises de dívidas em grandes incorporadoras imobiliárias afetaram o setor, essencial para o crescimento econômico da China.

“Uma política monetária prudente é flexível, razoável e apropriada”, disse o banco central em comunicado.

O PBoC disse que usará múltiplas ferramentas de política monetária para manter a liquidez razoavelmente ampla e garantir que o crescimento da oferta monetária e do financiamento social esteja em linha com o crescimento nominal do Produto Interno Bruto (PIB).

“O PBoC assumirá efetivamente a responsabilidade de estabilizar a macroeconomia e implantar de forma proativa políticas monetárias e financeiras que conduzam à estabilidade econômica”, disse o órgão em um comunicado em seu site.

O banco central chinês acrescentou que terá como objetivo aumentar as flutuações da moeda chinesa ao mesmo tempo que a mantém basicamente estável em um nível razoável e equilibrado, enquanto melhora a vinculação dos juros com base no mercado para reduzir os custos de financiamento para as empresas.

Indústria de chips de Taiwan surge como frente de batalha no confronto EUA-China

Na linha de frente da disputa entre Estados Unidos e China, Taiwan deu um golpe de mestre defensivo, tornando-se indispensável para ambos os lados.

Ao dominar a fabricação dos semicondutores mais avançados, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) conquistou uma tecnologia que é crucial para os dispositivos digitais de ponta e armas, sendo responsável por mais de 90% da produção global desses chips, de acordo com estimativas da indústria.

Ambas os países são atualmente profundamente dependentes da pequena ilha que está no centro de sua rivalidade cada vez mais tensa. Para Washington, permitir que uma China cada vez mais poderosa, controle as fábricas da TSMC um conflito ameaçaria a liderança militar e tecnológica dos Estados Unidos.

No entanto, se Pequim invadir a ilha, não há garantia de que poderá ficar com as fábricas intactas, o que cortaria fornecimento de chips para sua vasta indústria eletrônica. Mesmo se as fábricas de chips de Taiwan sobrevivam a uma eventual tomada de controle pela China, quase certamente seriam excluídas de uma cadeia de suprimentos global essencial para sua produção.

Washington persuadiu a TSMC a abrir uma fábrica nos EUA, que produzirá semicondutores avançados, e está se preparando para investir bilhões na reconstrução de sua indústria doméstica de chips. Pequim também está investindo muito, mas sua indústria de chips está cerca de uma década atrás de Taiwan em muitas áreas importantes.

Em uma entrevista, o ministro da Economia de Taiwan, Wang Mei-hua, disse à Reuters em setembro que a indústria está profundamente interligada com o futuro da ilha.

“Não se trata apenas de nossa segurança econômica”, disse ela. “Está conectado à nossa segurança nacional também.”

O perigo para Taiwan é que as fábricas da TSMC estejam na linha de fogo. As instalações estão localizadas na estreita planície ao longo da costa oeste de Taiwan, a cerca de 130 quilômetros de distância da China. A maioria fica perto das chamadas praias vermelhas, consideradas pelos estrategistas militares como locais de desembarque prováveis para uma invasão chinesa. A sede da TSMC e o agrupamento de fábricas ao redor em Hsinchu, no noroeste de Taiwan, estão apenas à 12 quilômetros da costa.

Questionado sobre a ameaça às fábricas da ilha, o Ministério da Economia de Taiwan disse que “nos últimos 50 anos, a China nunca desistiu de tentar usar a força para controlar Taiwan, mas seu objetivo não é a indústria de semicondutores”. Taiwan, acrescentou, tem a capacidade de “enfrentar e administrar esse risco”.

A TSMC não respondeu a perguntas específicas sobre a exposição de suas fábricas. Em comunicado, destacou que a indústria de chips é global e conta com design, matérias-primas, equipamentos e outros serviços de diversas regiões e de muitas empresas especializadas. “Portanto, em vez de uma empresa ou região, a colaboração global é vital para o sucesso da indústria de semicondutores”, disse a empresa.

Jornal pró-democracia de Hong Kong fecha após operação policial e detenções

O jornal digital Stand News, de Hong Kong, anunciou na quarta-feira (29) o fim de suas atividades, após a detenção de seis funcionários e ex-funcionários de uma operação policial na redação, o que ilustra a queda da liberdade de imprensa neste centro internacional de negócios.

“Devido à situação atual, o Stand News vai parar de operar imediatamente e deixará de atualizar seu site e redes sociais”, afirmou o jornal digital em um comunicado publicado no Facebook poucas horas depois da operação das forças de segurança.

O site e contas das redes sociais do Stand News serão retiradas do ar em breve.

Mais de 200 policiais com uniformes e à paisana participaram na operação de busca a apreensão na redação do jornal e em várias residências. Seis funcionários e ex-funcionários foram detidos sob acusações de “conspiração para divulgar uma publicação sediciosa”.

O Stand News é o segundo jornal pró-democracia fechado em Hong Kong após uma operação policial. Em junho, o emblemático Apple Daily, grande crítico de Pequim, encerrou as atividades após o congelamento de seus bens e a detenção de vários diretores.

A operação de quarta-feira (29) aumenta a preocupação com a cada vez menor liberdade de imprensa nesta cidade teoricamente semiautônoma e sede regional de vários meios de comunicação internacionais, onde Pequim amplia seu controle desde os protestos de 2019.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas descreveu a operação como “um ataque aberto à já abalada liberdade de imprensa de Hong Kong” e pediu a retirada das acusações.

O editor-chefe do Stand News, Patrick Lam, foi retirado algemado do prédio em que fica a redação do jornal.

A polícia também prendeu o ex-editor-chefe Chung Pui-kuen, assim como quatro membros do conselho que renunciaram em junho, incluindo a estrela pop local Denise Ho e a advogada Margaret Ng.

Talibã proíbe mulheres de viajar sem acompanhante homem

O regime Talibã anunciou no domingo (26) que as mulheres que desejam viajar longas distâncias devem estar acompanhadas por um homem de sua família imediata, um novo sinal do endurecimento do regime, apesar de suas promessas iniciais.

A recomendação, divulgada pelo ministério da Promoção da Virtude e Prevenção do Vício do Afeganistão, e que circula nas redes sociais, também pede aos motoristas que aceitem mulheres em seus veículos apenas se elas usarem o “véu islâmico”.

“As mulheres que viajam mais de 45 milhas (72 km) não podem fazer a viagem se não estiverem acompanhadas por um parente próximo”, declarou à AFP o porta-voz do ministério, Sadeq Akif Muhajir, acrescentando que o acompanhante deve ser um homem.

A diretriz foi divulgada poucas semanas depois de o ministério solicitar aos canais de televisão do país que não exibam “novelas com mulheres”, além de exigir que as jornalistas usem o “véu islâmico” diante das câmeras.

O Talibã não explicou o que considera “véu islâmico”, se apenas um lenço na cabeça ou se deve cobrir o rosto.

Desde sua chegada ao poder em agosto, os talibãs adotaram várias restrições às mulheres e meninas, apesar das promessas inicias de que o regime seria menos rígido que o anterior (1996-2001).

Em várias províncias, as autoridades locais aceitaram abrir as escolas para as meninas, embora muitas delas ainda não possam frequentar as aulas.

No início de dezembro, um decreto em nome do líder supremo do movimento Talibã pediu ao governo para cumprir os direitos das mulheres, mas este documento não menciona o direito à educação.

Os ativistas dos direitos humanos esperam que os esforços do Talibã para obter o reconhecimento da comunidade internacional e recuperar a ajuda tão necessária para o país, um dos mais pobres do mundo, resulte em concessões do movimento.

Embarques de produtos químicos impulsionam o crescimento das exportações sauditas não petrolíferas em outubro

As exportações não petrolíferas na Arábia Saudita aumentaram a uma taxa anual de 25,5% em outubro, atingindo SR23,8 bilhões (US$ 6,3 bilhões), impulsionadas pelas vendas de produtos químicos, mostraram dados da Gastat.

Os embarques de produtos químicos representaram quase dois terços dos embarques não petrolíferos, pois aumentaram 53,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Os números totais das exportações não petrolíferas incluem as reexportações, que aumentaram novamente em 10%, após um aumento de 131% no mês anterior.

As exportações de plásticos, borracha e itens relacionados também tiveram um salto notável, aumentando 28,7% em relação ao ano anterior, disse a autoridade de estatísticas.

Além disso, as exportações gerais de mercadorias saltaram 90% em comparação com o ano anterior, induzidas por vendas mais altas de petróleo, que dispararam 123,1% no mesmo período.

Gastat disse que o aumento se deveu em parte aos baixos efeitos de base do ano anterior, uma vez que o comércio internacional foi prejudicado por restrições relacionadas à pandemia.

A parcela das exportações de petróleo aumentou para 77,6% em outubro, ante 66,1% no ano passado.

Os países asiáticos receberam a maior parte das exportações do Reino, já que a China comprou 18% das vendas totais da Arábia Saudita, enquanto o Japão e a Coreia do Sul vieram em seguida, respondendo por 10,8% e 9,9%, respectivamente.

A Arábia Saudita revisará o IVA quando a posição fiscal melhorar, promete o ministro

A Arábia Saudita reconsiderará sua atual taxa de imposto sobre valor agregado assim que a posição financeira do governo melhorar, disse o ministro das Finanças, Mohammed Al-Jadaan, em entrevista coletiva em Riad, após a aprovação do orçamento do estado para 2022.

Questionado sobre a questão da tributação e o seu impacto nos investidores, o ministro disse que a Zakat, Autoridade Tributária e Aduaneira aplica a lei e a política vem do governo.

“Se os investidores estiverem insatisfeitos com seu nível de tributação, o sistema lhes dá o direito de registrar uma reclamação ou objeção”, acrescentou.

O IVA aumentou em julho de 2020, um mês após a suspensão do subsídio de custo de vida. A medida visava reforçar as finanças do estado, que estavam sendo afetadas pelo duplo impacto dos preços baixos do petróleo e da pandemia.

O príncipe herdeiro Mohammed bin Salman disse em uma entrevista em abril que o aumento do IVA foi uma medida temporária.

“Vai continuar por um ano, no máximo cinco anos, e então as coisas vão voltar a ser o que eram. Nossa meta é ficar entre 5% e 10%, apenas até restabelecermos nosso equilíbrio após a pandemia”, disse ele.

A receita da Arábia Saudita com o IVA contribuirá com cerca de 43% da receita não petrolífera em 2021, ante 25% no ano passado e 14% em 2019, estimou a Jadwa Investment em outubro.

Os preços do petróleo sobem à medida que as preocupações com a demanda de combustível diminuem

Os preços do petróleo ampliaram os ganhos na terça-feira (28), com os preços sendo negociados perto da alta de um mês do dia anterior, na esperança de que a variante do Coronavírus Ômicron terá um impacto limitado na demanda de combustível.

“As preocupações com a Ômicron estão diminuindo em todo o mundo, resultando em algum otimismo sobre a demanda. Os preços devem ser negociados com viés positivo”, disse Abhishek Chauhan, chefe de commodities da Swastika Investmart Ltd.

A Inglaterra não receberá novas restrições da Covid-19 antes do final de 2021, disse o ministro da saúde britânico, Sajid Javid, na segunda-feira (27), enquanto o governo aguarda mais evidências sobre se o serviço de saúde pode lidar com as altas taxas de infecção.

No entanto, o lado positivo dos preços permaneceu limitado depois que mais de 1.300 voos foram cancelados pelas companhias aéreas dos EUA, pois a Covid-19 reduziu o número de tripulações disponíveis, enquanto vários navios de cruzeiro tiveram que cancelar escalas.

Os casos locais de Coronavírus sintomáticos na China aumentaram pelo quarto dia consecutivo na segunda-feira (27), com Xian relatando mais infecções em um surto que colocou 13 milhões de residentes da cidade sob bloqueio.

Os preços do petróleo subiram cerca de 50% este ano, apoiados pela recuperação da demanda e cortes de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados, conhecidos coletivamente como OPEP +.

“Os volumes estão escassos por causa dos feriados e os mercados já digeriram as preocupações da Ômicron. Portanto, o foco está na reunião de 4 de janeiro da OPEP +”, disse Ajay Kedia, diretor da Kedia Commodities.

Os investidores estão aguardando uma reunião da OPEP + em 4 de janeiro, na qual a aliança decidirá se continuará com um aumento de produção planejado de 400.000 barris por dia em fevereiro.

Em sua última reunião, a OPEP + manteve seus planos de aumentar a produção em janeiro, apesar da Ômicron.

Os gestores de dinheiro aumentaram suas posições compradas líquidas em futuros e opções de petróleo na semana até 21 de dezembro, disse a US Commodity Futures Trading Commission.

Israel aprova medidas para palestinos após reunião de líderes

O ministro da Defesa de Israel aprovou uma série de medidas destinadas a melhorar as relações com os palestinos na quarta-feira (29), após um raro encontro com o presidente palestino Mahmoud Abbas em Israel.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, se encontrou com Abbas em sua residência particular em um subúrbio de Tel Aviv na noite de terça-feira. Foi a primeira vez que Abbas se encontrou com um oficial israelense dentro de Israel desde 2010. Os dois discutiram a coordenação de segurança entre Israel e a Autoridade Palestina de Abbas, que administra bolsões da Cisjordânia ocupada.

O gabinete de Gantz disse que aprovou “medidas de fortalecimento da confiança”, incluindo a transferência de pagamentos de impostos para a Autoridade Palestina, a autorização de centenas de autorizações para comerciantes palestinos e VIPs e a aprovação do status de residência para milhares de palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Israel arrecada centenas de milhões de dólares em impostos em nome da AP como parte dos acordos de paz provisórios assinados na década de 1990.

As transferências de impostos são uma fonte importante de financiamento para os palestinos sem dinheiro, mas Israel reteve fundos sobre o pagamento da AP de estipêndios a milhares de famílias que tiveram parentes mortos, feridos ou presos no conflito. Israel diz que os pagamentos incentivam o terrorismo, enquanto os palestinos dizem que eles fornecem apoio crucial às famílias carentes.

Israel aprovou a residência para cerca de 9.500 palestinos. Israel controla o registro da população palestina e, ao longo dos anos, suas políticas deixaram cerca de dezenas de milhares de palestinos sem status legal, limitando severamente sua liberdade de movimento, mesmo dentro dos territórios ocupados. Israel concedeu status legal a cerca de 4.000 palestinos em outubro.

O primeiro-ministro israelense Naftali Bennett se opõe à criação de um Estado palestino. Seu governo não demonstrou interesse em retomar as negociações de paz, que foram interrompidas há mais de uma década, mas disse que quer reduzir as tensões melhorando as condições de vida na Cisjordânia. Nos últimos meses, assistimos a um aumento da violência de colonos israelenses contra palestinos na Cisjordânia e de ataques palestinos contra israelenses em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia.

O encontro de Gantz com Abbas, o segundo em seis meses desde que o governo de coalizão de Bennett tomou posse, atraiu fortes críticas dos legisladores da oposição israelense, incluindo o partido Likud do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o maior no parlamento.

Os palestinos buscam um estado independente que inclua toda a Cisjordânia, Jerusalém oriental e a Faixa de Gaza, áreas que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio.

O Hamas tomou Gaza das forças de Abbas em 2007, um ano depois que o grupo militante islâmico obteve uma vitória esmagadora nas eleições parlamentares. Gaza está sob bloqueio egípcio-israelense desde então.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
30/12/2021