Cenário Econômico Internacional – 14/01/2021

Cenário Econômico Internacional – 14/01/2021

Cenário Econômico Internacional – 14/01/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • FMI diz que economias emergentes precisam se preparar para aperto monetário pelo Fed
  • Barômetros Globais sinalizam melhora no início de 2022
  • FMI nomeia Pierre-Olivier Gourinchas para cargo de economista-chefe
  • Perspectiva para recuperação global é sombria, mostra pesquisa do Fórum Econômico Mundial
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Venezuela: oposição vence eleição em estado onde nasceu Chávez após 2 décadas
  • Incêndio em prédio residencial deixa mortos em Nova York
  • No Senado, Powell deve reiterar postura do Fed para apoiar economia e evitar inflação alta
  • Goldman Sachs estima que banco central norte-americano vai elevar juro quatro vezes em 2022
  • Capital argentina é atingida por blecaute em meio a onda de calor
  • Economia dos EUA pode resistir a aperto monetário do Fed e Ômicron, diz Powell
  • Inflação dos EUA atinge 7% em 12 meses e tem maior alta em quase 40 anos
  • Covid: província do Canadá vai cobrar ‘imposto de saúde’ de não vacinados
  • Mercado acionário europeu
  • Alemanha nomeia encarregado para assuntos queer
  • Reino Unido planeja fim de semana para homenagear os 70 anos da rainha no trono
  • Taxa de desemprego na zona do euro cai a 7,2% em novembro
  • França pretende reviver parceria da UE com África antes da cúpula de fevereiro
  • Negociações Rússia-EUA em Genebra foram ‘positivas’, diz Kremlin
  • Itália quer manter o controle dos principais ativos da Telecom Italia em qualquer oferta da KKR
  • Festas durante o lockdown afundam o prestígio de Boris Johnson
  • Suécia vai ajudar as famílias à medida que os preços da eletricidade sobem mais de 266%
  • Mercado acionário na Ásia
  • China nomeia ex-chefe paramilitar como novo comandante da guarnição de Hong Kong
  • Suu Kyi de Mianmar condenada a mais 4 anos de prisão
  • China diz que vai acelerar emissão de títulos e estimular investimentos, segundo imprensa estatal
  • Entregas de veículos da GM na China em 2021 atingiram 2,9 milhões
  • Taiwan e Canadá iniciarão negociações sobre acordo de investimento
  • Tailândia planeja impor taxa turística a partir de abril
  • Inflação na China diminui em dezembro, dando oportunidade para cortes de juros
  • Israel não está vinculado a nenhum acordo nuclear com o Irã, diz Bennett
  • A riqueza mineral saudita pode chegar a US$ 1,3 trilhão em meio ao agressivo plano de exploração do Reino
  • Sultão de Omã comemora segundo aniversário de ascensão ao poder
  • Juiz libanês emite proibição de viagem para presidente do banco central
  • As cidades industriais de Jubail e Ras Al Khair contribuem com US$ 24 bilhões para o PIB da Arábia Saudita

FMI diz que economias emergentes precisam se preparar para aperto monetário pelo Fed

As economias emergentes precisam se preparar para as altas de juros nos Estados Unidos, afirmou o Fundo Monetário Internacional (FMI), alertando que movimentos mais rápidos do que o esperado pelo Federal Reserve podem afetar os mercados financeiros e provocar saídas de capital e depreciação cambial no exterior.

Em um blog publicado nesta segunda-feira, o FMI afirmou esperar que o crescimento robusto nos EUA continue, com a inflação provavelmente se moderando mais tarde no ano. O credor global vai divulgar novas projeções econômicas mundiais em 25 de janeiro.

O Fundo disse que um aperto gradual e bem telegrafado da política monetária nos EUA deve ter pouco impacto sobre os mercados emergentes, com a demanda externa compensando o impacto do aumento dos custos de financiamento.

Mas uma inflação de salários nos EUA ou gargalos sustentados de oferta podem impulsionar os preços mais do que o esperado e alimentar expectativas de inflação mais rápida, provocando altas mais aceleradas dos juros pelo banco central norte-americano.

“As economias emergentes deveriam se preparar para potenciais períodos de turbulência econômica”, disse o FMI, citando os riscos apresentados por altas de juros mais rápidas que o esperado pelo Fed e o ressurgimento da pandemia.

O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, afirmou recentemente que o Fed pode elevar os juros já em março, meses antes do esperado anteriormente, e que está agora em uma “boa posição” para adotar passos ainda mais agressivos contra a inflação, conforme necessário.

“Altas de juros mais rápidas pelo Fed podem afetar os mercados financeiros e apertar as condições financeiras globalmente. Esses acontecimentos podem vir com uma desaceleração da demanda e comércio nos EUA, e podem levar a saídas de capital e depreciação cambial em mercados emergentes”, escreveram autoridades do FMI.

O FMI disse que os mercados emergentes com altas dívidas públicas e privadas, exposições cambiais e baixos balanços de transações correntes já começaram a ver movimentos mais amplos de suas moedas em relação ao dólar.

O Fundo disse que mercados emergentes com pressões inflacionárias mais fortes ou instituições mais fracas devem agir rapidamente para deixar as moedas se depreciarem e elevar os juros.

Ele pediu aos bancos centrais que comuniquem clara e consistentemente seus planos para apertar a política monetária, e disse que os países com níveis altos de dívida denominada em moedas estrangeiras devem buscar proteger suas exposições onde possível.

Barômetros Globais sinalizam melhora no início de 2022

Após caírem na maior parte do segundo semestre de 2021, os Barômetros Econômicos Globais, indicadores que permitem analisar o desenvolvimento econômico mundial, sobem pelo segundo mês consecutivo, informou na segunda-feira (10) o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O Barômetro Coincidente se mantém acima da média histórica, enquanto o Barômetro Antecedente retorna à faixa neutra dos 100 pontos.

O Barômetro Econômico Global Coincidente subiu 0,4 ponto em janeiro, para 108,7 pontos enquanto o Barômetro Econômico Global Antecedente avançou 3,6 pontos, para 100,9 pontos, maior nível desde setembro de 2021 (108,1 pontos).

Segundo o Ibre/FGV, ambos os resultados foram bastante influenciados pela melhora do ambiente econômico na região da Ásia, Pacífico e África.

Enquanto o Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica, o Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Esses indicadores se baseiam nos resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. A intenção é ter a cobertura global mais ampla possível.

Segundo o pesquisador do Ibre/FGV Paulo Picchetti, os efeitos da nova onda da pandemia da covid-19 e da perspectiva de políticas monetárias mais restritivas sobre as expectativas acerca do nível de atividade econômica parecem já ter sido incorporados em sua maioria nos últimos meses de 2021.

“No início de 2022, os barômetros globais sinalizam uma trajetória de adaptação a esse novo cenário, revertendo a tendência de queda observada nos últimos meses do ano anterior”, disse, em nota, Paulo Picchetti.

A região da Ásia, Pacífico e África contribuiu com 1,3 ponto para a alta do Barômetro Coincidente Global. A Europa, por sua vez, foi em sentido contrário e contribuiu negativamente com 1 ponto para o resultado agregado. Apesar do recuo, o indicador regional da Europa ainda sustenta o maior nível entre as três regiões, com o indicador na faixa dos 112 pontos.

Entre os indicadores setoriais, apenas a Indústria subiu em janeiro, enquanto os demais continuam sinalizando desaceleração no nível de atividade. Todos os setores se mantêm na zona favorável, e o indicador da Indústria passou a ser o mais alto entre eles, o que não ocorria desde outubro de 2021.

Assim como no Barômetro Coincidente, a região da Ásia, Pacífico e África exerceu a maior contribuição para a evolução do Barômetro Antecedente em janeiro de 2022, com 3,2 pontos. A Europa também contribuiu positivamente, com 0,7 ponto.

Já o indicador do Hemisfério Ocidental contribuiu negativamente, com 0,3 ponto, fechando o mês 10 pontos abaixo do nível de neutralidade de 100 pontos. Segundo o Ibre/FGV, o resultado reflete o aumento dos riscos ao crescimento associado ao avanço da nova variante Ômicron da Covid-19 na região e a desaceleração cíclica prevista em países como o Brasil.

Houve alta em dois dos cinco indicadores antecedentes setoriais em janeiro: Indústria e Serviços. Os demais indicadores recuaram no mês. Com o resultado, o indicador da Economia Geral (avaliações dos consumidores e agregadas empresariais) fecha o mês abaixo dos 90 pontos e 20 pontos abaixo do indicador do setor de Serviços, o mais otimista.

FMI nomeia Pierre-Olivier Gourinchas para cargo de economista-chefe

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou a nomeação do economista francês Pierre-Olivier Gourinchas como novo economista-chefe.

Em um comunicado para anunciar a indicação, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que Gourinchas tem um histórico de liderança intelectual em áreas críticas para o trabalho da entidade, com estudos que vão desde os desequilíbrios globais e os fluxos de capital até a estabilidade dos sistemas monetários e financeiros internacionais.

Com longa carreira acadêmica, Gourinchas dirigia atualmente o Clausen Center for International Business & Policy, da Universidade da Califórnia em Berkeley, e atuava como diretor do programa de Finanças Internacionais e Macroeconomia do National Bureau of Economic Research (NBER, na sigla em inglês).

“Pierre-Olivier é conhecido por sua agilidade em identificar tendências emergentes e por sua experiência em analisar os problemas econômicos mais urgentes da atualidade”, disse Georgieva na nota.

Gourinchas assume o novo cargo em meio período em 24 de janeiro, segundo o FMI, passando a trabalhar integralmente a partir de 1º de abril. Ele substitui Gita Gopinath, que foi promovida a número 2 da entidade no início de dezembro após a saída de Geoffrey Okamoto.

Perspectiva para recuperação global é sombria, mostra pesquisa do Fórum Econômico Mundial

Apenas um em cada dez membros do Fórum Econômico Mundial consultados numa pesquisa espera que a recuperação global acelere nos próximos três anos, segundo levantamento com quase mil líderes empresariais, governamentais e acadêmicos, com apenas um em cada seis otimista sobre a perspectiva do mundo.

A mudança climática foi vista como o perigo número um pelos entrevistados no relatório anual de riscos do Fórum, enquanto a erosão da coesão social, crises de subsistência e a deterioração da saúde mental foram identificadas como os riscos que mais aumentaram desde o início da pandemia de Covid-19.

“Os líderes globais devem se unir e adotar uma abordagem coordenada de múltiplas partes interessadas para enfrentar desafios globais implacáveis e construir resiliência antes da próxima crise”, disse Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum.

O clima extremo foi considerado o maior risco para o mundo no curto prazo, e, a médio e longo prazos, dois a dez anos, a principal ameaça é um fracasso da ação climática, mostrou a pesquisa.

“A falha em agir sobre as mudanças climáticas pode reduzir o PIB global em um sexto e os compromissos assumidos na COP26 ainda não são suficientes para atingir a meta de (limitar o aquecimento global a) 1,5 (graus Celsius)”, disse Peter Giger, chefe do grupo de risco da Zurich Insurance, que ajudou a compilar o relatório.

O relatório do Fórum também destacou quatro áreas de risco emergente: segurança cibernética, transição climática desordenada, pressões migratórias e competição no espaço.

Essa pesquisa é publicada todos os anos antes da reunião anual do Fórum, em Davos. No entanto, o órgão com sede em Genebra adiou no mês passado o evento de janeiro até meados de 2022, devido à disseminação da variante Ômicron do Coronavírus.

O relatório foi produzido em conjunto com a Zurich, a Marsh McLennan e o SK Group, da Coreia do Sul, bem como com as universidades de Oxford e Pensilvânia e a Universidade Nacional de Cingapura.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (10), as bolsas de valores de Nova York fecharam mistas, mas bem longe das mínimas intradiárias, com o Nasdaq emplacando uma agressiva recuperação no fim do pregão, quando investidores pareceram caçar pechinchas a despeito dos receios sobre chances de alta nas taxas de juros. O índice Dow Jones teve queda de 0,45%, a 36.068,87 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,14%, a 4.670,29 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,05%, a 14.942,83 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, após uma sessão volátil, na qual investidores avaliaram mais uma vez as perspectivas para o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Alguns dirigentes da autoridade monetária se pronunciaram, e as atenções se voltaram especialmente para o presidente Jerome Powell que, no Senado, deu indicações de que uma alta de juros está chegando. O índice Dow Jones teve alta de 0,51%, a 36.252,02 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,92%, a 4.713,07 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 1,41%, a 15.153,45 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, depois de dados mostrarem que, apesar de numa máxima em décadas, a inflação norte-americana veio de forma geral em linha com as expectativas, o que minimizou preocupações de que o banco central do país teria que retirar seu apoio econômico de maneira ainda mais forçosa do que o já esperado. O índice Dow Jones teve alta de 0,11%, a 36.290,32 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,28%, a 4.726,35 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,23%, a 15.188,39 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas de valores de Nova York operavam mistas, depois que dados mais fracos que o esperado de preços ao produtor nos Estados Unidos aliviaram as preocupações com um ritmo mais forte de altas de juros pelo Federal Reserve, enquanto a Delta Air Lines avançava depois de resultado forte. Por volta das 13h28, o índice Dow Jones registrava alta de 0,49%, a 36.467,84 pontos. O índice S&P 500 registrava queda de 0,091%, a 4.722,06 pontos. E o índice Nasdaq registrava queda de 0,60%, a 15.808,93 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 07.01.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (07) cotado a R$ 5,6318 com queda de 0,85%. O recuo de sexta (07), porém, não impediu que o dólar completasse a primeira semana de negócios de 2022 em alta no Brasil. A cotação acumulou na semana ganho de 1,05%, após duas semanas consecutivas de perdas.

Na segunda (10) – O dólar à vista registrou alta de 0,72%, cotado a R$ 5,6723 na venda. O dólar começou a semana em alta frente ao real, numa segunda-feira amplamente negativa no mundo para ativos considerados mais arriscados, diante de receios cada vez maiores sobre os potenciais impactos de altas de juros nos Estados Unidos neste ano. O dólar oscilou entre R$ 5,6924 na máxima e R$ 5,6314 na mínima.

Na terça-feira (11) – O dólar à vista registrou queda de 1,63%, cotado a R$ 5,5801 na venda. Marcando tanto a maior baixa percentual diária quanto o menor patamar de fechamento no ano, com investidores replicando o movimento global de fraqueza da moeda norte-americana após algum alívio com as perspectivas para a política monetária nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 5,6752 na máxima e R$ 5,5688 na mínima.

Na quarta-feira (12) – O dólar à vista registrou queda de 0,79%, cotado a R$ 5,5358 na venda. fechando no menor patamar em quase dois meses ante o real, com as operações locais novamente repercutindo o forte ajuste de baixa na moeda norte-americana no exterior, diante da percepção de que os Estados Unidos não serão ainda mais agressivos no processo de normalização de sua política monetária do que o esperado. O dólar oscilou entre R$ 5,6007 na máxima e R$ 5,5293 na mínima.

Na quinta-feira (13) – Por volta das 13h28, o dólar operava em queda de 0,44% cotado a R$ 5,5103 na venda. O dólar devolveu ganhos registrados mais cedo e caía ante o real nesta quinta-feira (13), a caminho de registrar seu terceiro pregão consecutivo de perdas, em meio à fraqueza internacional da divisa norte-americana.

Venezuela: oposição vence eleição em estado onde nasceu Chávez após 2 décadas

A oposição venezuelana venceu (de novo) a eleição para governador em Barinas, estado onde nasceu o ex-presidente Hugo Chávez, em uma dura derrota do partido governista em um reduto histórico do chavismo.

Sergio Garrido teve 55,4% dos votos e superou o ex-chanceler Jorge Arreaza, candidato governista que substituiu um irmão de Chávez e era apoiado pelo presidente Nicolás Maduro.

A família Chávez governava Barinas, que fica nas planícies do oeste da Venezuela, havia 22 anos.

“Barinas aceitou o desafio democraticamente, e hoje conseguimos ser o estado icônico de toda a Venezuela”, afirmou Garrido após o pleito de domingo (9). “O triunfo é para Barinas e toda a Venezuela”.

“Bela Barinas. Onde tudo começou, termina”, escreveu o líder da oposição Juan Guaidó, referindo-se ao berço do Chavismo. “Unidos defenderemos a vontade de uma maioria poderosa que não se renderá até que vejamos a democracia novamente na Venezuela”.

A eleição teve de ser refeita após a Justiça cancelar o pleito de novembro, quando um outro candidato da oposição, Freddy Superlano, estava à frente na contagem de votos e foi desqualificado retroativamente.

O Supremo Tribunal venezuelano, controlado pelo governo, ordenou que a eleição fosse refeita após acatar um pedido de agosto do controlador-geral, que dizia que Superlano estava sob investigação administrativa e, por isso, estava impedido de concorrer.

Superlano estava à frente de Argenis Chávez, irmão do falecido ex-presidente e governador em exercício de Barinas, por menos de um ponto percentual na eleição de novembro, quando foi desqualificado.

Com a nova disputa, o candidato governista passou a ser o ex-chanceler Jorge Arreaza. A oposição escolheu a esposa de Superlano como candidata, mas ela também foi desclassificada. Seu substituto também. E mesmo assim a oposição venceu.

Incêndio em prédio residencial deixa mortos em Nova York

Um incêndio em um prédio residencial no Bronx, em Nova York, causou a morte de ao menos 19 pessoas, entre elas 9 crianças, no domingo (09).

Segundo o Corpo de Bombeiros, 63 pessoas estão feridas, 32 delas correndo risco de vida, principalmente por terem inalado muita fumaça. Entre os feridos também estão outras crianças.

O fogo começou pouco antes das 11 horas, em um apartamento duplex no segundo e terceiro andares de em um edifício de 19 andares localizado em 333 East 181st Street.

Segundo o comissário do Departamento de Bombeiros da cidade, Daniel Nigro, um aquecedor foi a causa do incêndio. “Os xerifes determinaram, com base em evidências físicas e relatos de moradores, que o incêndio começou em um quarto, devido a um aquecedor elétrico portátil”, explicou.

Os bombeiros chegaram ao local em apenas três minutos, mas as chamas já haviam se espalhado. O fogo foi extinto no início da tarde.

“Este será um dos piores incêndios que testemunhamos aqui nos tempos modernos, na cidade de Nova York”, afirmou o prefeito Eric Adams.

Os feridos foram encaminhados a cinco hospitais diferentes, segundo a emissora ABC.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que está “horrorizada com o incêndio devastador”.

“Meu coração está com os entes queridos de todos aqueles que perdemos tragicamente, todos os afetados e com nossos heroicos bombeiros. Todo o estado de Nova York está com a cidade de Nova York”, acrescentou.

No Senado, Powell deve reiterar postura do Fed para apoiar economia e evitar inflação alta

Os investidores estão atentos na terça-feira (11) ao depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, diante do Comitê de Assuntos Bancários do Senado dos Estados Unidos, em audiência de nomeação para confirmação do segundo mandato dele no cargo. De acordo com o discurso que Powell fará hoje, que foi divulgado ontem, Powell deve reiterar que a autoridade monetária usará todas as ferramentas necessárias para apoiar a economia e um mercado de trabalho forte, e também para evitar que uma inflação mais alta se consolide.

“Sabemos que a inflação alta cobra um preço, particularmente para aqueles menos capazes de arcar com os custos mais altos de bens essenciais, como alimentação, moradia e transporte”, dirá Powell, de acordo com o discurso que foi divulgado. A audiência dele tem início às 12h (de Brasília) e a expectativa é de que seja confirmado no cargo com apoio bipartidário, depois de um placar de 84 votos a favor e 13 contra quatro anos atrás.

Powell deve ser questionado sobre as perspectivas para a inflação e de aumento da taxa de juros nos EUA, depois da postura mais dura (“hawkish”) apresentada pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, na ata da última reunião de 2021, e ocorre após outros membros do Fomc sugerirem que uma alta no custo do empréstimo já estaria na mesa no encontro programado para março.

Powell lembra que há quatro anos, quando se apresentou perante ao Comitê do Senado, a economia dos EUA desfrutava de seu 11º ano de expansão, o mais longo já registrado, ao mesmo tempo em que o desemprego atingia o menor nível em 50 anos. “Mas esse quadro atraente virou praticamente da noite para o dia, à medida que o vírus varria o mundo”, diz o presidente do Fed, no discurso de recondução ao cargo, referindo-se à disseminação do Coronavírus a partir de 2020.

Para ele, “poucos poderiam prever” os grandes desafios que se aproximavam. Porém, quase dois anos desde o início da pandemia, Powell ressalta que já se começa a ver que a economia pós-pandemia provavelmente será diferente em alguns aspectos. “A continuidade dos nossos objetivos terá de levar em conta estas diferenças. Para isso, a política monetária deve ter uma visão ampla e prospectiva, acompanhando o ritmo de uma economia em constante evolução”, ressalta.

Goldman Sachs estima que banco central norte-americano vai elevar juro quatro vezes em 2022

O banco de investimento Goldman Sachs elevou para quatro vezes a expectativa do número de alta de juros a ser efetivado pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, em 2022. Em dezembro, a projeção era de três altas.

Em relatório enviado a clientes, o Goldman informa que agora espera alta nos juros em março, junho, setembro e dezembro. O banco também prevê que o Fed comece a redução de seu balanço patrimonial em julho, ou até mesmo antes.

Segundo o economista-chefe do Goldman, Jan Hatzius, a ata do Fed divulgada na semana passada revelou um “sentimento maior de urgência do que esperado anteriormente”.

“Com a inflação provavelmente ainda muito acima da meta naquele momento, nós não acreditamos mais que o início da redução do balanço irá substituir uma alta trimestral nos juros”, disse.

O relatório também prevê que a alta dos rendimentos dos títulos americanos deve desacelerar nas próximas semanas.

Capital argentina é atingida por blecaute em meio a onda de calor

A cidade de Buenos Aires foi atingida por uma grande queda de energia, na terça-feira (11), que deixou milhares de casas sem eletricidade em meio a uma onda de calor que fez as temperaturas subirem acima de 40 graus Celsius.

As distribuidoras de eletricidade Edenor e Edesur relataram queda de energia, depois que altas temperaturas geraram um aumento na demanda para resfriar residências e empresas.

A Entidade Nacional de Regulação da Eletricidade (ENRE) disse que o corte de energia da Edenor afetou 700.000 clientes na área de Buenos Aires. Cerca de 43.400 clientes da Edesur ficaram sem energia depois que falhas nas linhas de alta tensão atingiram duas de suas subestações.

A AySA, que fornece água potável em Buenos Aires, pediu à população que otimize o uso da água porque a interrupção também afetou seu sistema de purificação.

As altas temperaturas devem continuar ao longo da semana, com picos próximos a 40°C, segundo o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) da Argentina.

“O SMN emitiu um alerta antecipando uma onda de calor extremo esta semana, com temperaturas que podem chegar a 41°C na área de concessão”, disse a Edesur em e-mail a seus clientes. “Estamos trabalhando para fortalecer nossa rede diante da crescente demanda.”

Economia dos EUA pode resistir a aperto monetário do Fed e Ômicron, diz Powell

O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, disse, em uma audiência no Congresso dos EUA, que a economia norte-americana deve resistir ao atual aumento de casos de Coronavírus com impactos apenas “de curta duração” e que está pronta para o início do aperto da política monetária por parte do banco central.

Powell foi abertamente apoiado por membros de ambos os partidos na sessão do Comitê Bancário do Senado, em sessão que se concentrou principalmente em como o Fed planeja lidar com a inflação em máxima ante várias décadas, por que o banco central diagnosticou equivocadamente o surto de aumentos de preços e em o significariam medidas monetárias mais rigorosas para o crescimento do emprego.

Powell afirmou que o Fed está determinado a garantir que a inflação alta não fique “arraigada” e que, longe de diminuir o crescimento do emprego, uma virada do banco central para taxas de juros mais altas e um escoamento de seus ativos são necessários para manter a atual expansão econômica em andamento.

Se os preços continuarem em alta, o Fed poderá ser forçado a subir os juros ainda mais rápido do que os três aumentos de 0,25 ponto atualmente previstos, o que arrisca um retorno à recessão.

“A inflação está muito acima da meta. A economia não precisa ou quer mais a política monetária muito acomodatícia que adotamos”, disse Powell.

No entanto, com taxas de juros próximas de zero e quase 9 trilhões de dólares em ativos na carteira do banco central, “é um longo caminho” para algo próximo a uma política restritiva, afirmou Powell. Enquanto isso, as ações do Fed “não devem ter efeitos negativos no mercado de trabalho”, disse.

“Você precisa se concentrar em manter a inflação sob controle, porque não terá pleno emprego sem estabilidade de preços.”

Powell disse sentir ainda que, embora o nível de aumentos de preços exija ações do banco central, algum alívio virá além da política monetária, conforme as cadeias de suprimentos globais começarem a acompanhar a demanda. Esperar, de forma errada, que esse ajuste aconteça rápido, afirmou Powell, é o motivo pelo qual o Fed, inicialmente, considerou a alta da inflação no ano passado como provável de desaparecer sem uma resposta do banco central, apenas para ver os preços continuarem a subir para níveis não vistos desde a inflação galopante das décadas de 1970 e 1980.

Ele disse achar agora que a inflação diminuirá em meados deste ano, mas que o Fed está pronto para apertar os custos dos empréstimos conforme necessário para garantir que isso aconteça.

Inflação dos EUA atinge 7% em 12 meses e tem maior alta em quase 40 anos

Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram de forma sólida em dezembro, com o maior aumento anual da inflação em quase quatro décadas, o que pode reforçar as expectativas de que o Federal Reserve começará a elevar os juros já em março.

O índice de preços ao consumidor subiu 0,5% no mês passado, após alta de 0,8% em novembro, informou o Departamento do Trabalho na quarta-feira (12).

Nos 12 meses até dezembro, o índice subiu 7%, maior avanço anual desde junho de 1982, após aumento de 6,8% em novembro.

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,4% para o índice no mês e salto de 7% na base anual.

A economia norte-americana está enfrentando uma inflação alta à medida que a pandemia de Covid-19 obstrui as cadeias de abastecimento. O alto custo de vida está pesando no índice de aprovação do presidente Joe Biden.

A inflação nos EUA está bem acima da meta de 2% do Fed e também está sendo elevada por pressões salariais iniciais. O governo norte-americano informou na última sexta-feira que a taxa de desemprego caiu a uma mínima em 22 meses de 3,9% em dezembro, sugerindo que o mercado de trabalho está no pleno emprego ou próximo a ele.

“A lista de razões para o Fed começar a remover sua política monetária expansionista está crescendo”, disse Ryan Sweet, economista sênior da Moody’s Analytics. “A inflação precisaria desacelerar rapidamente para tirar parte da pressão sobre o Fed e é improvável que isso ocorra.”

Nos 12 meses até dezembro, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor acelerou a 5,5%. Esse foi o maior ganho anual desde fevereiro de 1991, após avanço de 4,9% em novembro.

O núcleo da inflação está sendo impulsionado pelo aumento dos preços de serviços como aluguéis e bens escassos, como veículos. A taxa do núcleo do índice em relação a um ano antes deve atingir o pico em fevereiro.

“O primeiro trimestre deve observar um pico de inflação, com preços menores de energia e um declínio na inflação de alimentos e automóveis permitindo uma alta mais lenta dos preços para o restante do ano”, disse David Kelly, estrategista-chefe global do JPMorgan Funds em Nova York.

Covid: província do Canadá vai cobrar ‘imposto de saúde’ de não vacinados

A província canadense de Quebec cobrará um “imposto de saúde” para os moradores que não estiverem vacinados contra a Covid-19.

Quebec, que registrou o maior número de mortes relacionadas à Covid-19 no Canadá, está atualmente enfrentando um aumento de infecções.

Na terça-feira (11), o primeiro-ministro anunciou que a província seria a primeira no país a penalizar financeiramente os não vacinados.

Apenas 12,8% dos moradores de Quebec não são vacinados, mas eles representam quase metade de todos os casos hospitalares.

Segundo dados federais, pouco mais de 85% dos que vivem na província receberam pelo menos uma dose da vacina até 1º de janeiro.

O primeiro-ministro de Quebec, François Legault, disse durante uma entrevista coletiva que as pessoas que não receberam a primeira dose da vacina terão que pagar uma “contribuição”. O valor da taxa ainda não foi decidido, mas será “significativo”.

“Acho que agora é uma questão de justiça para 90% da população, que fizeram alguns sacrifícios”, disse Legault. “Acho que devemos a eles esse tipo de medida.”

Na semana passada, a província anunciou que exigiria comprovante de vacinação para fazer compras em lojas de maconha e bebidas do governo.

Também está em vigor um toque de recolher, o segundo da pandemia, que funciona das 22h às 5h todos os dias.

Na terça, o número total de mortos por Covid-19 em Quebec chegou a 12.028, com 62 óbitos registrados em um período de 24 horas. Foram registrados também 8.710 novos casos, com uma taxa de positividade de 20%.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (10), as bolsas europeias fecharam em queda, com o aumento dos rendimentos dos títulos pesando sobre o setor de tecnologia, enquanto a rápida disseminação da variante Ômicron da Covid-19 também afetou o sentimento. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 1,48%, a 479,04 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 1,44%, a 7.115,77 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,13%, a 15.768,27 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,58%, a 5.567,45 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,51%, a 8.706,90 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,53%, a 7.445,25 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas europeias fecharam em alta, apesar de certa hesitação em Nova York, onde pesou o tom mais duro na fala inicial do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em audiência para um segundo mandato no cargo. A divergência na condução da política monetária nos dois lados do Atlântico Norte aliviou os negócios, impulsionados também pelo salto do petróleo. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,85%, a 483,10 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,95%, a 7.183,38 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 1,10%, a 15.941,81 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 1,33%, a 5.641,69 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,56%, a 8.755,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,62%, a 7.491,37 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas europeias fecharam em alta, sustentadas por papéis ligados a commodities, que avançaram na expectativa de mais estímulo na China, grande importadora, enquanto o alívio nos rendimentos dos títulos tirou a pressão do setor de tecnologia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,65%, a 486,20 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,75%, a 7.237,19 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,43%, a 16.010,32 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,40%, a 5.663,98 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,16%, a 8.770,30 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,81%, a 7.551,72 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas europeias fecharam mistas, Além das movimentações do Federal Reserve e das notícias sobre a Ômicron, os investidores monitoram as notícias sobre a crise política do Reino Unido, instaurada após a divulgação que o primeiro-ministro do país Boris Johnson frequentou festas durante o lockdown mais severo de 2020, e também o avançar das negociações entre EUA e Rússia sobre a crise da Ucrânia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,049%, a 485,96 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,50%, a 7.201,14 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,13%, a 16.031,59 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,74%, a 5.706,07 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,53%, a 8.816,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,16%, a 7.563,85 pontos.

Alemanha nomeia encarregado para assuntos queer

Com a nomeação do político verde Sven Lehmann como encarregado para assuntos queer, a coalizão governamental alemã pretende emitir um sinal pela diversidade sexual e contra a discriminação.

Ao receber o título, Lehmann declarou: “O recém-criado Escritório do Encarregado para Assuntos Queer mostra quão importante é para o governo federal a aceitação da diversidade.” “A Alemanha deverá ser pioneira na luta contra a discriminação”, e é preciso finalmente fazer valer os direitos fundamentais de trans, intersexuais e não binário/as, integralmente, completou.

Já do contrato de coalizão do novo governo formado por social-democratas, verdes e liberais, consta: “Para combater a fobia queer, elaboramos um Plano de Ação Nacional pela Aceitação e Proteção da Diversidade Sexual e de Gênero transministerial, e o implementaremos com os devidos meios financeiros.”

Desde 2017 Sven Lehmann, de 42 anos, integra o parlamento alemão. Em 2021 conquistou um mandato direto em Colônia, um dos centros da cena LGBTQ na Alemanha. Antes, o deputado verde já fora, durante três anos, porta-voz da bancada parlamentar Aliança 90/Os Verdes para política queer e social.

Desde 2018, a Alemanha é um dos poucos países que, ao lado de “masculino” e “feminino”, reconhece oficialmente o gênero “diverso”.

Reino Unido planeja fim de semana para homenagear os 70 anos da rainha no trono

O Reino Unido celebrará os 70 anos da rainha Elizabeth II no trono com um desfile militar, festas de bairro e uma competição para criar uma nova sobremesa para o Jubileu de Platina, disse o Palácio de Buckingham na segunda-feira (10).

Elizabeth se tornará em 6 de fevereiro a primeira monarca britânica a reinar em sete décadas, e as festividades que marcam o aniversário culminarão em um fim de semana de quatro dias de eventos de 2 a 5 de junho. Não ficou claro de quais eventos a rainha, 95, participaria depois que os médicos recentemente a aconselharam a descansar mais. Isso será seguido em 3 de junho por um serviço de ação de graças em homenagem ao serviço prestado pela rainha ao Reino Unido, seus outros reinos e a Comunidade Britânica.

O fim de semana, que inclui um feriado extra em homenagem à rainha, começará na quinta-feira, 2 de junho, com Trooping the Color, o desfile militar anual que marca o aniversário oficial da rainha.

Em homenagem ao frango da coroação, a mistura de frango frio, curry em pó, maionese e outros ingredientes servidos em festas no jardim que marcam a ascensão formal da rainha ao trono, o palácio patrocinará o concurso de pudim de platina para criar uma nova sobremesa dedicada a monarca. Cerca de 1.400 pessoas já se inscreveram para hospedar os almoços do Jubileu em 5 de junho, com eventos principais programados para acontecer em Londres e no Projeto Éden na Cornualha. O palácio espera que haja cerca de 200.000 eventos de bairro em todo o Reino Unido

A competição será aberta a residentes no Reino Unido a partir de 8 anos e será julgada pelas personalidades da cozinha da televisão Mary Berry e Monica Galetti, juntamente com o chef principal do Palácio de Buckingham, Mark Flanagan. A receita vencedora será publicada antes do fim de semana do Jubileu para que possa fazer parte das comemorações.

O fim de semana terminará com um desfile em homenagem ao serviço do monarca e olhando para os próximos 70 anos. Dançarinos, músicos, militares e trabalhadores-chave irão “contar a história do reinado da Rainha”, enquanto as crianças criarão uma imagem de suas esperanças e aspirações para o planeta, disse o palácio.

Taxa de desemprego na zona do euro cai a 7,2% em novembro

A taxa de desemprego na zona do euro caiu a 7,2% em novembro, de 7,3% em outubro, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Eurostat.

O resultado ficou em linha com a expectativa de economistas consultados pelo The Wall Street Journal (WSJ), de 7,2%. Em novembro de 2020, a taxa de desemprego na região da moeda única estava em 8,1%.

Segundo estimativas do Eurostat, 11,829 milhões de pessoas estavam desempregadas na zona do euro em novembro de 2021. Considerando-se o bloco da União Europeia (UE), a taxa de desemprego caiu a 6,5% em novembro, de 6,7% em outubro, totalizando 13,984 milhões de desempregos.

Em relação a outubro de 2021, o total de pessoas sem emprego na zona do euro caiu em 222 mil, enquanto na UE, a queda foi de 247 mil. Já em relação a um ano antes, 1,659 milhão de pessoas na UE ou 1,411 milhão de pessoas na zona do euro saíram da fila do desemprego em novembro do ano passado.

Segundo estimativas do Eurostat, 11,829 milhões de pessoas estavam desempregadas na zona do euro em novembro de 2021.

França pretende reviver parceria da UE com África antes da cúpula de fevereiro

A França quer renovar a parceria entre Europa e África antes de uma cúpula crucial entre os dois em fevereiro.

Uma reunião foi realizada nesta segunda-feira em Paris com o objetivo de identificar as prioridades dos Estados membros da UE em seu relacionamento com a União Africana, o primeiro evento organizado pelo governo francês como parte de sua presidência de seis meses do Conselho da União Europeia.

Ao apresentar seu programa para o mandato de seu país em dezembro, o presidente francês Emmanuel Macron fez das relações com a África uma prioridade.

Disse que quer “reconstruir um New Deal econômico e financeiro com África”, destacando a relação atual “um pouco cansada” entre os dois continentes.

Para o ministro francês do Comércio Exterior, Franck Riester, essa parceria é uma escolha óbvia para os europeus.

Na segunda-feira, Riester sublinhou a proximidade geográfica da Europa com o continente africano, mas também o peso das relações econômicas.

O bloco europeu é “o principal parceiro comercial, o principal investidor estrangeiro e o principal parceiro de desenvolvimento” da África, disse ele.

Embora o relançamento da parceria euro-africana não seja apenas econômico na mente do presidente francês, o comércio é parte essencial dele.

O comissário de comércio europeu Valdis Dombrovskis saudou a iniciativa, dizendo que mais pode ser feito entre os dois parceiros.

Ele disse que ambos devem “se esforçar para fortalecer a integração econômica enquanto lideram a transição climática e digital de nossas economias”.

Dombrovskis acrescentou que o potencial de crescimento do comércio é importante porque atualmente “apenas cerca de 17 por cento dos fluxos comerciais africanos ocorrem entre países africanos”.

A estratégia de investimento da European Global Gateway apresentada no mês passado está alinhada com essa lógica.

Presidente do Parlamento Europeu morre aos 65 anos

David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu e social-democrata italiano, morreu durante a madrugada de terça-feira (11) na Itália aos 65 anos, disse seu porta-voz.

O porta-voz anunciou que Sassoli estava no hospital desde 26 de dezembro “por causa de uma complicação grave devido a uma disfunção do sistema imunológico” e que todas as atividades oficiais foram canceladas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse no Twitter que estava “profundamente triste com a terrível perda de um grande europeu e orgulhoso italiano”. Ela descreveu Sassoli como “um jornalista compassivo, um excelente presidente do Parlamento Europeu e, acima de tudo, um querido amigo”.

O presidente do Conselho da UE, Charles Michel, chamou Sassoli de um “europeu sincero e apaixonado. Já sentimos falta do seu calor humano, da sua generosidade, da sua simpatia e do seu sorriso”.

David Sassoli lutava há meses com problemas de saúde. Tendo sofrido no passado de leucemia, ele foi atingido por um grave caso de pneumonia em setembro durante uma sessão plenária do Parlamento e teve que ser hospitalizado.

Ele voltou para a Itália para se recuperar, mas teve uma recaída que o afastou de suas funções por um tempo. Ele estava ausente novamente em novembro, após exames médicos relacionados a um caso de doença dos legionários.

Sua condição melhorou o suficiente para presidir uma sessão do Parlamento Europeu em dezembro para entregar o principal prêmio de direitos humanos da UE, o Prêmio Sakharov, à filha de Alexei Navalny em nome do crítico do Kremlin.

Sassoli destacou a situação do dissidente russo cuja oposição a Vladimir Putin o levou à prisão. Com fama de defender os oprimidos e reprimidos, também assumiu a causa dos migrantes que morreram na travessia do Mediterrâneo.

Itália quer manter o controle dos principais ativos da Telecom Italia em qualquer oferta da KKR

A Itália quer manter o controle dos ativos estratégicos da Telecom Italia (TIM) em qualquer potencial oferta pública de aquisição, disse o ministro da Indústria, Giancarlo Giorgetti, na quarta-feira (12).

A TIM recebeu uma abordagem não vinculativa de 10,8 bilhões de euros (US$ 12,27 bilhões) da empresa de private equity norte-americana KKR destinada a tornar o maior grupo de telefonia da Itália privado.

O antigo monopólio de telefonia possui a maior infraestrutura de telecomunicações da Itália e o governo tem o poder de bloquear qualquer negócio envolvendo ativos considerados de interesse nacional. A KKR condicionou sua oferta ao apoio da diretoria da TIM e do governo.

Festas durante o lockdown afundam o prestígio de Boris Johnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afunda sua popularidade em cinco festas, todas realizadas na sede do governo britânico durante o lockdown, enquanto fora dali a população era submetida a rígidas restrições para o convívio social.

Conhecido como “Partygate”, o escândalo enfurece os britânicos a tal ponto que apenas 27% defendem a permanência do premiê no cargo, de acordo com uma pesquisa feita pela YouGov para a Sky News.

A revelação mais recente soa como escárnio. Principal assessor de Johnson, Martin Reynolds mandou, em maio de 2020, em um dia em que mais de 300 britânicos morreram de Covid-19, um e-mail para 100 funcionários de Downing Street, convidando-os a aproveitar o clima bom em uma reunião no jardim da residência oficial do governo. “Por favor, junte-se a nós a partir das 18h e traga sua própria bebida”, dizia Reynolds em sua mensagem, divulgada pela ITV News.

Na época, as visitas eram proibidas e a maior aglomeração limitava-se a duas pessoas ao ar livre, ainda que a uma distância de dois metros. Quem violava as regras pagava multas pesadas.

Liderados por Johnson, os funcionários de Downing Street, hoje se sabe, pareciam estar livres disso. Dos 100 convidados, 40 compareceram à reunião, incluindo o premiê e a sua mulher, Carrie Symonds, segundo relatos publicados pela mídia.

Por enquanto, só o entorno do premiê foi punido. A porta-voz Allegra Stratton renunciou ao cargo após a divulgação de um vídeo de funcionários do governo debochando sobre como deveriam explicar ao público sobre uma reunião de Natal.

A reação popular levou Johnson a pedir um inquérito, comandado por Sue Gray, alta funcionária do governo, que não é levado a sério. “Não há necessidade de uma investigação porque trata-se de uma simples questão: o primeiro-ministro participou do evento no jardim de Downing Street no dia 20 de maio de 2020?”, indagou a vice-líder trabalhista, Angela Rayner.

Pressionado na audiência de quarta-feira (12) no Parlamento, só restou a Johnson pedir desculpas e alegar que pensou que a festa, regada a bebidas, era uma reunião de trabalho. Não havia mais como negar que participou do happy hour. Ideólogo do Brexit e demitido em novembro de 2020, o ex-conselheiro Dominic Cummings se vingou do ex-chefe, atestando categoricamente a sua presença na festa.

Suécia vai ajudar as famílias à medida que os preços da eletricidade sobem mais de 266%

A Suécia anunciou que destinou cerca de 6 bilhões de coroas suecas (590 milhões de euros) para um esquema temporário para ajudar as famílias mais afetadas em todo o país escandinavo a lidar com as altas contas de eletricidade neste inverno.

As famílias que consomem mais de 2.000 quilowatts-hora por mês podem receber uma compensação no valor de cerca de 2.000 coroas suecas (€ 195,5) por mês durante os três meses de dezembro a fevereiro. Cerca de 1,8 milhão de famílias são afetadas, disse o governo.

“Esta é uma medida excepcional em uma situação excepcional, é incomum entrar com suporte quando os preços flutuam nos mercados”, disse o ministro das Finanças, Mikkel Damberg.

Espera-se que o governo social-democrata de partido único e minoritário da Suécia obtenha o apoio da maioria para o plano no Riksdag de 349 assentos.

Proprietários de casas na Suécia já começaram a adotar estratégias para reduzir seu consumo, desligar o aquecimento, fechar quartos, usar fontes alternativas de calor, como queimadores de lenha e usar meias grossas de lã.

“É uma situação maluca”, disse Hannah Hall, que mora em uma velha casa de madeira em Kristinehamn, uma pequena cidade no centro da Suécia. “Eu sabia que seria um inverno caro, mas parece sem precedentes.”

Hall recebeu uma fatura de 10.400 coroas suecas (€ 1.016) pelo consumo de eletricidade em dezembro, que quase triplicou no ano anterior, para aquecer sua casa de 130 metros quadrados.

Há relatos de pessoas tomando empréstimos bancários para poder pagar sua conta de luz.

“Entendo que as pessoas estão preocupadas com suas finanças”, disse o ministro da Energia da Suécia, Khashayar Farmanbar.

Os preços da eletricidade na Suécia aumentaram à medida que as temperaturas frias aumentaram a demanda e os preços do gás na Europa continuam subindo.

De acordo com dados do regulador do mercado de energia sueco, os custos de eletricidade de um apartamento médio na metade sul do país, onde a grande maioria dos suecos moram, aumentaram 266% em dezembro em relação ao ano anterior, enquanto o custo de uma casa média com aquecimento elétrico saltou em média 361% no mesmo período.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (10), as bolsas asiáticas fecharam em alta, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA que podem ser determinantes para a trajetória dos juros básicos americanos. O índice Xangai teve alta de 0,39%, a 3.593,52 pontos. O índice japonês Nikkei não teve operações devido a um feriado. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 1,08%, a 23.746,54 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,45%, a 4.844,04 pontos.

Na terça-feira (11), as bolsas asiáticas fecharam em queda, com investidores se mostrando cautelosos antes de eventuais comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, sobre possíveis aumentos de juros e atentos à disseminação da variante Ômicron do Coronavírus na China. O índice Xangai teve queda de 0,73%, a 3.567,44 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,90%, a 28.222,48 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,03%, a 23.739,06 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,96%, a 4.797,77 pontos.

Na quarta-feira (12), as bolsas asiáticas fecharam em alta, seguindo o tom positivo de Wall Street, após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) terem aparentemente agradado investidores e dados da inflação chinesa abrirem caminho para relaxamento monetário. O índice Xangai teve alta de 0,84%, a 3.597,43 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,92%, a 28.765,66 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 2,79%, a 24.402,17 pontos. O índice CSI300 teve alta de 1,00%, a 4.845,58 pontos.

Na quinta-feira (13), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, um dia após dados de inflação dos EUA reforçarem apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) começará a elevar juros nos próximos meses e em meio a preocupações renovadas com a disseminação da variante Ômicron do Coronavírus pelo mundo. O índice Xangai teve queda de 1,17%, a 3.555,26 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,96%, a 28.489,13 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,11%, a 24.429,77 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,64%, a 4.765,92 pontos.

China nomeia ex-chefe paramilitar como novo comandante da guarnição de Hong Kong

A China nomeou um ex-chefe paramilitar, Peng Jingtang, como o novo comandante da guarnição do Exército de Libertação do Povo (PLA) em Hong Kong, informou a emissora estatal CCTV na noite de domingo (09) citando o porta-voz do PLA.

Peng, que detém o posto de major-general, foi anteriormente subchefe da força policial paramilitar da China, a Polícia Armada Popular. Sua nomeação foi assinada pelo presidente chinês Xi Jinping, disse a CCTV.

De acordo com o Global Times, um tabloide nacionalista publicado pelo jornal oficial People’s Daily, Peng também foi chefe de gabinete da Força Policial Armada em Xinjiang, onde Washington diz que Pequim está cometendo genocídio contra uigures e outros grupos muçulmanos. A China nega abusos em Xinjiang.

O PLA mantém uma guarnição em Hong Kong, mas suas atividades são em grande parte discretas. De acordo com a miniconstituição do centro financeiro global, a Lei Básica, a defesa e as relações exteriores são administradas pelos líderes do Partido Comunista em Pequim.

A CCTV também citou Peng dizendo que, em sua nova nomeação, trabalharia com todos os membros da guarnição para seguir o comando do Partido Comunista e de Xi, e defender resolutamente a soberania nacional e os interesses de segurança.

Hong Kong voltou ao domínio chinês em 1997 com a promessa de que direitos individuais abrangentes seriam protegidos.

Mas ativistas pró-democracia e grupos de direitos humanos dizem que as liberdades diminuíram, em particular desde que a China impôs uma nova lei de segurança nacional, após meses de protestos às vezes violentos em 2019.

Autoridades de Hong Kong e da China negam a restrição das liberdades e dizem que a lei era necessária para restaurar a ordem após prolongada agitação.

Suu Kyi de Mianmar condenada a mais 4 anos de prisão

Um tribunal de Mianmar condenou a líder destituída Aung San Suu Kyi a mais quatro anos de prisão na segunda-feira (10), após considerá-la culpada por importar e possuir walkie-talkies ilegalmente e violar as restrições ao Coronavírus, disse uma autoridade legal.

Suu Kyi foi condenado no mês passado por duas outras acusações e recebeu uma pena de prisão de quatro anos, que foi então reduzida pela metade pelo chefe do governo instalado pelos militares.

Os casos estão entre cerca de uma dúzia contra a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 76 anos desde que o exército tomou o poder em fevereiro passado, derrubando seu governo eleito e prendendo membros importantes de seu partido Liga Nacional pela Democracia.

Se for considerada culpada de todas as acusações, ela poderá ser condenada a mais de 100 anos de prisão.

Apoiadores de Suu Kyi e analistas independentes dizem que as acusações contra ela são planejadas para legitimar a tomada do poder pelos militares e impedi-la de retornar à política.

O veredicto de segunda-feira (10) no tribunal da capital, Naypyitaw, foi transmitido por um oficial legal que insistiu no anonimato por temer ser punido pelas autoridades, que restringiram a divulgação de informações sobre os julgamentos de Suu Kyi.

Ele disse que ela foi condenada a dois anos de prisão de acordo com a Lei de Exportação e Importação por importar walkie-talkies e a um ano de acordo com a Lei de Telecomunicações por possuí-los. As sentenças devem ser cumpridas simultaneamente. Ela também recebeu uma sentença de dois anos sob a Lei de Gestão de Desastres Naturais por supostamente violar as regras do Coronavírus durante a campanha.

Suu Kyi foi condenada no mês passado por duas outras acusações, incitamento e violação das restrições da Covid-19, e sentenciada a quatro anos de prisão. Horas depois que a sentença foi emitida, o chefe do governo militar instalado, o general Min Aung Hlaing, reduziu-a pela metade.

O partido de Suu Kyi obteve uma vitória esmagadora nas eleições gerais de 2020, mas os militares alegaram que houve fraude eleitoral generalizada, uma afirmação que os observadores independentes duvidam.

Ela também está sendo julgada pelo mesmo tribunal por cinco acusações de corrupção. A pena máxima para cada acusação é de 15 anos de prisão e multa. Uma sexta acusação de corrupção contra ela e destituiu o presidente Win Myint em conexão com a concessão de licenças para alugar e comprar um helicóptero ainda não foi a julgamento.

Em processos separados, ela é acusada de violar a Lei de Segredos Oficiais, que acarreta uma pena máxima de 14 anos.

China diz que vai acelerar emissão de títulos e estimular investimentos, segundo imprensa estatal

A China vai acelerar a emissão de títulos especiais do governo local para ajudar a impulsionar o investimento efetivo, disse o gabinete de acordo com a imprensa estatal na segunda-feira (10), em uma tentativa de apoiar uma economia em desaceleração.

A China acelerará a emissão de títulos especiais locais sob a cota de 2022 e investirá fundos de 1,2 trilhão de iuanes (188,34 bilhões de dólares) em títulos locais emitidos no quarto trimestre de 2021 em projetos o mais rápido possível, disse o gabinete.

Em dezembro, o Ministério das Finanças chinês disse que havia emitido 1,46 trilhão de iuanes na cota antecipada de 2022 para títulos especiais do governo local para ajudar a estimular o investimento e apoiar a economia.

O aumento dos gastos do governo ajudará a impulsionar o investimento privado no primeiro trimestre de 2022, disse o gabinete.

A China também expandirá o consumo final, acrescentou.

A economia chinesa enfrenta vários desafios, uma vez que a desaceleração imobiliária e as rigorosas restrições da Covid-19 têm afetado os gastos do consumidor.

Entregas de veículos da GM na China em 2021 atingiram 2,9 milhões

A General Motors Company disse na segunda-feira (10) que a empresa e suas joint ventures entregaram 2,9 milhões de veículos na China durante 2021.

A empresa alcançou o número de entregas na China de 2020, apesar dos desafios da cadeia de fornecimento, incluindo escassez de chips semicondutores ao longo de 2021.

A empresa disse aos investidores que “os modelos premium e os veículos de novas fontes de energia em todas as suas marcas sustentaram um impulso robusto do crescimento e apresentaram um forte desempenho”.

O modelo Cadillac da empresa atingiu vendas recorde de mais de 230.000 unidades. A Buick registrou a entrega de quase 820.000 veículos; as da Chevrolet chegaram a cerca de 230.000 unidades; a Baojun apresentou entregas de mais de 210.000 veículos, enquanto as entregas da Wuling superaram 1,4 milhão de unidades.

Julian Blissett, vice-presidente executivo da GM e presidente da GM China, disse: “À medida que os desafios impostos pelo ambiente macro persistiam, nós nos concentramos no fornecimento de produtos e serviços de alta qualidade para satisfazer os nossos clientes, ao mesmo tempo em que avançamos no nosso compromisso de criar um futuro de zero batidas, zero emissões e zero congestionamento”.

Taiwan e Canadá iniciarão negociações sobre acordo de investimento

Taiwan e Canadá concordaram em iniciar negociações sobre um acordo de proteção de investimentos, disseram os dois governos na segunda-feira (10), parte dos esforços da ilha reivindicada pelos chineses para aumentar os laços com outras democracias diante da crescente pressão de Pequim.

Taiwan tem buscado acordos comerciais com o que considera parceiros com interesses semelhantes, como os Estados Unidos e a União Europeia.

Embora seja membro da Organização Mundial do Comércio, o Taiwan’s só tem acordos de livre comércio com duas grandes economias, Cingapura e Nova Zelândia, e a China tem pressionado os países a não se envolverem diretamente com o governo de Taipei.

O gabinete de Taiwan disse que o negociador-chefe de comércio, John Deng, se encontrou virtualmente com a ministra de Comércio Internacional do Canadá, Mary Ng, e os dois concordaram em iniciar “discussões exploratórias” sobre um Acordo de Promoção e Proteção de Investimentos Estrangeiros, ou FIPA.

O comunicado do gabinete disse que a medida foi “um marco importante” no fortalecimento das relações econômicas e comerciais.

O governo canadense, que como a maioria dos países não tem laços diplomáticos formais com Taiwan, disse em seu comunicado que Ng “destacou que Taiwan é um importante parceiro comercial e de investimento, pois o Canadá amplia seus laços comerciais e aprofunda suas parcerias econômicas na região do Indo-Pacífico”.

O encontro direto entre os dois ministros do governo pode irritar a China, que intensificou os esforços para isolar Taiwan enquanto Pequim afirma suas reivindicações de soberania.

A China vê o Taiwan governado democraticamente como parte de seu território, sem direito a laços de estado a estado, uma visão que o governo de Taiwan rejeita veementemente.

O Canadá também é membro do Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Trans-Pacífico, ou CPTPP, ao qual Taiwan e a China se inscreveram.

Tailândia planeja impor taxa turística a partir de abril

A Tailândia está planejando cobrar uma taxa de 300 baht (US$ 9) de turistas estrangeiros a partir de abril para desenvolver atrações e cobrir o seguro de acidentes para estrangeiros incapazes de pagar os custos, disseram altos funcionários na quarta-feira (12).

Tailândia, um dos destinos mais populares de viagem da Ásia, foi severamente atingida por uma queda do turismo induzida pandemia, com cerca de 200.000 chegadas no ano passado, em comparação com quase 40 milhões em 2019.

Os recentes esforços para revitalizar o setor tem sido complicada pela rápida mundial disseminação da variante Ômicron da Covid-19.

“Parte da taxa será usada para cuidar dos turistas”, disse à Reuters a Autoridade de Turismo do governador da Tailândia, Yuthasak Supasorn.

“Encontramos momentos em que o seguro não tinha cobertura para turistas… o que se tornou nosso fardo para cuidar deles”, disse ele, acrescentando que os fundos também seriam usados ​​para melhorar a infraestrutura turística.

A taxa se soma a uma lista de requisitos para turistas estrangeiros que buscam entrada na Tailândia, que incluem pré-pagamento para testes Covid-19, acomodação em hotel ou quarentena e seguro com cobertura de tratamento Covid-19 de pelo menos US$ 50.000.

A Tailândia renunciou às suas rigorosas medidas de quarentena em novembro no lugar de um esquema “Test & Go” para visitantes vacinados, mas suspendeu no final do mês passado devido a preocupações com a disseminação da variante Ômicron.

A nova taxa será cobrada com passagens aéreas e faz parte dos planos de turismo sustentável do governo, disse o porta-voz do governo Thanakorn Wangboonkongchana.

A Tailândia espera entre 5 e 15 milhões de chegadas de estrangeiros este ano, dependendo das políticas em vigor em seus principais mercados de turismo, disse Thanakorn.

Espera-se que os turistas estrangeiros gerem 800 bilhões de bahts tailandeses (US$ 23,97 bilhões) este ano, disse ele.

O principal grupo empresarial da Tailândia previu na quarta-feira (12) que as chegadas de turistas estrangeiros para o ano serão de 5 a 6 milhões de chegadas.

Inflação na China diminui em dezembro, dando oportunidade para cortes de juros

A inflação na China diminuiu em dezembro graças à queda nos custos de alimentos e commodities, com analistas dizendo que os números de quarta-feira (12) dão aos formuladores de políticas espaço para revelar medidas para impulsionar a economia instável, incluindo cortes nas taxas de juros.

Como a maioria dos outros países, a China viu os preços subirem durante grande parte do ano passado devido à alta no custo da energia, pressionando uma economia que também está sendo atingida por uma crise no setor imobiliário fundamental e impulsionador do crescimento.

A inflação dos preços de fábrica foi particularmente afetada, atingindo uma alta de 26 anos em outubro e levantando preocupações de que esses aumentos serão filtrados para a economia global devido ao papel crucial da China como exportador.

Mas na quarta-feira (12), os números mostraram que os preços ao produtor subiram 10,3% menos do que o esperado no mês passado, estendendo uma desaceleração observada em novembro.

O índice de preços ao consumidor (IPC), um indicador importante da inflação no varejo, ficou em 1,5 por cento, abaixo dos 2,3 por cento em novembro e também abaixo das previsões.

“A probabilidade de um corte de juros no primeiro trimestre é alta, e a janela mais próxima é este mês”, disse Bruce Pang, da China Renaissance Securities Hong Kong.

O IPC “não será uma preocupação em 2022” e a medida central, que elimina os custos voláteis de alimentos e energia, ficará abaixo de 1,5%, acrescentou.

O aumento da inflação causou dor de cabeça para os formuladores de políticas, pois eles tentavam seguir uma linha tênue entre tentar impedir que os preços ficassem fora de controle e, ao mesmo tempo, tentar impulsionar uma economia que luta com um mercado imobiliário conturbado e novos bloqueios causados ​​​​pela Covid-19.

A desaceleração da inflação ao consumidor veio por trás do afrouxamento dos preços dos vegetais, disse o estatístico sênior do Departamento Nacional de Estatísticas, Dong Lijuan, acrescentando que o abate acelerado de suínos vivos ajudou a moderar os custos da carne suína.

Israel não está vinculado a nenhum acordo nuclear com o Irã, diz Bennett

O primeiro-ministro Naftali Bennett disse na segunda-feira (10) que Israel não estaria vinculado a nenhum acordo nuclear com o Irã e continuaria a se considerar livre para agir “sem restrições” contra seu arquiinimigo, se necessário.

As negociações indiretas entre o Irã e os Estados Unidos para salvar o acordo nuclear com o Irã de 2015 foram retomadas há uma semana em Viena. O ministro das Relações Exteriores da França disse na sexta-feira que houve progresso, embora o tempo esteja se esgotando.

“Em relação às negociações nucleares em Viena, estamos definitivamente preocupados, Israel não é parte dos acordos”, disse Bennett em declarações públicas, em uma entrevista a um comitê parlamentar.

“Israel não está vinculado ao que estará escrito nos acordos, se eles forem assinados, e Israel continuará a manter plena liberdade de ação em qualquer lugar a qualquer momento, sem restrições”, disse ele.

Israel pediu às potências mundiais que mantenham uma opção militar confiável contra o Irã enquanto buscam um acordo.

Alguns especialistas questionam se Israel, por si só, tem capacidade militar para deter o que diz ser uma busca iraniana por armas nucleares. O Irã nega que busque armas atômicas.

A riqueza mineral saudita pode chegar a US$ 1,3 trilhão em meio ao agressivo plano de exploração do Reino

A Arábia Saudita espera que sua riqueza mineral exceda as estimativas anteriores de US$ 1,3 trilhão, já que o Reino planeja triplicar os gastos com a exploração de metais nos próximos três anos, disse o chefe da organização responsável por avaliar seu potencial geológico.

Abdullah bin Muftar Al-Shamrani, CEO da Saudi Geological Survey, disse que essa estimativa anterior foi feita há alguns anos, quando os preços dos minerais estavam mais baixos.

“Agora que vimos que o preço está subindo, a expectativa é que a projeção de preços realmente suba por conta dessa demanda por esses materiais”, disse ele em entrevista exclusiva ao Arab News.

O objetivo agora é quase triplicar os gastos com exploração por metro quadrado para SR220 ($ 58,7) nos próximos dois a três anos.

O aumento das despesas irá “acelerar as metas do setor de mineração” e ajudará a descobrir mais locais. Al-Shamrani disse que o Reino está se tornando “agressivo” na exploração.

Ele acrescentou que o número de locais de mineração no Reino pode ultrapassar 5.500.

O Reino quer fazer parte da cadeia de abastecimento global de matérias-primas que irão para muitos produtos viáveis ​​para apoiar indústrias como energia renovável, disse ele.

Agora está determinada a desenvolver todos esses recursos com a ajuda de investidores internacionais que precisarão de mais dados. A organização conhecida como SGS desenvolveu um enorme banco de dados para esse fim.

Quando questionado sobre os principais minerais que a Arábia Saudita possuía, o CEO disse: “Estamos falando sobre cobalto, lítio, titânio, terras raras – tudo isso tornará o futuro mais sustentável se forem usados ​​de forma eficiente. O futuro está falando tudo sobre energia renovável e o bom é que a Arábia Saudita tem esses minerais.” Ele disse que eles são cruciais na transição global para fontes de energia mais limpas.

Sultão de Omã comemora segundo aniversário de ascensão ao poder

O sultão de Omã Haitham bin Tariq fez um discurso na terça-feira (11) no segundo aniversário de sua ascensão ao poder, informou a TV Al Arabiya.

Sultan Haitham disse que a nação lidou com uma série de desafios no país com “sabedoria e paciência”.

Ele também enfatizou o papel significativo que os jovens podem desempenhar com seu envolvimento na construção da nação e sua eficácia em contribuir para o progresso do país.

O sultão também pediu mais investimentos locais e disse que espera tornar o sultanato um destino de investimento estrangeiro.

O sultão Haitham destacou a importância dos serviços de segurança e seu papel na defesa do país.

Quanto às mudanças climáticas a que Omã foi submetida meses atrás, ele anunciou que orientou o governo a apoiar rapidamente o sistema de alerta climático antecipado.

Juiz libanês emite proibição de viagem para presidente do banco central

Um juiz libanês emitiu uma proibição de viagem para o presidente do banco central do país, disseram a Agência Nacional de Notícias e um advogado.

A medida ocorre depois que um processo de corrupção o acusou de peculato e abandono do dever durante o colapso financeiro do país.

A decisão foi a primeira ação judicial das autoridades libanesas contra Riad Salameh, que está sendo investigado em vários países no exterior por possível lavagem de dinheiro.

Não ficou imediatamente claro se a proibição será implementada. Salameh, 71, está no cargo há quase três décadas e conta com o apoio da maioria dos políticos, incluindo o primeiro-ministro do país, apesar da devastadora crise econômica do país e do colapso do setor bancário.

A proibição de viagem foi emitida por Ghada Aoun, um juiz investigador do distrito do Monte Líbano, com base em uma investigação sobre um caso aberto por advogados de um grupo anticorrupção conhecido como People Want to Reform the Regime.

A decisão de Aoun veio quando o valor da libra libanesa caiu para novas mínimas na terça-feira (11), atingindo 33.500 por dólar americano. A libra perdeu mais de 90% de seu valor desde o início do colapso, incluindo quase 10% de seu valor desde o início do ano.

Salameh já foi apontado como o guardião da estabilidade monetária do Líbano e elogiado por dirigir as finanças do país através da recuperação pós-guerra e crises de agitação. Mas ele está sob intenso escrutínio desde que o colapso econômico do pequeno país começou no final de 2019, com muitos especialistas agora questionando suas políticas monetárias.

Haitham Ezzo, um dos advogados que moveu o processo contra Salameh, disse que o governador violou seu dever oficial de proteger a moeda nacional e o setor bancário. Ele disse que Salameh também é criminalmente responsável, dizendo que o processo fornece novas evidências de que ele abusou de sua posição para ganho pessoal.

As cidades industriais de Jubail e Ras Al Khair contribuem com US$ 24 bilhões para o PIB da Arábia Saudita

As cidades industriais de Jubail e Ras Al Khair estão contribuindo com cerca de SR90 bilhões (US$ 24 bilhões) para o PIB da Arábia Saudita, disse o CEO da Ras Al Khair em entrevista ao Arab News.

O montante representa 4,5 por cento do PIB não petrolífero, acrescentou Ahmed Hassan.

Ras Al Khair criou 30.000 empregos desde a sua criação e espera-se adicionar outros 50.000 empregos nos próximos anos, com a conclusão de novos projetos, incluindo o Complexo Marítimo Global King Salman, que pode iniciar as operações iniciais até o final deste ano ou cedo a seguir.

Fundada em 2009, a cidade industrial de Ras Al Khair foi construída com base em um plano econômico, visando cinco principais indústrias primárias, a saber: alumínio, fosfato, zinco, cobre e aço.

O tamanho total do investimento na cidade industrial chega a SR150 bilhões, com o setor privado tendo a maior parte, uma proporção de 14 riais para cada rial investido pelo governo, ou 1:14, disse Hassan.

Falando em hidrogênio verde, Hassan disse que faz parte do plano diretor da cidade que será ativado em ação após o anúncio da estratégia nacional de hidrogênio do Reino.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
14/01/2022