Cenário Econômico Nacional – 24/01/2022

Cenário Econômico Nacional – 24/01/2022

Cenário Econômico Nacional – 24/01/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos
Fonte: Banco Central


Confira os destaques do Cenário Nacional desta semana:

  • Ministério da Economia vai rejeitar plano do Rio para Regime de Recuperação Fiscal
  • Prévia do PIB, IBC-Br avança 0,69% em novembro frente outubro
  • Construção civil perde fôlego e deve crescer apenas 2% em 2022
  • Exportação de café do Brasil cai 9,7% em 2021; setor perdeu US$ 465 milhões por problemas de transporte
  • Inflação foi menor para classes de renda mais altas em 2021, aponta Ipea
  • Brasil encerrou 2021 com número recorde de famílias endividadas, diz CNC
  • FGV: IGP-M acelera a 1,95% na 2ª prévia de janeiro
  • Economia brasileira cresce 1,8% em novembro, aponta prévia da FGV
  • Inflação supera 47,7% dos acordos salariais
  • Auxílio Brasil deve injetar, no mínimo, R$ 84 bilhões na economia
  • Lula mantém 20 pontos de vantagem sobre Bolsonaro; terceira via patina, aponta Ipespe
  • Lira diz que Câmara fez sua parte para frear alta dos combustíveis e critica governadores e Senado
  • Por benefícios eleitorais, grupo que comanda pré-campanha à reeleição de Bolsonaro cobra ‘flexibilidade’ de Guedes
  • Mesmo sem resposta de Alckmin, PSB se reúne com PT e cobra palanques por apoio a Lula
  • Fidelidade de aliados ao governo vai balizar cortes no Orçamento 2022
  • Governador do Rio diz que solução para inclusão do estado no novo Regime de Recuperação Fiscal será ‘política e jurídica’
  • AGU argumenta no Supremo que é constitucional aumento no valor do fundo eleitoral
  • Governo pode anunciar ainda em janeiro medidas para conter alta dos combustíveis
  • Bolsonaro embarca para o Suriname em busca de parcerias comerciais
  • Governo prepara PEC para amenizar alta no preço dos combustíveis em ano eleitoral
  • Empresas do Simples podem ganhar dois meses para regularizarem débitos
  • Vendas financiadas de veículos tiveram alta de 6,8% em 2021
  • Anac autoriza Azul e Gol a voar com menos comissários em voos após avanço da Ômicron impactar tripulações
  • Suzano volta a ter recomendação de compra pelo Bank of America
  • MRV aposta em diversificação para manter crescimento após ano de recordes
  • Consumo em restaurantes cai 7,6% em novembro ante novembro de 2020
  • Turismo nacional fechou novembro com faturamento de R$ 14,7 bilhões
  • Cresce interesse do brasileiro por consultar CPF e negociar dívidas
  • Selic
  • IGP-M
  • IPCA
  • PIB
  • Mercado acionário e câmbio

Ministério da Economia vai rejeitar plano do Rio para Regime de Recuperação Fiscal

O Ministério da Economia decidiu rejeitar o plano de retorno do estado do Rio de Janeiro ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF).

A decisão é baseada em pareceres do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que pedem a rejeição desse planejamento montado pelo governo estadual. O blog teve acesso a essas recomendações.

Como antecipou o blog na última semana, os documentos entregues pelo Rio ao governo federal ampliam gastos estaduais, em vez de reduzi-los, e preveem reajustes anuais aos servidores da administração local.

Além dos pareceres contrários do Tesouro e da PGFN, há um terceiro documento do Conselho Supervisor do Regime de Recuperação Fiscal do Rio, formado por representantes do governo do estado, do Tribunal de Contas da União (TCU) e do próprio Ministério da Economia.

Esse parecer aprova o novo plano de recuperação fiscal com ressalvas. O representante do ministério votou pela rejeição, mas foi vencido pelos representantes do governo do Rio e do TCU.

O próprio conselho superior já apontou, em análises sobre o regime de recuperação fiscal anterior, que o Rio de Janeiro não cumpriu metas definidas naquele momento.

O principal argumento do Tesouro e da PGFN é que o Rio não faz ajustes factíveis ao longo dos nove anos previstos para a duração do RRF, deixando o corte de despesas muito drástico para o último ano, em 2030.

No RRF, o estado deixa de pagar as dívidas com a União. Entre 2017 e 2021, na execução do primeiro plano, o Rio de Janeiro deixou de repassar mais de R$ 90 bilhões aos cofres federais.

O novo formato é diferente e prevê que o estado passe a pagar um pequeno percentual dos débitos em aberto já a partir do segundo ano.

Quando a rejeição do projeto apresentado pelo Rio for anunciada oficialmente, o governo do estado terá 10 dias para responder à decisão da área econômica.

Prévia do PIB, IBC-Br avança 0,69% em novembro frente outubro

O índice de atividade do Banco Central, IBC-Br, avançou em linha com o consenso em novembro, mas não recuperou as baixas anotadas em setembro e outubro, de acordo com a autoridade monetária.

O dado, que dá indícios do Produto Interno Bruto, avançou 0,69% em novembro na comparação com outubro, seguindo o consenso de 0,70%. Na comparação com novembro do ano passado, o índice subiu 0,43%, levemente abaixo da expectativa de 0,50%.

Com isso, o IBC-Br segue negativo no trimestre até novembro, após as baixas de 0,27% em setembro e 0,40% em outubro, acumulando queda de 0,79% no período.

No acumulado de 2021 até novembro, o índice apresentou avanço de 4,59%, segundo o Banco Central. O IBC-Br segue metodologia distinta do PIB divulgado pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, mas dá pistas sobre o nível da atividade econômica do país. O PIB fechado de 2021 será divulgado em março.

Construção civil perde fôlego e deve crescer apenas 2% em 2022

Um dos motores da recuperação da economia brasileira no ano passado, a construção civil está perdendo fôlego. O Produto Interno Bruto (PIB) da Construção em 2022 deve crescer 2% em 2022, o que representa uma desaceleração perante 2021, quando subiu 8%.

A projeção foi divulgada em parceria entre a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) e vai na mesma linha da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que também espera alta de 2% para o PIB setorial neste ano.

As duas entidades trabalham com previsão de abertura de 110 mil vagas de emprego no ramo em 2022, contra 246 mil em 2021 e 98 mil em 2020.

Após recordes de vendas e lançamentos de imóveis residenciais nos últimos dois anos, o setor está passando por uma virada de mesa. Os juros e a inflação subiram de modo expressivo e agora inibem novos negócios.

Cerca de um ano atrás, era possível contratar um financiamento de R$ 200 mil para compra da casa própria com juros de 6,25% ao ano. Isso exigia das famílias renda mínima de R$ 5,2 mil e gerava uma parcela de R$ 1,5 mil. Hoje, o mesmo empréstimo tem taxa de 9% ao ano, o que demanda renda de R$ 6,6 mil (27% maior) e parcela de R$ 2 mil (33% maior), segundo cálculos do Sinduscon/FGV.

“A decisão de se comprar um imóvel está relacionada ao poder de compra e à percepção de riscos e incertezas”, apontou a coordenadora de estudos da construção da FGV Ana Maria Castelo. “E o aumento das taxas de juros certamente vai ter um impacto nas contratações.”

Segundo a pesquisadora, houve queda da oferta e da demanda de materiais no fim do ano. As famílias vinham procurando materiais para reformas e pequenas obras domésticas, mas a inflação generalizada passou a inibir o consumo.

Também pesam para o setor as perspectivas de fraqueza da economia brasileira como um todo, e a maior percepção de riscos. O vice-presidente de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, disse que o “quadro não é bom”. “A inflação será menor neste ano que no ano passado, mas não quer dizer que estejamos livres de uma inflação desajustada”, ponderou.

Ele citou ainda que as eleições presidenciais vão gerar um período de incertezas, principalmente com o cenário tão polarizado quanto o de hoje. “E ainda temos a preocupação fiscal, que é o pano de fundo dos problemas brasileiros”, emendou.

Exportação de café do Brasil cai 9,7% em 2021; setor perdeu US$ 465 milhões por problemas de transporte

O Brasil exportou 40,372 milhões de sacas de 60 kg de café em 2021, uma queda de 9,7% em relação a 2020. Porém, em receita, as vendas cresceram 10,3%, a US$ 6,242 bilhões, segundo relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Estima-se ainda que o setor deixou de vender US$ 465 milhões por causa de problemas logísticos no comércio marítimo mundial, como a falta de contêineres e a disputa por espaço nos navios.

“Projetamos que o Brasil deixou de exportar cerca de 3 milhões de sacas e de receber aproximadamente US$ 465 milhões em receita”, estimou Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.

No ano passado, o setor foram embarcou 112.732 contêineres, queda de 9,8% na comparação com os 125.034 remetidos ao longo de 2020.

Segundo Rueda, os problemas com o transporte marítimo tendem a permanecer ao longo deste ano e não se restringem somente à cafeicultura, ou ao Brasil.

Apesar da retração, o desempenho de vendas externas totais no ano passado representou o terceiro maior volume embarcado pelo país na história, e, em valores, o melhor nos últimos sete anos, refletindo os preços elevados no mercado e o câmbio favorável às exportações.

Para 2022, a expectativa é de continuidade dos gargalos logísticos, mas demanda aquecida em mercados que tem ganhado importância, como a China.

Inflação foi menor para classes de renda mais altas em 2021, aponta Ipea

As classes de renda mais alta foram as que menos sentiram os efeitos da inflação no ano passado. Segundo dados divulgados na terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as faixas de renda média-alta e alta foram as únicas a registrarem inflação abaixo de 10% no ano passado.

A diferença entre as taxas das faixas de maior e menor renda, no entanto, ficou mais estreita em 2021 do que em 2020. No último ano, a distância entre uma e outra foi de 0,54 ponto percentual. Um ano antes, havia ficado em 3,48 pontos.

As diferentes taxas de inflação se explicam porque para cada faixa de renda os grupos de consumo têm pesos diferentes: para as classes de renda mais baixas, por exemplo, habitação e alimentação usualmente representam uma fatia maior dos gastos do que entre as que têm renda mais alta, onde lazer e viagens exercem maior peso.

Assim, a inflação para a classe de renda mais baixa sofreu principalmente o impacto dos reajustes de 21,2% nas tarifas de energia elétrica e de 37% do gás de botijão. Já para o segmento de renda mais alta, o foco residiu no grupo transportes, com o aumento de 47,5% da gasolina e de 62,2% do etanol.

Na passagem de novembro para dezembro, a inflação perdeu força em quase todas as faixas de renda. A exceção ficou por conta da classe de menor renda: na faixa de renda muito baixa, o indicador acelerou no último mês do ano.

Nas classes de renda mais baixas, além da alta do grupo alimentos e bebidas, os grupos habitação e saúde e cuidados pessoais também exerceram pressões adicionais. No caso dos alimentos, pesaram os reajustes das carnes (1,4%), das frutas (8,6%) e dos óleos e gorduras (2,2%). Já nos gastos com habitação, houve pressão dos aumentos de energia (0,50%), da tarifa de água e esgoto (0,65%), do gás encanado (6,6%) e dos aluguéis (0,65%).

Já as famílias de renda mais alta foram impactadas pelo aumento no preço das passagens aéreas (10,3%), do transporte por aplicativo (11,8%) e do aluguel de veículos (9,3%). Além disso, a alta dos serviços pessoais, principalmente os relacionados à recreação, como hospedagem (2,3%) e pacote turístico (2,3%) também contribuíram para a inflação desta classe no último mês de 2021.

Brasil encerrou 2021 com número recorde de famílias endividadas, diz CNC

O nível de endividamento médio das famílias brasileiras em 2021 foi o maior em 11 anos. É o que aponta a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Segundo o levantamento, o último ano apresentou recorde do total de endividados, registrando uma média de 70,9% das famílias brasileiras, enquanto dezembro alcançou 76,3% do total de famílias, patamar máximo histórico já registrado pela CNC.

Ou seja, 7 em cada 10 famílias contraíram algum tipo de dívida com o sistema financeiro em 2021.

Em 2020, o nível médio de endividamento foi de 66,5%.

“Em 2021, observou-se aumento de 4,4 pontos percentuais no número médio de famílias com dívidas em pelo menos uma das principais modalidades – cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnês, financiamento de carro e financiamento de casa, entre outras”, destacou a CNC.

Apesar do aumento do número de endividados no país, o percentual médio de famílias inadimplentes, com contas ou dívidas em atraso, diminuiu de 25,5% em 2020 para 25,2% em 2021.

“No último trimestre do ano, entretanto, o indicador de contas em atraso acirrou, indicando tendência de alta para o início de 2022”, destacou a CNC.

Em dezembro alcançou 26,2% ante 26,1% em novembro. O nível recorde no percentual do indicador ocorreu em agosto de 2020, quando alcançou 26,7%.

Já percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas e que, portanto, devem permanecer inadimplentes recuo de 11% em 2020 para 10,5% dos lares no país, na média do ano passado.

O comprometimento médio da renda com o pagamento mensal das dívidas teve apenas uma leve alta e alcançou a média de 30,2% no ano, contra 30% em 2020.

Assim como nos anos anteriores, o cartão de crédito foi o tipo de dívida mais citado pelas famílias, alcançando o patamar de 82,6% na média anual.

FGV: IGP-M acelera a 1,95% na 2ª prévia de janeiro

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a 1,95% na segunda prévia de janeiro, de 0,43% na mesma prévia do mês anterior, informou na quarta-feira (19) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em dezembro, o IGP-M havia avançado 0,87%.

A aceleração do indicador foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que avançou a 2,51% no segundo decêndio de janeiro, após subir 0,32% na mesma prévia de dezembro. No fechamento do mês passado, o IPA-M havia subido 0,95%.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também acelerou, de 0,30% na segunda prévia de dezembro para 0,57% na leitura de janeiro. No fechamento de dezembro, o indicador havia registrado variação de 0,30%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), em contrapartida, desacelerou de 0,95% na segunda prévia de dezembro para 0,32% nesta leitura. No fechamento do último mês de 2021, o indicador subiu 0,84%.

Economia brasileira cresce 1,8% em novembro, aponta prévia da FGV

A atividade econômica brasileira cresceu 1,8% em novembro de 2021 na comparação com o mês de outubro, de acordo com dados do Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados na quarta-feira (19) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com a variação, o indicador que funciona como uma prévia da soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil apresenta uma retração de 0,3% entre setembro e novembro. Na comparação anual, a economia cresceu 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre.

Para Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB, os dados mostram que a economia brasileira reverteu a trajetória de queda e estagnação observada desde abril. Ele atribui a melhora ao resultado positivo do setor de serviços diante do avanço da vacinação contra a Covid-19.

“Todos os componentes de demanda, pela série mensal ajustada, se mostraram positivos, com destaque para a Formação Bruta de Capital Fixo [FBCF, medida dos investimentos no PIB], com seus três elementos crescendo fortemente, principalmente a construção. O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças à ampliação da vacinação”, avalia ele.

Pelo lado da oferta, todos os componentes de serviços foram positivos em comparação ao mês anterior. Esse comportamento se mantém na análise mensal interanual, excetuando-se o comércio. A indústria, por sua vez, apresentou resultado positivo puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda.

A taxa acumulada em doze meses, que havia sido negativa desde abril de 2020 até abril deste ano, continua aumentando a índices crescentes e, em novembro, foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno dessa.

Já o investimento teve forte crescimento no interanual em novembro, e continua com taxas altas no acumulado de 12 meses, puxada por máquinas e equipamentos, influenciada pela internalização das plataformas de petróleo com o término do estímulo tributário e de máquinas agrícolas e caminhões associados ao ciclo de commodities.

Inflação supera 47,7% dos acordos salariais

Quase a metade das negociações salariais do setor privado perdeu para a inflação em 2021. Esse foi pior resultado em quatro anos, desde que o Dieese começou, em 2018, a avaliar as negociações inseridas na base de dados do Mediador do Ministério do Trabalho. Se for considerada uma série mais longa, iniciada em 1996 e que leva em conta uma amostra menor, de 800 categorias, o resultado foi o mais fraco desde 2003.

No ano passado, 47,7% das negociações salariais ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC do IBGE, que fechou 2021 com alta de 10,16%. Já 36,6% das negociações empataram, e apenas 15,8% superaram a inflação. O reajuste médio de 16,3 mil negociações concluídas e inseridas até 6 de janeiro na base de dados ficou em 0,86% abaixo da inflação.

“Antes de 2018, a gente trabalhava com um painel mais restrito, que incluía as principais negociações”, diz o sociólogo Luís Ribeiro, técnico responsável pelo Sistema de Acompanhamento de Contratações Coletivas do Dieese.

Entre 1996 e 2002, a fatia das negociações que perdia para inflação girava em torno de 40%. Em 2003, com a inflação em alta, 58% das negociações ficaram abaixo do INPC. De 2004 em diante, a parcela de negociações com reajustes acima da inflação predominou. Mas, com recessão em 2015, o quadro piorou, observa. Ele destaca que, desde 2018, com o enfraquecimento da atividade agravado pela pandemia e a alta do desemprego, a situação complicou para o trabalhador.

“É um cenário delicado que resulta da combinação de inflação alta com grande ociosidade no mercado de trabalho”, observa o economista da LCA Consultores, Bruno Imaizumi. A grande parcela de reajustes salariais perdendo para inflação pode limitar o consumo e a atividade, com desdobramentos sobre a inadimplência. “É menos dinheiro injetado na economia”, diz, ressaltando que a prioridade do brasileiro hoje é comprar itens básicos.

Auxílio Brasil deve injetar, no mínimo, R$ 84 bilhões na economia

Estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), analisa que o programa Auxílio Brasil deverá injetar na economia, ao longo deste ano, pelo menos R$ 84 bilhões, dos quais 70,43%, ou o equivalente a R$ 59,16 bilhões, deverão se transformar em consumo imediato, enquanto 25,74% (R$ 21,62 bilhões) se destinarão para quitação ou abatimento de dívidas e 3,83%, ou R$ 3,21 bilhões, serão poupados para consumo futuro.

O programa Auxílio Brasil substituiu o Bolsa Família, extinto no ano passado, e teve suas primeiras parcelas mensais pagas aos beneficiários em 2022 a partir de terça-feira (18).

Em entrevista à Agência Brasil, o economista da CNC, Fabio Bentes, explicou que o valor de R$ 84 bilhões foi apurado tomando por base o benefício mínimo de R$ 400. “Como a gente não sabe quanto cada brasileiro vai receber, porque depende de outras variáveis, a gente fez a conta por baixo. Como o benefício mínimo é de R$ 400 pago a 17,5 milhões de famílias, durante 12 meses, isso perfaz R$ 84 bilhões”. Esse será o valor que o programa vai disponibilizar, no mínimo, em 2022. Entretanto, como o benefício é variável, a estimativa pode ser ainda mais otimista: R$ 89,9 bilhões.

A estimativa da CNC é que 70% desse montante se destinará ao consumo imediato, mas não ao consumismo, até porque os elegíveis do antigo Bolsa Família estão na pobreza extrema ou na pobreza, afirmou Bentes. “Há necessidades de curtíssimo prazo, por conta da pandemia e da letargia da economia, e as famílias vão ter que fazer frente a esses gastos com alimentação, com medicamentos, serviços do dia a dia, transportes”, indicou.

Do total de R$ 59 bilhões que deverão ir para o consumo imediato, a CNC estimou que pela estrutura de gastos do brasileiro, cerca de 47% são consumo no comércio e no setor de serviços. “A gente estima que R$ 28 bilhões devem chegar ao comércio”. Isso significa um impulso de 1% a 1,5% no faturamento anual do varejo nacional.

Lula mantém 20 pontos de vantagem sobre Bolsonaro; terceira via patina, aponta Ipespe

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve dianteira folgada, de 20 pontos percentuais, sobre o presidente Jair Bosonaro, apontou a pesquisa Ipespe de intenção de voto para a eleição presidencial, que será disputada em outubro.

Ainda de acordo com o levantamento, nenhum outro possível candidato além de Lula e Bolsonaro conseguiu chegar a dois dígitos na preferência do eleitorado, em mais um sinal de dificuldade da chamada terceira via, um nome que possa romper a polarização entre o ex e o atual presidente, à esta altura da disputa.

De acordo com o Ipespe, Lula manteve os 44% de preferência que tinha na pesquisa feita em dezembro, ao passo que Bolsonaro ficou com os mesmos 24% da sondagem anterior.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) aparece numa distante terceira posição, com 9%, mesmo patamar da pesquisa do mês passado, seguido por Ciro Gomes (PDT), que somou os mesmos 7% da sondagem anterior.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), oscilou um ponto para baixo, ficando agora com 2%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Felipe D’àvila (Novo) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), ficaram com 1% cada.

O Ipespe também fez simulações de segundo turno e, segundo os dados do instituto, Lula ampliou a vantagem sobre Bolsonaro em uma eventual rodada decisiva entre ambos. O petista tem 56%, ante 53% na pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro manteve os 31% de dezembro.

Em eventual segundo turno contra Moro, Lula teria 51%, ante 52%, e o ex-juiz somaria 32%, contra 33% em dezembro. Se o adversário fosse Ciro, o petista venceria com 51%, ante 52% no mês passado, contra 25%, mesmo patamar de antes.

Bolsonaro, por sua vez, seria derrotado em um segundo turno por Ciro, com o pedetista somando 43%, ante 40%, e o atual presidente chegando a 34%, ante 35%. Se o rival de Bolsonaro fosse Doria, o tucano teria 42%, ante 43%, e o atual mandatário teria 35%, ante 36%. O presidente também perderia um duelo de segundo turno contra Moro, por 36% a 29% a favor do ex-juiz.

O Ipespe também indicou que a avaliação negativa do governo Bolsonaro se manteve em 54%, enquanto a positiva ficou nos mesmos 24% do mês passado e a regular oscilou um ponto para baixo, estando agora em 21%.

O instituto disse ainda que o percentual dos que desaprovam a maneira que Bolsonaro tem administrado o país é de 64%, um ponto a menos do que em dezembro, enquanto os que a aprovam somam 30%, mesmo patamar da pesquisa anterior.

O Ipespe ouviu 1.000 pessoas entre segunda e quarta-feira. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

Lira diz que Câmara fez sua parte para frear alta dos combustíveis e critica governadores e Senado

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve dianteira folgada, de 20 pontos percentuais, sobre o presidente Jair Bosonaro, apontou a pesquisa Ipespe de intenção de voto para a eleição presidencial, que será disputada em outubro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez críticas a governadores e ao Senado no domingo (16) e disse que os deputados fizeram a sua parte na tentativa de frear a alta dos combustíveis.

As críticas foram feitas nas redes sociais do deputado, em meio a um novo reajuste dos preços da gasolina e do diesel. O anúncio da Petrobras no início da semana reacendeu a troca de acusações entre os estados e o governo federal sobre a responsabilidade pelas altas sucessivas.

“A Câmara tratou do projeto de lei que mitigava os efeitos dos aumentos dos combustíveis. Enviado para o Senado, virou patinho feio e Geni da turma do mercado. Diziam que era intervencionista e eleitoreira. Agora, no início de um ano eleitoral, governadores, com Wellington Dias à frente, cobram soluções do Congresso”, afirmou Lira, fazendo referência ao governador do Piauí e coordenador do Fórum Nacional de Governadores.

“Os governadores podiam ter pressionado ainda ano passado. Por isso, lembro aqui a resistência dos governadores em reduzir o ICMS na ocasião. Registro também que fizemos nossa parte. Cobranças, dirijam-se ao Senado”, afirmou Arthur Lira.

Em resposta, o governador do Piauí afirmou que, apesar do congelamento do ICMS, a Petrobras anunciou seis aumentos no preço dos combustíveis. Dias declarou ainda que a proposta da Câmara dos Deputados não soluciona a alta do preço.

Por benefícios eleitorais, grupo que comanda pré-campanha à reeleição de Bolsonaro cobra ‘flexibilidade’ de Guedes

Partidos do centrão e militares do governo que integram a coordenação de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) cobram “flexibilidade” e “sensibilidade” do ministro Paulo Guedes nas decisões econômicas da pasta durante 2022, para que Bolsonaro consiga colher benefícios eleitorais.

Até agora, a leitura que o “QG” bolsonarista faz é de que Bolsonaro está desgastado com a campanha contrária à vacinação na pandemia e, além disso, não conseguiu capitalizar a longo prazo nenhuma decisão do governo junto ao eleitorado mais vulnerável, como o auxílio emergencial e, agora, o anúncio do Auxílio Brasil. A avaliação é de que a ajuda gerou aumento de popularidade de Bolsonaro no primeiro ano da pandemia, mas, depois, o presidente se perdeu em suas pautas ideológicas e não conseguiu organizar políticas públicas permanentes na área social para converter em votos neste ano.

Nos últimos dias, segundo o blog apurou com integrantes do governo, Guedes tem sido alvo cada vez mais de críticas entre os partidos do centrão pois não estaria disposto a fazer novas concessões na área social, por exemplo, tido como importante pelo núcleo da campanha para angariar votos junto a eleitores que, hoje, preferem o ex-presidente Lula.

Ocorre que Paulo Guedes tem repetido nos bastidores que não existe mais espaço fiscal para nenhum tipo de despesa, a não ser que haja um corte de gastos ou remanejamento de recursos indicado pelos políticos.

Fontes da cúpula do Congresso ouvidas pelo blog afirmam que, como Guedes tentou jogar para os parlamentares essa questão, Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, passou a ser o responsável por dar o aval a remanejamentos do Orçamento- decisão que foi publicada na semana passada, por ordem de Bolsonaro.

Diante desse cenário, o núcleo de campanha de Bolsonaro cobra de Guedes, agora, que deixe de lado agendas que consideram como “pessoal” e abrace a “agenda de governo”, ou seja, a agenda de reeleição.

Entre as ideias discutidas pelo centrão e bolsonaristas, estão de programas de habitação defendidos pelo ministro Rogério Marinho, adversário de Guedes dentro do governo, a reajustes de categorias de servidores públicos, pautas com gastos elevados e objeção do ministro da Economia. No caso dos reajustes, Guedes tem aconselhado Bolsonaro a vetar o reajuste para policiais, mas o presidente teme perda de apoio junto à categoria além de reação de sua base mais radical. Se o presidente vetar, o Congresso tem repetido que é uma questão do Executivo e, portanto, pode manter o veto.

Mesmo sem resposta de Alckmin, PSB se reúne com PT e cobra palanques por apoio a Lula

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, têm um encontro marcado nesta quinta-feira (20), em Brasília, para discutir ajustes em palanques estaduais em troca de apoio formal à chapa do ex-presidente Lula à Presidência da República.

Siqueira disse ao blog que, desde que o partido apresentou demandas por apoio a palanques estaduais, como São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco, o PT não só não deu resposta como avançou publicamente com anúncios de pré-candidaturas. Entre elas, ele cita a de Fernando Haddad (SP), Humberto Costa (PE) e Fabiano Contarato (ES).

Na reunião prevista para quinta-feira, Siqueira vai repetir o que já disse pessoalmente pelo menos duas vezes ao ex-presidente Lula: “Já falei ao Lula que o PT precisa decidir se quer disputar pelo país contra um de seus principais aliados ou se quer a nossa ajuda para ganhar a eleição”.

O PSB quer ter candidatos em alguns estados onde o PT argumenta ter vantagem nas pesquisas, como São Paulo. “Nosso critério não é pesquisa, se fosse assim a gente apoiaria ACM Neto na Bahia e não Jacques Wagner. Nosso critério é critério político. Outra coisa: a vida não é só eleição, tem o governo depois”.

Na reunião desta quinta (20), também estará na pauta o ingresso de Geraldo Alckmin no PSB para compor a vice na chapa de Lula. Siqueira disse ao blog, no entanto, que até agora não recebeu resposta de Alckmin sobre o ingresso no partido.

“Convidei Alckmin a ingressar no PSB no dia 13 de dezembro, ele não é do PSB ainda, fiz o convite mesmo ele não sendo uma pessoa com perfil de esquerda, mas entendendo que o momento pede essa discussão mais ao centro. Ele tem muitos amigos de esquerda aqui, incluindo eu, mas ainda não nos deu resposta”.

Perguntado se existe alguma reunião prevista com Alckmin, Siqueira disse que não: “Sei que está conversando com outros partidos, ele vai decidir para onde vai. E, enquanto isso, temos que cuidar da nossa vida”.

Fidelidade de aliados ao governo vai balizar cortes no Orçamento 2022

A fidelidade demonstrada ao governo nos últimos meses de 2021 será a baliza que vai conduzir o corte de cerca de R$ 9 bilhões que o governo precisa fazer no Orçamento 2022.

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tomou as rédeas do processo dos cortes que precisam ser feitos para adequar o Orçamento 2022 aprovado pelo Congresso. E já decidiu enxugar prioritariamente daqueles aliados que não apoiaram o governo.

Fontes do governo ouvidas pelo G1 afirmam que Nogueira retornou das férias e já pediu aos assessores uma lista da fidelidade dos parlamentares do Congresso e liberações de verbas que eles receberiam de ministérios.

Um decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado na semana passada, ampliou os poderes de Ciro Nogueira na liberação de verbas, reduzindo o espectro do ministro da Economia, Paulo Guedes. Isto significa que, em ano eleitoral, o Orçamento será talhado para negociar apoios à reeleição de Bolsonaro e aliados do Planalto.

O quebra-cabeças do Orçamento tem gerado desgastes. Segundo fontes, a ministra da Secretaria de Governo, Flavia Arruda, responsável pela interlocução do Palacio do Planalto com o Congresso, tirou férias para se afastar das decisões orçamentárias.

O Congresso aprovou uma lei orçamentária subestimada e, por isso, será necessário sancionar com uma recomposição de cerca de R$ 9 bilhões.

Governo e Congresso negociaram ao longo do segundo semestre de 2021 a aprovação da PEC dos precatórios, que abriu mais de R$ 100 bilhões em gastos no Orçamento. A promessa era ter recursos para programas sociais, mas na prática o debate gira hoje em torno de emendas parlamentares, recursos para reajuste e readequação de carreiras que apoiam o presidente da República e fundo eleitoral, que pode voltar aos R$ 5,7 bilhões aprovados inicialmente pelo Congresso.

Governador do Rio diz que solução para inclusão do estado no novo Regime de Recuperação Fiscal será ‘política e jurídica’

O governador Cláudio Castro não confia mais numa saída técnica para inclusão do Rio de Janeiro no novo Regime de Recuperação Fiscal.

Para ele, a solução para o impasse será “política e jurídica”. E tem a tranquilidade de que sairá vitorioso.

Castro afirmou que irá ao encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, “com a faca nos dentes e paz no coração”. Os dois vão discutir na quarta-feira (19), em Brasília, o veto do Tesouro à entrada do estado no Regime de Recuperação Fiscal.

Um fiasco na negociação seria uma derrota política do governador, aliado de Jair Bolsonaro. Castro comprou uma briga com o presidente da Assembleia do Rio, o petista André Ceciliano, na concessão da Cedae, empresa de saneamento do estado do Rio.

Ceciliano defendia que o governador só deveria promover o leilão da Cedae se o governo federal autorizasse a entrada do Rio no regime.

A Assembleia Legislativa do Rio aprovou um decreto legislativo neste sentido, mas Castro conseguiu derrubar a medida no Supremo Tribunal Federal e garantiu o leilão. A concessão da Cedae foi um troféu para a equipe econômica, que dava seguidos sinais de insatisfação com os rumos do ajuste fiscal do Rio.

AGU argumenta no Supremo que é constitucional aumento no valor do fundo eleitoral

A Advocacia-Geral da União defendeu na quarta-feira (19) no Supremo Tribunal Federal que é constitucional o aumento no valor do fundo eleitoral que vai financiar as campanhas deste ano.

A AGU, representando o governo, se manifestou em uma ação do partido Novo, que contesta o valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo, aprovado pelo Congresso.

O Novo alega que tem que ser mantido o valor de R$ 2,1 bilhões, inicialmente proposto pelo governo ao Congresso.

O valor final pode ficar ainda maior que os R$ 4,9 bilhões aprovados pelo Congresso. Isso porque os parlamentares derrubaram um veto do presidente Jair Bolsonaro ao valor de R$ 5,7 bilhões para o fundo.

O valor de R$ 4,9 foi aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA, também chamada de Orçamento), em dezembro. Só que a quantia de R$ 5,7 bilhões, vetada por Bolsonaro e depois reabilitada pelo Congresso, foi aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada antes da LOA.

De acordo com o blog da Ana Flor, o Ministério da Economia foi avisado pela Câmara que o fundo deve ser de R$ 5,7 bilhões, porque a LDO determina as bases da LOA.

Bolsonaro tem até o fim desta semana para aprovar o Orçamento, quando deve tomar uma decisão sobre o fundo eleitoral.

Segundo a AGU disse para o STF, a definição do aumento seguiu todas as previsões legais, sendo que houve, assim, uma “adequada pertinência entre a diretriz conferida para a lei orçamentária em ano eleitoral e a finalidade de compor o fundo público específico instituído para o financiamento das campanhas eleitorais”.

Governo pode anunciar ainda em janeiro medidas para conter alta dos combustíveis

Diante da alta do preço do petróleo no mercado internacional, com possibilidade de o valor do barril passar dos US$ 100, a equipe do presidente Jair Bolsonaro definiu como prioridade total do governo neste momento adotar medidas para conter o encarecimento dos combustíveis no país.

Segundo um assessor presidencial, essas medidas vão ser anunciadas ainda em janeiro.

Ao G1, um auxiliar direto de Bolsonaro disse que “a maior preocupação do momento” no governo é o preço dos combustíveis, tema que, segundo ele, virou “prioridade total” e está mobilizando a equipe presidencial para fechar medidas que serão divulgadas “ainda em janeiro”.

Em reunião nesta semana, a equipe de Bolsonaro avaliou que o preço do petróleo no mercado internacional deve superar US$ 90 em breve e pode, inclusive, passar dos US$ 100 rapidamente se houver um conflito entre Rússia e Ucrânia.

Atualmente, a Petrobras reajusta seus preços com base na variação do petróleo no mercado internacional e do dólar no Brasil.

Ou seja, a tendência é que novos ajustes no valor da gasolina, diesel e gás de cozinha devem ser anunciados pela estatal nas próximas semanas, o que vai aumentar a inflação. Neste cenário, avaliam auxiliares de Bolsonaro, o presidente vai ter sua imagem desgastada junto ao eleitorado, dificultando seus planos de reeleição.

Bolsonaro embarca para o Suriname em busca de parcerias comerciais

O presidente da República, Jair Bolsonaro, embarcou na manhã de quinta-feira (20) para Paramaribo, no Suriname, primeira parada de uma viagem de dois dias que também incluirá a Guiana. Segundo o governo, o objetivo da viagem é aprimorar a parceria comercial e econômica com os dois países vizinhos, principalmente, em relação aos setores de óleo e gás.

“Tem coisa que eu vou tomar conhecimento em voo. A gente vai para Guiana e Suriname, países que descobriram grandes reservas de óleo e gás. Eles têm um grande potencial de óleo e gás, repito. Então, é uma aproximação com os dois países”, afirmou o presidente sobre a viagem na noite de quarta-feira (19).

Além disso, Bolsonaro afirmou que tratará de temas ligados à agricultura e infraestrutura que interessa aos países.

“Tem uma agricultura ali que, em parte interessa, para gente. De vez em quando o arroz [produzido nos países vizinhos] vai para Roraima, depois que demarcaram a Raposo Terra do Sol, incluindo as áreas de rizicultura, nem sempre Roraima tem autossuficiência para isso. Eles vão fazer pedido para nós também, em questão de infraestrutura”, disse o presidente.

No Suriname, está prevista a recepção do presidente brasileiro pelo vice-presidente do país, Ronnie Brunswijk, e de outras autoridades locais.

Depois, Bolsonaro encontrará o presidente do Suriname, Chandrikapersad Santokhi, no palácio presidencial do país e participará de uma reunião bilateral privada.

Governo prepara PEC para amenizar alta no preço dos combustíveis em ano eleitoral

O governo federal prepara uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com o objetivo de reduzir tributos federais de diesel e gasolina. O motivo é a preocupação com a alta do preço dos combustíveis em ano eleitoral.

O texto deve ser enviado ao Congresso no início de fevereiro, quando os parlamentares voltam do recesso.

Fontes que participam da elaboração do plano informaram ao blog que está em estudo um dispositivo que autoriza o governo a reduzir ou até zerar impostos federais sobre diesel e gasolina temporariamente quando o valor dos combustíveis atingir um certo limite.

A regra ignoraria a perda de receita, mesmo com vedação da Lei de Responsabilidade Fiscal. A legislação determina que a redução de impostos precisa ter compensação que substitua a perda de receita. Em 2021, o governo arrecadou cerca de R$ 60 bilhões em impostos federais.

A PEC também pode incluir a criação de um fundo de estabilização para os combustíveis custeado por arrecadação de royalties. Este seria utilizado quando o valor do diesel e da gasolina praticados pela Petrobras ultrapassassem um patamar pré-estabelecido.

Fontes do governo avaliam que, apesar de ser ano eleitoral, há clima para aprovar no Congresso a medida porque trata de algo sensível para a população: peso crescente do preço dos combustíveis no bolso. A decisão foi tomada a partir da avaliação que neste ano o preço internacional do petróleo pode ter altas consideráveis, atingindo US$ 100 o barril. Como em ano eleitoral a cotação do dólar tende a oscilar muito, há receio no governo que o impacto eleitoral custe votos ao presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

Empresas do Simples podem ganhar dois meses para regularizarem débitos

Os negócios de pequeno porte e os microempreendedores individuais (MEI) poderão ganhar mais dois meses para regularizarem os débitos com o Simples Nacional, regime especial de tributação para micro e pequenas empresas. No dia 21, o Comitê Gestor do programa discutirá o adiamento do prazo de 31 de janeiro para 31 de março.

A regularização dos débitos é necessária para os micro e pequenos empresários e os profissionais autônomos continuarem no Simples Nacional. Em nota, a Receita Federal, que integra o Comitê Gestor, informou que a medida tem como objetivo ajudar os negócios afetados pela pandemia de Covid-19.

“Neste momento de retomada da economia, a deliberação do Comitê Gestor do Simples Nacional visa propiciar aos contribuintes do Simples Nacional o fôlego necessário para que se reestruturem, regularizem suas pendências e retomem o desenvolvimento econômico afetado devido à pandemia de Covid-19”, destacou o comunicado.

Apesar da prorrogação para o pagamento ou a renegociação de dívidas, o prazo de adesão ao Simples Nacional continua sendo 31 de janeiro. Segundo a Receita, essa data não pode ser prorrogada por estar estabelecida na Lei Complementar 123/2006, que criou o regime especial.

Tradicionalmente, quem não pagou os débitos é retirado do Simples Nacional em 1º de janeiro de cada ano. As empresas excluídas, no entanto, têm até 31 de janeiro para pedir o regresso ao Simples Nacional, desde que resolvam as pendências até essa data.

O processo de regularização deve ser feito por meio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte da Receita Federal (e-CAC), requerendo certificado digital ou código de acesso. O devedor pode pagar à vista, abater parte da dívida com créditos tributários (recursos que a empresa tem direito a receber do Fisco) ou parcelar os débitos em até cinco anos com o pagamento de juros e multa.

Vendas financiadas de veículos tiveram alta de 6,8% em 2021

As vendas financiadas de veículos em 2021 tiveram um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior, apontam dados da B3 (SA:B3SA3), a bolsa de valores de São Paulo.

No total, foram 5,9 milhões de unidades, incluindo motos, automóveis leves e pesados e também novos e usados. Foram 375 mil unidades negociadas a mais em no ano passado.

O segmento de veículos pesados e de motos foram os destaques de 2021 com alta de 18% e 17,6%, respectivamente. No setor de veículos leves, houve crescimento de 4% na comparação com as unidades financiadas em 2020.

O financiamento de usados corresponde a 70% do total, um crescimento de 10,7% na comparação com 2020. Os automóveis leves com mais tempo de uso tiveram maior procura.

Unidades com 9 a 12 anos tiveram aumento de 31,5%. Os veículos com mais de 12 anos, por sua vez, tiveram aumento de 71,4% nas vendas a crédito. 

Os veículos novos, por outro lado, tiveram queda de 1,4% no total de vendas a prazo. Com destaque para a categoria de autos leves, que registrou uma queda de 15% no ano.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito no Brasil.

Anac autoriza Azul e Gol a voar com menos comissários em voos após avanço da Ômicron impactar tripulações

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a Azul e a Gol a voar com menos comissários de bordo nos aviões, três, em vez de quatro profissionais. A Latam fez o mesmo pedido e aguarda resposta da agência.

Na prática, a medida obriga as empresas a reacomodarem passageiros em outros voos, porque haverá limite de até 150 assentos em aviões com capacidade para até 186 pessoas.

Juntas, as três empresas detêm 98,2% do mercado doméstico de aviação no Brasil, segundo dados da agência relativos a novembro –os mais recentes disponíveis.

Os pedidos das companhias aéreas estão relacionados ao avanço da variante Ômicron, que tem causado afastamento de tripulantes das escalas de voo e cancelamentos de voos. A Ômicron também tem provocado impacto em outros setores da economia, como profissionais da saúde e do comércio.

As empresas são obrigadas a manter um comissário para cada 50 passageiros. Assim, para voar com três tripulantes, os voos passam a ter número reduzido de passageiros.

No caso da Gol, os Boeings 737-800 e 737 Max 8 afetados pela medida poderão levar até 150 passageiros caso operem com três comissários. Os aviões têm capacidade para 186 passageiros.

Na Azul, voos com Airbus A320 ficam restritos a 150 assentos; a aeronave tem capacidade para levar 174 passageiros. Em aeronaves Embraer E195, a companhia poderá levar 100 passageiros e usar dois comissários; o avião tem capacidade para até 118 passageiros.

No caso da Azul, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recebeu uma denúncia de que a empresa já operava com menos comissários antes da autorização formal da Anac. O sindicato questionou a Anac a respeito e não obteve resposta. Questionada pelo G1, a Azul não se manifestou.

Suzano volta a ter recomendação de compra pelo Bank of America

O Bank of America elevou sua recomendação para a ação da Suzano de neutra para compra.

O banco avalia que o preço da celulose na China está pressionado desde maio de 2021, mas observa que há vetores no mercado que levaram os produtores a aumentarem preços a US$ 20, US$ 30 e US$ 50 por tonelada, no caso da fibra longa, nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, respectivamente.

Os analistas que assinam o relatório do BofA, explicam que apesar do movimento da commodity desacelerar a partir do segundo trimestre de 2022, os papéis do setor estão em correção de preços, com atrativos pontos de entrada.

O segmento de embalagens deve continuar aquecido diante da demanda do e-commerce. O banco estima que os preços das embalagens devam subir entre 10% e 15% em 2022, proporcionando margens estáveis a companhias como a Suzano.

Neste ano, a Suzano anunciou o pagamento de R$ 1 bilhão em dividendos, ou R$ 0,74 por ação.

MRV aposta em diversificação para manter crescimento após ano de recordes

Com resultados recordes em lançamentos e vendas líquidas no ano passado, a MRV&Co, que reúne MRV, AHS, Urba e Luggo, acredita que 2021 provou a força de sua “plataforma habitacional”, com atuação mais diversificada que a vista no passado. E que há espaço para mais.

Entre outubro e dezembro do ano passado, o grupo fez lançamentos com valor de R$ 3,2 bilhões, e fechou o ano com R$ 9,4 bilhões lançados, um recorde histórico. Em vendas líquidas, foram R$ 2,4 bilhões no quarto trimestre, e R$ 8,1 bilhões no ano, outro recorde.

A MRV atribui o desempenho à diversificação de fontes de receita. Com a compra da AHS, fechada em 2019, a incorporadora colocou os pés nos Estados Unidos, aproveitando o potencial do mercado na região da Flórida e também a valorização do dólar. Em paralelo, nos últimos anos, investiu nas subsidiárias Urba, de loteamentos, e Luggo, de construção de imóveis para locação.

“Isso aumenta o potencial de diversificação da companhia e a capilaridade, porque se o cliente entrar em uma loja da MRV e quiser comprar um lote ou um apartamento, ele tem a oportunidade”, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o copresidente da empresa, Eduardo Fischer. No quarto trimestre, 46,1% das vendas anualizadas da companhia foram realizadas fora do Casa Verde e Amarela. Um ano antes, o programa financiado com recursos do FGTS respondia por 81,8% das vendas líquidas da empresa.

A AHS, braço do Grupo MRV que trabalha com aluguel residencial nos Estados Unidos, deve impulsionar ainda mais essa diversificação. A empresa acredita que até 2026 a incorporadora dos EUA pode chegar a uma produção anual de 8 mil unidades. “A AHS pode alcançar o tamanho da MRV, em vendas, daqui a três ou quatro anos”, diz Fischer.

Ele destaca ainda o acordo entre a MRV e Brookfield para que a firma canadense de investimentos compre 5,1 mil unidades construídas pela Luggo ao longo dos próximos anos, por R$ 1,26 bilhão. Os dois primeiros empreendimentos já foram vendidos no quarto trimestre, com R$ 106 milhões em vendas.

Consumo em restaurantes cai 7,6% em novembro ante novembro de 2020

O consumo em restaurantes, bares, lanchonetes e padarias recuou 7,6% no faturamento, em termos reais, em comparação ao mesmo período de 2020. A informação foi apurada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Alelo. A leitura também apontou ligeira queda no valor gasto com supermercados (-1,2%).

“Alguns fatores tendem a prejudicar o fluxo e faturamento dos restaurantes. A alta nos preços de bens e serviços, a queda na renda e do poder de compra das famílias, as mudanças permanentes nos hábitos e na rotina de trabalho de consumidores, além das incertezas sobre o futuro da pandemia e da economia”, analisa o presidente da Alelo, Cesario Nakamura.

Ainda de acordo com os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), houve baixa de 2,7% na quantidade de vendas e de 6,6% no número de estabelecimentos que efetivaram ao menos uma transação no mês de novembro. Por outro lado, os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) registraram aumento de 3,4% e de 1,1%, respectivamente, nas mesmas competências.

Em comparação com o período pré-covid, em novembro de 2019, o ICR apurou quedas nos três indicadores em novembro; de 28,7% no faturamento, 43,8% na quantidade de vendas e 7,5% no número de estabelecimentos com pelo menos uma transação.

O ICS também apresentou recuo na quantidade de vendas (-10,9%), mas avanços em faturamento (2,5%) e estabelecimentos com pelo menos uma transação (0,8%).

Os últimos resultados evidenciam que as diferenças entre o comportamento do consumo em supermercados e restaurantes têm se prolongado para além do fim das restrições sanitárias, mesmo com o avanço notável da campanha de vacinação no País, na avaliação de pesquisadores da Fipe. “O cenário de encarecimento do crédito, aumento da taxa de juros, endividamento e inadimplência é prejudicial para o varejo em geral e pode impactar negativamente também os supermercados”, diz a fundação, em nota.

Turismo nacional fechou novembro com faturamento de R$ 14,7 bilhões

O setor de turismo fechou novembro do ano passado com faturamento de R$ 14,7 bilhões, 19,3% superior ao registrado no mesmo mês de 2020, mas 15,5% inferior a novembro de 2019, no período pré-pandemia. Essa foi a oitava elevação mensal seguida do faturamento do setor. Os dados, divulgados na quarta-feira (19), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O destaque do mês foi o transporte aéreo, que superou em 63,3% o faturamento de novembro do ano anterior. Apesar disso, o faturamento do mês, de R$ 4,3 bilhões, ainda está 19% abaixo quando comparado a 2019. O grupo hotéis, pousadas e restaurantes também se destacou.  No penúltimo mês do ano, o faturamento do grupo foi de R$ 4,4 bilhões, alta anual de 13,1%, porém, ainda 16,8% inferior ao nível anterior à pandemia.

De acordo com a FecomercioSP, apesar dos bons resultados apresentados em novembro, os próximos meses ainda deverão ser incertezas para o turismo nacional. Com a chegada da variante Ômicron, o cenário se transformou e os números de dois meses atrás não refletem o impacto da nova onda de Covid-19 em 2022.

“O volume de reservas e as manifestações de intenção de viagens se concretizaram em negócios. Isso animou os empresários do setor. É bem possível que os resultados de dezembro sejam também bastante positivos, e a mudança de cenário se dê, infelizmente, nos números de janeiro, por causa da variante Ômicron no país”, disse Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.

Cresce interesse do brasileiro por consultar CPF e negociar dívidas

Uma pesquisa feita pela plataforma de gerenciamento de visibilidade online Semrush mostrou que cada vez mais brasileiros estão em busca de organizar sua vida financeira. É o que mostra um levantamento referente à busca online por palavras chaves relacionadas ao tema em 2021, feito a pedido da fintech Meu Acerto, que trouxe números expressivos.

Termos como “educação financeira”, “consultar CPF”, “inadimplência”, “bem estar financeiro” e “negociação de dívidas” têm aumento relevante e reforça a procura por um novo cenário na vida financeira das pessoas.

O estudo apontou, por exemplo, que mais de 1 milhão de pessoas buscaram pelo termo “consultar CPF”, o que demonstra o interesse dos consumidores em entender melhor sua situação financeira. Outras expressões em destaque foram “inadimplência”, com um aumento de 49%, totalizando 28 mil buscas por mês, e “negociação de dívidas”, que teve um crescimento de 86%, apesar de poucas buscas: 3 mil por mês.

Os dados referentes às pesquisas realizadas pelos usuários são, de certa forma, um retrato da inadimplência no Brasil, que alcançou 63,4 milhões de consumidores de acordo com a última edição do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil. No total, o número de dívidas no país atingiu a marca de mais de 213 milhões em outubro, chegando ao valor de R$ 253 bilhões, segundo o levantamento feito pelo Serasa.

Nesta linha, é destaque também as expressões “quitar dívidas”, que teve um aumento de 52%, e “recuperação de crédito” com um crescimento total de 60% ao mês. O cenário da pandemia nos dois últimos anos pode ter contribuído para o aumento da inadimplência, que, por sua vez, também fez crescer o interesse e a busca dos consumidores pela reorganização desse setor tão importante na vida de cada um. Uma das maiores provas desse aumento é a busca pela palavra-chave “educação financeira”, que teve um crescimento exponencial de 300% em 2021.

Em nota, Pedro Lima, economista e co-CEO da fintech Meu Acerto, afirmou que esse estudo parece demonstrar uma nova concepção da sociedade em relação à vida financeira. “As pessoas estão buscando informações para não se endividarem ou para saírem da situação de endividamento que, como sempre faço questão de reforçar, é temporária”, comenta o executivo.

Algo que reforça a percepção do economista sobre a busca dos consumidores por mais tranquilidade nas finanças é o crescimento de 50% e 90% na busca pelos termos “liberdade financeira” e “bem estar financeiro”, respectivamente. A busca pela organização financeira deve ser uma constante. Mas é importante ver que os consumidores estão se movimentando em prol de sua saúde financeira, visando melhorar sua relação com as finanças e garantir mais bem-estar na sua vida, finaliza Pedro.

SELIC

A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda-feira (24), a projeção meta para a taxa Selic ficou em 11,75%, ante 11,75% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IGP-M

O IGP-M é o índice usado nos contratos de reajuste de locação de imóveis e é divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a 1,95% na segunda prévia de janeiro, de 0,43% na mesma prévia do mês anterior, informou na quarta-feira (19) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em dezembro, o IGP-M havia avançado 0,87%.

A aceleração do indicador foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que avançou a 2,51% no segundo decêndio de janeiro, após subir 0,32% na mesma prévia de dezembro. No fechamento do mês passado, o IPA-M havia subido 0,95%.

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (24), a projeção para o IGP-M ficou em 6,54%, ante 5,78% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

IPCA

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (24), os economistas elevaram as estimativas do IPCA para 5,15%, ante 5,09% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

PIB

O Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicou crescimento de 1,8% na atividade econômica em novembro de 2021, em comparação ao mês anterior; e recuo de 0,3% no trimestre móvel compreendido entre setembro e novembro, em relação ao encerrado em agosto.

Já na comparação interanual, o avanço da economia é de 2,2% no mês de novembro e 1,3% no trimestre móvel terminado em novembro.

Em valores correntes, o PIB, que é calculado pela soma da captação bruta de todos os recursos e impostos no país, foi estimado, no acumulado do ano até novembro de 2021, em R$ 7,91 trilhões. Os números foram divulgados na quarta-feira (19).

De acordo com o relatório Focus divulgado na segunda -feira (24), A projeção para o PIB ficou em 0,29%, ante 0,29% apresentado na mediana das projeções da semana anterior.

Mercado acionário e câmbio

Na segunda-feira (17), o Ibovespa fechou em queda, depois de registrar sua melhor semana desde março de 2021, em sessão de liquidez baixa por conta de feriado nos EUA. Papéis de empresas ligadas a commodities metálicas e ao consumo estiveram entre as principais contribuições negativas para o índice. O índice Ibovespa teve queda de 0,52%, 106.373,87 pontos. O volume financeiro somou R$ 15,4 bilhões.

Na terça-feira (18), o Ibovespa fechou em alta, sustentado por ações de empresas de commodities e de bancos, resistindo à forte influência negativa de Wall Street em dia de alta dos títulos do governo dos Estados Unidos. O índice Ibovespa teve alta de 0,28%, a 106.667,66 pontos. O volume financeiro somou R$ 25,8 bilhões.

Na quarta-feira (19), o Ibovespa fechou em alta, novamente na contramão das bolsas de Wall Street, que caíram mesmo com os rendimentos de títulos do governo norte-americano devolvendo máximas em dois anos. Empresas varejistas e Vale deram impulso ao índice, enquanto Petrobras, Bradesco e Itaú Unibanco foram as principais contribuições negativas. O índice Ibovespa teve alta de 1,26%, a 108.013,47 pontos. O volume financeiro somou R$ 29,3 bilhões.

Na quinta-feira (20), o Ibovespa fechou em alta, mesmo perdendo fôlego no fim, fechou no maior patamar desde outubro, escapando da influência negativa de Nova York. A alta generalizada dos papéis ligados à economia interna, como varejo, tecnologia e serviços deu impulso ao índice, que agora soma três altas seguidas. Grandes bancos e empresas de siderurgia e mineração ficaram do lado oposto. O índice Ibovespa teve alta de 1,01%, a 109.101,99 pontos. O volume financeiro somou R$ 32,6 bilhões.

Na sexta-feira (21), por volta das 12h20, o índice Ibovespa operava em alta de 0,15%, a 109.269,94 pontos. O principal índice da bolsa brasileira buscava firmar nova alta nesta sexta-feira, a quarta consecutiva, em meio a mais um pregão negativo para as ações em Nova York. A sessão é marcada por vencimento de opções sobre ações na B3 (SA:B3SA3), além de vencimento também em Wall Street, o que pode trazer maior volatilidade. Ao final do dia, o índice Ibovespa fechou em queda de 0,15%, a 108.941,68 pontos. O volume financeiro somou 30,1 bilhões.

O dólar operava em alta na sexta-feira (21), por volta das 12h15, o dólar registrava alta de 0,27%, cotado a R$ 5,4294 na venda. Após cair 2,65% nos últimos dois dias. Os investidores adotam cautela fiscal em meio às incertezas locais em torno da sanção do Orçamento de 2022 e sobre os preços dos combustíveis no País.

O dólar comercial encerrou a sexta-feira (21) cotado a R$ 5,4553, mas nada que impedisse a moeda de emendar a segunda semana consecutiva de baixa, com investidores voltando a olhar para o Brasil em busca de pechinchas.

FONTES

G1 | UOL | CBN | Valor Invest | Estadão | IN | Infomoney | Seu Dinheiro | Agência Brasil | Veja | Reuters | Terra | R7 | CNN | Valor | TC | Mais Retorno | Agência Senado | Invest News

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
matarazzo-cia.com/blog/
24/01/2022