Cenário Econômico Internacional – 21/01/2021

Cenário Econômico Internacional – 21/01/2021

Cenário Econômico Internacional – 21/01/2021 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • ONU alerta que pandemia continua a prejudicar o emprego
  • Grandes marcas defendem pacto global para corte na produção de plástico
  • MSD fecha contrato com Unicef para fornecimento de 3 milhões de conjuntos de comprimido contra Covid-19
  • Angela Merkel rejeita oferta de cargo da ONU
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • EUA acusam Rússia de criar ‘pretexto’ para invadir a Ucrânia
  • Maduro celebra saída da hiperinflação e projeta crescimento em 2021
  • Com inflação e Ômicron, analistas cortam previsões para economia dos EUA
  • EUA avaliam se divisão de computação em nuvem da Alibaba pode ser risco à segurança nacional
  • Vice-presidente da Argentina diz que pagamentos ao FMI “custaram mais do que a Covid”
  • Blinken alerta que Rússia pode enviar mais tropas para a Ucrânia em breve
  • Inflação atinge nível mais alto em 30 anos no Canadá
  • Biden indica Elizabeth Bagley para chefiar embaixada dos Estados Unidos no Brasil
  • Mercado acionário europeu
  • Economia do Reino Unido supera nível pré-pandemia em novembro
  • Novo ministro das Finanças da Turquia fala em postura heterodoxa no olho do furacão
  • Ex-ministra da França lança candidatura para unir esquerda contra Macron
  • Portugal considera “urgente e fundamental” rever regras orçamentais da UE
  • Volkswagen e Bosch formarão Joint Venture de baterias para carros elétricos
  • Regras fiscais revisadas da UE devem equilibrar investimento e redução da dívida
  • Roberta Metsola: deputada de Malta é eleita a nova presidente do Parlamento Europeu
  • Regras fiscais revisadas da UE devem equilibrar investimento e redução da dívida
  • UE envia pedido formal à Polônia para pagamento de multa diária de 1 milhão de euros
  • Mercado acionário na Ásia
  • China teve em 2021 a menor taxa de natalidade em sete décadas
  • Coreia do Norte dispara ‘projétil não identificado’, segundo Seul
  • China deve melhorar controles de risco da dívida de governo local
  • Banco Central do Japão deve sinalizar pressão crescente de preços e manter política monetária ultraflexível
  • Japão amplia restrições a Covid-19, inclusive em Tóquio, à medida que os casos aumentam
  • Produtor de cinema de Hong Kong anuncia candidatura para se tornar o novo líder da cidade
  • Banco Central da Indonésia diz que ataque de ransomware não afetou serviços
  • Coreia do Norte critica EUA e sugere retomar testes nucleares
  • Crescem os temores sobre a influência do Irã no Líbano após a decisão do Gabinete do Hezbollah e Amal
  • Arábia Saudita e Coreia do Sul assinam acordos iniciais em energia e tecnologia
  • Egito e Argélia discutem interferência estrangeira nos assuntos da Líbia
  • Israel investiga suposto uso do Pegasus para espionar cidadãos
  • Ministro das Relações Exteriores do Egito descreve planos para a cúpula do clima COP27

ONU alerta que pandemia continua a prejudicar o emprego

A pandemia de Covid-19 continua a causar estragos sobre o emprego em todo o mundo e um retorno aos níveis pré-crise pode levar anos, alertou a ONU na segunda-feira (17).

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi forçada a revisar em forte queda sua previsão para uma recuperação do mercado de trabalho este ano, em particular devido ao impacto das variantes delta e Ômicron, que atingiram duramente a grande maioria dos países.

Agora, prevê um déficit geral em horas trabalhadas equivalente a 52 milhões de empregos em tempo integral em comparação com o quarto trimestre de 2019. Isso é o dobro do que a organização ainda estava prevendo em maio de 2021, de acordo com o relatório sobre tendências 2022 publicado hoje.

“Dois anos após o início da crise, as perspectivas permanecem frágeis e o caminho para a recuperação é lento e incerto”, constatou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.

“Já estamos vendo danos potencialmente duradouros no mercado de trabalho e estamos testemunhando um aumento preocupante da pobreza e da desigualdade”, ressaltou Ryder, dando o exemplo de “muitos trabalhadores que estão sendo forçados a mudar para novos tipos de empregos”, como no turismo e nas viagens internacionais, duramente atingidos pelas restrições sanitárias.

A taxa de desemprego oficial permanece mais alta do que antes da pandemia e deve seguir acima até pelo menos 2023.

O número de desempregados para 2022 é estimado pela OIT em 207 milhões (5,9%), contra 186 milhões em 2019.

Em 2022, a taxa geral de atividade deve permanecer 1,2 ponto percentual menor do que em 2019, estima a organização.

Grandes marcas defendem pacto global para corte na produção de plástico

Marcas internacionais como Coca Cola e PepsiCo defenderam na segunda-feira (17) um pacto global de combate à poluição causada por plásticos e que inclui cortes na produção, o que potencialmente afetaria a indústria petrolífera, que tem no setor um de seus principais clientes.

Autoridades mundiais se reunirão em uma conferência da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA 5.2) neste ano para negociações sobre um tratado contra resíduos plásticos que estão devastando oceanos e matando a vida selvagem.

Ainda não está claro se algum acordo se concentrará no gerenciamento e reciclagem de resíduos ou se serão tomadas medidas mais duras, como a contenção de produção de plástico, uma medida que provavelmente enfrentaria resistência de grandes empresas de petróleo e produtos químicos e de grandes países produtores de plástico como os Estados Unidos.

Os mais de 70 signatários da declaração conjunta divulgada na segunda-feira (17) incluem empresas de bens de consumo como Unilever e Nestlé, que vendem uma infinidade de produtos em plástico descartável, bem como o varejista Walmart e o banco francês BNP Paribas.

“Estamos em um momento crítico para estabelecer um ambicioso tratado da ONU”, afirmam as partes no documento assinado, observando que qualquer acordo deve “reduzir a produção e o uso de plástico virgem”.

“A UNEA 5.2 é o momento decisivo e mais importante para virar a maré na crise global criada pela poluição provocada pelo plástico. Não podemos perder isso”, afirma o comunicado.

Menos de 10% de todo o plástico já produzido foi reciclado, e uma reportagem da Reuters no ano passado mostrou que as novas tecnologias de reciclagem promovidas pela indústria de plásticos têm enfrentado dificuldades para combater o problema.

Enquanto isso, a produção de plástico deve dobrar em 20 anos. Esta é uma fonte importante de receita futura para as principais empresas de petróleo e gás, já que a demanda por combustíveis fósseis diminui com o aumento do uso de energia renovável e veículos elétricos.

MSD fecha contrato com Unicef para fornecimento de 3 milhões de conjuntos de comprimido contra Covid-19

A MSD Acquisition Corp, em parceria com Ridgeback Biotherapeutics informaram na terça-feira (18) que assinaram um contrato com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para fornecer até 3 milhões de conjuntos de seu comprimido contra a Covid-19.

A MSD fornecerá a pílula, molnupiravir, ao Unicef até o primeiro semestre de 2022 para distribuição em mais de 100 países de baixa e média renda mediante autorizações regulatórias, disseram as empresas.

O comprimido recebeu autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos EUA em dezembro e também foi autorizado em vários outros países, incluindo Índia, México e Reino Unido.

Muitos países têm fechado contrato com a MSD para fornecimento do medicamento.

A MSD disse em janeiro que espera que o molnupiravir seja eficaz contra a variante Ômicron, que é altamente contagiosa e impulsionou um aumento nos casos e hospitalizações por Covid-19 em todo o mundo.

Angela Merkel rejeita oferta de cargo da ONU

Há cerca de seis semanas, Angela Merkel encerrava seu quarto mandato na chefia do governo da Alemanha. Desde então, ela se manteve bastante discreta, com raras aparições ou manifestações públicas. Muito tem sido especulado sobre quais seriam os próximos projetos da ex-chanceler federal alemã. Agora, ao menos está claro o que ela não pretende fazer.

Merkel rejeitou na quarta-feira (19) uma oferta de emprego oferecida pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. A ex-chanceler federal alemã “telefonou para o secretário-geral da ONU na semana passada, agradeceu e informou que não aceitaria a oferta”, divulgou a assessoria de Merkel, após pedido da agência alemã de notícias DPA.

Guterres havia oferecido a Merkel a presidência de um órgão consultivo de alto gabarito, a função deste órgão é avaliar e debater sobre bens públicos globais que poderiam servir a toda a população mundial além das fronteiras nacionais.

Por parte das Nações Unidas, o telefonema entre Guterres e Merkel não foi visto como uma rejeição definitiva. Segundo informações coletadas pela DPA dos bastidores da ONU, Guterres também havia feito uma oferta a Merkel por carta. O Conselho Consultivo de Bens Públicos Globais é um dos projetos emblemáticos de Guterres em relação a uma reforma nas Nações Unidas.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (17), as bolsas de valores de Nova York não operaram, devido ao feriado de Martin Luther King.

Na terça-feira (18), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, em sessão de retorno após o feriado de Martin Luther King. A provável alta de juros pelo Federal Reserve diante da inflação nos Estados Unidos pesou nos mercados, especialmente para os papéis de tecnologia, pressionados por um avanço nos rendimentos dos Treasuries. O índice Dow Jones teve queda de 1,51%, a 35.368,47 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,84%, a 4.577,13 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,60%, a 14.506,90 pontos.

Na quarta-feira (19), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, investidores continuam a se preocupar com os rendimentos mais altos dos títulos do governo norte-americano e o aperto da política monetária por parte do banco central do país. O índice Dow Jones teve queda de 0,96%, a 35.028,65 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,97%, a 4.532,76 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 1,15%, a 14.340,25 pontos.

Na quinta-feira (20), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, com fortes relatórios de lucros corporativos, enquanto uma caça a pechinchas impulsionava empresas de crescimento de mega capitalização depois que o índice Nasdaq mergulhou em território de correção na sessão anterior. Por volta das 12h12, o índice Dow Jones registrava alta de 1,06%, a 35.399,87 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,23%, a 4.588,65 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 1,62%, a 15.291,04 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 14.01.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (14) cotado a R$ 5,5132 com queda de 0,29%. Após trabalhar em leve alta durante praticamente toda a sessão, o dólar à vista perdeu força no fim do dia e emendou o quarto pregão consecutivo de queda.

Na segunda-feira (17) – O dólar à vista registrou alta de 0,24%, cotado a R$ 5,5266 na venda. Em ambiente de liquidez reduzida, em razão da ausência dos mercados em Nova York pelo feriado nos Estados Unidos, o dólar à vista oscilou entre margens estreitas ao longo da sessão. O dólar oscilou entre R$ 5,5414 na máxima e R$ 5,4949 na mínima.

Na terça-feira (18) – O dólar à vista registrou alta de 0,61%, cotado a R$ 5,5608 na venda. Ganhando força ao longo da tarde após uma manhã de queda, conforme a pressão externa se sobressaiu por receios sobre a velocidade do aperto monetário nos Estados Unidos. O dólar oscilou entre R$ 5,5826 na máxima e R$ 5,5058 na mínima.

Na quarta-feira (19) – O dólar à vista registrou queda de 1,70%, cotado a R$ 5,4659 na venda. Em dia marcado por enfraquecimento global da moeda norte-americana, o dólar à vista apresentou forte queda no mercado doméstico de câmbio, fechando abaixo do patamar de R$ 5,50 pela primeira vez desde 16 de novembro do ano passado. O dólar oscilou entre R$ 5,5527 na máxima e R$ 5,4588 na mínima.

Na quinta-feira (20) – Por volta das 14h10, o dólar operava em queda de 1,01% cotado a R$ 5,4659 na venda. O dólar caía com força frente ao real nesta quinta-feira (20), ampliando perdas registradas na véspera em meio a alívio em temores político-fiscais domésticos, acompanhando ainda arrefecimento no rali dos rendimentos dos títulos soberanos norte-americanos.

EUA acusam Rússia de criar ‘pretexto’ para invadir a Ucrânia

Os Estados Unidos acusaram na sexta-feira (14) a Rússia de criar uma operação “pretexto” para justificar uma invasão da Ucrânia, que assinará um acordo de cooperação cibernética com a Otan, após sofrer um ciberataque que deixou fora do ar o serviço de vários sites oficiais.

Após uma semana de conversas entre os Estados Unidos e seus aliados com Moscou, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, acusou a Rússia de preparar uma operação de sabotagem que poderia servir de “pretexto para uma invasão”.

Segundo a acusação americana, Moscou teria “posicionado um grupo de agentes”, “treinados em guerrilha urbana e uso de explosivos” no leste da Ucrânia para realizar ataques de falsa bandeira contra separatistas pró-russos.

O Kremlin refutou as acusações e declarou que são infundadas. “Não há nada que as confirme”, reagiu seu porta-voz, Dmitri Peskov, citado pela agência TAS.

A troca de declarações ocorreu no mesmo dia em que um poderoso ciberataque tirou do ar os sites de vários ministérios ucranianos, como o das Relações Exteriores ou o de Situações de Emergência.

A ação não foi reivindicada, mas o porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, assegurou que dispõe de “indícios preliminares” de que “poderia ser obra de grupos de hackers associados aos serviços secretos russos”.

As autoridades ucranianas asseguraram que não houve danos importantes e que grande parte dos recursos tinham sido restabelecidos.

Após o ataque, a aliança militar transatlântica anunciou um acordo que será assinado “nos próximos dias” e que inclui “o acesso da Ucrânia à plataforma de troca de informação sobre malware da Otan”, expressou seu secretário-geral, Jens Stoltenberg.

A União Europeia também prometeu mobilizar “todos os recursos” para ajudar seu aliado após o ciberataque.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou prematuro nesta sexta-feira “apontar o dedo para alguém”, mas assegurou que era possível imaginar quem estava por trás do ataque.

Maduro celebra saída da hiperinflação e projeta crescimento em 2021

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, celebrou, no sábado (15), a saída do país da hiperinflação, depois de quatro anos, e projetou um crescimento econômico de 4% em 2021.

Em sua prestação de contas ao Parlamento, que durou mais de três horas, Maduro apresentou “2022 como o ano do surgimento”, em meio à maior crise econômica de sua história moderna, com pelo menos sete anos de recessão.

A inflação em 2021 ficou em 686%, segundo o Banco Central da Venezuela (BCV), com registros mensais abaixo de 50%, o tradicional limite estabelecido para um país superar o quadro de hiperinflação.

O presidente garantiu que 2021 foi o primeiro ano de recuperação e de “crescimento” do país, que até 2020 acumulava sete anos em recessão.

O BCV não publica dados do Produto Interno Bruto (PIB) desde o primeiro trimestre de 2019, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que 2020 fechou em -20%.

De acordo com o organismo, 2021 fechou em -5% e, este ano, também deve terminar no vermelho (-3%).

“Projeta-se um crescimento anual (em) 2021, já vão dizer os especialistas em seus estudos, superior a 4%”, afirmou Maduro, que também falou de um crescimento da “economia real” de 7% no terceiro trimestre, sem dar detalhes sobre este indicador.

A consultoria Ecoanalítica prevê um crescimento econômico de 3% para 2021. Segundo esta empresa, a economia venezuelana caiu 80% entre 2013 e 2020.

‘Marco importante’ O presidente falou em “crescimento” depois do que chamou de “guerra econômica”, a qual ele denuncia desde 2015 contra seu governo, e de “bloqueio”, por parte dos Estados Unidos, em alusão à política de sanções de Washington para pressionar sua queda. Entre elas, está um embargo petroleiro.

Maduro reiterou que, em 2021, a Venezuela alcançou “um marco importante, ao chegar a uma produção (de petróleo) de um milhão de barris por dia (bd)”. Observou ainda que a meta para este ano é de 2 milhões, valor ainda abaixo dos 3,2 milhões atingidos pelo setor há mais de dez anos.

Com inflação e Ômicron, analistas cortam previsões para economia dos EUA

As perspectivas para o crescimento econômico dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2022 estão ficando mais obscuras, em meio à recente onda de casos de Covid-19. Consumidores enfrentam a escalada da inflação no país e empresas lidam com gargalos de oferta no mercado de trabalho e na produção.

Analistas consultados pelo The Wall Street Journal, este mês, reduziram suas expectativas de crescimento dos EUA no primeiro trimestre em mais de um ponto porcentual, para uma taxa anual de 3% – de 4,2% na pesquisa de outubro.

A combinação de inflação mais alta, restrições na cadeia de suprimentos e a variante Ômicron, que se espalha rapidamente, também fez com que os economistas reduzissem a previsão de crescimento para 3,3% no ano atual como um todo. Na pesquisa anterior, a projeção era de avanço de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.

A inflação em espiral poderia forçar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a aumentar agressivamente as taxas de juros, arriscando a deflagração de uma recessão. Em média, os entrevistados acreditam que a inflação ao consumidor anual deve desacelerar da taxa de 7% registrada em dezembro para 5% em junho, substancialmente acima dos 3,4% previstos em outubro.

Quase dois terços dos participantes da pesquisa esperam que o Fed eleve juros em sua reunião de política monetária de 15 a 16 de março e continue aumentando-as ao longo do ano. Mais da metade dos analistas espera três aumentos este ano, enquanto quase um terço espera mais de três. Essa é uma mudança dramática em relação à última pesquisa, quando apenas 5% dos entrevistados esperavam um aumento da taxa em março e mais de 40% não esperavam nenhum aumento em 2022.

A pesquisa do Wall Street Journal ouviu 69 analistas e foi realizada de 7 a 11 de janeiro. Nem todos os participantes responderam a todas as perguntas.

EUA avaliam se divisão de computação em nuvem da Alibaba pode ser risco à segurança nacional

O governo dos Estados Unidos está analisando os negócios de computação em nuvem do grupo chinês de comércio eletrônico Alibaba para determinar se eles representam um risco para a segurança nacional, disseram três fontes informadas sobre o assunto.

O foco da investigação é como a empresa chinesa armazena os dados de clientes dos EUA, incluindo informações pessoais e propriedade intelectual, e se o governo chinês pode ter acesso a eles, disseram as fontes.

Os reguladores podem optar por forçar a empresa a tomar medidas para reduzir o que consideram como risco ou proibir norte-americanos de usarem o serviço de computação em nuvem da Alibaba completamente.

A operação de processamento de dados da Alibaba nos EUA é pequena, com receita anual de menos de 50 milhões de dólares, de acordo com a empresa de pesquisa Gartner.

Um porta-voz do Departamento de Comércio disse que a agência não comenta a “existência ou inexistência de análises de transações”. A Embaixada da China em Washington não respondeu a um pedido de comentário.

A Alibaba não comentou o assunto. A empresa sinalizou preocupações sobre suas operações nos EUA em seu relatório anual mais recente, dizendo que as empresas norte-americanas que têm contratos com a companhia “podem ser proibidas de continuar fazendo negócios conosco, incluindo cumprir suas obrigações sob acordos envolvendo nossos serviços de nuvem”.

A investigação sobre os negócios da Alibaba está sendo liderada por um pequeno gabinete do Departamento de Comércio conhecido como Escritório de Inteligência e Segurança.

O gabinete tem se concentrado particularmente sobre os provedores de computação em nuvem da China, disse uma das fontes.

Embora existam poucos casos públicos do governo chinês obrigando uma empresa de tecnologia a entregar dados confidenciais de clientes, acusações contra hackers chineses revelam o uso de servidores de centrais de processamento de dados para obtenção de acesso a informações privadas.

A Alibaba, o quarto maior provedor de serviços de computação em nuvem do mundo, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys, tem cerca de 4 milhões de clientes e descreve a área como seu “segundo pilar de crescimento”. A empresa teve aumento de 50% na receita, para 9,2 bilhões de dólares, em 2020, embora a divisão seja responsável por apenas 8% das vendas totais.

Vice-presidente da Argentina diz que pagamentos ao FMI “custaram mais do que a Covid”

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, criticou os pagamentos ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dizendo que custaram mais ao país do que a Covid-19, conforme as discussões sobre um novo acordo de 40 bilhões de dólares mostram poucos sinais de avanço.

A ex-presidente culpou o governo de seu sucessor, o conservador Mauricio Macri, pelos problemas de dívida do país. O governo de Macri fechou um acordo recorde de 57 bilhões de dólares com o FMI em 2018, mas não conseguiu impedir uma crise econômica.

“Está bastante claro que, em 2021, a pandemia ‘Macrista’ custou ao Estado mais do que a pandemia de Covid-19”, escreveu Cristina Kirchner em um blog.

Ela disse que os pagamentos ao FMI no ano superaram os gastos de alívio à Covid-19, citando números indicando que o pagamento de empréstimos custaram 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 0,9% para assistência à Covid-19.

A Reuters não conseguiu verificar os detalhes de seus cálculos.

O FMI destinou mais de 4 bilhões de dólares para a Argentina quando alocou mais de 650 bilhões de dólares a seus membros no ano passado. O Fundo não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.

A Argentina corre para fechar um acordo com o FMI antes do fim de março, com cerca de 18 bilhões de dólares a vencer este ano, de acordo com o calendário atual. Os dois lados não concordam sobre a velocidade com que o país deve reduzir seu déficit fiscal.

Blinken alerta que Rússia pode enviar mais tropas para a Ucrânia em breve

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, alertou na quarta-feira (19) que o presidente russo, Vladimir Putin, pode estar se preparando para enviar mais forças para a Ucrânia depois de reunir dezenas de milhares de soldados.

“Sabemos que existem planos para aumentar ainda mais essa força em um prazo muito curto, e isso dá ao presidente Putin a capacidade, também em um prazo muito curto, de tomar mais ações agressivas contra a Ucrânia”, disse Blinken em visita a Kiev.

Blinken pediu a Putin que escolha um “caminho pacífico” enquanto o principal diplomata dos EUA faz uma visita de solidariedade à Ucrânia em meio a temores de invasão.

“Espero fortemente que possamos manter isso em um caminho diplomático e pacífico, mas, em última análise, essa será a decisão do presidente Putin”, disse Blinken.

O governo Biden disse na quarta-feira (19) que está fornecendo US$ 200 milhões adicionais em ajuda militar defensiva ao país em meio a crescentes temores de uma invasão russa.

Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que a assistência foi aprovada no final de dezembro como parte dos esforços americanos para ajudar a Ucrânia a se proteger. Até quarta-feira (19), no entanto, o governo se recusou a comentar o assunto.

O funcionário não estava autorizado a discutir o assunto publicamente antes das reuniões de Blinken em Kiev e falou sob condição de anonimato.

“Estamos comprometidos com a soberania e integridade territorial da Ucrânia e continuaremos a fornecer à Ucrânia o apoio de que ela precisa”, disse o funcionário. O funcionário não detalhou o conteúdo do pacote de ajuda.

Depois que as negociações na semana passada não conseguiram aliviar os temores, a Casa Branca alertou na terça-feira (18) que a Rússia estava pronta para atacar a Ucrânia “a qualquer momento”.

Inflação atinge nível mais alto em 30 anos no Canadá

Os preços ao consumidor no Canadá atingiram em dezembro o nível mais alto em 30 anos, em parte devido a problemas na rede de abastecimento, informou na quarta-feira (19) o departamento de estatística do país.

“O Índice de Preços ao Consumidor subiu 4,8% em dezembro em relação ao ano anterior”, informou, em nota, a agência nacional de estatística.

O aumento foi de 4% em um ano, excluindo-se a gasolina. Trata-se do maior registro do IPC no país desde setembro de 1991.

Os alimentos tiveram a maior alta de preços desde dezembro de 2011, com um aumento de 5,7% em um ano.

Biden indica Elizabeth Bagley para chefiar embaixada dos Estados Unidos no Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicou a advogada e ativista Elizabeth Frawley Bagley para chefiar a embaixada do país no Brasil. O anúncio foi feito pela Casa Branca na quarta-feira (19).

De acordo com a embaixada, a indicação ainda precisa ser confirmada pelo Senado dos Estados Unidos, mais detalhes sobre esse cronograma devem ser anunciados posteriormente.

Ainda de acordo com o material divulgado, Elizabeth Bagley já atuou como embaixadora dos EUA em Portugal e, atualmente, é dona e diretora de uma empresa de telefonia celular no estado norte-americano do Arizona.

“Sua experiência diplomática inclui serviço como conselheira sênior dos Secretários de Estado John Kerry, Hillary Clinton, e Madeleine Albright. Ela também serviu como representante especial para a Assembleia Geral das Nações Unidas, representante especial para Parcerias Globais, e embaixadora dos EUA em Portugal”, diz o comunicado.

“No início de sua carreira, Bagley trabalhou com o Departamento de Estado e Congresso para os Tratados do Canal do Panamá, foi assistente especial para os Acordos de Camp David e auxiliou nas conexões com o Congresso para a Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa (Acordos de Helsinki) em Madri, Espanha. A sra. Bagley é Bacharel na Regis College, Weston, Massachusetts, e Doutora em Direito pelo Centro de Direito da Universidade de Georgetown”, prossegue o currículo.

Segundo reportagem do jornal norte-americano “Wall Street Journal”, Bagley, Harley e Leventhal são também “big donors” (grandes financiadores) da campanha à Casa Branca do presidente Biden.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (17), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com os investidores mantendo o apetite por risco, apesar da falta do referencial de negociação em Nova York, devido ao feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos. Os dados econômicos da China e o noticiário corporativo agitaram os negócios, com a alta do petróleo também ajudando no movimento. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,70%, a 484,51 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,82%, a 7.201,64 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,32%, a 15.933,72 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,036%, a 5.634,78 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,36%, a 8.838,70 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,91%, a 7.611,23 pontos.

Na terça-feira (18), as bolsas europeias fecharam em queda, investidores reagiam ao fato de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve elevar os juros adiante, o que tende a pressionar as ações. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,97%, a 479,79 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 0,94%, a 7.133,83 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 1,01%, a 15.772,56 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,30%, a 5.618,04 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,65%, a 8.781,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,63%, a 7.563,55 pontos.

Na quarta-feira (19), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, após abrirem em baixa, os mercados acionários da Europa se recuperaram parcialmente. Investidores estiveram de olho em dados de inflação na Alemanha e Reino Unido. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,23%, a 480,90 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,55%, a 7.172,98 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,24%, a 15.809,72 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,75%, a 5.660,43 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 0,076%, a 8.774,90 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,35%, a 7.589,66 pontos.

Na quinta-feira (20), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, com investidores monitorando os dados de inflação ao consumidor na zona do euro e ao produtor na Alemanha. A ata da mais recente reunião monetária do Banco Central Europeu (BCE) também esteve no radar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,48%, a 483,21 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,30%, a 7.194,16 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,65%, a 15.912,33 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,062%, a 5.663,94 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,45%, a 8.814,60 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 0,061%, a 7.585,01 pontos.

Economia do Reino Unido supera nível pré-pandemia em novembro

A economia do Reino Unido cresceu com força em novembro para finalmente ultrapassar seu tamanho visto pouco antes do primeiro lockdown contra a Covid-19, mostraram dados oficiais.

A quinta maior economia do mundo cresceu 0,9% em novembro, antes da última onda de infecções por Covid-19 e restrições para muitas empresas, leitura muito maior do que o esperado e que a deixa 0,7% acima do patamar registrado em fevereiro de 2020, disse a agência de estatísticas britânica.

Economistas consulados pela Reuters projetavam crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro.

“É fantástico ver o tamanho da economia de volta a níveis pré-pandemia em novembro, prova da determinação e coragem do povo britânico”, disse o ministro das Finanças, Rishi Sunak.

A economia britânica encolheu mais de 9% em 2020, uma das maiores perdas entre os países ricos do mundo devido à pandemia.

Novo ministro das Finanças da Turquia fala em postura heterodoxa no olho do furacão

Quando o novo ministro das Finanças da Turquia, Nureddin Nebati, foi questionado no mês passado sobre detalhes de uma iniciativa para conter o colapso da lira, ele encontrou uma nova maneira de explicar sua estratégia.

“Não vou dar um número agora”, disse ele a um surpreso entrevistador da televisão. “Você pode olhar nos meus olhos? O que você vê? A economia é o brilho nos olhos.”

Para um homem escolhido pelo presidente do país, Tayyip Erdogan, que vai supervisionar e articular sua política econômica pouco ortodoxa de reduzir os juros em meio à inflação em espiral ao tombo da moeda local, a resposta foi nada convencional.

Após seis semanas no cargo de maior destaque no gabinete de Erdogan, combinando as pastas de Finanças e do Tesouro, o ministro, de 58 anos, deixou os mercados perplexos com comentários sobre questões que vão desde as perspectivas de inflação até o Federal Reserve.

“Deixamos de lado as políticas ortodoxas, agora são as políticas heterodoxas”, disse Nebati a empresários há duas semanas, referindo-se aos cortes de juros, que contrariam a teoria econômica dominante de que combater a inflação exige taxas de empréstimo mais altas, não mais baixas.

“Não seguiremos um caminho traçado para nós por outros, mas nosso próprio caminho”, disse ele em um dos muitos discursos e entrevistas na televisão que fez desde que assumiu o cargo.

Críticos do governo, incluindo políticos da oposição e economistas estrangeiros, dizem que esse caminho é perigoso para a Turquia, e que Erdogan desequilibrou ainda mais os mercados ao nomear Nebati.

“Em vez de instaurar confiança na economia, você tomou medidas que petrificaram todo mundo”, disse o líder do partido nacionalista IYI, Meral Aksener, dirigindo-se a Erdogan. “Enquanto nossa nação é atingida, o ‘Cometa Nebati’ que você trouxe ao leme da economia fala descaradamente do ‘brilho em seus olhos’.”

Mesmo algumas fontes próximas ao governo expressaram preocupação, dizendo que a Turquia poderia ter escolhido uma figura mais próxima do mercado financeiro para administrar a economia num momento tão turbulento.

Nebati fez várias declarações surpreendentes desde sua nomeação, dizendo erroneamente que o Fed, o banco central dos EUA, é de propriedade de cinco famílias. Ele também disse que a Turquia entrou em um “círculo vicioso positivo”.

Questionado sobre uma grande recuperação da lira depois que Erdogan anunciou no mês passado que os depósitos poderiam ser protegidos das flutuações cambiais, Nebati insistiu que as instituições estatais não tiveram nenhum papel na alta da divisa local, embora dados oficiais apontem para intervenções significativas em dezembro.

Nebati não foi encontrado para comentar, e um porta-voz do Ministério das Finanças não respondeu a perguntas sobre o papel do ministro. O gabinete de Erdogan não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Ex-ministra da França lança candidatura para unir esquerda contra Macron

A ex-ministra da Justiça francesa Christiane Taubira se lançou oficialmente como candidata às eleições presidenciais de abril, com o objetivo de unir uma esquerda muito fragmentada, onde já existem outros candidatos para tentar destronar Emmanuel Macron.

O anúncio foi feito no sábado (15), em Lyon, centro da França.

No discurso de lançamento de sua candidatura, Taubira disse querer responder à “raiva” e às “injustiças sociais”, além de defender um governo “que saiba dialogar, em vez de dar lição de moral”.

“E faremos isso juntos, porque somos capazes”, acrescentou.

Ministra do ex-presidente socialista François Hollande, Taubira, de 69 anos, nasceu no território da Guiana Francesa. Foi candidata na eleição presidencial de 2002, obtendo 2,3% dos votos.

Ela se apresenta como candidata dentro de uma iniciativa cidadã que busca lançar um candidato único da esquerda. Para isso, convocou reuniões para o final de janeiro.

Neste momento, a três meses do primeiro turno da eleição presidencial na França, a realidade é bem diferente. A esquerda já tem seis candidatos. E, embora nenhum ultrapasse 10% das intenções de voto, não há sinais de algum deles pretenda se somar à iniciativa de Taubira.

Entre os candidatos da esquerda, estão a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo; o líder da França Insubmissa, Jean-Luc Melenchon; e o ambientalista Yannick Jadot.

Portugal considera “urgente e fundamental” rever regras orçamentais da UE

O ministro das Finanças, João Leão, defendeu ser “urgente e fundamental” rever as regras orçamentais da União Europeia (UE), que preveem tetos para déficit e dívida, defendendo esta como “altura oportuna” para os países europeus o discutirem.

“Aqui no Eurogrupo e do Ecofin vamos discutir uma outra questão muito importante para a recuperação econômica que são as regras orçamentais da União Europeia. Portugal entende que é urgente e fundamental rever as regras orçamentais”, declarou o governante, falando à entrada para a reunião com os seus homólogos das Finanças da zona euro e da UE, em Bruxelas.

Nestas declarações aos jornalistas portugueses, João Leão defendeu “regras orçamentais que sejam mais amigas do crescimento e, em particular, regras que se adaptem melhor à situação de partida de cada um dos países, nomeadamente ao nível de dívida pública para garantir que os países têm margem para fazer os investimentos que são necessários”.

Para o governante, a revisão das regras orçamentais da UE deve permitir “garantir não só a recuperação econômica, mas também para resposta aos desafios importantes ao nível do combate às alterações climáticas, que vão precisar de investimentos importantes”.

“Termos regras que criem, por um lado, a sustentabilidade das finanças públicas, mas que não imponham cortes cegos que coloquem em causa o crescimento econômico”, acrescentou.

A cláusula de salvaguarda do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que suspende temporariamente as regras de disciplina em matérias como o déficit e a dívida pública, foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagirem rapidamente e adotarem medidas de urgência para mitigar o impacto económico e social sem precedentes da crise da Covid-19.

Com requisitos como déficit abaixo dos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e dívida pública inferior a 60% do PIB, estas regras orçamentais estão desde então suspensas e assim permanecerão até final de 2022, já que a Comissão considerou que a economia europeia continuará a necessitar de apoios também no próximo ano.

Prevista está a desativação da cláusula em 2023, altura em que os países já terão de cumprir os requisitos orçamentais, ainda que esteja neste momento em discussão quais serão os critérios pós-pandemia.

Volkswagen e Bosch formarão Joint Venture de baterias para carros elétricos

A Volkswagen e a Bosch concordaram em formar uma Joint Venture até o fim de 2022 para equipar fábricas de células de bateria e ajudar a tornar a Europa autossuficiente no setor.

O empreendimento fornecerá sistemas de produção de baterias e ajudará fabricantes a aumentar os locais de produção, disse a Volkswagen, acrescentando que atenderá suas próprias fábricas e outras na Europa.

As empresas não informaram quanto investirão no negócio.

A European Battery Alliance (EBA) disse que um terço das baterias globais devem ser produzidas na Europa até 2030 para reduzir a dependência de fornecedores que dominam o mercado, principalmente da Coreia do Sul e China.

A Volkswagen, que quer superar a Tesla como maior vendedora de veículos elétricos, anunciou planos para construir seis giga fábricas na Europa até o fim da década com capacidade conjunta de 240 GWh, na tentativa de controlar o máximo de a cadeia de suprimentos possível.

O presidente-executivo da Volkswagen, Herbert Diess, que entrou em conflito no fim de 2021 com o poderoso conselho de trabalhadores da empresa sobre sua estratégia de eletrificação, disse que a divisão de baterias deve gerar vendas de 20 bilhões de euros até 2030 e está sendo preparada para uma cisão.

A montadora, que em dezembro anunciou aumento dos gastos com eletrificação nos próximos cinco anos para 52 bilhões de euros, comprometeu-se a vender exclusivamente veículos elétricos na Europa a partir de 2035.

Para a Bosch, a mudança fortalecerá seu papel na transição para elétricos, que para muitos fornecedores representa uma ameaça, pois a montagem de um veículo desses requer menos etapas e menos trabalho do que um carro com motor de combustão.

O jornal alemão Handelsblatt informou em dezembro que as duas empresas também estavam se aproximando para cooperar em software automotivo, com a Volkswagen planejando investir ao menos 100 milhões de euros. As empresas se recusaram a comentar.

Regras fiscais revisadas da UE devem equilibrar investimento e redução da dívida

O principal objetivo da revisão das regras fiscais da União Europeia (UE), atualmente em andamento, é equilibrar as grandes necessidades de investimento do bloco de 27 países com um ritmo realista de redução da dívida, disse o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire.

Em pronunciamento após uma reunião de ministros das Finanças da UE que presidiu, Le Maire afirmou que a discussão sobre as mudanças nas regras não está mais entre os campos “austero” e “esbanjador”, como durante a crise da dívida soberana há uma década.

“O debate entre austero e menos austero é um debate antigo, fomos além disso”, disse Le Maire em entrevista coletiva. “Ninguém diz que precisamos voltar imediatamente para uma disciplina fiscal rígida. É impossível, isso mataria o crescimento”, disse ele.

“A discussão genuína passa agora pelo equilíbrio que temos de encontrar entre o investimento e o regresso às finanças públicas saudáveis. Todos queremos ver investimento, todos também queremos reduzir a dívida”, afirmou, destacando que não houve divergências sobre o assunto entre a França e a Alemanha.

As regras fiscais, projetadas para limitar os empréstimos do governo para proteger o valor do euro, estão agora sob revisão, porque a pandemia de Covid-19 aumentou tanto a dívida pública da UE que as leis existentes já não podem mais se aplicar.

Le Maire disse que não há debate sobre a necessidade essencial de reduzir a dívida.

“A verdadeira questão é em que ritmo”, disse ele, apontando que a pandemia aumentou a diferença entre os níveis de dívida pública entre alguns países do bloco em até 100 pontos percentuais.

Roberta Metsola: deputada de Malta é eleita a nova presidente do Parlamento Europeu

Roberta Metsola foi eleita presidente do Parlamento Europeu, e se tornou a terceira mulher a liderar a casa legislativa da União Europeia.

Representante de Malta, o menor país do bloco europeu, a deputada de 43 anos se tornou também a mais jovem presidente do Parlamento Europeu, cuja sede fica em Estrasburgo, na França.

Ela recebeu 458 votos e foi eleita no primeiro turno, derrotando a sueca Alice Bah Kuhnke, candidata dos Verdes (que teve 101 votos), e a espanhola Sira Rego, do Izquierda (57 votos).

Eurodeputada desde 2013 e vice-presidente do Parlamento desde 2020, Metsola vai substituir o jornalista David Sassoli, que presidia a casa desde 2019 e morreu há sete dias, aos 65 anos.

A deputada por Malta ganhou visibilidade ao substituir interinamente Sassoli, que estava afastado do cargo desde dezembro, quando foi internado em um hospital na Itália.

Democrata-cristã, conservadora e contrária ao aborto, Metsola é vista como uma líder moderada de centro-direita e recebeu o apoio do Partido Popular Europeu (PPE), o maior bloco político da casa.

Ao apresentar a sua candidatura, ela havia dito que a pessoa escolhida para presidir a casa “precisa ser uma pessoa que constrói consensos, que ouve, que pode unir diferenças”.

Antes de Metsola, as francesas Simone Veil (de 1979 a 1982) e Nicole Fontaine (de 1999 a 2002) eram as únicas mulheres que já haviam ocupado a chefia do legislativo europeu.

Em seu primeiro discurso como presidente do Parlamento, Metsola homenageou Veil e Fontaine e manifestou sua esperança de que “não demore mais 20 anos” para que outra mulher chegue ao cargo.

UE envia pedido formal à Polônia para pagamento de multa diária de 1 milhão de euros

A Comissão Europeia enviou um pedido formal à Polônia para o pagamento de uma multa diária de 1 milhão de euros imposta pelo Tribunal de Justiça Europeu, confirmaram funcionários da UE à Euronews.

As medidas pressionam ainda mais o governo polonês a cumprir duas decisões separadas do Tribunal de Justiça que, combinadas, podem custar a Varsóvia até € 45 milhões por mês em fundos perdidos da UE.

A multa recorde de 1 milhão de euros foi imposta pelo TJE em outubro passado devido à recusa de Varsóvia em suspender a controversa câmara disciplinar de juízes de sua Suprema Corte, que o TJE ordenou que fosse imediatamente desmantelada.

O tribunal concordou com as queixas iniciais da Comissão e decidiu que a reorganização do sistema de justiça poderia ser “usada para exercer controle político sobre decisões judiciais ou exercer pressão sobre juízes com o objetivo de influenciar suas decisões”.

Bruxelas acredita que as mudanças no sistema judicial na Polônia “atingem o próprio coração da UE” e são projetadas para garantir que as decisões politicamente motivadas sejam mantidas, colocando em risco a aplicação da lei europeia.

A carta oficial foi enviada na quinta-feira (19) à noite e abrange o período de 3 de novembro a 10 de janeiro. Varsóvia ainda tem tempo para responder ao pedido de pagamento da Comissão, que na prática ascenderia a 30 milhões de euros por mês.

No entanto, uma disputa não relacionada sobre a mina de carvão Turow, localizada perto da fronteira tcheca, está muito mais avançada e em breve poderá atingir as finanças polonesas.

Nas próximas semanas, a Comissão deverá começar a deduzir uma multa mensal de 15 milhões de euros dos fundos da UE atribuídos à Polônia como resultado da recusa continuada de Varsóvia em pagar uma multa diária de 500.000 euros por manter aberta a central de Turow.

O TJE já havia ordenado que a Polônia interrompesse as atividades de extração na mina em uma ação movida pela vizinha República Tcheca. Recusou-se a fazê-lo, citando as necessidades da segurança energética polaca.

O dinheiro será gradualmente deduzido do financiamento da UE de Varsóvia a partir de uma série de fontes orçamentais, dependendo do que deve ser distribuído a cada mês.

É a primeira vez na história do bloco que um Estado-membro terá dinheiro na fonte por descumprimento de decisões do TJCE. Juntas, as duas multas podem custar a Varsóvia um total de 45 milhões de euros por mês.

A Polônia é o maior beneficiário do orçamento comum, tendo recebido 18 mil milhões de euros em 2020.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (17), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após a economia da China crescer mais do que o esperado no último trimestre de 2021, mas desacelerar significativamente a ponto de levar o banco central chinês a cortar juros. O índice Xangai teve alta de 0,58%, a 3.541,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,74%, a 28.333,52 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,68%, a 24.218,03 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,86%, a 4.767,28 pontos.

Na terça-feira (18), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, à medida que investidores voltam a focar a perspectiva de aperto monetário nos EUA. Por outro lado, o Banco do Japão (BoJ) não apenas reafirmou sua política ultra-acomodatícia, como descartou a possibilidade de aumentar juros antes de que a inflação convirja para sua meta oficial de 2%. O índice Xangai teve alta de 0,80%, a 3.569,91 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,27%, a 28.257,25 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 0,43%, a 24.112,78 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,97%, a 4.813,35 pontos.

Na quarta-feira (19), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em queda, acompanhando a fraqueza dos mercados acionários de Nova York, que vêm sendo pressionados pela perspectiva de aumentos de juros nos EUA. O índice Xangai teve queda de 0,33%, a 3.558,18 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 2,80%, a 27.467,23 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,06%, a 24.127,85 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,68%, a 4.780,38 pontos.

Na quinta-feira (20), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, depois do corte de uma série de taxas de juros para impulsionar a economia chinesa, com os investidores na expectativa de mais afrouxamento monetário por Pequim. O índice Xangai teve queda de 0,09%, a 3.555,06 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 1,11%, a 27.772,93 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 3,42%, a 24.952,35 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,90%, a 4.823,51 pontos.

China teve em 2021 a menor taxa de natalidade em sete décadas

A taxa de natalidade da China caiu para um mínimo recorde em 2021, com analistas alertando para um envelhecimento mais rápido do que o esperado, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira (17).

A taxa de natalidade no país mais populoso do mundo caiu para 7,52 nascimentos por 1.000 pessoas, revelaram dados do National Statistics Office (ONE), abaixo dos 8,52 por 1.000 em 2020, e o menor desde o início dos registros comparativos em 1978.

É também o nível mais baixo desde a fundação da China comunista em 1949. Pequim está enfrentando uma possível crise demográfica em meio ao envelhecimento da população, desaceleração econômica e o menor crescimento populacional em décadas.

O governo afrouxou a política de um filho por família em 2016, permitindo que os casais tenham dois filhos, mas essa mudança não provocou um baby boom.

No ano passado, as autoridades estenderam a política para permitir que os casais tenham três filhos. Em 2021, o país registrou 10,62 milhões de nascimentos, segundo dados oficiais.

A taxa de crescimento natural da população caiu para 0,34 por 1.000 habitantes, ante o valor anterior de 1,45 por 1.000.

“O desafio demográfico é bem conhecido, mas a velocidade do envelhecimento da população é mais rápida do que o esperado”, disse Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

Coreia do Norte dispara ‘projétil não identificado’, segundo Seul

A Coreia do Norte disparou um “projétil não identificado” no que parece ser seu quarto teste armamentista este mês, afirmaram as forças armadas sul-coreanas na segunda-feira (17).

O Estado-Maior Conjunto de Seul disse que “a Coreia do Norte disparou um projétil não identificado no Mar do Leste”, em referência ao mar do Japão.

A guarda costeira japonesa também confirmou o lançamento. “A Coreia do Norte parece ter lançado um possível míssil balístico”, disse um porta-voz à AFP, sem dar detalhes sobre sua possível trajetória.

Esse seria o quarto teste de armas de Pyongyang até agora este ano. Na sexta-feira, a Coreia do Norte disparou dois mísseis táticos guiados. Também disse que testou mísseis hipersônicos em 5 e 11 de janeiro.

Em resposta à série de lançamentos, os Estados Unidos impuseram na semana passada novas sanções ao país com armas nucleares, o que Pyongyang alegou ser uma “provocação”.

A Coreia do Norte tem o “legítimo direito” à autodefesa, afirmou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à KCNA.

China deve melhorar controles de risco da dívida de governo local

A China deve continuar melhorando os sistemas institucionais para prevenir e resolver os riscos da dívida de governo local, disse o vice-ministro das Finanças do país no sábado (15).

Xu Hongcai disse em um fórum em Pequim que a China deve equilibrar a promoção do investimento com a prevenção de riscos, inclusive na determinação da escala da nova dívida do governo, e evitar que o crescimento excessivo da dívida afete as operações fiscais.

O ministério vai trabalhar em conjunto com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma para fortalecer a gestão das áreas de investimento para títulos especiais, incluindo proibições de financiamento de projetos vaidosos e projetos que não sejam de interesse público, disse.

A China também vai reprimir dívidas ilegais e irregulares e o financiamento de dívidas clandestinas, afirmou ele.

O pedido por controles de risco aprimorados ocorre no momento em que a China planeja acelerar a emissão de títulos especiais do governo local este ano para ajudar a impulsionar o investimento e suavizar os efeitos de uma economia em desaceleração.

Banco Central do Japão deve sinalizar pressão crescente de preços e manter política monetária ultraflexível

O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) deve elevar sua previsão de inflação na terça-feira (18) e reconhecer sinais aparentes de mudança na mentalidade deflacionária do país, conforme custos globais teimosamente altos de commodities levam mais empresas a aumentar os preços.

Mas como a inflação deve permanecer abaixo de sua meta de 2%, o BoJ provavelmente enfatizará sua determinação de manter sua política monetária ultraflexível, mesmo que seus pares globais se movam em direção à saída de políticas monetárias do modo de crise.

Em sua reunião de dois dias que termina na terça-feira (18), o banco central deve manter inalterada uma meta de -0,1% para as taxas de juros de curto prazo e uma garantia de orientar as taxas de longo prazo em torno de 0%.

Em um relatório de panorama trimestral que deve ser divulgado após a reunião, o BoJ provavelmente revisará levemente sua previsão de inflação para o ano que começa em abril, ante estimativa atual de aumento de 0,9%, disseram fontes à Reuters.

Comparado com sua avaliação em outubro, esse novo relatório pode enfatizar o aumento da pressão inflacionária e uma mudança no equilíbrio de risco nas perspectivas de preços, segundo as fontes.

“A inflação do Japão vai acelerar gradualmente como uma tendência devido a melhorias no hiato do produto e ao aumento das expectativas de inflação de médio e longo prazo”, disse o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, em discurso na semana passada.

O BoJ também pode sinalizar planos para realizar uma análise completa de um cenário em que recentes sinais de aceleração da inflação durariam.

A inflação tem se aproximado da meta do banco central não porque a economia tem ganhado força, mas por causa de elementos externos, o que complica para as autoridades do BoJ explicar como os recentes movimentos de preços podem afetar a política monetária futura.

Um salto na inflação no atacado e custos de importação em alta na esteira de um iene fraco ditaram elevações nos preços de uma ampla gama de bens, o que atinge famílias em um momento em que o crescimento dos salários continua lento.

Alguns analistas esperam que o núcleo da inflação ao consumidor ultrapasse 1,5% por volta de abril, conforme cortes de tarifas de celulares do ano passado perderem peso no cálculo e aumentos anteriores nos custos do petróleo encarecerem as contas de eletricidade.

Com o aumento impulsionado pelos preços mais altos das matérias-primas, em vez de uma alta esperada na demanda doméstica, a prioridade de curto prazo do BoJ é evitar que um desvio transitório na inflação alimente especulação do mercado de um aperto antecipado de política monetária.

Minimizar demais crescentes pressões de preços, no entanto, pode diminuir a percepção pública de futuras altas de preços e inviabilizar esforços do banco central para elevar a inflação em direção à sua meta, dizem analistas.

Ao debater o panorama de política monetária, o BoJ se concentrará na discussão sobre se os salários aumentarão o suficiente para dar poder de compra às famílias, permitir que empresas continuem a subir os preços e acelerar a inflação de forma sustentável, de acordo com fontes familiarizadas com seu pensamento.

Japão amplia restrições a Covid-19, inclusive em Tóquio, à medida que os casos aumentam

O governo japonês colocará Tóquio e uma dúzia de outras áreas sob novas restrições Covid-19 a partir de sexta-feira (21), permitindo que os líderes locais reduzam o horário de funcionamento dos restaurantes, pois um aumento nos casos de Ômicron ameaça paralisar a sociedade.

Um painel de especialistas encomendado pelo governo aprovou na quarta-feira (19) um plano para colocar as 13 áreas sob restrição de três semanas até 13 de fevereiro, disse o ministro da Revitalização da Economia, Daishiro Yamagiwa, que também é responsável pelas medidas contra o vírus.

Espera-se que o primeiro-ministro Fumio Kishida anuncie oficialmente as novas medidas em uma reunião da força-tarefa do governo na quarta-feira (19).

Até agora, o Japão resistiu ao uso de bloqueios para combater a pandemia e, em vez disso, concentrou-se em exigir que restaurantes e bares fechem cedo e não sirvam álcool, e pedir ao público que use máscaras e pratique o distanciamento social, pois o governo busca minimizar os danos à saúde. a economia.

O Japão vem expandindo gradualmente a atividade social e empresarial desde que uma onda anterior de infecções diminuiu em setembro, o que especialistas dizem que se deve em grande parte ao rápido progresso do país na implementação das duas doses iniciais de vacinas.

Mas especialistas dizem que infecções revolucionárias pela variante Ômicron são mais comuns. A variante de rápida disseminação fez com que vários trabalhadores médicos e outros se auto-isolassem após testarem positivo ou entrarem em contato próximo com alguém que o tenha. O aumento acentuado das infecções já começou a paralisar hospitais, escolas e outros setores em algumas áreas.

Produtor de cinema de Hong Kong anuncia candidatura para se tornar o novo líder da cidade

O produtor de cinema de Hong Kong e mestre de kung fu Kwok Lam Sin disse na quarta-feira (19) que pretende concorrer à liderança da cidade, um movimento surpresa que ocorre quando a atual chefe-executiva Carrie Lam ainda não confirmou se ela concorrerá para um segundo mandato.

Kwok Lam Sin é a primeira pessoa a anunciar sua candidatura antes das eleições de 27 de março. Carrie Lam, que presidiu alguns dos períodos mais tumultuados da história de Hong Kong, deve encerrar seu mandato em junho.

Candidatos dispostos precisam do apoio de um poderoso corpo eleitoral “somente patriotas” formado por 1.500 pessoas pró-Pequim em Hong Kong. Não ficou claro se Sin tinha tal apoio.

Em um vídeo do YouTube, Sin disse que seus apoiadores na Internet o convenceram a mudar de ideia sobre não se envolver em política.

“Sob o novo sistema eleitoral, acredito que todo patriota capaz e confiável pode se juntar à nova eleição do chefe do Executivo”, disse Sin. “Acredito que tenho a capacidade de vencer.”

Com a eleição a poucas semanas de distância, a ausência de notícias sobre os candidatos é incomum. A mídia local especulou que os possíveis candidatos incluem a líder Lam, o secretário financeiro Paul Chan e a ex-chefe da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan.

Sin, que produziu o filme Ip Man, tem sido um ativo promotor de artes marciais na cidade.

Banco Central da Indonésia diz que ataque de ransomware não afetou serviços

O Banco Central da Indonésia foi atacado por ransomware, mas o risco do ataque foi mitigado e não afetou seus serviços públicos, disse o porta-voz do Banco da Indonésia Erwin Haryono na quinta-feira (20).

“Fomos atacados, mas até agora tomamos medidas preventivas e, mais importante, os serviços públicos do Banco da Indonésia não foram interrompidos”, disse Erwin a repórteres, acrescentando que o ataque ocorreu no mês passado e as operações de recuperação foram realizadas.

A DarkTracer, uma plataforma que monitora e rastreia atividades maliciosas online, disse na quinta-feira (20) que o Bank Indonesia estava em uma lista de alvos de cibercriminosos usando um software malicioso apelidado de “Conti”.

O software de resgate funciona criptografando os dados das vítimas e, normalmente, os hackers oferecem uma chave em troca de pagamentos em criptomoeda que podem chegar a centenas de milhares ou até milhões de dólares.

Se a vítima resistir, os hackers podem ameaçar vazar dados confidenciais em uma tentativa de aumentar a pressão sobre a pessoa ou organização.

Em 2016, o Bank Indonesia estava entre vários bancos centrais que enfrentaram ataques cibernéticos, embora as autoridades tenham dito que nenhum dinheiro foi perdido nos ataques, que foram principalmente tentativas de DDoS (Distributed Denial of Service).

Coreia do Norte critica EUA e sugere retomar testes nucleares

Acusando os Estados Unidos de hostilidade e ameaças, a Coreia do Norte disse na quinta-feira (20) que considerará reiniciar “todas as atividades temporariamente suspensas” que havia pausado durante sua diplomacia com o governo Trump, em uma aparente ameaça de retomada. Testes de explosivos nucleares e mísseis de longo alcance.

A agência de notícias central coreana oficial da Coreia do Norte disse que o líder Kim Jong Un presidiu uma reunião do Politburo do Partido dos Trabalhadores, onde as autoridades estabeleceram metas políticas para “reforçar imediatamente” as capacidades militares para combater os “movimentos hostis” dos americanos.

As autoridades deram instruções para “reconsiderar em escala geral as medidas de construção de confiança que tomamos por nossa própria iniciativa, e examinar prontamente a questão de reiniciar todas as atividades temporariamente suspensas”, disse a KCNA.

Especialistas dizem que Kim está revivendo uma velha cartilha de intemperança para extrair concessões de Washington e vizinhos enquanto lida com uma economia decadente prejudicada pela pandemia, má gestão e sanções lideradas pelos EUA por suas ambições nucleares.

O Norte vem intensificando suas demonstrações de armas recentemente, incluindo quatro rodadas de lançamentos de mísseis apenas neste mês, em um aparente esforço para pressionar Washington sobre um congelamento prolongado na diplomacia nuclear.

O Ministério das Relações Exteriores do Norte já havia alertado para uma ação mais forte depois que o governo Biden impôs na semana passada novas sanções por seus contínuos testes de mísseis. O Conselho de Segurança da ONU agendou uma reunião a portas fechadas para quinta-feira para discutir a Coreia do Norte e questões de não-proliferação.

Crescem os temores sobre a influência do Irã no Líbano após a decisão do Gabinete do Hezbollah e Amal

A decisão do Hezbollah e do Movimento Amal de encerrar um boicote ao Gabinete do Líbano levou à especulação de que o Irã está fazendo movimentos para controlar o sistema político do Líbano.

O primeiro-ministro das Forças Libanesas Ziad Hawat disse: “A ordem veio de Teerã, então a ‘dupla perturbadora’ decidiu liberar as reuniões do Gabinete. Essas são as repercussões das negociações externas.”

Ele acrescentou: “A ‘dupla perturbadora’ penhorou o país à vontade de fora. Mas as eleições parlamentares estão chegando e a hora do acerto de contas está sobre nós.”

Os dois partidos disseram no sábado que participariam de reuniões do Gabinete após um boicote de três meses.

A decisão foi uma surpresa para muitos e impactou positivamente a cotação da moeda no domingo (16).

Reagindo ao anúncio, o primeiro-ministro Najib Mikati disse que convocaria uma reunião do Gabinete assim que o Ministério das Finanças enviasse um projeto de orçamento.

Ele acrescentou que a decisão “se alinha com seus repetidos apelos pessoais para que todos participem assumindo a responsabilidade nacional de uma maneira que preserve o pacto nacional, especialmente durante esses tempos críticos que o país está passando”.

O gabinete de Mikati observou a necessidade de “definir um plano de recuperação para iniciar o processo de negociação com o Fundo Monetário Internacional”.

Alguns observadores políticos disseram que os dois partidos estão enfrentando um impasse político e pressão popular acusando-os de crises crescentes.

As eleições parlamentares estão ao virar da esquina e os dois partidos “querem absorver o ressentimento das pessoas antes da data das referidas eleições em maio próximo”.

Arábia Saudita e Coreia do Sul assinam acordos iniciais em energia e tecnologia

A Arábia Saudita e a Coreia do Sul assinarão na terça-feira (18) alguns acordos iniciais na área de energia e energia renovável, bem como tecnologia e saúde, informou a Agência de Imprensa Saudita.

Os acordos serão assinados durante um fórum de investimentos saudita-coreano realizado em Riad, acrescentou.

O ministro do Investimento saudita, Khaled Al-Falih, e o ministro coreano de Comércio, Indústria e Energia, Moon Sungwook, realizarão uma reunião para o comitê da Visão 2030 saudita-coreana, disse a SPA.

Egito e Argélia discutem interferência estrangeira nos assuntos da Líbia

Egito e Argélia concordaram sobre a necessidade de interromper qualquer interferência estrangeira nos assuntos da Líbia e a saída de todos os mercenários e combatentes estrangeiros do território líbio durante conversas realizadas no Cairo entre o ministro das Relações Exteriores egípcio Sameh Shoukry e seu colega argelino Ramtane Lamamra.

A visita de Lamamra ao Cairo, que começou no domingo (16), é a segunda na qualidade de enviado especial do presidente argelino Abdelmadjid Tebboune.

O Egito é a terceira parada árabe na viagem árabe do chanceler argelino, que começou na Arábia Saudita com a entrega de uma mensagem escrita de Tebboune ao rei Salman. Abu Dhabi foi a segunda capital árabe que Lamamra visitou.

Durante a reunião, o embaixador Ahmed Hafez, porta-voz oficial do Ministério das Relações Exteriores do Egito, afirmou que os dois ministros expressaram orgulho pelas relações entre Egito e Argélia e desejo de continuar fortalecendo a cooperação em vários campos, inclusive em oportunidades econômicas e de investimento.

Ele acrescentou que a reunião abordou várias questões de interesse mútuo, incluindo desenvolvimentos no Sudão, Mali e na região do Sahel e do Saara. Os dois ministros salientaram a necessidade de coordenar no âmbito da ação conjunta africana de forma a potenciar os esforços para alcançar a paz, segurança e prosperidade no continente, especialmente à luz dos vários desafios de segurança.

Eles também enfatizaram a importância de avançar os esforços árabes de maneira semelhante no âmbito da Liga Árabe.

Israel investiga suposto uso do spyware Pegasus para espionar cidadãos

O ministro da Justiça de Israel prometeu na quarta-feira (19) uma investigação completa sobre as alegações de que o controverso spyware Pegasus foi usado em cidadãos israelenses, incluindo pessoas que lideraram protestos contra o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O Pegasus, um produto de vigilância feito pela empresa israelense NSO que pode transformar um celular em um dispositivo de espionagem de bolso, continua sendo uma fonte de controvérsia global após revelações no ano passado de que foi usado para espionar jornalistas e dissidentes em todo o mundo.

O jornal de negócios de língua hebraica Calcalist informou que o Pegasus também foi usado pela polícia em cidadãos na vanguarda dos protestos contra Netanyahu no ano passado, quando ele ainda era primeiro-ministro, assim como outros israelenses.

A polícia israelense negou firmemente o relatório.

O ministro da Segurança Pública, Omar Barlev, um crítico de Netanyahu que assumiu o cargo como parte de um novo governo que derrubou Netanyahu em junho, ofereceu uma defesa mais sutil.

Não havia “prática de escutas telefônicas ou dispositivos de hackers pela polícia sem a aprovação de um juiz”, disse ele.

As forças de segurança israelenses têm ampla margem de manobra para realizar vigilância dentro de Israel com aprovação judicial.

Após o relatório Calcalist, o Ministério da Justiça e o escritório da Controladoria do Estado disseram que estavam analisando os relatórios.

A Autoridade de Proteção à Privacidade, uma divisão do ministério, disse que o uso do Pegasus para monitorar cidadãos israelenses” constituiria uma “grave violação de privacidade”, anunciando sua investigação.

O controlador estadual Matanyahu Englman disse na terça-feira (18) que expandiria sua investigação em andamento sobre o uso de tecnologia de vigilância pela aplicação da lei para incluir as últimas alegações de Pegasus.

Ele, em particular, sondaria “o equilíbrio” entre a “utilidade” das ferramentas de vigilância nas investigações e as “violações do direito à privacidade”.

O ministro da Justiça, Gideon Saar, outro rival de Netanyahu, disse ao parlamento na quarta-feira (19) que apoia totalmente as investigações.

Ministro das Relações Exteriores do Egito descreve planos para a cúpula do clima COP27

O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, instou a comunidade global a “passar do estágio de promessas para o estágio de implementação real” de iniciativas para combater as mudanças climáticas.

Shoukry, presidente designado da cúpula da ONU sobre mudanças climáticas (COP27) a ser realizada no Egito em novembro de 2022, conversou por telefone com Patricia Espinosa, secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, para delinear os preparativos do Egito para a presidência da próxima cimeira.

Após as conversas, Shoukry disse que o Egito pretende aproveitar as conquistas do fórum da COP26 de Glasgow e “aproveitar o crescente impulso internacional para enfrentar as mudanças climáticas”.

Ele disse que o Egito planeja assumir um papel de liderança na ação climática global nos próximos meses, conforme destacado anteriormente pelo presidente Abdel Fattah El-Sisi durante a última sessão do Fórum Mundial da Juventude.

Espinosa elogiou o trabalho e a coordenação em todos os níveis para aprimorar os esforços internacionais sobre mudanças climáticas e garantir que a próxima sessão da conferência no Egito seja um sucesso.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
21/01/2022