Cenário Econômico Internacional – 28/01/2022

Cenário Econômico Internacional – 28/01/2022

Cenário Econômico Internacional – 28/01/2022 1200 800 Research Matarazzo & Cia. Investimentos

Confira os destaques do Cenário Internacional desta semana:

  • Em Dia Internacional da Educação, ONU pede que mundo faça valer compromissos
  • FMI corta estimativas para EUA, China e economia global com disseminação da Ômicron
  • Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses
  • Moderna inicia teste de reforço de vacina específico para Ômicron
  • Mercado acionário dos EUA
  • Dólar
  • Yellen diz que juros baixos e dívida administrável dos EUA continuarão após pandemia
  • Presidente eleito do Chile anuncia gabinete moderado; atual chefe do BC vai liderar Fazenda
  • Fed pode recorrer a venda direta de ativos para reduzir balanço, diz Credit Suisse
  • Câmara dos EUA pede informações de empresas de carnes sobre preços crescentes
  • Biden ameaça impor sanções pessoais a Putin se a Rússia invadir a Ucrânia
  • A previsão de crescimento da nuvem da Microsoft também é um bom presságio para os rivais de tecnologia
  • Banco Central do Canadá mantém taxa básica de juros, mas retira forward guidance
  • Fed mantém juros dos EUA, mas está se preparando para elevação “em breve”
  • Mercado acionário europeu
  • Ministros da Defesa da Rússia e do Reino Unido vão se reunir para discutir crise com Ucrânia
  • Portugueses vão às urnas em eleições legislativas antecipadas
  • Votação para presidente da Itália termina em impasse; líderes buscam acordo
  • Reino Unido retira exigência de teste de Covid para viajantes vacinados a partir de 11 de fevereiro
  • Partido de extrema direita cresce nas pesquisas e pode se firmar como 3ª força política em Portugal
  • Reino Unido diz não descartar sanções ao russo Vladimir Putin
  • UE desafia Egito na OMC sobre registro de importação
  • Confiança do consumidor alemão deve ter leve melhora em fevereiro, aponta GfK
  • Mercado acionário na Ásia
  • Banco Central chinês corta taxa de recompra reversa de 14 dias
  • China testa 2 milhões em Pequim e suspende bloqueio Covid-19 em Xi’an
  • Indonésia e Cingapura assinam acordos chave de defesa e extradição
  • Coreia do Norte dispara dois mísseis de cruzeiro suspeitos, diz Seul
  • Índia emerge como o segundo maior parceiro comercial da Arábia Saudita
  • Cingapura atraiu US$ 11,8 bilhões em investimentos em 2021; mais de 17.000 novos empregos esperados nos próximos 5 anos
  • PetroVietnam culpa refinaria Nghi Son por corte de produção
  • Evergrande visa proposta de reestruturação em 6 meses; China reforça controle
  • Egito vai concorrer à presidência do Fórum Global de Contraterrorismo
  • Arábia Saudita criará órgão de localização para setor de energia, diz ministro
  • Universidade islâmica será criada na América Latina
  • Presidente israelense fará primeira visita de Estado aos Emirados Árabes Unidos
  • Cúpula de líderes dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein discute questões regionais

Em Dia Internacional da Educação, ONU pede que mundo faça valer compromissos

Em 24 de janeiro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional da Educação.

A data foi proclamada pela Assembleia Geral para celebrar o papel da educação para a paz e o desenvolvimento.

Em mensagem, o secretário-geral pede que a instrução seja vista como um bem público e uma prioridade política para a recuperação na sequência da crise global de saúde.

António Guterres destaca que a pandemia de Covid-19 provocou o caos na educação em todo o mundo. Cerca de 1,6 bilhões de estudantes de escolas e faculdades viram os seus estudos interrompidos no auge da crise que ainda não acabou. O líder da ONU destaca que o fechamento desses centros de ensino continua a atrapalhar a vida de mais de 31 milhões de alunos, exacerbando uma crise global na aprendizagem.

Guterres destaca que sem qualquer ação, a proporção de crianças que abandonam a escola nos países em desenvolvimento, e que não sabem ler, pode aumentar de 53% para 70%.

O pronunciamento ressalta ainda que deve se ir além do acesso e desigualdade para abordar desafios do setor educativo.

O líder da ONU destaca um mundo em mudanças em um ritmo vertiginoso, com a inovação tecnológica, as mudanças sem precedentes no mercado de trabalho, o início da emergência climática e a perda de confiança generalizada entre pessoas e instituições. Nessa realidade, ele indicou que sistemas de educação convencionais lutam para providenciar o conhecimento, as competências e os valores de que necessitamos para criar um futuro mais verde, melhor e mais seguro para todos.

O secretário-geral ressalta que a educação é um bem público proeminente e um facilitador essencial para toda a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

As Nações Unidas agendaram uma Cimeira sobre a Transformação da Educação para o final de 2022.

O evento pretende impulsionar o compromisso dos países com a área educativa com planos abrangentes para ajudar a cobrir a perda dos alunos na aprendizagem. Guterres defende ainda que haja solidariedade financeira com os países em desenvolvimento.

FMI corta estimativas para EUA, China e economia global com disseminação da Ômicron

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas previsões para Estados Unidos, China e a economia global na terça-feira (25) e disse que a incerteza sobre pandemia, inflação, interrupções na oferta e aperto monetário dos EUA representam mais riscos.

“Projetamos um crescimento global neste ano em 4,4%, 0,5 ponto percentual abaixo do previsto anteriormente, principalmente por causa dos rebaixamentos para Estados Unidos e China”, escreveu Gita Gopinath, autoridade número dois do FMI, em seu blog.

O FMI disse que a rápida disseminação da variante Ômicron levou a novas restrições de mobilidade em muitos países e aumentou a escassez de mão de obra, enquanto as interrupções no fornecimento estão alimentando a inflação. A expectativa é que a Ômicron pese sobre a atividade econômica no primeiro trimestre, mas abrande depois, uma vez que está associada a casos menos graves, disse o FMI.

A escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia pode aumentar os preços de energia, o que manteria a inflação em níveis elevados por mais tempo, disse Gopinath a repórteres depois de o credor global atualizar seu relatório de Perspectiva Econômica Mundial.

Espera-se que o crescimento global desacelere para 3,8% em 2023, ainda assim aumento de 0,2 ponto percentual em relação à previsão de outubro, disse o FMI, que, contudo, ponderou que o delta positivo é em grande parte mecânico após os atuais obstáculos ao crescimento se dissiparem no segundo semestre de 2022.

No geral, a pandemia agora deve resultar em perdas econômicas acumuladas de 13,8 trilhões de dólares até 2024, em comparação com o prognóstico anterior de 12,5 trilhões de dólares, escreveu Gopinath, antes economista-chefe do FMI.

O FMI cortou sua previsão de crescimento dos EUA em 1,2 ponto percentual, devido ao fracasso do presidente norte-americano, Joe Biden, em aprovar um pacote maciço de gastos sociais e climáticos, aperto mais cedo que o esperado da política monetária do país e contínua escassez de oferta.

A economia dos EUA agora deve crescer 4% em 2022, depois de expandir 5,6% em 2021, com o crescimento diminuindo ainda mais para 2,6% em 2023, disse o FMI.

Ela disse que o aumento dos juros deve mexer com a exuberância dos mercados financeiros e estimular “uma correção mais ordenada”, desde que o Fed comunique claramente seus movimentos de política monetária.

O FMI rebaixou a previsão para a economia da China em 0,8 ponto percentual, a 4,8% em 2022, após crescimento de 8,1% em 2021. Em 2023 a expansão do PIB voltaria a acelerar, indo a 5,2%.

As interrupções relacionadas à política de tolerância zero à Covid-19 da China e o estresse financeiro prolongado envolvendo as incorporadoras imobiliárias levaram ao rebaixamento, disse o FMI.

O Fundo também cortou sua previsão para a zona do euro em 0,4 ponto percentual, para 3,9% em 2022, e disse que o crescimento desaceleraria para 2,5% em 2023.

A instituição reduziu em 1,2 ponto percentual cada sua previsão de crescimento em 2022 para Brasil e México, as maiores economias da América Latina. O Brasil agora deve crescer 0,3% neste ano e o México, 2,8%, enquanto a região deve expandir 2,4%, 0,6 ponto percentual abaixo da previsão anterior.

Índia e Japão tiveram leve melhora nas projeções para ambos.

A instituição disse que a inflação deve atingir uma média de 3,9% nas economias avançadas e 5,9% nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento em 2022, antes de diminuir em 2023, com crescimento moderado dos preços de combustíveis e alimentos durante esse período.

Enquanto as economias avançadas devem retornar à tendência pré-pandemia neste ano, vários mercados emergentes e economias em desenvolvimento enfrentam perdas de produção consideráveis, disse o FMI.

O FMI disse ser fundamental garantir o acesso mundial a vacinas, testes e tratamentos para reduzir o risco de outras variantes perigosas da Covid-19, enquanto muitos países precisam aumentar as taxas de juros para conter as pressões inflacionárias.

Gopinath observou que 60% dos países de baixa renda já estavam em alto risco de excesso de endividamento e instou o Grupo dos 20 (G20) a acelerar processos de reestruturação da dívida e suspender pagamentos do serviço da dívida enquanto as reestruturações estejam sendo negociadas.

Mundo atinge maior média diária de mortes por Covid em 4 meses

Em meio à proliferação da variante Ômicron do novo Coronavírus, a média diária de mortes por Covid-19 no mundo atingiu o maior patamar em 4 meses, apontam dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford.

Os dados mostram também que a média móvel de novos casos bateu recorde pelo 7º dia seguido e passou de 3,4 milhões de infectados por dia nos últimos sete dias.

O mundo registrou uma média diária de 8.209 mortes na segunda-feira (24), o maior patamar desde 24 de setembro de 2021 (quando a média móvel estava em 8.358, e em trajetória de queda).

Apesar da alta nos óbitos, o atual patamar está muito abaixo do recorde da pandemia, registrado há praticamente um ano (14,7 mil em 26 de janeiro de 2021).

E, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o número de vítimas da pandemia não tem crescido na mesma proporção da explosão no número de infectados.

O número de novos casos explodiu com a variante Ômicron, que é mais transmissível, e o atual recorde (média de 3,4 milhões infectados por dia) é mais de 300% maior do que o pico da onda anterior.

Moderna inicia teste de reforço de vacina específico para Ômicron

A empresa de biotecnologia Moderna anunciou que iniciou os ensaios clínicos de uma dose de reforço da vacina projetada especificamente para combater a variante Ômicron do Coronavírus.

Os testes envolverão um total de 600 adultos, metade dos quais já recebeu duas doses da vacina Covid-19 da Moderna há pelo menos seis meses e metade dos quais recebeu duas doses mais a dose de reforço previamente autorizada.

O reforço direcionado especificamente a Ômicron será, portanto, avaliado como uma terceira e uma quarta dose.

A empresa também relatou resultados sobre a eficácia contra a Ômicron do reforço já autorizado.

Ele disse que seis meses após a injeção de reforço, os níveis de anticorpos neutralizantes contra a Ômicron foram reduzidos em seis vezes em relação ao pico observado 29 dias após a injeção, mas permaneceram detectáveis ​​em todos os participantes.

Esses dados foram obtidos estudando o sangue de 20 pessoas que receberam o reforço de 50 microgramas, metade da quantidade das duas primeiras injeções.

“Estamos tranquilos com a persistência do anticorpo contra a Ômicron seis meses após o reforço atualmente autorizado”, disse o executivo-chefe da Moderna, Stephane Bancel, em comunicado.

“No entanto, dada a ameaça de longo prazo demonstrada pelo escape imunológico da Ômicron, estamos avançando em nosso candidato a vacina variante específica da Ômicron e estamos satisfeitos em iniciar esta parte de nosso estudo de Fase 2”, continuou Bancel.

A declaração da Moderna veio um dia depois que as rivais Pfizer e BioNTech disseram que começaram a inscrição para um ensaio clínico de uma vacina específica para a Ômicron.

Ambas as vacinas são baseadas na tecnologia de RNA mensageiro, o que torna relativamente fácil atualizá-las para acompanhar as mutações específicas de novas variantes.

Vários países, incluindo os Estados Unidos, começaram a ver um declínio nos casos associados à onda de infecção causada pela Ômicron, a variante mais transmissível detectada até agora, mas o número de infecções em todo o mundo continua aumentando.

Mercado acionário dos EUA e câmbio ao longo da semana

Na segunda-feira (24), as bolsas de valores de Nova York fecharam em alta, com reação na reta final do dia, após uma sessão em grande medida marcada pela aversão a risco. Com as perspectivas para aperto monetário pelo Federal Reserve na reunião da próxima quarta-feira (26) e a escalada de tensões entre Rússia e Ocidente em virtude de uma potencial ação militar na Ucrânia. O índice Dow Jones teve alta de 1,51%, a 35.368,47 pontos. O índice S&P 500 teve alta de 0,28%, a 4.410,13 pontos. E o índice Nasdaq teve alta de 0,63%, a 13.855,13 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com cautela marcante nos mercados. A temporada de balanços segue no radar dos investidores. Operadores também monitoram as tensões geopolíticas ligados à Rússia e se posicionam na véspera de decisão monetária do Federal Reserve (Fed). O índice Dow Jones teve queda de 0,19%, a 34.297,73 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 1,22%, a 4.356,45 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 2,28%, a 13.539,29 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas de valores de Nova York fecharam em queda, com uma queda abrupta que reverteu ganhos sólidos de mais cedo, após o banco central dos EUA divulgar seu comunicado de política monetária. O índice Dow Jones teve queda de 0,38%, a 34.168,09 pontos. O índice S&P 500 teve queda de 0,15%, a 4.349,93 pontos. E o índice Nasdaq teve queda de 0,02%, a 13.542,12 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas de valores de Nova York operavam em alta, impulsionados por empresas de megacapitalização com foco em tecnologia, um dia depois de comentários mais duros do banco central norte-americano pesarem sobre os mercados. Por volta das 13h58, o índice Dow Jones registrava alta de 1,43%, a 34.656,32 pontos. O índice S&P 500 registrava alta de 1,25%, a 4.404,11 pontos. E o índice Nasdaq registrava alta de 0,96%, a 14.309,15 pontos.

DÓLAR

Fechando a semana, na sexta-feira 21.01.22 – O dólar comercial encerrou a sexta-feira (21) cotado a R$ 5,4579 com alta de 0,75%. Após duas sessões de queda, em que acumulou desvalorização de 2,65% e esboçou fechar abaixo de R$ 5,40, o dólar à vista encerrou o pregão de sexta-feira (21), em alta firme, na casa de R$ 5,45.

Na segunda-feira (24) – O dólar à vista registrou alta de 0,88%, cotado a R$ 5,5032 na venda. Com a moeda norte-americana subindo em bloco no mundo em meio a forte clima de aversão a risco por tensões geopolíticas, a dois dias da decisão de política monetária nos EUA. O dólar oscilou entre R$ 5,5247 na máxima e R$ 5,4686 na mínima.

Na terça-feira (25) – O dólar à vista registrou queda de 1,29%, cotado a R$ 5,4357 na venda. Com as operações locais acompanhando ao longo do dia a perda de fôlego da moeda norte-americana no exterior, em meio a contínuo fluxo de estrangeiro para emergentes, mas com as atenções voltadas para a decisão de política monetária nos EUA na quarta-feira (26). O dólar oscilou entre R$ 5,5220 na máxima e R$ 5,4287 na mínima.

Na quarta-feira (26) – O dólar à vista registrou alta de 0,11%, cotado a R$ 5,4411 na venda. As reações do mercado às manifestações do BC norte-americano foram distintas. O comunicado foi recebido de forma tranquila, e como esperado, o Fed manteve a taxa básica e acenou com alta dos juros em breve. O dólar oscilou entre R$ 5,4579 na máxima e R$ 5,3936 na mínima.

Na quinta-feira (27) – Por volta das 13h58, o dólar operava em queda de 0,33% cotado a R$ 5,4230 na venda. Com o real contrariando tendência internacional de aversão a risco, desencadeada na véspera após sinalização mais dura do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, e apresentando o melhor desempenho global no dia em meio a expectativas de juros mais altos no Brasil.

Yellen diz que juros baixos e dívida administrável dos EUA continuarão após pandemia

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na sexta-feira (21) acreditar que as forças econômicas que mantiveram a taxa de juros baixa nas últimas décadas continuará após o fim da pandemia de Covid-19, o que ajudará a manter a dívida dos EUA manejável.

Yellen afirmou em uma sessão virtual do Fórum Econômico Mundial que, embora a proporção entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) esteja maior do que no passado, a carga de juros “é muito administrável”.

As políticas fiscais do governo Biden, que combinam planos de gastos adicionais com aumentos de impostos, são “projetadas para garantir que esses pagamentos de juros permaneçam gerenciáveis ​​e que a dívida em relação ao PIB se estabilize em níveis controláveis ​​no longo prazo”.

Presidente eleito do Chile anuncia gabinete moderado; atual chefe do BC vai liderar Fazenda

O presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, nomeou um gabinete moderado para seu futuro governo, com o atual chefe do Banco Central assumindo o comando das finanças públicas, opção que foi bem recebida pelos mercados.

O presidente de 35 anos qualificou sua formação ministerial como “diversa”, com pessoas de origens e formações distintas.

“Esse gabinete tem a missão de lançar as bases para as grandes reformas que nos propusemos realizar em nosso programa”, disse ele após anunciar os nomes de seus futuros ministros.

Nos últimos dias, começaram especulações sobre a ida do respeitado economista Mario Marcel, que está à frente do banco central desde 2016, ao Ministério da Fazenda, o que foi saudado pelos mercados financeiros.

“A nomeação de pessoas como Marcel vem fortalecer a ideia de que é um processo de mudança, não repentino, mas lento. Tem mais lógica no sentido de que mudanças radicais são muito mais complexas”, disse Miguel Angel López, professor da Universidade do Chile.

Marcel, um especialista moderado ligado ao Partido Socialista, embora sem militância, terá entre seus desafios promover uma reforma tributária prometida por Boric.

“Assumimos com enorme carinho e energia o desafio de consolidar a recuperação da nossa economia sem reproduzir suas desigualdades estruturais. Estamos falando de um crescimento sustentável acompanhado de uma justa redistribuição de riqueza”, disse o jovem líder em seu discurso.

Para o Ministério do Interior, Boric nomeou sua aliada e chefe de campanha, a médica Izkia Siches, que teve participação pública de destaque como presidente do Colégio Médico do Chile durante a pandemia de Covid-19.

Já Marcela Hernando, ex-prefeita e parlamentar do Partido Radical na região de Antofagasta, foi indicada como ministra de Mineração.

Fed pode recorrer a venda direta de ativos para reduzir balanço, diz Credit Suisse

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode recorrer à venda ativa de títulos para reduzir seu balanço patrimonial como parte dos planos para combater a inflação persistente, disse um analista do Credit Suisse em relatório.

O balanço do Fed praticamente dobrou de tamanho durante a pandemia para quase 9 trilhões de dólares, conforme o banco comprou títulos para ajudar a manter baixas as taxas de juros de longo prazo e apoiar a economia.

Mas isso levou ao aumento da inflação, alavancagem excessiva e altas avaliações (ou “valuations”, em inglês) em certos segmentos do mercado de ações.

As rodadas anteriores de aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês), uma reversão do programa de compra de títulos do banco central, foram lentas, mas desta vez o Fed pode se mover de forma mais agressiva, disse Zoltan Pozsar, analista do Credit Suisse, em relatório do final da semana passada.

“Da última vez, o QT era para ser como ‘ver tinta secar’, lento e constante. Desta vez, é mais sobre raspar a tinta da parede, o afresco pintado durante os dois primeiros anos da pandemia está ultrapassado”, disse.

A última vez que o banco central embarcou numa redução de seu balanço patrimonial, em 2018, ele fez isso ao permitir que vários títulos vencessem sem que reinvestir os recursos em novos títulos.

Desta vez, “vendas diretas de ativos, se a inflação, exuberância ou uma inversão de curva assim exigirem, não são de todo improváveis”, disse Pozsar.

Investidores têm se concentrado em uma reunião de política monetária do Fed desta semana e procurarão pistas sobre se o banco central acelerará o fim de seu programa de compra de títulos e quando, provavelmente, começará a reduzir o tamanho de seu balanço.

Câmara dos EUA pede informações de empresas de carnes sobre preços crescentes

O presidente do subcomitê de política econômica e de consumo da Câmara dos Deputados dos EUA enviou uma carta na terça-feira (25) às principais empresas de produtoras de carne dos EUA, em busca de informações sobre o aumento dos preços e lucros.

O grupo de empresas inclui Tyson Foods (NYSE:TSN), JBS (SA:JBSS3) Foods e National Beef and Seaboard.

Raja Krishnamoorthi, presidente do subcomitê, pediu informações sobre aumentos de preços de produtos de carne bovina, suína e de frango, disse o subcomitê na terça-feira (25).

“Embora algumas empresas possam alegar que os altos preços que alimentam esses lucros descomunais são explicados por custos mais altos de insumos, os dados de lucros contam uma história diferente”, disse Krishnamoorthi.

“Estou profundamente preocupado que os conglomerados de processamento de carne possam ter se engajado em práticas comerciais predatórias, em detrimento dos consumidores, durante a pandemia”, acrescentou.

Krishnamoorthi pediu informações e documentos de cada uma das empresas até 8 de fevereiro, com explicações sobre a decisão de aumentar os preços de seus produtos apesar do aumento dos lucros. Ele também pediu que as empresas expliquem o que planejam fazer para baixar os preços no próximo ano.

Ele disse que as margens de lucro líquido das quatro maiores empresas frigoríficas dispararam mais de 300% desde o início do surto de Coronavírus e acusou as empresas de aumentar seus lucros “às custas das famílias americanas”.

Assessores econômicos da Casa Branca disseram no mês passado que as maiores empresas de carnes, usando seu poder de mercado no altamente consolidado mercado dos EUA para aumentar os preços da carne, triplicaram suas próprias margens de lucro líquido desde o início da pandemia de Covid-19.

A Casa Branca, pressionada pelos republicanos pelo aumento da inflação, está lutando para combater o aumento dos preços eliminando os bloqueios da cadeia de suprimentos e enfrentando o que considera práticas não competitivas das grandes empresas, que estão reportando grandes ganhos enquanto os consumidores sofrem.

Biden ameaça impor sanções pessoais a Putin se a Rússia invadir a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na terça-feira (25) que considera impor sanções pessoais ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, se a Rússia invadir a Ucrânia. Horas depois, o governo britânico disse que não descarta fazer o mesmo.

O governo russo respondeu na quarta-feira (26) e afirmou que qualquer medida contra Putin seria politicamente destrutiva, mas não dolorosa. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os políticos dos EUA que falam sobre possíveis sanções pessoais contra o presidente russo não têm conhecimento especializado suficiente sobre o assunto.

A rara ameaça pessoal ocorre em meio à escalada de tensão no leste europeu, com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) posicionando tropas, navios e caças na região, em resposta ao acúmulo de tropas russas e exercícios militares perto de sua fronteira com a Ucrânia.

A Rússia insiste que não planeja invadir a Ucrânia e diz que a crise na região está sendo impulsionada por ações da Otan e dos EUA. Putin vê a ex-república soviética como essencial na geopolítica da região e um “amortecedor” entre a Rússia e os países da Otan, e, por isso, exige que a o bloco político-militar garanta que a Ucrânia jamais fará parte do grupo.

A Otan é uma aliança político-militar dos EUA e do Canadá com países europeus que foi fundada em 1949, durante a Guerra Fria, para inibir o avanço da União Soviética na Europa e para proteger mutuamente os países-membros (pelo tratado, se um membro for atacado os demais são obrigados a reagir).

A previsão de crescimento da nuvem da Microsoft também é um bom presságio para os rivais de tecnologia

Após um breve susto, a Microsoft garantiu aos investidores de tecnologia que a categoria de negócios de nuvem corporativa na Internet tem muito espaço para crescer.

As ações da gigante de software e serviços caíram até 6% na terça-feira (25), depois que ela relatou um crescimento abaixo do esperado em seus negócios de nuvem. Mas eles se recuperaram depois que a Microsoft estabeleceu uma meta de crescimento à frente de Wall Street no trimestre atual, apagando as perdas anteriores após o expediente para negociar 3% acima do preço de fechamento.

Os executivos preveem receita para a unidade Intelligent Cloud da Microsoft de US$ 18,75 bilhões a US$ 19 bilhões para o terceiro trimestre, em comparação com um consenso de Wall Street de US$ 18,15 bilhões, segundo dados da Refinitiv.

“Acreditamos que isso pode começar a mudar a maré do sentimento na tecnologia”, disse David Wagner, gerente de portfólio da Aptus Capital Advisors. A orientação da Microsoft foi “sólida e robusta e espero que alivie as preocupações de Wall Street sobre o poder de ganho de tecnologia”, acrescentou.

Os números do trimestre encerrado em dezembro jogaram com os temores dos investidores de tecnologia de que o crescimento nos negócios de nuvem, entre os mais fortes nos segmentos da indústria de tecnologia, estivesse desacelerando.

A confiança prospectiva da Microsoft, além de sua receita para o segundo trimestre superando as estimativas, ajudou a combater uma reação contra as ações de tecnologia que levou a oscilações nos preços das ações.

O analista da Jefferies, Brent Thill, disse que a aceleração da nuvem e as reservas comerciais destacadas pela diretora financeira da Microsoft, Amy Hood, ajudaram a “salvar o Nasdaq”.

Banco Central do Canadá mantém taxa básica de juros, mas retira forward guidance

O Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês) informou que decidiu manter a taxa básica de juros em 0,25% ao ano, mas retirou seu forward guidance atual. De acordo com decisão publicada na quarta-feira (26), os dirigentes consideraram que, embora a Covid-19 continue a afetar a atividade econômica, a folga global da economia foi absorvida, satisfazendo assim a condição descrita nas orientações futuras do banco sobre sua política monetária.

“O Conselho decidiu finalizar o seu compromisso extraordinário de manter a taxa básica de juros no limite inferior efetivo. Olhando para o futuro, o Conselho espera que as taxas de juros precisem aumentar, com o momento e o ritmo desses aumentos guiados pelo compromisso do Banco de atingir a meta de inflação de 2%”, destaca o documento.

Os dirigentes observaram que, no Canadá, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo semestre de 2021 parece ter sido ainda mais forte do que o esperado. Dessa forma, eles esperam que a economia do país cresça 4% em 2022 e cerca de 3,5% em 2023. “A variante Ômicron está pesando na atividade no primeiro trimestre. Embora seu impacto econômico dependa da rapidez com que essa onda passe, espera-se que seja menos grave do que as ondas anteriores. Espera-se então que o crescimento econômico se recupere e permaneça robusto ao longo do horizonte de projeção, liderado pelos gastos dos consumidores em serviços e apoiado pela força das exportações e do investimento empresarial”, afirma.

Com relação à inflação, o banco espera que ela diminua para cerca de 3% até o final deste ano e, em seguida, se aproxime da meta ao longo do período de projeção, sendo que “o Banco usará suas ferramentas de política monetária para garantir que expectativas de inflação de curto prazo mais altas não sejam incorporadas à inflação em curso”.

Os dirigentes também decidiram manter as participações de títulos no balanço patrimonial constantes, até que se comece a aumentar a taxa de juros.

Fed mantém juros dos EUA, mas está se preparando para elevação “em breve”

O Federal Reserve está se preparando para aumentar as taxas de juros, de acordo com a atualização de política monetária divulgada após a reunião de quarta-feira (26). A autarquia manteve as taxas no intervalo de 0% a 0,25% por enquanto.

“Com a inflação bem acima de 2% e um mercado de trabalho forte, o Comitê espera que em breve seja apropriado aumentar a faixa da meta para a taxa de fundos federais”, disse o comunicado do Fed.

Na coletiva de imprensa após a reunião Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que a primeira alta de juros deve ocorrer na reunião do mês de março, caso as condições sejam apropriadas.

Ainda no documento, o Fed afirmou que espera reduzir a sua carteira de ativos com o tempo de uma “maneira previsível, primariamente ao ajustar quantias de principal reinvestido”.

“O Comitê está preparado para ajustar qualquer um dos detalhes de sua abordagem para reduzir o tamanho do balanço à luz dos desenvolvimentos econômicos e financeiros”, diz o comunicado.

Após o fim de seu programa de estímulo e a elevação das taxas de juros, a redução de seu enorme balanço patrimonial é o próximo item da lista de tarefas do Fed. O banco central afirmou que só espera começar a focar na redução do balanço após o início das altas de juros.

Ao longo do tempo, o balanço patrimonial de quase US$ 9 trilhões do Fed não apenas seria reduzido, mas deve se afastar dos títulos lastreados em hipotecas e focaria os Treasuries, “minimizando assim o efeito das participações do Federal Reserve na alocação de crédito entre setores da economia”.

O Fed citou recentes e “sólidos” ganhos no mercado de trabalho que continuaram mesmo quando o surto da variante Ômicron do Coronavírus levou os números diários de casos a níveis recordes, e disse que segue esperando que melhorias nas cadeias de suprimentos globais amenizem a inflação.

Durante a coletiva de imprensa, Powell afirmou que a nova variante do Coronavírus paralisou a economia nas últimas semanas.

Entretanto, ele disse que, se a variante passar rapidamente, as implicações econômicas devem ser pequenas, mas que “não é possível prever com muita confiança a trajetória da política monetária”.

Powell afirmou que a economia não precisa mais de níveis altos de apoio pela política monetária considerando os níveis de emprego e inflação, com a avaliação de que os Estados Unidos atingiram o chamado “pleno emprego”, e que o Fed está observando “cuidadosamente” para ver ser a economia está evoluindo como o esperado.

O presidente da autarquia disse que a inflação estava mais disseminada pela economia, com problemas de oferta mais persistentes que o previsto, mas que ela deve cair nos Estados Unidos até o fim de 2022.

Nesse sentido, ele afirmou que o cenário econômico “segue altamente incerto, e requer humildade”, e que o Fed continuará atento a possíveis riscos para a economia.

O banco central cortou as taxas para quase zero em março de 2020, quando a pandemia colocou a economia dos EUA em crise.

No mês passado, o Fed sinalizou que aumentaria as taxas de juros várias vezes ao longo de 2022. Os investidores esperam que o primeiro aumento da taxa ocorra na próxima reunião do Fed em março.

As expectativas do mercado para um aumento da taxa em março estavam em quase 90% na tarde de quarta-feira, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

Em novembro, o Fed também anunciou o fim do estímulo da era da pandemia e acelerou a reversão de suas compras de ativos no mês seguinte.

O Banco continuará reduzindo sua onda mensal de compras de ativos e a encerrará no início de março, segundo a ata.

Mercado acionário europeu

Na segunda-feira (24), as bolsas europeias fecharam em forte queda, em meio à aversão ao risco geral nos mercados internacionais. Investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (26), enquanto avaliam o iminente conflito geopolítico na Ucrânia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 3,81%, a 456,36 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve queda de 3,97%, a 6.787,79 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve queda de 3,80%, a 15.011,13 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 2,75%, a 5.429,40 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve queda de 3,18%, a 8.417,80 pontos. O índice FTSE 100 teve queda de 2,63%, a 7.297,15 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas europeias fecharam a maioria em alta, em um movimento de recuperação parcial das perdas registradas recentemente. Investidores seguem monitorando questões geopolíticas na Ucrânia e se preparam para decisão monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central da maior economia do mundo, a ser divulgada na quarta-feira (26). O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,71%, a 459,59 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,74%, a 6.837,96 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,75%, a 15.123,87 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve queda de 0,38%, a 5.408,58 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 0,73%, a 8.479,50 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 0,83%, a 7.371,46 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas europeias fecharam em alta, investidores se posicionam à espera da decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e seguem monitorando o potencial conflito entre Rússia e Ocidente. Falas de dirigente do Banco Central Europeu também estiveram no radar. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 1,68%, a 467,31 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 2,11%, a 6.981,96 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 2,22%, a 15.459,39 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 2,12%, a 5523,48 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,66%, a 8.620,20 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,33%, a 7.469,78 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas europeias fecharam em alta, os investidores repercutem ainda balanços de empresas norte-americanas divulgados na quarta-feira (26) e também seguem atentos aos desdobramentos de tensões geopolíticas entre Ucrânia e Rússia. O índice pan-europeu Stoxx 600 teve alta de 0,53%, a 469,80 pontos. Na bolsa de Paris, o índice CAC 40 teve alta de 0,60%, a 7.023,80 pontos. Em Frankfurt o índice DAX teve alta de 0,42%, a 15.524,27 pontos. O índice PSI 20 de Lisboa teve alta de 0,70%, a 5.562,04 pontos. Em Madri, o IBEX 35 teve alta de 1,00%, a 8.706,00 pontos. O índice FTSE 100 teve alta de 1,13%, a 7.554,31 pontos.

Ministros da Defesa da Rússia e do Reino Unido vão se reunir para discutir crise com Ucrânia

O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, aceitou um convite para se encontrar com seu colega britânico Ben Wallace para discutir a crise na fronteira Rússia-Ucrânia, informou uma fonte de defesa do Reino Unido no sábado (22).

“O secretário de Defesa está satisfeito que a Rússia tenha aceitado o convite para falar com seu colega”, informou a fonte.

“Desde que a última reunião bilateral entre nossos dois países ocorreu em Londres em 2013, o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, propôs um encontro em Moscou”, acrescentou.

Do lado britânico, “o ministro deixou claro que exploraria todos os caminhos para alcançar a estabilidade e resolver a crise ucraniana”, acrescentou a fonte, que especificou que ainda está “em comunicação com o governo russo” sobre os detalhes.

O anúncio da reunião bilateral acontece no momento de alívio entre o Ocidente e Moscou, que começou na sexta (21), após várias semanas de conversas em Genebra entre os chefes da diplomacia russa e americana, Serguei Lavrov e Antony Blinken.

Ambos concordaram em continuar as conversas “francas” na próxima semana, trazendo ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, a esperança de que uma invasão russa ou incursão militar na Ucrânia “não aconteça”.

O Ocidente acusa a Rússia de concentrar dezenas de milhares de soldados na fronteira para preparar um ataque.

O Kremlin nega qualquer intenção bélica, mas condiciona a redução das hostilidades a tratados que garantam a não expansão da Otan, em particular para a Ucrânia, bem como a retirada da Aliança Atlântica do Leste Europeu.

Algo que os ocidentais consideram inaceitável e ameaçam a Rússia com duras sanções em caso de ataque.

Portugueses vão às urnas em eleições legislativas antecipadas

Os portugueses foram às urnas no domingo (23) e começam a votar antecipadamente para as eleições legislativas de 30 de janeiro.

O pleito foi convocado pelo presidente conservador Marcelo Rebelo de Sousa, depois que o atual primeiro-ministro António Costa, eleito em 2019, não conseguiu aprovação da proposta do Orçamento do Executivo para 2022, em votação no Parlamento, em outubro.

As cabines de votação abriram às 8h locais (5h em Brasília) para receber os 315 mil eleitores aptos a votar.

O primeiro-ministro António Costa é o favorito para vencer essas eleições, com 38% das intenções de voto, contra 30% para o principal partido de oposição de centro-direita, o Partido Social Democrata (PSD) do ex-prefeito do Porto, Rui Rio. De acordo com várias pesquisas eleitorais, a tendência dos últimos dias, no entanto, indica uma queda da diferença entre as duas forças.

O partido de extrema direita Chega, que entrou no Parlamento com apenas um deputado, em 2019, pode se tornar a terceira força política do país, com quase 7% dos votos. Liderado por André Ventura, o Chega está lado a lado com facções da esquerda radical que levaram António Costa ao poder, em 2015: o Bloco de Esquerda e a coalizão comunista-verde.

Socialista pragmático, António Costa chegou ao poder graças à esquerda radical, mas sempre teve a ambição de governar sozinho. As pesquisas mostram, contudo, que nenhum partido ganhará a maioria absoluta dos assentos no Parlamento. 

“É provável que se mantenha o atual equilíbrio de forças”, analisa o cientista político José Santana Pereira, da Universidade de Lisboa. O pesquisador acrescenta que será “complicado” para Costa formar “um governo estável” sem os partidos da esquerda radical.

No entanto, “António Costa é um político nato e, aos olhos do eleitorado, está mais bem preparado que Rui Rio”, muito contestado em seu próprio campo, observa a analista Marina Costa Lobo.

Durante o primeiro mandato de Costa, o país experimentou quatro anos de crescimento econômico que permitiram reverter a política de austeridade implementada após a crise da dívida de 2011, ao mesmo tempo em que registrou o primeiro superávit orçamentário da história recente de Portugal.

Votação para presidente da Itália termina em impasse; líderes buscam acordo

Parlamentares italianos não conseguiram eleger um novo presidente em uma votação secreta inicial na segunda-feira (24), e líderes partidários se reuniram nos bastidores para tentar chegar a um consenso sobre um candidato e evitar a instabilidade política.

O primeiro-ministro Mario Draghi continua sendo o candidato favorito, mas as preocupações de que sua promoção a chefe de Estado possa desorganizar seu governo de coalizão e desencadear eleições nacionais antecipadas complicaram suas chances.

Uma segunda rodada de votação será realizada na terça-feira (25), depois que a maioria dos 1.008 “grandes eleitores” votaram em branco nesta segunda-feira em uma votação que durou quase cinco horas.

Embora em grande parte cerimonial, o cargo presidencial italiano também é altamente influente, com o chefe de Estado frequentemente chamado para resolver crises políticas na terceira maior economia da zona do euro, onde os governos sobrevivem em média apenas um ano.

Draghi tem deixado claro que gostaria do cargo, mas importantes partidos ainda não o endossaram, temendo que sua decisão possa atrapalhar a luta contra a Covid-19 e prejudicar os esforços para receber bilhões de euros dos fundos da UE de ajuda com a pandemia.

“Estou trabalhando para garantir que nas próximas horas a centro-direita ofereça não apenas uma, mas várias propostas de qualidade”, disse o líder de direita da Liga, Matteo Salvini, na noite de segunda-feira (24), sugerindo que não há consenso pelo nome de Draghi.

O vencedor precisa de uma maioria de dois terços em qualquer um dos três primeiros turnos de votação, e depois disso uma maioria simples é suficiente.

Se Draghi se tornar chefe de Estado, um acordo sobre quem deveria substituí-lo como primeiro-ministro seria imediatamente necessário para evitar uma paralisia política prolongada.

Reino Unido retira exigência de teste de Covid para viajantes vacinados a partir de 11 de fevereiro

Viajantes totalmente vacinados que chegam ao Reino Unido não precisarão mais fazer o teste de Covid-19, disse o secretário dos Transportes, Grant Shapps, conforme o governo estabelece planos para ir além das restrições e conviver com o vírus.

Atualmente, as pessoas vacinadas que chegam ao Reino Unido são obrigadas a fazer um teste dentro de 2 dias após a chegada. Em algumas situações, o governo também exigia que todos os passageiros fizessem testes antes de partir para o Reino Unido.

“Prometemos que não manteríamos essas medidas em vigor um dia a mais do que o necessário e é óbvio para mim agora que os testes de fronteira para viajantes vacinados perderam sua utilidade”, disse Shapps ao Parlamento.

A partir de 11 de fevereiro, os passageiros que estiverem chegando ao Reino Unido totalmente vacinados só passarão por verificação de seu status em um formulário de passageiros, disse ele. Por enquanto, a vacinação completa não incluirá o requisito de ter recebido uma dose de reforço. Menores de 18 anos são tratados como passageiros totalmente vacinados.

Aqueles que não se qualificarem como totalmente vacinados não precisarão mais se isolar ou fazer um teste no oitavo dia. Eles ainda terão que fornecer prova de um teste de Covid-19 negativo antes de viajar e fazer um teste de PCR depois de chegar ao Reino Unido, segundo o secretário.

“Este é um sistema proporcional que nos aproxima da normalidade, mantendo as proteções vitais à saúde pública”, disse Shapps.

Partido de extrema direita cresce nas pesquisas e pode se firmar como 3ª força política em Portugal

Nas últimas eleições legislativas, em 2019 a extrema direita conseguiu, pela primeira vez, fincar o pé no Parlamento português com a entrada de um deputado do partido Chega. Se confirmarem os prognósticos das pesquisas de opinião, a legenda, que tem de 6% a 8% das intenções de voto, será elevada à terceira força política do país no próximo domingo (30).

A ascensão preocupa os dois principais partidos, Socialista (PS) e Social-Democrata (PSD), que, de antemão, rejeitam qualquer sociedade com a legenda de extrema direita. Mas o deputado André Ventura, presidente do Chega, se mostra confiante de que atuará como uma peça essencial na formação do novo governo.

Controverso por declarações racistas e xenófobas e pela defesa do retorno da pena de morte e da castração química para pedófilos, Ventura, de 39 anos, avisa: o Chega não quer ser “um partido muleta, que está no Parlamento apenas para levantar e abaixar a mão”. Com a perspectiva de obter mais cadeiras, quer também fazer parte do Executivo e ganhar ministérios. Mais do que isso, como ele diz, seu propósito é transformar a direita portuguesa.

Os socialistas, liderados pelo premiê António Costa, estão à frente nas pesquisas, seguidos pelos socialdemocratas. O chefe do governo foi forçado a antecipar as eleições por perder apoio dos partidos de esquerda na votação do Orçamento. Após funcionar por seis anos, a famosa Geringonça, aliança inédita entre PS, PCP, Bloco de Esquerda e Verdes, ruiu.

A saída mais viável para o Chega seria entrar em uma coligação com legendas de espectro conservador, uma espécie de “gerigonça de direita”, entre PSD, CDS (Centro Democrático Social, inspirado na democracia-cristã) e o Iniciativa Liberal. Mas os mais de 30 debates entre duplas de candidatos deixaram claro que ninguém quer se aliar ao partido. E Ventura não faz por menos.

No confronto com Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, chamou seis vezes o partido de “direita mariquinhas”. Com Rui Rio, do PSD, foi incisivo: “Por que não quer o Chega?” Ouviu como resposta que o partido é instável e radical. “A negociação não pode chegar nunca a uma situação de coligação em que haja ministros do Chega ou que vá violentar os nossos princípios”, explicou Rio.

Reino Unido diz não descartar sanções ao russo Vladimir Putin

O Reino Unido não descarta sanções contra o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, se a Rússia invadir a Ucrânia, disse a secretária de Relações Exteriores, Liz Truss, na quarta-feira (26).

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na terça-feira (25) que consideraria sanções pessoais a Putin se a Rússia invadir a Ucrânia, já que líderes ocidentais intensificaram os preparativos militares e fizeram planos para proteger a Europa de um possível choque no fornecimento de energia.

A Rússia reuniu mais de 100.000 soldados ao redor da Ucrânia e o Ocidente teme que possa invadir na tentativa de anexar sua ex-república soviética.

Questionado sobre possíveis sanções a Putin, Truss disse à Sky: “Não estamos descartando nada”.

“Vamos apresentar uma nova legislação para tornar nosso regime de sanções mais rígido, para que possamos atingir mais empresas e indivíduos na Rússia. Iremos antecipar isso nos próximos dias. Não estou descartando isso.”

Truss disse que o Reino Unido estava fornecendo armas defensivas para a Ucrânia.

A Rússia disse repetidamente que não tem intenção de invadir a Ucrânia, que pode enviar tropas para onde quiser em seu próprio território e que o Ocidente está dominado pela russofobia.

UE desafia Egito na OMC sobre registro de importação

A União Europeia desafiou o Egito na Organização Mundial do Comércio na quarta-feira (26) em relação a um sistema de registros de importação que o bloco diz ser uma restrição a uma vasta gama de mercadorias, de produtos agrícolas a eletrodomésticos.

A Comissão Europeia disse que o processo de registro é arbitrário e pode levar anos. As autoridades egípcias deixaram de processar os pedidos de muitas empresas do bloco por longos períodos, acrescentou.

“Essas restrições de importação são ilegais sob as regras da OMC e lamentamos que o Egito não tenha agido para removê-las, apesar de nossos repetidos pedidos e esforços para resolver esse problema”, disse o comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, em comunicado.

O Ministério do Comércio do Egito disse que o sistema de registro foi implementado para controle de qualidade e enfatizou “seu compromisso com as regras e a legislação que regula o comércio internacional”.

“O governo egípcio está interessado em fortalecer seus laços econômicos com a UE, um dos parceiros comerciais mais importantes do Egito”, disse um funcionário do Ministério do Comércio em comunicado.

O registro é necessário para produtos agrícolas e alimentícios, cosméticos, brinquedos, têxteis, vestuário, eletrodomésticos, móveis e revestimentos cerâmicos, disse o executivo da UE.

Esse tipo de processo na OMC começa com um período formal de consultas entre as partes. Se eles não resolverem a disputa, a UE pode solicitar que um painel da OMC se pronuncie sobre o assunto.

Confiança do consumidor alemão deve ter leve melhora em fevereiro, aponta GfK

A confiança do consumidor alemão deve melhorar levemente em fevereiro, à medida que as famílias esperam por uma melhora nas tendências de preços e um possível abrandamento da situação da pandemia durante a primavera no Hemisfério Norte, mostrou uma pesquisa na quinta-feira (27).

O instituto GfK informou que seu índice de confiança do consumidor, baseado em uma pesquisa com cerca de 2 mil alemães, subiu para -6,7 pontos para fevereiro, ante leitura revisada de -6,9 pontos no mês anterior, a primeira alta após dois meses seguidos de queda.

Analistas consultados pela Reuters previam queda do índice para -7,8.

Consumidores estão mais uma vez mostrando certo otimismo no início do ano, com expectativas melhores para a economia e renda, bem como uma maior propensão a comprar, disse o GfK.

“Em particular, eles estão esperando por um leve alívio nas tendências de preços, já que em janeiro de 2022 o efeito de base resultante da reversão do corte do IVA, em janeiro de 2021, mitigará a taxa de inflação em algum grau”, disse o especialista em consumo do GfK, Rolf Buerkl, em comunicado.

“No entanto, as expectativas de preços para os consumidores permanecem significativamente mais altas do que nos últimos anos”, disse Buerkl.

Ele acrescentou que especialistas supõem que a situação da pandemia diminuirá durante a primavera local, o que pode levar ao fim de várias restrições.

A pesquisa ocorreu de 6 a 17 de janeiro, antes que a Alemanha ampliasse suas medidas para contenção da pandemia em meio aos casos crescentes da variante Ômicron do Coronavírus, que é de rápida disseminação.

Mercado acionário na Ásia

Na segunda-feira (24), as bolsas asiáticas fecharam a maioria em alta, após uma semana de robustas perdas em Nova York e na expectativa para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). O índice Xangai teve alta de 0,04%, a 3.524,11 pontos. O índice japonês Nikkei teve alta de 0,24%, a 27.588,37 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,24%, a 24.656,46 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,16%, a 4.786,74 pontos.

Na terça-feira (25), as bolsas asiáticas fecharam em queda, após um pregão volátil na segunda-feira (24) em Wall Street marcado por temores relacionados à perspectiva de aperto monetário nos EUA e a um possível conflito entre Ucrânia e Rússia. O índice Xangai teve queda de 2,58%, a 3.433,06 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 1,66%, a 27.131,34 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,67%, a 24.243,61 pontos. O índice CSI300 teve queda de 0,23%, a 4.678,45 pontos.

Na quarta-feira (26), as bolsas asiáticas fecharam mistas, já que muitos investidores ficaram à margem dos negócios antes do desfecho da reunião do Federal Reserve, hoje à tarde, quando deve indicar quão agressiva (“hawkish”) será a condução da política monetária norte-americana no combate à inflação. O índice Xangai teve alta de 0,66%, a 3.455,67 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 0,44%, a 27.011,33 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve alta de 0,19%, a 24.289,90 pontos. O índice CSI300 teve alta de 0,72%, a 4.712,31 pontos.

Na quinta-feira (27), as bolsas asiáticas fecharam em forte queda, após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deixar claro ontem que pretende começar a elevar juros a partir de março. O índice Xangai teve queda de 1,78%, a 3.394,25 pontos. O índice japonês Nikkei teve queda de 3,11%, a 26.170,30 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,99%, a 23.807,00 pontos. O índice CSI300 teve queda de 1,96%, a 4.619,88 pontos.

Banco Central chinês corta taxa de recompra reversa de 14 dias

O Banco Central da China reduziu o custo de financiamento de recompras reversas de 14 dias ao injetar 150 bilhões de iuanes (23,68 bilhões de dólares) no sistema bancário por meio da ferramenta de liquidez na segunda-feira (24).

A taxa de recompra reversa de 14 dias foi reduzida em 10 pontos básicos, para 2,25%, de 2,35% anteriormente.

O Banco do Povo da China, em comunicado online, disse que isso visa “manter uma liquidez estável antes do Ano Novo Lunar”.

O feriado de uma semana começa em 31 de janeiro.

A redução nos juros de recompras reversas de 14 dias não foi uma surpresa, disseram operadores, pois o banco central já havia reduzido uma série de taxas de empréstimo de curto e médio prazo na semana passada.

China testa 2 milhões em Pequim e suspende bloqueio Covid-19 em Xi’an

Um novo surto em Pequim levou as autoridades a testar milhões e impor novas medidas duas semanas antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, mesmo quando as autoridades chinesas suspenderam na segunda-feira (24) um bloqueio de um mês na cidade de Xi’an, no Norte, e seus 13 milhões. moradores.

Apesar da queda no número de casos, os controles da pandemia foram intensificados antes das Olimpíadas, onde todos os participantes devem ser testados antes e depois de sua chegada a Pequim.

Na capital, os 2 milhões de moradores do distrito de Fengtai foram submetidos a testes após a descoberta de mais de três dezenas de casos na capital. Testes direcionados estavam sendo conduzidos em comunidades residenciais em seis outros distritos.

O governo disse às pessoas em áreas de Pequim consideradas de alto risco de infecção que não saíssem da cidade depois que 25 casos foram encontrados em Fengtai e 14 em outros lugares. Moradores fizeram fila no domingo em calçadas cobertas de neve em clima congelante para testes.

O anúncio da cidade de Xi’an na segunda-feira (24) seguiu o reinício dos voos comerciais da cidade no fim de semana. O principal centro de turismo e antiga capital imperial, famosa por abrigar o exército da estátua do Guerreiro de Terracota, lutou para levar comida para alguns moradores nos primeiros dias do bloqueio, depois que as pessoas ficaram confinadas em suas casas.

Xi’an tem sido uma pedra angular da estratégia de “tolerância zero” do Partido Comunista em relação ao Covid-19, que exige bloqueios, restrições de viagem e testes em massa sempre que um caso é descoberto.

Xi’an fica a cerca de 1.000 quilômetros (600 milhas) a sudoeste de Pequim, onde as Olimpíadas começam em 4 de fevereiro.

O acesso a Xi’an foi suspenso em 22 de dezembro após um surto atribuído à variante Delta do Coronavírus.

Indonésia e Cingapura assinam acordos chave de defesa e extradição

Indonésia e Cingapura assinaram na terça-feira (25) uma série de acordos que abrangem extradição, defesa e gestão do espaço aéreo no que é visto como um “grande passo adiante” nas relações entre os dois vizinhos do Sudeste Asiático.

Os acordos foram assinados por ministros de alto escalão após uma reunião entre o presidente Joko Widodo e o primeiro-ministro Lee Hsien Loong na ilha de Bintan, na Indonésia, como parte do retiro anual de seu líder.

“Hoje, nossas relações bilaterais dão um grande passo à frente”, disse Lee durante um comunicado de imprensa conjunto transmitido no canal do YouTube da Secretaria de Estado da Indonésia.

Ambos os países concordaram em realinhar a fronteira de suas respectivas regiões de informação de voo, fortalecendo ainda mais a cooperação e promovendo uma interação mais próxima entre suas forças armadas por meio de um acordo de cooperação em defesa.

“No futuro, esperamos que a cooperação na aplicação da lei, segurança da aviação, bem como defesa e segurança dos dois países continue a ser fortalecida com base no princípio do benefício mútuo”, disse Widodo.

Fitri Bintang, pesquisadora do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais em Jacarta, disse ao Arab que os marcos de hoje são “sinais de amadurecimento das relações” entre a Indonésia e Cingapura.

Os dois países também assinaram um acordo de extradição, segundo o qual podem conceder a extradição de fugitivos por uma lista abrangente de crimes cometidos até 18 anos atrás.

“O tratado de extradição aumentará a cooperação no combate ao crime e enviará um sinal claro e positivo aos investidores”, disse Lee.

A ministra indonésia de Direito e Direitos Humanos, Yasonna Laoly, disse em comunicado que o tratado de extradição atuará como um impedimento para criminosos na Indonésia e em Cingapura.

“Se os dois países ratificarem o tratado de extradição em breve, as agências de aplicação da lei de ambos os países poderão fazer uso deste tratado para prevenir e combater crimes transnacionais como corrupção e terrorismo”, acrescentou.

A Indonésia já assinou tratados semelhantes com outros países da região, incluindo Malásia, Tailândia, Coreia do Sul e China.

Indonésia e Cingapura devem agora concluir seus respectivos processos internos de ratificação e entrada em vigor dos acordos, que para esses três acordos em particular, os funcionários acordados devem ocorrer simultaneamente.

Coreia do Norte dispara dois mísseis de cruzeiro suspeitos, diz Seul

A Coreia do Norte disparou dois supostos mísseis de cruzeiro na terça-feira (25), disse Seul, seu quinto teste de armas este ano, enquanto Pyongyang flexiona seus músculos militares enquanto ignora as ofertas de negociações dos EUA.

A última vez que a Coreia do Norte testou tantas armas em um mês foi em 2019, após o colapso das negociações de alto nível entre o líder Kim Jong Un e o então presidente dos EUA, Donald Trump.

Este ano, Pyongyang embarcou em uma nova enxurrada de testes contra sanções, incluindo mísseis hipersônicos, depois que Kim reafirmou seu compromisso com a modernização militar em um discurso importante do partido em dezembro.

Washington impôs novas sanções em resposta, levando Pyongyang a dobrar os testes de armas e insinuar na semana passada que poderia abandonar uma moratória autoimposta de anos sobre testes nucleares e de longo alcance.

“A Coreia do Norte disparou dois mísseis de cruzeiro suspeitos”, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em comunicado na terça-feira (25), sem dar mais detalhes.

Os mísseis de cruzeiro não são proibidos sob as atuais sanções da ONU contra a Coreia do Norte, e Seul nem sempre relata esses lançamentos em tempo real, como faz para testes de mísseis balísticos.

A última vez que se sabe que a Coreia do Norte testou um míssil de cruzeiro foi em setembro de 2021.

Índia emerge como o segundo maior parceiro comercial da Arábia Saudita

O 75º aniversário do estabelecimento de relações bilaterais entre a Índia e a Arábia Saudita viu os laços comerciais entre os dois parceiros estratégicos subirem a novos patamares. De acordo com a Autoridade Geral de Estatística, nos três primeiros trimestres de 2021, a Índia foi o segundo maior parceiro comercial da Arábia Saudita.

O Departamento de Comércio da Índia descobriu que para o ano fiscal atual (abril-novembro), o comércio entre os dois países foi de US$ 24,9 bilhões, um aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano passado. É especialmente animador notar que as tendências atuais sugerem que o comércio bilateral superará os níveis pré-pandemia. Outra conquista que vale a pena mencionar é que a Índia está a caminho de atingir sua meta global de exportação de US$ 400 bilhões estabelecida pelo primeiro-ministro Narendra Modi. Especificamente, as exportações indianas para a Arábia Saudita excederão confortavelmente a meta estabelecida.

Apesar da pandemia ter causado uma interrupção no movimento físico de delegações comerciais e de negócios de alto nível entre os dois países, o que era esperado após o estabelecimento do Conselho de Parceria Estratégica durante a visita de Modi à Arábia Saudita em outubro de 2019, o impulso de engajamento foi sustentado por meio de plataformas virtuais.

O Pilar Econômico e de Investimento do Conselho, co-presidido pelo ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, e pelo ministro indiano do Comércio e Indústria, Piyush Goyal, já teve reuniões em nível de altos funcionários e também sob cada um dos quatro Grupos de Trabalho Conjuntos: Indústria e Infraestrutura; Agricultura e Segurança Alimentar; TI e Tecnologia; e Energia.

Houve também vários desenvolvimentos positivos do lado do investimento. Cerca de 745 empresas indianas estão registradas como joint ventures ou entidades 100% de propriedade no Reino em outubro de 2021. Esses números se estendem por todos os setores e somam um capital investido acumulado de cerca de US$ 2 bilhões. Os investimentos sauditas na Índia tiveram um grande salto nos últimos dois anos, especialmente após a visita do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman à Índia em fevereiro de 2019, que elevou os investimentos sauditas na Índia para US$ 100 bilhões. Investimentos significativos incluem os investimentos do Fundo de Investimento Público em Reliance Retail Ventures e Reliance Jio.

A Índia continua sendo um destino de investimento de primeira linha e está a caminho de se tornar uma das três principais economias globais, com um PIB nominal de US$ 8 a 9 trilhões até 2030.

Cingapura atraiu US$ 11,8 bilhões em investimentos em 2021; mais de 17.000 novos empregos esperados nos próximos 5 anos

Cingapura atraiu US$ 11,8 bilhões em investimentos em ativos fixos em 2021, compromissos que devem criar mais de 17.000 empregos nos próximos cinco anos, disse o Conselho de Desenvolvimento Econômico (EDB) na quarta-feira (26).

O número foi uma queda acentuada em relação aos US$ 17,2 bilhões comprometidos em 2020, que o EDB descreveu como um “desempenho excepcional” que não esperava repetir em 2021.

Os números do ano passado estavam em linha com as metas do EDB de ter US$ 8 a US$ 10 bilhões em investimentos comprometidos anualmente no médio e longo prazo.

Os investimentos em ativos fixos referem-se ao investimento incremental de capital de uma empresa em instalações, equipamentos e máquinas.

Em seu relatório anual divulgado na quarta-feira (26), o EDB disse que uma implementação bem-sucedida de vacinação e a reabertura das viagens no segundo semestre do ano passado deram às empresas a confiança para investir e expandir aqui.

“Os fortes números de compromisso de investimento em 2021 são uma prova da reputação de Cingapura como um centro estratégico e um nó crítico da cadeia de suprimentos para empresas que fazem negócios na Ásia e no mundo”, disse o presidente do EDB, Beh Swan Gin.

“À medida que as economias reabrem e a conectividade é restaurada, nossa reputação de confiabilidade e neutralidade, nosso vibrante ecossistema de inovação e tecnologia, bem como nossa crescente base de talentos, nos ajudarão a capturar mais oportunidades econômicas para Cingapura”, disse Beh.

PetroVietnam culpa refinaria Nghi Son por corte de produção

A petrolífera estatal vietnamita PetroVietnam disse na quarta-feira (26) que a Nghi Son Refinery and Petrochemical, operadora da maior refinaria de petróleo do país, foi responsável pelo recente corte de produção na instalação.

“O conselho de administração do NSRP é responsável por sua decisão de cancelar dois embarques de petróleo bruto que colocam a refinaria em risco de fechamento”, disse a PetroVietnam em comunicado.

O NSRP não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

A Nghi Son cortou sua produção para 80% da capacidade e enfrenta uma possível paralisação a partir de meados de fevereiro devido a um desentendimento entre acionistas sobre o financiamento do petróleo bruto, disse uma fonte familiarizada com o assunto e a mídia estatal na terça-feira (25).

A PetroVietnam detém uma participação de 25,1% na refinaria de 200.000 barris por dia na província de Thanh Hoa. A japonesa Idemitsu Kosan Co tem uma participação de 35,1%, a mesma que a Kuwait Petroleum, enquanto a Mitsui Chemicals Inc detém 4,7% da empresa.

Relatos da mídia estatal disseram que a PetroVietnam não fez um pagamento antecipado sob o “Acordo de Compra de Produtos Combustíveis” (FPOA) que assinou com a refinaria, levando a dificuldades financeiras desta última.

A PetroVietnam disse que o pagamento não tem nada a ver com o corte de produção, acrescentando que está em negociações com outros acionistas para reestruturar a refinaria.

Egito vai concorrer à presidência do Fórum Global de Contraterrorismo

O Egito disse que pretende concorrer à presidência do Fórum Global de Contraterrorismo durante uma reunião de seu comitê de coordenação em março.

O Ministério das Relações Exteriores disse que a decisão reflete a vontade do Cairo de contribuir para fortalecer os esforços internacionais para combater o terrorismo.

O Egito é um dos países fundadores do fórum, que foi criado em 2011 e conta com 30 estados membros. Coopera estreitamente com organizações regionais e internacionais, incluindo a ONU.

O Egito copresidiu o Grupo de Trabalho de Capacitação na Região da África Oriental com a UE desde 2017 no âmbito do fórum.

Arábia Saudita criará órgão de localização para setor de energia, diz ministro

O In-Kingdom Total Value Add, ou IKTVA, começou na segunda-feira (24) em Dhahran, destacando o papel da gigante do petróleo em aumentar as oportunidades locais na Arábia Saudita.

O fórum de três dias, realizado no Dhahran Expo Center, na Província Oriental do Reino, apresentará oportunidades para empresas que estão “comprometidas em impulsionar o conteúdo local dentro da economia energética saudita”.

Lançado em 2015, o programa IKTVA estabeleceu o esforço da Aramco para aumentar a criação de valor doméstico como parte dos ambiciosos objetivos de transformação econômica do Reino.

“A medida de sucesso mais importante é o impacto que a IKTVA está causando na vida das pessoas; criando empregos, incentivando o aprendizado, ampliando as opções de carreira e melhorando o ambiente de negócios saudita”, segundo o site do evento.

O evento termina em 26 de janeiro.

A Aramco assinou sete acordos com empresas internacionais para impulsionar a localização da cadeia de suprimentos.

As empresas incluem Schlumberger, Larsen e Toubro, Sutherland, Honeywell e alfanar.

O presidente da Aramco e governador do Fundo de Investimento Público, Yasir Al-Rumayyan, disse que o conteúdo local na cadeia de suprimentos da Aramco aumentou de 35% para quase 60% desde que o programa IKTVA foi lançado em 2015.

“Para os muitos participantes locais e internacionais, a IKTVA está criando novas e ampliadas oportunidades de negócios e investimentos no Reino, incluindo oportunidades além do petróleo”, acrescentou.

O programa também ajudou a Aramco a aumentar seus esforços de saudação, aumentando o emprego de moradores locais para 50%, ou um em cada quatro funcionários da gigante do petróleo.

A taxa de emprego feminino na cadeia de suprimentos da Aramco mais que dobrou também, disse o presidente.

A Arábia Saudita estabelecerá um comitê de localização para o setor de energia “em breve”, disse o ministro de energia do Reino, príncipe Abdulaziz bin Salman, ao fórum.

Universidade islâmica será criada na América Latina

Associações islâmicas latino-americanas se reuniram recentemente na cidade de São Paulo para assinar um acordo para a criação da Universidade Islâmica da América Latina e do Caribe.

A instituição acadêmica permitirá que futuros líderes muçulmanos estudem em sua própria região, sem a necessidade de se mudar para países do Oriente Médio e outras nações muçulmanas.

Os imãs da América Latina vinham discutindo a ideia há anos. Agora, o Centro de Divulgação Islâmica do Brasil para a América Latina, conhecido pela sigla CDIAL, e o Conselho Supremo de Imãs e Assuntos Islâmicos na América Latina e Caribe finalmente tornaram isso possível.

O CDIAL e o conselho estabeleceram um acordo com a Universidade Islâmica de Minnesota, que fornecerá cursos e materiais acadêmicos para a nova instituição.

Inicialmente, terá sede em São Paulo, com aulas em português, e na Cidade do México, com aulas em espanhol.

“Estamos começando pelas cidades com maior número de potenciais alunos. Mas nossa ideia é que outros países criem suas próprias filiais no futuro”, disse o vice-presidente do CDIAL, Ziad Saifi, ao Arab.

Ele disse que o programa foi inspirado em cursos islâmicos tradicionais, como os oferecidos pela Universidade Islâmica de Madina, na Arábia Saudita, e pela Universidade Al-Azhar, no Egito.

“O objetivo da universidade não é apenas educar futuros xeques, mas qualquer pessoa que queira aprofundar seu conhecimento do Islã”, acrescentou.

A princípio, a universidade operará com ensino a distância, dado o crescente número de casos de Covid-19 na maioria dos países da América Latina. Mas uma localização física está sendo selecionada em São Paulo, disse Saifi.

Presidente israelense fará primeira visita de Estado aos Emirados Árabes Unidos

O presidente de Israel, Isaac Herzog, fará uma visita histórica aos Emirados Árabes Unidos no final do mês, informou seu gabinete, na mais recente viagem diplomática de alto nível desde que os países normalizaram os laços.

O gabinete de Herzog disse que o presidente, que viajará com a primeira-dama, se encontrará com o príncipe herdeiro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mohammed bin Zayed Al-Nahyan, durante a viagem de 30 a 31 de janeiro.

“Temos o privilégio de fazer história ao fazer a primeira visita de um presidente israelense aos Emirados Árabes Unidos”, disse Herzog no comunicado, acrescentando que os países estão “lançando as bases de um novo futuro compartilhado”.

Herzog também deve se reunir com o governante de Dubai e altos funcionários do governo e visitar a Dubai Expo, disse seu escritório.

A visita ocorre cerca de 16 meses depois que os ricos Emirados Árabes Unidos romperam com décadas de consenso árabe e estabeleceram laços diplomáticos com Israel.

A medida foi parte de uma série de acordos mediados pelos EUA conhecidos como Acordos de Abraham, pactos que irritaram os palestinos.

O primeiro-ministro Naftali Bennett fez história no mês passado quando se tornou o primeiro chefe de governo israelense a visitar os Emirados Árabes Unidos, em uma viagem que se concentrou parcialmente em conversas internacionais sobre o programa nuclear do Irã, uma das principais prioridades de segurança israelense.

Herzog, cuja posição é em grande parte cerimonial, será o primeiro chefe de Estado israelense a visitar oficialmente os Emirados Árabes Unidos.

Ele prometeu que “a nova parceria ousada” entre os países “transformará o Oriente Médio”, com Israel desejando expandir a lista de nações árabes que assinaram os Acordos de Abraão.

Os acordos foram negociados sob o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, mas endossados ​​pelo governo do presidente Joe Biden.

Bahrein e Marrocos também normalizaram os laços com Israel sob os acordos.

O Sudão concordou em fazê-lo, mas as relações diplomáticas formais não surgiram em meio à instabilidade turbulenta em Cartum.

Cúpula de líderes dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein discute questões regionais

Líderes dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein realizaram uma cúpula para discutir questões regionais atuais e como eles podem fortalecer a coordenação e cooperação entre seus países.

Sheikh Mohammed bin Rashid Al-Maktoum, primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos e governante de Dubai; Sheikh Mohamed bin Zayed Al-Nahyan, príncipe herdeiro de Abu Dhabi; O rei Hamad bin Isa Al Khalifa, do Bahrein, e Abdel Fattah El-Sisi, presidente do Egito, reuniram-se em Abu Dhabi “sobre questões de interesse comum, além dos mais recentes desenvolvimentos regionais e internacionais e os desafios comuns enfrentados pela região árabe”, notícias do estado agência WAM relatou.

Os quatro líderes falaram sobre os recentes ataques terroristas contra locais e instalações civis nos Emirados Árabes Unidos, incluindo o lançamento frustrado de dois mísseis balísticos contra os Emirados.

As contínuas atividades terroristas dos houthis representam uma séria ameaça à segurança e estabilidade regional e internacional e violam todas as leis e normas internacionais, acrescentou o relatório da WAM.

Os líderes renovaram seu apelo para que a comunidade internacional tome uma posição firme contra as milícias e outras forças terroristas junto com seus apoiadores.

O rei do Bahrein e o presidente egípcio reafirmaram a solidariedade e o apoio de seus países às medidas dos Emirados Árabes Unidos para garantir a segurança do país.

FONTES

CNBC | World 24 | CNN | ADVFN | Reuters | BBC | News24 | G1 | Investing | TC | Arab | Associated Press | Euro News | CNA Asia | Istoé Dinheiro | NYT

Research Matarazzo & Cia. Investimentos
www.matarazzo-cia.com/blog
28/01/2022